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Direito do Consumidor

Profª. Letícia Bartelega Domingueti


@leticiabdomingueti.adv
Letícia Bartelega

I- OFERTA E PUBLICIDADE

Inicialmente, é importante diferenciar os dois institutos:

I.I Oferta: Toda informação suficientemente precisa e que tem condição de aproximar o
consumidor do fornecimento de um produto ou serviço. Tudo aquilo que é ofertado
vincula o ofertante, ou seja, o ofertante vai ser obrigado a cumprir aquilo que ofertou,
trata-se, portanto, da vinculação da oferta.

I.I.I Pode ser determinada ou indeterminada:

Determinada: Quando há um público determinado, alguém que eu consigo determinar ou


uma coletividade determinada de pessoas.

Indeterminada: feita a qualquer pessoa que possa receber essa informação.

I.I.II Características da oferta:

Corretas Informações verdadeiras

Claras De fácil entendimento

Precisas Exatas
CARACTERÍSTICAS
DA OFERTA Ostensivas De fácil percepção

Em língua portuguesa Vernáculo é regra

Indeléveis Que não se apague (é


legível)
A oferta também deve trazer algumas informações básicas, como, por exemplo:
características, modo de usar, custos, formas, condições de pagamento, riscos do produto
ou serviço, composição, quantidade, qualidade e origem.

I.I.III Consequências da ausência de alguma informação na oferta:

A anulação da cláusula contratual contrária à boa-fé;

Anulação do contrato, lembrando-se da possibilidade de indenização para o


consumidor.

I.I.IV Consequências da recusa do cumprimento da oferta pelo fornecedor (art. 35 do


CDC):

O Consumidor pode exigir o cumprimento forçado da obrigação, aceitar outro produto


ou prestação de serviço equivalente, ou rescindir o contrato.

Art. 35. I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos


termos da oferta, apresentação ou publicidade; Ver tópico (4178
documentos)

II - aceitar outro produto ou prestação de serviço


equivalente; Ver tópico (597 documentos)

III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia


eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos.

I.II Publicidade: Quando a oferta é feita através de uma peça publicitária. Precisa ser de
fácil ou imediata percepção. Há a vedação de publicidade de algo ilícito. Obrigatoriamente
há a ideia da inversão do ônus da prova (quem faz a publicidade é que deve provar que
ela é verdadeira). Há que se falar, ainda, na aplicação do princípio da transparência.

I.II.I – Publicidade abusiva: Contraria a ideia da moral e dos bons costumes. Ex:
publicidade discriminatória.

I.II.II – Publicidade enganosa: Que pode induzir alguém a erro. Remete a aquela ideia de
“se eu soubesse eu não compraria”. Há consequências penais.
O Código do Consumidor é norteado principalmente pelo reconhecimento da
vulnerabilidade do consumidor e pela necessidade de que o Estado atue no mercado para
minimizar essa hipossuficiência, garantindo, assim, a igualdade material entre as partes.
Sendo assim, no tocante à oferta, estabelece serem direitos básicos do consumidor o de
ter a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços (CDC, art. 6º,
III) e o de receber proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva (CDC, art. 6º, IV). 1

Assim, paralelamente ao dever de informação, tem-se a faculdade do fornecedor de


anunciar seu produto ou serviço, sendo certo que, se o fizer, a publicidade deve refletir
fielmente a realidade anunciada, em observância à principiologia do CDC.

Do mesmo modo, o fornecedor de produtos ou serviços se responsabiliza também pelas


expectativas que a publicidade venha a despertar no consumidor. O art. 30 do CDC
enfatiza expressamente que a informação transmitida “obriga o fornecedor que a fizer
veicular ou dela se utilizar”, atraindo a responsabilidade solidária daqueles que participem,
notadamente quando expõe diretamente a sua marca no informativo publicitário. Nesse
sentido, Claudia Lima Marques defende que:

A cadeia de fornecimento é um fenômeno econômico de


organização do modo de produção e distribuição, do modo de
fornecimento de serviços complexos, envolvendo grande número
de atores que unem esforços e atividades para uma finalidade
comum, qual seja a de poder oferecer no mercado produtos e
serviços para os consumidores. O consumidor muitas vezes não
visualiza a presença de vários fornecedores, diretos ou indiretos,
na sua relação de consumo, não tem sequer consciência - no caso
dos serviços, principalmente - de que mantém relação contratual
com todos ou de que, em matéria de produto, pode exigir
informação e garantia diretamente daquele fabricante ou
produtor com o qual não mantém contrato. A nova teoria
contratual, porém, permite esta visão de conjunto do esforço
econômico de “fornecimento” e valoriza, responsabilizando
solidariamente, a participação desses vários atores dedicados a
organizar e realizar o fornecimento de produtos e serviços. [...]
Em matéria de publicidade e de informação a responsabilidade da
cadeia de fornecedores é expressa no art. 30 do CDC. [...] Neste
caso, o risco é geral, é de toda a cadeia de fornecedores de
produtos e serviços, é risco profissional de quem “veicula” a
publicidade e de quem dela se “utiliza” ou aproveita, como
esclarecem os arts. 30 e 35 do CDC. [...] Neste caso, a imputação
de responsabilidade/garantia vem do benefício comercial que a
publicidade traz, direta ou indiretamente, ao fornecedor (direto
ou indireto). Tal posição é a mais adaptada às redes contratuais e
cadeias de produção e comercialização atuais.

Vejamos, também, o entendimento prevalente no âmbito do STJ:

Recurso especial. Direito do Consumidor. Ação indenizatória.


Propaganda enganosa. Cogumelo do Sol. Cura do câncer.
Abuso de direito. Art. 39, inciso IV, do CDC.
Hipervulnerabilidade. Responsabilidade objetiva. Danos morais.
Indenização devida. Dissídio jurisprudencial comprovado. 1.
Cuida-se de ação por danos morais proposta por consumidor
ludibriado por propaganda enganosa, em ofensa a direito
subjetivo do consumidor de obter informações claras e precisas
acerca de produto medicinal vendido pela recorrida e destinado à
cura de doenças malignas, dentre outras funções. 2. O Código
de Defesa do Consumidor assegura que a oferta e
apresentação de produtos ou serviços propiciem
informações corretas, claras, precisas e ostensivas a respeito
de características, qualidades, garantia, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, além de vedar a
publicidade enganosa e abusiva, que dispensa a
demonstração do elemento subjetivo (dolo ou culpa) para
sua configuração. 3. A propaganda enganosa, como atestado
pelas instâncias ordinárias, tinha aptidão a induzir em erro o
consumidor fragilizado, cuja conduta subsume-se à hipótese de
estado de perigo (art. 156 do Código Civil). 4. A vulnerabilidade
informacional agravada ou potencializada, denominada
hipervulnerabilidade do consumidor, prevista no art. 39, IV, do
CDC, deriva do manifesto desequilíbrio entre as partes. 5. O
dano moral prescinde de prova e a responsabilidade de seu
causador opera-se in re ipsa em virtude do desconforto, da
aflição e dos transtornos suportados pelo consumidor. 6. Em
virtude das especificidades fáticas da demanda, afigura-se
razoável a fixação da verba indenizatória por danos morais no
valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). 7. Recurso especial
provido. (REsp n. 1.329.556-SP, Rel. Ministro Ricardo Villas
Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 25.11.2014, DJe
9.12.2014)

A oferta consta no Código de Defesa do Consumidor entre os artigos 30 a 35 e garante


aos consumidores que os produtos ofertados possuam informações corretas, claras,
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre características, qualidades, quantidade,
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem.

A publicidade, inserida em uma relação de consumo, muitas das vezes é o primeiro


contato que o consumidor tem com determinado produto e serviço. Sendo assim, é
fundamental que haja uma regulamentação a respeito de como ela será realizada, a fim de
que existam garantias de que não existirão abusos e ilegalidades e que, se existirem, serão
punidos.

Assim, o Código de Defesa do Consumidor trouxe em seus artigos 37 e seguintes,


disposições importantíssimas a respeito de como a publicidade deve ser veiculada, das
normas que devem ser seguidas e as proibições existentes. Vejamos:

Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o


consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.

Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus


produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação
dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e
científicos que dão sustentação à mensagem.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou


comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão,
capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da
natureza, características, qualidade, quantidade,
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados
sobre produtos e serviços.

§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória


de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o
medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança.

§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por


omissão quando deixar de informar sobre dado essencial
do produto ou serviço.

Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da


informação ou comunicação publicitária cabe a quem as
patrocina

Assim, de forma completa, o Código de Defesa do Consumidor traz mais informações


sobre cláusulas abusivas, dispondo, em seu artigo 51 que são nulas de pleno direito as
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que
impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de
direitos.

São nulas também as cláusulas contratuais que subtraiam ao consumidor a opção de


reembolso da quantia já paga, que transfiram responsabilidades a terceiros, que
estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade e que
estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor.

São nulas, ainda, as cláusulas que determinem a utilização compulsória de arbitragem,


que imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo
consumidor, que permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço
de maneira unilateral, que autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente,
dentre outros.

Nesse sentido, observamos também a necessidade de que o que for veiculado por meio
de propaganda seja sempre cumprido pelo fornecedor. Vejamos o Acórdão n. 986607
sobre o tema:

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. DIREITO DO


CONSUMIDOR. COMPRA DE PASSAGENS AÉREAS.
OFERTA. CONTRATO CELEBRADO NO MOMENTO
DA ACEITAÇÃO. CANCELAMENTO DA RESERVA.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. NÃO
DEMONSTRAÇÃO DE EXCLUDENTES DO ART. 14, § 3º,
DO CDC. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 30 DO CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. RECURSO CONHECIDO
E NÃO PROVIDO. I. No caso dos autos, os recorridos, em
16/06/2016, realizaram a compra de passagens aéreas da
Emirates Airlines para o trecho São Paulo (GRU) a Brisbane
(Austrália), com conexão em Dubai, pelo valor de R$ 460,00
por passageiro (ID. 947658). A compra foi efetuada para a
família dos recorridos num total de R$ 1.285,42,
correspondente a 3 (três) bilhetes. Todavia, em 21/06/2016,
receberam um e-mail informando que seriam cancelados os e-
Tickets emitidos e reembolsado os valores pagos, visto que
devido a problemas técnicos alguns bilhetes foram vendidos
apenas pelo valor da taxa de embarque, sem a cobrança da
tarifa. II. A sentença julgou procedente em parte o pedido
inicial para determinar, a emissão de bilhetes aéreos, para 3
(três) passageiros, sendo 2 (dois) adultos e 1 (uma) criança no
registro de compra, em data a ser indicada pelos autores pelo
valor de R$1.285,42. III. Em suas razões recursais, as
recorrentes alegam que os bilhetes não tinham qualquer valor,
posto que a tarifa foi carregada a zero real, por erro no sítio
eletrônico da Emirates e o valor publicado dizia respeito
somente às taxas aeroportuárias. Asseveram que nunca houve
qualquer espécie de publicidade ou propaganda da Emirates
nesse sentido, tendo os recorridos se aproveitado dessa falha
técnica, facilmente perceptível. Requer que seja reformada
parcialmente a sentença para afastar a determinação à emissão
dos bilhetes aéreos em favor dos recorridos, e manter
improcedentes o pedido de danos morais, uma vez que
inexistentes. IV. O artigo 30 da Lei nº 8.078/90 preceitua
que toda informação ou publicidade veiculada por
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a
produtos e serviços oferecidos, obriga o fornecedor a
cumprir a oferta nos termos do anúncio. Assim, uma vez
realizada a oferta, mesmo que por erro, por meio de
propaganda a consumidor indeterminado, ela obriga o
fornecedor que a fez, em caso de contratação pelo consumidor.
V. Observa-se que o procedimento da empresa traz para si uma
propaganda que mobiliza grande número de potenciais
consumidores, não se podendo descartar a hipótese de golpe
publicitário e não simples erro, ou seja, a oferta visou produzir
o efeito de publicidade em detrimento de direitos dos
consumidores. Ademais, os recorrentes não lograram êxito em
demonstrar a ocorrência de uma das causas excludentes de sua
responsabilidade objetiva, elencadas no art. 14, § 3º, do Código
de Defesa do Consumidor. VI. É incabível a alegação de que o
consumidor pagou preço vil pelos bilhetes aéreos, tendo em
vista que é usual a promoção dessa modalidade de passagens,
devendo as recorrentes cumprirem a oferta veiculada na
internet. Ademais, Trata-se de responsabilidade objetiva do
transportador aéreo, não somente por força do art. 14 do CDC,
como do art. 37, § 6º, da Constituição Federal, vez que é
prestadora de serviços públicos que explora atividade privativa
do Poder Público da União, por meio de autorização, concessão
ou permissão. Precedente das Turmas: (Acórdão n.901477,
0708168-42.2014.8.07.0016, Relator: ASIEL HENRIQUE DE
SOUSA, TERCEIRA TURMA RECURSAL, Data de
Julgamento: 21/10/2015, Publicado no DJE: 02/12/2015. Pág.:
Sem Página Cadastrada. KLM CIA Rela Holandesa de Aviação
e Decolar.com LTDA x Lucas Eddris e Outros) (Acórdão
n.920590, 07030098420158070016, Relator: JOÃO LUIS
FISCHER DIAS 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do DF, Data de Julgamento: 16/02/2016,
Publicado no DJE: 31/03/2016. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
VII. Recurso conhecido e não provido. Sentença mantida. VIII.
Condeno os recorrentes ao pagamento de custas e honorários
advocatícios, os quais fixo em 20% (vinte por cento) do valor
da condenação. IX. A súmula de julgamento servirá de acórdão,
consoante disposto no artigo 46 da Lei nº 9.099/95. (Acórdão
n. 986607, Relator Juiz EDILSON ENEDINO, 2ª Turma
Recursal, Data de Julgamento: 7/12/2016, Publicado no DJe:
7/2/2017).

A publicidade é tida como influenciadora na aquisição de bens e serviços. Como a cada


dia há a intensificação do seu uso, é preciso que os envolvidos estejam atentos para que
não sejam cometidos abusos ou excessos para que não ocorram desequilíbrios. Assim, a
atuação dos órgãos de controle é relevante, bem como o questionamento daqueles que
porventura foram lesados.

II- ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O CDC criou uma linguagem própria, dentro de um novo sistema legislativo. Sendo
assim, o art. 5º, inciso XXXII da CF estabelece que o Estado promoverá na forma da
lei, a defesa do consumidor.
No art. 170, inciso V da Lei Maior, a categoria de consumidor é considerada princípio
geral da atividade econômica: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: … V – defesa do
consumidor.

Assim, a defesa do consumidor é considerada um princípio constitucional, uma garantia


constitucional, dada a importância e relevância desse tema nos planos nacional e
internacional.

É possível dizer que o Código de Defesa do Consumidor traduz uma técnica legislativa
moderna, uma vez que apenas as relações de consumo são disciplinadas pela CDC,
restando revogadas as normas do Código Civil, Penal, Comercial, Processo Civil,
Processo Penal e demais leis esparsas sempre prevalecendo a norma específica.

Ao definir o consumidor, no art. 2º do CDC, acrescentou a expressão “destinatário


final” para que fossem evitadas maiores indagações sobre a existência ou não da figura
do consumidor em casos concretos. Assim, o consumidor pode ser pessoa física,
jurídica, entes despersonalizados, sociedade de fato, quaisquer formas de cooperativas.
E, também definiu a figura do fornecedor em seu art. 3º, bem como produto e serviço
conforme expõem os parágrafos primeiro e segundo do art. 3º do CDC.

Trata-se de tutela especial protetiva ao consumidor. Sendo protegido tanto no aspecto


substancial como também no processual. Desta forma, a relação entre fornecedor e
consumidor, tornou-se mais equânime. Pode-se, então, argumentar que não há violação
do princípio da isonomia, ou ao art. 5º caput da CF haja vista que essa desigualdade é
reconhecida pela própria lei.

CAIU NA PROVA! Há a possibilidade de haver relação jurídica regida pelo CDC


mesmo em casos que tratem de pessoa jurídica que adquiriu o produto, desde que
o tenha adquirido ou utilizado como destinatário final.
Pessoal, vamos ver agora alguns artigos que costumam ser cobrados no exame da
ordem. É sempre importante lembrar que a leitura da legislação é uma das
melhores formas de se memorizar e garantir alguns pontinhos na prova.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou


estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e
riscos.

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Antônio Herman V.; MARQUES, Claudia Lima; BESSA, Leonardo Roscoe.
Manual de Direito do Consumidor. 3ª ed. São Paulo: Revista do Tribunais, 2010.

Contratos no código de defesa do consumidor: o novo regime das relações contratuais. 6ª


ed. São Paulo: Editora RT, 2011.

GOMIDE, Alexandre Junqueira. Direito de Arrependimento nos contratos de consumo.


São Paulo. Almedina, 2014.

NUNES, Rizzatto. Curso de direito do Consumidor, ed. Saraiva . 2005.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. RESPONSABILIDADE DO


FORNECEDOR POR OFERTA DE PRODUTO NA INTERNET. Disponível em:
https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/cdc-na-visao-
do-tjdft-1/o-consumidor-na-internet/responsabilidade-do-fornecedor-por-oferta-de-
produto-na-internet. Acesso em 29 jul. 2020;

OFERTA E PRÁTICAS COMERCIAIS. RECURSO ESPECIAL N. 1.365.609-SP


(2011/0105689-3). Disponível em:
https://ww2.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-eletronica-
2015_240_1_capOfertaePraticasComerciais.pdf. Acesso em 29 jul. 2020.

“Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços repetidos dia a dia.” –


Robert Collier

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