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CET Transito
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Introdução:
Objetivos:
Metodologia:
Foi utilizado um medidor de nível de pressão sonora integrador da marca Quest, classe II,
devidamente calibrado (114 dB, 1000 Hz). Foram seguidos os princípios estabelecidos pela ISO-
1999 (1990).
As medições foram efetuadas no dia 14/01/2003, às 15h20min.
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Resultados:
Discussão:
O ruído gerado pelo tráfego da Marginal, sobretudo na pista expressa, se constitui como a
principal fonte de ruído no ambiente de trabalho investigado. A distância entre o escritório e a
pista é uma característica que favorece a propagação do ruído. Além disso, não há nenhuma
barreira interposta entre a fonte linear do tráfego e o ponto de recepção, levando em conta a
medição com a janela aberta.
Ruído de tráfego apresenta como principais fatores de formação o funcionamento do
motor e o atrito existente entre o veículo e o piso e o ar. Conforme Berglund et al. (1999),
quando a velocidade supera 60km/h, o segundo fator se torna o mais importante, como é o caso
na Marginal.
Os resultados iniciais indicam que, baseando-se na literatura, o risco de perda auditiva é
inexpressivo, uma vez que os valores se encontram abaixo até do nível de ação, que é de 80
dB(A), definido pela legislação nacional para ambientes de trabalho, sobretudo industriais.
Conforto acústico, nesta situação, é o tópico que serve de referência para possibilitar a consulta
a normas específicas, inclusive a do Ministério do Trabalho (BRASIL 1998).
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De qualquer modo, vale salientar que a norma ISO-1999 (1990) estabelece como nível
seguro um nível equivalente de 70 dB(A), para uma base temporal de 24 h (L Aeq,24). Neste caso,
observando o Leq registrado, o LAeq,24 é de 72 dB(A), um pouco acima do limite referido.
A epidemiologia sobre o tema, para os níveis encontrados, também tem se detido sobre
efeitos extra-auditivos provenientes da exposição ao ruído. Embora as associações encontradas
sejam frágeis, verifica-se que a exposição a longo - termo ao ruído a um L Aeq,24 na faixa de 65 a
70 dB(A) pode induzir a ocorrência de efeitos cardiovasculares, especialmente doença isquêmica
do coração (Berglund et al. 1999).
Em referência ao cenário de conforto acústico, o valor encontra-se bem acima dos limites
estabelecidos pela NB-95 - NBR 10.152 (ABNT, 1987), referência para o Ministério do
Trabalho, que devem ser os seguintes para ambientes de trabalho em escritórios:
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Conclusão:
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Conservação Auditiva (PCA) no grupo de policiais que ali trabalham (Brasil 1997). Em anexo,
há a transcrição da Portaria que aborda as principais etapas do programa.
Sobre a questão do conforto acústico, pôde ser observado que o valor encontrado está
sensivelmente acima do indicado pela NB-95 - NBR - 10.152 (ABNT 1987). Esta constatação
implica na necessidade de medidas de saneamento no local, que estão incluídas no escopo do
PCA. Como sugestão, o escritório poderia ser enclausurado acusticamente, com a instalação de
janelas e portas acústicas e de um sistema de ar condicionado. Barreiras acústicas que contornem
a unidade é outra alternativa para reduzir a emissão de ruído no local. Importante destacar que
tais medidas de saneamento devem ser resultado de um procedimento de avaliação mais
detalhado, por se tratar de um problema de engenharia.
Necessário destacar que para se estimar a exposição ao ruído com maior acurácia seria
necessário o uso de métodos que utilizassem dosimetria, que contemplariam a extensão de toda a
jornada do policial e até por vários dias. Os dados aqui apresentados configuram-se como uma
estimativa inicial.
Assinala-se também que seria interessante o uso de medidores por banda de oitava para
avaliações mais específicas, no âmbito do conforto acústico, como mensurar o nível de
interferência da fala provocado pelo ruído.
Janeiro de 2003
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Referências bibliográficas:
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d) alertar os trabalhadores sobre os efeitos do nível de pressão sonora, bem como fornecer-lhes os
resultados de cada exame;
e) contribuir significativamente para a implantação e efetividade do PCA.
Os audiogramas iniciais devem ser utilizados como referência e comparados, em caráter coletivo ou
individual, com os exames realizados posteriormente, de modo a verificar se as medidas de controle do
nível de pressão sonora elevado estão sendo eficazes.
O diagnóstico de perda de audição não desclassifica o trabalhador do exercício de suas funções
laborativas, O monitoramento deve ser utilizado como prevenção da progressão de perdas auditivas
induzidas por ruído e não como meio de exclusão de trabalhadores de suas atividades.
Os trabalhadores devem receber cópia dos resultados de seus audiogramas.
4) Indicação de Equipamentos de Proteção Individual - EPI:
O protetor auricular tem por objetivo atenuar a potência da energia sonora transmitida ao aparelho
auditivo.
A seleção do EPI mais adequado a cada situação é de responsabilidade da equipe executora do PCA.
Para tanto, alguns aspectos devem ser considerados quando da seleção dos mesmos:
• nível de atenuação que represente efetiva redução da energia sonora que atinge as estruturas da
cóclea;
• modelo que se adeqüe à função exercida pelo trabalhador;
• conforto;
• aceitação do protetor pelo trabalhador.
5) Educação e motivação:
O conhecimento e o envolvimento dos trabalhadores na implantação das medidas são essenciais para
o sucesso da prevenção da exposição e seus efeitos.
O processo de aquisição de informação pelos trabalhadores prevê a execução de programas de
treinamento, cursos, debates, organização de comissões, participação em eventos e outras formas
apropriadas para essa aquisição.
As atividades integrantes do processo de informação devem garantir aos trabalhadores, no mínimo, a
compreensão das seguintes questões:
a) os efeitos à saúde ocasionados pela exposição a nível de pressão sonora elevado;
b) a interpretação dos resultados dos exames audiométricos;
c) concepção, metodologia, estratégia e interpretação dos resultados das avaliações ambientais;
d) Medidas de proteção coletivas e individuais possíveis.
6) Conservação de registros:
A empresa deve arquivar todos os dados referentes a resultados de audiometrias, bem como
avaliações ambientais e medidas adotadas de proteção coletiva por período de 30 anos. Esses dados
devem estar disponíveis para os trabalhadores, órgãos de fiscalização e vigilância.
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