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Ayahuasca; Yagé; Caapi; Natema; Mariri.

Nome cientifico: Banisteriopsis caapi (Spr. ex Briesb.).


Família: Malpighiaceae
Características: Trepadeira, cipó, liana, medicinal e psicoativa.
Princípios ativos: as beta-carbolinas harmina, harmalina e tetra-hidroarmina presentes no tronco, na casa
e nas raízes da planta.

A Floresta e seus Povos Originários


Por Alex Polari de Alverga
Entre os muitos ecossistemas que durante milênios tanto maravilharam os homens dotados
de sensibilidade, a floresta tropical úmida talvez seja um dos mais belos, misteriosos e
inexplorados. Soma-se a isso a importância dela ser o principal celeiro da biodiversidade em
nosso planeta. Seus segredos, impressos na existência de tantos seres, constituem-se em um
patrimônio universal que, uma vez preservado, poderá ensinar ao homem os mistérios da vida,
essa engenhosa e inimitável engenharia genética da divindade.
Os rigores da seleção natural fazem com que os mais fracos sejam a base da cadeia alimentar
do mais forte e assim sucessivamente. Até todos ficarem à mercê daquele que, mesmo não
sendo o mais forte, foi o mais inteligente: o homem. Infelizmente, no reino humano, onde
deveríamos esperar um pouco mais de benevolência no relacionamento entre seres dotados de
uma consciência, impera a mesma lei da selva.
Podemos dizer que nos reinos da Natureza impera uma ordem e uma harmonia de qualidade
muito superior a do reino humano. Como descrever a graça e a determinação com que cada
espécie da floresta louva o Criador, num ciciar ininterrupto de vozes e cantos que vão desde o
anoitecer até o amanhecer do dia seguinte? E que em alguns momentos alcança a modulação
de um poema sinfônico, regido por um maestro invisível?
Toda essa infinita cadeia de seres são as diversas variáveis que a vida adotou em suas
recombinações evolutivas. E elas apontam para um ideal de perfeição que deveria se cumprir
no próprio homem. Caso contrário ele não poderá representar mais o ápice da evolução em
nosso planeta. Por isso, a floresta não é apenas um cenário inanimado. Ela é um templo.
Nossos ancestrais souberam compreender esse fato e foram capazes de desenvolver um íntimo
e amoroso relacionamento com ela.
Os sistemas cosmológicos dessas antigas civilizações se confundem com o seu próprio tecido
social e nele se interpenetram, de maneira literal. Há uma complementaridade e uma simetria
perfeita entre a ordem espiritual e a ordem material, entre o céu e a terra, o sagrado e o
profano. O mundo dos homens tem suas fronteiras com o mundo espiritual e divino através das
hierofanias, que vêm a ser porções do mundo material e da natureza física ou vegetal dotados
de sacralidade. Por um lado o mundo espiritual pede emprestado a natureza algo que o
represente ou simbolize. Enquanto que por outro são os próprios deuses que agem através de
uma lógica impiedosamente humana. Através do mito sabemos como os heróis fundadores
lançaram as bases da cultura e inauguraram a História.
A mitologia é a saga da psique. É algo tão verdadeiramente real quanto a história e os heróis
concretos que aprendemos nos bancos da escola ou conhecemos pessoalmente. São
abstrações e grandes sínteses psicológicas que registram a saga humana desde os seus
primeiros passos. De uma certa forma, a consciência humana é uma consciência reflexa do
planeta Terra e também de toda a Criação. E o mito é a linguagem coletiva da psique, capaz de
enunciar as leis mais essenciais do Universo com tamanha carga emocional e poética que ainda
hoje comove o mais empedernido coração humano.
As grandes civilizações que aqui viviam - aztecas, maias, quéchuas e outras não menos
notáveis - não existem mais. Elas tiveram momentos de esplendor, de refinamento e foram, ao
seu modo, experiências bem sucedidas de desenvolvimento auto-sustentável.
Foram povos que praticaram uma agricultura ecológica muito avançada e desenvolveram
sementes de alimentos maravilhosos como a quinua, a chia e o amaranto, cujo plantio chegou
a ser proibido pelos espanhóis por estarem associados aos cultos sacrificiais; que
desenvolveram um intrigante sistema astronômico e astrológico; e que conheceram os
mistérios das plantas enteógenas e as utilizaram para obter estados alterados de consciência.
Hoje, os herdeiros da floresta são povos mestiços que estão longe de possuírem o antigo
esplendor de seus avós. São populações isoladas, marginalizadas e carentes, composta dessa
parte da espécie humana denominada de pobres e miseráveis, cujo risco de extinção é bem
mais preocupante do que a dos mognos, baleias, araras, micos ou das focas. O que termina
não acontecendo apenas pelo fato da miséria e da pobreza humana (ao contrário de outras
espécies ameaçadas de extinção) terem esta "incômoda" propriedade de se multiplicar em vez
de diminuir, sempre que atinge seu ponto limite.
Nos ermos dos igarapés da Amazônia se encontram os remanescentes dos imigrantes vindos do
Nordeste Brasileiro nos finais do século passado.
Vieram fugidos de uma grande seca e trabalharam nos seringais em seus dias de glória e
opulência, quando a Ópera de Manaus trazia Caruso, Sarah Bernard e outras estrelas da época
para récitas patrocinadas pelos barões da borracha. A segunda migração de nordestinos para
os seringais da Amazônia se deu durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Nesse ínterim, os ingleses tinham plantado na Malásia imensas extensões de seringueiras
brasileiras contrabandeadas, desenvolvendo técnicas de seringal de cultivo que levaram à ruína
o sistema dos seringais nativos, onde áreas imensas de florestas eram exploradas de maneira
primitiva, com grande sacrifício humano e altos custos. Na década de vinte, a situação da
borracha já era de decadência e os preços tinham caído vertiginosamente com a concorrência
asiática.
Quando os japoneses invadiram a Malásia durante a Guerra, a solução dos aliados foi incentivar
e injetar recursos para a re-abertura dos seringais nativos do Brasil, medida estratégica para o
esforço de guerra de então.
Novas levas de nordestinos foram convocados, com status de combatentes militares, e a
Amazônia foi re-colonizada. Os soldados da borracha, como eram chamados esses combatentes
sem farda, chegavam no porto de Belém em navios perseguidos e às vezes torpedeados por
submarinos alemães. Depois eram embarcados pelo Rio Amazonas até os distantes seringais a
que era destinado.
Pelo caminho, encontravam os remanescentes das primeiras gerações de nordestinos
miscigenados com as populações índias e mestiças. O produto dessa mistura é o caboclo
amazonense, que vive ainda hoje de forma semelhante aos seus pais e avós, depois que com o
fim da guerra, a velha e conhecida decadência voltou a reinar nos seringais da Amazônia.
IV - A Floresta e seus Mistérios
Desde o Neolítico Superior que nossos ancestrais já utilizam certas plantas para fins medicinais
e como meio de acesso ao reino dos espíritos. O impacto do seu uso na estruturação da psique
e da cultura humana é muito maior do que se pode imaginar. Hoje em dia essas plantas são
chamadas enteógenas, que significa: capaz de suscitar a experiência de Deus em si mesmo.
Seus compostos psico-ativos produzem um estado de expansão de consciência. Num contexto
espiritual apropriado geram experiências de êxtase místico. Nesses estados de consciência é
que os santos, os avatares e os profetas lançaram o alicerce para muitas das grandes religiões
de massa dos nossos dias.
Dizem que, periodicamente, a força espiritual que assiste e modela este planeta muda de lugar,
o que explicaria os súbitos ciclos de decadência e de florescimento de culturas e tradições
religiosas. Foi assim que se sucederam os cultos do Soma no início do período Védico, os
Mistérios de Eleusis na Grécia Antiga, as tradições cristãs gnósticas e esotéricas, os iogues da
Índia e do Tibet, a Cabala da Espanha Islâmica, os Incas e Aztecas até chegarmos aos povos e
culturas remanescentes do Éden original. Situadas na selva sul-americana, foi lá onde Deus
parece ter semeado grande parte da sua farmacopéia enteógenas.
A intensidade da experiência mística desencadeada a partir destas plantas, usadas desde
milênios, tem sido relatada e estudada com cada vez maior freqüência. O seu uso desperta na
consciência a sensação inefável de fazer parte da Totalidade. Esta não é uma abstração e sim
uma verdade que se encontra nas camadas mais profundas do nosso ser. Vista através desse
tipo de experiência, a Natureza não é apenas um conjunto de solo, paisagens, flora e fauna e
sim a forma visível de Gaia, o ser biológico espiritual planetário.
A forma pela qual essa compreensão ficou mais preservada é o xamanismo. Ele é, segundo a já
clássica definição de Eliade, aquelas técnicas arcaicas do êxtase, a primeira forma sistematizada
pelo homem para acessar o desconhecido mundo dos espíritos. É profundamente excitante que
este mesmo xamanismo esteja novamente em destaque em nossos dias. Desde as incursões às
selvas sul-americanas de alguns botânicos e etnógrafos do século passado, que a comunidade
científica vem demonstrando um crescente interesse pela contribuição que as plantas
psicoativas podem dar, tanto para estabelecer uma cartografia da consciência, quanto para a
solução dos grandes enigmas da espécie humana.
Em torno dessa indagação sobre os efeitos dessas plantas no sistema nervoso central e seu
papel como fator estruturador da autoconsciência do homem e na criação do próprio
pensamento religioso está se criando um campo de estudos comum entre o saber científico e a
experiência mística. Se estas técnicas, xamânicas, principalmente as que se servem das plantas
sagradas, foram responsáveis no passado pelas visões que deram origem às grandes
revelações espirituais, certamente ainda hoje, elas nos estarão transmitindo a mesma
mensagem. E a nossa consciência é ao mesmo tempo o aparelho receptor e o cenário onde
essa mensagem nos é revelada.
Isso é válido tanto para as técnicas xamânicas tradicionais quanto para as religiões enteógenas,
fenômeno recente, dos quais a Religião do Santo Daime no Brasil, da Iboga no Gabão e do
Peiote nos Eua são os maiores expoentes. Todos esses cultos utilizam um sacramento
enteógeno, uma planta psico-ativa que produz uma expansão de consciência e uma experiência
de cunho eminentemente místico.
Na Amazônia Ocidental Brasileira o xamanismo religioso dos pajés sempre esteve associado ao
uso das plantas enteógenas. Uma das mais importantes delas é a Ayahuasca, em torno da qual
convergem muitas tradições dos índios e caboclos da região.
Quando os imigrantes nordestinos trouxeram para a Amazônia seus mitos e suas crenças
religiosas, bastante influenciadas por um catolicismo de raízes populares, aqui encontraram os
povos nativos dessas matas, conhecedores dos seus múltiplos mistérios e dos segredos das
plantas utilizadas nos seus rituais xamânicos.
Foi nesse cenário, ao mesmo tempo féerico e mágico, que floresceu o culto do Santo Daime,
um típico exemplo desta nova forma de fenômeno espiritual cada vez mais presente nos dias
de hoje. Nas florestas da América do Sul, o Mestre Raimundo Irineu Serra cristianizou as
tradições caboclas e xamânicas da bebida sacramental Ayahuasca, que em idioma quéchua
significa liana dos espíritos, conhecida desde o tempo dos incas e rebatizou-a com o nome de
"Daime", significando com isso o rogativo que deveria ser feito pelo fiel ao comungar com a
bebida.
Raimundo Irineu Serra foi um maranhense de cor negra e elevada estatura física e espiritual.
Com sua humildade e determinação, granjeou o respeito de todos quanto o conheceram.
Depois de entrar em contacto com a bebida na fronteira com o Peru, foi para a cidade de Rio
Branco, onde começou a trabalhar com um pequeno círculo de discípulos. Obteve uma
revelação da própria Virgem Maria, que lhe apareceu sob a forma da Rainha da Floresta. A
partir deste momento, estava nascendo o Terceiro Testamento, uma Nova Anunciação
Visionária, através dos hinos que o Mestre Irineu foi recebendo e que re-interpretava a
cosmologia cristã pela lente e pelas luzes da Ayahuasca.
Mais uma vez, longe dos saberes eruditos e dogmáticos, da pompa dos cortesões eclesiásticos,
um ensinamento espiritual de grande profundidade foi tecido por humildes seringueiros, no
contexto de um cristianismo popular durante o boom da borracha no final do século passado.
Neste cenário ímpar foi que o Mestre Irineu reuniu em seu cadinho alquímico esse mesmo
cristianismo com tradições pré-colombianas, esoterismo europeu, crenças africanas e
xamanismo enteógeno.
O resultado dessa mistura é um sistema que consegue aliar a extrema simplicidade de sua
formulação a uma profundidade espiritual raras vezes lograda por outras correntes que se
dedicam a batalha e a investigação do autoconhecimento. As visões, que são chamadas
também de mirações, mostram tudo que a nossa fé precisa acreditar. Considerando que no
passado os cristãos eram glorificados por crer naquilo que não tinham visto, a revelação
enteógena promove um avanço substancial. Mata a cobra e mostra o pau.
A cristianização da Ayahuasca é o fecho de um longo processo de resgate cultural e espiritual.
Quis o Criador, que escreve certo por linhas tortas, unir a fé dos conquistadores cristãos
(protagonistas da empresa colonialista que, sob a benção da Igreja, submetiam povos inteiros
a escravidão e ao genocídio), com o sacramento destes povos subjugados e oprimidos. Com o
Mestre Irineu, o vinho das almas se converte no novo sangue do Cristo, o Consolador
Prometido, o Paráclito Vegetal, o Logos-Cipó. Através dele assimilou-se a espiritualidade dos
nativos pré-colombianos ao mesmo tempo em que se resgatava o carma desta página sombria
da expansão da cristandade no novo continente. Isso sem falar na restauração do papel da
experiência visionária como o centro da revelação espiritual, descrucificando assim o Ser
Crístico da cruz dos dogmas a que foi reduzido.
O principal responsável pela expansão e continuação da obra do Mestre Irineu foi Sebastião
Mota, seringueiro, mateiro e construtor de canoas. Na década de 70 ele fundou uma
comunidade nas proximidades de Rio Branco. Entendemos que a experiência espiritual, social e
ecológica de nossa comunidade, por reunir uma síntese bastante original de todas essas
influências, pode nos ajudar na construção de um novo paradigma para a Amazônia.

Alex Polari de Alverga


Líder comunitário da Comunidade Céu do Mapiá, na Floresta Nacional do Purus, Município de Pauini, Acre, é escritor, conferencista e membro
do Conselho da Igreja do Santo Daime.

Imagens: (ver em www.panhuasca.org.br no item de menu denominado "ciência" ou ainda melhor no item "novidade; imagens") onde se verá imagens de
sementes, flores e a planta inteira.

Revogada patente da Ayahuasca nos Estados Unidos - 12/11/2003


Local: Fortaleza - CE
Fonte: Adital - Agencia de Informação Frei Tito para a América Latina
Link: http://www.adital.org.br

Os Estados Unidos revogou a patente da Ayahuasca, planta tradicional dos indígenas da Amazônia,
outorgada a um cidadão desse país. A decisão, emitida no dia 4 de novembro pelo Escritório de
Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos (PTO), em Washington, é o resultado de uma
luta empreendida pelos povos indígenas de nove países da Bacia Amazônica e Sul da América.

A sentença da PTO é uma resposta à segunda solicitação de revisão da patente, apresentada em


março de 2003 pela Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), pela
Aliança para os povos Indígenas e Tradicionais da Bacia Amazônica e pelo Centro de Direito
Internacional do Meio Ambiente (Ciel).

Com efeito, durante a década de 80, o dono de um laboratório farmacêutico estadunidense, Loren
Miller, conseguiu plantas de ayahuasca do povo indígena Cofán no Equador e, ao chegar nos
Estados Unidos, obteve a patente da planta. Em 1996, a Coica apresentou uma solicitação de
anulação da patente dessa planta sagrada, utilizada em rituais há centenas de anos pelos
indígenas. Apesar do cancelamento da patente, em 2001, ela foi restabelecida novamente para
Loren Miller.

A planta, banisteriopsis caapi, comercializada nos Estados Unidos, foi reconhecida como nativa da
selva amazônica. A PTO fundamentou sua negação da patente no fato de que publicações que
descrevem a banisteriopsis caapi já eram "conhecidas e disponíveis antes da apresentação da
solicitação da patente", portanto, não representava nenhuma "descoberta".

Para a Confederação das Nações Indígenas da Amazônia Equatoriana (Confeniae), esta decisão
"estabelece um histórico antecedente jurídico". Por usa vez, Antonio Jacanamijoy, coordenador da
Coica, afirma: "Para nossos xamãs e anciãos, essa patente era preocupante, agora estão em festa".

Segundo informações da Confeniae, o advogado do Ciel, David Downes, disse que "a PTO necessita
mudar seus regulamentos para prevenir de pedidos de patentes, no futuro, a sabedoria tradicional e
a utilização de plantas pelos povos indígenas". Além disso, declarou que "a PTO já deveria abordar
sem rodeios a questão de se é ético ou não que solicitações de patentes reivindiquem direitos
particulares sobre uma planta ou conhecimento que é sagrado para um grupo cultural ou étnico".

Curativo extraordinário
Ayahuasca, Yagé, Caapi, Natema uma planta e seus nomes usados pelos companheiros da
Amazônia. Pelos menos 42 nomes indígenas são conhecidos para esta preparação. É notável e
significativo que, pelo menos, 72 tribos indígenas da Amazônia, apesar de serem separadas
fortemente pela distância, língua e diferenças culturais, manifestaram todo um conhecimento
comum detalhado da ayahuasca e de seu uso. A planta e o remédio preparado dela são chamados
de "ayahuasca" pela maioria da Amazônia peruana.

fonte: http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=88702

A Serpente Cósmica - o DNA - Correspondências e Conexões.

A ayahuasca é o mais complexo de todos os alucinógenos, tanto falando botanicamente


quanto quimicamente. São quarenta e tantas espécies de plantas
diferentes, conhecidas com este nome: ayahuasca. Nem todas crescem no mesmo
lugar, portanto, é preciso conhece-las, a todas elas, para se fazer a mistura e o
chá.

Carlos Shuma, um shaman, explicou a Jeremy Narby que o ayahuasca faz os espíritos"
se apresentarem aos shamans e lhes darem todas as explicações possíveis e respostas
corretas às suas perguntas em quaisquer setores: nas artes, técnicas de construção e
edificação, tecnologias, astronomia, escultura, sobre o conhecimento das plantas e
metodologia na cura de doenças. A arte de perguntar tem os seus segredos. Assim se
faz quando se recorre ao I Ching - O LIVRO DAS TRANSMUTAÇÕES - chinês, as perguntas
têm que ser feitas sucinta e diretamente, sem rodeios, especificamente dirigidas
para cada um dos problemas que irão ser apresentados aos "maninkare" para serem
compreendidos e depois resolvidos com sabedoria.

Jeremy Narby partiu de uma hipótese que lhe sugeria uma conexão demonstrável entre
os ingredientes ativos na ayahuasca e o DNA contido nas células nervosas do cérebro
humano. Foi o que o levou a estudar e pesquisar a biologia molecular.

O DNA
Narby descobriu, seguindo um árduo Caminho de estudos que, provavelmente, o DNA
corresponde às "essências" - os "maninkare" - com os quais os shamans se comunicam e
deles obtêm SABEDORIA. Até agora, a biologia dita moderna contradiz o antropólogo.
Esta "modernidade" dogmatiza que a Natureza não é animada por uma inteligência,
portanto, é INCOMUNICÁVEL!".

Só que esta "modernidade" foi herdada dos séculos 18 e 19 amordaçados pela Religião
que trancou a boca dos naturalistas, proibindo-os de divulgarem tudo o que fosse
contrário ao que está escrito na Bíblia ou o que pudesse ameaçar a veracidade total
dos seus textos. Isto não se constitui em novidade alguma é só verificar a
intromissão da religião na história das ciências! Infelizmente, esta atitude
redundou nesta tradição materialista que perdura até hoje!

A dieta cotidiana dos shamans prendeu a atenção do antropólogo, devido à sua


eficiência. Quando os shamans se recolhem na floresta, praticamente sobrevivem à
custa de bananas e de peixe. Estes são alimentos riquíssimos em serotonina. O longo
tempo passado sob o efeito dos alucinógenos, diminui a concentração deste
neurotransmissor no cérebro. Os seus colegas antropólogos desconhecendo estes itens,
chamam a esta dieta sábia de: "tabus alimentares irracionais!".

Os shamans insistem na INTELGÊNCIA das "Serpentes Cósmicas" e que entram, realmente,


em diálogo inteligente com elas. O mais interessante é que as mulheres conseguem
realizar este feito, naturalmente, sem o emprego de qualquer um dos alucinógenos,
tendo as mesmas vantagens e sabedoria buscadas tão arduamente pelos shamans, através
do seu sistema de vida espartano!
A razão disto talvez seja porque, afinal de contas, as mulheres são, todas elas,
FILHAS DILETAS DE EVA...

Se os shamans se comunicam com o DNA das plantas alucinógenas e delas recebem a


SABEDORIA, é obvio que o DNA destas plantas responde ao DNA dos próprios shamans.
Todos o seres vivos não são animados por ele? Os shamans já conheciam o segredo do
DNA que chamam de YOSHI, há milênios.

Life Cósmica

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