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Apostila Módulo10
Apostila Módulo10
Complicações Trans
e Pós-Operatórias
SUMÁRIO
COMPLICAÇÕES TRANS-OPERATÓRIAS ................................................................05
FRATURA DA AGULHA ANESTÉSICA ........................................................................05
HEMORRAGIA TRANSOPERATÓRIA .........................................................................07
FRATURA DE ÁPICE RADICULAR ..............................................................................09
DESLOCAMENTO DE RAIZ DENTÁRIA ....................................................................10
FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR ......................................................................12
FRATURA DA TUBEROSIDADE MAXILAR ...............................................................13
LUXAÇÃO DE DENTE ADJACENTE ...........................................................................14
DENTE DEGLUTIDO PELO PACIENTE ......................................................................15
COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL ..............................................................................16
LESÕES AOS TECIDOS MOLES ..................................................................................19
ENFISEMA SUBCUTÂNEO ..........................................................................................21
LESÃO A ESTRUTURAS NERVOSAS REGIONAIS ....................................................23
LESÃO À ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR ..............................................24
FRATURA MANDIBULAR ............................................................................................25
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS .....................................................................26
ALVEOLITE ....................................................................................................................26
DEISCÊNCIA DE SUTURA ...........................................................................................29
EDEMA ...........................................................................................................................30
TRISMO ..........................................................................................................................31
HEMATOMA ..................................................................................................................32
HEMORRAGIA PÓS-OPERATÓRIA ............................................................................33
PARESTESIA OU ANESTESIA PERSISTENTE ............................................................35
PÓS-OPERATÓRIO DE REMOÇÃO CIRÚRGICA DE DENTE RETIDOS ...............36
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EMERGENCIAS MEDICAS NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO .................37
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA ...................................................................................38
ALTERAÇÃO OU PERDA DA CONSCIÊNCIA ............................................................46
CONVULSÃO ................................................................................................................49
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ...........................................................................50
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COMPLICAÇÕES TRANSOPERATÓRIAS
O melhor e mais fácil caminho para controlar uma complicação cirúrgica é
prevenir que ela ocorra. A prevenção de complicações cirúrgicas é mais bem
executada através de uma minuciosa avaliação, um amplo plano de tratamento e
uma cuidadosa execução do procedimento cirúrgico.
5
Como prevenir?
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HEMORRAGIA TRANSOPERATÓRIA
1. Manobras transcirúrgicas.
2. Sutura em massa.
3. Solicitar que o paciente morda uma gaze por 30 minutos e que o mesmo
permaneça no consultório durante este período. Após 30 minutos, o cirurgião-
dentista deverá reavaliar a ferida e checar se houve regressão do sangramento.
O cirurgião-dentista não deve dispensar o paciente até que a hemostasia seja
alcançada
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Se o sangramento persistir, o cirurgião-dentista deverá tomar medidas
adicionais. Muitos materiais diferentes podem ser colocados no alvéolo
para auxiliar a hemostasia:
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4. Se após todas tentativas de controle, o sangramento ainda persistir, o serviço
de emergência deve ser contatado.
Como prevenir?
9
DESLOCAMENTO DE RAIZ DENTÁRIA
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Tratamento imediato
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FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR
Como prevenir?
9 Usar técnicas cirúrgicas para reduzir a força requerida (ex: técnica aberta).
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Como agir frente a uma fratura do processo alveolar?
2. O profissional deve também suavizar as bordas ósseas, que podem ter sido
causadas pela fratura. Se existirem tais arestas cortantes, deve-se lançar mão
de instrumentos para plastia óssea (como pinça goiva, lima para osso e, até
mesmo, instrumentos rotatórios).
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Como agir frente a uma fratura da tuberosidade maxilar?
- Atentar para os pacientes que irão utilizar prótese total superior, pois a
estabilidade poderá ficar comprometida com a fratura da tuberosidade.
Como prevenir?
9 Os fórceps com a extremidade larga devem ser evitados, pois causarão lesão
e luxação dos dentes adjacentes.
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Como agir frente a luxação de um dente adjacente?
• Se o paciente tiver episódios de tosse ou falta de ar, o dente pode ter sido
aspirado através das cordas vocais e traqueia, chegando até os brônquios.
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Figura 7 – Radiografias evidenciando a passagem de prótese dentária pelo
intestino.
- Se o dente tiver sido engolido, é alta a probabilidade de que ele passe pelo trato
gastrointestinal entre dois a quatro dias. Como os dentes não são normalmente
irregulares ou cortantes, uma passagem livre ocorre em quase todas as situações.
COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL
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Figura 8 – Manobra de Valsava.
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Figura 9 - Sutura de comunicação bucossinusal.
Tratamento tardio
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LESÕES AOS TECIDOS MOLES
A lesão mais comum dos tecidos moles durante a cirurgia bucal é a LACERAÇÃO
DO RETALHO durante a extração cirúrgica de um dente. Se uma laceração ocorre
no retalho, este deve ser cuidadosamente reposicionado, uma vez terminada a
cirurgia.
Como prevenir?
A segunda lesão dos tecidos moles que ocorre com alguma frequência é uma
inadvertida perfuração dos mesmos. Instrumentos como uma alavanca reta ou um
descolador podem escorregar e PERFURAR OU LACERAR OS TECIDOS MOLES
ADJACENTES. Mais uma vez, essa lesão é o resultado do uso incontrolado da força
e uma das formas de prevenirmos esta intercorrência é o uso do apoio do dedo ou
do suporte da mão contrária envolvida em uma gaze durante a luxação dentária.
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Como agir frente a perfuração/laceração de tecido?
1. Uma prática simples para lesões intrabucal é manter a área limpa com
bochechos regulares. Normalmente, tais feridas cicatrizam em 4 ou 7 dias
(dependendo da extensão do dano) sem cicatriz.
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2. Se essa abrasão ou queimadura ocorrer na pele, o cirurgião-dentista deverá
aconselhar o paciente a mantê-la coberta com pomada antibiótica. Essas
abrasões normalmente levam de 5 a 10 dias para cicatrizarem. Cicatriz ou
descoloração permanente da pele afetada podem ocorrer, mas são limitadas
pelo próprio cuidado com a ferida.
ENFISEMA SUBCUTÂNEO
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Figura 11 – Aspecto clínico de enfisema subcutâneo.
3. Orientar o paciente que espirre de boca aberta para evitar nova entrada de ar
na região do enfisema (pelo aumento da pressão durante o espirro).
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LESÃO A ESTRUTURAS NERVOSAS REGIONAIS
Nervo nasopalatino
Nervo mentoniano
Nervo lingual
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Nervo alveolar inferior
O lugar mais comum para esse tipo de lesão é a área de terceiros molares inferiores.
Como prevenir?
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FRATURA MANDIBULAR
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COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
ALVEOLITE
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Como prevenir?
2. Prescrição de antibioticoterapia.
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Em alguns casos, o tratamento com antibioticoterapia não será suficiente:
Como agir frente a casos de alveolite seca ou com ampla necrose tecidual?
1. Anestesia local.
2. Remoção de sutura.
5. Prescrição de antibioticoterapia.
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DEISCÊNCIA DE SUTURA
• Retalho reposicionado e suturado em região sem suporte ósseo (ex: onde foi
realizada o ostectomia).
• Bordas da ferida suturadas sob muita pressão, causando isquemia nas margens.
Como prevenir?
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EDEMA
- Pode ser causado por: trauma durante a injeção anestésica, infecção, alergia
ao anestésico (pode ser potencialmente fatal), hemorragia, injeção de soluções
irritantes (ex: resquícios do álcool utilizado para assepsia de anestubes ou agulhas),
procedimentos cirúrgicos invasivos (com rebatimento de retalho, ostectomia e
odontossecção) e angioedema hereditário.
Como prevenir?
9 Deitar com a cabeceira elevada (explicar para o paciente que deve dormir com
mais de um travesseiro).
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Como agir frente a um caso de edema pós-operatório?
TRISMO
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HEMATOMA
É a coleção de sangue nos espaços extracelulares que pode ser causado pelo
trauma direto da agulha ou de algum instrumental em um vaso sanguíneo durante
o transcirúrgico.
1. Controle da dor.
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HEMORRAGIA PÓS-OPERATÓRIA
1. O paciente deve ser instruído a inserir uma gaze dobrada sob o alvéolo e mordê-
la firmemente. Ele deve repousar por 30 minutos, mordendo firmemente a
gaze e realizando aplicação de gelo (crioterapia).
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antigo coágulo sanguíneo. Após limpeza do alvéolo, deve-se realizar inspeção
cuidadosa e as mesmas medidas descritas para sangramento transoperatório
devem ser aplicadas aqui. O uso de algum agente químico ou biológico
hemostático deve ser considerado (descritos na apostila de complicações
transoperatórias).
6. Se a hemostasia não for obtida por nenhuma medida local, a procura por
atendimento de urgência em serviço hospitalar de referência deve ser
realizado.
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PARESTESIA OU ANESTESIA PERSISTENTE
1. Fisioterapia.
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PÓS-OPERATÓRIO DE REMOÇÃO CIRÚRGICA DE DENTE
RETIDOS
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EMERGÊNCIAS MÉDICAS NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO
Até o momento, exemplificamos complicações no âmbito local, ou seja, envolvendo a região da cirurgia. A partir de agora, falaremos
sobre emergências médicas que podemos presenciar durante o atendimento odontológico. As emergências médicas são situações
clínicas que, se não tratadas, podem colocar em risco a vida do nosso paciente. Para isso, devemos estar preparados, enquanto
profissionais de saúde, para realizar este pronto-atendimento até que uma equipe treinada e capacitada chegue ao nosso encontro.
Logo abaixo, descrevemos algumas situações clínicas que se caracterizam como emergências médicas e organizamos fluxogramas
que demonstrarão o passo-a-passo do atendimento socorrista.
Após a constatação de sinais e sintomas não usuais no nosso paciente, o primeiro passo é o RECONHECIMENTO DOS SINAIS E
SINTOMAS. Ao diagnosticarmos a emergência médica, seguimos o protocolo de cada fluxograma correspondente.
Dificuldade para realizar Falta de resposta ao Paciente relata sensa- Perda da consciência,
movimentos respirató- estímulo, perda dos ção de aura. Logo após, ausência de movimentos
rios. Observo engasgo, reflexos protetores, observo perda de cons- respiratórios e ausência
tosse, falta de ar ou incapacidade de manter ciência, contrações mus- de pulso
respirações rápidas e a via aérea e desmaio. culares generalizadas e
profundas. apertamento dentário.
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DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
Material odontológico aspirado pelo Respiração rápida, profunda e des- Tosse, falta de ar e sibilos (chiado ca-
paciente (sensação de engasgo) controlada racterístico de paciente asmático)
Rapidamente, o paciente deve ser posicionado de lado com a cabeça mais para baixo que o
tronco e com a parte superior do corpo pendendo para um lado da cadeira.
↓
Devemos estimular o paciente a tossir
↓
Caso o objeto não seja expelido, podemos utilizar o sugador odontológico (se possível com
bomba a vácuo) na tentativa de aspirar o material
Fonte: Malamed (2016).
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INSUCESSO NAS TENTATIVAS DE TOSSE E DE ASPIRAÇÃO
Objeto foi deglutido e Objeto foi aspirado, Objeto foi aspirado e está causando uma obstrução
passa para o esôfago mas é pequeno o sufi- parcial ou total das vias aéreas do paciente
sem maiores transtornos ciente para passar pela
laringe sem causar uma
obstrução
PARCIAL: TOTAL:
podemos observar tosse, incapacidade de falar,
O objeto continua pela chiado, início de dificul- respirar e tossir. Com
traqueia até atingir o dade respiratória, altera- o passar dos minutos,
pulmão. ção na voz e possível de- podemos observar per-
sorientação da de consciência e até
mesmo perda dos sinais
Ainda que uma situação de emergência potencialmente vitais
fatal não exista imediatamente, certos passos devem ser
dados rapidamente para assegurar o manejo correto.
1º PASSO: ligar para o serviço de emergência (192) e ini-
ciar protocolos de suporte básico de vida (manutenção
O cirurgião-dentista deve acompanhar o paciente (se de via aérea, checagem de circulação e respiração, con-
possível) para o serviço hospitalar de emergência mais forme demonstrado no item parada cardiorrespiratória)
próximo para realizar tomadas radiográficas. A obstrução total pode evoluir para casos extremamen-
Em qualquer situação na qual o objeto é encontrado te graves em questão de minutos.
dentro do trato gastrintestinal ou do tórax, a assistência
médica deve ser requerida.
2º PASSO: realizar procedimentos não invasivos para
tratamento de obstrução aguda de via aérea.
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2º PASSO: Procedimentos não invasivos para tratamento de obstrução aguda de via aérea.
Compressão abdominal (manobra de Heimlich): é a primeira escolha para o alívio da obstrução das vias aéreas em adultos e crianças
acima de 1 ano de idade.
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Compressão torácica: recomendadas para pacientes grávidas ou obesos cujo abdômen é difícil de envolver com os braços.
1. Posicione-se atrás do paciente e coloque seus braços diretamente por baixo das
axilas do mesmo, envolvendo seu tórax.
2. Apreenda uma das suas mãos com a outra mão, posicionando seu polegar no
meio do esterno do paciente.
3. Mantenha uma posição estável de modo que você não caia para trás ou para os
lados durante o procedimento.
4. Realize compressões para dentro até que o objeto seja expelido.
Golpe nas costas: ainda permanecem como parte integrante do protocolo de controle das vias aéreas obstruídas nos bebês.
1. O bebê deve ser encaixado no braço do socorrista com a cabeça abaixo do nível
do corpo e sua cabeça deve ser sustentada pelo socorrista firmemente, cuja
mão deve estar posicionada no mento do bebê.
2. Usando o “calcanhar” da mão, o socorrista deve dar até cinco golpes fortes en-
tre as escápulas do bebê enquanto apoia o mesmo em sua coxa.
Fonte: De Chapleau (2004).
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Na maioria dos pacientes, as técnicas não invasivas descritas anteriormente alcançam uma alta taxa de sucesso.
Entretanto, existem situações nas quais estas manobras são ineficazes e os procedimentos invasivos podem se tornar necessários.
Conforme orientação anterior, o serviço de emergência deve ser contato assim que o profissional reconheça a obstrução da via
aérea.
As duas manobras invasivas mais utilizadas para desobstrução de via aérea são a traqueostomia e a cricotireoidostomia e devem ser
realizadas por profissionais capacitados.
Por este motivo, assim que o paciente apresentar sinais de obstrução, o profissional já deverá contatar o serviço de emergência, para
que os mesmos estejam presentes em caso de não haver sucesso com as manobras não invasivas.
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HIPERVENTILAÇÃO
O QUE É? Ventilação em excesso em relação àquela necessária para manter níveis normais de O² e CO² no sangue.
A ansiedade aguda é o maior fator predisponente para a hiperventilação. As causas orgânicas são: dor, acidose metabólica, intoxi-
cação por medicamentos, hipercapnia, cirrose e desordens do sistema nervoso central.
QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS? O paciente apresenta respiração rápida, profunda e descontrolada e pode relatar palpitações,
aperto no peito e sensação de sufocamento.
↓
O aumento na apreensão leva a um aumento na gravidade do quadro e um círculo vicioso se inicia.
O objetivo do manejo desta situação é quebrar este círculo.
Se o paciente não for controlado pronta e precisamente, pode ocorrer uma síncope.
1º PASSO - Interrupção do procedimento odontológico: a provável causa da crise deve ser removida do campo de visão do paciente.
2º PASSO - Colocar o paciente em posição vertical: normalmente, esta posição é mais confortável que a supina para estes casos.
3º PASSO - Tranquilizar o paciente: de uma forma calma e segura, o paciente deve ser encorajado a respirar devagar, em uma
frequência de 4 a 6 respirações por minuto, se possível.
A maioria dos casos se estabilizam até o 3º passo. Se não houver melhora, partir para o 4º passo.
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4º PASSO - Correção da alcalose respiratória: o paciente deve ser auxiliado a aumentar seu nível de CO² sanguíneo.
Caso não haja estabilização do quadro, algo que é extremamente raro de acontecer, podemos lançar mão de uso de medicamentos.
Além disso, devemos contatar o serviço de emergência (192).
5º PASSO – Uso de medicação: medicamentos de escolha nestes casos são os benzodiazepínicos midazolam ou diazepam.
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ASMA
Administrar broncodilatador.
Após realizarmos anamnese e identificarmos que estamos frente a um paciente asmático,
devemos solicitar que o mesmo traga seu broncodilatador de rotina para o atendimento
odontológico, visto que a ansiedade frente a qualquer procedimento poderá ser o gatilho
para uma crise asmática.
Fonte: Malamed (2016).
Ligar para emergência (192) para que seja realizado tratamento de urgência para episódios
mais graves de crise de asma, como o uso de medicamentos via parenteral ou intravenosos.
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ALTERAÇÃO OU PERDA DA CONSCIÊNCIA
Pele fria e úmida ao toque, Sensação de calor no pes- Evolução da pré-síncope Queda de PA quando o paciente
palidez, fraqueza, tontura, coço e na face, palidez, pele através de dilatação pupilar, tem uma mudança na posição
tremores nas mãos, dor de úmida ou suor frio, sensa- mãos e pés frios, hipoten- postural (ex: estava deitado por 1
cabeça e alteração do nível ção de mal-estar, podendo são, distúrbios visuais, ton- hora e, de repente, levanta).
de consciência relatar náusea. tura e perda da consciência Pode ocorrer visão turva, tontura
ou perda da consciência.
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CHECAGEM DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
1
Avaliação da segurança do socorrista
Avaliar se o ambiente onde está a vítima não oferece risco de vida para o socorrista.
Se o ambiente for perigoso, deve-se chamar o socorro e aguardar.
3 Chamar o socorro
Ligar para o 192.
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Circulação
Observar batimentos cardíacos por 10 segundos (multiplicar o valor por 6).
Onde? artérias carótida no pescoço, radial e braquial no braço ou femoral na coxa.
Valores de referência: 60 a 100 batimentos por minuto.
Na ausência de pulso, as compressões torácicas devem ser imediatamente iniciadas. Fonte: Sorrentino (2008).
Local correto das compressões: metade inferior do esterno (linha intermamilar do paciente).
Colocar o “calcanhar” de uma das mãos na linha intermamilar do paciente e a outra mão sobre o dorso desta, entrelaçando os dedos. Com os braços estendi-
dos e perpendiculares ao corpo do paciente, o socorrista deve deixar que seu próprio peso comprima o tórax (numa profundida de 5cm) e retornar à posição
original. Estas compressões devem ser rápidas (100 a 120 compressões/minuto) e sem interrupções.
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Se houver apenas um socorrista: manter as compressões torácicas contínuas até a chegada do suporte/socorro.
Se houver mais de um socorrista: após 30 compressões, o segundo socorrista irá realizar o passo 5 e duas ventilações (passo 6). Após 2 minutos,
trocar as funções dos socorristas.
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Vias aéreas
Realizar abertura de via aérea.
Técnica de inclinação da cabeça e elevação do mento: colocando uma das mãos sobre a fronte do paciente
e aplicando uma pressão firme e para trás com a palma da mão + colocar as pontas dos dois dedos
(indicador e médio) na sínfise mandibular, levantando a mandíbula, à medida que a fronte é levantada
para trás.
6
Respiração
Enquanto estiver realizando técnica para abertura de via aérea, o profissional deverá chegar próximo à
boca e nariz do paciente e observar se o mesmo está respirando.
Se não estiver, profissional deverá realizar suporte de ventilação (ex: respiração boca a boca)
Fonte: Sorrentino (2008).
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CONVULSÃO
O início imediato de uma convulsão é marcado, na maioria dos pacientes, pelo surgimento de uma aura.
Após, podemos observar os seguintes sinais e sintomas:
- Perda de consciência
- Contrações musculares generalizadas, podendo progredir para uma rigidez
- Apertamento dentário, podendo gerar mordiscamento da língua
Interrupção do atendimento e remoção imediata de todo e qualquer material que esteja na boca do paciente
Deite o paciente de lado (para evitar que possa se engasgar com a própria língua ou com vômito).
Se possível, proteja a cabeça do paciente com um travesseiro ou algo macio.
Remova todos objetos que estiverem por perto (evite que o paciente se machuque).
Solte as roupas apertadas do paciente.
NÃO tente imobilizar o paciente, colocar a mão/pano na boca do paciente ou alimentar/jogar água no paciente
Em quase todas crises, não há necessidade de administrarmos medicamentos, porque a maioria delas são autolimitantes.
Entretanto, se a convulsão persistir por um período demasiadamente longo (> 5 minutos), devemos:
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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Estas podem ser iniciadas por presença de doença cardiovascular prévia (ex: angina, arritmias, insuficiência cardíaca), trauma, obstrução
de via aérea, estresse e entre outros. Alguns indivíduos, como os que apresentam alguma comorbidade prévia, são mais suscetíveis;
entretanto, devemos estar atentos a qualquer sinal, pois uma “simples” obstrução de via aérea por material odontológico deglutido poderá
dar início a uma
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA.
Perda da consciência
Ausência de movimentos respiratórios
Ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e
carótida) ou de sinais de circulação
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O QUE FAZER?
Checagem de circulação/pulso
Compressões torácicas (100 a 120/minuto)
Manutenção de via aérea
Suporte de ventilação (2 ventilações a cada 30 compressões torácicas)
3º passo: Desfibrilação
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REFERÊNCIAS
DE CHAPLEAU, W. Emergency first responder: making the difference. St. Louis: Mosby,
2004.
HUPP., J.R. Controle pós-operatório do paciente. In.: HUPP, J. R.; ELLIS III, E.; TUCKER,
M.R. (orgs.). Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015. Cap 10, p. 168-173.
52
HUPP., J.R. Prevenção e tratamento das complicações de extrações. In.: HUPP, J. R.;
ELLIS III, E.; TUCKER, M.R. (orgs.). Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6 ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2015. Cap 11, p. 174-187.
MALAMED, S.F. Complicações locais. In: ______. (org.). Manual de anestesia local. 6 ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Cap 17, p. 292-310.
53
SORRENTINO, S. A. Mosby’s Textbook for Nursing Assistants. 7ed. St Louis: Mosby,
2008.
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EQUIPE RESPONSÁVEL
Coordenação Executiva
Revisores
Rodolfo Souza da Silva
Angelo Luiz Freddo
Carlos Eduardo Baraldi
Responsável Teleducação
Deise Ponzoni
Ana Paula Borngräber Corrêa
Vinicius Coelho Carrard
Gestão educacional
Revisão ortográfica
Ylana Elias Rodrigues
Ana Paula Borngräber Corrêa
Angélica Dias Pinheiro
Coordenação do curso
Adriana Corsetti
Normalização
Taíse Simonetti
Geise Ribeiro da Silva
Conteudistas
Projeto gráfico
Adriana Corsetti
Lorenzo Costa Kupstaitis
Taíse Simonetti
Diagramação e Ilustração
Elaboração de questionários e testes Davi Perin Adorna
Adriana Corsetti Lorena Bendati Bello
Michelle Iashmine Mauhs
Angelo Luiz Freddo
Pedro Vinícius Santos Lima
Taíse Simonetti
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Filmagem/ Edição/Animação
Héctor Gonçalves Lacerda
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Camila Alscher Kupac
Divulgação
Angélica Dias Pinheiro
Camila Hofstetter Camini
Carolina Zanette Dill
Laíse Andressa de Abreu Jergensen
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