Você está na página 1de 25

COMPRAR OU ALUGAR UM IMÓVEL

Na medida que a humanidade evolui, também muda-se a forma de


enxergar as coisas, torna-se mais latente a amplitude de como se fazer
investimentos. Nesse contexto se deparamos aqui com a questão do imóvel, se
é melhor comprá-lo ou alugá-lo, se financiado ou avista, essas escolhas tão
diariamente batendo na porta de muitas pessoas.
Nesse contexto tão dinâmico, surgi o profissional do ramo, o corretor de
imóveis, que de acordo com a lei 6.530/78 no artigo 3° pode intermediar a
compra, venda, permuta, locação, inclusive pode opinar em relações
comerciais, visto que sua capacidade de atuação além de ser regrada é
amplamente visto com bons olhos pelo mercado.
Por atuar no mercado e para própria existência do mercado, o corretor
de imóveis tem uma de suas atribuições direcionar dentro da pespequitiva de
mercado proporcionar uma visão técnica, simples e clara, dentro de um leque
de opções a melhor que se adéqua a cada caso, dependo de fatores pessoais,
micro e macro econômicos. Provendo uma ferramenta eficaz para indicar a
melhor tomada de uma decisão, pois no mundo tão dinâmico e multativo,
qualquer passo errado pode ser fatal pra vida financeira de uma pessoa ou
empresa, melhor da um passo firme devagar, do que correr e escorregar de
maneira desastrosa.
Toda escolha, todo negocio como um todo tem seus pros e seus
contras, por isso é importante saber da saúde financeira, em curto, médio , e
longo prazo, não deixando de questionar onde se quer chegar com tal atitudes,
sempre calculando a perspectiva de perda e ganha, não apenas no lado
financeiro mais como um todo.
Tinha-se a filosofia de quer ser dono é a melhor coisa, esse caso talvez
não seja bem assim, pois depende muito, as vezes a aquisição de um imóvel
pode requerer um sacrifico muito grande pra uma pessoa, isso falo tanto de
pessoa física ou Jurídica, em alguns casos causa uma desestruturação em
outras áreas, essa afetação pode ocasiona no futuro problemas graves, a
pessoa se veja obrigado a se desfazer do imóvel, por uma valor menor ou até
mesmo perde-lo para um agente financeiro por não ter conseguido pagar.
Devemos atentar muito pra sabe se nesse momento é necessária à
compra de um imóvel ou se a opção por algo mais funcional seria mais
adequado para formar uma reserva maior de recursos, bem alocados, e
planejar essa compra futuramente, é muito importante que haja esse
questionamento.
Portanto tudo deve esta bem alinhado, Matos reforça que é preciso
avaliar a situação individual de cada consumidor. “Os cálculos e análises
devem ser feitos de forma individual e exclusiva para cada situação.” Pois
sempre o que é bom pra um não é para outro, cada perfil e cada situação
demanda uma decisão diferente.

1. TIPOS DE IMÓVEIS E SUAS FINALIDADES

Segundo o Código Civil, imóveis são aqueles que não podem ser
transferidos de um lugar para outros, que não é móvel, ou ainda aqueles que
por determinação legal e suas relações jurídicas são assim considerados,
dentro dessa definição, esta o solo, subsolo, construções naturais ou artificiais,
inclusive o espaço aéreo, plantas, rios, tudo que o incorpora e compõe sua
formação. Esses bens têm um conceito bem amplo, pois vão além do de
postular nomes, e abrange coisas artificiais e naturais.
Com a definição exata do que é um imóvel, agora vamos fazer a
diferença entre imóvel rural e urbano, segundo Marcel Edvar Simões mestre
em direito civil, a principal diferença esta para o fim determinado da
propriedade independe onde está sua localização, mesmo que esteja em
perímetro urbano ou fora, se ela for utilizada pra agricultura, produção de
alimentos via lavouras ou coisa parecida, nesses casos são propriedades
rurais. Porém ele ainda esclarece, que cada caso tem suas especificidades e
precisa ser analisado individualmente de acordo com seu caso concreto, mas o
que claramente é aceito como resposta a ser fixada segundo a linha majoritária
dos juristas é que o imóvel se caracteriza se é urbano ou rural através da
finalidade que ta sendo utilizado; para ficar mais claro a compreensão o
conceito de imóvel rural é definido pela Lei n° 4.504/64 em seu artigo 4° como:”
O prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que se
destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer
através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada”
vemos que basicamente tem cunho e fomentação comercial, porém essa
definição pode ser melhor explanada baseada nessa mesma lei, como sendo
de cunho e função social da terra, pois bem sabemos que alem da terra rural
ser pra produzir também existe como moradia. Portando se o bem imóvel não
se encaixa nessa categoria podemos entender que ele é urbano.
Nesse momento iremos tratar dos principais tipos de imóveis urbanos:
Residencial, Comercial e Industrial.
O imóvel residencial: tem por finalidade de moradia , podem ser também
de cunho comercial, não se distanciando da sua finalidade de habitação, assim
sendo, esse imóvel pode ser, casa, condomínio, edifícios, conjuntos
habitacionais e outros, podendo ser feitos verticais e horizontais, para um
particular , uma família ou diversas famílias, ou grupos de pessoas, tendo por
finalidade a habitação permanente, sendo esse um lugar inviolável, apenas
mediante autorização do habitante, ou autorização judicial;
Imóvel comercial: Esse tipo é muito fácil de identificar, pois tem a
finalidade gerar renda, pode ser um terreno alugado, um hotel, pontos de lojas,
inclusive apartamentos e casas que são utilizadas para alugar pra terceiro.
Dentro desse conceito abrange os pontos comercias, que servem para
instalação de uma empresa e negócios afins;
Imóvel Industrial: Como definição são aquele usados para o
manufaturado, que incluem produção, distribuição, armazéns, lugar de
pesquisa, usinas, fabricas, alguns tipos de oficinas.
Portanto quanto tratamos de imóveis algo que deve saber, é a sua
função/finalidade daquele imóvel, sabendo isso saberemos em qual categoria
ele está, se é rural ou urbano, quando identificado como urbano, saber se é
moradia, comercial e industrial. Entretanto cada caso, precisa ser analisado,
para que não tenha distorção na ótica de cada uma, pois bem que se sabe, que
um condomínio pode ser tanto de cunho comercial e residencial, se o
proprietária aluga, pra ele e comercial, pra pessoa que alugo é de cunho
residencial, ou seja, depende de cada caso.

2. LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL: IMPACTOS QUE INTERFEREM


Em busca da melhor escolha, alguns fatores devem ser levados em
consideração. Nesse contexto implica discutir qual a real necessidade do
imóvel, qual seria a melhor estrutura e também a localização apropriada para o
devido fim almejado, pois dependo da região isso se desdobra em valor
aquisitivo menor ou maior, e outros também como segurança, facilidade de
locomoção, comercial, escolas, pois os aspectos necessários para saciar a
necessidade se baseiam em uma boa pesquisa.

Desde 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) analisa


a qualidade de vida em todos os países utilizando critérios que
compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elencando as
nações em um ranking. O IDH pode ser definido como uma métrica
que se baseia nos indicadores de longevidade (expectativa de vida),
renda (PIB per capita) e educação (taxa de matrícula e alfabetização).
A medição tem uma variação de 0 até 1. Os locais com índice
acima de 0,800 são considerados acima da média. Já os com
pontuação de 0,500 a 0,799 são medianos. E os que somam igual ou
menos que 0,499 estão com o índice baixo. O Brasil possui um IDH
de 0,699, estando na 73ª posição no ranking mundial. Já a Noruega é
o primeiro País da lista, com IDH de 0,944.
No entanto, em relação às cidades, o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é elaborado em conjunto
pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
órgão da ONU, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a
Fundação João Pinheiro. Trata-se de um cálculo que segue as
mesmas três dimensões do IDH Global, mas adequa a metodologia
ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais.
Embora meçam os mesmos fenômenos, as taxas incorporadas ao
IDHM são mais pertinentes a análises municipais.
https://imoveis.estadao.com.br/noticias/conheca-as-10-melhores-
cidades-brasileiras-para-morar/

Nesse sentido pode-se começar pela estrutura do local e da região, o


que o local tem a oferecer de bom o de ruim, favorece ou não, verificar se é
adequado para execução do objetivo traçado, ou as limitações são muito
grandes, na balança comparativa entre pros e contras, o que mais pesa?
Vemos que um dos fatores determinantes é o tempo de locomoção, e também
o gasto que isso gera, outro fator é determinante é a vizinhança, quem são os
vizinhos, o que eles fazem ou representam, isso agrega ou desagrega valor.
Vejamos outro ponto importante é a questão da segurança, o medo e a
insegurança, são coisas que reinam na sociedade como um todo, porem
existem locais e regiões que são mais predominantes, para não ser pego de
surpresa consulte aos moradores, ou se possível em fontes oficiais e jornais o
que tem ocorrido naquela determinada região, muito bom conhecer os índices
de violência se possível até por bairro, e de preferência que sejam atualizados.
Como foi mencionado, todos esse fatores anteriores relatados interferem
na qualidade de vida ou no sucesso do negocio, pois vão de custos financeiros
diretamente, como na própia condição de sobrevivência e segurança, e
desenvolvimento de uma atividade. No caso de moradia, podemos ter como
base ate mesmo a condição de lazer para a família, já para negócios e
empresas, o fluxo de pedestres na rua ou região.
Portanto, veja que para uma rotina de uma família e empresa é
importantíssimo o contexto que ela ta inserida, os seus impactos são
extremante relevantes, tanto na questão financeira, como de relacionamento
social ou ambiental, interação passa a ser não uma opção mais uma
necessidade, e por ser uma necessidade logo a decisão de se instalar precisa
ser muito bem pensada, quando alugado mais fácil a tomada de decisão, já na
compra torna-se um pouco delicado e complexa, porém ambos os casos o
conhecimento da região e do local é imprescindível e indispensável.

3. SAÚDE FINANCEIRA PARA INVESTIMENTO IMÓBILIARIO

A primeira pergunta que se deve fazer antes de tomar o primeiro passo


em direção a compra ou aluguel de imóvel é tenho condição de arca com o
compromisso? Outra é importante? È necessário? Vale a pena nesse
momento? Essas são algumas perguntas que podem acender um sinal de
alerta se respondidas sinceramente.
Antes de qualquer coisa, na ceara familiar, é necessário um
planejamento familiar como um todo, ver quais são as prioridade financeiras da
família, outro fator determinante é a segurança financeira, se a renda é fixa,
variável. O planejamento financeiro familiar é a projeção de gastos e receitas
de uma família, ou seja, detalhamento da situação econômica. Tendo essas
informações retratadas, então é possível identificar: Fonte de capital, gastos do
capital, e o que pode ser feito com o capital; se da ou não para realizar certos
objetivos e sonhos. Com esse conhecimento básico e necessário é possível ter
o mínimo de noção de educação financeira, e assim avançar em projetos como
aquisição ou aluguel de um imóvel.
Ao fazer essas analises, saí do campo do empirismo e começa a
trabalhar como fatos, inclusive, ao conhecer a condição financeira exata, sabe-
se também o que é mais viável no quisito financeiro, por exemplo, se aluga, se
compra, quando se trata da compra tem que verificar as possibilidades da
compra, se avista, se financiada, se consorcio, se compra o terreno depois
constrói, se compra só pra investimento de valorização posterior, se pra alugar.
Então vemos claramente o que pode ser extraído com o conhecimento real da
situação financeira. Os fatores determinantes para a tomada de decisão no
orçamento e prioridades da família, logo sabe-se que a particularidade da
decisão estará com elementos basilares mensurável, visível e possível de ser
analisados, facilitando assim a melhor escolha.
Segundo alguns educadores financeiros, a melhor forma de distribuir a
renda da família se baseia no tripé, 50%, 15% e 35%, seria respectivamente:

50% deve ir para as receitas básicas fixas, como aluguel, condomínio,


escola, supermercado, água, luz, telefone, internet e tv por
assinatura; 15% se destina para o pagamento de dívidas. Caso não
tenha, o percentual deve ser redirecionado para a criação de uma
reserva de emergência e investimentos; 35% vão para gastos não
essenciais, relacionados ao seu estilo de vida e ao lazer, como
restaurantes, cinema, academia, salão de beleza, entre outros.

Veja como descreve o Caderno de Educação Financeira do Banco Central do


Brasil

“Módulo Competências 1 – Nossa Relação com o Dinheiro -


Compreender a relação cotidiana das pessoas com os seus recursos
financeiros e fazer escolhas cada vez mais conscientes. - Refletir sobre seus
sonhos e sobre como transformá-los em realidade por meio de projetos. -
Avaliar suas necessidades e desejos e como os efeitos de suas escolhas
afetam a qualidade de vida no presente e no futuro.
2 – Orçamento Pessoal ou Familiar - Reconhecer o orçamento como
ferramenta para a compreensão dos próprios hábitos de consumo. - Aplicar os
conceitos de receitas e despesas na elaboração do orçamento, para torná-lo
superavitário. - Utilizar o orçamento para o planejamento financeiro pessoal e
familiar.
3 – Uso do Crédito e Administração das Dívidas - Identificar o
crédito como uma fonte adicional de recursos que não são próprios e que, ao
ser utilizado implica o pagamento de juros. - Entender as vantagens e as
desvantagens do uso do crédito e a importância de fazer a escolha adequada
entre as modalidades disponíveis, considerando o seu custo. - Identificar
causas e consequências do endividamento excessivo e compreender as
atitudes necessárias para sair dessa condição.
4 – Consumo Planejado e Consciente - Entender as vantagens e as
dificuldades de planejar o consumo. - Conhecer as estratégias e as técnicas de
vendas utilizadas pelos comerciantes para conquistar o consumidor, e as
atitudes que podem ser adotadas pelo consumidor para evitar o consumo por
impulso. - Promover o consumo consciente com práticas sustentáveis,
inclusive no que se refere ao uso e conservação do dinheiro.
5 – Poupança e Investimento - Compreender a importância do hábito
de poupar como forma de melhorar a qualidade de vida. - Distinguir a
diferença entre poupança e conta (ou caderneta) de poupança. - Entender o
conceito, as características e as modalidades dos investimentos, para que
possa escolher a aplicação mais adequada ao seu perfil e às suas
necessidades.
6 – Prevenção e Proteção - Entender os riscos financeiros e quais as
medidas de prevenção e proteção adequadas para cada situação. -
Compreender a importância do planejamento financeiro para a aposentadoria,
como se estrutura o sistema previdenciário nacional e quais as vantagens e
desvantagens de adotar estratégias independentes, sendo o próprio gestor dos
seus investimentos.”

Conhecer a saúde financeira, é basicamente saber o que é receita e o


que é despesas, é entender o que é fixo e variável, ter uma escala de
prioridades, entender de maneira clara seus rendimentos, e também ter uma
noção mínima de mercado para saber o que está influenciando nos preços,
agindo assim certamente terá uma boa saúde financeira, e terá melhor
condição para tomar uma decisão.

4. ALUGUEL

Quando vale apena alugar? Talves essa seja a pergunta a ser feita, em
que situação é vantajoso, e em que situação não é? Vejamos alguns aspectos
a ser levado em consideração, logo podemos identificar a falta de condição
financeira para comprar um imóvel, ou de contrui-lo, outro fator, é a localização
do imóvel, e também para que e porque a pessoa está locando, pois existem
pessoas que estão em determinada região a trabalho, e por estarem a trabalho
e por tempo determinado certamente o melhor é locar um imóvel.

4.1 FATORES DA LOCAÇÃO

Entao vamos entrar em um fator determinante na hora de alugar, o famoso


contrato de aluguel, ele é fundamental e indispensável. O contrato de aluguel é
regido pela lei do iquilinato n° 8.245/91,

“Não se pode olvidar que tão antigo como o próprio ser


humano é o conceito de contrato, que nasceu a partir
do momento em que as pessoas passaram a se
relacionar e a viver em sociedade. A própria palavra
sociedade traz a ideia de contrato, de composição
entre as partes com uma finalidade. A feição atual do
instituto vem sendo moldada desde a época romana
sempre baseada na realidade social. Com as recentes
inovações legislativas e com a sensível evolução da
sociedade brasileira, não há como desvincular o
contrato da atual realidade nacional, surgindo a
necessidade de dirigir os pactos para a consecução de
finalidades que atendam os interesses da coletividade,
atendendo à real função social dos contratos”
( TARTUCE, 2012. p. 506).

O Código Civil no seu art. 565 descreve da seguinte forma o contrato de


aluguel: “É o contrato pelo qual uma das partes se obriga a ceder à outra, por
tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa
retribuição”.

De maneira bem resumida e objetiva são três elementos fundamentais para


existência de um contrato de locação: O objeto, o consentimento e o preço que
segundo Bernardo Coura o contrato “busca conciliar os desejos do proprietário
do imóvel, em auferir renda através da locação, com a intenção do locatário
que busca a segurança de um contrato com prazo definido, valores bem
especificados, e a garantia de que o locador não irá retomar o imóvel durante
a vigência do avençado’.

Segundo Gonçalves:

“Os requisitos ou condições de validade dos contratos


são de duas espécies: a) de ordem geral, comum a
todos os atos e negócios jurídicos, como a capacidade
do agente, o objeto lícito, possível, determinado ou
determinável, e a forma prescrita ou não proibida em lei
(CC, art. 104); b) de ordem especial, específico dos
contratos: o consentimento recíproco ou o acordo de
vontades.

Então veja que é um acordo bilateral ou plurilateral de vontades, onde as


partes buscam sua satisfação. Logo se sabe, que são levados em
consideração a condição de uso imóvel, a documentação do mesmo, a
finalidade do imóvel, condição financeira do locador, as garantias contratuais,
tempo de locação, esse são alguns elementos fundamentais para optar ou não
pelo aluguel, segundo Matos se o cenário te mostrar algumas incertezas, é
melhor alugar algo, que seja menor, e ir juntando o valor da entrada para que
se reduza um possível financiamento ou a compra à vista não te descapitalize
total ou parcialmente, comprometendo sua reserva financeira”. Veja, que
segundo o especialista as vezes é melhor esperar um pouco pagando aluguel,
do que ficar descapitalizado, pois as finanças bem administradas propiciara um
aquisição mais segura. Pra melhor entendermos Gomes afirma “alugar pode
ser vantajoso por alguns motivos. O primeiro é a mobilidade, já que um
inquilino consegue mudar de endereço com mais rapidez e menos burocracia
que um proprietário’’ cada caso preciso ser avaliado, inclusive na elaboração
do contrato, pois varia de acordo com a necessidade de ambos, o locador e
locatário, usando sempre a lei como balizador do acordo firmado. Inclusive
dentro desse contrato pode ser posto garantias para o fiel recebimento do
locador, essa garantia pode cobrir tanto a carência de pagamentos, quanto
eventuais danos que o locatário cause ao imóvel, normalmente é negociada
com adiantamento de três meses de aluguel, através de deposito bancário,
mais também pode ser feito através de outros bens que tenham valor
garantidor, e também através de fiadores, lembrando que ao fim do contrato o
locador devolve esse valor integralmente para o locatário

Portanto é importe sempre analisar as condições de cada situação caso


necessite locar um imóvel, sempre levar em consideração custo beneficio.

5. A COMPRA

Para entendermos melhor, o processo de compra de um imóvel, vamos


primeiramente definir o conceito de compra: É um contrato ou ato em que é
transferido o direito ou propriedade mediante pagamento, avista ou parcelado,
feito em dinheiro ou outra forma de pagamento equivalente, no caso o preço é
fixado em acordo entre as partes vendedor e comprador.

A aquisição do imóvel pode ser novo, usado, até mesmo na planta, ou


um simplesmente terreno vazio, avista ou parcelado, bisso depende da
necessidade e das condições financeiras do comprador. Lembrando que cada
caso tem suas peculiaridades, e valores diferentes, e formas diferentes,
pensando nessa perspectiva, e dentro desse conceito de compra/aquisição,
vamos detalhar as maneiras mais simples as mais complexas nesses
processos.

Independente do tipo de compra a ser realizada, em ambos os casos, o


desaguar final chega também nos custos com documentação, e para não
acontecer de ser pego de surpresa, é necessário verificar breviamente esses
custos, inclusive se pode ser parcelado ou não, ou ainda quais formas de
pagamento é aceito nessa transação, como diz um ditado “quem não registra
não é dono”, é importantíssimo levar esse fator em consideração.

5.1 CONSORCIO

O consorcio, pode ser utilizado para diversas modalidades de compras


programadas, dentre elas está a aquisição de imóveis, por ser uma compra
programada, tem se tornado cada vez mais utilizada, funciona da seguinte
maneira, pessoas com o mesmo objetivo se unem em grupos, dividido em
cotas, tendo uma administradora, normalmente uma empresa, ela recebe uma
pequena taxa administrativa paga em porcetagem dentro parcela, o consorcio
tem prazo limitado de parcelas, e segue um cronograma de sorteios, o
consorciado pode ser contemplado antecipadamente, ou ao termino do
contrato, caso ocorra antecipado, é necessária a devida quitação para ter
direito integral sobre o bem. Os pagamentos são feitos mensais, e caso ocorra
uma volorização do bem, as parcelas sofrem reajuste, mesmo que um dos
contemplados, já esteja com o bem em sua posse.

Lei 11.795/08 Art. 1o  O Sistema de Consórcios,


instrumento de progresso social que se destina a propiciar o
acesso ao consumo de bens e serviços, constituído por
administradoras de consórcio e grupos de consórcio, será
regulado por esta Lei.  Art. 2o  Consórcio é a reunião de
pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e
número de cotas previamente determinados, promovida por
administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a
seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou
serviços, por meio de autofinanciamento. 

Ato da contemplação, a contemplação pode acontecer das seguintes


formas: Por sorteio, todo mês são realizados o sorteios para os participantes, a
quantidade de sorteados é fixado no contrato, nesse caso é realizado entre os
participantes que estão dia com suas parcelas; Por lance, o lance pode ser livro
ou fixo, livre o participante coloca o valor que ele quiser respeitando o valor
mínimo, já no fixo sempre realizado em valor percentual do bem descrito na
carta de credito; contemplação por exclusão, essa é uma modalidade recente,
onde os participantes desistentes, participam, caso sejam contemplado
recebem um parte do valor que pagaram, sem necessária esperarem o
encerramento do grupo.

A carta de crédito, quando se faz um consorcio ao ser contemplado, o


consorciado recebe uma carta credito correspondente ao valor do bem pago,
no geral a uma confusão de entendimento dos participantes, no geral pensam
que estão comprando o bem, quanto na verdade estão adquirindo um meio de
comprar o bem, pois de fato o contemplado, ganha essa carta de credito para
comprar, que pode ser revertido, na compra do bem antes mencionado ou não,
inclusive pode ser utilizado em outra finalidade, isso depende dos agentes
envolvidos.

Em uma contratação de um consorcio, o consorciado paga pelo valor da


carta correspondente ao bem, as taxas administrativas, pelo seguro, e também
pelo fundo de reserva, todos ficam incluídos na parcela do bem, inclusive as
parcelas sofrem correção em sua maioria.

5.2 FINANCIAMENTO

Podemos descrever financiamento como uma operação financeira, tendo


um agente financeiro que tem o recurso que empresta ou doa a uma pessoa
física ou jurídica que está precisando para um investimento especifico, quando
se trata de mercado financeiro, esse agente, celebra um contrato e estipula as
condições de parcelamento e juros, para o tomador, diferente do consorcio, o
financiamento esta atrelado ao bem e não a uma carta de credito, a efetiva
celebração do contrato se concluio com a entrega do valor financeiro que é
pago diretamente para o proprietário ou vendedor do bem desejado, lodo
também é diferente do empréstimo, pois o empréstimo é entre diretamente a
quem ta emprestando.

5.2.2 Tipos de financiamentos


Atualmente existem diversos tipos de financiamentos que são muitos
populares, na aquisição de veículos, como cdc, Leasing; financiamento
estudantil, para custear a formação e capacitação de estudantes; também as
empresa usam o finame para o financiamento de maquinas e equipamentos,
entres outros como também o microcrédito para microempreendedor;
Financiamento Imobiliário, tanto pra compra de imóveis novos como usado, lote
ou casas ou prédios prontos.

No que tange a financiamento de imovés, a política de credito pra esse


seguimento, é feita de forma a igualar os desiguais, taxas e juros menores a
quem tem menor poder de compra, no caso de moradias populares, as taxas
são atraentes inclusive o governo ajuda com subsídios, os prazos são longos e
existem diverso tipos de financiamentos imobiliário os cincos principais são: O
sistema financeiro de habitação (SFH), esse sistema foi criado pelo governo
federal, (SBPE) e pelo (FGTS), as principais características, juros baixos, valor
pode alcançar R$ 1.500.000,00, tempo até 35 anos, pode ser utilizado o FGTS
como entrada, pode financiar até 90% do imóvel, podendo comprometer no
Maximo 30% da renda, somente pessoa física pode realizar, e ainda tem o
beneficio do desconto de 50% na escrituração e registro do imóvel; O sistema
de financiamento imobiliário( SFI), esse programa desenvolvido pelo governo
federal, garantido pelo (SBPE), para valores acima de R$ 1.500.000,00, a taxa
de juros é um pouco mais alta devido o risco, prazo ate 35 anos para
pagamento, pode ser financiado ate 90% do imovel, direcionado a apenas
pessoas físicas; tambem instituições privadas atuam no finaciamento de
imóveis, cada uma utiliza sua política de financiamento inclusive no
estabelecimento das suas taxas de juros.

Quanto se trata de financiamentos, tambem deve ser levado em


consideração o tipo de tabela de armotização a ser adotada no financiamento,
pois implica diretamente no valor da parcela a ser paga, essas são as mais
usadas: Sistema de amortização ( SAC), as parcelas vão ao longo do tempo
diminuído, pois a taxa diminui, porém pode sofrer pré e pós-fixadas, a principal
vantagem, é as ultimas parcelas ficam menores; Sistema tabela price, as
parcelas são fixas, sofrem variação indexada a inflação pós-fixadas a sua taxa
de referencia, ao longo do tempo tornam as parcelas maiores, a vantagem
começa a parcela menor, a principal desvantagem e talvez justifique porque o
pouco uso no Brasil, as ultimas parcelas ficam sempre mais altas; Sistema de
amortização crescente ( SACRE), é um sistema misto, até um determinado
momento as parcelas vão subindo, porem depois começam a diminuir, usa-se
a taxa de referencia e os juros, ao longo do tempo diminuem.

5.3 PERMUTA

Essa modalidade, a muito tempo é utilizada no mundo, porem


atualmente ela vem ganhando espaço na nossa sociedade moderna, e no
mercado imobiliário impactando diretamente nos negócios, em que as
condições financeiras e comerciais facilitam esse tipo de negocio, mais afinal o
que á a permuta? Basicamente é uma troca, onde se troca um bem no outro,
pode ter o mesmo valor ou não, e se os bem tem o mesmo, não ocorre a
incidência de impostos, no geral o desembolso financeira é muito pequeno.

5. 4 COMPRA AVISTA

A compra avista, logo de cara é deslumbrado como a melhor forma de


compra, cujo o pagamento é feito em sua totalidade e em uma só vez, de forma
didática, você compra e leva o produto e ele é seu por direito e não só por
posse, diferente do financiamento, que você tem a posse, só depois que quita
que passa a ser dono de fato. O pagamento avista pode ser feito, com dinheiro,
cartão de credito, boleto ou até outra forma de pagamento, no entanto gera
uma quitação do compromisso de pagamento em ato único. A compra avista
normalmente da um poder maior de barganha de compra, isso pode influenciar
em um desconto muito maior no momento da compra, por outro caso a pessoa,
não seja tão privilegiado financeiramente, pode ocasionar uma
descapitalização, influenciando diretamente na qualidade de vida do individuo.

CONCLUSÃO

Com o crescimento da grande demanda por procura de imóveis tanta


para compra quanto aluguel, a esse respeito surgiu a seguite questão é melhor
comprar ou alugar um imóvel? Conforme verificou-se no decorrer de todo esse
estudo aqui levantado, faz-se necessário sempre um estudo do panorama
financeiro e objetivos de cada individuo, e qual imóvel pretende adquirir, visto
que para uma boa aquisição ou não é necessário mensurar os pros e contras.
Procurou-se entender e fazer um levantamento das melhores opções
respeitando a especificidade linear de cada um, pois como foi-se percebido,
existem casos, que pode-se optar por imóvel alugado como melhor opção, por
um período de tempo, em outros casos a melhor opção é realmente comprar
mesmo que seja financiado e pagando juros, o que vai determinar a melhor
opção é lápis e caneta na mão, calcular cada centavo, e também a qualidade
de vida que se pretende ter, quando se tem essas informações na mão fica
mais fácil, é indispensável o corretor de imóveis, pois ele pode auxiliar na
tomada de decisão por ser um profissional da área, como alencado, não só o
valor é discutido, mais tudo, inclusive a localização e a finalidade do imóvel, o
que pra um pode ser bom pra outro pode ser um problema. Foram realizados
estudo e pesquisas de campo, como também o código civil, a lei do Eqilinato,
consulta junto a órgão creditícios e instituições financeiras e também a
profissionais no ramo imobiliário. Ficou claro que não existe uma melhor ou pior
opção, o que importa é se atende a necessidade, e se está dentro das
condições de cada pessoa, o que determina de fato o valor agregado da
melhor operação é a disposição no tempo da escolha e também o que atende
as necessidades. Uma boa conduta na administração financeira pode apontar
com clareza a melhor escolha, por isso nada melhor que um conhecimento do
mercado, e a ajuda de um profissional qualificado.

.
Financiamento de projetos
Estrutura de financiamento destinada a grandes projetos, como a criação de
novas fábricas, usinas, grandes obras, etc.

Ele pode ser de curto, médio ou longo prazo, o que influencia diretamente no
valor final pago ao credor.

Além disso, ele pode ser feito com capitais próprios, pertencentes à


instituição investidora ou com capitais alheios, valor fornecido por terceiros.

Debêntures
Os debêntures são títulos de dívida emitidos por grandes empresas. Eles são
comprados por investidores, que recebem uma remuneração (juros) pelo valor
investido.

Diferente do Tesouro Direto, onde as aplicações vão para os cofres públicos,


o debêntures são uma forma de financiamento de empresas privadas.

O debênture está entre os investimentos de renda fixa, mesmo não sendo


tão conhecido no mercado.

SFH
O Sistema Financeiro de Habitação foi criado em 1964 através da lei 4.384,
com o intuito de popularizar o acesso à bens imobiliários.
Ou seja, ele é um programa governamental pautado na obtenção de
financiamento através de órgãos como a Caixa Econômica Federal.

Nesse sentido, iniciativas como o Minha Casa, Minha Vida, que fazem parte
do SFH, são formas que o governo encontrou de tornar possível a aquisição
da casa própria.

O sistema de financiamento atua por meio do parcelamento do valor


necessário para comprar o bem requisitado.

Seu modelo utiliza desde a Caderneta de Poupança até mesmo


o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Carta de Fiança
A carta de fiança é um tipo de contrato em que um banco passa a atuar como
figura fiadora em um contrato em caso de um não pagamento.

Portanto, ela é uma forma de acordo entre um consumidor e uma instituição


bancária, a fim de prosseguir com a contratação de um financiamento para
a compra de um bem.

É uma modalidade prevista pela Lei de Execuções Fiscais e pode ser


utilizada para garantir pagamento de um locatário que não tenha fiador.

Autofinanciamento
O autofinanciamento é uma técnica usada para alavancar projetos de
empresas apenas com capital próprio sem depender de investimentos externos
ou financiamentos com instituições financeiras.

Nesse modelo de financiamento, o capital gerado pela empresa


ou empresário é reinvestido no negócio.

Portanto, ele tem como premissa um upgrade do projeto e uma futura


retroalimentação para reaver o valor investido através do lucro.

Comprar um imóvel à vista no Brasil é muito complicado, por isso, existem diversos tipos
de financiamento imobiliário que ajudam as pessoas a realizar o grande sonho da casa
própria.

Se você está em busca de uma casa ou apartamento mas não tem o dinheiro para quitá-
lo, pode facilmente recorrer a um financiamento imobiliário. Conheça os principais tipos
praticados no país, saiba como eles funcionam e como conseguir a autorização do seu
crédito.
2. Sistema de Financiamento Imobiliário
(SFI)
Esse tipo de financiamento também foi desenvolvido pelo Governo Federal, mas para
atender compras de imóveis com valores acima de R$ 1.500;000,00 mil em todos os
estados. Dessa forma, o risco é maior que do modelo anterior, deixando as taxas de juros
mais altas e variáveis. Em resumo, suas principais características são:

 não há valor máximo de renda mensal comprometida para pagamento das


parcelas;
 a quitação tem que ser feita em até 35 anos (420 meses);
  para imóveis novos e usados o percentual do valor máximo a ser financiado é
de 80% e para imóveis na planta e de até 90% do valor do imóvel, assim como o
SFH.
 apenas pessoas físicas podem efetuar a compra do imóvel;
 o recurso vem do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE);
 taxa de juros máxima é de 12% a.a. 

3. Sistema de Amortização Constante


(SAC)
A principal característica desse tipo de Sistema é a ter as prestações do financiamento
decrescentes, isto é, o valor vai diminuindo ao longo do tempo, garantindo mais segurança
ao comprador caso ocorra algum imprevisto no futuro. A taxa de juros diminui e a
amortização fica fixa. Esse tipo de financiamento pode sofrer correções monetárias pré
ou pós-fixadas.

O que é melhor para o bolso: comprar imóvel próprio ou morar de


aluguel investindo a diferença? A escolha deve levar em conta diversos
fatores, mas especialistas alertam que nem todos são mensuráveis na ponta do
lápis. Além dos cálculos, há fatores que não é possível quantificar, como o
perfil de investidor e até o quanto a família deseja possuir uma casa própria.
“É muito particular a decisão entre comprar ou alugar imóvel. O primeiro
ponto é o seguinte: aquela família tem o sonho da casa própria? É um objetivo
relevante? É algo que vai trazer mais qualidade de moradia ter a posse de um
imóvel? Isso faz muita diferença”, comenta Leonardo Gomes, planejador
financeiro e sócio do Vista Fintech.
Melhorar a qualidade de moradia não necessariamente envolve comprar ou
alugar um imóvel, complementa. “Ela simplesmente envolve o local que você
está morando, independentemente se é seu ou não”. 

Antes de decidir por comprar uma casa, é preciso avaliar a organização


financeira, reserva de emergência, aposentadoria e proteção, o momento
profissional e familiar, segundo Deise Matos, planejadora financeira e
especialista em investimentos. 

“Devemos entender se nesse momento é necessária a compra de um imóvel


ou se a opção por algo mais funcional seria mais adequado para formar uma
reserva maior de recursos, bem alocados, e planejar essa compra
futuramente”, explica.

Nesse cenário, muitos consumidores podem se questionar: “ qual avaliação


devo fazer para comprar ou alugar um imóvel”. Veja abaixo 3 perguntas
para ajudar na decisão entre comprar ou alugar imóvel, com respostas
elaboradas por Leonardo Gomes e Deise Matos.

Alugar imóvel: quando vale a pena?


Quais são as vantagens de alugar um imóvel? E quais são
as desvantagens? Gomes aponta que “alugar pode ser vantajoso por alguns
motivos”. O primeiro é a mobilidade, já que um inquilino consegue mudar de
endereço com mais rapidez e menos burocracia que um proprietário. Já entre
as desvantagens, Matos aponta possíveis transtornos, como o proprietário
encerrar o contrato antes do previsto.
Mas todos esses são fatores “não-financeiros”. Há ainda as possíveis
vantagens ou desvantagens financeiras do aluguel. “Se o cenário te mostrar
algumas incertezas, é melhor alugar algo, que seja menor, e ir juntando o valor
da entrada para que se reduza um possível financiamento ou a compra à vista
não te descapitalize total ou parcialmente, comprometendo sua reserva
financeira”, diz Matos.

Para identificar se o aluguel vale a pena para o bolso, é preciso colocar os


números na ponta do lápis (veja mais abaixo uma simulação de cálculos
para saber se alugar o imóvel vale a pena). 

Financiamento: quando é mais vantajoso?


Gomes ensina que, para saber se vale a pena entrar num financiamento
imobiliário, é preciso verificar 4 condições: 
1. Se a família tem certeza que aquele é o imóvel em que vai ficar boa
parte da vida.
2. Se a parcela não foge muito do que se pagaria em um aluguel. 
3. Se a qualidade de moradia no imóvel já é aquela desejada por um bom
tempo.
4. Se família tem um desejo de ter o imóvel próprio
“Quando você junta todos esses fatores, o financiamento pode valer a pena”,
diz Gomes.

Já entre as desvantagens, os especialistas citam o alto custo dos juros.


“Quando você pega um financiamento, principalmente no início, somente um
terço da parcela é amortização. Os outros dois terços são juros, seguros etc”,
aponta Gomes. “Quando você pega um financiamento, você também está
alugando. Só que você está alugando o dinheiro do banco. E quando você
aluga o dinheiro do banco, ele é caro.” 
Já Matos comenta ainda que, além do alto valor que o consumidor paga em
juros, é preciso “avaliar todos os custos, como entrega das chaves, reforma, e
sem que isso comprometa todas as suas reservas”.

Alugar para comprar à vista no futuro é a melhor


opção?
Afinal, colocando os números na ponta do lápis, é melhor alugar ou
financiar? Matos afirma que alugar um imóvel para juntar dinheiro e comprar
outro à vista no futuro “pode sim ser uma boa opção para quem ainda não tem
o valor para comprar à vista e não quer entrar nos juros do financiamento”.
“Aluga-se um imóvel menor, com menos custos e vai aportando mensalmente
para o objetivo da casa própria”, explica ela. 
Matos explica que ideia é que o consumidor que se preparou para dar uma
entrada de 20% ou 30% do valor de um imóvel e financiar o restante faça a
seguinte troca: em vez de comprar, ele aluga um imóvel de valor semelhante,
com aluguel de 0,3% a 0,5% do preço da casa ou apartamento. O valor será
menor que a parcela de um financiamento. A diferença, junto com o valor da
entrada, é investida, possibilitando que o consumidor junte o dinheiro para
comprar sua casa própria no futuro à vista. 
Gomes defende essa alternativa. “O aluguel é uma ferramenta que vai auxiliar
você a ter o seu imóvel próprio mais rápido e mais barato. Só que, muitas
vezes, ele vai demorar um pouco mais para ser seu.”

No entanto, é preciso cuidado: a troca do financiamento pelo aluguel pode ser


mais vantajosa para o bolso, mas nem sempre isso acontece. Em alguns
casos, financiar, apesar de ser custoso, ainda pode valer mais a pena para o
consumidor. 

Financiamento x Aluguel
Veja abaixo uma simulação preparada por Deise Matos para ajudar o
consumidor nos cálculos para saber se alugar o imóvel vale mais a
pena que financiar:
Cálculos para saber se alugar o imóvel vale a pena
A especialista considera um bem no valor de R$ 400 mil, por exemplo, com
uma entrada mínima de 20%. “É o valor de entrada que os bancos exigem em
média”, explica ela, que considerou ainda uma taxa anual de juros em 7,75%
ao ano. “Observem o custo efetivo total (CET), que é a taxa final”, recomenda
ela aos compradores. O CET é aquele que aponta qual será o custo total do
financiamento, considerando não apenas os juros, mas também itens como
outras taxas, encargos, tributos e seguros.
“No prazo de 30 anos, o cliente assumiria uma parcela de R$ 2.232,
pela Tabela Price – dependendo do banco e do tipo de financiamento, pois
ainda existem as formas de amortização pela Tabela SAC ou SACRE (com
parcelas decrescentes)”, explica Deise. Tabela Price (Sistema Francês de
Amortização) e SAC (Sistema de Amortização Constante) são métodos
diferentes de amortização do financiamento. Na SAC, as prestações começam
mais altas e vão caindo por causa da amortização mensal do saldo a ser
financiado. Já na Tabela Price, as parcelas são fixas.
O resultado da simulação de Matos é: no final das contas, o consumidor
teria pago pelo imóvel de R$ 400 mil um total de R$ 803.520 com o
financiamento. 
Se, em vez disso, ele optasse por alugar, o cálculo seria o seguinte:
“poderíamos investir o valor da entrada, analisando sempre o perfil investidor
de cada cliente, com uma rentabilidade conservadora de 5% ao ano, e com
aportes mensais da diferença entre a parcela do financiamento (R$ 2.232) e o
valor que se pagaria no aluguel (R$ 1,2 mil), resultando em R$ 1.032.”

O resultado: “teríamos R$ 400 mil em mais ou menos 14 anos”. Ao final de 30


anos (prazo do financiamento), o investidor teria acumulado R$ 1.195.275. Mas
especialista ressalta que, “nessa simulação, não estamos levando em
consideração a valorização do imóvel e possíveis ajustes no valor mensal pago
pelo aluguel”. 

“Se levarmos em conta a valorização do imóvel, que em média está


atingindo patamares de 8,45% ao ano, segundo a Abecip, através do IGMI
(Índice Geral do Mercado Imobiliário), o financiamento se tornaria mais
atrativo, pois o valor investido mesmo após 30 anos não renderia o valor
necessário para comprar o mesmo imóvel valorizado em R$ 2.409.030.”
“Com a valorização do imóvel, só seria viável um cenário de aluguel se os
rendimentos da carteira atingissem 0,7% mensais, pois ao final do prazo teria o
montante de R$ 2.654.030,  suficientes para compra do imóvel valorizado.”

Algumas conclusões:
 Na opção de investir o dinheiro que pagaria em entrada e parcelas de
um financiamento, quanto maior a rentabilidade dos investimentos, mais
o aluguel se torna vantajoso em relação ao financiamento. 
 Quanto menor a entrada do financiamento, mais desvantajoso ele se
torna na comparação com o aluguel. 
 O aluguel pode permitir que o consumidor junte o valor do imóvel à vista
mais rápido que o prazo do financiamento, mas esse cálculo não leva
em conta que, até lá, o preço da casa ou apartamento não será mais o
mesmo. Por isso, dependendo do cenário, o financiamento pode ser
mais vantajoso que o aluguel. 
Consórcio de imóveis vale a pena?
Outra alternativa para a aquisição de um imóvel é entrar em um consórcio,
modelo de compra que une consumidores com o mesmo objetivo e que
depende de sorteios para que cada participante seja contemplado e possa
comprar a casa ou apartamento. 
“Nessa modalidade, adquire-se uma carta de crédito no valor do imóvel e,
em cima do valor da carta, é cobrada uma taxa de administração. Por esse
motivo, fica mais barato que o financiamento”, explica Matos.
“Para os que não querem pagar altos juros no longo prazo do financiamento,
não possuem disciplina para poupar todos os meses e estão dispostos a
renunciar a compra por um tempo, pelo menos até o lance ou ser sorteado, o
consórcio pode ser uma boa alternativa”, diz a especialista. 
Mas ela também menciona pontos de atenção. “Vale ressaltar que você não
tem o bem na hora, se não tiver o valor do lance vai ficar dependendo de
sorteio e, se quiser desistir do grupo, paga uma multa. Sempre leia todo o
contrato”, recomenda. 

Matos afirma que “é preciso uma boa estratégia para ter uma economia maior
no final do prazo”. “O lance funciona como uma entrada, porém vale lembrar
que nesses casos um lance vencedor deve ser de pelo menos 40% do valor da
carta”, diz ela, recomendando “cuidado com cartas que oferecem lances
embutidos no valor, pois a taxa de administração vai ser cobrada em cima de
um montante muito maior”. 

Já Gomes afirma que “o consórcio vale a pena quando você consegue pegar
com lance abaixo de 30%”. “Porque, acima disso, ele começa a ficar mais
oneroso e muitas vezes pode ficar até mais caro que o financiamento.”

Consórcio ou financiamento?
Utilizando o mesmo exemplo hipotético do imóvel de R$ 400 mil, Matos faz a
seguinte simulação:

 Carta de crédito de R$ 400 mil


 Taxa de administração aproximada de 22,05% por todo o período
 Parcela inicial de R$ 2.441
 Um lance de pelo menos R$ 160 mil
 Resultado: parcela após o lance de R$ 1.464 e valor total pago no final
do período de R$ 488.200. 
“A simulação nos mostra uma economia no valor total pago, porém dispondo
de uma entrada bem maior”, conclui a especialista. 

Mas, mesmo diante dos números, Matos reforça que é preciso avaliar a
situação individual de cada consumidor. “Os cálculos e análises devem ser
feitos de forma individual e exclusiva para cada situação.”

Você também pode gostar