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CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL

CURSO DE PÓS-LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM


MÉDICO CIRURGICA

RELATÓRI II- ELABABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE O PAPEL


DOS SEUS REGISTOS NA PRESTAÇÃO DO CUIDADO

Toti Caetano Augusto

LUANDA, SETEMBRO DE 2021


CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL

CURSO DE PÓS-LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM


MÉDICO CIRURGICA

RELATÓRI II- ELABABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE O PAPEL


DOS SEUS REGISTOS NA PRESTAÇÃO DO CUIDADO

Toti Caetano Augusto

MONOGRAFIA

ORIETADOR: Justino Cassinda Júlio Caquarta Especialista

Centro de Formação de Saúde Multiperfil

LUANDA,SETEMBRO DE 2021
CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL

6º CURSO DE PÓS-LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM


MÉDICO-CIRÚRGICA

RELATÓRIO II – ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

Toti Caetano Augusto

Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós-


Licenciatura de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica.

Monografia aprovada em __/__/2021


Com a classificação final de ________ valores

Assinaturas
___________________________
(Presidente)

___________________________
(Arguente)

Justino Cassinda Júlio Caquarta. (Especialista)._________________________


(Orientador)
Verba volant, scripta manent é
um provérbio em latim. Traduzido
literalmente como "palavras faladas
voam para longe, palavras escritas
permanecem" 

(Robertson 1991)
Dedico este trabalho aos meus
irmãos, a minha chara e a toda
minha família.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Jeová, o Deus o Todo-poderoso que me deu a vida,


força para continuar a viver e frequentar esta formação.
Ao meu namorado, noivo e futuro marido de nome Olávio José Andrade Woloti, por ser
a pessoa admirável em essência, que através do seu estimulou me impulsionou a buscar
mais conhecimento, por ter aceitado se privado da minha companhia pelo estudo,
concedendo a mim a oportunidade de me realizar ainda mais e amá-lo ainda mais.

Ao meu Orientador, professor Justino Cassinda Júlio Caquarta, que o admiro tanto e
respeito pelo seu saber e por me proporcionar novos caminhos, muito obrigada pelo seu
carinho, esforço, dedicação e paciência.

A minha família, principalmente as minhas irmãs Janeth, Ruth, Eydi, Telma, Elizandra
e as minhas mães grandes a dona Hilaria wolote e Engrácia, bem como a toda família e
amigos Pela colaboração apesar de nem sempre presentes fisicamente pela distância,
sempre presentes no apoio incondicional e incentivo para conseguir alcançar mais uma
etapa da minha vida. Foram a minha verdadeira fonte de energia e inspiração.

A todos colegas do Centro de Formação de Saúde Multiperfil, especialmente os colegas


do curso de Enfermagem Médico-Cirúrgica, por compartilharem a vossa amizade e seu
saber.
A todos professores do Centro de Formação de Saúde Multiperfil, por participarem na
minha formação
À Clínica Multiperfil e a Clínica Girassol por servir de espaço de estágio e de muita
aprendizagem.
À Direção do Hospital Américo Boavida por me permitir trabalhar no período noturnos
para frequentar esta formação.
Aos meus colegas do Hospital Américo Boavida pela flexibilidade e colaboração no
horário, especialmente a enfermeira Luiza Adão por ter aceitado a troca dos períodos
diurnos e pelo seu apoio e incentivo.
A minha chefe de serviço Isilda Analdete por ser a minha fonte de inspiração
A todas aquelas pessoas que, ainda omissos, de alguma forma contribuíram para levar a
bom porto este trabalho.
Um sincero obrigado.
LISTA DE ABREVIATURAS

E- Entrevistado

F- Fala

G.O- Genecologia Obstetrícia

( ) - Pausa durante as falas

…- Fala prolongada

(…) - Supressão das falas

[xxxxx]- Percepção da pesquisadora

(XXX) - Supressão das falas

Tª-Temperatura

P- Pulso

R- Respiração

PA-Pressão Arterial

PVC- Pressão Venosa Central

Cofen - Conselho Federal de Enfermagem


RESUMO

Objectivo: conhecer a percepção dos profissionais de enfermagem sobre a importância


do registo de enfermagem para a qualidade da assistência prestada. Metodologia:
metodologia qualitativa, tipo exploratório. Resultados: os principais resultados foi que o
registo de enfermagem é importante para os profissionais de enfermagem porque serve
de defesa lega, garante a continuidade dos cuidados. É importante para a instituição
porque serve de auditoria, serve de base para determinar a fratura do cliente. Conclusão:
no final do estudo consegui atingir os objectivos pretendidos que é de compreender a
percepção dos profissionais de enfermagem sobre o papel dos seus registos. Conclui-se
que poucos profissionais de enfermagem dos que foram entrevistados sabem o que é o
registo de enfermagem.

Palavras- chave: registos, anotações de enfermagem, profissionais de enfermagem,


qualidade.
ABSTRACT

Objective: to know the perception of nursing professionals about the importance of


nursing records for the quality of care provided. Methodology: qualitative methodology,
exploratory type. Results: the main results were that the nursing record is important for
nursing professionals because it serves as a legal defense, guarantees the continuity of
care. It is important for the institution because it serves as an audit, it serves as a basis
for determining the client's fracture. Conclusion: at the end of the study I managed to
achieve the intended objectives, which is to understand the perception of nursing
professionals about the role of their records. It is concluded that few of the nursing
professionals who were interviewed know what the nursing record is.

Keywords: records, nursing notes, nursing professionals, quality.


INDICE

AGRADECIMENTOS......................................................................................................6
LISTA DE ABREVIATURAS..........................................................................................8
RESUMO..........................................................................................................................9
ABSTRACT....................................................................................................................10
INDICE............................................................................................................................11
ÍNDICE DE TABELAS..................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................13
1.1 Problemática...........................................................................................................16
1.2 Justificativa............................................................................................................18
1.3 OBJECTIVO..........................................................................................................20
1.3.1 Objectivo Geral................................................................................................20
1.3.2 Objectivos Específicos.....................................................................................20
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................21
2.1 Definição de termos e conceitos............................................................................21
2.2 História das Registos..............................................................................................22
2.3 Objectivos das Registos de Enfermagem...............................................................23
2.4 Importância das Registos dos Cuidados de Enfermagem......................................23
2.5 Formas de Registo..................................................................................................26
2.6 Tipos de Registos de Enfermagem.........................................................................26
2.7 Critério parA anotaçãos de Enfermagem...............................................................27
2.8 Aspectos Éticos Legais das Registos de Enfermagem...........................................28
2.9 Princípio para a Elaboração das Registos de Enfermagem....................................29
2.10 Conteúdo dos registos de enfermagem................................................................30
3 - METODOLOGIA......................................................................................................32
3.1 - Natureza do estudo...............................................................................................32
3.2 - Desenho do estudo...............................................................................................32
3.3 - Local de estudo....................................................................................................32
3.4 População e Amostra..............................................................................................32
3.5 – Instrumento de recolha de dados.........................................................................33
3.6 – Procedimentos de recolha de dados....................................................................34
3.7 - Análise de dados..................................................................................................34
3.8 - Aspectos éticos....................................................................................................36
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS...................................................................38
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................................................41
6 LIMITAÇÕES DO ESTUDO......................................................................................50
7 CONCLUSÕES............................................................................................................51
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................52
9 REFERÊNCIAS...........................................................................................................54
APÊNDICES...................................................................................................................59
ANEXOS.........................................................................................................................83

ÍNDICE DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO

Nas unidades hospitalares, na sua prática clínica de enfermagem, desde outrora


predomina a realização de registos de enfermagem de todas as informações do cliente
referentes a todas observações e ações realizadas pela equipa de enfermagem como
instrumento para a gestão da assistência, assim como para avaliar a qualidade do
cuidado prestado (Santos, Paula & Lima, 2003).

“A importância do registo em saúde teve seu início na prática clínica, na qual os


profissionais de saúde identificaram a necessidade de recorrer à história clínica e
evolutiva para acompanhamento dos clientes” (Vasconcellos, Gribel & Moaes, 2008, p.
173).

A anotação, um dos tipos de registos de enfermagem, pode ser definida como:

O conjunto de todos registos do estado de saúde do cliente, são encontrados no


processo, definido como o documento único, constituído de um conjunto de
informações, sinais e imagens registradas, geradas com base em fatos, acontecimentos e
situações sobre a saúde do cliente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso
e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e
a continuidade da assistência prestada ao indivíduo (Oselka, 2002; Conselho Federal de
Medicina, 2002, citados por Vasconcellos, Gribel & Moraes, 2008, p. 173).

Os registos como meios de comunicação, representam uma troca de informação


facilitando a compreensão entre os profissionais, com o objetivo de transmitir fatos,
pensamentos e valores (Oliveira et al., 2005).

Os registos destinam-se, ainda, ao “subsídio dos processos de gestão, ao ensino e à


pesquisa em saúde; Os usuários dos clientes são, portanto, os profissionais diretamente
envolvidos na prestação do cuidado e na gestão, pesquisadores, docentes, alunos do
campo da saúde e para o próprio cliente” (Vasconcellos, Gribel & Moraes,2008, p.
173).

Os serviços de atenção a saúde têm o objectivo de atender com a melhor qualidade


possível, ou seja, com efetividade, eficiência, equidade, aceitabilidade, acessibilidade e
adequabilidade (Berti, Almeida,2005, citados por Camelo, Pinheiro, Campos &
Oliveira,2009 p.1019). e a “enfermagem encontra-se em local privilegiado dentro das

14
instituições para atuar neste contexto, fato comprovado por Cunha, que afirma que,
entre os trabalhadores da área da saúde envolvidos nos cuidados e tratamento, a
enfermagem é a única que permanece 24 horas assistindo o cliente” (Cunha et al, 2003
citados por Camelo, Pinheiro, Campos & Oliveira,2009, p.1019).e, portanto, necessita
dispor de instrumentos e ou ferramentas que auxiliem a assistência de qualidade ao
cliente.

Na equipe de enfermagem, uma das formas de comunicação entre os membros desta


equipe consiste na anotação de enfermagem (Oliveira et al., 2005), que deve conter
todos os elementos que favoreçam o processo e a solução de um problema de saúde. Os
serviços de enfermagem contam com a atuação de várias categorias profissionais
(ORDENFA, 2016), e um sistema diversificado de registos de dados Álvaro (2005), o
que torna-se, portanto, fundamental encontrar estratégias eficientes que torne uniforme
os registos de enfermagem de modo que os dados básicos estejam contidos no cliente e
este atinja o objectivo ao qual ele se propõe, ou seja, reunir todas as informações
relativas ao cliente.

A comunicação escrita em enfermagem significa documentar as ocorrências clínicas do


cliente, as ações assistenciais executadas, os problemas reais e potenciais identificados,
bem como as medidas implementadas para uma assistência de enfermagem de
qualidade” (Johanson et al. Coelho,2002, citados por Emerick & Santos, 2007, p.114).

Na enfermagem, o registo de enfermagem é um documento legal, usado como fonte de


informação clínica e administrativa para tomada de decisão e, respalda os atos da equipe
de saúde de eventuais questionamentos jurídicos e processuais (Coelho, Emerick &
Santos, 2007).

A anotação de enfermagem ou registo de enfermagem pode ser definido como o registo


realizado pelo pessoal de enfermagem, relacionado com as condições do cliente, a
execução dos cuidados planeados e as reações do cliente, com objetivo de modo global
fornecer informações do cliente à equipa de saúde, e assim garantir a continuidade da
assistência do cliente 24 horas por dia (Ito, 2004).

Os registos de enfermagem constituem uma estratégia para a decisão clínica e gerencial,


para apoio à pesquisa e formação profissional; atualmente o registo é considerado como
“critério de avaliação da qualidade da prestação de serviço de saúde, isto é, a qualidade

15
dos registos efetuadas é reflexo da qualidade da assistência prestada, sendo ponto-chave
para informar acerca do processo de trabalho” (Vasconcellos, Gribel, Moraes, 2008,
p.173).

Nos hospitais, organizações complexas, os registos de enfermagem assumem extrema


importância no cliente, sendo considerado como uma fonte de análise para a qualidade
da assistência prestada, portanto servem como registo legal e comercial para a
instituição de saúde e para a equipe profissional responsável pelo cuidado com a pessoa,
como uma base para avaliar a qualidade e a adequação do cuidado, bem como para
rever o uso efetivo dos serviços de cuidado do cliente, fornecendo dados úteis na
pesquisa, educação e planeamento de longo e curto alcance (Silva, Areias, 2007).

1.1 PROBLEMÁTICA

A realização de registo de enfermagem após cada procedimento constitui uma das


acções muito importante na prática clínica referida em todas intervenções de
enfermagem (Henriques, 2016; Costa, 2016).

Na prática clínica vários são os problemas de registos que têm sido constados de forma
empírica, e evidenciadas em estudos científicos publicados, que retiram a qualidade
destes registos, influenciado assim na pouca qualidade de cuidados prestados, como por
exemplo, registos incompletos e/ou com pouca informação (Setz, D’ Innocenzo 2009,
citado por Françolin, Brito, Gabriel, Monteiro e Bernardes, 2011; Porto, s.d).

Os registos que não seguem a sequência do acontecimentos dos factos ou conforme


avaliação céfalocaudal comprometem a coerência da anotação ou avaliação, o excesso
de rasuras (Porto, s.d), bem como a existência de modelos para procedimentos clínicos
não validados e uniformizados pela entidade empregadora ou instituição de saúde,
dentre outros problemas que comprometem a qualidade e continuidade dos cuidados de
enfermagem Setz, D’ Innocenzo (2009, citado por Françolin, Brito, Gabriel, Monteiro e
Bernardes, 2011).

A importância dos registos é multidimensional, pois servem como um meio de defesa


jurídico-legal para o profissional de enfermagem (Costa, 2016), através dela é possível
avaliar a qualidade da assistência de enfermagem prestada (Silvestre, 2012).

16
Assim, independentemente da sua importância na prestação de cuidados, a qualidade do
registo é algo também que é exigido para melhor compreensão e ajudar a avaliação de
vários processos clínico-administrativos, por isso, devem redigidos de forma clara e
completa obedecendo os critérios para anotações de qualidade (Costa, 2014).

Segundo uma das pesquisas feita sobre “análise dos registos de enfermagem em
prontuário de pacientes em um hospital de ensino, em Montes Claros-MG, no período
de janeiro a dezembro de 2008, dos 253 processos analisado feito pelos profissionais de
enfermagem referente a admissão dos clientes internados, 221 processos apresentaram
letras ilegível e 225 processos que apresentaram palavras generalizadas” (Barral,
Ramos, Vieira, Dias & Souza, 2012, p. 188).

Uma pesquisa bibliográfica realizada Porto, (s.d) sobre os erros nos registos de
enfermagem foi constatada rasuras nas registos, ilegibilidade dos registos, registos
incompletos, identificação dos profissionais e ausência de checagem.

Entendendo a importância desta comunicação escrita no planeamento da assistência de


enfermagem e da sua repercussão na qualidade do cuidado prestado ao cliente, e
considerando que os registos de enfermagem apresentam um papel relevante para a
melhoria da assistência em âmbito hospitalar, apresentamos as seguintes questões:
 Qual é a percepção dos enfermeiros sobre a sua anotação na assistência
prestada?
 Quais são os benefícios de um registo de informação do cliente?
 Como é que o registo de enfermagem pode auxiliar na comunicação entre os
profissionais da equipe?
 Há algum tipo de incentivo ou preparo na instituição para a realização dos
registos de enfermagem?

1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema vai de encontro a curiosidade despertada desde o ensino em sala de


aula, a experiência vivenciada durante a mesma bem como a vontade de aumentar o
meu conhecimento sobre o mesmo. De realçar que é neste sentido que nasceu a
motivação para desenvolver este trabalho que certamente contribuirá para os
enfermeiros da clínica Multiperfil, bem como a outros profissionais a terem mais

17
conhecimento sobre o registo de enfermagem e possibilitando o seu aperfeiçoamento na
sua aplicabilidade.

Adveio o interesse em realizar o presente estudo que deve provocar uma reflexão dos
profissionais de enfermagem, bem como dos gestores das organizações hospitalares
quanto aos benefícios de uma anotação de enfermagem claro, completo e adequado para
a melhoria da qualidade destes serviços, bem como para a segurança do cliente.

Trata-se de um tema considerado de interesse generalizado uma vez que constitui uma
actividade rotineira dos profissionais de enfermagem e imprescindível ao cuidado do
cliente, já que um registo mal realizado pode impactar negativamente para o mesmo,
logo torna-se importante que o enfermeiro adquira conhecimentos baseados em
evidências científicas sobre o registo de enfermagem e sua importância para que possa
prestar cuidados centrado na segurança do cliente, sendo esta actividade de grande
relevância.

Ainda a obtenção dos resultados deste estudo será de grande valia para a clínica, porque
a obtenção de informação da assistência prestada ao cliente por meio do registo serve de
instrumento para auditoria (Ferreira & Braga, S/D).

Nas instituições hospitalares privadas quando os profissionais de enfermagem realizam


os registos de todos os procedimentos realizados beneficia o cliente porque com o
registo bem efetuado, a fatura o cliente será de forma justa.

Beneficiará até aquelas pessoas que não estão doentes de maneira que se por ventura
estiverem internado na clínica terão as suas intercorrências bem como a realização dos
procedimentos realizados todo bem registado, e apenas pagaram pelos cuidados que lhe
for prestado durante o seu internamento.

Este estudo também vai fornecer informações a respeito dos registos de enfermagem e
vantagens quando este é bem realizado assegurando uma assistência de enfermagem
livre de danos para o cliente, bem como assegurar a comunicação entre a equipa e
garantir a continuidade das informações nas 24 horas (Gonçalves, 2001).

18
1.3 OBJECTIVO

1.3.1 Objectivo Geral

 Conhecer a percepção dos profissionais de enfermagem sobre a importância do


registo de enfermagem para a qualidade da assistência prestada.

1.3.2 Objectivos Específicos

 Analisar as opiniões dos enfermeiros quanto as contribuições e/ou benefícios do


registo de enfermagem nos cuidados prestados.

 Descrever estratégias da gestão para incentivar e aprimorar os registos de


enfermagem.

 Identificar a importância do registo de enfermagem na garantia da continuidade


dos cuidados.

19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS

Percepção: É a maneira como nós vemos, julgamos, conceituamos, qualificamos as


coisas no mundo e em nós mesmos. Processo de tomar consciência dos objectos
(Nascimento, 2000). ESTE AUTOR NÃO EXISTE

Cuidados de enfermagem: uso das habilidades de enfermagem em benefício do paciente


(Nascimento, 2000). ESTE AUTOR NÃO EXISTE

A comunicação: é um processo de interação no qual compartilhamos mensagens, ideias,


sentimentos e emoções, podendo influenciar o comportamento das pessoas que, por sua
vez, reagirão a partir de suas crenças, valores, história de vida e cultura (Silva,
Guimarães, Savonitti, 2000, p.52 citado por Mendonça, 2016, p.123).

Avaliação: é um processo continuo e subsequente que visa a aperfeiçoar o atendimento


global da pessoa humana, quer seja no sentido preventivo, curativo ou reabilitador
(Mazza et al., s/d apud Westphalen & Carraro, 2001).

A anotação de enfermagem: é o relato diário e consistente feito pela equipa de


enfermagem, após a avaliação do estado geral do paciente (Cortez & Moraes, 1977).
Que pode ser manual, eletrônico, como checagem de medicamento, procedimentos
realizados etc. (Silva & Areias, 2007). com objectivo de fornecer informações do cliente
à equipa de saúde, e assim garantir a continuidade da assistência do paciente 24 horas
por dia (Ito, 2004).

20
Os registos ou registos de enfermagem: consistem em meio de comunicação permanente
para a equipa, podendo destinar-se a diversos fins, além de fornecer informações para
pesquisa, auditorias, processos jurídicos, planeamento, servir de instrumento ético/legal,
possibilitar a avaliação da qualidade dos cuidados prestados ao cliente e outros
(Venturini & Marcon, 2008).

Registos de Enfermagem: são registos de todos os cuidados prestados, incluindo as


prescrições de enfermagem e médicas cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas
de segurança adoptadas, encaminhamentos ou transferências de sector, sinais e sintomas
(incluem os identificados através de simples observação e os referidos pelo cliente),
intercorrências (factos ocorridos com o cliente e medidas adaptadas), respostas dos
clientes às ações realizadas entre outros (Conselho Regional de Enfermagem de São
Paulo, 2011).

Registo de enfermagem: é o registo de informações relativas ao cliente, organizadas


(Kawamoto & Ikeda,1997). Como as observações feitas sobre seu estado de saúde, os
procedimentos executados e avaliações realizadas durante a assistência de enfermagem
(Sousa et al., (2001). É o acto de registar geralmente num livro ou num processo, todas
as intercorrências do cliente tanto as referidas pelo cliente como aquelas observadas
pelo profissional e as respostas ou assistência administrada a ele (Figueiredo, 2003).

Os registos/registos/evoluções podem ser definidos como a forma escrita de


informações pertinentes ao cliente, aos cuidados e aos seus resultados (Matsuda,
Carvalho & Évora, 2007).

Os registos de enfermagem: são consideradas como todas as informações relatadas pelo


cliente, bem como as observações realizadas pela equipe de enfermagem quanto aos
sinais e sintomas, que conduzam a alternativas para solucionar os problemas
identificados, direcionar o planeamento das intervenções de enfermagem e,
posteriormente, avaliar os resultados (Vigo et al., 2001).

Processo clínico: é um documento único, constituído de um conjunto de informações,


sinais e imagens registadas, geradas com base em factos, acontecimentos e situações
sobre a sua saúde e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico,
que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e
continuidade da assistência prestada (Vasconcellos, Gribel & Moraes, 2008).

21
2.2 HISTÓRIA DAS REGISTOS

Os primeiros registos hospitalares nos processos “foram encontrados no Antigo Egipto e


na Grécia Antiga, o que comprova a existência de processos há cerca de dois mil anos
(André, 2006 NÃO ENCONTREI). Hipócrates é apontado como o primeiro profissional
que fez os primeiros registos sobre as doenças de seus clientes no ano de 460 antes de
Cristo, mas efectivamente só em 1137, no Hospital São Bartolomeu de Londres foram
encontrados documentações de clientes” (Luz, Martins & Dynewicz, 2007 NÃO
ENCONTREI). (Riolino ,2003, citados por, Casu, Ribeiro, Silva, Sarabia, Panis, s/d, p.3
)

Desde a “antiguidade a enfermagem em particular, percebeu a necessidade de registar as


informações nos processos dos clientes para posterior análise dos dados, para avaliação
dos resultados ou ainda, para atender a critérios puramente administrativos e legais”
(Marin, 2003 apud André, 2006 NÃO É).(Santos, 2015, p.6)

2.3 OBJECTIVOS DAS REGISTOS DE ENFERMAGEM

Segundo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2011),( COREN/SP, 2009


CITADODO POR KUIAVA, 2016 P.34). para uma assistência de qualidade, o profissional
de saúde precisa de acesso os registos de enfermagem contendo informações correctas,
organizadas, seguras, completas e disponíveis com o objectivo de:

 Atender Legislações pertinentes: o registo de enfermagem no processo do


cliente é um documento legal, que mais tarde pode ser usado na justiça, para
avaliar o tipo de cuidado oferecido ao cliente num determinado momento.
 Relatar por escrito as observações do paciente ou cliente.
 Contribuir com informações para fazer o diagnóstico médico e de enfermagem
 Contribuir com informações para fazer o planeamento do plano de cuidados de
enfermagem
 Garantir a continuidade da assistência; Segurança do cliente e dos profissionais
Servir de elementos de ensino e pesquisa.
 Fornecer elementos para auditoria de enfermagem

22
2.4 IMPORTÂNCIA DOS REGISTOS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Nos hospitais, organizações complexas, as anotações de enfermagem assumem extrema


importância no processo do cliente, sendo considerado como uma fonte de análise para
a qualidade da assistência prestada, portanto servem como “registo legal e comercial
para a instituição de saúde e para a equipe profissional responsável pelo cuidado com a
pessoa, como uma base para avaliar a qualidade e a adequação do cuidado, bem como
para rever o uso efectivo dos serviços de cuidado do cliente, fornecendo dados úteis na
pesquisa, educação e planeamento de longo e curto alcance” (Silva & Areias, 2007).
( Brunner e Suddarth, 2002, citado por, Fernandes,2014, p.6).

De acordo André (2006), a documentação ou registo das informações nos processos de


clientes atendidos em uma unidade hospitalar é de grande importância para a
continuidade da assistência, uma vez que as análises que são feitas sobre a qualidade do
atendimento são baseadas nesta documentação.

Segundo o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2011), as anotaçs de


enfermagem são fundamentais para o desenvolvimento da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) pois fornecem dados que irão subsidiar o enfermeiro
no estabelecimento de um plano de cuidados/prescrição; suporte para análise reflexiva
dos cuidados administrados, respetivas respostas do cliente e resultados esperados e
desenvolvimento da Evolução de Enfermagem.

Os registos de clientes mostram evidências de investigações iniciais e reinvestigações,


estados em que os problemas do cliente se encontram, intervenções e respostas do
cliente aos cuidados realizados segundo as suas necessidades e a segurança que foi ou
será dada ao cliente (Álvaro, 2005).

A anotação de enfermagem é um instrumento valioso no desenvolvimento de um


sistema de assistência de enfermagem e que constitui “um meio de comunicação
importante para a equipe de saúde envolvida com o cliente, facilitando a coordenação e
continuidade do planeamento de saúde” (Campedelli, 1992esse autor não existe).
(Ochoa-Vigo, citado por Silva, Areias, 2007, p 4).

Segundo Smithe-Temple; Johnson; (2004) enfatizam que “a comunicação escrita


propicia muitas vezes, uma prova da boa ou da má prática. Do ponto de vista legal se

23
não está documentado, não foi realizado”. Sendo assim, uma documentação bem escrita
é a melhor prova de que estava sendo realizado um cuidado responsável de
enfermagem. Os registos e os planos de cuidados de enfermagem serão com frequência,
a única prova nos anos futuros de que os clientes foram monitorados e cuidados.

De acordo o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2011), A anotação de


Enfermagem, pois é fonte de informações essenciais para assegurar a continuidade da
assistência. Contribui ainda, para a identificação das alterações do estado e das
condições do cliente, favorecendo a deteção de novos problemas, a avaliação dos
cuidados prescritos e, por fim, possibilitando a comparação das respostas do cliente aos
cuidados prestados. (CIANCIARULLO et al., 2001, citado na guia de recomendações
para registo de enfermagem no protúario do paciente e outros documentos de
enfermagem por SAE – Resolução Cofen n. 358/2009) ).

Todas as acções e procedimentos de enfermagem geram um custo tanto pelo estado


assim como pelos convénios, e o principal meio para assegurar a recepção gasta da
assistência de enfermagem prestada evitando glosas é através da realização do registo de
enfermagem, tendo esta uma significativa importância para o bom andamento da
organização (Ito et al., 2004).( Barroso, 2016)

Os registos de enfermagem são considerados um importante meio de comunicação


dentro da equipe de saúde, sobretudo quando valorizadas e realizadas com um
determinado padrão de qualidade pois contêm informações sobre os cuidados prestados
e o estado de saúde do cliente a todos profissionais dentro da equipe de saúde, ajudando
a identificar os padrões de respostas e mudanças de estado, proporcionando uma base
para evolução, melhoria e pesquisa (Álvaro, 2005).

A comunicação de todos os dados anormais do cliente em um determinado ou num


momento oportuno facilita o diagnóstico e o tratamento urgente de problemas que
apresentam o cliente (Álvaro, 2005).

Os registos de enfermagem, ou seja, “quando a assistência prestada ao cliente é


registada tal qual, como ocorreu, permitem uma visão não generalizada, mas sim global
do cliente” Gonçalves,2001 citado por CArrijo & Oguisso, 2006 p.455).

24
A finalidade do registo “é essencialmente, fornecer informações a respeito da
assistência prestada, de modo a assegurar a comunicação entre os membros da equipe de
saúde e, assim, garantir a continuidade das informações e, consequentemente da
assistência prestada” (Carrijo & Oguisso, 2006p.455).

“A equipe de enfermagem instituiu os registos e os registos de enfermagem, bem como


a passagem de turno, como meio de comunicação verbal para a transmissão de
informações sobre os clientes de um turno para outro” (Matsuda, Silva, Évora, &
Coimbra 2006 p.416).

“As anotações realizadas pela equipe de enfermagem fornecem suporte para a evolução
de enfermagem, por meio da reflexão a respeito dos cuidados prestados e respectivas
respostas do cliente, comparando-se aos resultados esperados” (Fernandes et al, 2010).
(Passador, Canavezi,2008 citado por Fernandes, Vancini, Cohrs, Moreira, 2010, p.759)

Os registos dos procedimentos realizados pelos profissionais de enfermagem são


fundamentais, para que sejam avaliados sinais e sintomas iniciais, a sequência e eficácia
da assistência prestada, a evolução clinica, mediante as ações realizadas, garantindo
desse modo, a segurança e o respaldo legal seja para o cliente, seja para o profissional
(Fernandes et al., 2010).

De acordo com Daniel (1981), “a mola mestra que leva a equipe de enfermagem a
compreender o valor da enfermagem planeada é a comunicação escrita”. Ou seja, é
necessário entender A anotação como sendo um processo que “colabora com a
qualidade dos relacionamentos que deverão ser estabelecidos nas relações de trabalho,
seja no registo das actividades de enfermagem, ou na assistência ao cliente, família e
comunidade” (Brittes & Matheus; 2000).

Segundo Canavezi (s/d), A anotação de enfermagem também é uma forma de


comunicação, pois possibilita por escrito as ocorrências clínicas do cliente, a assistência
prestada, os problemas identificados e as medidas de conduta

25
2.5 FORMAS DE REGISTO

Para Álvaro (2005), há diferentes formas de registos conforme a Instituição e as


mudanças práticas que acontecem com os registos, com o desenvolvimento da
informática familiarizarmos com os seguintes registos:

 Registos voltados a fonte


 Registo enfocado
 Registo multidisciplinar
 Registo tipo fluxograma
 Registos por excepções
 Registos computorizado do paciente

2.6 TIPOS DE REGISTOS DE ENFERMAGEM

Segundo Cianciarullo et al. (2001), são vários tipos de registos de enfermagem que
podem ser registados no processo do cliente. Dentre eles são destacados:

 Gráfico

Facilita a visualização de oscilações dos parâmetros vitais do paciente, como


temperatura (Tº), pulso (P), respiração (R) e pressão arterial (PA) ou dos sinais
objectivos, tais como: peso, altura, perímetros; pressão venosa central (PVC), entre
outras (Cianciarullo et al., 2001).

 Sinal gráfico

Realizado por meio do checar li ou (I) significa que a acção prescrita (médica ou de
enfermagem) foi realizada e, do circular significa que a acção prescrita (médica ou de
enfermagem) não foi realizada. Quando um horário está circulado, é importante uma
justificativa da não-realização do cuidado no registo de enfermagem (Cianciarullo et al.,
2001).

 Descritivas numéricas

São registos que indicam valores de parâmetros mensuráveis. Esses registos têm locais
específicos para o registo desses valores para facilitar a visualização; como controles de

26
glicemia, débitos de drenos e sondas, ingestão e eliminações (Carrijo & Oguisso,
2006).)

As registos descritivas numéricas têm a vantagem de fornecerem uma rápida


visualização de um determinado tipo de parâmetro, mas por outro lado, têm
desvantagem porque os dados fornecidos são basicamente de ordem biológica,
desfavorecendo uma avaliação psico-espiritual ou emocional do cliente e/ou familiar
(Cianciarullo et al., 2001).

 Narração Escrita

É o tipo de registo mais frequentemente utilizado em processo de clientes, apresenta-se


sob a forma de narrativa, registando todos os tipos de cuidados prestados ou realizados,
orientações, informações, encaminhamentos, observações, intervenções e tudo que se
relacionar com o cliente e família, durante o período de permanência em uma instituição
de saúde (Carrijo & Oguisso, 2006).

2.7 CRITÉRIO PARA ANOTAÇÃOS DE ENFERMAGEM

Para Cianciarullo et al., (2001), todos os dados devem ser registados imediatamente
após o facto ter ocorrido, evitando assim, o déficit do cuidado por falha na
comunicação. Os registos de enfermagem devem observar os seguintes critérios:
Legibilidade, concisão e exactidão.

A legibilidade em enfermagem consiste em registos com escrita legível e de fácil


entendimento. Deve-se escrever a tinta já que o lápis não proporciona um registo
permanente. Os mesmos autores acrescentam ainda que após efetuar o registo, o
profissional deve assinar seu nome seguido do número da Ordem dos Enfermeiros
(Mazza et al., s/d apud Westphalen; Carraro, 2001).

Quanto à concisão no entendimento de Du Gas (1983) o registo deve ser completo, sem
palavras desnecessárias. As frases devem ser curtas e descritas. Não usar termos vagos
ex.: “zangado e agressivo” ou “observada quantidade moderada de secreção no curativo
abdominal”, pois todo o registo deve ser específico e conciso, porém descritivo.

27
Exatidão inclui registos precisas e verdadeiras. A omissão de dados ou de registo errado
demonstra inexatidão. As observações devem ser específicas e exactas (Mazza et al., s/d
apud Westphalen & Carraro, 2001).

2.8 ASPECTOS ÉTICOS LEGAIS DAS REGISTOS DE ENFERMAGEM

Toda pessoa admitida em um hospital para observação, repouso ou tratamento em


regime de internamento, deve corresponder a um processo clínico em que devem ser
registadas todas as informações ou ocorrências relacionadas ao cliente. Faz parte deste
processo, o "Relatório de Enfermagem" no qual por disposição legal, o pessoal de
enfermagem é obrigado a registar o resultado de suas observações e de toda medicação
ou tratamento administrado (Oguisso, 2006).

A equipa de enfermagem nem sempre faz as registos completas sobre o estado do


cliente, limitando-se, frequentemente, ao registo dos sinais vitais e uma outra
observação (Oguisso, 2006). Essa irregularidade à determinação legal seja decorrente da
falta de comprometimento e da preocupação das Instituições de ensino, tanto do nível
técnico como da própria graduação de enfermagem, ou ainda da falta de informação dos
próprios profissionais que actuam na área (Ito, 2004).

O processo clínico do cliente é um documento legal onde consta todas as informações


sobre o cliente. O processo clínico é uma prova documental que resulta das informações
do cliente aí encontradas (D'innocenzo & Adami, 2004).

Os registos de enfermagem a respeito de factos ou ocorrências de interesse probatório


para defesa precisam estar datados e assinados, e o conteúdo desses registos sobre o
facto a ser verificado deve ser correcto, completo e objectivo a fim de que sirva
realmente para defesa legal (Ito, 2004). A ausência de registos sem requisitos poderá
provar o inverso, isto é, a falta ou a má qualidade da assistência de enfermagem
prestada (Oguisso, 2006).

É importante considerar que a Ordem dos Enfermeiros de Angola (Ordenfa, 2007),


aprova o Código de ética dos profissionais de enfermagem de Angola em seu capítulo V
das proibições no artigo 64º, realça que é proibido assinar as acções de Enfermagem que
não executou, bem como permitir que o outro profissional assine as que não executou.

28
2.9 PRINCÍPIO PARA A ELABORAÇÃO DAS REGISTOS DE ENFERMAGEM

De acordo, o registo de informações no campo da enfermagem não está sujeita a regras


rígidas padronizadas, mas, no entanto no momento de realizar umA anotação, a
enfermeira deve ter em conta ou obedecer alguns aspectos durante a implementação da
sistematização da assistência de enfermagem (Álvaro, 2005):
 Ler A anotação anterior antes de anotar a seguinte
 Ver o tipo de impresso utilizado na instituição
 Registe o mais cedo possível a ocorrência do paciente ou procedimento de
enfermagem realizada, para evitar esquecimento.
 Anotar preferencialmente as anormalidades do estado geral do paciente
 Pense enquanto registas e depois do registo relacionar os factos e verificar os
procedimentos feitos, orientação fornecida ou informação obtida e variações da
norma.
 Realizar registos com lapiseira e nunca com lápis
 Anotar o facto de forma objectiva, completa exacta evitando julgamento
 Siga as políticas e orientações da Instituição para os registos.
 Ser claro e objectivo (evitar palavras desnecessárias como *paciente* uma vez
que a folha de registos é individual).
 Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objectivas, pontuais e
cronológicas;
 Não conter rasura, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
 Conter observações efectuadas, cuidados prestados, seja eles o já padronizado,
de rotina e específicos;
 Devem, ainda, constar das respostas do paciente frente aos cuidados prescritos
pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e sintomas observados;
 Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm,
mm, etc.), quantidade (ml, l, etc.), coloração e forma;
 Anotar o sinal observado sem quantificar o seu grau (não conter termos que
deem conotação de valor como: bem, mal, muito, pouco, etc.) e evitar termos de
caracter normal como normocárdico, eupneico, etc.
 Conter apenas abreviaturas previstas em literatura;

29
 Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior
aprofundamento científico (utilizar termos técnicos e científicos).
 Ter em conta a patologia do paciente.
 Devem ser precedidas de data e hora,
 Devem conter identificação do profissional ao final de cadA anotação;
 Devem conter assinatura.

2.10 CONTEÚDO DOS REGISTOS DE ENFERMAGEM

Duarte (1976 apud Ito, 2004), A anotação de enfermagem tem plena autonomia quando
a ela for considerada de forma irrestrita o planear, o prescrever de cuidados e A
anotação desses quando prestados.

As Registos de Enfermagem devem ser registadas em formulários/documentos, com


cabeçalho devidamente preenchido com os dados completos do paciente, de acordo com
os critérios estabelecidos na instituição (Coren-SP, 2011).

Do conteúdo dos registos deve constar segundo Fernandes (2010):

 As condições gerais do paciente ao iniciar o plantão: estado mental e humor,


condições físicas, sinais e sintomas, condições de drenos, cateteres e curativos,
entre outras,
 Dados referentes às necessidades humanas básicas (no decorrer do plantão)
como: nutrição e hidratação, sono e repouso; locomoção e motilidade; cuidado
corporal; eliminações vesico intestinais; oxigenação, sinais ou parâmetros vitais;
comunicação e atividades recreativas; integridade cutâneo mucosa e terapêutica.
 Sinais e sintomas.
 Acidentes e intercorrências.
 Recebimentos de visitas, saídas e retornos (da unidade ou hospital),
transferências, alta, óbito (anotar sempre precedido de horário).

30
3 - METODOLOGIA

3.1 - NATUREZA DO ESTUDO

Trata-se de um estudo do tipo exploratório, de abordagem qualitativa. O estudo


exploratório é aquele que tem o objectivo de examinar um tema do qual se tem muitas
dúvidas ou ainda que o problema nunca foi abordado antes (Sampieri, Collado & Lúcio,
2006).

3.2 - DESENHO DO ESTUDO

Este estudo teve como base a compreensão da percepção dos profissionais de


enfermagem sobre o papel dos seus registos, como um problema que afecta a qualidade

31
na prestação de cuidados, portanto para atingir este objectivo foi definido o estudo
fenomenológico considerado um método de pesquisa de natureza empírica que investiga
um fenómeno geralmente contemporâneo dentro de um contexto real, quando as
fronteiras entre o fenómeno e o contexto em que ele se insere não são claramente
definidas (Palmer,1999 citado por Silva, Lopes & Diniz, 2008).

3.3 - LOCAL DE ESTUDO

Este estudo foi realizado nos serviços de internamentos da clínica Multiperfil numas das
clínicas de referência da província de Luanda. Caracterizado por dois andares
compostos por alas A (medicine) e B (cirúrgico e ortopédico) respectivamente.

3.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população para o estudo são os profissionais de enfermagem, na qual foi selecionada


uma amostra constituída por 13 profissionais de enfermagem com idade compreendida
entre 22 a 53 anos de idade, 5 do género masculino e 8 do género feminino, 1
especialista, 2 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem, o tempo de trabalho varia
entre 2 meses a 11 anos de trabalho, escolhidos de forma intencional e de acordo com a
disponibilidade dos entrevistados.

A definição do tamanho da amostra foi definida pela quantidade de informação obtida e


pelo princípio da saturação dos dados, isto é, interromper a realização de mais
entrevistas quando a informação que está sendo gerada está ser repetitiva (Fontanella,
Ricas, & Turato, 2008).

As características dos participantes que constituíram a amostra estão descritas na tabela


X

3.5 – INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS

Os dados foram obtidos por meio de uma entrevista semiestruturada, um tipo que
combina perguntas fechadas e abertas, na qual o entrevistado tem a possibilidade de
discordar sobre o tema em questão sem se prender na questão ou pergunta formulada
pelo entrevistador (Minayo, 2010). Este tipo de entrevista tem como base certos

32
questionamentos apoiados em teorias e hipóteses que suportam os objectivos da
pesquisa, e que, em seguida, oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas
hipóteses que vão surgindo à medida que se recebem as respostas do informante
(Trivinos, 1995).

Na entrevista semiestruturada, o participante responde espontaneamente a linha de seu


pensamento e de suas experiencias dentro do foco principal colocado pelo investigador,
começando a participar na elaboração do conteúdo de pesquisa (Trivinos, 1995).

A grelha de entrevista proposta para este estudo foi constituída por quatro (4) questões
principais, semiabertas que orientaram a resposta aos objectivos definidos nesta
pesquisa, as quais foram previamente padronizadas com base nas lacunas apresentadas
na literatura e na percepção empírica da pesquisadora, que são:

1. Podes dizer na sua opinião qual é o papel da suA anotação de enfermagem para
assistência prestada? (Se A anotação de enfermagem no prontuário do paciente é
importante).

2. Quais os benefícios de registrar a informação do paciente no seu prontuário? (as


contribuições dA anotação, porque faz registo, se auxilia na comunicação entre
os diferentes profissionais).

3. Aqui no hospital tem havido incentivo para os funcionários realizarem registo de


enfermagem? (Questionar sobre informações que tem recebidos de superiores,
formação sobre registo, se tem lei ou regulamento que obriga o profissional de
enfermagem a fazer registo).

4. Podes dar-nos a sua opinião para melhorar o sistema de registo no hospital?


(Explicar a sua sugestão sobre os incentivos, motivações parA anotaçãos).

3.6 – PROCEDIMENTOS DE RECOLHA DE DADOS

A recolha de dados foi realizada no mês de Agosto de 2021, e a aplicação da grelha de


entrevista foi realizada pela pesquisadora individualmente, mas as primeiras duas
entrevistas foram realizadas com a supervisão do orientador, com objectivo de testar e
validar o instrumento de recolha de dados.

33
Após a testagem do isntrumento e sua validação pelo orientador, a entrevista aos
participantes foi realizada de acordo com disponibilidade de cada profissional de
enfermagem. Antes do início da entrevista foi realizada uma explanação (explicação)
sobre o tema de investigação e, os entrevistados foram orientados quanto aos objectivos
da pesquisa.

As entrevistas foram gravadas no telefone e posteriormente transcritas pelo pesquisador


no computador (Poirier & Valladon, 1983), para posteriormente servirem de base para a
sua análise.

3.7 - ANÁLISE DE DADOS

De acordo com Minayo (2009), o foco da pesquisa qualitativa é a exploração do


conjunto de opiniões e representações sociais sobre a temática, um método que não
precisa abranger a totalidade das falas e expressões, porque em suma estas têm muitos
pontos em comum, ao mesmo tempo tem também singularidades próprias da biografia
do sujeito.

Na análise de dados do conteúdo da entrevista devemos considerar que pode haver


divergências de opiniões dentro de um mesmo segmento social e a análise qualitativa
deve dar conta dessa diferença. Assim ao analisarmos e interpretamos informações
geradas por uma pesquisa qualitativa, devemos caminhar tanto na direção do que é
homogéneo quanto no que se diferencia dentro de um mesmo meio social (Minayo,
2010).

O ʺCorpusʺ é o conjunto de palavras transcritas a partir das entrevistas e que constituiu


o material que serviu de base para análise. Para análise dos dados deste estudo foi
utilizada análise temática de dados, uma técnica que consiste em descobrir os núcleos de
sentido que compõem uma comunicação, cuja presença ou frequência signifiquem
alguma coisa para o objeto analítico visado (Minayo, 2008). Para proceder a análise
temática, o conteúdo das questões foi organizado segundo as fases sequenciais
propostas por Minayo (Minayo, 2010): a pré – análise, a exploração do material e o
tratamento dos resultados.

A pré - análise é a fase em que se organiza o material a ser analisado com o objectivo de
torná-lo operacional, isto é, sistematizar as ideias e/ou hipóteses através da realização da

34
leitura flutuante com base nos objectivos do estudo (Bardin, 2011). Por isso, após a
entrevista, realizou-se a transcrição do conteúdo numa página word no computador de
forma bruta conforme aconteceu nas entrevistas, foi constituido o corpus da anélise com
base nas regras da exaustividade, representatividade, homogeneidade e da pertinência.
Depois da cosntituição do corpo com base nas regras anteriormente referidas, analisa-se
o conteúdo respeitando as regras gramaticais para correcção e adequação semântica e
emergir conteúdo significante (unidades de registos e de contextos) que possibilitem
fazer recortes do texto de frases com significado semântico interessante ao estudo e com
sua devida numeração.

A exploração da matéria é a etapa que pode possibilitar a riqueza das interpretações e


inferências. Nesta fase foi realizada uma releitura e análise dos dados colhidos e a
colocação gramática. As unidades que surgiram dos recortes realizados foram
codificados (ver tabela 1), isto é, numerados e agrupados com outros que apresentam o
mesmo significado semântico para elaboração de subcategorias e categorias, num
processo de categorização a posteriori. Antes da codificação para formulação de
subcategorias e categorias de análise, foi feita uma leitura e sublinhou-se a cor amarela
as partes mais importantes das falas dos entrevistados. Para melhor percepção e
identificação das falas do entrevistado, enumerou-se as falas de forma sequencial como
por exemplo: fala do entrevistado 1, fala número 1, 2, 3.

Tabela 1 - Código e seus significados usados na análise de dados


Nº Código Significado
1 (…) Supressão das falas do entrevistado
2 ( ) Pausa durante as falas
3 (xxx) Tradução da expressão informal e/ou gíria
4 … Fala prolongada
5 [xxxxx] Percepção semântica do pesquisador
6 E Entrevistado
7 F Fala
8 1,2,3 Sequência das entrevistas ou das falas
FONTE: Elaboração própria

A fase do tratamento dos resultados é a fase que ocorre a condensação e o destaque das
informações para análise, culminando nas interpretações inferenciais; é o momento da
intuição, da análise reflexiva e crítica (Grzybovski & Mozzato 2011). Para o tratamento

35
dos resultados foi feita uma análise reflexiva e crítica com evidências científicas
(Bardin, 2006).

3.8 - ASPECTOS ÉTICOS

O protocolo de pesquisa com aprovação do Orientador será submetido ao departamento


de Assuntos Científicos do Centro de Formação de Saúde, que após análise
encaminhará uma carta solicitando a autorização para a colecta de dados ao Gabinete
Pedagógico e de formação permanente da clínica Multiperfil, local do nosso estudo.

Após a aprovação do protocolo e com a carta da clínica que autoriza a recolha de dados,
foram selecionados profissionais que aceitarem participar da pesquisa e que também se
enquadram nos critérios de inclusão. Os entrevistados foram informados sobre os
objetivos do estudo, da confiabilidade dos dados, como também do modo de aplicação e
o destino dos dados obtidos e, estando de acordo, assinarão o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).

Também foram explicados o tempo de duração das entrevistas individuais, que é de


aproximadamente 30 minutos e foi realizado em local e horário de sua escolha. A
participação dos participantes na pesquisa consistiu em responder as perguntas
realizadas sob a forma de entrevista que foram gravadas, e posteriormente transcritas,
guardadas em uma pendrive e descartadas 3 meses após a apresentação da discussão
pública da monografia. Foram explicadas como seriam tratadas suas respostas de forma
anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será divulgado o seu nome em
qualquer fase do estudo, pois os entrevistados foram identificados por nomes fictícios
escolhidos de forma aleatória, na qual estes nomes pessoais que não constam no
dicionário português e/ou de línguas bantus.

Sua participação é voluntária e deverá ser devidamente autorizada, isto é, a qualquer


momento você pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou com a instituição.

36
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Após a análise dos achados, com base nos princípios da exaustão, homogeneidade,
objectividade, pertinência emergiram seis (6) categorias e cinco (5) subcategorias.

As categorias são: o conceito do registo de enfermagem, conteúdo dos registos de


enfermagem, importância do registo de enfermagem, Formato dos registos de
enfermagem, os factores que influenciam no registo de enfermagem, estratégias para a
melhoria dos registos de enfermagem.

As subcategorias (1) importância dos registos de enfermagem para os profissionais, (2)


importância dos registos de enfermagem para a instituição, (3) importância do registo de

37
enfermagem para o cliente. Emergiram da categoria da Importância do registo de
enfermagem.

As subcategorias (4) factores pessoas que influenciam no registo de enfermagem e a (5),


factores institucionais que influencia no registo de enfermagem, emergiram da
subcategoria dos factores que influenciam no registo de enfermagem.

Tabela 2 - Caracterização dos entrevistados em relação a dados sociodemográficos


Entrevistado Nome Género Idade Categoria Tempo de
Fictício
serviço
E1 Prancheta F 45 anos Enfermeira 8 anos
E2 Lapiseira M 47 anos Técnico de Enfermagem 8 anos
E3 Vermelha M 35 anos Técnico de Enfermagem 3 meses
E4 Tampa F 22 anos Técnico de Enfermagem 2 meses
E5 Caneta F 41 anos Enfermeiro 6 anos
E6 Vassoura F 23 anos Técnico de Enfermagem 1 mês
E7 Joanita F 37 anos Técnico de Enfermagem 5 anos
E8 Panela F 31 anos Técnico de Enfermagem 2 anos
E9 Copo M 48 anos Técnico de Enfermagem 11 anos
E10 Processo M 23 anos Técnico de Enfermagem 1 ano
E11 Pontual F 49 anos Técnico de Enfermagem 11 anos
E12 Garrafinha F 20 anos Técnico de Enfermagem 2 meses

38
E13 Diagnóstico M 53 anos Especialista 11 anos
FONTE: Elaboração própria

39
Figura 1 - Diagrama de resultados sobre a percepção dos profissionais de enfermagem

FONTE: Elaboração própria

40
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em relação a percepção do significado de registo de enfermagem os achados das


entrevistas de alguns participantes evidenciaram ter noções sobre este assunto, como
demostram as falas a seguir:
“ (…) O registo de enfermagem eh...é um ( ) é um bloco ou... Um gráfico se é que
assim posso chamar onde nós anotamos tudo aquilo que fizemos, onde anota sua
medicação” (Panela).
“ (…) É onde consta o gráfico dos sinais vitais! Ah! ... as intercorrências do paciente!
Eh... Onde também tem a parte do comprimento terapêutico” (Panela).
“ (…) eh! O registo de enfermagem, é o material onde o enfermeiro, anota tudo que é
feito por um paciente” (Pontual).
Estas falas evidenciam as ideias de vários autores que consideram o registo de
enfermagem é o relato diário e consistente feito pela equipa de enfermagem após a
avaliação do estado geral do paciente (Cortez & Moraes, 1977). Que pode ser manual,
eletrônico, como checagem de medicamento, procedimentos realizados etc. (Silva &
Areias, 2007), com objectivo de fornecer informações do cliente à equipa de saúde, e
assim garantir a continuidade da assistência do paciente 24 horas por dia (Ito, 2004).
Também pode ser é o registo feito pela equipe de enfermagem no processo do cliente
referente às condições bio-psico-sócio-espirituais e todos os factos ocorridos com o
mesmo cliente (Registos de Enfermagem, s/d).
Na segunda categoria sobre a importância dos registos de enfermagem foi criada três
subcategorias: importância dos registos de enfermagem para os profissionais,
importância dos registos de enfermagem para a instituição, importância do registo de
enfermagem para o cliente.
Na importância dos registos de enfermagem evidenciou-se que alguns participantes
percebem que o registo é muito importante para diferentes vertentes, como na vertente
profissional, administrativa/institucional e para o cliente conforme a fala deste achado:
“ (…) é muito importante mesmo registar porque, se nós fizermos e não registarmos
quando há problema nos perguntam! Quando vão ver que nA anotação nó (não) tá…
(está), então acabamos por perder a razão” (Vassoura).
Assim, a importância dos registos de enfermagem foi evidenciada em várias vertentes,
como defesa jurídica:
“ (…) [o] registo de enfermagem (…) nos serve como… suporte, (…), é a nossa defesa
[legal]” (Vermelha).
“[o registo] serve que para nós podermos nos defender [juridicamente]” (Prancheta).

41
“ (…) a notação de enfermagem primeiro é que é de suma importância porque? Porque
diante de ( ) um acontecimento qualquer, aquilo é também a nossa defesa, [legal]”
(Panela).
“ (…) ih é bom também, para salvaguardar-nos ( ) a nós próprios.( ) Porque … se
houver alguma intercorrência… houver algum problema, ( )vão buscar naquilo que eu
escrevi! ( ) prá (para) salvaguardar( ), [defesa legal] né! Aquilo que nós fizemos, é
bom é importante (...)” (Processo).
“ (…) Ali, [registo] onde o enfermeiro se defende [legalmente] em qualquer situação
que possa vir acontecer ( ) (…)” (Pontual).
Os registos de enfermagem além de servirem como meio de comunicação entre
profissionais (Oliveira et al., 2005), estes fornecem informações que em caso de
processos jurídicos podem constituir defesa para o profissional que executou ou omitiu
alguma acção (Venturini & Marcon, 2008).
Outro aspecto que se constatou quanto a importância do registo de enfermagem para os
próprios profissionais é que o registo de enfermagem garante na continuidade dos
cuidados prestados (Ito, 2004), conforme evidência dos achados dos profissionais
abaixo:
“ (…) [o registo] é prá (para) facilitar mesmo o trabalho. Yeah! Facilita o trabalho dos
colegas que virem (vêm) te render o turno, e além disso também é um processo mesmo
(mesmo) de carácter obrigatório” (Tampa).
“ (…) o colega também que na qual eu vou passar o turno, eh… Vai facilitar o para
dar a continuidade do trabalho que ele vai fazer, sabendo que a enfermagem é
continuidade” (Joanita).
“ (…) a sua vantagem [registo] eh! Para nos orientar que o cliente tá (está) se (ser)
seguido ou há alteração ou no (não) há alteração” (Copo).
Os entrevistados também referiram que o registo de enfermagem é importante porque
através do registo de enfermagem os profissionais conseguem avaliar as condições
clínicas do cliente:
“(...) é importante porque nos dá (...) dado! [reais], para ver aferir -se, se o cliente está
a melhorar ou não” (Lapiseira).
“ (…) Sim! As registos são de estrema importância, né! Porque graças ao registo e
enfermagem que conseguimos evidenciar os acontecimentos que nós fizemos a cada
paciente, cada procedimento, cada técnica, cada intercorrência. ” (Tampa).
“ (…) a notação de enfermagem é muito importante por ser a identificação de tudo
aquilo que fizemos com o nosso paciente” (Panela).
O registo de enfermagem pode estar relacionado com as condições clínicas do cliente,
isto é, anotar as informações verbais relacionadas a sua evolução, assim como as
observações constatadas e outros obtidos por outras técnicas de exame físico (Ito, 2004).

Em relação a comunicação, poucas evidências consistentes referidas pelos profissionais,


mas a percepção de algumas falas evidencia esta importância:
“ (...) guia para perceção dos outros para (perceber) o que está a se passar (...)”
(Lapiseira).

42
“ (…) sem A anotação, não tem como por exemplo eu saber o historial do paciente”
(Tampa).
“ (…) porque [é] a partir do registo é que eles [médicos] se baseiam prá (para) ver
como e que está o historial (estado) do paciente ” (Tampa).
“ (…) porque com o registo das minhas ações, ( ) todos que passarem alí! Vão saber o
que é que foi feito a este paciente. ” (Caneta).
“ (…) ao receber o turno, e também verifico! Registo, a prescrição, verifico também o
que o colega fez, pra ver se há uma alteração! Que fizeram o durante o turno deles”
(Vassoura).
“ (…) Nós como (quando) vamos lá fazer a medicação então eles [clientes] aproveitam.
Não! Senhor enfermeiro estou a sentir também aqui assim… então tem que passar
(registar) que pra quando o médico vir ler, saber, não! Se está com essa dor aqui assim
vou ter que lhe aplicar isso, isso…isso” (Tampa).

Na prática clínica “para que a conduta terapêutica de enfermagem seja efectiva e eficaz,
é imprescindível e fundamental desenvolver habilidades de modo a aplicar bem o
processo de comunicação na assistência de enfermagem” (Pontes, Leitão & Ramos,
2008 citado em Broca & Ferreira, 2015, p. 468).

A comunicação em enfermagem na sua maioria é a escrita, isto é, a informação sobre as


ocorrências do cliente, as ações executadas, os problemas reais e potenciais
identificados, entre outras são registas no processo clínico como um documento legal,
usado como fonte de informação clínica e administrativa para tomada de decisão e,
respalda os atos da equipe de saúde de eventuais questionamentos jurídicos e
processuais (Coelho, Emerick & Santos, 2007).

Evidenciou-se também que os enfermeiros percebem que o registo é importante para os


profissionais porque auxilia na identificação das inconformidades dos profissionais:
“ (…) A percepção que eu tenho sobre o registo de enfermagem é boa, porque? Porque
com o registo nos ajuda a ver os nossos erros, a ver os erros (…) ” (Joanita).

Quanto a importância dos registos de enfermagem para a instituição percebeu-se que


para a instituição os registos de enfermeiros são importantes porque é base para
determinarem o valor que o cliente deve pagar pelos cuidados que lhe foram prestados:
“ (…) Nós na clínica, para se cobrar… aquilo que o paciente gastou! ( ) eh! No meu
processo de enfermagem naquilo que eu fiz! ” (Processo).
“ (…) ih quando não registamos, mesmo no momento da alta do paciente nós somos
cobrados, porque! Quando o paciente vai lá por ser uma clínica privada, no momento
de alta principalmente para paciente particulares, ( ) eles vão lá no momento do
pagamento então eles vão ver no registo de enfermagem os procedimentos que foram
feitos e tudo mas, que prá (para) constar na conta do paciente” (Panela).

(Coelho, Emerick & Santos, 2007).

43
Constatou-se também atreves dos entrevistados que para a instituição que os registos de
enfermagem são importantes porque servi de base de dados para consulta, certificação
das acções realizada:
“ (…) quando e falamos sobre registo de enfermagem e registo eh... É de grande
importância, porque? É donde (onde) a gente conseguimos de... de ter os dados do
cliente! Qual é o estado clínico” (Copo).
“O registo de enfermagem é importante porque? Porque é ali, onde nós temos a base,
temos a base de dados né! Toda informação, que foi…, tudo o que foi feito pelo
paciente! Onde nós registamos eh! [no registo]” (Vermelha).
“O registo de enfermagem é importante, porque [é] à partir daí! [que] Nós, soubemos
quais são os atos que nós realizamos, o que que faltou… para o outro dar continuidade
o seu trabalho!” (Caneta) .
“ (…) é muito importante registarmos, porque todos os procedimento que nós fizemos,
(…) No caso de agravamento…, no caso… ( ) de, de esquecimento! , E nós metemos nA
anotação de enfermagem. Ih, isso é de valia porque dá entender o que nós fizemos
mesmo “ (Vassoura).
Outra evidência da importância do registo de enfermagem para a intuição é que os
registos servem para auditoria das qualidades dos cuidados prestados nos serviços:
“ (…) Certamente... Todas as! Ocorrências que...( ) são registadas ao longo de um
período são revista por cada sector de serviço” (Copo) .
“(…) caso haja! Um procedimento não bem correspondido então ele vai chamar a
atenção que aqui não devia ser assim, aqui tem que ser assim, assim” (Copo).
“ (…) quando você não faz o registo de enfermagem, de mais que você estiver na tua
[casa] eles ligam pra ti, (…) És obrigado você a voltar, vir fazer o registo de
enfermagem, passar na coordenação, a coordenação vai ler o teu registo, só dá assim é
que vai na capa” (Pontual) .
“(…) Certamente... Todas as ocorrências que são registadas ao longo de um período
são revista por cada sector de serviço” (Copo).
Podemos dizer que o registo de enfermagem não é só importante para os profissionais e
para a instituição, mais que ela também é importante até para o próprio cliente porque é
o registo que vai influenciar se os cuidados prestados ao cliente foi ou não foi prestada
com qualidade:
“(…) … você não estás a prejudicar só, a tí! Mais também ao paciente ( ). Isso é o
maior erro (…)” (Pontual) .
A terceira categoria referi que no conteúdo dos registos é onde encontramos as
ocorrências de todos os actos prestado ao cliente:
“É preciso registar cada detal (detalhe) ” (Prancheta).
“ (...) ou seja tudo aquilo que nós fizemos com o paciente todos os procedimentos que
nós fizemos! eh... todas as intercorrências ou queixas do paciente durante o nosso p
(Pontual) – (…) tudo que você faz, você tem que registar! E saber registar bem…! (...)
Iantão, nós registramos no coiso no nosso registo de enfermagem (…) ” (Panela).
No conteúdo do registo feito pela enfermagem regista-se os sinais vitais:
“A gente anota tanto dos sinais vitais, tanto do… ponto de vista de cuidados prestados,
da medicação! ” (Prancheta).

44
Evidenciou-se também como é que os enfermeiros registam a medicação no conteúdo
do registo:
“(…) Temos que meter que tipo de medicação ele fez. Quantos ml, e quantos frascos o
cliente fez! ” (Vassoura).
“Escrever o que a gente deu, a qui (que) hora! A que hora é que o paciente desceu (foi
levado) para fazer a medicação…” (Prancheta).
Constatou-se que quando o cliente é admitido no serviço ou é obtido a alta para o
domicílio os enfermeiros também registam no conteúdo do registo de enfermagem:
“ (…) Se houve a uma alta, se ouve uma baixa de paciente, é tudo nas registos que nós
[encontramos] os dados, nós dissemos até o prontuário do… da história clínica do
paciente (...)” (Tampa).
Evidenciou-se que independentemente da reação que o cliente apresentar durante o
turno os enfermeiros dentro do conteúdo do registo de enfermagem também registam o
que aconteceu, como e as acções tomadas:
“ (...) [o paciente] tem de fazer a medicação, mais (mas) se você vê, depois disso (o)
paciente mesmo assim não quer, a gente é preciso vir anotar (...)” (Prncheta).
“ (...) o que ele fez… como passou a noite… durante as 24h, se ouve alguma
alteração…” (Pontual).
“(...) o que ele fez… como passou a noite… durante as 24h, se ouve alguma
alteração…” (Pontual).
“ (...) como (...) o seu quadro! [Clínico] E… pode ser… parte fisiológica! Tá orientado,
no tempo e no espaço… ele está recuperar bem! Se esta a regredir…( ), comunicativo!
Tá independente! É independente parci – al” (Lapiseira).
“ (…), O estado dos pacientes, depois nós vamos relatar [registar] conforme encontra-
mos! Vamos relatar [registar] aquilo que eu estou a fazer, vamos relatar a medicação!
[registar] e os cuidados, até o banho! Como é que ele está! Cormorbilidades (...)”
(Processo).
Ficou evidente que é no conteúdo do registo de enfermagem onde os enfermeiros
justificam as acções que foram realizadas e as que não foram e o porquê:
“ (…) [no] o registo tem que! Tem que constar o planeamento… porque é que fez
aquilo… porque é que tens que fazer…( ) tudo! ” (Pontual).
“ (…) há dificuldade, Regista! (Pontual).
“Às vezes é mesmo essa coisa banal… que era mesmo necessário anotar…! ”
(Prncheta).
“ (…) há, casos daqueles enfermeiros, há procedimento que tem que fazer…que não
tem material! ( )” (Pontual) .
Na quarta categoria fala sobre Formato dos registos, evidenciou-se que é no formato dos
registos onde os enfermeiros identificam a data que foi feito o registo:
“ (…) é primordial colocar ( ) sempre as datas e tens que anotar o que se passou com
paciente, só assim ele [ o profissional] chega e consegue ver, não ele se calhar tinha
uma dor aqui!” (Tampa).
Evidenciou-se ainda que os enfermeiros para efetuarem os seus registos baseavam-se no
formato dos registos que a instituição se disponibilizava:
“ (…) tinha um modelo no computador, nós usávamos um sistema que é o M.V! Yeah!
Lá já tinha tudo mesmo” (Vermelha).

45
“Tinha um modelo que na qual nós nos guiávamos. Para fazermos os nossos registos
registos” (Vermelha).
A quinta categoria que fala sobre os factores que influenciam nos registos de
enfermagem evidenciou-se dois tipos de subcategorias que algumas vezes tem
influenciado para os enfermeiros efetuarem os seus registos, nos factores pessoais que
tem influenciado os enfermeiros a registarem ou a não registarem. Um dos fatores que
faz com que os enfermeiros registam é a responsabilidade profissional que os
enfermeiros têm e porque a instituição também as obriga a faze-los como demostramos
algumas falas a seguir:
“ (…) a instituição obriga, e eu também me sinto por direito de faze-lo” (Prancheta).
“(...) se eu não anotar nada. Aquilo fica hipoteticamente quase que nada então é
necessária mesmo essA anotação” (Lapiseira).
“ (…) todos os colegas aqui! Fazem registo de enfermagem aqui é obrigatório, e tem
muita regalia. Caso registo de enfermagem” (Vassoura).
Dentre os factores que tem influenciado os enfermeiros não efetuarem os seus registos
de enfermagem de todas as acções realizadas evidenciou-se fatores como a preguiça
segundo algumas falas dos entrevistados:
“ (…) nem sempre a gente anota tudo né (não é)? Tem sempre algumas coisas que
passam ( ) ,(…) algumas vezes [não registar] é dificuldade, algumas vezes é uma
preguiça mental nossa de escrever (…)” (Prancheta).
“ (...)... Por exemplo ( ) há coisas que ( ), tipo! Se formos anotando tudo! Será vai ser
uma coisa muito, [extensa]” (Lapiseira).
Outro factor pessoal que tem influenciado muitos a não registarem tudo é a ignorância
por parte dos enfermeiros achando que as informações menos relevante para ele não
deve ser registada, ou ainda não registam as intercorrências e acções pontuais no
momento deixam para o final do turno e acabam por esquecer:
“ (…) eh… realmente, nem sempre consta o que nós fizemos no registo de enfermagens
(…), por as vezes nó! (não) apontasse [registar] no momento deixar pra depois…”
(Caneta).
“ (…) coisa banal (sem importância) [não obriga anotar] (…) ” (Prancheta).
A falta de responsabilidade disciplinar foi uma das evidencia dos factores pessoais que
influencia os enfermeiros não efetuarem os seus registos:
“(…) isso aqui é banal mesmo que eu não escrever não tem nenhum problema (…)”
(Prancheta).
“ (...) Sim... Há limitações, a gente vai anotando... O essencial, se não, há coisas que
fica mesmo assim só no verbal e a gente não anota nada” (Lapiseira).
Ficou evidente que algumas vezes o esquecimento também é a outro factor pessoal que
influencia os enfermeiros a não realizarem o registo completo conforme mostra as falas
aseguir:
“ (…) Somos humano, temos a tendência sempre um esquecimento, depois cada
paciente é um paciente” (Tampa).

46
“ (…) Nó aponta praticamente quase tudo! Ou é esquecimento! Ou é alguma coisa,
sobrecarga né! ” (Joanita).
“ (…) As veze, as veze é aquilo que acabei de explicar ( ) a pessoa fez! Trabalhou…
fez o que fez na sala, quando voltar para checar as registos éh… as vezes lhe passa
alguma coisa que na hora de anotar” (Joanita).
A alguns dos enfermeiros tem tido dificuldade para fazerem os seus registos devido a
falta de conhecimento sobre o que é o registo de enfermagem, sua importância e porque
que ela deve ser feira conforme evidenciou as falas de alguns entrevistados:
“ (…) tinha aquela dificuldade no princípio, a gente não conseguia entender na
realidade o que é um registo de enfermagem, mais com o tempo a gente foi
encontrando ( ), foi, foi ultrapassar e agora, normalmente a gente consegue fazer o
registo de enfermagem, isso na minha parte, já não encontro nenhuma dificuldade”
(Pontual).
“ (...) a gente tem que dar só uma síntese! ” (Lapiseira).
Outro fator que influencia no registo de enfermagem e que faz com que muitos registos
estejam incompletos é a falta de honestidade profissional por parte dos enfermeiros que
cuidaram com o cliente as falas a seguir evidenciam isso:
“ (…) ele [enfermeiro] não faz mais no registo consta que fez! Isso é um erro muito
grande que a gente comete. É um grande erro porque isso nó, nó (não) faz de ti um
profissional…” (Pontual).
“ (…) muitas das vezes nós fizemos os processos, mas se não anotarmos
automaticamente não fizemos nada! ” (Tampa).
A valorização dos registos pela equipa multidisciplinar também é outro factor que tem
influenciado os registos de enfermagem:
“ (...)… outros profissionais as vezes ao invés (em vez) de recorrer naquelas registos,
lerem..., (...) querem mesmo assim de forma verbal ( ), quer abordar o mesmo técnico!
Que está a trabalhar com aquele paciente epah! O cliente x! O que que aconteceu! ”
(Lapiseira).
“(...), quase que despreza o registo todo! Quer só saber mesmo assim de forma
verbal” (Lapiseira).
“Não só aqui! Né! Onde estou a trabalhar agora, mas no meu campo de estágio eu vi
isso, raramente um médico! Um nutricionista! Fisioterapeuta! Vai se sentar para ler A
anotação de enfermagem. Raramente” (Garrafinha).
Em relação aos factores institucionais evidenciou-se que a Formação que a instituição
tem providenciado para os enfermeiros é um dos factores que os motiva os enfermeiros
a fazerem os seus registos:

47
“ (…) com cuidados de eh…biossegurança! E depois tivemos também…de seguida com
a chefe umas registos, foi um… até um modo de relembrar, yah! As coisas que nós
soubemos com uma conversa, yah! Bem interativa” (Tampa).
“ (…) ih… ( ) se nó (não) tivermos esse sentido! [incentivo] Noutro sentido falando,
vai houver sempre muitos… erros, vai houver sempre muitos erros! Então esses
incentivos nos dão mais força e ajuda a ver se não cometemos muito erro nas registos”
(Joanita).
O excesso de trabalho em algumas situações tem sido um dos factores que tem
dificultado os enfermeiros a realizarem os seus devidos registos conforme as falas dos
seguintes entrevistados:
“ (…) o que nos faz as vezes nó (não) anotar é aquele! ( ) sobe daqui! Desce dalí!
Então… nó (não) procurarmos um tempinho para anotar tudo aquilo que fizemos (…)”
(Garrafinha).
“ (…) Ou… tanto trabalho (…) Faz com que as vezes nó dá muita aquela importância
do, do registo” (Joanita).
“ (…) o esquecimento ( ), tem ocorrido né! Porque as vezes a pessoa fez uma
actividade [um procedimento] quando tenta registar surge mais outra actividade a
realizar. Então, se por acaso não anotaste num papel ou num… bloco [a acção
realizada] aquilo faz com que! No momento de fazer o registo (…) Um certo dado
escapa" (Diagnóstico).

Para Bezerra, Felipa Daiana et al. (2010), num estudo realizado sobre a motivação dos
enfermeiros na prática clínica, a elevada carga horária de trabalho e falta de cursos de
capacitação profissional são factores que influenciam a motivação da equipa de
trabalho.
Em relação à motivação de suas equipes de enfermagem 60% dos pesquisados
consideraram-nas desmotivadas, sendo citados como principais fatores da desmotivação
a sobrecarga de trabalho, a falta de reconhecimento dos gestores e a falta de um bom
relacionamento entre a gerência de enfermagem e a equipe assistencial.
As falas seguir evidenciou que a instituição tem motivação e incentivados os
enfermeiros a realizarem os seus respectivos registos:
“ (…) Sim... Tenho recebido algum incentivo, até porque? no ( ), no coiso! no do ponto
de vista da instituição eu tenho que! Registar porque logo que... oh a supervisão chegar
vai ele ver o registo de cada um de acordo aquilo que cada um desenvolveu durante o
turno” (Panela).
“ (…) incentivar é aquilo que eles nos incentivaram, olha! Hoje vamos fazer assim!
Porque pode mudar alguma coisa né! (…) Antes escrevíamos paciente (…) agora
vamos escrever, utente! Que ( ) nó (não) deixa de ser a mesma coisa, como podia dizer
cliente!” (Processo).
“ (…) Ah…( ) a instituição sempre tem dado formações, estas formações nós não
temos razões de queixas, então… eu acho, que a instituição só! Deveria aumentar né!
O nível, por isso não tenho muito a dizer” (Caneta).

48
Constatou-se que os enfermeiros têm utilizado bloco de notas para não esquecerem
efectuar os seus registos conforme a evidência das seguintes falas a seguir:
“ (…) sempre andar com papel para anotar. As acções realizadas para quando você
ficar concentrado, então conseguirmos de fazer no registo” (Diagnóstico).
“ (…) a técnica que nós usamos né! Memo (mesmo) os chefes sempre dizem né! Yeah,
de preferência é sempre ter sempre um blocozinho no bolso yeah! Que prá (para)
qualquer coisa, nem que nú (não) [tens] pegas só alguma coisa [registas] consegues
guardar” (Tampa).
“ (…) sempre que formos fazer algum procedimento com o paciente vamos anotar”
(Panela).
Na categoria das estratégias para melhorar os registos de enfermagem evidenciou-se que
pelas falas de alguns entrevistados que para melhorarem e não esquecerem de fazerem
os seus registos os enfermeiros têm feito supervisão entre os enfermeiros e auxiliando
-se uns aos outros:
(…) A estratégia e única né! Quem tiver menos trabalho a cabeça tá mais fria,
automaticamente ajuda ai o outro (…) (Tampa).
“ (…) você pode pedir, [ao colega] não escreve ainda isso ai! ” (Tampa).
“ (…) você também … você lé, pergunta, já fizeste a tuA anotação? ” (Tampa).
“ (…) sempre há aquela, aquelas falhas que a gente encontra no outro registo”
(Pontual).
Percebeu-se através da fala dum dos entrevistados a estratégia que tem usado para
melhorar na qualidade dos seus registos é por fazer o registo de forma eficiente para que
os seus registos sirvam de modelos para outros enfermeiros:
“ (…) Eh…Tenho incentivado de maneira a ( ) engrandecer o curso de enfermagem, e
a meter mas em práticA anotação, aconselhar os colegas a fazerem ! [registo]”
(Vassoura).
“ (…) ih…( ) dar como exemplo as registos que eu também faço” (Vassoura).
“ (…) e eu também… por vezes me baseio, dou um… golpe de vista, o que os que os
colegas anotaram, porque eu sei que está sempre lá nas registos do colega”
(Vassoura).

49
6 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Na realização do estudo de investigação, vários são os factores que influenciaram para


eficácia dos resultados do presente estudo, das quais destaca-se os factores
organizacionais como falta de tempo, o atraso na autorização para recolha de dados; os
factores pessoais como a falta de experiência em realizar um estudo de investigação
desta natureza, pouca habilidade no manuseamento do aplicativo informático, o défice
de conhecimento sobre investigação científica foram as minhas principais dificuldades.

50
7 CONCLUSÕES

Após análise e discussão dos resultados do estudo, conclui-se que.

A maioria dos profissionais de enfermagem demostram alguma percepção sobre o que é


registo de enfermagem, sabem do importante para profissional, para a instituição e para
o cliente, mais sem evidenciarem consistência nas suas abordagens, foram poucos que
referiram o conceito de registo e sua importância na prática clínica.

Sobre os factores que influenciam na realização/não realização do registo de


enfermagem, os factores pessoais como o esquecimento e factores institucionais como o
excesso de trabalho foram os mais evidenciados.

Houve pouca referência dos entrevistados sobre como é que a instituição tem
incentivado os profissionais de enfermagem para efetuarem os seus registos de forma
mais eficaz.

Finalmente, os conteúdos que emergiram da conversa com os profissionais não foram


evidenciados pelos profissionais a importância dos registos na melhoria da qualidade
dos cuidados prestados.

51
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após as conclusões do presente e de acordo com os resultados do estudo, sugere-se que:

A Direcção de Enfermagem da Clínica:

 Promova cursos de actualização e aperfeiçoamento contínuo sobre registos de


enfermagem através do programa de formação continuada.

 Crie uma equipa de auditoria que estabeleça um sistema permanente de


avaliação da assistência de enfermagem prestada aos clientes através da análise
dos processos dos clientes.

 Reveja o rácio preconizado dentro dos padrões internacionais em


enfermagem/paciente para assegurar uma assistência holística e reflectir-se na
qualidade dos registos.

 Criação de protocolos de abreviaturas da forma como deve ser preenchido os


registos, as abreviaturas a ser usadas, a fim de que o registo feito por cada
profissional de enfermagem seja uniforme.

Aoss profissionais de Enfermagem, que

 Realizem registos de enfermagem de forma sistemática, respeitando todos os


aspectos ético-legais com objectivo de garantir assistência ao paciente, assim
como permitir a valorização profissional e garantir a segurança dos profissionais
no exercício da profissão

52
 Actualizem e aperfeiçoem seus conhecimentos teórico-práticos sobre registos de
enfermagem, colaborando efectivamente nos programas de educação continuada
para melhorar a qualidade da assistência.

Os profissionais de enfermagem responsáveis pela equipa, que:

 Orientem, auditem e supervisionem continuamente os elementos da equipa de


enfermagem, para que registe correctamente no processo do cliente as
actividades realizadas e as observações feitas, visando a qualidade da assistência
prestada.

Aos investigadores:

 Realização de um estudo que avalie a qualidade dos registos de enfermagem


escritos nos processos de enfermagem para validar a pouca percepção sobre a
importancia dos registos na prestação de cuidados.

53
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14 Ochoa-Vigo et al. Análise retrospectiva dos registros de enfermagem em uma unidade especializada.
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.Acesso em 25 set. 2008

A IMPORTÂNCIA DAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO ECONÔMICO


HOSPITALAR THE IMPORTANCE OF NURSING IN THE CONTEXT OF ANNOTATIONS
ECONOMIC HOSPITALAR Silva. Nilton Pereira daI , Areias, Marco Aurélio de Camargo II

Thaíza Silva BARROSO A IMPORTÂNCIA DO RELATO NA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM


PARA A AUDITORIA Universidade Estácio de Sá. MBA em Auditoria de Sistemas de Saúde. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil. Autor para correspondência: thaizabarroso@gmail.com Acta Biomedica
Brasiliensia / Volume 7/ nº 2/ Dezembro de 2016.www.actabiomedica.com.br

Gonçalves VLM. Anotação de Enfermagem. In: Cianciarullo, TI, Gualda, DM, Meleiro, MM, Anakubi,
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Passador MB, Canavezi CM. Anotações de enfermagem: aspectos éticos e legais. São Paulo: Demais
Editora; 2008.

ANDRÉIA DE FÁTIMA LIMA DA SILVA SANTOS 2015 A IMPORTANCIA DO


PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO COMO FORMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE NO
ATENDIMENTO FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
(LATO SENSU) MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR São
Paulo.

CLAUDIA DE FÁTIMA FERNANDES IMPACTO DA FALTA DE ANOTAÇÕES DA


ENFERMAGEM NO PROCESSO DE AUDITORIA SALVADOR-BA 2014

58
APÊNDICES

59
APÊNDICE A: ROTEIRO DA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA

Nº da entrevista: ____ Data: ___/___/____ Início/h: ______Término/h: _______

Identificação

Sexo ______; Idade _______anos; Estado civil _________________________;

Nível de escolaridade ______________; Profissão ______________________

Ano de formação ________________________________________________

60
Tempo que trabalha na instituição___________________________________

Roteiro Temático

1. Podes dizer na sua opinião qual é o papel da suA anotação de enfermagem para
assistência prestada? (Se A anotação de enfermagem no prontuário do paciente é
importante).

2. Quais os benefícios de registrar a informação do paciente no seu prontuário? (As


contribuições dA anotação, porque faz registo, se auxilia na comunicação entre
os diferentes profissionais).

3. Aqui na clínica tem havido incentivo para o funcionário realizarem registo de


enfermagem? (Questionar sobre informações que tem recebidos de superiores,
formação sobre registo, se tem lei ou regulamento que obriga o profissional de
enfermagem a fazer registo).

4. Podes dar-nos a sua opinião para melhorar o sistema de registo no hospital?


(Explicar a sua sugestão sobre os incentivos, motivações parA anotaçãos).

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Título: Registo de Enfermagem: Percepção dos profissionais de enfermagem sobre o


papel dos seus registos na prestação do cuidado nos serviços de internamento da clinica
Multiperfil.

Pesquisador Responsável: Toti Caetano Augusto, Estudante do VI curso de Pós-


licenciatura de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica

61
Orientador: Justino Cassinda Júlio Caquarta, Professor do curso de Pós-licenciatura de
Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica

O Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa que
estaremos realizando sobre “Registo de Enfermagem: Percepção dos profissionais de
enfermagem sobre o papel dos seus registos na prestação do cuidado” para obtenção do
título Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica. Esta pesquisa tem como
objectivo Identificar de acordo com a percepção da equipe de enfermagem, o papel do
seu registo na prestação do cuidado prestados. Multiperfil, centro de investigação
Medico Cirúrgica de Angola.

Salientamos que a pesquisa se dará por meio de entrevistas individuais, terá


duração de aproximadamente 30 minutos e será realizado em local e horário de sua
escolha. Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem
realizadas sob a forma de entrevista que será gravada para posterior transcrição e que
será guardado em um disco de áudio compacto. Suas respostas serão tratadas de forma
anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será divulgado o seu nome em
qualquer fase do estudo.

Sua participação é voluntária e deverá ser devidamente autorizada, isto é, a


qualquer momento você pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de
participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua
relação com o pesquisador ou com a instituição.

O Sr. (a) não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras. Não haverá
riscos de qualquer natureza relacionada a sua participação.

O benefício relacionado à sua participação será de aumentar o conhecimento científico


para a área de enfermagem sobre A anotação de enfermagem.

Desde já agradecemos a sua participação.

Centro de Formação de Saúde Multiperfil

62
Luanda, ____ de _______________ de 20___.

Eu _____________________________________________________________

Declaro estar ciente do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E


ESCLARECIDO e, estou de acordo em participar do estudo proposto, sabendo que dele
poderei desistir a qualquer momento, sem sofrer qualquer punição ou constrangimento.

O/A Participante A Pesquisadora

_________________________ ______________________

APÊNDICE C – Tabela com categorias, subcategorias e falas

63
Códigos da entrevista
Nº Código Significado
1 (…) Supressão das falas do entrevistado
2 ( ) Pausa durante as falas
3 (xxx) Tradução da expressão informal e/ou gíria
4 … Fala prolongada
5 [xxxxx] Percepção semântica do pesquisador
6 E Entrevistado
7 F Fala
8 1,2,3 Sequência das entrevistas ou das falas

CATEGORIAS SUBCATEGORIAS FALAS


Definição do registo de “ (...) porque A anotação praticamente é aquilo tudo! Você vai ver fisicamente no
enfermagem paciente! E vai anotar…, ou durante o turno se for 24 hora, o que aconteceu com
esse paciente, o que que tú Fizeste!” (E7).
“ (…) O registo de enfermagem eh...é um ( ) é um bloco ou... Um gráfico se eh que
assim posso chamar onde nós anotamos tudo aquilo que fizemos, onde anota sua
medicação…” (E8).
“ (…) É onde consta o gráfico dos sinais vitais! Ah! ... as intercorrência do paciente!
eh... onde também tem a parte do comprimento terapêutico” (E8).
“(…) eh! O registo de enfermagem, é o material onde o enfermeiro, anota tudo que é
feito por um paciente” (E11).
“(…) A anotação é um processo imprescindível eu ate posso dizer que é um dos
cuidados de enfermagem também, de um modo geral” (E4) .
“ É através dela que nós temos que ( ), que anotar tudo que a gente faz” (E1).
“ (...) o registo de enfermagem ( ),(...) [é] a descrição de todas as actividades, que
forem realizadas,(…)também o que pode ocorrer no sitio, onde ou no ambiente onde
o utente está inserido” (E13) .

64
“ (…) Sobre o registo de enfermagem ( ), sei que é um documento… não sei se é
legal, mas é um documento legal. Que …nós da base nós como técnico de
enfermagem!( )ah… para cada procedimento feito ( )”(E12) .

Conteúdo dos registos de Ocorrências “É preciso registar cada detal (detalhe) ” (E12).
enfermagem “ (…) tudo que você faz, você tem que registar! E saber registar bem…! (...)” (E11).
“ (...) ou seja tudo aquilo que nós fizemos com o paciente todos os procedimentos que
nós fizemos! eh... todas as intercorrências ou queixas do paciente durante o nosso
plantão, nós registramos no coiso no nosso registo de enfermagem (…)” (E8).
“ (…) tudo o que a gente faz com o paciente a gente anota!” (E1).
“ (…) tudo o que você faz é preciso que você anota” (E1).

Medicação/terapêutica “ (…) Temos que meter que tipo de medicação ele fez. Quantos ml, e quantos frascos
o cliente fez!” (E6).
“Escrever o que a gente deu, a qui (que) hora! A que hora é que o paciente desceu
(foi levado) para fazer a medicação…” (E1) .

Sinais vitais “a gente anota tanto dos sinais vitais, tanto do… ponto de vista de cuidados
prestados, da medicação!” ( E1) .

Reações do paciente “(...) [o paciente] tem de fazer a medicação, mais (mas) se você vê, depois disso (o)
paciente mesmo assim não quer, a gente é preciso vir anotar (...)” (E1).
O ingresso ao hospital “(…) Se houve a uma alta, se ouve uma baixa de paciente, é tudo nA anotaçãos que
e/ou regresso a casa nós [encontramos] os dados, nós dissemos até o prontuário do… da história clinica
do paciente (...)” (E4) .

Evolução durante o “(...) o que ele fez… como passou a noite… durante as 24h, se ouve alguma
turno alteração…” ( E11) .
“(...) onde anota sua medicação… o qu e ele fez… como passou a noite… durante as
24h, se ouve alguma alteração…”( E11) .

65
O Estado do “(...) como (...) o seu quadro! [clínico] E… pode ser… parte fisiológica! Tá
paciente/exame físico orientado, no tempo e no espaço… ele está recuperar bem! Se esta a regredir…( ),
comunicativo! Tá independente! É independente parcial” ( E2) .
“(…), O estado dos pacientes, depois nós vamos relatar [registar] conforme
encontra-mos! Vamos relatar [registar] aquilo que eu estou a fazer, vamos relatar a
medicação! [registar] e os cuidados, até o banho! Como é que ele está!
Cormorbilidades (...)” (E10) .

Justificativa das acções “(…) [no] o registo tem que! Tem que constar o planeamento… porque é que fez
realizadas e não aquilo… porque é que tens que fazer…( ) tudo!” (E11) .
realizadas “(…) há dificuldade, Regista!” (E11) .
“as vezes é mesmo essa coisa banal… que era mesmo necessário anotar…!” ( E1) .
Falta de material “(…) há, casos daqueles enfermeiros, há procedimento que tem que fazer…que não
tem material! ( “) (E11) .
Base para determinar o “(…) Nós na clinica, para se cobrar… aquilo que o paciente gastou! ( ) eh! No meu
preço/ registo financeiro processo de enfermagem naquilo que eu fiz!” ( E10) .
dos cuidados “(…) ih quando não registamos, mesmo no momento da alta do paciente nós somos
cobrados, porque! Quando o paciente vai lá por ser uma clínica privada, no
momento de alta principalmente para paciente particulares, ( ) eles vão lá no
momento do pagamento então eles vão ver no registo de enfermagem os
procedimentos que foram feitos e tudo mas, que prá (para) constar na conta do
paciente” ( E8) .

Defesa legal “(…) eu tenho feito registo porque… além de salvaguardar aquilo que é o meu
juridicamente ou trabalha” (E12) .
administrativamente “(…) [o] registo de enfermagem (…) nos serve como… suporte, (…), é a nossa
defesa [legal]” (E3) .
“[o registo] serve que para nós podermos nos defender [juridicamente]”( E1) .
“Ih também… eu saberei, como mi defender. Amanhã! Se acontecer alguma

66
situação” (E5).
“(…) é importante [registar] porque também nos livra de problema” (E5).
“(…) a notação de enfermagem primeiro é que é de suma importância porque?
Porque diante de ( ) um acontecimento qualquer, aquilo é também a nossa defesa,
[legal]” ( E8) .
“(…) É importante porque praticamente nos dá uma certa segurança” ( E12) .
“(…) tem maior vantagem porque torna um documento jurídico que favorece o
enfermeiro de serviço, a esclarecer não eh! Todas as ocorrências que houve durante
a sua estadia no local de serviço”( E13).
“(…) cadA anotação que nós fazer! Vai nos servir de apoio, de base para cada…( )
complicação que podemos durante o turno, sobre (de) um paciente…” ( E12) .
“(…) qualquer complicação você tem como provar o que você fez! O que você nó
(não) fez”(E12).
“(…) ih é bom também, para salvaguardar-nos ( ) a nós próprios.( ) Porque … se
houver alguma intercorrência… houver algum problema, ( )vão buscar naquilo que
eu escrevi! ( ) prá (para) salvaguardar( ), [defesa legal] né! Aquilo que nós fizemos, é
bom é importante” ( E10) .
“(…) Registo de enfermagem é como se fosse nosso advogado, ele nos defende de
tudo aquilo que nós fizemos só! Se nós registramos, essa é a maior importância”
(E11).
“(…). Muitas das vezes fizemos um procedimento no paciente! E quando… o
Doutor! Ou chefe da supervisão vai perguntar… o paciente nega! Que o fez! Ih…
quando ele recorre A anotação e vejam! Que tá lá, que o enfermeiro fez, nos ajuda
bastante” (E6) .
“(…) é muito importante mesmo registar porque, se nós fizermos e não registarmos
quando há problema nos perguntam! Quando vão ver que nA anotação nó (não) tá…
(está), então acabamos por perder a razão” (E6) .
“(…) o que nós fizemos só tem peso se nós anotarmos! Quando não anotarmos é
como se tivesse ( ) nada feito” (E8) .
“(…) Ali, [registo] onde o enfermeiro se defende [legalmente] em qualquer situação

67
que possa vir acontecer ( )(…)” (E11) .
“(…) por exemplo desde o tempo que eu estou aqui já houve colegas que não fizeram,
[registo] depois tiveram que lhes ligar, e tem (tiveram) que voltar mesmo pra fazer,
[o registo] porque ele e que teve com o paciente” (E4) .
Garantir a continuidade “(…) [o registo] é prá (para) facilitar mesmo o trabalho. Yha! Facilita o trabalho dos
dos cuidados colegas que virem (vêm) te render o turno, e alem disso também é um processo memo
(mesmo) de caracter obrigatóri0” (E4) .
“(…) o colega também que na qual eu vou passar o turno, eh… Vai facilitar o para
dar a continuidade do trabalho que ele vai fazer, sabendo que a enfermagem é
continuidade” (E7) .
“(…) a sua vantagem [registo] eh! Para nos orientar que o cliente tá (está) se (ser)
seguido ou há alteração ou no (não) há alteração” (E9) .
“(…) É para nós direcionar quanto a nossa assistência que seja uma assistência...( )
condigna temos realmente os dados estão certos, então! ”(E9) .
“ (…) Cada um que vir antes de iniciar fazer qualquer tipo de procedimento, seja
colega como não, tem que ver o que que aconteceu no anterior, para dar o passo
contínuo”( E9) .

Alterações do estado e “(...) é importante porque nos dá (...) dado! [reais], para ver aferir -se, se o cliente
das condições do cliente está a melhorar ou não” ( E2).
“(…) primeira nota que a gente anotamos no nosso registo de enfermagem, paciente
recebido no turno anterior… palavra-chave, diagnostico! O que é que se fez! ( )
quanto tempo de internamento…! E como é que decorreu 24h, se não teve alguma
alteração clinica no seu quadro (…)” (E11).
“(…) Sim! As registos são de estrema importância, né! Porque… graças ao registo e
enfermagem que conseguimos evidenciar os acontecimentos que nós fizemos a cada
paciente, cada procedimento, cada técnica, cada intercorrência”(E4) .
“(…) a notação de enfermagem é muito importante por ser a identificação de tudo
aquilo que fizemos com o nosso paciente” (E8) .

68
Base de dados para “(…) quando e falamos sobre registo de enfermagem e registo eh... É de grande
consulta importância, porque? É donde (onde) a gente conseguimos de... de ter os dados do
cliente! qual é o estado clínico” (E9) .
“o registo de enfermagem é importante porque? Porque é ali, onde nós temos a base,
temos a base de dados né! Toda informação, que foi…, tudo o que foi feito pelo
paciente! Onde nós registamos eh! [no registo]” (E3) .
“ (…) O registo de enfermagem é importante, porque a partir daí… nós obteremos
bases, prá (para) caso se ouvir alguma situação. Nós temos o registo como nossa
defensiva [legal]” (E5) .
“o registo de enfermagem é importante, porque [é] à partir daí! [que] Nós, soubemos
quais são os atos que nós realizamos, o que que faltou… para o outro dar
continuidade o seu trabalho!” (E5) .
“(…) é muito importante registarmos, porque todos os procedimento que nós fizemos,
(…) No caso de agravamento…, no caso… ( ) de, de esquecimento! , E nós metemos
nA anotação de enfermagem. Ih, isso é de valia porque dá entender o que nós fizemos
mesmo”(E6) .

Meio de comunicação “(…) Nós como (quando) vamos lá fazer a medicação então eles [clientes]
aproveitam. Não! Senhor enfermeiro estou a sentir também aqui assim… então tem
que passar (registar) que pra quando o médico vir ler, saber, não! Se está com essa
dor aqui assim vou ter que lhe aplicar isso, isso…isso”( E4) .
“(...) ... Nós trabalhamos em equipa! Qualquer um que vier ( ) (ver )aqueles registo
também vão servir ( )”(E2).
“(…) mas… os fisioterapeutas trabalham diretamente com a enfermagem, talvez
algum acto que eles queiram fazer também vão ter com a enfermagem, se é o
momento certo ou não é!” (E5) .
“logo que ( ), a pessoa recebi o turno (...) És orientado a saber, os sinais vitais, né!
Se por acaso, o técnico avaliou os sinais vitais…, tens que ver se por acaso a
prescrição foi bem checada! Tens que ( ) ver…se as registos( ) foram realizada de
uma forma circunstancial (...)Ver também as evolução de enfermagem” (E13).

69
“(...) você recebe, tens que ver que essas registos…essa prescrição foi, foi… bem
checada, a evolução foi feita” (E13) .
“(...) guia para perceção dos outros para (perceber) o que está a se passar (...)”
(E2) .
“ (…) sem A anotação, não tem como por exemplo eu saber o historial do
paciente”(E4) .
“(…) Por exemplo se eu não tive tempo de… passar em condição o turno ao colega!
Ih, o colega ir para minhA anotação de enfermagem, ele consegue ter o domínio do
paciente. Consegue saber basicamente o motivo da internação… quais são as queixas
que o meu paciente tem…” (E12).
“(…) porque [é] a partir do registo é que eles [médicos] se baseiam prá (para) ver
como e que esta o historial (estado) do paciente” (E4) .
“(… ) porque com o registo das minhas ações, ( ) todos que passarem alí! Vão saber
o que é que foi feito a este paciente”(E5) .
“ (…), porque é nele [registo] que vamos se guiar…, vamos fazendo as coisas (…)!”
(E10) .
“ É que nos diga que o cliente foi avaliado do... Horário de acordo o programa, que
está escrito, de acordo a prescrição médica”(E9).
“(…) então automaticamente a partir do historial clinico eles [o médico] consegue
ver, por exemplo as datas (…) por exemplo ele pode ver não na data X ele esteve
assim!”(E4) .
“(…) ajuda! ( ) por exemplo na trocas de turnos, eu sei que os meu colega técnico
de enfermagem têm tempo de sentar olhar nas registos de enfermagem (…)” (E12) .
“(…) ao receber o turno, e também verifico! Registo, a prescrição, verifico também o
que o colega fez, pra ver se há uma alteração! Que fizeram o durante o turno deles”
(E6).
“(…) nesse momento antes de... ( ) de entrar ou antes de sair ou bem dizer, todo e
qualquer funcionário entrega ( ) o que que ele fez durante as 24horas na chefe,
então vai ficar cada duas. [a] chefe pega na sua folha de cada procedimento” (E9) .

70
Consequências de não Influencia na má “(…) … você não estás a prejudicar só, a tí! Mais também ao paciente ( ). Isso é o
registar qualidade de cuidados maior erro (…)” (E11).
prestados

Importância do registo Auxilia na identificação “(…) A perceção que eu tenho sobre o registo de enfermagem é boa, porque? Porque
para o profissional das inconformidades dos com o registo nos ajuda a ver os nossos erros, a ver os erros (…)” (E7).
profissionais

Certificação das acções “(…) na enfermagem tudo que eh! Feito tem que ser registado. Tudo que é feto
realizadas/auditoria (feito), não registado então na enfermagem não é feito, este é a lógica” (E9) .
“(…) os sinais vitais foram (...) avaliados (... ) as registos (...), a prescrição(...)
apresada nos horário em que foi administrado Ih! A evolução de enfermagem feito
pelo enfermeiro” (E13) .

Formatos de registo Identificação da data do “(…) é primordial colocar ( ) sempre as datas e tens que anotar o que se passou
registo com paciente, só assim ele [ o profissional] chega e consegue ver, não ele se calhar
tinha uma dor aqui!” (E4) .

Guia/modelo parA “(…), para em… Engrenar, (por) exemplo antes, nó (não) fazíamos [registo] no
anotaçãos computador, agora já fizemos no computador”(E10) .
“Tinha um modelo que na qual nós nos guiávamos. Para fazermos os nossos registos
registos”( E3) .
“No tempo que ainda… tínhamos ainda aquele outro sistema de checagem, ainda dá,
se tivermos ainda aqui na clinica, ainda nó (não) saiu! Inda dá prá (para) abrir
novamente e refazer”(E7) .
“(…), neste momento nós passamos [registamos] nos papéis, já soubemos o
diagnóstico do paciente e as queixas do paciente, então!” (E10) .
“ (…) isso varia de cada turno…de cada… ( ) técnico! Ou de cada enfermeiro,
como é que é feito A anotação, mas [existe] isso e o padrão que nós seguimos cá na
clinica (…), sim! É com base naquele padrão! E a rigorosidade, porque [que] nunca

71
se sai! Nunca se termina o turno sem fazer registos, yah! É imprescindível sempre
fazermos as registos”(E4) .
“(…) Porque nós estamos a [registar] colocar numa capa de processo na qual, como
é mesmo um de trabalho de equipe, eu vou ver registo!” (E7) .
“(…) tinha um modelo no computador, nós usava um sistema que é o M.V! Yeah! Lá
já tinha tudo mesmo” (E3) .
“(…) a gente vai passando informações…( ) algumas palavras cientifica no registo,
tem que pôr… porque quem lé os registos de enfermagem é um profissional como
você! Um médico! Como a chefe… então! Nossas palavras terra, terra que as vezes
nós se comunicarmos com os pacientes, há palavras que no registo nó (não) pode ir
(…)” (E11) .
“(…) cada papel (acção) que a gente anota, é visto cada procedimento que a gente
faz” (E1).
Limitação profissional “(…) aqui [na clinica] normalmente são poucos os cuidados exercido, que nó (não)
parA anotaçãos tem onde como anotar, na sua maioria tem base onde a gente anotar” (E9) .
Porque registar Responsabilidade “Durante ah… a minha formação, durante o estágio! A minha formação e o estágio!
profissional Aprendi… a notação e enfermagem, nos hospitais que eu passei também não foge
muito do que estou a ver aqui na clinica-mas aqui estou aperfeiçoando registo”
(E6) .
“(…) nem até, naqueles momentos em que a gente as vezes vê ah! Isso aqui não é
nada importante, nú (não) vou escrever ( ), é uma obrigação escrever (…)” (E1)
“(…) a instituição obriga, e eu também me sinto por direito de faze-lo” (E1) .
“(…) a gente vai pra escola e a gente já aprende que a gente tem que anotar” (E1) .
“A partir já la da escola já nos dizem o que o que a gente deve fazer (…)” (E1).
“(…) é colocar em prática tudo o que a gente aprendeu la na escola” (E1) .
“o próprio profissionalismo nos exige que a gente deve fazer, devemos anotar!”
(E1) .
“(...) se eu não anotar nada. Aquilo fica hipoteticamente quase que nada então é
necessário mesmo essA anotação” (E2) .
Norma e/ou regulamento “(…) sim, sim, sim, sim! Normalmente, a clinica exige que todo profissional tem que

72
institucional fazer o registo, tem que fazer a marcação de ( ) enfermagem” (E11) .
“(…) aqui [na instituição] é uma obrigação mesmo fazer o registo (…)” (E3) .
“(…) Eu pessoalmente tenho feito! O registo das minhas ações (…)”(E5) .
“(…) suponhamos que são duas da manhã e você e que recebe um paciente, o colega
pode tá a fazer vela, se você é que recebeu o paciente automaticamente você é que
tem que primeiro anotar! O que você viu, como recebeste o paciente, só depois é que
o colega que vem, é que recebe! Que dá sequencia” (E4) .
“(…) mas é imprescindivelmente (que) nós temos que fazer tem que fazer…temos que
fazer, os possíveis para tentar não esquecer ao máximo e ter que fazer memo
(mesmo) ai A anotação” (E4) .
“(...) nós temos que anotar de tudo um pouco que a gente, vai constatando ao nosso…
utente. No caso o cliente!” (E2) .
“(…) eu sei que registo! É muito importante pó (para) paciente! Não podemos deixa
em, nenhum momento nenhum momento” (E7) .
“(…)Temos que dar informação mesmo ao telefone para ver que os colegas que estão
a dar o seguimento do turno!se podem resolver alguma coisa” (E7) .
“(…) todos os colegas aqui! Fazem registo de enfermagem aqui é obrigatório, e tem
muita regalia. Caso registo de enfermagem” (E6) .
“(…) fazer… o registo de tudo aquilo que fizeram porque o registo de enfermagem é
mesmo muito importante na nossa profissão” (E8) .
“(…) certamente... Dentro de enfermagem todo e qualquer tipo de procedimento tem
que ser registado” (E9) .
“(…) A partir do momento que encontramos o cliente tem que escrever” (E10) .
“(…) nós somos os técnicos, tem os licenciados eu vou escrever a minha parte, se
calhar mas também se ele não escreveu o que ele escreveu pode me salvar como pode
salvar a ela também” (E10) .
“(…) Eu tenho feito o registo porque conforme acabei de dizer, é o que me identifica
que eu fiz! O procedimento ao paciente é como uma identificação, de enfermagem”
(E8) .

73
Limitações/Dificuldades Preguiça “(…) nem sempre a gente anota tudo né (não é)? Tem sempre algumas coisas que
para registar passam ( ),(…) algumas vezes [não registar] é dificuldade, algumas vezes é uma
preguiça mental nossa de escrever (…)” (E1) .
“(...)... Por exemplo ( ) há coisas que ( ), tipo! Se formos anotando tudo! Será vai ser
uma coisa muito, [extensa]” (E2) .
“(…) [a dificuldade] em não anotar tudo (…) muitas vezes é mesmo o tempo. (…),
Ou por mesmo por esquecimento, (…) ou o sistema o sistema [informático] (…) Ou o
computador ainda tá ocupado com o colega” (E3) .

Ignorância/falta de “(…) eh… realmente, nem sempre consta o que nós fizemos no registo de
vontade enfermagens (…), por as vezes nó! (não) apontasse [registar] no momento deixar pra
depois…” (E5) .
“(…) coisa banal (sem importância) [não obriga anotar] (…)” (E1).
“(…) [a dificuldade] em não anotar tudo (…) muitas vezes é mesmo o tempo. (…),
Ou por mesmo por esquecimento, (…) ou o sistema o sistema [informático] (…) Ou o
computador ainda tá ocupado com o colega” (E3) .

Falta responsabilização “(…) isso aqui é banal mesmo que eu não escrever não tem nenhum problema
disciplinar (…)”(E1) .
“(...) Sim... Há limitações, a gente vai anotando... O essencial, se não, há coisas que
fica mesmo assim só no verbal e a gente não anota nada” (E2) .

Falta de tempo/excesso “(…) as vezes gerir o tempo, aquela agitação sobe daqui! Sobe dalí! Enfermeiro da
de trabalho qui! Enfermeiro dalí! Eh, as vezes que faz termos essa, essa falha” (E12) .
“(…) o esquecimento ( ), tem ocorrido né! Porque as vezes a pessoa fez uma
actividade [um procedimento] quando tenta registar surge mais outra actividade a
realizar. Então, se por acaso não anotaste num papel ou num… bloco [a acção
realizada] aquilo faz com que! No momento de fazer o registo (…)Um certo dado
escapa” (E13) .

74
“ais (mas) a tendência hoje! É que cada um de nós esteja mesmo concentrado porque
a pressão de trabalho (…) hoje é próprio, então, é preciso as pessoas ficarem
concentradas para poderem, registar aquilo tudo que você está a realizar” (E13) .
“(…) o que nos faz as vezes nó (não) anotar é aquele! ( ) sobe daqui! Desce dalí!
Então… nó (não) procurarmos um tempinho para anotar tudo aquilo que fizemos,
então, se!” (E12) .
“(…) há dificuldade em fazer o registo porque? Porque o trabalho do enfermeiro ou
do técnico de enfermagem é sobre agitação ( )” (E12) .
“(…) normalmente você tá! Com três quatro ou cinco pacientes. E você não vai…
tipo! Vais medicar as 10! Tipo uns Três quatro paciente! Você vai ter que aferir os
sinais vitais…prá sá! ( ) cumprir com a prescrição médica! Vais ir num outro quarto
ih, ih fazer mesma coisa! Ih… quando você dá conta a hora passou! E não fizeste
nenhumA anotação” (E12) .
“(…) Ou… tanto trabalho (…) Faz com que as vezes nó dá muita aquela importância
do, do registo” (E7) .
“muita das vezes, não anotamos devido o excesso do trabalho, yha! A cabeça fica ai
meio cansativa, toda hora aih! Sobe desce, sobe desce” (E4) .
“(…) [a dificuldade] em não anotar tudo (…) muitas vezes é mesmo o tempo. (…),
Ou por mesmo por esquecimento, (…) ou o sistema o sistema [informático] (…) Ou o
computador ainda tá ocupado com o colega” (E3) .
“(...), principalmente nesse momento em que não temos o sistema M.V! A maior parte
das registos, tudo está a ser manuscrito! Poderá ser muito coisa em que poderá ter
muita dificuldade na sua compreensão” (E3) .
“(…) Se nós tentarmos trabalharmos com um pouco mas de calma, um pouco mas de,
de paz… acho que podemos melhorar essa parte registo” (E12) .
Esquecimento “…) Somos humano, temos a tendência sempre um esquecimento, depois cada
paciente é um paciente” (E4) .
“(…) Nó aponta praticamente quase tudo! Ou é esquecimento! Ou é alguma coisa,
sobrecarga né!” (E7) .
“(…) As veze, as veze é aquilo que acabei de explicar ( ) a pessoa fez! Trabalhou…

75
fez o que fez na sala, quando voltar para checar as registos éh… as vezes lhe passa
alguma coisa que na hora de anotar”(E7) .
“(…) Sim! A estratégia, seria assim! Tipo, se eu tiver subcarregada ter vários
pacientes! (…) então e… eu tiver um paciente que tá com…posso dizer eh…ta com ( )
complicação ou…ou pacientes com vário dispositivo um paciente muito trabalhoso!,
então eu vou nesse paciente! Faço tudo que eu tenho que fazer, (…) … para evitar
esses esquecimentos! Eu até posso vir até ao sistema, notar! Rápido o que eu fiz
nele” (E7) .

Falta de conhecimento “(…) tinha aquela dificuldade no princípio, a gente não conseguia entender na
realidade o que é um registo de enfermagem, mais com o tempo a gente foi
encontrando ( ), foi, foi ultrapassar e agora, normalmente a gente consegue fazer o
registo de enfermagem, isso na minha parte, já não encontro nenhuma dificuldade”
(E11) .
“(...) a gente tem que dar só uma síntese!” (E2) .
Responsabilidade Falta de honestidade “(…) ele [enfermeiro] não faz mais no registo consta que fez! Isso é um erro muito
Profissional ética e legal profissional grande que a gente comete. É um grande erro porque isso nó, nó (não) faz de ti um
profissional…” (E11) .
“(…) muitas das vezes nós fizemos os processos, mas se não anotarmos
automaticamente não fizemos nada!” (E4) .
Auditoria “É uma obrigação anotar, porque se eu nú (não) anotar, nú (não) tem nada que vai
dizer [certificar]” (E1).
“(…) se todos os pacientes que tiver a trabalhar com ele [e] eu nú (não) fizer nada,
os documentos dos pacientes quando forem lá aos recursos humano, praticamente eu
entrei aqui pá (para) passear! Nada vai comprovar…” (E1) .
E1 - (…) O que a gente escreve fica!” (E1) .
“(…) antes não tínhamos supervisão, mais (mas) agora implementou-se supervisão
nesta área. E3
“(…) Certamente... Todas as! ocorrências que...( ) são registadas ao longo de um
período são revista por cada sector de serviço E9.

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“(…) caso haja! Um procedimento não bem correspondido então ele vai chamar a
atenção que aqui não devia ser assim, aqui tem que ser assim, assim” (E9) .
“(…) é importante, saímos daqui! Com a consciência tranquila, escrevi! Tá tudo bem
bonitinho haí! Nó (não) vão me chamar, não vou ter problema! Porque? Se o
processo também tiver mal, de não dar, vão te ligar! Não fizeste nada!” (E10) .
“( ) Eh o que eu estava a dizer… o que socorreu a colega! Eh porque ela escreveu, ih
se não escrevesse? ( ) Taria (estaria) condenada” (E10) .
“(…) vai ver como paciente esteve, como é, quais são os gastos? ( ) Da quilo que eu
fiz!” (E10) .
“(…) quando você não faz o registo de enfermagem, de mais que você estiver na tua
eles ligam pra ti, (…) És obrigado você a voltar, vir fazer o registo de enfermagem,
passar na coordenação, a coordenação vai ler o teu registo, só dá assim é que vai na
capa” (E11) .
“(…) demostra que (…) acaso as actividades foram realizadas (…) As palavras
voam, e o escrito fica! Então. Só aquilo que nós escrevemos é que nos demostra que
de facto as actividades foram realizadas” (E13) .

Valorização dos registos A! gente vê tudo o que eles fazem mais eu não sei se os médicos também têm ido
pela equipa pegar as nossas registos que pra verem” (E1) .
Multidisciplinar “Eu nó (não) vou ir…nó (não) vou ir atrás do médico saber qual é o diagnóstico do
paciente com quem eu estou a trabalhar. Eu entro no sistema, abro o nome do
paciente automaticamente eu leio!” (E1) .
“(...)… outros profissionais as vezes ao invés (em vez) de recorrer naquelas registos,
lerem...,(...) querem mesmo assim de forma verbal,( ) quer abordar o mesmo técnico!
Que está a trabalhar com aquele paciente epah! o cliente x! O que que aconteceu!”
(E2) .
“ (...), quase que despreza o registo todo! Quer só saber mesmo assim de forma
verbal” (E2) .
“(...) se eu tiver tudo anotado! [questionar-me] eu vou incentivar o Doutor. E dizer
Doutor. Já está tudo prescrito é só recorrer-se nas registos! E ele pode ir la [ler],

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“(…) sem! (sé) o médico não ler o registo de enfermagem não terá nenhuma
informação ( )” (E11) .
“(…) e se caso for uma coisa simples ou as vezes ele esta distante do dispositivo todo
que nós temos eu posso mesmo verbalizar com ele. [medico]” (E2) .
“(…) quem vê-la pela nossA anotação, quem vai a procura de alguma informação é
mesmo só a [da equipa de] enfermagem. Os médicos, hum... ( ) nunca! Em nenhum
momento, a única coisa que eles entram! É nos sinais vitais” (E3) .
“(…), ( ) Vou escrever, ih não será só útil para mim ,até no médico! Porque
qualquer… situação, qualquer busca que o médico quer, vai vir no meu processo de
enfermagem” (E10) .
“(…) Médico vai ver, o supervisor também vai ver registo porque ajuda! Eu trabalho
com paciente 24h,o médico fez plantão de 12h,amanhã quando ele chegar vai quer
ver o que aconteceu a noite então! Praticamente é uma equipe que vê o, o nosso
registo” (E7) .
“(…) se acontecer uma gafe né? Acontecer um erro! Que na qual, o medico estiver
assim a culpar a área de enfermagem, ali vão, se vão” (E3) .
“(…) todo mundo vê [o registo], todo mundo vê principalmente sinais vitais” (E4) .
“(…) Bem, eu nó (não) sei se [os médicos] têm visto alguma coisa” (E5) .
“(…)! Mas agora, com o novo sistema que nós estamos a trabalhar com ele,
praticamente os até os colegas, médicos qualquer um… vê as nossas registos”
“(…) Todo que é médico ( ), antes dele começar( ) ou ir fazer visita num paciente,
primeiro ele passa no registo de enfermagem, (…) Onde é que ele vai encontrar toda
a informação durante as 24horas (E11) .
“(…) Pelo que eu tenho constatado não! ( ) raramente, eh! Difícil, ver um médico
(…) observA anotação de enfermagem” (E12) .
“ Não só aqui! Né! Onde estou a trabalhar agora, mas no meu campo de estágio eu
vi isso, raramente um médico! Um nutricionista! Fisioterapeuta! Vai se sentar para
ler A anotação de enfermagem. Raramente” (E12) .
“(…) Por exemplo (...) os fisioterapeutas e outros profissionais! (...) os
fisioterapeutas e outros profissionais! Eles vejam, pelo menos pra ter uma ideia o que

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que está a se passar com o cliente. Já que o enfermeiro é que está, 24 sobre 24ao
lado ( ), do cliente” (E13) .
“(...) a direção de enfermagem (...) Com as coordenações de enfermagem,
praticamente eles ficam completamente (...) Atento nos registos” (E13) .
“(…) Sim. Nosso registo praticamente é visto, visto, porque… a principio nós
trabalhávamos com, com um sistema que na qual seria só a coordenação ou o nosso
a supervisor a ver né!” (E7)v
Motivação/Incentivo “(...) sim...,nós somos incentivados a realização das registos de enfermagem, até
para o registo porquê... A anotação de enfermagem é mesmo! Obrigação de qualquer um
enfermeiro!” (E2) .
“ (...) o que me faz registrar, é que a enfermagem isso é um ato contínuo, os registos
não servirão só pra mim! (...)” (E2) .
“(…) Ih a instituição… já realizou (…) formação! Com a chefe! Com a diretora
memo (mesmo) enfermagem, yeah, quando tivemos prá lá! Dois dias! Não uma
semana depois! Descemos prá lá e… tivemos uma formação rápida! E depois fizemos
começamos (…)” (E4) .
“(…) Ah…( ) a instituição sempre tem dado formações, estas formações nós não
temos razões de queixas, então… eu acho, que a instituição só! Deveria aumentar né!
O nível, por isso não tenho muito a dizer” (E5) .
“(…) Sim... Tenho recebido algum incentivo, até porque? no ( ), no coiso! no do
ponto de vista da instituição eu tenho que! registrar porque logo que... oh a
supervisão chegar vai ele ver o registo de cada um de acordo aquilo que cada um
desenvolveu durante o turno” (E8) .
“ (…), se eu noto que meu colega nó (não) tá registar eu me sinto como parte da
equipa no dever de aconselhar o colega a anotar, para! Que quando haver ( ) algum
problema ela tenha! registo que lhe defenda” (E8) .
“(…) incentivar é aquilo que eles nos incentivaram, olha! Hoje vamos fazer assim!
Porque pode mudar alguma coisa né! (…) Antes escrevíamos paciente (…) agora
vamos escrever, utente! Que ( ) nó (não) deixa de ser a mesma coisa, como podia
dizer cliente!” (E10) .

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“(…) Tem! Tem sim, um…deles olha! Eles [chefes] conversam muito, falam muito
connosco (…) não esquecem de anotar tudo, tudo na hora o que foi feito!” (E12) .
“(…) Sim ( ), sim.( ) Principalmente nós quando tínhamos aquela… como eh
então?( )oh…. Sistema estratégico, tínhamos muita formação” (E10) .
“(…) os que estão na areia da docência (...) devem passar (...) temas do processo de
enfermagem [em sala de aulas]” (E13) .
“(…) Eh!... Nós, tínhamos, precisamos de… refrescamentos, atualização” (E10) .
“(…) Não, não realmente aqui! Na clínica não temos dificuldades. A clínica
estabelece! ( ) todos os matérias suficientes para a gente poder fazer os nossos
registos” (E11) .
Formação “(…) com cuidados de eh…biossegurança! E depois tivemos também…de seguida
com a chefe umas registos, foi um… até um modo de relembrar, yah! As coisas que
nós soubemos com uma conversa, yah! Bem interativa” (E4) .
“(…) ih… ( ) se nó (não) tivermos esse sentido! [incentivo] Noutro sentido falando,
vai houver sempre muitos… erros, vai houver sempre muitos erros! Então esses
incentivos nos dá mas força e ajuda a ver se não cometemos muito erro nas registos”
(E7) .

Modelagem “(…) Eh…Tenho incentivado de maneira a ( ) engrandecer o curso de enfermagem, e


a meter mas em práticA anotação, aconselhar os colegas a fazerem ! [registo]” (E6) .
“(…) ih…( ) dar como exemplo as registos que eu também faço” (E6) .
“(…) e eu também… por vezes me baseio, dou um… golpe de vista, o que os que os
colegas anotaram, porque eu sei que está sempre lá nas registos do colega”(E6) .
Motivação “(...) o incentivo não é só... ( ) quando somos bem remunerados. Qualquer ato que se
faz ( ) se agradecermos! Isso ate enaltece mais a pessoa”(E2) .
“(...) bem... Em contrapartida ( ), por exemplo! eh... Uma ação bem-feita, um
exercício bem feito, as vezes o cliente (...) diz obrigado, pela coisa que você faz nele”
(E2) .
Estratégia para fazer o Auxílio/suporte entre “(…) A estratégia e única né! Quem tiver menos trabalho a cabeça tá mais fria,
registo profissionais automaticamente ajuda ai o outro (…)”( E4) .

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“(…) você pode pedir, [ao colega] não escreve ainda isso ai!” (E4).
“(…) é o meu contributo (…) se o paciente do colega está aflito necessita! Eu vou lá,
cuido do paciente e vou…,vou passar a informação no colega. Para não deixar de
fazer registo para esse paciente” (E7) .
Supervisão “(…) você também … você lé, pergunta, já fizeste a tuA anotação?” (E4) .
“(…) sempre há aquela, aquelas falhas que a gente encontra no outro registo”
(E11) .
Utilização de bloco de “(…) Han! Na minha opinião [para melhorar], eu pelo menos (…) para que eu não
notas me esqueça algum ponto, tudo eu vou… [registando] após a visita né!”(E3) .
“(…) Então! Colocas (…) o que se passou no paciente no momento, quando tiveres
um tempinho sentas no computador, e vai escrevendo…vai fazendo algumas
registos!” (E4) .
“ Eu posso entrar no paciente 204 e depois por exemplo sair e ter um na 208. Então,
se eu não aproveitar e anotar automaticamente complica depois ai o sistema, de
quem vem de casa para poder receber o turno, porque os colegas memo (mesmo)
quando chegam automaticamente, vem a proscrição e depois vem A anotação (…)”
(E4) .
“Acho que… a estratégia sé! Dotada nesse! Nesse momento é, Fez alguma…, algum
acto então registo no momento (…)” (E5) .
“(…) eh…a estratégia é mesmo logo! Que se fez o procedimento fazer também
registo, ( ) para não haver esquecimentos nem erros”(E6) .
“(…) A estratégia que tenho usado é: quando eu recebo o turno eu anoto já as
primeiras intercorrência, a cada momento que eu realizo um procedimento com
paciente, ou vou já lá anotar no registo de enfermagem, porque eu posso esquecer se
não anoto naquele momento” (E8) .
“(…) sempre que formos fazer algum procedimento com o paciente vamos anota”
(E8).
“Quando terminar após o fim do período laboral, então! Transferimos os dados
necessários para ( ) o procedimento ou para o processo do paciente” (E9) .
“ (…) Olha… muitas vezes pegamos num papel principalmente os sinais vitais, anota

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as vezes atrás do processo (…) quando você for escrever como nós escrevemos no
computador não esquecer” (E10) .
“(…) Nós tínhamos que fazer? Fez? Anotou! Fez? Anotou!” (E12.)
“(…) sempre andar com papel para anotar. As acções realizadas para quando você
ficar concentrado, então conseguirmos de fazer no registo” (E13) .
“Para que os registos de enfermagem sejam feita, ( ) sejam feita com qualidade(...),
as estratégias são (...) passar turno a turno (...)”(E13) .
“(…) eu pelo menos uso a seguinte estratégia, (…) ando com uma folha [para
registar] que pra não me escapar nada! Quando chegar o momento de escrever tudo
ai consigo pelo menos de detalhar de tudo um pouco (…)”(E3) .
“(…) Eh! A minha… ( ) opinião… na melhoria! Eh que …ah! Temos que fazer mesmo
registo..., Temos que fazer registo e não só se basear, em chegar na sala e ver que o
cliente [tem]” (E6) .
“(…) a técnica que nós usamos né! Memo (mesmo) os chefes sempres dizem né! Yha,
de preferência é sempre ter sempre um bloco zinho no bolso yah! Que prá (para)
qualquer coisa, nem que nú (não) [tens] pegas só alguma coisa [registas] consegues
guardar” (E4) .

82
ANEXOS

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ANEXO A – Ficha de solicitação para autorização pelo CFS

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