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O critério
Segundo Hoppe (2006) e Frank van Dun
(2009), possuem direitos apenas aqueles seres
que são capazes de realizar trocas de proposições
com reivindicação de validade, i.e., seres com
capacidade argumentativa (ou, para usar a
expressão que van Dun adotou, animal rationis
capax). Antes de continuar, é preciso deixar claro
que esse é o único critério não arbitrário que
existe, pois se baseia na natureza das coisas.
Justifica Hoppe (2006, p. 341):
"A questão do que é justo ou injusto [...]
somente surge na medida em que eu e os outros
somos capazes de realizar trocas de proposições –
de argumentar. A questão não surge para uma
pedra ou um peixe, porque eles são incapazes de
produzir proposições com reivindicação de
validade."
Conclusão
Por certo o leitor levará consigo ainda
algumas dúvidas sobre certas premissas adotadas
neste artigo e não explicadas detalhadamente,
para manter-se restrito ao seu propósito; no
entanto o estudo da ética argumentativa, diante
dessas observações, pode agora ter sido facilitado
quanto ao critério da capacidade argumentativa
para possuir direitos.