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A farsa de Inês Pereira é uma obra desenvolvida por Gil Vicente.

Este, procura realçar,


através do cómico e da ironia, o modo de vida quotidiano da sociedade da época,  como também
o papel da mulher no que se trata a casamentos.

Gil Vicente destaca o modo de vida popular através de Pêro Marques, um camponês
simples e ingénuo. Este é rejeitado por Inês, por ser rude e simplório. Apesar da sua condição
financeira. Podemos comprovar essa simplicidade pelo simples facto, deste não saber e sentar
numa cadeira.

Em contrapartida, visualizamos o modo de vida cortês através do Escudeiro. Este,


revela-se interesseiro e fingido. Um nobre orgulhoso, mas, por fim um cobarde.

E, nesta obra vicentina, o papel da mulher é abordado. Sendo Inês Pereira a personagem
principal. Esta, aquando solteira vivia sob o teto da mão, vivendo com o sonho de se libertar e
ascender socialmente através do casamento. Depois de encontrar o marido que Inês pensava ser
o tal, esta foi submissa a ele. Por sua sorte, Brás da Mata morre covardemente na guerra e Inês
casa-se com Pero Marques. Este satisfaz-lhe todos os seus desejos e chega até a carregá-la nas
costas para um encontro com um amante.

Em suma, esta farsa ilustra a sociedade do século XVI. Onde a lição que pretende
transmitir é que “é melhor um asno que nos carregue do que um cavalo que nos derrube”.

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