9º Simulado ENEM 2021 - 1º Dia - Caderno de Respostas

CAPA
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Caderno de Respostas
9º Simulado ENEM 2021 – 1º Dia
Estratégia Vestibulares – 22/08/2021
INGLÊS
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Prof.ª Andrea Belo
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Questões de Inglês
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Andrea Belo
1.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Andrea Belo) A tirinha acima relata:
(A) Uma compra malsucedida em uma loja de produtos hardware online.
(B) A percepção de que catapultas não são vendidas em lojas de produtos hardware.
(C) A ação de não receber respostas às perguntas feitas e sentir-se enganado.
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(D) O intuito de comprar uma catapulta em uma loja que não a vende.
(E) A consciência de que as lojas online estão cada vez piores nos negócios.
Comentários:
A tirinha retrata a intenção de Calvin de querer comprar uma catapulta em uma loja de produtos hardware, mas, como
a loja não vende tal objeto, ao ouvir que ele procura algo para atingir um alvo feminino, o atendente desliga o telefone,
talvez pensando que seja um trote. Calvin, frustrado, no último quadrinho diz que não entende como essas lojas ainda estão
funcionando.
Nosso gabarito é a letra D, o que acabamos de afirmar e analisar acima.
Nas demais alternativas, as informações são incorretas: compra malsucedida (ele não comprou nada), percepção (não
houve percepção e sim frustação), sentir-se enganado (ele não se sentiu enganado e sim com raiva da loja não o atender)
e não houve consciência de que as lojas online estão cada vez piores, isso é o pensamento de Calvin.
Gabarito: D.
2.
This year’s Olympic Games may be closed to most spectators because of COVID-19, but the eyes of the world are still
on the athletes thanks to dozens of cameras recording every leap, dive and flip. Among all that broadcasting equipment,
track-and-field competitors might notice five extra cameras—the first step in a detailed 3-D tracking system that supplies
spectators with near-instantaneous insights into each step of a race or handoff of a baton (…)
th
Scientific American_ JULY, 27 , 2021
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Andrea Belo) Sobre o texto informativo da revista Scientific
American, assinale a alternativa correta a respeito da ideia que o trecho traz:
(A) As pessoas estão acompanhando os jogos olímpicos no mundo inteiro.
(B) As pessoas sentem-se desconfortáveis em não ir aos locais em que estão acontecendo os jogos deste ano.
(C) Após aumento de casos de Covid-19, os jogos podem ser suspensos a qualquer momento.
(D) Atletas e jogos estão sendo registrados com equipamento moderno e eficiente.
(E) Antes de começar os Jogos Olímpicos, muitos equipamentos foram modernizados para atender a demanda de câmeras
antes já solicitadas.
Comentários:
O texto informativo, da revista Scientific American, traz a ideia de que os jogos olímpicos foram equipados para registrar
momentos importantes de cada atleta, de forma moderna e altamente desenvolvida: “dozens of cameras”, “that broadcasting
equipment, track-and-field competitors might notice five extra cameras—the first step in a detailed 3-D tracking system” e,
assim, o gabarito é letra D.
Nas demais alternativas, as informações não estão no texto: pessoas acompanhando os jogos no mundo inteiro (verdade
mas o texto não trata desse assunto), pessoas desconfortáveis (não há menção disso no texto), jogos podem ser suspensos
(em nosso texto, não há provas de que isso possa acontecer) e, na letra E, a informação de que as câmeras já haviam sido
solicitadas está errada, pois não podemos comprovar em que data isso aconteceu.
Gabarito: D.
3.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Andrea Belo) A música é comumente usada por compositores como
instrumento de emoção, dor, amor, sofrimento, reflexão, satisfação, entre outras intenções.
A canção “Say So”, de Doja Cat, retrata
(A) um dia e uma noite com saudades de alguém que ama.
(B) o dia em que a pessoa amada se manteve presente e focada em fazer a outra feliz.
(C) uma decepção amorosa marcada por um momento entre o dia e a noite.
(D) um questionamento para saber por que a pessoa amada não está lá naquele momento.
(E) um dia frustrante pela falta que a pessoa faz tanto durante o dia quanto à noite.
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Comentários:
A música de Doja Cat é usada para fazer um questionamento sobre o porquê da pessoa amada não estar perto dela
(keep with me: fique comigo), entre outros, que comprovam o gabarito letra D.
Nas demais alternativas, temos palavras não mencionadas na música, tais como saudades, pessoa presente (mas vimos
que é o contrário), decepção amorosa (fato não comprovado) e um dia frustrante (adjetivo não usado e que não há como
provar também).
Gabarito: D.
4.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Andrea Belo) Produções poéticas e artístico-culturais revelam
sentimentos, reflexões e visões de mundo próprias dos autores. Nesse poema, Brian E Pardee quer representar:
(A) A dor de quem tem sentimentos variados, às vezes positivos e outras, negativos.
(B) Uma dor de quem sorriu um dia e hoje sofre.
(C) A reflexão sobre a existência do amor em momentos profundos e superficiais.
(D) Uma pessoa agradecida pelos momentos que oscilam, mas que a fazem se sentir bem.
(E) A certeza de que o amanhã vai chegar, mesmo com as antíteses descritas.
Comentários:
O poema traz várias reflexões mas, o que temos certeza é que o amanhã vai chegar, mesmo com as antíteses que o
autor descreveu, como: há sentimentos superficiais e/ou profundos, a ideia de sorrir e/ou chorar, há pessoas que amamos
e outras não etc.
Nas outras opções, há informações incorretas, como o sentimento de dor nas letras A e B, (o que não aparece no
poema), a reflexão sobre a existência do amor (o que também não aparece) e sobre haver agradecimento, (o que não há).
Gabarito: E.
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5.
https://br.pinterest.com/pin/381820874637635771/
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Andrea Belo) As charges e tiras são usadas, muitas vezes, para
reflexões críticas ou para ironizar situações, entre outras intenções. A reação dos homens, na charge acima, é de
(A) ironizar a situação das pedras serem vistas como bonecos de neve.
(B) demonstrar que ambos têm ideias similares sobre as pedras transformadas em arte.
(C) mostrar que as ideias das pessoas são diferentes em relação à escultura como arte.
(D) perceber que as pessoas podem ter ideias opostas em relação a qualquer objeto.
(E) reagir diferentemente ao que parece ser um boneco de gelo para ambos os personagens.
Comentários:
Na imagem apresentada, podemos ver dois homens da idade da pedra, vendo de forma diferentes as três pedras em
sua frente: enquanto um diz ver um boneco de neve, o outro afirma ver três pedras desperdiçadas. Logo abaixo, há o
comentário: a primeira escultura do mundo e a primeira crítica artística do mundo, ou seja, percebemos que o gabarito é
letra C – as ideias das pessoas são diferentes em relação a obras artísticas, temos diferentes conceitos, visões e
interpretações desde a “idade da pedra”.
Nas demais alternativas, temos dados incorretos: na A, não foram ambos que viram o boneco de neve. Na B, não são
ideias similares e sim, opostas; na D, não é qualquer objeto, já que a imagem trata das pedras; e a E afirma que o boneco
é a visão de ambos, o que já vimos que não acontece.
Gabarito: C.
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ESPANHOL
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Prof.ª Nailla Malta
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Questões de Espanhol
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Nailla Malta
Con racimas, bananeros de Los Ríos cierran vías a la espera de que el presidente de la República escuche
sus reclamos
Aseguran que el precio del producto sustentable, $1.50 y $2, no les permite cubrir los gastos de producción, pese a que
el precio oficial es $6.25
La vía E25, a la altura de la parroquia rural San Juan de Puebloviejo, y la vía Quevedo-Valencia, a la altura del redondel,
permanecen bloqueadas al paso vehicular desde tempranas horas de este miércoles 11 de agosto por grupos de bananeros
y docentes de la Unión Nacional de Educadores (UNE).
Los agricultores bananeros aducen que el precio del producto sustentable que es de $ 1,50 y $ 2,00 no les permite cubrir
la gran demanda de gastos en la producción, esto a pesar de que el precio oficial es de $ 6,25. Franklin Torres, dirigente
bananero de Ventanas, manifestó que los agricultores exigen que el presidente de la República los escuche para que se
cumpla la ley sobre los precios mínimos de sustentación.
Estas manifestaciones se suman a las que se registran en la provincia del Guayas por parte de productores arroceros y
maestros que también reclaman por los precios mínimos de sustentación del arroz y por la constitucionalidad de las reformas
a la Ley Orgánica de Educación (LOEI), entre otros pedidos.
“Hay una mafia de comercializadores de los productos, no solo es del banano también hay problemas con los precios
del arroz, cacao, etc. La vía será habilitada hasta que algún representante del Gobierno se acerque a dialogar y así exista
un compromiso sobre el respeto del precio mínimo de sustentación”, dijo el dirigente.
Rommy Enríquez, jefa Política de Puebloviejo, indicó que esperan dialogar con los líderes de las organizaciones desde la
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Gobernación de Los Ríos, para que la vía sea despejada por los manifestantes, pero que hasta el momento la protesta es
pacífica.
Mientras que representantes de la UNE Los Ríos, quienes desde hace 30 días se mantienen en huelga, indican que ahora
también apoyan a los agricultores contra el alza de los combustibles.
Ellos se apostaron en la vía E25 a la altura de la Chorrera, vía que ya se encuentra habilitada, se informó desde la CTE
provincial. La vía Montalvo en el km 24 también ya fue habilitada al paso vehicular.
La terminal terrestre de Babahoyo al momento se encuentra operativa y las cooperativas que brindan su servicio son:
Ventanas, Baba, San Pedro, 22 de Julio, Espejo, Flota Imbabura, Ecuador.
Debido al cierre de vías las demás cooperativas no están prestando sus servicios, mientras que la transportación urbana,
buses y taxis operan con normalidad.
Disponible en: < https://www.eluniverso.com/noticias/politica/con-racimas-bananeros-de-los-rios-cierran-vias-a-la-espera-de-que-el-presidente-de-la-republica-escuche-sus-reclamos-nota/>
1. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) Segundo o texto:

(A) a manifestação está trazendo respostas violentas.
(B) o movimento motivou a greve dos representantes da UNE.
(C) algumas vias sofreram alterações para desafogar o trânsito da região.
(D) as manifestações são contra o preço mínimo de determinados serviços.
(E) o Presidente da República informou que enviará um representante para negociar com os manifestantes.
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Comentários:
(A) A manifestação relatada no texto é pacífica. O inconveniente fica por conta do fechamento de vias importantes.
Alternativa incorreta.
(B) Os representantes da UNE estavam em greve há trinta dias e manifestaram apoio ao movimento. Alternativa
incorreta.
(C) Não há a informação sobre alterações nas vias, mas sim quais são as vias que funcionam e podem servir de
alternativa para as interditadas. Alternativa incorreta.
(D) Exato! O movimento quer uma revisão, por parte do governo, sobre os preços mínimos estipulados, que estão, pelo
menos, três vezes menores que o mínimo para produzir os produtos. Alternativa correta.
(E) Não há nenhuma informação oficial sobre as negociações com representantes legais. Alternativa incorreta.
Gabarito: D.
2. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) O texto lido:

(A) é literário-informativo, já que traz um problema observado na comunidade em que circula.
(B) é referencial, visto que, de maneira imparcial, objetiva e ampla, traz uma informação pertinente à sociedade.
(C) é emotivo, pois apresenta argumentos de autoridades para comprovar uma tese.
(D) é científico, porque mostra o resultado de pesquisas sobre os preços reais de determinados serviços.
(E) é dissertativo-argumentativo, o que pode ser observado pela estrutura composta por duas teses e argumentos para
defendê-las.
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Comentários:
(A) O texto acima não é literário. Além disso, quando falamos em textos literários, falamos sobre textos que têm relação
apenas com a possibilidade. Nesse caso, temos um texto relacionado à verdade. Alternativa incorreta.
(B) Por ser um texto informativo, escrito de maneira objetiva, sem interferências e sobre um assunto de interesse da
sociedade em que circula, pode ser classificado como referencial. Alternativa correta.
(C) Textos emotivos são aqueles que têm foco nos sentimentos do emissor. Além disso, não observamos vozes de
autoridades no texto. Alternativa incorreta.
(D) O texto não apresenta pesquisas científicas sobre assunto algum. Alternativa incorreta.
(E) Não existem teses, tampouco argumentos, presentes no texto anterior. Alternativa incorreta.
Gabarito: B.
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3.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) O efeito de humor da tira se dá
(A) pela impressão equivocada que o homem tem sobre Gaturro.
(B) pela surpresa do tutor ao perceber que o gato pode ser carinhoso.
(C) pela interação acontecer entre humano e gato e não entre os humanos.
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(D) pelo rapaz tratar o gato como um ursinho de pelúcia.

(E) pela comparação feita por Gaturro entre seu tutor e o irmão.
Comentários:
(A) A impressão que o homem tem de Gaturro se baseia na imagem passada pelo tutor. Portanto, não é um fato
totalmente estranho. Alternativa incorreta.
(B) A surpresa do tutor dá-se pela verbalização da imagem que o gato tem dele. Alternativa incorreta.
(C) As histórias de Gaturro caracterizam-se pela interação homem-animal. Portanto, é esperado que haja essa interação.
(D) O tratamento dado ao gato pelo rapaz não é uma quebra na expectativa, já que não se sabe exatamente se era
esse o tratamento esperado. Alternativa incorreta.
(E) A comparação final entre o tutor e seu irmão feita por Gaturro é o que quebra as expectativas, já que mostra que,
assim como o humano, o gato também tem uma imagem bem definida de seu tutor. Alternativa correta.
Gabarito: E.
4.
Disponible en: < https://i.pinimg.com/originals/c5/51/5d/c5515d57f60bc0b3187311b1ca85d859.jpg>
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) O texto trata

(A) de um amor vivo que foi interrompido.
(B) da dependência emocional observada dentro de um relacionamento.
(C) da certeza de que o amor foi eterno enquanto durou.
(D) da morte como ponto final para um amor que continua vivo.
(E) do luto após o término de um relacionamento.
Comentários:
(A) Pela leitura do texto, pode-se perceber que o término do relacionamento é considerado um ciclo que se fechou, ou
seja, não foi interrompido e nem está vivo mais. A única coisa que permanece é a lembrança dos bons momentos. Alternativa
incorreta.
(B) Não há uma dependência observada no texto. Isso pode ser comprovado pela reação do autor, que expõe o término,
mas considera que o tempo em que ficaram juntos será sempre lembrado com carinho. Alternativa incorreta.
(C) O autor do texto deixa bem claro que o relacionamento terminou, mas as lembranças do tempo em que estiveram
juntos ficarão guardadas na memória como se elas fossem um pedaço do outro. Alternativa correta.
(D) O último trecho da mensagem mostra que a vida continua. Portanto, o único ciclo que terminou foi o do
relacionamento. Alternativa incorreta.
(E) A mensagem mostra que os amantes levam as lembranças e consideram o tempo que passaram juntos o mais
importante de todo o processo do relacionamento. Logo, não há um luto, no sentido de lamento, sendo mostrado na
mensagem. Alternativa incorreta.
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Gabarito: C.
5.
Disponible en: < https://ideassem.com/blog/anuncios-publicitarios/>
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) Sobre o anúncio anterior, pode-se afirmar:
(A) Usou-se elementos imagéticos e comparações para a persuasão do interlocutor.
(B) Sexualizou-se a imagem feminina para atrair consumidores do gênero masculino e do feminino.
(C) Busca-se atingir consumidores de outras nacionalidades ao usar outros idiomas.
(D) Verbos no imperativo foram usados para a composição do anúncio.
(E) A busca pela aproximação do receptor é observada na construção da mensagem.
Comentários:
(A) A parte não verbal, mostrando a vestimenta seca, além da comparação entre o antes e o depois em relação à roupa
úmida, são elementos usados para o convencimento do interlocutor em direção ao consumo da marca. Alternativa correta.
(B) A imagem feminina não foi sexualizada. Pelo contrário, o anúncio tenta desfazer essa ideia de roupa sexy.
(C) O único trecho escrito em inglês refere-se à marca que está sendo divulgada. Alternativa incorreta.
(D) Os verbos usados aqui estão, respectivamente, no passado e no infinitivo. Portanto, não há verbos no imperativo.
(E) Não há nenhuma tentativa de aproximar o leitor, o que seria feito, por exemplo, através de verbos em primeira
pessoa do plural. Alternativa incorreta.
Gabarito: A.
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PORTUGUÊS
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Prof.ª Bete Ana
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Questões de Português
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Bete Ana
6.
Papo de índio
Veio uns ômi di saia preta
cheiu di caixinha e pó branco
qui êles disserum qui chamava açucri
Aí êles falaram e nós fechamu a cara
depois êles arrepitirum e nós fechamu o corpo
Aí êles insistiram e nós comemu êles.
CHACAL, In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). 26 poetas de hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Assinale a alternativa que apresenta o conceito no qual
se baseou Chacal para a elaboração de seu texto.
(A) “Existe muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não
padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática.” (Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa).”
(B) “Toda variedade regional ou falar é, antes de tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que mais confere
identidade a um grupo social.” (Stella Maris Bortono-Ricardo, Educação em Língua Materna)
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(C) “O discurso apresenta o sistema de crenças, pensamentos, doutrinas, tradições, princípios ou mitos de um grupo social,
refletindo os próprios interesses, sejam eles sociais, políticos, religiosos ou econômicos.” (Maria Luíza M. Abaurre,
Produção de textos - interlocução e gêneros - adaptado).
(D) Conhecer a língua-padrão deve ser visto como um direito de todo cidadão, considerando-se que jornais, textos
informativos de diversas naturezas e as obras literárias fazem uso dela.
(E) O pressuposto básico do estudo de variações linguísticas deve ser a homogeneidade.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois Chacal não elaborou o texto para que o leitor percebesse a ocorrência de algum tipo
de preconceito relacionado ao uso da norma culta, ele aproximou a escrita da fala para levar o interlocutor a uma
identificação.
A alternativa B está correta, pois Chacal elaborou o texto procurando levar o leitor a acreditar que se tratava da
transcrição da fala de um indígena, a fim de que esse interlocutor pudesse identificar a imagem criada como se fosse esse
o seu enunciador, para mostrar a falsa imagem de poder do homem branco.
A alternativa C está incorreta, pois é a ideologia que corresponde ao sistema de crenças e valores, sejam sociais, políticos,
religiosos ou econômicos, que são observados nos discursos dos falantes de determinados grupos sociais; Chacal não quis
mostrar a ideologia do indígena no texto.
A alternativa D está incorreta, pois o autor não coloca em evidência a necessidade de conhecimento da língua-padrão,
a norma culta da língua, inclusive, não faz uso dela para tornar sua mensagem evidente, a crítica ao comportamento do
homem branco diante do indígena.
A alternativa E está incorreta, pois a homogeneidade tem como princípio a regularidade, a semelhança e, em relação às
variações linguísticas, há o pressuposto da heterogeneidade, isto é, a diversidade.
Gabarito: B.
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7.
Senhor ou você
Uma pessoa mais velha deve sempre ser tratada por senhor (ou senhora) ou pode ser chamada de você? – pergunta
Tiago.
Boa pergunta. A verdade é que há casos e casos. Hoje em dia as pessoas têm tamanho horror de ser consideradas
velhas, que um tratamento mais cerimonioso pode ser até ofensivo. Há quem, até hoje, chame os pais de senhor – como
sinal de respeito -, hábito que caiu em desuso nos grandes centros urbanos, mas que ainda funciona em alguns lugares.
Vivemos num mundo muito mais informal do que foi até a metade do século passado. O mais garantido é dirigir-se às
pessoas mais velhas por senhor e senhora, e mudar o tratamento se elas pedirem e disserem que preferem ser chamadas
de você. Para não errar, é só prestar atenção em como elas são tratadas pelas pessoas em volta. É uma boa maneira de
agir, principalmente nas relações de trabalho.
Em geral, pessoas mais modernas e atualizadas gostam de ser chamadas de você. Em todo caso, o melhor é deixar que
elas mesmas sinalizem suas preferências para não parecer que está avançando o sinal e buscando uma intimidade
equivocada.
KALIL, Glória. Alô, chics!. São Paulo: Ediouro, 2007.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) De acordo com as intenções comunicativas, fazemos uso
de diferentes funções da linguagem. No texto de Glória Kalil, predominam
(A) as funções expressiva e metalinguística.
(B) as funções fática e emotiva.
(C) as funções referencial e metalinguística.
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(D) as funções denotativa e conativa.

(E) as funções apelativa e de contato.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois está presente no texto a função expressiva ou emotiva, visto que Glória emite suas
opiniões, como em “Boa pergunta”, mas não aparece o uso da função metalinguística, que ocorre quando o fator essencial
da comunicação é o próprio código.
A alternativa B está incorreta, pois a função fática enfatiza o canal de comunicação, iniciando ou finalizando um contato,
e não foi explorada no texto; porém, traz o uso da função emotiva, visto que a autora externa sua opinião, como encontramos
em “É uma boa maneira de agir, principalmente nas relações de trabalho”.
A alternativa C está incorreta, pois encontramos a função referencial, aquela que coloca em foco a informação, dado
que Glória Kalil passa informações sobre como ocorre o uso dos pronomes de tratamento e seus efeitos; no entanto, não
há função metalinguística, aquela que é reconhecida quando o código se torna o foco do enunciado.
A alternativa D está correta, pois a função referencial ou denotativa ocorre quando o destaque da comunicação é o
referente, ou seja, a informação, Glória fornece informações sobre os usos atuais dos pronomes de tratamento senhor e
senhora; em seguida, ela explora a função conativa ou apelativa, tentando influenciar o comportamento do interlocutor,
orientando-o, mesmo sem fazer uso de verbos no imperativo, substituindo-os pelo infinitivo não flexionado “[...] é só prestar
atenção [...], por exemplo.
A alternativa E está incorreta, pois a função apelativa está presente no texto, visto que Glória Kalil dá orientações ao
seu leitor sobre como fazer uso dos pronomes de tratamento, tentando alterar seu comportamento; mas não temos a função
de contato, ou fática, aquela que testa o canal de comunicação, inicia ou finaliza os atos comunicativos.
Gabarito: D.
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8.
“Houve na imprensa carioca, durante esta semana santa, um fenômeno digno de nota. Não houve jornal, de domingo a
domingo, que não imprimisse o nome de Judas, que não contasse a história de Judas, que não relatasse a traição de Judas,
que não comentasse o beijo de Judas.
Já no domingo de Ramos, Judas figurava nas folhas como o herói da semana; e ainda hoje, domingo de Páscoa, acabo
de encontrá-lo em todas elas, maltratado em umas, lastimado em outras. Apoderaram-se dele todas as seções: o noticiário,
a crônica literária, a crônica política, as resenhas da vida elegante, - e até os artigos de fundo [...].”
BILAC, Olavo. In DIMAS, Antonio. Bilac, o jornalista. São Paulo: EDUSP.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A crônica de Olavo Bilac foi publicada em abril de 1908,
no Diário do Rio; segundo o autor, só fugiu aos jornais o gênero discursivo que apresenta
(A) o autor relatando e interpretando fatos do cotidiano, chamando a atenção do leitor para algo que não costuma ser
percebido pelo senso comum.
(B) uma narrativa curta, trazendo personagens, narrador, enredo, espaço e tempo, com unidade, um conflito e sua solução.
(C) argumentação objetiva, expressando o ponto de vista do autor sobre alguma questão relevante.
(D) natureza argumentativa, que combina a apresentação das características essenciais de algo com comentários e avaliação
crítica.
(E) informação de modo objetivo de fatos de interesse público, sem a emissão de opinião da parte de quem o escreve.
Comentários:
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A alternativa A está incorreta, pois as características apontadas correspondem às da crônica, Bilac afirma que elaboraram
tanto crônica literária quanto crônica política.
A alternativa B está correta, pois as características em evidência são as do conto, Bilac não mencionou que os jornais
elaboraram contos sobre Judas.
A alternativa C está incorreta, pois o gênero discursivo que traz o ponto de vista do autor e clara argumentação é o
artigo e Olavo Bilac menciona que artigos de fundo foram publicados.
A alternativa D está incorreta, pois o gênero discursivo que traz comentários e avaliação crítica a respeito de algo,
argumentando de acordo com a avaliação, é a resenha, também mencionada por Olavo Bilac.
A alternativa E está incorreta, pois o gênero discursivo que traz informações de interesse público de modo objetivo é a
notícia, Bilac afirma que o noticiário também se apoderou do tema.
Gabarito: B.
9.
“Saiu gritando como um alucinado, sem se despedir de Rânia nem de Domingas. Era capaz de bater, de quebrar tudo
se alguém o impedisse de partir. Ninguém dormiu naquela noite. Zana não parava de se lamentar, culpar-se, depois acusava
Halim: ‘Nunca foste um pai para ele, nunca. Ele fugiu por causa do teu egoísmo’. Subia e descia a escada, atarantada,
exigindo a minha presença, a de Domingas. Não sabia o que pedir, o que dizer a nós dois. Esperávamos, sonolentos, a
tarefa. Mas ela não se decidia e perguntava: ‘O que acham disso? Meu filho perdido por uma mulher qualquer! O que vocês
acham? E Rânia, por que não desce? Em vez de me ajudar, fica mofando naquele quarto’. Enfim, ordenou: que eu tirasse a
filha da cama. Rânia abriu a porta, o rosto mal-humorado. Não estava dormindo, o quarto dela todo iluminado. As duas
rezaram, fizeram promessas, acenderam velas. Acenderam tudo: as lâmpadas, os olhos, a alma. O tempo passava e ele não
voltada para casa. Soltara-se de vez? Tinha asas, era impulsivo, mas faltou-lhe força para voar alto e perder-se livremente
no imenso céu do desejo.”
HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A figura de linguagem que consiste em apresentar ideias
em ordem crescente ou decrescente é observada mais de uma vez no excerto de Dois irmãos, de Milton Hatoum; dentre as
alternativas, assinale aquela em que esse tipo de recurso aparece.
(A) “Saiu gritando como um alucinado, sem se despedir de Rânia nem de Domingas.”
(B) “Subia e descia a escada, atarantada, exigindo a minha presença, a de Domingas.”
(C) “Em vez de me ajudar, fica mofando naquele quarto.”
(D) “Esperávamos, sonolentos, a tarefa.”
(E) “As duas rezaram, fizeram promessas, acenderam velas.”
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois, no trecho “gritando como um alucinado”, ocorre a comparação, visto que há uma
relação de semelhança e aparece o conectivo “como”, que possibilita a comparação.
A alternativa B está incorreta, pois, em “subia e descia”, ocorre a antítese, dado que foram colocados lado a lado termos
de sentidos contrários.
A alternativa C está incorreta, pois, ao usar o termo “mofando” em relação à filha Rânia, ocorre a metáfora, que consiste
na aproximação de termos com base em semelhança, sem uso de conectivo.
A alternativa D está incorreta, pois ocorre a inversão, visto que a oração não se encontra na ordem direta: “Esperávamos
a tarefa sonolentos.”.
A alternativa E está correta, pois, em “rezaram, fizeram promessas, acenderam velas”, temos ideias em progressão
ascendente, enfatizando a aflição da personagem Zana em relação ao filho, envolvendo as outras pessoas da casa.
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Gabarito: E.
10.
“As histórias importam. Muitas histórias importam. As histórias foram usadas para espoliar e caluniar, mas também
podem ser usadas para empoderar e humanizar. Elas podem despedaçar a dignidade de um povo, mas também podem
reparar essa dignidade despedaçada.
A escritora americana Alice Walker escreveu sobre seus parentes do sul que haviam se mudado para o norte quando
apresentou a eles um livro sobre a vida que haviam deixado para trás: ‘ficaram sentados, lendo eles próprios o livro, me
ouvindo ler o livro, e uma espécie de paraíso foi reavido’.
Eu gostaria de terminar com esta ideia: quando rejeitamos a história única, quando percebemos que nunca existe uma
história única sobre lugar nenhum, reavemos uma espécie de paraíso.”
ADICHE, Chimamanda Ngozi Adichie. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) O alerta feito pela escritora Chimamanda em O perigo de
uma história única, também, deve ser considerado pelos leitores quando
(A) encontram uma narrativa feita em terceira pessoa.
(B) encontram um narrador onisciente.
(C) encontram um narrador em primeira pessoa.
(D) encontram uma narrativa fantástica.
(E) encontram um texto ficcional.
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a narrativa em terceira pessoa, em geral, apresenta objetividade, não havendo o
envolvimento do narrador, visto que ele não faz parte da história.
A alternativa B está incorreta, pois o narrador onisciente é aquele que tem o domínio da narração, de modo que consegue
apresentar ao leitor ações do passado e do futuro, inserindo na narração até mesmo o pensamento das personagens.
A alternativa C está correta, pois o narrador em primeira pessoa apresenta um ponto de vista que carrega subjetividade,
esse tipo de narrador mostra ao leitor apenas um lado da história, já que é personagem; assim, é preciso considerar outras
possibilidades, conforme lembra Chimamanda.
A alternativa D está incorreta, pois uma narrativa fantástica apresenta acontecimentos que não têm explicação dentro
do mundo real.
A alternativa E está incorreta, pois o texto ficcional é aquele com história e fatos inventados, na literatura, nos romances,
contos e crônicas, em geral, apresentam a ficção.
Gabarito: C.
11.
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WATERSON, Bill. O Melhor de Calvin. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos>
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Entre os recursos explorados para trazer criatividade à
tira, considerando as falas de Calvin e de seu pai, elas correspondem ao uso
(A) do padrão informal culto e da linguagem literária, respectivamente.
(B) de gírias e de língua literária, respectivamente.
(C) do português falado em Portugal e do falado no Brasil, respectivamente.
(D) de formas de linguagem do padrão culto, nos dois casos.
(E) do padrão culto e da linguagem coloquial, respectivamente.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois Calvin traz uma linguagem rebuscada, bastante elaborada para ser considera como
informal; seu pai utiliza a linguagem coloquial.
A alternativa B está incorreta, pois a gíria é usada na linguagem informal, em geral, repleta de expressões metafóricas,
não sendo aceita como de uso em situações formais, como pretende Calvin; a linguagem literária apresenta a exploração
dos termos com criatividade, a fim de sensibilizar o leitor.
A alternativa C está incorreta, pois, respectivamente, na fala de Calvin, encontramos o padrão culto e, na do pai de
Calvin, o padrão informal, não se caracterizando o português falado em Portugal.
A alternativa D está incorreta, pois o pai de Calvin não segue o padrão culto.
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A alternativa E está correta, pois Calvin, apesar de ser um garotinho, traz em suas falas textos elaborados, seguindo a
norma culta do português, a fim de que seu trabalho seja mais valorizado por seu pai, que, por outro lado, considerando
que está numa situação informal, em conversa com o filho, não se preocupou em seguir as regras que regem a norma culta.
Nesse caso, a norma da colocação pronominal, pois quando há locução verbal com verbo principal no infinitivo e palavra
negativa antes da locução, o pronome oblíquo deve vir antes ou depois da locução.
Gabarito: E.
12.
“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é
cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só
prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si
iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.”
Jô Soares. Revista Veja, 28 de novembro de 1990
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) O humorista, apresentador de televisão, escritor,
dramaturgo, diretor teatral, ator e músico Jô Soares, ao elaborar seu texto, evidenciou
(A) o preconceito linguístico que muitos falantes da língua portuguesa sofrem no cotidiano.
(B) a necessidade que o falante do português tem de tradução de sua própria língua.
(C) a valorização social do padrão culto do português.
(D) a diferença entre o português do Brasil e o português de Portugal.
(E) a necessidade de adequação das formas da língua a diferentes contextos.
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o preconceito linguístico acontece quando há rejeição às variedades linguísticas de
menor prestígio, ocorrendo algum juízo de valor por reprovação ou desrespeito.
A alternativa B está correta, pois, ao finalizar o texto com a frase “Quem soubé falá, sabi iscrevê.”, Jô Soares está sendo
irônico, isto é, ele deseja que entendamos o contrário do que enuncia, ou seja, a escrita do português não observa a fala,
temos que fazer uma espécie de tradução ao colocar nossos pensamentos no papel, causando dificuldades para o falante.
A alternativa C está incorreta, pois Jô está apontando as diferenças entre a fala e a escrita do português, mas não
aborda a questão do prestígio social da norma culta, ou seja, aquela que valoriza a observação das regras estabelecidas
pela gramática normativa.
A alternativa D está incorreta, pois, apesar de mencionar outras línguas, Jô não aborda as diferenças encontradas entre
o falante brasileiro e o falante português em relação ao idioma.
A alternativa E está incorreta, pois o falante sabe que precisa lidar com o português falado e o português escrito, fazendo
adequações de acordo com as situações em que está inserido; porém, Jô Soares está evidenciando as diferenças entre a
escrita e a fala na língua portuguesa.
Gabarito: B.
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13.
CPF 04523655707
Disponível em<https://i.pinimg.com/736x/7b/9c/3a/7b9c3aa8d87f991aa717a913b9025b4e--design-layout-creative-industries.jpg> Acesso em 11/08/2021
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Considerando que o cartaz pertence a uma campanha,
predominantemente, seu emissor tem como objetivo
(A) provocar a alteração no comportamento do receptor.
(B) oferecer informações que faltam ao interlocutor.
(C) emocionar o interlocutor.
(D) explicar o tema central do cartaz.
(E) valorizar as ações do emissor.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o cartaz tem como objetivo persuadir o interlocutor, a fim de que mude suas atitudes,
aprenda a respeito ao meio ambiente e passe a atuar em favor de sua preservação.
A alternativa B está incorreta, pois, apesar de fornecer algumas informações, o objetivo maior da campanha é provocar
a mudança de comportamento do interlocutor a partir de sua conscientização quanto às necessidades de preservação do
meio ambiente.
A alternativa C está incorreta, pois o objetivo do texto não é emocionar, mas sensibilizar o interlocutor, fazendo com
que ele procure adotar condutas que preservem o meio ambiente.
A alternativa D está incorreta, pois o cartaz apresenta a linguagem não verbal, ou seja, as ilustrações farão com que o
interlocutor reconheça a ideia de meio ambiente, porém não há explicações a esse respeito.
A alternativa E está incorreta, pois o foco do conteúdo da mensagem encontra-se na necessidade de adoção de
comportamentos em benefício do meio ambiente.
Gabarito: A.
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14.
WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos> Acesso em 11/08/2021.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Em resposta a seu sargento, o Recruta Zero fez uso de
uma locução que estabelece a ideia de:
(A) tempo
(B) causa
(C) condição
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(D) conformidade
(E) proporcionalidade
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a locução “desde que” não está exprimindo o momento ou o período de ocorrência
do fato.
A alternativa B está incorreta, pois a locução “desde que” não está apresentando o motivo, isto é, a razão que determinou
ou provocou o acontecimento.
A alternativa C está correta, pois a locução conjuntiva “desde que” exprime condição, isto é, entende-se como uma
obrigação que se impõe para que determinado fato se realize, nesse caso, “ser longe do sargento”.
A alternativa D está incorreta, pois “desde que” não exprime ideia de acordo, de não contradição.
A alternativa E está incorreta, pois “desde que” não traz relação entre os fatos, de modo que qualquer alteração em um
implique alteração em outro.
Gabarito: C.
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15.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/>
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Observando a primeira legenda da tira, pela elaboração
da frase, verificamos que
(A) há destaque para o elemento que pratica a ação.
(B) há destaque para o elemento que pratica e para o que sofre a ação.
(C) há destaque para a tragédia da qual escapou o garoto.
(D) há destaque para o elemento que sofre ação.
(E) há destaque para o elemento que causaria a tragédia.
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a frase encontra-se na voz passiva analítica e o elemento que pratica a ação é o
agente da passiva “pelas suas titias”, colocado no final da frase, não recebe destaque.
A alternativa B está incorreta, pois a frase apresenta o sujeito paciente “Jaiminho” e o agente da passiva “pelas suas
titias”, somente o sujeito recebeu destaque.
A alternativa C está incorreta, pois é mencionada a tragédia na segunda legenda, além disso, o termo está no
complemento do verbo, não se encontrando no início da frase, não há destaque.
A alternativa D está correta, pois a frase da legenda “Jaiminho foi mimado pelas suas titias” apresenta o verbo na voz
passiva analítica e, colocando o sujeito paciente no início dela, fica em destaque o termo “Jaiminho”, aquele que sofre a
ação de ser mimado.
A alternativa E está incorreta, pois as legendas não apresentam o leão, não fazem menção a esse elemento.
Gabarito: D.
16.
Manoel por Manoel
“... não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer
na infância. Faço outro tipo de peraltagem.
Quando era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem
eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo era um serzinho mal resolvido e
igual a um filhote de gafanhoto.
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com
as coisas do que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua
aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. [...] Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol.
O menino e o rio. Era o menino e as árvores.
BARROS, Manoel de. Manoel por Manoel. In: Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) O estudo dos elementos constitutivos dos vocábulos da
língua portuguesa permite que percebamos aspectos comuns que nos fornecem algumas pistas para a classificação dos
termos. O poeta Manoel de Barros, ciente disso, apresentou-nos a um termo que tem um elemento que indica ação, o
resultado de uma ação, situação, estado ou qualidade; identifique-o.
(A) solidão
(B) comparamentos
(C) orvalho
(D) brincando
(E) pedra
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o termo “solidão” não representa uma criação de Manoel de Barros, mas foi usado
em sentido figurado.
A alternativa B está correta, pois “comparamentos” deriva de “comparar”, no entanto, Manoel de Barros criou o termo,
trocando “comparação” por “comparamentos”, usando o sufixo -mento, que traz para a palavra a ideia de resultado de uma
ação, situação, estado ou qualidade.
A alternativa C está incorreta, pois o termo “orvalho” não representa uma criação de Manoel de Barros, mas foi usado
em sentido figurado.
A alternativa D está incorreta, pois o termo “brincando” apresenta o sufixo que leva o verbo para uma forma nominal -
ndo, de gerúndio, indicando ação em progresso.
A alternativa E está incorreta, pois o termo “pedra” é um substantivo primitivo e não representa uma criação de Manoel
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de Barros.
Gabarito: B.
17.
Indagação
Em que céu de azul celeste
o amor que tu me deste?
Em que ilha do pacífico

eu perdi o meu carinho?
Em que chão contaminado

meu amor está gravado?
Em que mar de água doce

o amor que a água trouxe?
Em que meio, em que cidade

ficou minha liberdade?
Em que mão de namorada

o meu tudo virou nada?
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Em que curva da montanha

o amor que não se ganha?
Em que estrela, em que astro

não conduzo o meu rastro?
Em que sede, em que fome

a tristeza me consome?
Em que nódoa da distância

desfalece minha infância?
Em que tempo, em qual muro

se antecipa meu futuro?
Em que fruta sem semente

vou vivendo meu presente?
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CACASO. Poesia sempre. Organização de Maria Amélia Mello. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2003.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A reiteração de termos no início de parte dos versos do
poema Indagação, de Cacaso, apresenta
(A) o pleonasmo
(B) o quiasmo
(C) a anáfora
(D) a elipse
(E) o polissíndeto
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o pleonasmo é a figura de linguagem que consiste na repetição de informações já
contidas no enunciado.
A alternativa B está incorreta, pois o quiasmo consiste num cruzamento de um par de elementos, de tal modo que o
último passa para o lugar do primeiro e este para o lugar daquele, sugerindo o formato de um “X”.
A alternativa C está correta, pois a anáfora é a figura de linguagem que apresenta repetição de palavras ou de expressões
com certa regularidade em começos de versos ou orações.
A alternativa D está incorreta, pois a elipse é a figura de linguagem que tem como princípio o apagamento de termos
da frase que são facilmente depreendidos pelo contexto.
A alternativa E está incorreta, pois o polissíndeto é a figura de linguagem que consiste na repetição da mesma conjunção.
Gabarito: C.
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18.
Disponível em <http://mundodasletrascavg.blogspot.com/2010/12/preconceito-linguistico.html> Acesso em 11/08/2021
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A gramática normativa considera qualquer desvio que
ocorra em razão do desconhecimento da norma culta por parte do falante como um vício de linguagem; no entanto, o quadro
permite que observemos a exploração de
(A) variação em função da época.
(B) variação em função do nível de escolaridade do falante.
(C) variação em função da atividade que o falante realiza.
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(D) variação em função da idade do falante.

(E) variação em função da origem do falante.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a variação de época ou histórica explora o uso de expressões que caíram em desuso
com o passar do tempo.
A alternativa B está incorreta, pois a variação que expressa o nível de escolaridade do falante deixa em evidência seu
grau de escolaridade; em geral, quem não teve acesso à escolarização formal não apresenta o domínio da norma culta,
considerada de prestígio socialmente; no caso dos garotos, estão em uma situação informal, o que não exige o uso da norma
culta.
A alternativa C está incorreta, pois a variação que deixa em evidência a atividade que o falante realiza está ligada à uma
profissão ou a um esporte, por exemplo, devido ao uso de expressões próprias dessas atividades.
A alternativa D está incorreta, pois as falas das personagens não representam os enunciados de nenhuma faixa etária
específica, não havendo índices para esse reconhecimento.
A alternativa E está correta, pois, ao ouvir o trecho em inglês cantado pelo amigo, Chico Bento não compreende e faz
associações com expressões próprias de sua região, ou seja, há regionalismo, que, na língua, corresponde ao emprego de
expressões peculiares a determinadas regiões.
Gabarito: E.
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19.
“Quando a escrita é vista como um processo, há várias etapas até a produção final do texto. Muitas são as possibilidades
de análise de um texto: pode-se trabalhar inicialmente a compreensão, as inferências, depois a estrutura textual, a
intertextualidade, até chegar aos níveis mais complexos que envolvem o caráter ideológico do texto, o contexto de produção
e de recepção. Devemos lembrar, no entanto, que é o leitor quem atualiza o texto de acordo com sua história de vida e de
leitura.”
SANTOS, Leonor Werneck. Análise e produção de textos. São Paulo: Contexto, 2012.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A coesão cria, no interior do texto, um sistema de relação
entre palavras e expressões; nesse excerto de Leonor Santos, chama atenção o uso da
(A) coesão referencial anafórica.
(B) coesão referencial catafórica.
(C) coesão referencial com relação a tempo.
(D) coesão lexical por reiteração.
(E) coesão referencial por elipse.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a anáfora é uma forma de coesão que apresenta um elemento que é verbalmente
explicitado e antecede o seu item coesivo, como encontramos no trecho “[...] níveis mais complexos que envolvem [...]”
A alternativa B está incorreta, pois a catáfora é uma forma de coesão que apresenta o item coesivo antes do elemento
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pressuposto, não havendo ocorrência no excerto.

A alternativa C está incorreta, pois a coesão que apresenta relação ao tempo envolve o uso de pronomes demonstrativos,
por exemplo, para situar uma pessoa ou coisa no passado ou no futuro em relação ao momento em que se fala: “Nessa
noite irei a um baile.” (na próxima noite), “Nessa noite não dormi nada.” (na noite passada).
A alternativa D está correta, pois a coesão lexical por reiteração ocorre com a repetição do mesmo item lexical ou pelo
uso de sinônimos, hiperônimos, expressões metafóricas ou nomes genéricos; nesse excerto, chama a atenção do leitor o
uso repetido do termo “texto”, usado quatro vezes num enunciado de poucas linhas.
A alternativa E está incorreta, pois ocorre coesão por elipse quando algum elemento do texto é substituído por zero em
algum dos contextos em que deveria ocorrer, os chamados termos elípticos.
Gabarito: D.
20.
THAVES, Bob. Frank & Ernest. Disponível em < https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos> Acesso em 11/08/2021.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Os textos híbridos permitem que recursos expressivos
não fiquem limitados aos termos; para o humor da tira, dois recursos são utilizados, são eles:
(A) a personificação e a ambiguidade.
(B) a metáfora e o neologismo.
(C) a antítese e a perífrase.
(D) a hipérbole e o barbarismo.
(E) a prosopopeia e o cacófato.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois personificação, ou prosopopeia, é a figura de linguagem que consiste em atribuir a
seres inanimados predicados que são próprios de seres animados; nessa tira, o sinal de trânsito e as placas têm vida e
mostram seus sentimentos. A ambiguidade, que consiste em construir uma frase com mais de um sentido, está presente
em “sinal vermelho”, pois, no trânsito, ele é entendido como indicação de parar e aguardar sua vez, no relacionamento entre
a sinaleira (o semáforo) e a placa, significa que a placa não deve avançar em suas atitudes.
A alternativa B está incorreta, pois a metáfora é a figura de linguagem que consiste em uma alteração de significado
baseada em traços de similaridade entre dois conceitos, havendo semelhanças entre eles, sem o uso de conectivos para
isso; o neologismo consiste na criação de uma palavra nova, ou quando se atribui uma significação nova a uma palavra já
existente no léxico.
A alternativa C está incorreta, pois a antítese é a figura de linguagem que consiste na aproximação de termos contrários,
de palavras que se opõem em sentido; a perífrase consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade.
A alternativa D está incorreta, pois a hipérbole é a figura de linguagem que consiste em exagerar uma ideia com a
finalidade expressiva; o barbarismo é um vício de linguagem que consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em
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desacordo com a norma culta.

A alternativa E está incorreta, pois a prosopopeia, ou personificação, consiste em atribuir vida a seres inanimados ou
irracionais, o que ocorre no texto; porém, o cacófato é o vício de linguagem que consiste no mau som produzido na junção
de palavras.
Gabarito: A.
21. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A partir de frases retiradas da obra Bom Crioulo, de
Adolfo Caminha, cujo protagonista é um integrante da Marinha no século XIX, identifique o(s) termo(s) que está(ão)
empregado(s) sem o uso da conotação, ou seja, em sentido denotativo.
(A) “[...] desse moreno carregado, cor de bronze, que o sol imprime nos homens do mar [...] (Adolfo Caminha)
(B) “[...] como se tudo corresse às mil maravilhas naquele pequeno mundo flutuante [...] (Adolfo Caminha)
(C) “[...] para tudo aí vinha Bom Crioulo com o seu pulso de ferro... (Adolfo Caminha)
(D) “Toda ela mudada, velha carcaça flutuante, desde a brancura límpida e triunfal das velas [...]” (Adolfo Caminha)
(E) “[...] a mais leve comoção fazia-o chorar, transformando-lhe os olhos em duas fontes de úmida ternura [...] (Adolfo
Caminha)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o termo “imprime” vem com o sentido de marcar a pele, deixando-a bronzeada.
A alternativa B está incorreta, pois o termo “mundo” refere-se à embarcação na qual os marinheiros permaneciam
durante tantos dias consecutivos.
A alternativa C está incorreta, pois os termos “pulso de ferro” referem-se à força física da personagem.
A alternativa D está correta, pois o termo “brancura” é a qualidade do que é branco, como se refere à cor das velas,
não há conotação.
A alternativa E está incorreta, pois o termo “fontes” foi associado aos olhos da personagem chorando.
Gabarito: D.
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22.
Apresentador da Globo revela constrangimento ao tomar vacina da covid
O jornalista Alessandro Jodar contou ao vivo durante sua participação no “Bom Dia SP” desta terça-feira, 10, que passou
vergonha ao receber sua primeira dose da vacina contra a covid-19. Em tom descontraído, o apresentador esportivo disse
que ao mostrar o braço para a vacinadora ouviu um comentário totalmente inesperado.
“Façam exercícios para não pagar o mico que eu paguei”, começou Jodar. “Fui tomar a vacina, a pessoa que aplicou a
injeção em mim falou: ‘Cadê seus músculos?’. Tomei um susto, recebi uma pancada dessas, e falei: ‘Pandemia, né, não
estou indo à academia, acho que é isso’”, retrucou.
E não parou por aí. Em clima de brincadeira, a vacinadora ainda comentou de maneira exagerada: “Coloquei e senti a
agulha bater no seu ossinho“.
Jodar reagiu com bom-humor e respondeu: “Ô, moça, já tinha acabado comigo na primeira, não precisava ir até o fim
desse jeito”, contou.
Michelle Barros, que apresenta o jornal, brincou com o jornalista: “Não me mata de vergonha, Jodar, não faz isso, não
conta essa história assim.”
SOUZA, Neto. Disponível em <https://www.msn.com/pt-br/saude/medicina/apresentador-da-globo-revela-constrangimento-ao-tomar-vacina-da-covid/ar-
AANakgo?ocid=msedgntp> Acesso em 11/08/2021.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) A notícia de Neto Souza mostra que os recursos
expressivos estão em uso em nosso cotidiano, trazendo criatividade e leveza a nossas interações; nesse caso, o jornalista
Jodar ouviu frases com
(A) metáforas em duas ocasiões.
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(B) hipérbole em duas ocasiões.

(C) pleonasmo em duas ocasiões.
(D) comparações em duas ocasiões.
(E) antíteses em duas ocasiões.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a metáfora é a figura de linguagem que consiste na substituição de um termo por
outro, havendo uma relação de semelhança entre eles, sem que apareçam conectivos para essa relação; Jodar ouviu duas
frases com hipérboles.
A alternativa B está correta, pois a hipérbole é a figura de linguagem que utiliza o exagero para maior expressividade,
o rapaz ouviu uma frase com hipérbole da pessoa que lhe aplicou a vacina, quando ela comentou “Coloquei e senti a agulha
bater no seu ossinho“ e outra de sua colega de trabalho que lhe pediu “Não me mata de vergonha, Jodar, não faz isso, não
conta essa história assim.”
A alternativa C está incorreta, pois o pleonasmo é a figura de linguagem que explora o princípio da repetição,
apresentando a mesma informação, mais de uma vez, como recurso expressivo; as interlocutoras de Jodar exageraram.
A alternativa D está incorreta, pois a comparação é a figura de linguagem que explora o princípio da semelhança entre
os termos, colocando entre eles conectivos que permitem essa relação.
A alternativa E está incorreta, pois a antítese é a figura de linguagem que coloca lado a lado termos que apresentam
oposição de sentidos; o rapaz ouviu exageros da parte da pessoa que aplicou a vacina e da colega de trabalho.
Gabarito: B.
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23.
WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos> Acesso em 11/08/2021.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) O humor da tira reside
(A) no engano praticado pelo vendedor ao ouvir o pedido do Sargento Tainha.
(B) na reação do Sargento Tainha ao perceber que o vendedor não o entendera.
(C) na falta do produto na loja, levando o vendedor a deturpar o diálogo.
(D) no uso de polissemia, possibilitando o deboche.
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(E) no uso de paronomásia, facilitando a zombaria.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o Sargento Tainha dirigiu-se a uma loja de artigos domésticos, como se lê na janela
atrás do sargento; assim, não há engano.
A alternativa B está incorreta, pois a expressão que observamos no rosto do sargento denota que entendeu que fora
alvo de uma chacota da parte do vendedor, foi pego de surpresa e não soube como reagir.
A alternativa C está incorreta, pois não há indícios de que o produto esteja em falta, o vendedor debochou do Sargento
Tainha.
A alternativa D está correta, pois a polissemia é a propriedade de uma palavra apresentar vários sentidos. Nesse caso,
o “tanquinho” pode ser o diminutivo de “tanque”, usado para lavar a roupa, que é como o Sargento Tainha gostaria que o
vendedor entendesse, visto que está numa loja de artigos domésticos; ou, como o vendedor fingiu entender, o abdômen
definido e musculoso, típico da pessoa que faz muitos exercícios.
A alternativa E está incorreta, pois a paronomásia é a figura que consiste em reunir na mesma frase palavras quase
idênticas no som, mas de significação diferente.
Gabarito: D.
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24.
“Como os contatos mais sistemáticos que as crianças têm com a poesia são mediados pela escola (e não se tem como
fugir a isso), e como é frequente que os textos mesmos bons sejam seguidos de maus exercícios, é bem provável que a
escola esteja, se não desensinando, ao menos prestando um desserviço à poesia.”
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1994.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Marisa Lajolo é pesquisadora, crítica literária, autora de
literatura juvenil e professora universitária; segundo Lajolo:
(A) a escola abstém-se de poesia.
(B) a poesia não é valorizada na escola.
(C) a escola atende aos objetivos da poesia.
(D) a escola reprime o contato da criança com a poesia.
(E) a escola interfere na compreensão de qual é o objetivo da poesia.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “abster-se” significa “desistir” e Marisa Lajolo afirma que as crianças têm contato
com a poesia, de forma mais sistemática, através da escola, no entanto, a poesia é acompanhada de maus exercícios.
A alternativa B está incorreta, pois, de acordo com a autora, não há desvalorização, há um mau uso da poesia na escola.
A alternativa C está incorreta, pois a autora usa o termo “desserviço” ao mencionar o trabalho feito pela escola em
relação à poesia; isto é, apresentando os textos com exercícios inadequados, não atende ao objetivo de sensibilização do
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interlocutor, que caracteriza uma das finalidades do fazer poético.

A alternativa D está incorreta, pois, segundo a autora, a escola faz a mediação entre a criança e a poesia.
A alternativa E está correta, pois, de acordo com Marisa Lajolo, existe uma sistematização na apresentação da poesia
para a criança, que atrela o fazer poético a exercícios inadequados, sem que o estímulo à sensibilização aconteça; portanto,
ocorre uma interferência que não é benéfica.
Gabarito: E.
25.
“Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. [...] Ler é somar-se ao mundo, é
iluminar-se com a claridade do já decifrado. Escrever é dividir-se. Cada palavra descortina um horizonte, cada frase anuncia
outra estação. E os olhos, tomando as rédeas, abrem caminhos, entre linhas para as viagens do pensamento.”
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. In. SANTOS, Leonor Werneck. Análise e produção de textos. São Paulo: Contexto, 2012.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Bete Ana) Ao refletir sobre a relação texto, leitor e escrita,
predominantemente, Bartolomeu Campos Queirós optou pela
(A) função emotiva ao expor sua opinião.
(B) função denotativa ao informar o leitor.
(C) função poética ao valorizar a escolha das palavras.
(D) função apelativa para mudar a opinião do leitor.
(E) função metalinguística para explicar o texto.
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Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a função emotiva tem o foco no emissor da mensagem, mostra que ele pretende
expor seus sentimentos e opiniões; há marcas do uso de primeira pessoa em verbos e pronomes, trazendo subjetividade ao
texto.
A alternativa B está incorreta, pois Bartolomeu Queirós selecionou palavras em seu sentido conotativo para expor suas
ideias; assim, a função poética tem predomínio.
A alternativa C está correta, pois, com o uso da função poética, o emissor mostra preocupação com a maneira como a
mensagem será transmitida, escolhendo palavras ou expressões que exploram o sentido conotativo dos termos, como no
trecho “Cada palavra descortina um horizonte, cada frase anuncia outra estação.”; assim, há exploração de figuras de
linguagem.
A alternativa D está incorreta, pois a função apelativa é usada quando o emissor tem o objetivo de transmitir uma
mensagem que influencie o comportamento do interlocutor, não tendo uso no excerto.
A alternativa E está incorreta, pois a função metalinguística é predominante quando o código é o foco do enunciado, no
excerto, Bartolomeu não fornece explicações sobre o que é o texto.
Gabarito: C.
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Literatura
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Prof.ª Marina Ferreira
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Questões de Literatura
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Marina Ferreira
26.
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(Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/cinco-poemas-concretismo.html Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O poema acima apresenta recursos formais
inspirados no Concretismo, o poema configura sua expressividade a partir do(a)
(A) movimento desconexo que o aproxima das vanguardas europeias.
(B) construção ininteligível, já que é impossível captar algum sentido do texto.
(C) organização discursiva clássica, de acordo com a estética modernista.
(D) estrutura que reorganiza o sentido das palavras, colocando em evidência o termo central.
(E) impossibilidade de sentido gerada pela desconexão das letras, as quais não formam palavras.
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Comentários:
A letra A está incorreta, pois não há desconexão direta de sentido, mas sim da construção formal.
A letra B está incorreta, pois é possível absorver o sentido do texto, conectado principalmente à imagem projetada.
A letra C está incorreta, porque não se trata de uma organização clássica, uma vez que se prioriza a imagem projetada.
A letra D está correta, porque a onomatopeia “tic tac” está em evidência e projeta uma imagem, como é habitual à
tendência concretista.
Gabarito: D.
27.
O melhor da literatura é que ela não nos dá nenhuma resposta. Nos dá algo muito melhor: nos dá novas perguntas.
Perguntei a Pellanda de onde veio a indagação que motivou este texto. Ele respondeu: “De onde vem uma pergunta? De
nossa compulsão por saber das coisas, uma compulsão imortal, que nunca será saciada, pois jamais saberemos de nada. E
não é ela, essa incerteza sedutora, que nos leva a escrever e a ler? Já se tornou um clichê dizer que a boa literatura não
nos responde coisa alguma, e que somente nos faz mais perguntas, apenas perguntas, e irrespondíveis. É um lugar-comum,
ok, mas está correto. A última frase de A Montanha Mágica, de Thomas Mann, é uma pergunta e a usei como epígrafe de
meu primeiro livro de ficção. Depois de mais de oitocentas páginas, não se conclui nada, e o narrador de Mann se pergunta:
‘Será que também da festa universal da morte, da perniciosa febre que ao nosso redor inflama o céu desta noite chuvosa,
surgirá um dia o amor?’. Será? Não sabemos. Não há resposta possível, nunca houve. E a literatura é isso, fazer as perguntas
difíceis, às vezes as constrangedoras. Como aquelas que as crianças nos fazem”.
Para mim não há vida sem literatura. E mais tarde, num outro dia, darei minha própria resposta à pergunta maior do
Paiol Literário. Por enquanto, desejo a você que, em 2011, se arrisque mais. Leia. Se já tem intimidade com os livros,
aprofunde-a. Tente um território novo. Fale sobre livros em vez de falar mal do chefe, do vizinho, do colega. Faça um favor
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a si mesmo: prometa que, no novo ano, jamais dirá que não tem tempo para ler.
Talvez a gente nunca saiba se a literatura é capaz de transformar o vasto mundo de fora. Mas podemos nos arriscar a
descobrir – e esta é uma tarefa pessoal e intransferível – se a literatura é capaz de transformar o nosso mundo. O meu, o
seu. Acredito profundamente que sim. Se tivermos a coragem de tentar, o mundo de dentro vai se alargar. E andaremos
por aí carregando nosso próprio horizonte.
(Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI198223-15230,00-A+LITERATURA+E+CAPAZ+DE+TRANSFORMAR+O+SEU+MUNDO.html Acesso em
10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O texto traz a perspectiva da autora sobre a
relação dos textos literários com a percepção individual de transformação. Nesse sentido, pode-se afirmar que ele defende
(A) a calma trazida pela literatura ao se responderem às questões humanas.
(B) a inquietação que se desperta graças ao fato de que as pessoas se perturbam por não conseguirem ler.
(C) a capacidade da literatura de alterar a perspectiva individual, confirmando a relação de transformação.
(D) que a vida sem literatura não é possível, pois ela altera o mundo e sua organização social.
(E) o caráter genérico da literatura que, para todos os indivíduos, é uma experiência transformadora.
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Comentários:
A letra A está incorreta, porque a literatura não traria calma, uma vez que não apresenta a solução definitiva, mas
explora o questionamento.
A letra B está incorreta, porque a autora explica que há aqueles que não se inquietam com a literatura, mas para a visão
expressa é individual.
A letra C está correta, porque há uma visão subjetiva defendida pela autora, na qual ela propõe a literatura como um
instrumento de mudança do indivíduo.
A letra D está incorreta, pois essa perspectiva é individualizada no texto, então não pode ser expandida a todos.
A letra E está incorreta, porque não se trata de uma perspectiva genérica, mas sim individual e subjetiva.
Gabarito: C.
28.
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(Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2016/01/20-tirinhas-sobre-paixao-por-livros.html Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) A quebra de expectativa da tirinha está relacionada
a uma questão específica, que pode ser identificada no último quadrinho. Esse humor é estabelecido pela
(A) ausência de reflexão crítica quanto ao benefício do hábito de ler.
(B) informação de que o personagem não compreendeu os benefícios da literatura.
(C) compreensão do personagem sobre o enredo do livro.
(D) construção de um clímax que aponta uma relação afirmativa no segundo quadrinho.
(E) impossibilidade do personagem de avaliar a leitura que havia feito.
Comentários:
A letra A está correta, porque o personagem parece não querer se interessar pelo mundo à sua volta, com o objetivo
de se alienar dos demais.
A letra B está incorreta, porque o personagem compreende que a leitura é positiva, mas a negligencia.
A letra C está incorreta, porque o personagem não toca especificamente em nenhum ponto do enredo em si.
A letra D está incorreta, porque o desfecho apresenta uma contradição, uma vez que Calvin reconhece os benefícios da
leitura.
A letra E está incorreta, porque o personagem avalia os aspectos positivos da leitura no segundo quadrinho.
Gabarito: A.
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29.
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história
(Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita –Prof.ª Marina Ferreira) A escrita de Carlos Drummond relaciona-se com a
perspectiva modernista, uma vez que revela uma construção temática que se distancia de padrões clássicos. Isso pode ser
observado no texto por meio da
(A) vassalagem amorosa que prova a ação ativa do homem em relação à mulher.
(B) valorização do amor como uma força que desperta a atenção de todos.
(C) impossibilidade amorosa e olhar menos idealizado para o sentimento.
(D) capacidade de percepção do sentimento alheio.
(E) desconstrução do sentimento amoroso entre indivíduos do mesmo gênero.
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Comentários:
A letra A está incorreta, pois essa característica é comum ao momento romântico, do qual o autor se afasta.
A letra B está incorreta, porque há uma visão mais cotidiana dos sentimentos amorosos, demonstrando a naturalidade
com que alguns lidavam com esse fenômeno amoroso.
A letra C está correta, porque é demonstrado que o sentimento não é igual para todos e há uma desconexão entre o
que se sente, tópico bem comum à estética drummondiana.
A letra D está incorreta, porque há um desencontro amoroso, demonstrando que os indivíduos não estavam em conexão.
A letra E está incorreta, pois os nomes apresentam indivíduos de gêneros distintos.
Gabarito: C.
30.
Eu acredito de verdade que as palavras são um instrumento mágico. Elas são as responsáveis por conseguirmos contar
histórias que se transformam em pontes invisíveis entre nós e os outros. Eu tive a alegria de ser um leitor desde muito cedo,
primeiro os quadrinhos, depois comecei a devorar os livros, então as palavras sempre foram as responsáveis por me
aproximar dos meus sonhos, foi com elas que construí tudo que me cerca, tudo de físico mesmo, não só de simbólico, e
esse fato faz com que a gente acredite que um mundo melhor é possível, tudo depende da qualidade das palavras que
compartilhamos.
Outra coisa importante é que por vir de uma realidade de muita pobreza, eu entendi muito cedo, que a única coisa que
eu tinha era a minha palavra, aqui como símbolo de caráter, talvez por isso ela seja sagrada para mim desde sempre.
Emicida em entrevista
(Disponível em: https://www.hering.com.br/store/todo-momento/emicida-conversa-sobre-musica-e-literatura/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O rapper Emicida tem se destacado por sua
produção amplamente reconhecida por intelectuais das academias nacionais e internacionais. Uma perspectiva apresentada
pelo trecho que pode ser relacionada à valorização de sua produção está associada ao fato de
(A) o autor reconhecer a falibilidade da literatura em promover avanços para além do plano simbólico.
(B) o autor pontuar que a criatividade é o meio pelo qual a literatura deve ser avaliada, já que ela está relacionada à mágica
e à beleza do mundo.
(C) o autor destacar que a palavra possui bastante peso na construção de mundo e na percepção que se faz dele.
(D) o autor revelar que sua perspectiva individual não está atravessada pela experiência literária.
(E) o autor discriminar aqueles que não leem e enquadrá-los como indivíduos que encontram essa impossibilidade graças à
pobreza.
Comentários:
A letra A está incorreta, porque ele aponta que a literatura lhe propiciou mudanças significativas em sua vida prática.
A letra B está incorreta, porque ele revela que a literatura pode ser um instrumento de transformação do mundo exterior.
A letra C está correta, porque o autor demonstra que, por meio da literatura, foi capaz de conseguir transformar sua
realidade e, com isso, acredita que ela tenha valor na construção do mundo.
A letra D está incorreta, porque o autor demonstra no texto o impacto que a literatura teve em sua vida.
A letra E está incorreta, porque esse tópico não é mencionado no texto.
Gabarito: C.
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31.
EURICÃO — E que idéia foi essa de que eu tenho dinheiro? Você andou espalhando isso! Foi você, Caroba miserável,
você que não tem compaixão de um pobre como eu! Foi você, só pode ter sido você!
CAROBA — Eu? Eu não!
EURICÃO — Ai, meu Deus, com essa carestia! Ai a crise, ai a carestia! Tudo que se compra é pela hora da morte!
CAROBA — E o que é que o senhor compra? Me diga mesmo, pelo amor de Deus! Só falta matar a gente de fome!
EURICÃO — Ai a crise, ai a carestia! E é tudo querendo me roubar! Mas Santo Antônio me protege!
PINHÃO — O senhor pelo menos leia a carta!
EURICÃO — Eu? Deus me livre de ler essa maldita! Essa amaldiçoada! Ai a crise, ai a carestia! Santo Antônio me proteja,
meu Deus! Ai a crise, ai a carestia!
Entra MARGARIDA atraída pelo rumor. Vem acompanhada de DODÓ VICENTE, disfarçado com uma horrível barbicha,
com a boca torta, com corcova, coxeando e vestido de preto.
(Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/obras-literarias/o-santo-e-a-porca Aceso em 10 de agosto de 2021)
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) No texto em questão, a tensão provocada entre
os personagens está associada ao comportamento de Euricão, personagem que estereotipa um comportamento que pode
ser definido como
(A) avarento, porque não admite que os demais saibam de seus ganhos.
(B) ganancioso, visto que trama uma ação para enganar Caroba.
(C) humilde, já que não valoriza as riquezas.
(D) ambicioso, porque deseja mais riquezas para si.
(E) manipulador, pois culpa Caroba por seu fracasso.
Comentários:
A letra A está correta, porque a repetição na fala do personagem aponta para o quanto de apreço ele tinha pelo dinheiro,
fora a sensação de que uma crise rondava os indivíduos.
A letra B está incorreta, pois ele não deseja enganar Caroba, mas foi surpreendido por pensar que ela havia contado do
dinheiro que ele trazia.
A letra C está incorreta, porque o personagem insistentemente se apresenta como alguém que quer negar os bens que
possui, a fim de que ninguém saiba de sua condição financeira.
A letra D está incorreta, porque ele não é apresentado como alguém que deseja mais riqueza, mas sim como alguém
apegado ao que já tem.
A letra E está incorreta, pois ele não culpa a Caroba pelo fracasso, mas sim por ter contado sobre a riqueza que ele
possuía.
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Gabarito: A.
32.
A obra mais consagrada do escritor baiano estreante Itamar Vieira Junior já recebeu uma série de prêmios importantes
como o Jabuti de Literatura e o Prêmio Leya de Livro do Ano.
No seu primeiro romance publicado, Itamar escolheu falar de um Brasil rural, onde os trabalhadores vivem numa situação
não muito diferente do que nos tempos da escravatura.
Passada no sertão da Bahia, a história acompanha Bibiana, Belonísia e a sua família de descendentes de escravos.
Apesar da abolição da escravatura, todos estão imersos ainda numa sociedade rural patriarcal conservadora e
preconceituosa.
Enquanto Belonísia tem um perfil mais conformado, e trabalha na fazenda ao lado do pai sem grandes hesitações,
Bibiana tem consciência da condição de servidão a que ela e os que estão ao redor estão submetidos. Idealista, Bibiana
decide lutar pela terra onde todos trabalham e pela emancipação dos trabalhadores.
A produção de Itamar é mais uma das vozes presente na literatura contemporânea brasileira que pretende apresentar
para o público realidades mais marginalizadas, pouco conhecidas, longe do eixo das grandes cidades.
Há uma tendência na literatura contemporânea de mostrar essas vozes sociais novas, vozes antes não autorizadas (de
mulheres, negros, moradores da periferia, minorias de modo geral).
Se antes a literatura brasileira era habitualmente produzida por escritores consagrados, majoritariamente homens,
brancos, de classe média - especialmente do eixo São Paulo/Rio - que criavam personagens também brancos, começou a
haver espaço na literatura contemporânea para novos lugares de fala.
A internacionalização de autores brasileiros, como ocorreu com Itamar, está em sintonia com uma maior projeção
internacional da literatura brasileira. Esse processo, embora tardio, acontece graças à participação dos editores nacionais
nas feiras literárias, aos programas de apoio à tradução e aos prêmios que dão visibilidade internacional para as produções
nacionais.
(Disponível em: https://www.culturagenial.com/livros-para-conhecer-literatura-contemporanea-brasileira/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O texto relata uma tendência da literatura
contemporânea que pode se caracterizar por
(A) igualar a produção intelectual de homens e mulheres.
(B) apontar a profusão de identidades reveladas pela literatura nacional.
(C) encontrar o mecanismo que atrai os indivíduos à leitura.
(D) ajustar-se à internacionalização, com uma produção mais afeita ao público jovem.
(E) expor histórias que se relacionam a situações enfrentadas nos dias de hoje.
Comentários:
A letra A está incorreta, pois não se trata apenas de uma discussão de gênero, mas vozes mais amplas.
A letra B está correta, pois o texto relata o quanto a literatura contemporânea tem avançado no quesito diversidade de
vozes.
A letra C está incorreta, pois não se trata de a literatura funcionar como atrativo, mas sim de ela ocupar lugares diversos.
A letra D está incorreta, pois não há uma seleção de público mencionada no texto.
A letra E está incorreta, porque a tendência exposta no texto se relaciona a fatores de diversidade e não exatamente a
temáticas expressas pela literatura contemporânea.
Gabarito: B.
33.
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Uma exposição imersiva sobre Portinari. Espetáculo de dança com coreografias inspiradas em Villa Lobos. Concertos de
música modernista. Vai ter antropofagia, vai ter arte sacra, design, animação.
Serão mais de cem eventos, ao longo de 18 meses, para comemorar os cem anos do marco do modernismo no Brasil,
a Semana de Arte Moderna de 1922. Começa em julho, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, com a abertura do
seminário “100 Anos da Semana de 22”, que vai até fevereiro do ano que vem.
Em agosto, o espetáculo “Brasil 1922 a 2022” começa uma turnê que passa pelo Memorial da América Latina e passa
por várias cidades do interior levando um repertório musical tocado ao vivo pela São Paulo Big Band, com projeção de
imagens ao vivo.
“Uma data da importância da Semana de 22 precisa ser celebrada ao longo de um período significativo, suficiente para
que muitos eventos aconteçam”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado, Sérgio Sá Leitão.
(Disponível em: https://exame.com/bussola/cem-anos-da-semana-de-arte-moderna-programe-se-agora/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) A Semana de Artes Modernas é um marco na
trajetória literária do Brasil, uma vez que ajustou os ponteiros do relógio e trouxe a velocidade e a dinâmica que faltavam
ao cenário nacional. Sobre esse momento histórico, pode-se mencionar que
(A) a diversidade de artes não corroborou a beleza da mostra.
(B) o público presente presenciou apenas um estilo apresentado.
(C) a construção da semana contou com vários intelectuais e com a música brasileira recebendo a atenção que lhe era
negada até então.
(D) os artistas não divergiam entre si e mostravam um pensamento academicista.
(E) as obras de ruptura foram encomendadas de outros países, principalmente dos europeus.
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Comentários:
A letra A está incorreta, porque houve diversos tipos de artes expostas durante a Semana, como música, escultura e
literatura.
A letra B está incorreta, porque houve várias nuances diferentes de artista para artista.
A letra C está correta, já que contou com a presença de Villa-Lobos, ilustre representante das tendências modernistas
na música brasileira.
A letra D está incorreta, pois não havia academicismo, pelo contrário, havia uma forte crítica a esse comportamento.
A letra E está incorreta, porque havia uma busca pela identidade nacional e as exposições eram de obras brasileiras.
Gabarito: C.
34.
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço

CPF 04523655707
que é uma arma de dois gumes

amor e ódio
Não posso adiar

ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração

(Disponível em: https://www.publico.pt/2013/09/24/culturaipsilon/noticia/alguns-poemas-de-antonio-ramos-rosa-1606857 Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) Os versos em paralelismo dão tom ao poema, de
modo que criam imagens de oposição. Com a leitura, percebe-se que:
(A) o eu lírico nega a importância de suas ações para o mundo à sua volta.
(B) o eu lírico interfere no fluxo temporal e se mostra alguém capaz de se alienar ao mundo.
(C) o eu lírico manifesta aversão aos seus contemporâneos.
(D) o eu lírico reconhece as situações adversas que o impediriam.
(E) o eu lírico negocia sua liberdade em troca do amor.
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Comentários:
A letra A está incorreta, porque ele se mostra como alguém que age em relação às ações do mundo exterior.
A letra B está incorreta, pois ele não se aliena, mas transforma o mundo à sua volta pelo sentimento amoroso.
A letra C está incorreta, porque o eu lírico usa símbolos que demonstram amor àqueles que estão à sua volta.
A letra D está correta, porque ele reconhece que existem situações que poderiam impedir as atitudes amorosas que ele
daria.
A letra E está incorreta, porque ele não fala sobre sua liberdade em si como uma moeda de troca para o amor.
Gabarito: D.
35.
A meia nova apertando a perna, “que inferno!”, marcando a carne branca, incomodando como um parafuso fora de
lugar. Pinica. Coça. “Ô desassossego!” Ajeita-se na cadeira, abaixa-se, arria a meia, a marca vermelha do acocho na canela
muito branca, “coceirinha boa”. Olham pra ela, estranhando a insólita posição, abaixada, quase sob a carteira, coçando a
perna. “Calor!” Manhã de novembro escaldante, como todas as manhãs dos meses terminados em bro. Teresina arde nessa
sexta-feira. No caminho para a escola, o asfalto fervia, o mormaço cozia o couro rude dos trabalhadores no Mercado Central.
O sol abraseava as almas que transitavam pela Igreja de São Benedito, incendiava os maus espíritos do Palácio de Karnak,
cegava o cabeça de Cuia nas barrancas do velho Poti. No quadro negro, pronomes sobrepondo-se às capitais do Brasil.
Português sobre Geografia. Mim e tu sobre João Pessoa e Curitiba. Tudo anotado com capricho em letra miúda no
caderninho. Pensa no pai e na vitamina de abóbora que fora obrigada a beber. Tem engulhos na lembrança. “Beba. Beba
tudo. É pra sua saúde”. E ela: “hum!” Os irmãos sorrindo da cena cotidiana ao café. “Se ela não beber, não bebo”, disse a
irmã mais velha, batendo o pé. “Eu também não”, emendou o caçula. Aprendia ali que não há solidariedade possível entre
crianças, muito menos entre infantes irmãos. O mais velho deles, em silêncio, mastigava o pão com manteiga e espichava
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o olhar por sobre o muro, no fundo do quintal, tentando enxergar o futuro. Isso foi antes, há algumas horas, antes de sair
para a escola, carregando a pasta com cadernos e livros. Regurgita o grosso caldo amarelo da vitamina de abóbora ainda
não digerida e bebida sob ameaça. Ânsias de vômito. Vontade de botar tudo pra fora, mas ali, na sala de aula, não. São
quase dez da manhã. A meia nova mastigando a canela.
(Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/demetrios/conto/nesse-dia-que-parece-ser-mais-longo-que-os-demais/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O conto acima traz inovação estética no modo
como foi elaborado, explorando signos e oferecendo dinâmicas distintas para quem o lê.
Entre as estruturas que chamam atenção temática e expressivamente, destaca-se:
(A) fluência de ações, que não se interrompem apesar do ponto final.
(B) repetição de estruturas, que não apresentam sequência lógica.
(C) marcação de diálogo, que é convencional.
(D) descrição dos personagens pouco elaborada.
(E) desconexão do enredo com a realidade.
Comentários:
A letra A está correta, pois há inovação estética com a quebra dos períodos.
A letra B está incorreta, pois as estruturas não se repetem, há repetição no uso de períodos mais curtos, que sequenciam
essa lógica.
A letra C está incorreta, porque a marcação de diálogo não se refere ao plano temático, mas sim ao estrutural, no caso
dos contos.
A letra D está incorreta, pois isso não se adéqua como inovação estética, já que pode ser uma escolha narrativa.
A letra E está incorreta, pois o enredo possui verossimilhança, apesar das inovações estéticas.
Gabarito: A.
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36.
CPF 04523655707
Mulher fazendo as pazes com o próprio cérebro

No meu processo, eu busco retratar um pouco do caráter solitário de ser mulher e da mulher que possui transtornos
mentais, da mulher conflituosa, aquela que possui um infinito caótico dentro de si e, muitas vezes, é repleta de dores e
traumas universais e intrínsecos em suas histórias inseridas numa sociedade machista que jamais nos deixa passar ilesas,
e, muitas vezes, nos coloca num lugar de histeria, de irracionalidade, por essas questões. Então, são questões que quase
parecem não ser compartilháveis, porque difíceis de explicar, de retratar. Porque são muito particulares e, portanto,
solitárias, ainda que tão comuns.
(Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/aristides-oliveira/artes-visuais/colagens-surrealistas-a-forca-solitaria-e-combativa-das-experiencias-femininas/ Acesso em 10 de
agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O quadro acima é representativo da vanguarda
surrealista, uma vez que
(A) elabora a visão realista e minuciosa da experiência humana.
(B) explora as ideias do subconsciente feminino e sua força.
(C) demonstra crítica e ludicidade na cobrança de temáticas sociais.
(D) explora a força do indivíduo relacionada ao seu momento de evolução.
(E) caracteriza a experiência humana como objetiva e imparcial.
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Comentários:
A letra A está incorreta, pois a imagem não é realista, já que a mulher está em cima de um cérebro.
A letra B está correta, pois a visão da mulher é simbólica e seu traje evidencia esse sentido.
A letra C está incorreta, porque não há temas sociais na interpretação do quadro.
A letra D está incorreta, porque não se trata apenas do indivíduo, mas sim da experiência feminina.
A letra E está incorreta, porque há subjetividade no quadro apresentado, principalmente pela conexão dos elementos.
Gabarito: B.
37.
Gosto de ver as minhas mãos
sonhar contigo,
sonhar os meandros
mais secretos
do teu corpo
floresta e armadilha,
fonte e bramido

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sonhar contigo,
entrelaçadas, adormecidas,
recriando o peito,
as espáduas, o ventre,
as coxas, o sexo,
amazônia interior

sonhar contigo,
por vezes um único dedo
desenha no ar
os olhos, a boca, o cabelo,
estrela negra
que só eu conheço
sonhar contigo,
sonhar esta travessia do espelho
de reflexos infindos
que é a minha recordação de ti.
Aliás, que outra coisa
podem elas fazer?
(Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/florianomartin/poesia/5-poemas-de-isabel-meyrelles-portugal-1929/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) O processo de expressividade do corpo pode ser
mais bem ilustrado pela repetição dos versos “Gosto de ver minha mão/sonhar contigo”. Na composição do texto, eles
revelam que
(A) a poesia parte de uma visão erótica do entrelaçar dos corpos.
(B) as metáforas se estabelecem em relações não materiais.
(C) o uso de expressões figuradas traduz apenas a transcendência dos corpos.
(D) a expressão “sonhar contigo” revela que o texto possui apenas caráter etéreo.
(E) o poema não se traduz como um modo de expressão de relações carnais.
Comentários:
A letra A está correta, pois há um tom erótico com as imagens corporais refletidas no texto.
A letra B está incorreta, pois há materialidade nas metáforas corporais.
A letra C está incorreta, pois não se trata apenas de transcendência, mas de corpos que se encontram fisicamente.
A letra D está incorreta, porque não há apenas caráter etéreo, mas também material.
A letra E está incorreta, porque há relações carnais expostas metaforicamente no poema.
Gabarito: A.
38.
O escritor gaúcho Caio Fernando Abreu faleceu em 1996, dois anos após ser diagnosticado como portador da síndrome
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da imunodeficiência adquirida, ou AIDS, como é conhecida. Ao longo de sua carreira ele produziu diversos textos que
abordaram o mal que o vitimou. Faço aqui uma breve reflexão sobre as representações que a doença alcançou em sua
prosa, especialmente no romance Onde andará Dulce Veiga?, escrito ao longo dos anos 1980 e publicado em 1990, data
anterior ao diagnóstico de Caio. O romance narra um jornalista contaminado pelo HIV que escreve uma reportagem sobre
a cantora desaparecida do título. Nessa jornada, ele conhece a filha dela, Márcia, vocalista da banda de rock Vaginas
Dentadas.
Se começarmos a pensar em uma escrita homoerótica brasileira, com certeza o faremos a partir de um conjunto de
temas presentes em nossa literatura desde fins do século XIX. Inicialmente no que se convencionou como escrita realista-
naturalista com os fetiches por marinheiros ou internatos masculinos em obras como O Bom-crioulo de Adolfo Caminha ou
O Ateneu de Raul Pompéia. Ou ainda pela ideia de inversão sexual em personagens como o lavadeiro Albino de O cortiço
de Aluísio Azevedo. A partir do final dos anos 1960, o afloramento de um novo feminismo, do movimento negro e de uma
ainda iniciante militância gay, vemos o tema da homossexualidade ser retomado por nossos escritores. Certamente nenhum
deles o fez de forma tão sistemática e ao longo de tantas obras quanto Caio Fernando Abreu. O “fantasma” da
homossexualidade já assustava o protagonista adolescente de seu romance de estreia Limite branco, escrito no fim dos anos
1960. A partir daí o autor fala do tema a partir de um contexto autoritário, pensando sujeitos ávidos por viverem seus
desejos de forma livre em meio a um regime ditatorial.
(Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/demetrios/artigo/a-escrita-da-aids-na-prosa-de-caio-fernando-abreu/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) As obras de Caio Fernando Abreu foram escritas
em um momento em que os temas contemporâneos ganhavam destaque. Com a leitura do texto, percebe-se que a demanda
por essa temática se estende para outras estéticas, porém
(A) de forma mais aberta na abordagem das tendências contemporâneas.
(B) de forma mais escusa e simbólica, devido a haver pena de morte para pessoas homossexuais.
(C) de forma mais silenciosa e crítica, graças ao aspecto mais crítico de outros movimentos literários.
(D) de forma mais satírica, demonstrando a ridicularizarão dos indivíduos homossexuais.
(E) de forma menos velada, apontando para o progressismos das ideias brasileiras.
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Comentários:
A letra A está incorreta, pois as outras estéticas abordavam esse tópico mais veladamente.
A letra B está incorreta, pois não havia pena de morte, apenas um pensamento coletivo que inibia o debate.
A letra C está correta, pois demonstra que, em outras estéticas, havia um tom crítico à sociedade quando se falava
desses tópicos, como nas estéticas apresentadas pelo texto.
A letra D está incorreta, porque não há ridicularização desses indivíduos em estéticas brasileiras.
A letra E está incorreta, porque as ideias eram demonstradas de forma mais velada.
Gabarito: C.
39.
Texto I:
O Diário de Anne Frank
(Anne Frank)
É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura
realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No
entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.
(Disponível em: https://www.revistabula.com/4600-os-15-trechos-mais-belos-da-historia-da-literatura/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
Texto II:
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O Diário de Anne Frank é conhecido por ser um retrato fiel da aflição de uma família de judeus sob a mira do nazismo
e o terror da segunda guerra mundial. Traduzido em diversas línguas e adaptado para o cinema, a história da família Frank
marcou a literatura e sem dúvidas deixou alguma marca também em cada um dos leitores que se debruçaram sobre ela em
algum momento da vida.
Anne Frank era uma menina judia que vivia com sua família: seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e sua irmã Margot
Frank. Anne adorava estudar e levava seus dias normalmente como qualquer garota da sua idade. Apesar de ter uma
personalidade muito marcante, enfrentava suas dúvidas relacionadas à vida, ao primeiro amor, à incompreensão dos pais e
a todas essas questões que permeiam a vida nessa idade. No entanto, quando sua irmã recebe uma carta para comparecer
a um centro de concentração nazista, toda a estrutura familiar se altera. A família foge e se abriga num esconderijo, um
anexo de um prédio de tamanho claustrofóbico em que mais tarde outra família se junta a eles. Trancados em um local
pequeno, logo começam a surgir as dificuldades de convivência, o sofrimento por terem que passar seus dias presos lutando
pela sobrevivência e o medo de serem descobertos. Anne escreve tudo em seu diário, os horrores e todo o sofrimento que
passaram.
(Disponível em: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2015/01/02/resenha-o-diario-de-anne-frank-anne-frank/ Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) Os textos I e II trazem informações sobre um
clássico da literatura mundial, revelando a perspectiva da personagem principal quanto a um momento histórico específico.
Acerca dele, pode-se dizer que a personagem revela
(A) a resistência de povos oprimidos.
(B) a denúncia de um regime em que não havia ninguém contrário a ele.
(C) a exposição do nazismo como uma forma de governo.
(D) a inconstância dos grupos minoritários, sempre em fuga para encontrar sua pátria.
(E) a distância dos nazistas de grupos negros.
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Comentários:
A letra A está correta, pois demonstra a importância da obra para mostrar o pano de fundo histórico e a resistência de
Anne Frank e de outros indivíduos.
A letra B está incorreta, porque a história de Anne apresenta indivíduos que foram contra o regime nazista.
A letra C está incorreta, porque não há apenas a intenção de expor o nazismo, mas também de mostrar como a menina
superou esse momento histórico.
A letra D está incorreta, porque os expatriados estavam nessa condição não por sua vontade, mas sim por imposições
do regime nazista.
A letra E está incorreta, porque não se tratava de um grupo específico.
Gabarito: A.
40.
Siderações
Para as Estrelas de cristais gelados

As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Num cortejo de cânticos alados

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Os arcanjos, as cítaras ferindo,

Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...
Dos etéreos turíbulos de neve

Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta...
E as ânsias e os desejos infinitos

Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta...
Cruz e Souza
(Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-simbolismo-no-brasil.htm Acesso em 10 de agosto de 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Marina Ferreira) Cruz e Souza foi um representante da estética
simbolista no Brasil, ele conseguiu transpor para seus versos a transcendência e a espiritualidade aclamadas por esse
movimento. O verso que melhor explora essas características temáticas é:
(A) “E as ânsias e os desejos infinitos”
(B) “Da Eternidade que nos Astros canta...”
(C) “Dos etéreos turíbulos de neve”
(D) “As ânsias e os desejos vão subindo,”
(E) “Claro incenso aromal, límpido e leve,”
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Comentários:
A letra A está incorreta, pois trata-se de uma dimensão de ideias e sentimentos, que seria melhor explorada em outro
verso.
A letra B está correta, pois com “Eternidade” há a menção ao espaço transcendental e espiritual.
A letra C está incorreta, porque, embora, em uma visão mais imagética, “etéreos” se conecte à ideia de transcendência,
no verso, o termo caracteriza o espaço.
A letra D está incorreta, pois se trata da subjetividade do poeta.
A letra E está incorreta, porque há um tom descritivo exposto no verso.
Gabarito: B.
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Artes
Prof.ª Celina Gil
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Questões de Artes
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Celina Gil
41.
Chris Burden, Beam Drop Inhotim, 2008, [detalhe]. Foto: William Gomes
Beam Drop Inhotim (2008) é a recriação de uma obra realizada em 1984, no Art Park, um parque de esculturas no
Estado de Nova York, nos Estados Unidos da América, destruída 3 anos depois. Na versão realizada para o Instituto Inhotim,
ao longo de 12 horas, 71 vigas coletadas em ferros-velhos próximos de Belo Horizonte foram içadas por um guindaste a 45
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metros de altura. Do alto, em um ato performático, elas eram soltas em uma piscina retangular de concreto fresco, que ao
endurecer manteve as peças eretas.
O padrão aleatório da escultura é formado pela combinação do controle de Chris Burden, por meio das orientações do
artista, à violência e ao acaso provocados pelo peso do material na queda.
(Disponível em <https://www.inhotim.org.br/item-do-acervo/beam-drop-inhotim-chris-burden/> Acesso em 11 ago. 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Celina Gil) A obra em questão revela um valor artístico alinhado
com as práticas contemporâneas, que parte do
(A) uso de materiais de grandes dimensões em espaços abertos.
(B) ato de transformar uma construção arquitetônica em obra de arte.
(C) uso de ferro na criação de obras de arte escultóricas.
(D) modo aleatório de escolha dos materiais para a obra.
(E) processo de feitura como parte da obra de arte em si.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois obras de grandes dimensões em espaços abertos não são características,
necessariamente, da arte contemporânea.
A alternativa B está incorreta, pois aqui não temos uma construção arquitetônica, ainda que parta de elementos da
arquitetura, com vigas e concreto.
A alternativa C está incorreta, pois o ferro não é exatamente característico da arte contemporânea.
A alternativa D está incorreta, pois, ainda que as vigas sejam lançadas de maneira aleatória, não se pode afirmar que a
escolha de materiais foi aleatória, apenas que essa escolha parte de elementos já existentes no cotidiano para a criação de
uma nova obra.
A alternativa E está correta, pois o valor artístico da obra está também – ou principalmente – no seu ato de feitura. O
ato de lançar os materiais de maneira performática é um dado fundamental para a análise e apreciação da obra.
Gabarito: E.
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42.
Vila Maria Zélia, nostalgia e descaso na memória da cidade
Ela já foi cenário de filmes, tema de livros, objeto de pesquisa de historiadores e estudantes de arquitetura, foi
fotografada de todos os ângulos, mas, prestes a completar 100 anos, em 2017, a Vila Maria Zélia, na Zona Leste, ainda
padece do descaso da sociedade para com a memória, a história e o patrimônio, apesar de ter sido tombada em 1992 pelo
município e pela Estado.
“Na nossa cultura, o patrimônio não é valorizado”, diz Dóris Lenate, da Associação Cultural Vila Maria Zélia. Moradora
desde 1985, ela é testemunha das idas e vindas dos projetos de restauração dos prédios públicos da vila, alguns deles em
estado deplorável.
Construída pelo médico carioca e empresário Jorge Street, dono da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, que produzia
sacarias para produtos agrícolas, a vila, inaugurada em 1917, era constituída de cerca de 200 casas, para parte dos 2.100
trabalhadores da empresa e suas famílias, um bloco de dormitórios individuais para os solteiros, uma escola para meninos
e outra para meninas, creche, armazém, igreja e um salão para o clube. No local, ainda havia açougue, campo de futebol,
coreto, praça, boticário (farmácia) e fábrica de sapatos. (...)
Logo na entrada da vila estão a Igreja, que sempre se manteve em atividade, e dois prédios laterais a ela. No prédio do
antigo armazém, do lado esquerdo da igreja, duas famílias ocupam apartamentos no andar superior. O térreo, desde 2004,
abriga o Grupo XIX de Teatro, que apresenta suas peças no local e tem contribuído para chamar atenção para a importância
histórica e arquitetônica da vila. Dividindo espaço com o grupo de teatro, a Associação Cultural Vila Maria Zélia também
promove ações com esse objetivo e para angariar fundos para restaurações.
(Disponível em <https://saopaulosao.com.br/conteudos/outros/2284-vila-maria-zelia-nostalgia-e-descaso-na-memoria-da-cidade.html> Acesso em 11 ago. 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Celina Gil) A Vila Maria Zélia, assim como outras vilas de operários
pelo mundo, foi considerada patrimônio cultural. Isso se deu pela/pelo
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(A) vontade de preservar um patrimônio que estava sendo depredado, principalmente devido ao uso do espaço para
espetáculos teatrais.
(B) necessidade de preservar uma construção que representa o estilo arquitetônico de uma época, além da própria história
da cidade.
(C) interesse público em revitalizar o espaço como um possível novo local de moradia para pessoas que trabalham nas
fábricas da região.
(D) decisão de transformar um espaço, que anteriormente era destinado a moradias, em espaço teatral, o que demanda
reformas.
(E) desejo de manter viva a história da família que criou a vila, devido a sua importância até hoje na cultura brasileira.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto indica que o grupo teatral ajuda na preservação, não que atrapalha.
A alternativa B está correta, pois a Vila representa o estilo arquitetônico do início do século XX, além de contar parte da
história de São Paulo, principalmente do crescimento das indústrias no bairro Belenzinho.
A alternativa C está incorreta, pois o texto fala em preservação arquitetônica, não em transformação do lugar em
moradia.
A alternativa D está incorreta, pois, ainda que o grupo teatral ocupe esse espaço agora, não se pode dizer que seja esse
o objetivo de seu tombamento.
A alternativa E está incorreta, pois o tombamento não se deu pela relevância da família para a cultura. A família era de
industriais. O valor da obra é arquitetônico e histórico para a cidade em si.
Gabarito: B.
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43.
Cinema da retomada é a expressão usada para designar o cinema feito no Brasil entre 1995 e 2002, quando, após um
período de quase estagnação, a estruturação de um sistema de incentivos fiscais favorece uma nova fase de fomento à
produção cinematográfica. (...)
O filme que marca o início da retomada é Carlota Joaquina: Princesa do Brazil, da cineasta Carla Camurati (1960), que
estreia em janeiro de 1995. Com seu sucesso comercial, e graças à estrutura de incentivos que se consolida, uma nova onda
de investimentos possibilita a produção de obras cinematográficas, passando à média de 20 filmes por ano.
A retomada não se caracteriza por um projeto unificado de cinema: seus temas e linguagens são diversos. Há, no
período, os filmes que se inspiram em episódios históricos e adaptações literárias, como O Quatrilho (1995), Guerra de
Canudos (1996) e Memórias Póstumas (2001), e também as narrativas centradas em trajetórias individuais, em que é comum
a figura dos personagens-mediadores, como Luíza, de Guerra de Canudos, Dora, de Central do Brasil (1998), e Buscapé, de
Cidade de Deus (2002). Essas marcas têm relação com o modo de produção e consumo do cinema no período: na origem
do projeto, há a aprovação por parte da empresa patrocinadora, o que leva muitos realizadores a apostar em projetos
“representativos” da história e da cultura do país. Além disso, os filmes dialogam com o público de classe média, que
frequenta o circuito comercial de shoppings e cinemas-bistrô, que compõem o contexto de exibição, sendo um mediador
importante para estabelecer um elo de ligação entre a realidade (histórica, social) que se apresenta e esse público. A principal
marca do período, no entanto, é o fato de a maioria das produções ser apoiada por recursos incentivados, ou seja,
descontados dos impostos a arrecadar de grandes empresas.
(Disponível em <https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3742/cinema-da-retomada> Acesso em 11 ago. 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Celina Gil) De acordo com o texto, pode-se afirmar que o Cinema
da Retomada é
(A) caracterizado por produzir obras históricas, que contassem a história do país para um público que não conhecia essas
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passagens.
(B) um período de revitalização da atividade cinematográfica, ainda que não possa ser caracterizado como um movimento
artístico em si.
(C) uma proposta de revitalização do cinema como tinha sido feito até então, produzindo obras que podem ser
representações mais fiéis do Brasil.
(D) conhecido como o período de produções esteticamente mais criativas, já que conta com o dinheiro das empresas privadas
para financiar as obras.
(E) baseado em dinheiro incentivado pelo governo através de leis de acesso à cultura, o que impacta negativamente na
qualidade das obras.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não se pode dizer apenas pelo texto que as pessoas não tivessem conhecimento da
história do Brasil, mesmo que, de fato, tenha havido diversas produções históricas.
A alternativa B está correta, pois o texto aponta que o cinema de retomada se caracteriza por ser um período de
revitalização, mas não tem traços artísticos que unam as produções a ponto de poder ser considerado um movimento
artístico/estético com projetos unificados.
A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer pelo texto que as produções, até então, não fossem representativas
do Brasil.
A alternativa D está incorreta, pois não há comparação que emita juízo de valor sobre as obras feitas anteriormente ao
cinema da retomada.
A alternativa E está incorreta, pois o texto não aponta piora na qualidade das obras cinematográficas com a mudança
do fomento.
Gabarito: B.
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44.
Disponível em <https://mymodernmet.com/bruges-triennial-whale-studiokca/> Acesso em 11 de ago. 2021)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Celina Gil) A obra Skyscraper (the Bruges Whale), em tradução livre,
Arranha-céu (a baleia de Bruges), foi feita para a Trienal de Arte de Bruges pelo StudioKCA. A instalação de quase 12 metros
de altura, o equivalente a um prédio de quatro andares, foi feita com cinco toneladas de lixo plástico retirado dos oceanos
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Pacífico e Atlântico. Segundo o estúdio criador da obra, há um peso maior de lixo do que de baleias no mar hoje.
Ao dialogar com as ideias de sustentabilidade, a obra levanta um questionamento sobre
(A) nossos modos de produção e consumo nas grandes cidades, que acabam gerando poluição nos oceanos.
(B) a legitimidade da produção de obras de arte a partir de materiais novos, sendo que há diversos materiais descartados.
(C) a maneira como cuidamos da vida marinha nativa, pensando nos modos de incentivar a reprodução das baleias.
(D) nosso modo de fazer obras de arte atualmente, que gera invariavelmente muito descarte de lixo.
(E) o que a arte pode fazer hoje para preservar a natureza, colocando o artista como o grande responsável.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois os produtos despejados no mar são principalmente produzidos e consumidos pelas
grandes cidades. Ao trazer esse plástico de volta na forma de uma obra de arte para a cidade, o estúdio aponta para uma
necessidade de repensar nossos modos de produção e consumo.
A alternativa B está incorreta, pois a obra não questiona os materiais usados na obra, mas os hábitos de descarte de
lixo. Ela coloca o lixo à mostra para as pessoas da cidade, para que elas vejam o que produziram.
A alternativa C está incorreta, pois a obra levanta um questionamento sobre o descarte de lixo, não há referência aos
modos de incentivo à reprodução das baleias.
A alternativa D está incorreta, pois a obra fala sobre descarte de lixo de modo geral. Não se pode dizer que seja o
descarte proveniente de obras de arte especificamente.
A alternativa E está incorreta, pois, ao colocar a obra nas ruas, o artista convida todos a pensarem os modos como
consumimos hoje. Os artistas não são os únicos responsáveis pelo descarte de lixo.
Gabarito: A.
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45.
(Anita Malfatti, A estudante, 1915-16. Óleo sobre tela. Acervo do Masp)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Celina Gil) A pintora modernista brasileira Anita Malfatti desenvolveu
um estilo próximo do Expressionismo, vanguarda europeia caracterizada por realizar, conforme se vê na obra A estudante,
uma
(A) fragmentação das formas, distorcendo a realidade com imagens que lembram colagens de texturas e cores.
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(B) aproximação do campo do sonho, como se confirma na obra realizada com técnicas de libertação do inconsciente.
(C) preferências por técnicas e temáticas que escapem ao tradicional consolidado nas artes, buscando estéticas mais
próximas do real.
(D) distorção das formas, frequentemente acompanhada de uso de cores puras não necessariamente de maneira naturalista.
(E) quebra de perspectiva, sugerindo múltiplos olhares para um mesmo objeto, que fica menos figurativo e mais abstrato.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois essas são características do cubismo e não se encontram na obra em questão.
A alternativa B está incorreta, pois essa obra não apresenta trações de automatismo ou escape do racional. Esses traços
são mais próximos do surrealismo.
A alternativa C está incorreta, pois aqui não há inovação na técnica e no tema (um retrato em pintura a óleo), mas no
modo de execução e escolha das cores e formas.
A alternativa D está correta, pois o expressionismo de fato é dotado dessas características, que são percebidas no quadro
em questão de Anita Malfatti. As formas alongadas do corpo, somadas ao uso pouco tradicional de cores, enquadram essa
obra como expressionista.
A alternativa E está incorreta, pois essa obra ainda mantém figurativismo e não se pode dizer que quebre a perspectiva,
ainda que distorça as formas.
Gabarito: D.
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Filosofia
Prof. Fernando Andrade
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Questões de Filosofia
Resolvidas e comentadas por: Prof. Fernando Andrade
46.
Texto I
“Muitas das tentativas de explicar a consciência ainda esbarram na concepção dualista de Descartes, corpo e alma, físico
e imaterial. Pois asseguram que algo na matéria cerebral ascende uma sensação não física. Sob a perspectiva dualista, o
cérebro pode ser estudado, mas o que é imaterial não. Além disso, consciência não é o conteúdo em si, mas a experiência
subjetiva de perceber o conteúdo.”
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2021/08/a-grande-questao-da-consciencia.shtml
Texto II
“Os passos pelos quais a mente alcança várias verdades. Os sentidos inicialmente tratam com ideias particulares,
preenchendo o gabinete ainda vazio, e a mente se familiariza gradativamente com algumas delas, depositando-as na
memória e designando-as por nomes. Mais tarde, a mente, prosseguindo em sua marcha, vai abstraindo-as, apreendendo
gradualmente o uso dos nomes gerais. Por este meio, a mente vai se enriquecendo com ideias e linguagem, materiais com
que exercita sua faculdade discursiva”.
(Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) Considerando o que se diz sobre a concepção
de Descartes em relação à consciência e o que Locke afirma, pode-se dizer que:
(A) os dois têm uma concepção empirista da consciência.
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(B) Descartes valoriza a materialidade da consciência, Locke não.

(C) Descartes considera subjetividade; Locke valoriza a exterioridade.
(D) para Descartes, a consciência é uma abstração; para Locke, algo concreto.
(E) os dois consideram que a consciência é um processo paulatino.
Comentários:
Seria preciso lembrar que Descartes era racionalista e Locke, empirista. Ou seja, eles tinham ideias diferentes sobre o
que significava o conhecer. Para Descartes, a consciência é esse ato metódico de pensar, não importando qual é seu
conteúdo. Contrariamente, para Locke, a consciência é justamente o conteúdo, aquilo que captamos pela experiência
através dos sentidos, que vai obrigando a mente a formar ideias.
Alternativa "A" está incorreta. Descarte é racionalista e não inclui em seu método a experiência com a realidade como
sendo fundamental.
Alternativa "B" está incorreta. No texto I, em que se discorre sobre Descartes, afirma-se “Sob a perspectiva dualista, o
cérebro pode ser estudado, mas o que é imaterial não”. Ou seja, o pensamento que se traduz em consciência é imaterial.
Alternativa "C" está correta. Não se deve entender aqui “subjetividade” como sendo o traço emotivo próprio de cada
indivíduo, mas no sentido de que toda operação mental racionalista ocorre dentro do sujeito. Tal subjetividade cartesiana
fica explícita no seguinte trecho: “a experiência subjetiva de perceber o conteúdo”. Por outro lado, pode-se dizer que Locke
valoriza a exterioridade, pois dá grande importância à relação do indivíduo com o mundo a sua volta.
Alternativa "D" está incorreta. A consciência em si não é uma abstração, pois pode ser percebida pelo indivíduo. A
abstração é uma operação da mente relativa ao ato de conhecer racionalmente o mundo. A consciência vai além do
conhecimento racional.
Alternativa "E" está incorreta. Para Descartes, a consciência é um percebimanto do conteúdo do pensamento, ela não
pode ser paulatina.
Gabarito: C.
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47.
“O que perturba a mente dos homens não são os eventos, mas os seus julgamentos sobre os eventos. Por exemplo, a
morte não é nada horrível – ou então Sócrates a teria considerado como tal. Não, a única coisa horrível sobre ela está no
julgamento dos homens de que ela é horrível. E assim, quando estamos impotentes ou perturbados ou ansiosos, que nunca
venhamos a colocar a culpa sobre os outros; mas sim sobre nós próprios, ou seja, sobre os nossos próprios julgamentos.”
(Epicteto. O manual para a vida (p. 17). Textos para Reflexão. Edição do Kindle.)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) De acordo com o filósofo, aquilo que o homem
considera como mal
(A) expressa uma natureza metafísica, que não está sujeita a relativismos existenciais.
(B) relaciona-se com uma esfera sagrada, cujo conhecimento é autorizado somente a sacerdotes religiosos.
(C) resulta da imprevisibilidade dos fatos que se abatem sobre nós.
(D) está sempre associada à morte, salvo quando há autoengano daqueles que não desejam pensar nela.
(E) enquadra-se em um perspectivismo que resulta em relatividade moral.
Comentários:
Alternativa "a" está incorreta. Epicteto parte da tese de que aquilo que o homem sente como ruim tem a ver com a
perspectiva subjetiva adotada. Se há mudança de perspectiva, há mudança na forma de sentir o evento como mal. Ou seja,
o autor parte da ideia de que valores humanos são relativos.
Alternativa "b" está incorreta. O texto-fonte não considera a questão do sagrado.
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Alternativa "c" está incorreta. O texto-fonte deixa claro que a questão a ser discutida não são “os eventos, mas os
julgamentos sobre os eventos”. Ou seja, não está em pauta a imprevisibilidade dos fatos.
Alternativa "d" está incorreta. Epicteto refere-se ao episódio em que Sócrates argumentava que a morte era uma coisa
boa. Ele usa esse episódio como exemplo de como a perspectiva muda a forma de o homem encarar a realidade. Ele não
relaciona a morte ao mal.
Alternativa "e" está correta. Segundo o texto, dependendo da perspectiva que o homem adota, ele considera algo bom
ou mal, pois a forma como vemos a realidade pode nos perturbar. Isso tem como consequência o relativismo em relação
ao bem ou mal. Não se pode afirmar que há um bem universal.
Gabarito: E.
48.
“Trasímaco — Percebo claramente. Para que Sócrates se entregue à sua ocupação habitual, não deve responder. E,
quando alguém responde, apodera-se do argumento e refuta-o!
Sócrates — Mas como, meu nobre amigo, alguém poderia responder em primeiro lugar, se não sabe e se confessa não
saber, e se, além disso, caso tenha uma opinião sobre o assunto, é proibido de dizer o que pensa por uma pessoa de grande
autoridade? És tu que deves falar, dado que pretendes saber e ter algo a dizer. Não te esquives, portanto: dá-me o prazer
de responder e não uses de parcimônia para instruir Glauco e os outros.”
(Platão, Livro I de A República)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) O fragmento do livro I de A República apresenta-
nos o diálogo entre Trasímaco e Sócrates, nele, é possível perceber:
(A) exposição típica do pensamento linear.
(B) demonstração do método dialético.
(C) discussão de base ontológica.
(D) habilidades da retórica sofística.
(E) verdades reveladas.
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Comentários:
Alternativa "a" está incorreta. O pensamento linear é feito pela exposição dedutiva, não por perguntas, refutação e
conclusão, como Trasímaco destaca.
Alternativa "b" está correta. Sócrates desenvolveu o que chamamos de método dialético: através do diálogo, ele refutava
o que seu interlocutor afirmava, fazendo com que fosse necessário redefinir o objeto de discussão. Esse processo sucessivo
deveria purgar as opiniões impuras da ideia do interlocutor.
Alternativa "c" está incorreta. “Ontologia” significa discutir o ser ou a essência das coisas. Nesse fragmento, Sócrates e
Trasímaco discutem como será o diálogo entre eles, não a essência das coisas.
Alternativa "d" está incorreta. A retórica sofística configura-se como um discurso longo, em que o orador seduzia pelo
jogo de palavras. Trasímaco, sofista, nesse fragmento, critica Sócrates por valer-se da dialética e não da retórica, pois o
disputante iria sentir-se mais à vontade se não tivesse que responder às questões de Sócrates.
Alternativa "e" está incorreta. Verdades reveladas remetem para o que os deuses disseram. Nenhum dos dois faz
referência aos deuses.
Gabarito: B.
49.
“Até hoje admitia-se que o nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir
a priori, mediante conceitos, algo que ampliasse o nosso conhecimento, malogravam-se com este pressuposto.”
(KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução de Manuela Pinto Dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Introdução e notas de Alexandre Fradique Morujão. 5ª ed.
Coimbra: Fundação Calouste, 2001.)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) Considerando esse fragmento no contexto das
ideias de Kant, pode-se dizer que o filósofo alemão defende que
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(A) a razão é incapaz de conhecer os objetos.

(B) só se pode conhecer unicamente através de conceitos.
(C) o conhecimento é regulado por seus conceitos e pela experiência.
(D) a experiência com o objeto regula nosso conhecimento.
(E) a ampliação do conhecimento é limitada pela opacidade dos objetos.
Comentários:
Esse trecho expressa aquilo que ficou conhecido como Revolução Copernicana. Segundo Kant, “a razão só entende
aquilo que produz segundo os seus próprios planos; que ela tem que tomar a dianteira com princípios, que determinam os
seus juízos segundo leis constantes e deve forçar a natureza a responder às suas interrogações em vez de se deixar guiar
por estas; de outro modo, as observações feitas ao acaso, realizadas sem plano prévio, não se ordenam segundo a lei
necessária, que a razão procura e de que necessita.” Em outras palavras, é a mente que tem seu próprio jeito de apreender
o objeto e não o objeto que se oferece com seus pressupostos ao conhecedor.
Alternativa "A" está incorreta. Kant diz simplesmente que considerar o objeto como fonte do conhecimento, desprezando
os conceitos da razão, levou ao engano; não afirma que é impossível conhecer algo da realidade.
Alternativa "B" está incorreta. Somente com a leitura do texto, fica difícil perceber o erro dessa alternativa. O filósofo
alemão é conhecido como aquele que reconcilia razão e empirismo, ou seja, ele acredita que, além do conceito, a experiência
é necessária.
Alternativa "C" está correta. O a priori kantiano refere-se aos conceitos inatos à mente que são capazes de processar o
que vem dos sentidos. Logo, tanto conceitos quanto experiência são necessários para o conhecimento.
Alternativa "D" está incorreta. A experiência sem conceitos capazes de organizarem os dados da realidade nada
significa.
Alternativa "E" está incorreta. A dificuldade de ampliação do conhecimento dá-se pelos nossos limites, não pela
opacidade dos objetos.
Gabarito: C.
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50.
Fragmento I
“Portanto, aquele que considerar as ações e o gênio desse homem não verá nada, ou verá pouco, que possa ser atribuído
à fortuna, na medida em que alcançou a preeminência, como é mostrado acima, não pelo favor de ninguém, mas passo a
passo na profissão militar, etapas que foram conquistadas com mil problemas e perigos, e que depois foram ousadamente
mantidas por ele através de muitos perigos. No entanto, não se pode chamar de talento matar concidadãos, enganar amigos,
não ter fé, misericórdia, religião; tais métodos podem conquistar um império, mas não a glória ...No entanto, sua crueldade
bárbara e sua desumanidade com infinita maldade não permitem que ele seja celebrado entre os homens mais excelentes”.
Fragmento II
"Não se afaste do bem, mas saiba valer-se do mal, se necessário”.
Maquiavel, Nicolau. O príncipe, com prefácio de Paulo Vieira (p. 51). Editora Gente. Edição do Kindle.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) Esses dois fragmentos tirados de O príncipe,
ressaltam que o bom governante
(A) valoriza a vida prática.
(B) usa a violência autoritária.
(C) despreza totalmente a moral.
(D) não dá importância à ética.
(E) procura a riqueza.
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Comentários:
Alternativa "A" está correta. Ao considerar o personagem em questão, no texto I, Maquiavel o elogia porque “alcançou
a preeminência, como é mostrado acima, não pelo favor de ninguém, mas passo a passo na profissão militar”, ou seja
destaca a ação. Depois, critica-o pela crueldade. O texto II também reforça o caráter prático do príncipe, pois deve valer-
se do mal, se necessário.
Alternativa "B" está incorreta. A violência autoritária e cruel leva Maquiavel a criticar o personagem de quem fala, no
texto I.
Alternativa "C" está incorreta. Maquiavel faz julgamento moral do conquistador do texto I, ou seja, jamais valorizaria
um governante que desprezasse a moral. No texto II, ele concede uma certa imoralidade no agir, mas se for necessário.
Alternativa "D" está incorreta. O bom governante pode deixar a ética de lado, se necessário. Mas nada indica, no texto,
que o bom governante é aquele que não dá importância à ética.
Alternativa "E" está incorreta. O termo fortuna, no texto, não se refere à riqueza.
Gabarito: A.
51.
“(...) o raciocínio é "dialético" quando parte de opiniões geralmente aceitas. São "verdadeiras" e "primeiras" aquelas
coisas nas quais acreditamos em virtude de nenhuma outra coisa que não seja elas próprias; pois, no tocante aos primeiros
princípios da ciência, é descabido buscar mais além o porquê e as razões dos mesmos; cada um dos primeiros princípios
deve impor a convicção da sua verdade em si mesmo e por si mesmo. São, por outro lado, opiniões "geralmente aceitas"
aquelas que todo mundo admite, ou a maioria das pessoas, ou os filósofos em outras palavras: todos, ou a maioria, ou os
mais notáveis e eminentes.”
(Aristóteles. Tópicos (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 6-9). Edição do Kindle.)
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) Ao falar do raciocínio dialético, Aristóteles discute
o fundamento do que deve pautar a verdade, a saber,
(A) o comum acordo por parte dos sábios.
(B) o estabelecimento dos primeiros princípios.
(C) a imposição de razões evidentes.
(D) a discussão de convicções particulares.
(E) a disposição virtuosa para o debate.
Comentários:
Alternativa "A" está incorreta. Na última frase, Aristóteles deixa implícita uma crítica à opinião da maioria, mesmo que
sejam sábios. O conectivo “por outro lado” expressa o que seria o contrário do fundamento da verdade.
Alternativa "B" está incorreta. O autor utiliza a expressão “primeiros princípios” como sinônimo de verdade. Ora,
substituindo primeiros princípios por verdade, a alternativa afirmaria que: o fundamento que deve pautar a verdade é o
estabelecimento da verdade. Ora, isso não tem sentido.
Alternativa "C" está correta. Aristóteles quer dizer que, no diálogo entre pessoas que procuram a verdade, deve-se
analisar os argumentos dados por eles mesmos, pela força de evidência que eles possuem. Essa ideia pode ser interpretada
a partir do seguinte trecho: “cada um dos primeiros princípios deve impor a convicção da sua verdade em si mesmo e por
si mesmo”.
Alternativa "D" está incorreta. Aristóteles exclui as convicções particulares ao mencionar que opiniões “geralmente
aceitas” não são válidas.
Alternativa "E" está incorreta. “Disposição virtuosa“ para o debate significaria discutir a ética própria de uma discussão;
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Aristóteles discute, nesse fragmento, os procedimentos válidos para o raciocínio dialético, não discorre sobre como as
pessoas devem se comportar.
Gabarito: C.
52.
“Quando é que a resposta à questão: Que é isto – a filosofia? é uma resposta filosofante? Quando filosofamos nós?
Manifestamente apenas então quando entramos em diálogo com os filósofos. Disto faz parte que discutamos com eles aquilo
de que falam. Este debate em comum sobre aquilo que sempre de novo, enquanto o mesmo, é tarefa específica dos filósofos,
é o falar, o légein no sentido de dialégesthai, o falar como diálogo.”
HEIDEGGER, M. Qu'est-ce que la Philosophie. In: Conferências e escritos filosóficos. Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1991.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Fernando Andrade) Para Heidegger, a filosofia, muito mais do que
uma reflexão, expressa um diálogo. Os problemas levantados pelos filósofos, que ecoam por todo o tempo, são
(A) uma questão atual.
(B) uma curiosidade histórica.
(C) um conhecimento inócuo.
(D) uma verdade eterna.
(E) um relembrar etimológico.
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Comentários:
Nesse fragmento, Heidegger dá sua resposta sobre o que é filosofia: o diálogo com os filósofos do passado. A questão
gira em torno de como devemos considerar as questões levantadas por ele, como deve ser encarado esse diálogo.
Alternativa "A" está correta. O texto deixa implícito que a filosofia significa fazer uma reflexão à luz dos problemas atuais
das ideias e problemas levantados pelos antigos.
Alternativa "B" está incorreta. Heidegger dá bastante valor a esse diálogo com a tradição, ou seja, não se trata de uma
mera curiosidade histórica.
Alternativa "C" está incorreta. O filósofo alemão valoriza a filosofia e o diálogo com os antigos, jamais diria que se trata
de algo inócuo (que não produz o efeito esperado).
Alternativa "D" está incorreta. Na filosofia, não há concordância, a não ser em relação aos problemas, mas não se pode
dizer que problema é uma verdade, porque se trata do contrário disso, uma questão abre a possibilidade de especulação
para se chegar à verdade e, como vimos, na filosofia, as respostas não são unívocas, traço necessário do que chamamos
verdade.
Alternativa "E" está incorreta. “Etimologia” significa estudo da origem das palavras. Heidegger faz isso no seu texto,
mas como método discursivo. Não defende que isso seja a essência do diálogo com a tradição.
Gabarito: A.
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Sociologia
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Prof.ª Alê Lopes
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Introdução
Olá, aluno/aluna, do Estratégia Vestibulares!

É com grande alegria que apresento a você a correção de Sociologia
do nosso 9º Simulado ENEM do Estratégia Vestibulares. Espero que você
tenha ido muito bem para se somar a nossa família de Corujas Estratégicas!
Para que me conheça um pouquinho, peço licença para me apresentar.
Meu nome é Alessandra Lopes e pode me chamar de Alê. Permita-me uma
breve apresentação da minha trajetória. Sou formada na UNICAMP, Mestra em
Ciência Política pela mesma Universidade. Desde 2004, dou aulas de História,
Sociologia e Humanidades em cursos preparatórios para vestibulares e para o ENEM e
até para concursos públicos.
Conheço muitos sistemas de ensino, materiais e abordagens que existem nesse
“mundo dos vestibulares”. Já escrevi muitos materiais preparatórios. Posso afirmar, com
segurança, que já contribui para a aprovação de muitos alunos nas mais variadas e concorridas universidades Brasil afora:
USP; UNICAMP; UNIFESP; UNESP; UFRJ; UFSC; UEA; UEL; UFBA; FGV; PUC-SP; UnB; UERJ; UFGRS; UFPR; PUC; FGV;
EsPCEx; entre outras.
Nesse tempo todo, tenho acompanhado tudo o que os vestibulares cobram, quais são seus padrões e surpresas,
bem como as mudanças feitas ao longo dos anos. Essa experiência toda me permitiu criar um método de ensino
capaz de fazer você APRENDER Sociologia e de gabaritar as questões dessa matéria nos principais vestibulares
do país.
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Assim, é com grande alegria que faço um convite para você conhecer mais profundamente o Estratégia Vestibulares.
Sei que podemos ajudá-lo nessa jornada até sua aprovação!
Venha comigo: com foco, força, fé e café, você
chega lá!!!!
Já aproveite para me seguir nas redes sociais.
Com as dicas de lá, você complementa seus estudos!
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Questões de Sociologia
Resolvidas e comentadas por: Prof.ª Alê Lopes
53.
No conceito de Meyer-Plufg, a concepção de incitação à discriminação é o elemento nuclear para a identificação desse
discurso. Com a intenção de reforçar tal classificação, ajustando-a a um novo olhar sobre o tema, pode-se dizer que a sua
produção passa também por fases preparatórias, como o estímulo ao preconceito, na perspectiva de ativar no grupo
dominante “percepções mentais negativas em face de indivíduos e grupos socialmente inferiorizados.
SCHAFER, Gilverto. LEIVAS, Paulo G. C. DOS SANTOS, Rodrigo. RIL Brasília a. 52 n. 207 jul./set. 2015 p. 143-158
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) O pensamento acima aborda um fenômeno opressivo e
intolerante que passou a ser considerado crime recentemente. Trata-se
(A) do discurso de ódio.
(B) do bullying.
(C) do assédio moral.
(D) da discriminação religiosa.
(E) do discurso negacionista.
Comentários:
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(A) correto, pois o discurso do ódio está vinculado à utilização de palavras que tendem a insultar, intimidar ou assediar
pessoas em virtude de sua raça, cor, etnicidade, nacionalidade, sexo ou religião” ou ainda a sua potencialidade ou
“capacidade de instigar violência, ódio ou discriminação contra tais pessoas”. Repare que o texto do enunciado enfatiza o
elemento do discurso, pois o discurso de ódio é considerado um tipo de violência verbal e sua base é a não aceitação das
diferenças, ou seja, a intolerância. Além disso, vale destacar que a concepção de incitação à discriminação é o elemento
nuclear para a identificação desse discurso. Com a intenção de reforçar tal classificação, ajustando-a a um novo olhar sobre
o tema, pode-se dizer que a produção de ódio passa também por fases preparatórias, como o estímulo ao preconceito, na
perspectiva de ativar no grupo dominante “percepções mentais negativas em face de indivíduos e grupos socialmente
inferiorizados”. (SCHAFER, Gilverto. LEIVAS, Paulo G. C. DOS SANTOS, Rodrigo. Discurso de ódio: da abordagem conceitual
ao discurso parlamentar. RIL Brasília a. 52 n. 207 jul./set. 2015 p. 143-158
(B) errado, pois bullying é uma prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, como intimidação,
humilhação, xingamentos e agressão física, de uma pessoa ou grupo contra um indivíduo. Veja, então, que o bullying está
direcionado a um indivíduo, potencializando o que se conhece como assédio.
(C) falso, pois assédio moral também está direcionado a um indivíduo e pode ou não envolver discriminações motivadas
por questões religiosas, de gênero, raciais, entre outras. Situações de assédio moral são comuns em ambientes de trabalho,
quando pessoas em cargo de gestão de “chefia” abusam de sua posição para humilhar, exigir e discriminar trabalhador em
nível inferior. Vale frisar que, apesar de ser mais frequente quando o alvo é uma pessoa, também existe o assédio moral
coletivo, por exemplo, quando uma empresa obriga todos os trabalhadores de determinado setor a se vestirem com roupas
vexatórias quando as metas não são cumpridas.
(D) falso, pois discriminação religiosa está contida no “discurso de ódio” e o texto do enunciado é mais amplo.
(E) errado, pois o discurso negacionista procura negar verdades científicas e historicamente comprovadas.
Gabarito: A.
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54.
“Artigo 39 - Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou
exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por
julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra”.
(Magna Carta, 1215)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) Esse documento, elaborado no contexto do século XIII,
reflete uma profunda mudança política ao estabelecer
(A) a liberdade de expressão.
(B) a paridade jurídica.
(C) a repartição constitucional dos poderes.
(D) o direito divino do rei.
(E) limites ao poder.
Comentários:
(A) errado, pois o documento foi elabora para se assegurar direitos ao nobres ingleses, sendo que a liberdade de
expressão começa a aparecer como uma demanda político-social no século XVI, em particular, após a criação da prensa de
Gutemberg.
(B) falso, pois a paridade jurídica deriva da igualdade perante a lei. Nesse momento, a sociedade era estamental e não
se discutia o instituto da igualdade, algo que surge com força com as revoluções burguesas entre o século XVII e XIX.
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(C) falso, pois tanto o parlamento inglês estava em formação quanto a ideia de divisão dos poderes surge com o
pensamento liberal no século XVIII. Primeiramente, na própria Inglaterra, podemos lembrar de John Locke, que constatou
que o poder seria mais bem utilizado se houvesse uma repartição de funções entre Parlamento e Monarquia. Depois,
Montesquieu estrutura melhor a teoria da tripartição dos poderes.
(D) falso, pois esta é a teoria que reforça o poder absoluto dos reis, sendo oposta ao que a Magna Carta buscou
estabelecer.
(E) correto. A Magna Carta, de 1215, resultou de desentendimentos entre o rei João (Sem Terra), o Papa e os barões
ingleses acerca das prerrogativas do monarca. O rei deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados
procedimentos legais, bem como, reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita à lei.
Gabarito: E.
55.
Mafalda
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) A personagem Mafalda torce para que seu colega Manolito
não use a palavra “política”, porque, no senso comum, ela é associada
(A) à democracia.
(B) à concretização de direitos.
(C) à corrupção.
(D) à participação popular.
(E) a um xingamento.
Comentários:
Veja que, no segundo quadrinho, Mafalda vincula a palavra política a um palavrão, sendo palavrão algo que é “feio”,
significado de “coisa ruim”. Além disso, conhecendo minimamente a percepção do senso comum sobre “política”, é possível
relacionar “política” com “corrupção”. Isso porque a imagem popular – reforçada por veículos de comunicação em massa –
que se faz de políticos é que são todos corruptos.
(A) errado, pois Mafalda associa “política” a algum elemento prejudicial e democracia, principalmente na
contemporaneidade, está associada à governança da vida comunitária, com vistas a solucionar coletivamente os problemas.
(B) falso, pois é preciso buscar, entre as alternativas, aquela que indica uma aspecto negativo.
(C) correto, conforme dito acima.
(D) falso, pois, sem problematizar, não dá para chegar a elementos negativos da participação popular. Além disso, em
geral, o senso comum relaciona política com a “não participação”, seja porque não há identidade com a vida pública, seja
porque, na medida que as pessoas associam política à corrupção, não querem fazer parte dela.
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(E) falso, pois, a rigor, “política” não é um xingamento, mas um conceito histórico relacionado à ação pública para
solução de problemas coletivos, considerando debates de ideias e disputas de argumentos.
Gabarito: C.
56.
Involuntariamente, há 70 anos, a turnê que a célebre dançarina e coreógrafa americana Katherine Dunham fazia pelo
Brasil acabou por interferir nos rumos da história do país. Na noite de 11 de julho de 1950, uma terça-feira, em sua estreia
no Theatro Municipal de São Paulo, ela aproveitou o intervalo entre o primeiro e o segundo ato para fazer uma denúncia
aos repórteres que cobriam o espetáculo. Revoltada, a artista relatou que, dias antes, o gerente do Esplanada, o luxuoso
hotel vizinho do teatro, se recusara a hospedá-la ao descobrir que era uma “mulher de cor. O cinco-estrelas paulistano
mexeu com a pessoa errada. Além de especializada em danças de origem africana, Dunham era antropóloga e ativista social
nos Estados Unidos —orgulhosa, portanto, de sua pele negra.
(EL Pais, jul/2020)
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) A partir desse episódio, meses depois, o Brasil aprovou
a Lei Afonso Arinos, a primeira norma destinada a punir e inibir atos racistas. Nesse sentido, considerando a formação da
sociedade brasileira, pode-se afirmar que a discriminação sofrida por Dunham e a aprovação da Lei
(A) reafirmaram o racismo científico.
(B) inseriram a igualdade substancial no ordenamento jurídico brasileiro, embora a desigualdade formal tenha continuado.
(C) foram um caso pontual, já que a abolição da escravidão havia ocorrido há décadas.
(D) confrontaram o mito da democracia racial da sociedade brasileira.
(E) abriram o debate de ação afirmativa na sociedade brasileira.
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Comentários:
(A) falso, pois o racismo sofrido pela atriz reafirmou sim o racismo científico, mas a lei foi aprovada para combater o
racismo. Sobre essa questão do racismo científico, vale ressaltar que um dos relatores do projeto de lei, o deputado Plínio
Barreto (UDN-SP), que era adepto do racismo científico (embora houvesse se manifestado favorável ao projeto de lei),
chegou a redigir:
“O preto, o índio e o português concorreram para a formação do nosso povo. Queiramos ou não, temos
que considerá-los todos nossos antepassados. Raros os que descendemos diretamente, sem mescla de
outros sangues, da forte raça lusitana. Temos que aceitar a herança africana com os seus ônus e com
as suas vantagens, integralmente, sem possibilidade de renunciar a qualquer das suas parcelas.
Biológica e historicamente, o negro é parte essencial do nosso povo. Seja um bem, seja um mal, seja
uma coisa que nos orgulhe, seja uma coisa que nos deprima, é essa a realidade.”
(B) errado, pois é o contrário. A igualdade formal é quando há igualdade perante a lei, ou seja, formalmente foram
criadas normas para tornar a vida das pessoas mais igualitárias. Já a igualdade substancial ocorre quando, de fato, na
prática, houve a mudança, ou seja, se as realidade mudaram. Bem, veja que até hoje temos casos gritantes de racismo na
sociedade brasileira. Por isso, a igualdade substancial (ou substantiva) ainda não foi atingida.
(C) errado, pois a sociedade brasileira é historicamente racista, com ênfase para as abordagens que aprofundam estudos
sobre o racismo estrutural. O diferencial é que o fato que motivou a Lei Afonso Arinos aconteceu com uma grande
personalidade.
(D) é o nosso gabarito, pois substituindo a ideia do “racismo científico”, o Brasil, principalmente a elite brasileira,
orgulhava-se de ter atingido uma República democrática com igualdade e oportunidade para todos. Só que não! Sabemos
que a ideia de que no Brasil não havia discriminação foi politicamente construída como parte de um discurso elitista, que,
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invertendo valores, ressignificou a discriminação racial, institucionalizando-a, segregando determinados espaços só para elite
rica e a classe média branca rica, dentre outros. Ah, mais profe, como assim? Veja, se combinarmos a concentração de
renda, as desigualdades sociais e a ausência de políticas públicas inclusivas, notaremos que os pobres (estrato social formado
majoritariamente por negros ou pardos) são privados de diversos serviços, direitos, acesso ao lazer, cultura etc. A própria
lei Afonso Arino dizia o seguinte: quem recusasse hospedagem em hotel, entrada em estabelecimento comercial, matrícula
em escola ou contratação em empresa pública ou privada “por preconceito de raça ou de cor” poderia ser condenado a
pagar multa e cumprir até um ano de prisão. Ou seja, diante da realidade social, foi preciso um dispositivo legal para forçar
a reversão do cenário, que não era nada democrático.
(E) errado, pois essa discussão somente aparece no final do século XX.
Gabarito: D.
57.
Mafalda
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) Observando o diálogo da tirinha acima e a partir de seus
conhecimentos sobre a indústria cultural, é possível afirmar que
(A) a indústria cultural gera condições para a disseminação de fake news.
(B) o analfabetismo é resultado do avanço da mercantilização da arte e das comunicações.
(C) a juventude é a geração mais sujeita a ser influenciada pela indústria cultural.
(D) a indústria cultural provoca a dificuldade de os indivíduos diferenciarem a ficção da realidade
(E) os jovens têm grande dificuldade de interpretação devido à indústria cultural.
Comentários:
Para começar, devemos lembrar dos conceitos de indústria cultural: conjunto de mercadorias culturais; padrões que se
repetem com o objetivo de formar uma estética ou percepção comuns voltadas ao consumo; mercantilização da arte e da
cultura; que gera domesticação e adesão às ideias e produtos; os meios de comunicação que se valem de repetição e da
estereotipia em um fluxo de imagens.
(A) Errado. Não se pode afirmar que fake news é consequência da indústria cultural, porque não é a produção de uma
mentira. O que vemos na tirinha é a incapacidade de um dos personagens de compreender que a imagem vista era de um
filme e não da realidade. Fake news são mentiras que circulam como se fossem verdades.
(B) Errado. O analfabetismo tem causas estruturais ligadas à cultura e à dificuldade de aceso a educação, ele não é
consequência da mercantilização da arte e da comunicação.
(C) Errado. A capacidade de influência da indústria cultural atinge todos, independentemente da geração.
(D) Correto. É o que afirma a teoria e o que está representado na tirinha. Os teóricos críticos afirmam que os homens
perdem sua capacidade racional de estabelecer diferenças entre a realidade e a imagem.
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(E) Errado. Algumas pessoas falam de um déficit atual de leitura, escrita e intepretação. Não é certo que a indústria
cultural seja a única responsável por essa situação. Além disso, a tirinha não representa dificuldade de interpretação.
Gabarito: D.
58.
No Brasil, conforme escreveu o eugenista britânico E. Trounson, em 1931, a palavra eugenia seria empregada de forma
menos restritiva: “conflitos familiares, educação sexual e exames e atestados pré-nupciais parecem ser os assuntos que
mais interessam aos eugenistas brasileiros, enquanto a genética e a seleção natural e social são bastante negligenciadas.
A abordagem é mais sociológica que biológica” concluía Trounson.
SOUZA, Vanderlei Sebastião. As ideias eugênicas no brasil: ciência, raça e projeto nacional no entreguerras.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Ale Lopes) O movimento eugênico, no Brasil:
(A) considerava a miscigenação como elemento necessário à incorporação do elemento negro, de modo a constituir uma
sociedade nem branca e nem negra, mas parda
(B) detinha-se no aperfeiçoamento da raça brasileira, sobretudo a partir da esterilização involuntária em massa das mulheres
negras e pobres.
(C) considerava a miscigenação um fator positivo, porque expressava uma variabilidade genética que tornava o povo forte,
a exemplo do sertanejo.
(D) tinha como expressão ideológica a teoria do embranquecimento, que propunha a formação progressiva de guetos negros
nas periferias das grandes cidades.
(E) preocupava-se, principalmente, com os fatores sociais e ambientais como sendo essenciais no aperfeiçoamento do povo
brasileiro.
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Comentários:
Eugenia foi uma teoria biológica chamada de “ciência da hereditariedade”; foi criada no século XIX por Francis Galton.
Previa o aperfeiçoamento das características raciais dos povos e estava intimamente relacionada às discussões e teorias
raciais, evolucionistas e positivistas. Veja que, apesar de ser uma teoria biológica, também impactou as discussões sociais.
Naquele momento, biologia e sociologia caminhavam lado a lado de modo a desenvolver concepções e prognósticos sobre
as sociedades. Assim, acabou constituindo-se um movimento social, de bases científicas, que discutia raça e nacionalidade.
Propunha ações políticas no campo da saúde, da sexualidade, da organização familiar, da cultura e da educação.
Na América Latina, o movimento eugênico teve uma perspectiva mais sociológica que biológica, na medida em que
houve uma preocupação com os problemas sociais e com o meio. Os determinismos geográficos e climáticos eram
considerados fatores de degeneração dos hábitos dos brasileiros. Mesmo assim, o eugenismo no Brasil não foi menos racista,
já que se desenvolveu, nesse contexto, a teoria do embranquecimento, que precisava da entrada do elementos branco, que,
por meio de uma utilitária miscigenação, acabaria por fazer desaparecer o elemento negro. Assim, buscava-se mudar
determinadas práticas sociais, classificando algumas como degeneradas, perigosas e bárbaras. Lembre-se de que, no Brasil,
houve uma associação entre pobreza/raça e inferioridade. Hábitos, crenças, fé, rituais da cultura popular, conhecimentos
tradicionais, formas de organização familiar eram consideradas inferiores, por isso deveriam ser proibidas, criminalizadas
para que fosse estabelecido uma “sanitarização cultural” que levasse à formação de um povo elevado, culto e branco.
Tendo isso em mente, vamos analisar as alternativas.
(A) Errado. O que se pretendia com a entrada do elemento branco era o branqueamento da população.
(B) Errado. No Brasil, houve esterilização involuntária sim. Muitas mulheres pobres foram esterilizadas sem
consentimento e, algumas vezes, sem que soubessem. Mas, essa não foi a principal prática. Como falamos no comentário
inicial, no Brasil, as intervenções ocorreram em maior parte no campo dos hábitos e costumes sociais.
(C) Errado. A miscigenação era considerada uma degeneração completa de um povo.
(D) Errado. É verdade que a teoria do embranquecimento é uma expressão do pensamento eugênico, mas não houve
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políticas de segregação espacial. Apesar disso, a formação dos bairros periféricos, das favelas e das ocupações irregulares
levou à constituição de um segregacionismo velado.
(E) Correto, conforme falamos no início do nosso comentário.
Gabarito: E.
59. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) O Brasil acaba de receber mais um título de
Patrimônio Mundial. Legado do paisagista brasileiro que criou o conceito de jardim tropical moderno, o Sítio Roberto Burle
Marx (SRBM) foi reconhecido por unanimidade nesta terça-feira, 27 de julho, durante a 44ª Sessão do Comitê do Patrimônio
Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O SRBM foi reconhecido na
categoria de Paisagem Cultural, em que se enquadram bens que referenciam a interação entre o ambiente natural e as
atividades humanas, resultando em uma paisagem natural modificada.
Do reconhecimento do Sítio como Patrimônio mundial, decorre
(A) a ampliação dos potenciais turísticos, mas não científicos.
(B) o aumento dos compromissos com a proteção, conservação e gestão do SRBM.
(C) o reconhecimento da importância de Burle Marx na luta pela preservação ambiental.
(D) a preservação da memória da arquitetura moderna, movimento do qual Burle Marx foi expoente.
(E) a necessidade de tombamento pelo IPHAN, para acompanhar o ato inédito da UNESCO.
Comentários:
Bem, por que as sociedades atuais tombam patrimônios? Essa é a essência da pergunta. O enunciado trouxe um caso
de reconhecimento do Sítio Roberto Burle Marx (SRBM) como patrimônio histórico na categoria paisagem cultural. Veja,
independentemente do patrimônio, o processo de reconhecimento e tombamento tem objetivos comuns e o principal é a
preservação.
Tendo isso em mente, vamos analisar cada alternativa.
(A) Errado. No caso do Sítio Roberto Burle Marx (SRBM), há iniciativa científica sim, no campo da fauna e da flora.
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(B) Gabarito. É a noção geral sobre as consequências do reconhecimento de um patrimônio: gera responsabilidade para
a execução do objetivo da preservação.
(C) Errado. O reconhecimento é relativo ao sítio, não sobre a pessoa de Burle Marx. Ele foi um grande paisagista que
integrou um dos principais movimentos artístico-culturais do século XX – o Modernismo.
Burle Marx foi pioneiro na luta pela conservação da natureza e ferrenho defensor do ambiente.
Compreendendo desde cedo o potencial estético e a importância científica da flora tropical, introduziu o uso
de espécies nativas em seus projetos paisagísticos, criando o conceito de jardim tropical moderno, alinhado
ao movimento moderno na arquitetura e nas artes, que produziu grande impacto no campo mundial do
paisagismo. – IPHAN.
(D) Errado. Indiretamente, é verdadeiro que o tombamento preserva a memória, mas, no caso trazido, tem a ver com
um patrimônio natural, não arquitetônico.
(E) Errado. O Sítio já é um patrimônio brasileiro reconhecido pelo IPHAN.
Gabarito: A.
60.
Em nenhum país do mundo o método democrático pode perdurar sem tornar-se um costume.
SOUSA SANTOS, Boaventura de. O futuro da Democracia. São Paulo. Ed. Paz e Terra, 2011, p. 52.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Alê Lopes) A trecho acima indica que a democracia
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(A) é um sistema dependente de procedimentos políticos e valores sociais.

(B) falhou em todos os países em que foi implantada.
(C) é um sistema exclusivamente procedimental, que permite a tomada de decisões.
(D) é um estilo de vida que promove a igualdade e a tolerância.
(E) depende da participação racional de cada cidadão segundo seus princípios individuais.
Comentários:
(A) Gabarito. O enunciado coloca dois pontos para o funcionamento da democracia: o método e o costume. Isso se
relaciona com procedimentos e valores, respectivamente.
(B) Errado, o texto não afirma isso.
(C) Errado. Como afirma o texto, o procedimento precisa de costume, por isso não é exclusivamente procedimental.
(D) Errado. Democracia não é estilo de vida, embora traga valores. Democracia é regime político.
(E) Errado. É verdade que seria necessário a ação racional das pessoas, mas, não necessariamente, seguindo seus
princípios. Os elementos que movem as pessoas têm muitas motivações.
Gabarito: A.
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História
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Prof. Marco Túlio
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Questões de História
Resolvidas e comentadas por: Prof. Marco Túlio
61.
Numa dessas oficinas sobraram muitos modelos em gesso, que, ao que tudo indica, serviam para ser “transcritos”
posteriormente para a pedra. Foi entre esses modelos que uma equipe alemã, que realizava prospecções em Amarna,
encontrou o célebre Busto de Nefertite que é, hoje, o mega ícone do Museu de Berlim, visitado anualmente por cerca de 1
milhão de pessoas.
DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. O Egito antigo. EDIPUCRS, 2010
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A localização atual do Busto de Nefertite evidencia uma
das grandes discussões patrimoniais dos dias de hoje, relacionadas à
(A) destruição de estátuas e monumentos históricos promovida por extremistas religiosos.
(B) dificuldade no acesso a museus e outros estabelecimentos voltados ao passado.
(C) diminuição do interesse na visitação de museus, monumentos e outros patrimônios históricos.
(D) existência de meios virtuais para visitação de patrimônios, reduzindo o fluxo de turistas.
(E) apropriação de artefatos pelos europeus e à necessidade de sua devolução aos territórios originários.
Comentários:
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- A alternativa A está incorreta. Embora a destruição de patrimônios históricos seja uma das discussões atuais, ela não
possui relações com o Busto de Nefertite, que é uma escultura preservada até os dias de hoje.
- A alternativa B está incorreta. Embora a localização do busto dificulte o acesso, já que se encontra na Alemanha, esta
não é a principal discussão patrimonial em torno dos artefatos encontrados em outros continentes e levados para a Europa.
- A alternativa C está incorreta. Como o autor deixa claro, apenas o Museu de Berlim é visitado por mais de um milhão
de pessoas, o que evidencia a existência de interesse no conhecimento destes locais.
- A alternativa D está incorreta, porque não existe uma grande discussão em torno da visitação virtual dos patrimônios,
já que o tour físico continua sendo uma importante atração turística.
- A alternativa E está correta. Uma das grandes discussões da atualidade gira em torno dos museus e acervos europeus,
que exibem itens encontrados e apropriados de outros continentes, como é o caso do Busto de Nefertite. A problemática
refere-se à devolução deles para os países de origem, para que sejam expostos nestes locais, não em solo europeu. O Museu
de Berlim negou a transferência do Busto de Nefertite para o Egito, por exemplo.
Gabarito: E.
62.
Na Europa quase toda, aquando dos grandes arroteamentos, a atracção dos novos centros urbanos e das aldeias,
fundadas sobre as terras desbravadas, prejudicou, certamente, muitas comunidades camponesas.
BLOCH, Marc. A sociedade feudal, trad. Liz Silva, Lisboa, Edições, v. 70, 1987.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) O trecho aponta para um processo singular ocorrido
durante o medievo, conhecido como renascimento urbano. Como uma das causas desse êxodo em direção às cidades,
podemos citar o(a)
(A) ascensão das monarquias, que passaram a exercer enorme influência nas cidades a partir do século X.
(B) avivamento da atividade comercial, incentivado pelo excedente agrícola e comércio com o Oriente.
(C) invasão dos povos bárbaros aos feudos senhoriais, empurrando as populações para o meio urbano.
(D) incentivo da Igreja à subversão da ordem feudal, levando à fuga massiva de camponeses dos feudos.
(E) crescimento da nobreza cavalheiresca, que atraía a população ao meio urbano por meio de torneios e espetáculos.
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Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque os reis possuíam pouca influência na sociedade feudal, que era caracterizada
pela descentralização do poder. Essas figuras cresceram em influência a partir do século XV, que é o momento de transição
para a Idade Moderna.
- A alternativa B está correta. A partir do ano 1.000, a Europa passou por um processo de renascimento comercial. Ele
foi propiciado pelos excedentes agrícolas, fruto das inovações tecnológicas no meio rural, e pela abertura do comércio com
o Oriente, decorrente das Cruzadas. As cidades começaram a figurar como sedes de importantes feiras e interpostos
comerciais, fomentando o êxodo em direção a tais locais.
- A alternativa C está incorreta, porque as invasões bárbaras se inserem no contexto de fim da antiguidade, muitos anos
antes do renascimento urbano do século XI.
- A alternativa D está incorreta, porque a Igreja não incentivava a subversão da ordem feudal, mas sim o oposto disso.
A doutrina católica era usada para manter a ordem social, evitando a desestabilização da hierarquia entre servo e senhor.
- A alternativa E está incorreta, porque os torneios e festas medievais possuem pouca relação com o crescimento da
urbanização, já que muitos deles eram comemorados nos feudos.
Gabarito: B.
63.
Pouco a pouco esse artifício narrativo cedeu lugar a uma retórica, a mobilização do trabalho indígena foi transformada
em uma pedagogia moral e religiosa. A entrada sertões adentro, atravessando terras habitadas pelos índios, virou uma
epopeia, por meio da qual os colonizadores iriam semeando a civilização.
OLIVEIRA, João Pacheco de; FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. A presença indígena na formação do Brasil. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
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Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) O texto aponta para a visão difundida do encontro entre
europeus e indígenas brasileiros, a partir do ano de 1.500. Infere-se desse trecho que essa narrativa possui um caráter
(A) unilateral, exaltando o papel do homem branco e inferiorizando aquele exercido pelos nativos.
(B) heroico, enfatizando as aventuras dos europeus e a bravura dos indígenas ao resistirem.
(C) relativista, levando em consideração o ponto de vista dos nativos.
(D) neutro, alternando de forma justa entre a visão dos europeus e dos nativos.
(E) contemplativo, demonstrando a admiração dos europeus em relação às culturas indígenas.
Comentários:
- A alternativa A está correta. As narrativas construídas desde 1500 partem unicamente da visão do homem branco em
relação ao indígena. Pouco se sabe sobre o inverso, o que explicita um caráter unilateral. Ademais, é comum que os europeus
sejam colocados como figuras benevolentes e portadoras do progresso, enquanto os nativos são retratados como bárbaros
e incivilizados, numa clara relação hierárquica de inferioridade.
- A alternativa B está incorreta, porque a narrativa não enfatiza a bravura dos indígenas. Essas figuras são sempre
diminuídas e retratadas como um atraso ao progresso dos europeus.
- A alternativa C está incorreta, porque essas narrativas não levam em conta o ponto de vista dos nativos, exercendo
um claro papel de exclusão destas figuras.
- A alternativa D está incorreta, porque essas narrativas não alternam entre as duas visões. Existe um ponto de vista
hegemônico, que é o dos europeus.
- A alternativa E está incorreta, porque essas narrativas do período colonial, em sua maioria, refletem o olhar
preconceituoso em relação às culturas indígenas, que são retratadas como inferiores à europeia. Não existe, portanto, uma
admiração.
Gabarito: A.
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64.
Declaração de Direitos (1689)
1. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento.
2. Que, do mesmo modo, é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para dispensar as leis ou o seu
cumprimento, como anteriormente se tem verificado, por meio de uma usurpação notória.
ARCHIVES, Parliamentary. Bill of Rights 1689. Adaptado.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A elaboração do Bill of Rights, Declaração de Direitos,
foi fruto de um processo único na história britânica, conhecido como Revolução Gloriosa. Esse documento, redigido no ano
de 1689, ficou conhecido por
(A) estabelecer a monarquia absolutista na Inglaterra.
(B) condenar os privilégios da burguesia.
(C) submeter a monarquia ao parlamento inglês.
(D) criar as primeiras fábricas nacionais inglesas.
(E) efetivar a lei do Cercamento de Terras.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque o Bill of Rights estabeleceu a monarquia parlamentarista na Inglaterra, extirpando
o absolutismo do país.
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- A alternativa B está incorreta, porque o Bill of Rights não condenava os privilégios da burguesia, que prosseguia como
uma classe social importante no contexto inglês, especialmente no parlamento.
- A alternativa C está correta. O Bill of Rights estabeleceu uma série de restrições ao monarca inglês, submetendo-o ao
poder do parlamento. Essa medida buscava refrear o avanço do absolutismo, que definia o rei como um poder central e
incontestável. O documento é visto como marco inicial da monarquia parlamentarista no País, que permanece até os dias
de hoje.
- A alternativa D está incorreta, porque o Bill of Rights não possui relação com a criação das primeiras fábricas nacionais
inglesas. São fatos desconectados.
- A alternativa E está incorreta, porque o Bill of Rights não cita a lei do Cercamento. Portanto, não existe relação entre
eles.
Gabarito: C.
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65.
CPF 04523655707
.
Disponível em <https://imagohistoria.blogspot.com/2010/10/primeira-guerra-mundial-guerra-total-e.html>. Acesso em 28/07/2021.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A charge apresenta, em tom humorístico, o panorama
alemão após o fim da Primeira Guerra Mundial, evidenciando
(A) o descaso inglês com a reconstrução do país germânico.
(B) as tentativas da Tríplice Entente em reduzir as dívidas do Império Alemão.
(C) as duras imposições econômicas do Tratado de Versalhes.
(D) o Plano Marshall e suas repercussões de endividamento para a Alemanha.
(E) os custos da guerra promovida pelo Partido Nazista e seus aliados.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque o descaso inglês com a reconstrução do país germânico não é o foco central da
charge, mas sim a questão das dívidas impostas pelo Tratado de Versalhes.
- A alternativa B está incorreta, porque a Tríplice Entente, composta por Inglaterra, França e Rússia, não buscou reduzir
as dívidas do Império Alemão. Na verdade, essa nação foi responsabilizada pelos custos do conflito, recebendo duras sanções
econômicas.
- A alternativa C está correta. O Tratado de Versalhes foi responsável por finalizar o conflito, estabelecendo as reparações
pelo esforço de guerra. Esse acordo foi extremamente taxativo com a Alemanha, restringindo suas forças militares e
estipulando um enorme montante a ser pago aos países afetados, especialmente à Inglaterra e à França. Por isso, existe,
na charge, a representação de um elevado número de contas a serem quitadas com a figura inglesa.
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- A alternativa D está incorreta, porque o Plano Marshall foi colocado em prática após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Não possui relações com a Primeira Guerra.
- A alternativa E está incorreta, porque a Primeira Guerra não se relaciona com o Partido Nazista. Ele está ligado ao
conflito iniciado em 1939, conhecido como Segunda Guerra Mundial.
Gabarito: C.
66.
A usura é um dos grandes problemas do século XIII. Nessa data, a Cristandade, no auge da vigorosa expansão que
empreendia desde o Ano Mil, gloriosa, já se vê em perigo. [...] Como uma religião que opõe tradicionalmente Deus e o
dinheiro, poderia justificar a riqueza, sobretudo a riqueza mal adquirida?
LE GOFF, Jacques. La bolsa y la vida: Economía y religión en la Edad Media. Editorial Gedisa, 2021. Adaptado.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) Le Goff aponta para as mudanças substanciais ocorridas
durante a época final da Idade Média, que levaram a Igreja Católica, instituição milenar, a repensar alguns de seus dogmas.
Esse movimento medieval de revisão é justificado, dentre outros motivos, pelo(a):
(A) enriquecimento e escalada social da nobreza.
(B) difusão de uma economia monetária.
(C) recebimento de lucros astronômicos advindos da América.
(D) dispersão do ideal racionalista pregado pelos renascentistas.
(E) criação do Tribunal do Santo Ofício.
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Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque não houve um movimento de “escalada social” da nobreza, já que essas figuras
se inseriam no topo da hierarquia feudal. Ademais, esse fato não possui relação com a revisão dos conceitos católicos ligados
ao enriquecimento.
- A alternativa B está correta. A Idade Média assistiu à transição para um modelo econômico monetário, em que a
utilização de moedas ganhava cada vez mais destaque. Isso levou ao enriquecimento de determinadas figuras, especialmente
os burgueses e alguns membros da nobreza. Com o aumento da importância dada ao dinheiro e a práticas monetárias,
alguns dogmas passaram por processos de revisão e adequação, buscando justificar a riqueza adquirida pelos personagens
citados.
- A alternativa C está incorreta, porque o contexto de “descobrimento” da América se insere no período posterior à Idade
Média. Logo, não há relação com o movimento medieval de revisão citado por Le Goff.
- A alternativa D está incorreta, porque o contexto de dispersão dos ideais racionalistas e renascentistas se insere no
período posterior à Idade Média. Logo, não há relação com o movimento medieval de revisão citado por Le Goff.
- A alternativa E está incorreta, porque o Tribunal do Santo Ofício, também conhecido como Inquisição, não possui
relação com a revisão e adequação dos dogmas que sugere Le Goff. Essa instituição punia e perseguia os hereges.
Gabarito: B.
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67.
Em 1848, na região de Manchester, Inglaterra, 99% das mariposas ( Biston betularia) eram brancas e 1%, negras. Estas
últimas, de fato, eram presas fáceis de capturar por serem bem visíveis sobre os alvos troncos cobertos de liquens. Depois,
veio a era do carvão, a poluição matou os liquens e, em 1895, em Manchester, 90% das borboletas eram negras e 10%,
brancas, agora, por sua vez, presas fáceis sobre os troncos enegrecidos pelo carvão.
TIEZZI, Enzo. Tempos históricos, tempos biológicos. A terra ou a morte: os problemas da nova ecologia. São Paulo: Nobel, 1988. p.67. Adaptado.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A Inglaterra foi o país pioneiro no processo de
industrialização, que provocou profundas mudanças no meio social, político e ambiental. Parte desse pioneirismo justifica-
se pelo(a)
(A) conquista das regiões americanas ricas em ouro, especialmente na parte sul do continente.
(B) pragmatismo da monarquia absolutista inglesa.
(C) exploração de carvão nas colônias inglesas, especialmente nos Estados Unidos.
(D) conjunto de leis voltadas para a apropriação das terras comunais, conhecidas como Cercamento.
(E) declaração do Bill of Rights, que transformou todos os escravos em possíveis operários.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque a Inglaterra não participou da conquista das regiões americanas ricas em ouro.
Além disso, as colônias britânicas ficavam localizadas majoritariamente na região norte.
- A alternativa B está incorreta, porque a monarquia inglesa já não era mais absolutista, mas sim parlamentarista. Essa
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mudança ocorreu após a Revolução Gloriosa e a proclamação do Bill of Rights.

- A alternativa C está incorreta, porque as jazidas de carvão se localizavam no próprio território britânico. Os Estados
Unidos não possuíam reservas ricas deste mineral.
- A alternativa D está correta. As leis de Cercamento permitiram a apropriação das terras comunais, que eram lugares
utilizados pelos camponeses para a caça, coleta de lenha, etc. Esses locais foram transformados em propriedades privadas,
fortalecendo a ascendente classe burguesa. Ademais, esses lotes eram utilizados para a produção de matéria-prima
industrial, especialmente aquela voltada ao setor têxtil. Por fim, os camponeses foram paulatinamente obrigados a migrar
para as cidades, fornecendo mão-de-obra barata e abundante.
- A alternativa E está incorreta, porque o Bill of Rights não transformou todos os escravos em possíveis operários. Esse
documento se referia à questão da monarquia parlamentarista na Inglaterra.
Gabarito: D.
68.
LEI Nº 601, DE 18 DE SETEMBRO DE 1850.
Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca das que são possuídas por titulo de sesmaria sem preenchimento
das condições legais. bem como por simples titulo de posse mansa e pacifica; e determina que, medidas e demarcadas as
primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias
de nacionaes e de extrangeiros, autorizado o Governo a promover a colonisação extrangeira na forma que se declara.
Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que não seja o de compra.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0601-1850.htm>. Acesso em 29 de julho de 2021.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A Lei de Terras foi um marco na história do Brasil, já
que alterou a forma com que a população se apossava das terras. Uma das consequências desse estatuto foi o(a):
(A) facilitação do acesso às terras por parte de toda a população.
(B) início do processo de reforma agrária, concluído posteriormente no período republicano.
(C) alteração do padrão fundiário brasileiro, saindo de latifúndios para pequenas propriedades fracionadas.
(D) êxodo rural total, levando à superpopulação dos centros urbanos.
(E) dificultação do acesso às terras, especialmente para os camponeses, ex-escravos e imigrantes.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque grande parte da população não possuía capital para adquirir as terras devolutas.
Portanto, a Lei de 1850 dificultou o acesso fundiário.
- A alternativa B está incorreta, porque essa lei não objetivava a reforma agrária. Na verdade, uma de suas consequências
foi a concentração fundiária na mão das elites.
- A alternativa C está incorreta, porque a Lei de 1850 manteve e intensificou o padrão fundiário brasileiro, caracterizado
pelos latifúndios, que persistem até os dias de hoje.
- A alternativa D está incorreta, porque a população brasileira permaneceu majoritariamente concentrada no meio rural
(durante o Império). Isso somente foi modificado no período republicano.
- A alternativa E está correta. A Lei de Terras determinou que as terras devolutas, ou seja, aquelas sem uso pelo poder
público, só seriam acessíveis mediante o título de compra. Isso fez com que as oligarquias pudessem facilmente adquirir e
monopolizar os grandes terrenos. A população empobrecida, tal como ex-escravos, camponeses e imigrantes, não possuía
capital para efetivar a compra, fato que os afastou do acesso às terras.
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Gabarito: E.
69.
Examinemos, pois, os mecanismos de funcionamento do Antigo Sistema Colonial do mercantilismo. É no regime do
comércio entre metrópoles e colônias que se situa o elemento essencial desse mecanismo.
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, 1981.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco túlio) O mercantilismo foi uma doutrina econômica central no
período moderno, sendo um dos responsáveis pela manutenção e sustentação do Antigo Regime. Possuía uma série de
características, tal como o metalismo, a busca de uma balança comercial favorável e o colonialismo. Levando em
consideração este último fator, é correto afirmar que as relações entre metrópole e colônia eram pautadas pelo(a)
(A) liberdade econômica, seguindo os princípios liberais de livre comércio.
(B) seletividade, podendo a colônia comercializar apenas com os aliados da metrópole.
(C) não comercialização, utilizando as colônias apenas como locais de degredo e exílio.
(D) exclusividade, existindo um monopólio das relações comerciais firmado pelo pacto colonial.
(E) desenvolvimento, permitindo que as colônias avançassem e alcançassem o patamar civilizatório das metrópoles
europeias.
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Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque o modelo mercantilista se opunha às práticas liberais, já que existia uma
constante intervenção estatal na economia. Portanto, as relações entre metrópole e colônia não eram pautadas pela
liberdade, haja vista que existia o monopólio estipulado pelo pacto colonial.
- A alternativa B está incorreta, porque o pacto colonial estipulava uma exclusividade de relações comerciais entre
metrópole e colônia. Altos impostos eram implantados, inviabilizando o comércio com outras nações, fossem elas aliadas ou
não.
- A alternativa C está incorreta, porque as colônias eram importantes fontes financeiras das metrópoles, funcionando
como locais de exploração e extração de riquezas, não apenas como locais de exílio.
- A alternativa D está correta. O pacto colonial estabelecia o monopólio exclusivo da metrópole sobre a colônia. Esta se
via impedida de comercializar com outras nações, devido às restrições e impostos abusivos. Com isso, a metrópole funcionava
como fornecedora de equipamentos e produtos manufaturados, enquanto a colônia fornecia matéria-prima, metais preciosos
e outros bens primários.
- A alternativa E está incorreta, porque as relações entre metrópole e colônia eram pouco benéficas à última. O
desenvolvimento não era alcançado, já que as possessões coloniais se voltavam à exportação de bens primários e metais
preciosos, gerando pouco desenvolvimento. Ademais, o conceito de “alcançar o patamar civilizatório das metrópoles
europeias” é errôneo e etnocêntrico.
Gabarito: D.
70.
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Disponível em: <https://www.theeagleview.com.br/2016/04/por-uma-nova-inconfidencia-mineira.html>. Acesso em 30 de junho de 2021.
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) Essa charge foi feita no ano de 1789, retratando o
funcionamento da sociedade do Antigo Regime. A partir da imagem, infere-se que
(A) os juízes e militares possuíam largos privilégios salariais, que eram retirados dos tributos pagos pelo povo.
(B) a organização da sociedade do Antigo Regime sobrecarregava o terceiro estado, que sustentava os privilégios dos outros
estamentos.
(C) a sociedade do Antigo Regime era pautada pela igualdade social e econômica, como pregavam os iluministas.
(D) o povo passava por um processo de humilhação, já que não possuía acesso ao luxuoso vestuário típico do primeiro e
segundo estados.
(E) os senhores feudais e o clero se sustentavam a partir da exploração dos camponeses.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque a charge não representa os juízes e militares, mas sim o clero e a nobreza.
- A alternativa B está correta. Uma das grandes críticas da época direcionava-se à organização estamental do Antigo
Regime, que concedia largos privilégios ao primeiro e segundo estados (clero e nobreza). Esses privilégios eram sustentados
pelos impostos cobrados do terceiro estado, que se tornavam cada vez mais recorrentes e impactantes. Por conta disso, a
charge retrata uma figura encurvada, pobre e sem adornos, carregando duas pessoas pomposas e ricas. A Revolução
Francesa buscou combater esse tipo de organização, trazendo à tona o ideal de igualdade.
- A alternativa C está incorreta, porque a sociedade do Antigo Regime era desigual, como retrata a charge. A nobreza e
o clero possuíam privilégios e direitos, enquanto o povo carecia de atenção e era extorquido por largos impostos.
- A alternativa D está incorreta, porque o quadro de humilhação do terceiro estado não decorria da dificuldade em
acessar o vestuário luxuoso. Na verdade, isso decorria da pobreza, miséria e fome pelos quais a maior parte da população
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passava diariamente.
- A alternativa E está incorreta, porque não há relação entre sociedade do antigo regime e senhores feudais. Estes
remetem a um período anterior da história, conhecido como Idade Média.
Gabarito: B.
71.
Dia 1º de maio de 2013 a Consolidação das Leis do Trabalho completa 70 anos. A CLT foi criada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo.
Disponível em: <https://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt>. Acesso em 30 de junho de 2021.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) Sobre a criação da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), é correto afirmar que:
(A) seguia a agenda trabalhista proposta por Vargas, visando consolidar o apoio das camadas populares.
(B) partia de pressupostos fascistas, buscando angariar a amizade dos países do Eixo, especialmente a Alemanha e a Itália.
(C) consolidava o interesse das oligarquias regionais, institucionalizando a exploração do trabalhador brasileiro.
(D) determinava o avanço dos direitos trabalhistas no País, auxiliando trabalhadores urbanos e rurais a conquistarem
melhores condições de vida.
(E) demonstrava a caridade do governo getulista, que concedia largos direitos e privilégios aos mais pobres.
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Comentários:
- A alternativa A está correta. O trabalhismo foi um dos grandes pilares de sustentação de Getúlio Vargas. Por conta
disso, seu governo possuía uma agenda voltada aos trabalhadores urbanos, realizando políticas e concedendo direitos, como
é o caso da CLT. Essa estratégia foi extremamente funcional, garantindo a Getúlio o apoio das camadas populares e o
apelido de “pai dos pobres”.
- A alternativa B está incorreta, porque o objetivo da CLT era consolidar o apoio das camadas de trabalhadores urbanos,
não o de adquirir a amizade do Eixo, que em 1943 já se encaminhava para a derrota total.
- A alternativa C está incorreta, porque a CLT não consolidava os direitos das elites, mas sim dos trabalhadores, buscando
combater a exploração destes.
- A alternativa D está incorreta, porque a CLT, em seu período inaugural, não alcançava os trabalhadores rurais. Estes
só foram incluídos a partir da década de 1960.
- A alternativa E está incorreta, porque a criação da CLT não foi um gesto de caridade, mas sim um ato político que
buscava angariar o apoio das camadas populares urbanas.
Gabarito: A.
72.
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FLÁVIA MARREIRO. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/29/economia/1446146892_377075.html>. Acesso em 30/07/21.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) O gráfico apresenta a evolução da concentração de
renda no País entre os anos de 1927 e 1975. O boom de acumulação observado no ano de 1970 revela uma grande
contradição, sumarizada pelo fato de que:
(A) o País passava por um largo processo de reforma agrária iniciado por João Goulart e suas reformas de base.
(B) ocorria, nesse momento, o chamado "milagre econômico" de Médici, que elevou o crescimento da economia a taxas
altíssimas.
(C) o governo brasileiro exercia largos investimentos em políticas sociais voltadas à população carente.
(D) a nação enfrentava um período de forte recessão e crise econômica, que levou à década perdida.
(E) o Brasil passava por um processo de socialização dos bens e meios de produção.
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Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque o programa de reformas de base, proposto por João Goulart, foi cancelado com
o golpe militar de 1964. Portanto, ele não possui relações com o contexto de 1970.
- A alternativa B está correta. A grande contradição refere-se ao fato de que ocorria, por volta do ano de 1970, o
chamado “milagre econômico”, que foi responsável por elevar a taxa de crescimento do Brasil, ao mesmo tempo que gerou
forte concentração de renda. Isso quer dizer que a riqueza adquirida não era distribuída entre a sociedade, concentrando-
se nas mãos das elites e ampliando a desigualdade entre mais ricos e mais pobres.
- A alternativa C está incorreta, porque esse período não foi marcado por largos investimentos em políticas sociais. As
intervenções estatais direcionavam-se ao setor de infraestrutura, seguindo o modelo desenvolvimentista.
- A alternativa D está incorreta. O período do governo Médici (por volta de 1970) ficou conhecido pela prosperidade e
pelo crescimento econômico. A recessão e crise ocorreram no período posterior, quando as dívidas externas contraídas
começaram a ser cobradas.
- A alternativa E está incorreta, porque a ditadura militar buscou extirpar o socialismo do país. Portanto, não houve a
socialização dos bens e meios de produção.
Gabarito: B.
73.
Leis de Nuremberg
Art. 1º
São proibidos os casamentos entre judeus e cidadãos de sangue alemão ou aparentado. Os casamentos celebrados
apesar dessa proibição são nulos e de nenhum efeito, mesmo que tenham sido contraídos no estrangeiro para iludir a
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aplicação desta lei.

Art. 2º - As relações extra-matrimoniais entre Judeus e cidadãos de sangue alemão ou aparentado são proibidas.
Leis de Nuremberg. Disponível em: <https://tinyurl.com/e4v87zke>. Disponível em 30 de julho de 2021. Adaptado.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) As Leis de Nuremberg foram criadas em 1935, no
contexto da Alemanha Nazista. O trecho apresentado determinava o impedimento dos casamentos e relações interraciais,
especialmente com judeus. Essas proibições eram vistas como uma maneira de "melhorar a sociedade alemã". Esse tipo de
política recebeu o nome de:
(A) seletivismo.
(B) darwinismo social.
(C) eugenia.
(D) apartheid.
(E) solução final.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque não existe uma política ou teoria conhecida como “seletivismo”. Portanto, o
termo não se refere aos fatos citados pelo enunciado.
- A alternativa B está incorreta, porque o darwinismo social se refere à teoria evolucionista aplicada às sociedades
humanas. Os nazistas não acreditavam que povos como os judeus fossem capazes de evoluir e alcançar o “patamar
civilizatório” dos alemães. Portanto, as Leis de Nuremberg não possuem relação direta com essa ideologia.
- A alternativa C está correta. A eugenia refere-se à prática de “melhoramento” da sociedade através da seleção genética
e eliminação de elementos indesejados. Foi uma política amplamente utilizada pelo Partido Nazista, que buscou evitar a
miscigenação com “grupos inferiores”, sob a justificativa de engrandecer e “purificar” o povo alemão. Esse ideal partia de
uma visão racista e etnocêntrica, que levou ao assassinato de mais de 5 milhões de indivíduos.
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- A alternativa D está incorreta, porque o apartheid foi um fenômeno da África do Sul, que se refere ao regime de
segregação vivido pelos negros até a década de 1990.
- A alternativa E está incorreta, porque a solução final se refere à política de extermínio exercida pelo partido nazista,
não à busca pelo “melhoramento” da sociedade.
Gabarito: C.
74.
Entre alguns exemplos de termos que se referem à organização do Estado e que dão bem uma ideia do que foi a
influência do mundo árabe na Península Ibérica, está a palavra aduana, do árabe ad-diwan, oriunda do persa diwan, que
significava registro, oficina, escritório. Ficou viva na língua portuguesa até hoje, e, muitas vezes, pensamos que se trata de
espanholismo: entretanto é documentada desde 1383, em textos moçárabes de Portugal.
Alvará é uma palavra tipicamente, árabe, e documentada na língua desde 1328. Significa o texto que autoriza, e, até
hoje, não teve substituto. Continua presente na língua.
HOUAISS, Antonio. As projeções da língua árabe na língua portuguesa. In: Conferência para o Centro de Estudos Árabes da USP. 1986.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) O autor enfatiza a influência do árabe nos principais
idiomas falados na Península Ibérica. Essa interferência pode ser justificada pelo(a):
(A) movimento de globalização, que passa a integrar termos de diversos idiomas em prol da melhor comunicação.
(B) invasão e longa permanência moura naquela região, estabelecendo-se reinos muçulmanos até fins do século XV.
(C) influência do islamismo em Portugal e Espanha, sobrepujando o catolicismo na região ibérica.
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(D) relação amistosa e comercial existente entre países ibéricos e nações muçulmanas do Norte da África.
(E) curta permanência dos árabes na região ibérica, até serem expulsos por Carlos Martel, na Batalha de Poitiers.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque a influência árabe no português e espanhol não possui relações com o fenômeno
de globalização, já que este é mais recente e o autor enfatiza a historicidade dessa interferência, traçando suas raízes até a
Idade Média.
- A alternativa B está correta. Os árabes estabeleceram-se na Península Ibérica por volta do século VIII. O último reino
muçulmano só foi conquistado em 1492. Essa longa permanência fez com que portugueses e espanhóis assimilassem hábitos
culturais e costumes, como é o caso de expressões linguísticas árabes.
- A alternativa C está incorreta, porque, apesar da influência árabe e islâmica na região, Portugal e Espanha
permaneceram como nações fundamentalmente católicas.
- A alternativa D está incorreta, porque a influência árabe observada não é um fruto da relação amistosa e comercial
entre países ibéricos e nações do Norte da África. Na verdade, essa interferência decorre da invasão e permanência de povos
muçulmanos durante a Idade Média.
- A alternativa E está incorreta, porque a permanência dos povos árabes perdurou por séculos, logo, não foi “curta”.
Ademais, Carlos Martel não foi responsável pela expulsão dos grupos islâmicos daquela região.
Gabarito: B.
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75.
Retomando a teoria de evolução social, o europeu chegou à precipitada conclusão de que as civilizações evoluíam através
dos tempos de modo linear, da mais primitiva (tribal) à mais complexa rede de organização e de transmissão social
(capitalista). Porém, esta visão ganhou cunho determinista: empregada na prática por imperialistas, ela pode servir para dar
luz conceitual sobre os acontecimentos que ocorreram como consequência da expansão capitalista.
CAMPOS, Rodrigo Duque Estrada; GONÇALVES, Camila Helena Pereira; RIEGER, Fernando Camara. Poder e identidade na África: o imperialismo e suas consequências
para o continente. Revista Perspectiva, p. 143-162.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) A teoria citada pelo enunciado, conhecida como
Darwinismo Social, foi amplamente difundida em fins do século XIX e início do XX, sendo largamente utilizada para justificar
a
(A) independência das nações africanas em relação aos colonizadores.
(B) dominação europeia sobre os continentes africano e asiático.
(C) igualdade proposta pela Organização das Nações Unidas.
(D) imigração africana em direção à Europa.
(E) importância cultural dos povos africanos e asiáticos.
Comentários:
- A alternativa A está incorreta, porque o Darwinismo Social justificava a dominação sobre os povos africanos, já que
seria papel dos europeus levar a evolução a tais grupos étnicos, através da “missão civilizatória”.
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- A alternativa B está correta. O Darwinismo Social partia do pressuposto de que as civilizações se encontravam em
estágios distintos de evolução, sendo a europeia o fim da linha evolutiva. Portanto, a dominação poderia ser justificada pelo
argumento de que o homem branco estaria levando a evolução aos grupos étnicos “involuídos”, em um ato de caridade.
Isso ficou conhecido como “missão civilizatória” e serviu como instrumento de reafirmação do imperialismo.
- A alternativa C está incorreta, porque o Darwinismo Social reafirmava a diferença entre os povos distintos dos europeus.
Portanto, não justificava a igualdade proposta pela ONU.
- A alternativa D está incorreta, porque o Darwinismo Social não foi utilizado para justificar a imigração africana em
direção à Europa. Esse movimento ocorreu em um período mais recente da história, em que a teoria evolucionista social já
estava em descrédito.
- A alternativa E está incorreta, porque o Darwinismo Social desconsiderava a importância cultural dos povos africanos
e asiáticos, considerando que eles necessitavam “evoluir” até alcançar o patamar europeu, inclusive em fatores culturais. As
expressões artísticas, musicais e sociais eram desprezadas e inferiorizadas, seguindo esse modelo evolucionista.
Gabarito: B.
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Geografia
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Prof. Saulo Teruo Takami
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Questões de Geografia
Resolvidas e comentadas por: Prof. Saulo Teruo Takami
76. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – População – Prof. Saulo Teruo Takami) Durante a pandemia, os
serviços de delivery têm sido considerados como essenciais e, portanto, excepcionados da política de isolamento social. O
trabalho prestado pelos entregadores de aplicativos, que já estavam incorporados na dinâmica das grandes cidades, vem
contribuindo, durante a quarentena, para que a população permaneça em casa e, ainda, possibilita, mesmo que de maneira
parcial, a manutenção das atividades econômicas de inúmeros estabelecimentos que precisaram funcionar com portas
fechadas. Contudo, ligou o alerta para as novas relações de trabalho dos profissionais vinculados às empresas de aplicativos
de entregas, que, tidos como trabalhadores autônomos, têm arcado ou com o ônus de aderirem à quarentena e ficarem
sem qualquer remuneração ou com o peso de exporem sua própria saúde a alto risco, já que não contam com qualquer
medida de proteção financiada pelas empresas a que são informalmente vinculados.
As relações de trabalho apontadas no texto refletem o processo:
(A) Aumento dos direitos trabalhistas.
(B) Trabalho análogo à escravidão.
(C) Precarização do trabalho.
(D) Cumprimento das jornadas de trabalho de acordo com a CLT.
(E) Trabalhadores prioritários na fila de vacinação.
Comentários:
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(A) Incorreta: Ao contrário, ocorre a supressão dos direitos trabalhistas, como férias, décimo terceiro, fundo de garantia
etc.
(B) Incorreta: Considera-se sujeito à condição análoga à escravidão o trabalhador submetido, de forma isolada ou
conjuntamente, a trabalho forçado; jornada exaustiva; situação degradante de trabalho; restrição, por qualquer meio, de
locomoção em razão de dívida contraída com empregador.
(C) Correta: Refere-se ao surgimento de novas formas de trabalho a partir de um processo de mudanças estruturais no
capitalismo, que procura garantir competitividade às empresas por meio da flexibilização das relações de trabalho.
(D) Incorreta: As jornadas de trabalho são mais longas e ultrapassam as 8 horas diárias regidas pela CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho).
(E) Incorreta: Apesar de serem considerados trabalhadores essenciais, os entregadores não foram contemplados na lista
prioritária de vacinação.
Gabarito: C.
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77.
Observe a charge.
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – População – Prof. Saulo Teruo Takami) A charge acima faz uma
representação crítica:
(A) Imigração de mão de obra qualificada.
(B) Refugiados políticos imigrando em busca de melhores condições de trabalho.
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(C) Imigração de mão de obra precarizada.

(D) Atração de mão de obra qualificada para países emergentes.
(E) Desenvolvimento do turismo.
Comentários:
(A) Correta: A charge representa a “fuga de cérebros”. Característica de países em desenvolvimento, atraídos por
melhores oportunidades, pesquisadores com mão de obra qualificada imigram para países desenvolvidos.
(B) Incorreta: A charge não representa refugiados políticos.
(C) Incorreta: Ao contrário, a mão de obra representada pelo cérebro é qualificada.
(D) Incorreta: A mão de obra, em geral, é atraída para países desenvolvidos.
(E) Incorreta: A charge não está relacionada ao turismo.
Gabarito: A.
78. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Hidrografia – Prof. Saulo Teruo Takami) Há aproximadamente 200
milhões de anos, os continentes não tinham a configuração atual, existia somente uma massa continental contínua
denominada de Pangeia, do grego "toda a Terra", que era envolvida por um único Oceano, chamado:
(A) Índico.
(B) Pacífico.
(C) Atlântico.
(D) Pantalassa.
(E) Pantaleonico.
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Comentários:
O Pantalassa, conhecido também Oceano Pantalássico, era um vasto oceano global que rodeava o supercontinente
Pangeia, durante os períodos do Paleozóico e início do Mesozóico. Dentro desse período, esse oceano ocupou cerca de 70%
da superfície da Terra.
Gabarito: D.
79. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Climatologia – Prof. Saulo Teruo Takami) Quente e úmida,
originária do oceano Atlântico nas imediações do trópico de Capricórnio, tem uma enorme influência sobre a parte litorânea
do Brasil (do Nordeste até o sul). A mTa – Massa Tropical Atlântica é responsável pelos altos índices pluviométricos no litoral
de São Paulo, com o predomínio do tipo de chuva:
(A) Convectiva.
(B) Orvalho.
(C) Orográfica.
(D) Frontal.
(E) Granizo.
Comentários:
(A) Incorreta: Elas também ocorrem no litoral de São Paulo, porém são presentes no verão. Decorrente das altas
temperaturas, esse tipo de chuva geralmente precipita durante as tardes. São chuvas rápidas que podem ser seguidas de
temporais. Ocorrem normalmente no sudeste brasileiro durante as tardes de verão, por isso são chamadas popularmente
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de “chuvas de verão”.
(B) Incorreta: O orvalho é um fenômeno físico em que a umidade do ar precipita por condensação na forma de gotas,
pela diminuição da temperatura ou em contato com superfícies frias. É comum no inverno.
(C) Correta: O relevo (Serra do Mar) representa uma barreira para ventos e massas de ar. Ao deparar-se com uma serra
ou uma escarpa, a massa de ar é obrigada a elevar-se para atravessá-lo. Como a temperatura atmosférica diminui com a
altitude, ocorre a condensação da umidade e chove.
(D) Incorreta: Chuvas ciclônicas, também denominadas como chuvas frontais, acontecem quando duas massas de ar,
fria e quente, se encontram. A massa de ar quente — que é mais leve — sobe, provocando a condensação do vapor de
água. São mais comuns em áreas continentais.
(E) Incorreta: Granizo são pedras de gelo que se formam em nuvens de grande extensão vertical chamadas de
cumulonimbus. Essas nuvens são chamadas em Meteorologia de "nuvens frias", pois uma porção delas tem temperatura
abaixo de zero e é aí que o granizo se desenvolve dentro da nuvem. São mais comuns no verão.
Gabarito: C.
80. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Relevo – Prof. Saulo Teruo Takami) A escavação, também chamada
de rasgão de solo ou rocha decomposta, é ocasionada pela erosão do lençol do escoamento superficial. Esse fenômeno tem
como uma das causas o desmatamento.
A descrição do fenômeno acima remete à:
(A) voçoroca.
(B) ravina.
(C) desertificação.
(D) arenização.
(E) lixiviação.
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Comentários:
(A) Correta: a voçoroca é uma erosão de grandes proporções no solo em formato de U, se não contida, pode levar ao
processo de desertificação.
(B) Incorreta: A erosão de ravina a calha tem a forma em V, geralmente menor que a voçoroca.
(C) Incorreta: na desertificação, os solos ficam áridos e inférteis, perdendo a capacidade produtiva. Desertificação é um
fenômeno caracterizado pela transformação (natural ou antrópica) de uma área vegetativa em deserto. É um processo mais
avançado de degradação do solo erodido.
(D) Incorreta: arenização, ou formação de bancos de areia, é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos
arenosos, em regiões de clima úmido, com regime de chuvas.
(E) Incorreta: lixiviação do solo é um processo erosivo provocado a partir da lavagem da camada superficial do solo pelo
escoamento das águas superficiais, podendo transformar-se posteriormente em voçoroca.
Gabarito: A.
81. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Planeta – Prof. Saulo Teruo Takami) Um jovem universitário foi
selecionado para fazer intercâmbio na Universidade Complutense de Madri, na Espanha (15° L). Dias antes de embarcar
para a viagem, presenciou uma reunião de instruções para o andamento de suas atividades no exterior. Na reunião com
seus tutores, ficou acertado que o jovem embarcaria, saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos-SP (45° O), na sexta-
feira do dia 27 de janeiro, com o horário de voo marcado para as 23 horas, horário de Brasília.
O voo selecionado pelo jovem estudante contou com uma escala. O avião que decolou de Guarulhos-SP demorou 3 horas
para chegar em Natal-RN (45° O) e, na cidade, ficou parado por mais 1 hora para o embarque de novos passageiros.
Somente depois da parada, o jovem seguiu viagem para Madri, no voo que durou mais 7 horas.
Qual será o horário do desembarque do estudante em Madri, na Espanha?
(A) Ele chegará em Madri às 14h00min do dia 28 de janeiro.
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(B) Ele chegará em Madri às 12h30min do dia 28 de janeiro.

(C) Ele chegará em Madri às 15h00min do dia 28 de janeiro.
(D) Ele chegará em Madri às 13h00min do dia 28 de janeiro.
(E) Ele chegará em Madri às 12h00min do dia 28 de janeiro.
Comentários:
Horário de saída de Guarulhos-SP: 23 horas.
Brasil/Guarulhos/Natal: 45° O (fuso -3) = saída 3 horas da madrugada do Brasil.
Espanha/Madri: 15° L (fuso +1) = 7 horas da manhã.
De Natal a Madri: 3 horas da madrugada + 7 horas de voo + 4 horas de fuso horário em relação ao horário de Brasília
para o horário de Madri = 14 horas do dia 28 de janeiro.
Sabemos que a questão relatata que o jovem teve, em seu voo, uma escala, ou seja, uma parada que irá postergar a
chegada ao seu destino (conforme descrito acima).
A rota Guarulhos-SP para Natal-RN teve 3 horas de voo e mais 1 hora de espera. Assim, soma-se à viagem o tempo de
4 horas (3 horas de voo + 1 hora de espera).
O horário do voo saindo de Natal-RN rumo à Espanha, será 03h00 da madrugada do dia 28 de janeiro, horário de Brasília
(23:00 horas saindo de SP + 3 horas de voo e + 1 hora de espera = 3 horas da manhã).
Quando o jovem sair do Brasil, às 3 horas da madrugada, em Madri será 7 horas da manhã.
Para chegar à resposta, o aluno deve entender que precisa somar 7 horas, da viagem Natal//Madri, com mais 4 horas,
referente à distância entre as zonas do fuso (45°O e 15°L). Fazendo isso, ele encontrará a resposta: 14h00min do dia 28 de
janeiro. Nessa questão, a informação Guarulhos pode trazer confusão, por isso o aluno tem que estar atento ao enunciado
e à resolução.
Gabarito: A.
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82.
Os geógrafos Milton Santos e María Laura Silveira elaboraram, em 2001, uma proposta de divisão regional do Brasil. Os
autores chegaram à conclusão de que a melhor forma seria dividi-lo em quatro eixos territoriais, os quais eles denominaram
de “os quatro Brasis”.
Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Editora Record, 2001 (adaptado).
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Regionalização – Prof. Saulo Teruo Takami) Mediante a proposta de
regionalização feita pelos geógrafos Milton Santos e María Laura Silveira, é correto afirmar que:
(A) Os geógrafos utilizaram a densidade demográfica como principal variável de análise para propor as divisões regionais
dos “quatro Brasis”, além de levarem em consideração a faixa etária populacional.
(B) Os geógrafos delimitaram os “quatro Brasis” mediante o relevo e o clima local, a fim de demonstrar como eles podem
influenciar no desenvolvimento econômico de cada localização.
(C) Os geógrafos utilizaram a variação do meio técnico-científico-informacional de cada região, a fim de demonstrar o
predomínio econômico da região Centro-Oeste, devido aos avanços na mecanização do campo.
(D) Os geógrafos delimitaram a área dos “quatro Brasis” pautados na densidade técnica-científica da região Nordeste, onde
se localiza o polo naval que retém o Estaleiro Atlântico Sul, o maior da América Latina.
(E) Os geógrafos utilizaram o meio técnico-científico-informacional para propor os “quatro Brasis”, isto é, regionalizaram o
País pautando-se nos índices de densidade da informação e das finanças, que estão irradiadas de maneiras desiguais e
distintas pelo território brasileiro.
Comentários:
(A) Incorreta: porque apresenta que os geógrafos utilizaram a densidade demográfica para analisar a proposta de
regionalização e a faixa etária, quando, na verdade, apenas a densidade foi envolvida na discussão. De fato, a região
concentrada detém elevado índice populacional, contendo uma densidade de, aproximadamente, 20 hab/km2, porém,
fatores como densidade dos modais, da técnica, da tecnologia e da financeirização, também se fizeram presentes na
elaboração da proposta. Ademais, o que permeia na regionalização dos “quatro Brasis”, corresponde às características
geoeconômicas da Região Concentrada em dinâmica com os níveis de informação, de financeirização e de fluidez do
território.
(B) Incorreta: o fator climático é tema das regionalizações propostas por alguns teóricos da Geografia Física, tais como
Jurandyr Ross, Aziz Ab’Saber e outros. Eles buscaram definir o comportamento morfoclimático das regiões brasileiras. Os
“quatro Brasis” teorizados por Milton Santos e María Laura Silveira, em 2001, relacionam-se com as questões do meio
técnico-científico-informacional.
(C) Incorreta: de fato a proposta dos “quatro Brasis” debruçou-se nas questões técnicas-científicas, entretanto, o que
refuta a alternativa é que ela menciona “o predomínio econômico do Centro-Oeste”. Na verdade, o predomínio econômico
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e financeiro encontra-se na Região Concentrada, que é munida de sofisticados sistemas técnicos e de engenharia (podemos
mencionar, por exemplo, os sistemas técnicos financeiros localizados na Avenida Paulista, maior praça financeira do país).
(D) Incorreta: o meio técnico-científico-informacional foi a primordial base de análise dos autores para propor tal
regionalização, porém o Estaleiro Atlântico Sul, localizado em Ipojuca, no estado de Pernambuco, não teve peso nas
conclusões dos autores. Para essa regionalização, variáveis mais complexas foram postuladas, como: a densidade técnica,
os centros de pesquisa, as universidades, os tecnopolos, as malhas rodoviárias, as ferroviárias, as hidroviárias, o fluxo de
informação, o fluxo financeiro e assim por diante.
(E) Correta: os geógrafos utilizaram o meio técnico-científico-informacional para propor os “quatro Brasis”, isto é,
regionalizaram o país pautando-se nos índices de densidade da informação e das finanças, que estão irradiadas de maneiras
desiguais e distintas pelo território brasileiro. Afirmar essa descrição é correto, pois no livro “O Brasil”, os autores propõem
uma divisão regional pautada nas especificidades de cada uma delas, que terão, como elemento de análise para definição,
as suas características técnicas-científicas-informacionais. A Região Concentrada é a responsável por englobar tais variáveis
que, segundo os autores, formam um conglomerado de espaços fluídos e de fluxo rápido, onde a financeirização é dinâmica
junto com a informação, além de conter elevados índices técnicos (universidades, centros de pesquisa, importantes
empresas, serviços sofisticados e afins). Outro ponto importante a ser apontado nessa questão corresponde à afirmação
que os sistemas técnicos são “irradiados de formas desiguais e díspares”, o que de fato é possível vislumbrar quando se
pesquisa a densidade de rodovias e hidrovias no território brasileiro, por exemplo.
Gabarito: E.
83.
E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
CPF 04523655707
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal

Meu Deus, mas que cidade linda
No Ano Novo eu começo a trabalhar
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga
LEGIÃO URBANA. Faroeste Caboclo. 1987. Disponível em: www.youtube.com.br. Acesso em: 02 ago. 2021 (fragmento).
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – População – Prof. Saulo Teruo Takami) O fragmento da música acima
relata poeticamente características de:
(A) Movimento pendular.
(B) Migração interna.
(C) Emigração.
(D) Imigração.
(E) Movimento intermitente.
Comentários:
(A) Incorreta: é muito comum ocorrer movimento pendular em regiões metropolitanas, ou em regiões cujas
oportunidades de emprego inviabilizam o tráfego diário de quem trabalha. A estrofe da música proporciona assimilar que
quem pegou o ônibus foi a um destino novo, com a finalidade de se estabelecer no local.
(B) Correto: quando João aceitou a proposta de embarcar, ele sai de determinado local para residir em um totalmente
diferente do seu – Taguatinga. Portanto, podemos traduzir esse fato expresso nas artes como um reflexo de nossa realidade,
em que milhares de pessoas saem de suas cidades natais em busca de novas oportunidades e similares.
CPF 04523655707
(C) Incorreta: não se configura uma emigração, uma vez que esse conceito se refere às pessoas de determinado país
que se deslocam para uma nova origem fora de seus limites nacionais. Emigração seria correto, por exemplo, se João saísse
do Brasil com destino à Argentina, ao Peru, à Europa e assim por diante.
(D) Incorreta: assim como o conceito de emigração, o de imigração também não pode ser interpretado na música. João
fez um deslocamento que corrobora em migração interna, ou seja, saiu de sua cidade de origem e residência fixa, para viver
em um local alheio. Nesse caso, o conceito de imigração não cabe, porque ele se relaciona com a vinda de pessoas de outras
nacionalidades recém-chegadas ao Brasil, por exemplo.
(E) Incorreta: não existe como conceito o termo “migração intermitente”, o que existe é migração por trabalho
intermitente, ou seja, um trabalhador que tem que mudar sua localização de residência fixa por motivos de contratos de
trabalhos em locais alheios. Posso utilizar o exemplo de uma pessoa cujo cargo em certa empresa ou repartição pública
requer transferência de tempos em tempos, gerando a mobilidade interna e, consequentemente, a migração.
Gabarito: B.
84. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Fontes de Energia – Prof. Saulo Teruo Takami) Sobre a formação
geológica do petróleo, marque a opção correta.
(A) Pode ser encontrado em rochas sedimentares, geralmente em áreas que, no passado, estavam cobertas por florestas.
(B) Restos de vida marinha depositados e soterrados por camadas de sedimentos sofreram um processo de decomposição
por milhões de anos.
(C) A exploração de petróleo nas profundezas do oceano exige baixos investimentos financeiros e de tecnologia, sendo uma
atividade sofisticada.
(D) As principais áreas produtoras são a Província Mineral de Carajás (PA), seguida das regiões do Maciço de Urucum (MS)
e da Bacia de Campos (RJ).
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(E) Está exclusivamente relacionada à formação do Maciço do Urucum (MS).
Comentários:
O petróleo é um combustível fóssil encontrado nas bacias sedimentares, que tem como matéria-prima a matéria orgânica
de origem animal marinha, que é submetida a muita pressão e altas temperaturas por milhões de anos para se transformar
no minério a ser explorado.
Gabarito: B.
85.
Disponível em: https://agencia.fapesp.br/. Acesso em: 02 ago. 2021 (adaptado).
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(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – População – Prof. Saulo Teruo Takami) O mapa traz informações sobre
a mortalidade provocada pela Covid-19 na cidade de São Paulo e possibilita refletir, principalmente, que:
(A) As políticas de combate à disseminação do novo coronavírus estão sendo bem executadas pela Prefeitura de São Paulo
na zona central.
(B) As zonas periféricas da cidade carecem de políticas urbanas e de saúde pública, o que influencia diretamente os altos
índices de contágio e morte da população mais vulnerável.
(C) A população da periferia da cidade de São Paulo colabora com as medidas de isolamento, por isso a maior taxa de
mortes localiza-se nas zonas centrais.
(D) As zonas centrais da cidade, mesmo com políticas urbanas satisfatórias, são as que computam maiores índices de
contágio e mortes.
(E) A zona central de São Paulo não contabiliza mortes pelo novo coronavírus, justamente por ser a região onde está a
população que mais respeita as medidas sanitárias propostas pela prefeitura.
Comentários:
(A) Incorreta: como o próprio título apresenta, o mapa pretende demonstrar espacialmente os índices de óbitos pela
covid-19 e suas relações com a desigualdade urbana da cidade de São Paulo. Pode ser que as políticas estejam de fato
sendo mais efetivas no centro, mas há diversas questões por trás da relação centro-periferia (desigualdades socioespaciais;
moradias distantes; políticas urbanas desiguais; políticas de saúde pública desiguais; e outros). Ademais, a iniciativa privada
de saúde atua muito mais na zona central do que na zona periférica.
(B) Correta: foram veiculadas, durante a pandemia da Covid-19, inúmeras notícias online e nos telejornais sobre as
dificuldades enfrentadas pelos moradores das regiões periféricas, sobretudo, ao que se relaciona com o tráfego na rota
casa/trabalho, fato que os deixavam vulneráveis devido à alta exposição e possibilidade de contágio em transportes públicos
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lotados, por exemplo (não se pode deixar de levar em consideração a análise que muitos residentes trabalham nas zonas
centrais). Além dessa questão de mobilidade, há debilidades nas zonas periféricas, no que compete às políticas públicas, em
infraestrutura urbana (saneamento e esgoto), que desfavorecem a higienização das mãos e outros cuidados. Outra questão
tange às atribuições públicas na área da saúde, haja vista que muitas unidades de pronto atendimento em zonas periféricas
contam com estruturas ruins e também com a falta de equipamentos e profissionais qualificados, o que pode atrapalhar o
atendimento ágil de pacientes graves de Covid-19, levando-os a óbito. Portanto, o mapa possibilita refletir como as
fragilidades urbanas atreladas às políticas públicas influenciam nas taxas de mortalidade na periferia da cidade de São Paulo,
uma vez que as zonas periféricas contam com menores taxas de infraestrutura urbana e de saúde – o que as zonas centrais
têm em maior grau e dimensão.
(C) Incorreta: porque apresenta que a periferia da cidade de São Paulo tem as menores taxas de morte por Covid-19,
quando, na verdade, as zonas periféricas são as que mais computam números atribuídos ao novo coronavírus, em oposição
às áreas centrais, que apresentam menores índices de óbito.
(D) Incorreta: porque afirma que: “as zonas centrais da cidade, mesmo com políticas urbanas satisfatórias, são as que
computam maiores índices de contágio e mortes”. Tal como a anterior, ela apresenta algo oposto ao que o mapa ilustra. Na
verdade, as zonas centrais da cidade de São Paulo são as que menos contabilizam mortes. Os únicos bairros do centro de
São Paulo que destoam em mortes são: Sé, República, Brás, Pari e Santa Cecília. Eles têm diferenças entre os demais bairros
do centro, pois concentram elevado número de pessoas em condições de vulnerabilidade social, que vivem em ocupações,
em casas precárias ou até em situação de rua.
(E) Incorreta: afirmar que a zona central da cidade de São Paulo não contabiliza elevado número de mortes por Covid-
19 porque sua população respeita as medidas sanitárias é um equívoco. Os contágios na cidade de São Paulo, assim como
no Brasil, não estão associados somente ao seguir ou não as regras sanitárias. A Covid-19 ressaltou nossas disparidades
sociais e, quando espacializamos tais dados sobre as desigualdades existentes, mapas como o anexado apresentam as
regiões mais afetadas, nessas defasagens, na realização de políticas públicas. Portanto, ao analisar o mapa, o aluno deve
estar atento aos temas relacionados às desigualdades socioespaciais.
Gabarito: B.
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86.
As bacias hidrográficas se constituem como importantes redes de drenagem de um rio principal, que contém seus
afluentes e subafluentes. A topografia do terreno é um dos principais responsáveis por drenar as águas subterrâneas que
afloram na superfície ou até mesmo a água originada pela precipitação, que após seu curso e percurso serão conduzidas
até o mar.
De acordo como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH), o Brasil possuí 12 bacias hidrográficas distribuídas pelo território nacional.
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Fonte: PORTO, Mônica; PORTO, Rubem. Gestão de bacias hidrográficas. 2008 (adaptado).
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Hidrografia – Prof. Saulo Teruo Takami) O mapa apresentado acima
destacou, em cores, três importantes bacias hidrográficas brasileiras, quais são elas?
(A) Bacia Amazônica (amarelo); Bacia do Paraná (vermelho); e Bacia do Paraguai (azul).
(B) Bacia do Paraná (azul); Bacia do Tocantins Araguaia (amarelo); e Bacia do Atlântico Leste (vermelho).
(C) Bacia do São Francisco (azul); Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental (vermelho); e Bacia do Atlântico Sudeste (amarelo).
(D) Bacia do Uruguai (vermelho); Bacia do Parnaíba (azul); e Bacia do Atlântico Nordeste Oriental (amarelo).
(E) Bacia do São Francisco (azul); Bacia Amazônica (amarelo); e Bacia do Paraná (vermelho).
Comentários:
As bacias destacadas em cores na questão são: Bacia Amazônica, Bacia do Paraná e Bacia do São Francisco. Todas elas
têm importante proeminência no cenário nacional – não que as outras não tenham, mas essas já estiveram em evidência
em diversos debates de projetos nacionais, como na Transposição do Rio São Francisco; também é possível mencionar os
usos hidroviários no curso do rio Tietê-Paraná por empresas estatais, a exemplo da Transpetro, que navega levando
combustível por meio de balsas; podemos ainda explorar o tema com a importância da Bacia Amazônica, região onde há a
maior quantidade de metros cúbicos de água doce do planeta, o que fornece equilíbrio ao ecossistema local.
Gabarito: E.
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87. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Geopolítica – Prof. Saulo Teruo Takami) Os Estados Unidos e Cuba,
nos anos da Guerra Fria, iniciaram seu amplo confronto ideológico, sobretudo por divergirem a respeito das diretrizes do
sistema econômico. Os cubanos, no ano de 1959, por meio da revolução liderada por Fidel Castro, derrubaram o então
governante da ilha, Fulgêncio Batista. O golpe aplicado pelo líder cubano não agradou os estadunidenses, justamente por
essa efervescência política se enveredar para a doutrina comunista, o que fez com que houvesse a nacionalização em massa
da economia local. A onda de nacionalização, em 1960, afetou os negócios norte-americanos com empresários em um valor
de US$ 1 bilhão, incluindo terras e refinarias de açúcar. Por isso, em fevereiro de 1962, o governo de John F. Kennedy
ampliou o embargo, levando a restrições das importações cubanas. A justificativa foi a Lei de Assistência Externa, a Foreign
Assistance Act (FAA), aprovada um ano antes pelo Congresso estadunidense, que permitiu ao presidente Kennedy e seus
sucessores imporem essas medidas até que o governo cubano indenizasse os cidadãos norte-americanos pelas
nacionalizações.
Ainda há embargos aplicados à Cuba pelos Estados Unidos, eles geram tensões geopolíticas envolvendo outros países no
cenário internacional, o que pode agravar as disputas por poder e controle da nova ordem mundial. Países como a
___________, na região da Eurásia, a ___________, uma grande potência asiática, e o ___________, forte enriquecedor
mundial de urânio, são os mais importantes aliados da ilha caribenha, eles têm reconhecimento na nova ordem mundial e
não compactuam com as medidas estadunidenses de sanções econômicas.
Os países aliados à Cuba, opostos aos embargos alimentados pelos Estados Unidos e que preenchem as lacunas, na ordem
correta, são:
(A) Croácia, Japão e Israel.
(B) Albânia, Ucrânia e Iraque.
(C) Bielorrússia, Malásia e Paquistão.
(D) Rússia, China e Irã.
(E) Áustria, Mongólia e Egito.
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Comentários:
Essa questão foi construída pautada na mescla entre história e geopolítica. As relações dos Estados Unidos com Cuba
devem receber atenção dos alunos, não só no que compete à geopolítica de tensão historicamente construída entre esses
países, mas também em relação às doses de atualidade que ainda geram conflitos ideológicos entre os dois e seus correlatos.
Cuba voltou a ser noticiada nos jornais do mundo devido à efervescência política e à onda de protestos prós e contrários
ao governo do País, sobretudo atreladas às dificuldades enfrentadas pela ilha durante a pandemia de Covid-19. Os Estados
Unidos mantêm as sanções econômicas aplicadas sobre Cuba desde 1961, o que inibe o país caribenho de participar e atuar
em algumas frentes no comércio e também no cenário político internacional. Donald Trump, ex-presidente da potência
econômica mundial, durante os anos de seu governo, endureceu as regras do embargo contra Cuba – que permanecem e
prejudicam o desenvolvimento pleno das políticas de crescimento econômico do governo cubano. A pandemia e,
principalmente, a questão ideológica, novamente em voga, incitou algumas pessoas contrárias ao sistema cubano a
protestar, chamando a atenção da mídia internacional.
Cuba, ao longo da história, desenvolveu parcerias com alguns países que supriam as necessidades da ilha caribenha. A
Rússia sempre teve relações amistosas com Cuba, fornecendo, inclusive, insumos militares (durante a Guerra Fria, a título
de exemplo, a União Soviética quis instalar na ilha uma base de lançamento de mísseis – a crise dos mísseis –, o que gerou
uma tensão maior entre EUA e Cuba). O Irã, tal como a Rússia, está próximo de Cuba no que tange a artigos militares e
laços comerciais. Diversas relações amistosas foram firmadas, sendo a mais expressiva a assinatura de acordos comerciais
em 2006, ocorrida em Havana (vale mencionar a proximidade de Irã e Rússia, ambas parceiras comerciais bem ativas na
Eurásia-Oriente Médio). Recentemente, em setembro de 2020, Hassan Rouhani, presidente iraniano, criticou duramente as
sanções norte-americanas vigoradas durante a pandemia.
Maiores informações em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/01/10/cuba-assina-acordo-com-o-ira-para-teste-de-vacina-contra-covid-19. Acesso em: 04 ago. 2021.
Por último, mas não menos importante, há de ser destacada a China, país atualmente proeminente no cenário
internacional e em incrível ascensão econômica e política. Em 2020, o governo chinês celebrou a parceria diplomática com
Cuba, que perdura há 60 anos, uma parceria bilateral com muitos acordos comerciais.
Além disso, no que se refere à Ásia, o incremento das relações comerciais com a China é evidente, confirmando a
diversificação das parcerias e sua relevância, diante do papel desempenhado por esse país no comércio internacional
contemporâneo. Essa relação na esfera econômica é impulsionada pela convergência de interesses em outras esferas. A
China tornou-se o segundo parceiro comercial de Cuba, sendo que esta fornece açúcar e níquel (principalmente), enquanto
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adquire produtos manufaturados, equipamentos de transporte. Além disso, há acordos de turismo e investimentos em
extração de níquel e petróleo, bem como no desenvolvimento de biotecnologia (SILVA; JOHNSON, 2013).
Maiores informações em: O comércio exterior de Cuba no século XXI e a diversificação de parcerias. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/conjgloblal/article/view/35332.
Acesso em: 04 ago. 2021.
Gabarito: D.
88.
Analise os mapas.
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Fonte: THÉRY, H; MELLO-THÉRY, N. Atlas do Brasil. São Paulo: Edusp, 3ª. edição, 2018 (adaptado).
(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Transporte – Prof. Saulo Teruo Takami) Sobre as informações
correlacionadas nos mapas de população e infraestruturas territoriais, é correto afirmar que:
(A) A região litorânea do Nordeste do Brasil é pouco densa em população, mas conta com inúmeras estações de gasodutos,
o que permite aos estados controlarem melhor a variação do preço do gás de cozinha.
(B) As infraestruturas territoriais compostas no Norte aos poucos foram desfeitas, pois ONGs nacionais e demais
organizações globais solicitaram ao governo brasileiro condutas sustentáveis na organização do território.
(C) Existe relação entre povoamento e redes infraestruturais, dessa forma, a faixa litorânea brasileira, além de densa em
população, também retém inúmeros sistemas de engenharia relacionados ao fluxo tanto de mercadorias quanto de
pessoas.
(D) A região Centro-Oeste do país é espacialmente densa em população e contém diversos portos secos, que escoam a
produtividade da soja para os portos molhados do Sudeste por meio de um sistema ferroviário extremamente moderno.
(E) A região Norte, mesmo sendo a menor em densidade populacional, dispõe dos melhores índices de infraestrutura
territorial do Brasil, tendo como destaque principal, as redes ferroviárias.
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Comentários:
(A) Incorreta: o mapa da população demonstra que o Nordeste brasileiro tem suas faixas litorâneas bem povoadas e
que, por ali, também há infraestruturas territoriais importantes, como as malhas ferroviárias, as rodoviárias, os cabos de
fibra ótica e os gasodutos. Este último, é abordado na questão de forma temerária no que compete a sua relação com o
preço do gás de cozinha. Entretanto, o que refuta mesmo a questão é a afirmação de que o litoral nordestino é pouco denso
populacionalmente.
(B) Incorreta: mencionar que infraestruturas no Norte do país foram desfeitas ao longo do tempo devido à pressão de
ONGs internas e externas é uma afirmação falsa, pois, historicamente, o Brasil pouco desenvolveu infraestruturas territoriais
na região. A busca pela evolução técnica do território é seletiva e desigual – muitas vezes alinhada a prerrogativas do capital
financeiro internacional, sobretudo na era da informação.
(C) Correta: os mapas e o enunciado fornecem as informações convidativas para seja feita uma relação entre população
e infraestruturas territoriais. As áreas mais populosas requerem maiores números de serviços, consumo e fluxo de
mercadorias. O que Milton Santos e María Laura Silveira (2001) chamaram de “Região Concentrada” pode se referir a
inúmeras variáveis sociais, como as materialidades territoriais (os sistemas de engenharia – rodovias, ferrovias, gasodutos,
fibra ótica). Portanto, é lícito afirmar que há estreitas relações entre densidade populacional e infraestruturas territoriais –
onde maior for a densidade de população, maiores serão os níveis dos sistemas de engenharia presentes.
(D) Incorreta: o que refuta essa questão já de primeira é a afirmação: “a região Centro-Oeste do país é espacialmente
densa em população”. No mapa da população pode-se observar que essa região é pouco densa, na verdade. Além de ser
espacialmente pouco habitado, o estado do Mato Grosso, o maior em território no Centro-Oeste, retém também tímidos
níveis de infraestrutura quando comparado com os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Pode ser que
haja de fato importantes portos secos que transferem as mercadorias para portos molhados do Sudeste, porém a forma
preponderante de transporte de mercadorias, sobretudo da soja, ainda é por meio das BRs (rodovias estaduais e Federais)
com destino ao porto molhado de Santos e, mais recentemente, ao de Miritituba, no estado do Pará.
(E) Incorreta: a região Norte do país carece de infraestruturas territoriais e de densidade populacional. Como bem
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apresenta o mapa de redes territoriais, o Norte do país não conta com diversidade de modais. Portanto, afirmar que ela
dispõe dos melhores índices quando o assunto é sistemas de engenharia, é um equívoco, aliás, as ferrovias pouco estão
presentes na região Norte do Brasil.
Gabarito: C.
89. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Ásia – Prof. Saulo Teruo Takami) Considerado um território
autônomo, a ilha de _________ está localizada no sudeste da China e possui aproximadamente 7,2 milhões de habitantes.
Pertencente ao Reino Unido por mais de um século, foi devolvida à China em 1997, por meio de um acordo que determinava
que o país deveria respeitar a autonomia da região, não exercendo nenhum tipo de interferência, seja ela política ou
econômica, até 2047. Contudo, nos últimos anos, a garantia desse acordo tem sido ameaçada. A China Continental, socialista
do ponto de vista político, tem realizado investidas a fim de influenciar, mesmo que lentamente, a política e a economia da
ilha. Em contrapartida, a população local, concebida no cerne do sistema econômico capitalista, tem respondido ao governo
chinês através de manifestações contra essas investidas, resultando em conflitos intensos entre manifestantes e o exército
da China Continental. Os protestos atingiram nível mundial, sobretudo a partir de 2014, mobilizando até mesmo outras
grandes economias capitalistas e a mídia internacional. A Zona Econômica Especial (ZEE) em questão possui uma economia
consolidada, bons índices de desenvolvimento humano (IDH), densa infraestrutura e fascinantes prédios modernos.
A ilha descrita acima e que deve preencher a lacuna do texto é:
(A) Taiwan.
(B) Xangai.
(C) Wuhan.
(D) Hong Kong.
(E) Bangkok.
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Comentários:
(A) Incorreta. Apesar de Taiwan também ser uma ilha e de ser localizada bem próxima à China, ela não pertenceu ao
Reino Unido.
(B) Incorreta. Xangai está localizada na porção continental da China.
(C) Incorreta. Wuhan está localizada na porção continental da China.
(D) Correta. Hong Kong é uma ilha autônoma, localizada na região sudeste da China. Pertenceu ao Reino Unido por 155
anos, após eles terem vencido a Guerra do Ópio, sendo devolvida à China apenas em 1997 sob o acordo de 50 anos, que
prevê a não intervenção político-econômica do país na ilha, entretanto sua garantia tem sido ameaçada. Organizada sob a
perspectiva capitalista, Hong Kong guarda diversas adversidades com o Estado chinês continental, que possui um regime
socialista no aspecto político. Isto é, um país, dois sistemas. De um lado, um país que anseia por dominar uma região, de
outro, uma população disposta a experienciar a liberdade de expressão, de imprensa, direitos e democracia. Como resultado
dessas divergências e de constantes tentativas de interferência da China Continental na ilha, diversos protestos surgiram a
partir da última década, resultando em conflitos violentos que ganharam proporção mundial.
(E) Incorreta. A cidade de Bangkok é a capital da Tailândia.
Gabarito: D.
90. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – População – Prof. Saulo Teruo Takami) A partir de 1800, a
população mundial passou a apresentar um crescimento demográfico cada vez mais intenso em função das melhorias
médicas, sanitárias, técnicas e da urbanização (principalmente na Europa). Vários autores passaram a estudar o assunto,
entre eles, um inglês que em 1798 publicou uma obra cujo título era Ensaio Sobre o Princípio da População, em que proferia
várias afirmações, entre elas, a seguinte: “Os assalariados deveriam ter consciência de que, com o número de trabalhadores
crescendo acima da proporção do aumento da oferta de trabalho no mercado, o preço do trabalho tende a cair, ao mesmo
tempo em que o preço dos alimentos tende a elevar-se.” Seu trabalho foi criticado e contestado por vários autores, entre
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eles, Karl Marx; contudo, até hoje, a obra ainda é discutida e estudada. Essa teoria é conhecida como
(A) malthusiana.
(B) neomalthusiana.
(C) natalista.
(D) econeomalthusiana.
(E) reformista.
Comentários:
O autor da teoria, Thomas Robert Malthus, afirmava, entre outras coisas, que a produção de alimentos crescia em
progressão aritmética, enquanto a população crescia em progressão geométrica, o que, com o tempo, tornaria impossível a
oferta adequada de alimentos. A população passaria a ser controlada, então, por surtos de fome, doenças e guerras por
alimentos.
Gabarito: A.
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REDAÇÃO
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Introdução
Olá, prezado aluno.
Meu nome é Fernando Andrade. Sou Bacharel e Licenciado em Filosofia, ambos

os graus obtidos na Universidade de São Paulo (USP). Além disso, sou Mestre em
Teoria Literária pela mesma instituição. Atualmente, sou Professor de Literatura
Portuguesa em Curso de Graduação e professor de Redação e Filosofia do Estratégia.
Tenho mais de 20 anos dedicados ao magistério, sendo 15 no tablado de algum curso
pré-vestibular.
Redação
Textos Motivadores
Texto I
(...)
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Motivos da evasão escolar

A Plataforma Juventude, Educação e Trabalho elencou os três principais motivos que fazem os jovens de 14 a 29 anos
abandonarem as escolas ou não concluírem o Ensino Médio. Conforme a lista, estão:
- trabalho: 39,1% dos jovens brasileiros abandonam a escola para trabalhar, seja por pressão dos pais ou iniciativa
própria para ajudar a família. No atual contexto da pandemia, três em cada dez jovens ouvidos pela pesquisa Juventudes e
Pandemia do Coronavírus disseram que pensaram em não voltar às aulas ao final do isolamento social.
- falta de interesse: 29,2% dos jovens entre 14 e 29 anos revelaram não ter interesse em estudar. No entanto, para
Mariana Polidorio, gerente de Relações Públicas do Instituto Sonho Grande, a falta de interesse não é sinônimo de não
querer estudar ou preguiça. “Que tipo de escola a gente está oferecendo para esses jovens? Como são as escolas de Ensino
Médio e que tipo de ensino a gente está ofertando para eles? Um dos elementos para o abandono no Ensino Médio é a falta
de clareza de para que aquilo está servindo para esse jovem”, questiona.
Para o professor de sociologia Rafael Santana, da rede estadual do Rio de Janeiro, o desinteresse reflete a importância
dada pela sociedade à educação. Na opinião do docente, “os jovens não são diferentes dos adultos, eles aprendem a valorizar
aquilo que veem sendo valorizado e a escola não é valorizada em si mesma por grande parte da sociedade”.
- gravidez: 9,9% dos jovens de 14 a 29 anos deixaram de ir à escola por motivo de gravidez. Contudo, a gestação é
vista nesse contexto como um evento não planejado ou fruto de uma violência e da ausência da educação sexual, conforme
pontua a professora e ativista do Movimento Caos.A, Viviana Santiago.
Outro ponto de ressalva é que no recorte de gênero não há percentual de jovens do sexo masculino que deixam de
estudar devido à gravidez da parceira.
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/escolas/evasao-escolar-tem-aumento-no-ensino-medio-conheca-os-motivos
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Texto 2
Evasão escolar deixa Brasil atrás de outras economias, mostra OCDE
A qualidade da educação brasileira passa pela melhoria dos resultados de aprendizagem e pelo enfrentamento das
altas taxas de evasão escolar, sobretudo no ensino médio. Relatórios inéditos da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicados na manhã desta quarta-feira (30/6), mostram que o desafio se impõe
ainda mais na pandemia e deixa uma conta dura a pagar se o problema não for enfrentado de frente.
(...)
A grande proporção de jovens que não conclui os estudos ou não o faz dentro do tempo esperado é resultado de uma
série de aspectos, incluindo a repetência e um currículo pouco engajador. A organização afirma ainda que outras causas
de abandono dos estudos - procurar emprego ou assumir responsabilidades de sustento da casa – podem ter sido
alimentadas ainda mais pelos efeitos da pandemia, especialmente entre os mais vulneráveis.
A equidade é tema abordado inúmeras vezes ao longo dos relatórios. A OCDE afirma que o contexto social e econômico
do Brasil tem um impacto maior sobre a participação e os resultados de aprendizagem do que nos outros países da OCDE.
Mesmo com aumento das taxas de matrícula servindo para reduzir as lacunas no acesso à educação, as crianças começam
a escola com níveis já bastante diferentes de desenvolvimento e “prontidão para aprender”.
(...)
“As desigualdades refletem ainda a maneira como a oferta escolar de baixa qualidade e contextos familiares
socialmente mais vulneráveis se combinam para que as habilidades básicas não sejam adquiridas logo no início, colocando
os alunos de nível socioeconômico mais baixo em uma trajetória que leva a um desempenho escolar fraco, altas taxas de
evasão e oportunidades de vida limitadas”, ressalta a publicação. “Para conseguir oferecer qualidade e equidade, o Brasil
precisará definir prioridades claras e garantir os recursos necessários para a educação”, afirma.
https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2021/06/30/internas_educacao,1281975/evasao-escolar-deixa-brasil-atras-de-outras-economias-mostra-ocde.shtml
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https://istoe.com.br/uma-nova-e-preocupante-evasao-escolar/
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Como enfrentar a
evasão escolar e garantir um futuro melhor para os jovens?”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Comentários:
Na proposta do ENEM, é comum observarmos a presença de textos motivadores, de dois a três textos e com a presença
de um infográfico. Logo, observe que essa proposta segue esse modelo, visto que apresenta três textos motivadores, sendo
o último um infográfico com dados interessantes para reflexão do tema. Para a discussão acerca da evasão escolar, temos
nos textos as motivações dessa problemática.
O tema apresenta uma frase no formato de pergunta, note que esse questionamento apresenta dois aspectos que
precisam ser discutidos. Primeiramente, como enfrentar a evasão escolar e, em seguida, como tornar garantido o futuro
desses jovens. Desse modo, durante a leitura dos textos motivadores, esses são aspectos que precisam ser refletidos em
seu texto dissertativo argumentativo.
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O primeiro texto lista alguns dos principais motivos para a evasão escolar, sendo três de abandono escolar dos jovens.
Já o texto 2 traz a questão da desigualdade econômica devido à falta de oportunidades para aqueles que não possuem mais
esse acesso à educação. Por fim, no texto 3, o infográfico indica dados acerca do perfil da evasão escolar no Brasil. Agora,
que vimos uma breve introdução à proposta, vamos à interpretação dos textos motivadores?
Interpretação dos textos motivadores
No texto I, temos a apresentação de três motivos principais que resultaram no abandono escolar para os jovens de 14
a 29 anos. Esse estudo foi apresentado pela Plataforma Juventude, Educação e Trabalho. A partir desses motivos, podemos
ter um panorama da situação da evasão escolar no país. Os três motivos indicados são respectivamente: trabalho, falta de
interesse e gravidez.
A evasão escolar, em razão da inserção precoce ao mercado de trabalho, apresenta a porcentagem de 39,1%. Esse
dado indica uma questão mais profunda, que é a relação com a situação socioeconômica desses jovens que se veem desde
cedo sendo responsáveis por colaborarem com alguma renda para seus lares. Além disso, o texto aponta que, com o advento
da pandemia, muitos jovens se distanciaram ainda mais do ensino, tendo em vista a necessidade de renda, pois muitos
familiares perderam seus empregos, e o afastamento do ambiente escolar devido ao isolamento.
Em segundo lugar, temos a falta de interesse nos estudos, entretanto a pesquisa aponta que esse aspecto não significa
necessariamente falta de gosto pelo estudo, mas sim a falta de interesse pela forma como o ensino é lecionado nas escolas.
Por último, temos a gravidez como uma dessas motivações para o abandono, tendo em vista a forma como a gravidez é
vista no âmbito escolar, por exemplo, como algo não planejado ou por falta de conscientização. O texto também indica um
recorte de gênero em que, para o gênero masculino, a gravidez não apresenta uma motivação direta para a evasão escolar.
Já no texto 2, temos uma visão socioeconômica do tema, tendo em vista as consequências da evasão escolar para a
economia. De acordo com um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o país
enfrenta ainda taxas elevadas de evasão escolar, principalmente no período final do ensino médio. Desse modo, muitos
jovens possuem apenas o nível de educação básica.
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O texto aponta um desafio para solucionar a evasão escolar, visto que esse fenômeno apresenta também marcas sociais,
pois, como vimos no texto 1, a quantidade de jovens que precisam trabalhar para ajudar na renda de sua família ainda é
um agravante. Além disso, a desigualdade impacta também na oferta de escolas de boa qualidade, devido à falta de
investimentos governamentais.
Logo, observe que esse aspecto torna a desigualdade econômica um círculo vicioso, já que os alunos, por se aplicarem
menos nos estudos, devido à defasagem em razão da baixa qualidade escolar, permanecem em uma sistemática desigual.
Esse texto finaliza com uma reflexão interessante, que pode ser pensada pelo candidato diante de seu texto dissertativo,
visto que ao final do texto temos uma fala que indica que mudanças precisam ocorrer para que se garanta a equidade do
ensino no Brasil.
No texto 3, temos um infográfico que aponta dados do Risco Brasil. Segundo o índice, 52% dos jovens brasileiros com
idades entre 19 e 25 anos abandonaram os estudos, não apresentam a dedicação que deveriam ou não estão na idade
premeditada no nível escolar. Perceba que esse é um dado preocupante, devido ao alto índice. Ainda segundo o infográfico,
a população acima de 25 anos que completou o ensino médio está abaixo da média dos países da OCDE. Além disso, há
dados que demonstram o estado de ócio de 11,2 milhões de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham. Por fim,
o infográfico aponta um número alarmante do custo advindo do abandono escolar no país, sendo esse de 3 bilhões de reais
por ano.
Teses possíveis (ideias a serem defendidas)

Como é de hábito, a proposta de redação do Enem já situa uma situação-problema, que pressupõe uma tese fechada,
em concordância com a problematização exposta na frase temática.
A evasão escolar é um grande problema a ser enfrentado, pois compromete o futuro dos jovens.
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Desse modo, a tese já aponta para um percurso argumentativo. Primeiramente, preciso mostrar que a evasão existe e
apresentar a proporção. Logo depois, há que discutir as consequências disso para um jovem que vive na sociedade tecno-
científica. Uma outra possibilidade consiste em considerar a seguinte questão: quais são os desafios diante da evasão
escolar e como garantir um futuro aos jovens frente a essa problemática? Antes de começar a escrever, você deve fazer um
esboço, partindo da tese para definir os seus argumentos.
Encaminhamentos possíveis
Das causas:
- A evasão escolar possui sua gênese nos entraves encontrados pelos jovens, como, por exemplo, as dificuldades
socioeconômicas e a falta de apoio familiar para continuar sua jornada de estudos.
- O modelo de ensino no Brasil pode ser uma das razões que afastam os jovens das escolas, devido às aulas, em sua
maioria, expositivas, sem muita interação com os professores, e aos materiais, que por vezes se encontram defasados.
- A falta de investimento do Estado para o estudo dos jovens favorece sua entrada precoce no mercado de trabalho.
- Um sistema educacional público precário torna evidente para o jovem que ele não significará uma abertura para
ascensão social. O jovem se pergunta, estudar para quê?
Das consequências:
- Como fruto da evasão escolar os jovens brasileiros apresentam menos qualificação profissional, o que acarreta danos
econômicos e de desenvolvimento nacional, já que uma mão de obra sem qualificação tem impacto na produtividade do
país.
- A evasão escolar acaba provocando prejuízos no sistema como um todo. Alunos “sanfona” que começam o curso
escolar, param e retornam, demandam trabalho do sistema educacional.
- O jovem, sem preparo, tem dificuldade na inserção no mercado de trabalho. A possibilidade de marginalização é
grande, já que o tráfico ou outras atividades ilegais se aproveitam justamente dessa disponibilidade de jovens frustrados
pela falta de oportunidade.
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- Esses jovens, sem a educação formal, necessária para a compreensão do mundo complexo em que vivemos, não
conseguem entender a realidade à sua volta, tornam-se incapazes de participação política e de exercício dela.
Repertório entre outros
- Para contextualizar a importância da educação, basta considerar a sociedade tecno-científica em que vivemos, conceito
explorado por Milton Santos. Não seria necessário citar o pensador. Você poderia simplesmente mencionar a revolução
tecnológica e a necessidade de conhecimento técnico, algo que só se aprende na escola.
- Paulo Freire pode ser lembrado pelo esforço do educador em humanizar o processo, utilizando a escola como lugar
onde o indivíduo poderia tomar consciência de sua realidade. Toda sua teoria tinha a finalidade de transformar o ensino
técnico e mecânico em algo que pudesse fazer sentido para o aluno.
- O processo de transformação do trabalho, retomando a passagem da economia rural para a industrial e depois para a
tecnológica, pode ser um bom caminho. No espaço rural, o jovem aprendia tudo de que necessitava com seus pais. Não se
exigiam grandes conhecimentos técnicos. Com a revolução industrial, a coisa começa a mudar. Os operários não precisavam,
de fato, de muitos conhecimentos. Mas, logo surgiu a necessidade de técnicos que soubessem consertar as máquinas.
Depois da década de 50, houve uma tendência de crescimento do setor de serviço, que exigiu trabalhadores especializados.
A revolução informacional consagrou a necessidade de domínio de conhecimento técnico para todas os cidadãos.
Proposta de intervenção
São oferecidas, a seguir, algumas sugestões de propostas de intervenção para esse tema, mas elas não esgotam o
assunto.
1. Cabe ao Ministério da Educação (agente), em parceria com as Secretarias de Educação (detalhamento), viabilizar
projetos que inibam a evasão escolar (ação) por meio de campanhas sociais que demonstrem a importância da
formação escolar (meio/modo), com vistas a diminuir os números da evasão escolar em nosso país (finalidade).
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2. É papel da Secretaria da Educação (agente), juntamente com as escolas (detalhamento), tornar o ensino mais
significativo para os alunos (ação), por meio de aulas mais dinâmicas (meio/modo), com vistas a engajar melhor
os alunos em seu processo de aprendizagem (finalidade).
Estamos diante de uma frase tema em forma de pergunta, desse modo, por ser um tema ENEM que exige uma proposta
de intervenção, você pode usar esse questionamento como uma forma de guia para sua proposta, visto que, nela, você
pode indicar quais são as medidas para o enfrentamento dessa questão e como o futuro dos jovens pode ser garantido,
ainda que diante desse problema.
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9º Simulado ENEM 2021 - 1º Dia - Caderno de Respostas

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CAPA

Prof.ª Andrea Belo

Prof.ª Nailla Malta

1. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) Segundo o texto:

2. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) O texto lido:

(D) pelo rapaz tratar o gato como um ursinho de pelúcia.

Disponible en: < https://i.pinimg.com/originals/c5/51/5d/c5515d57f60bc0b3187311b1ca85d859.jpg>

(Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof.ª Nailla Malta) O texto trata

Disponible en: < https://ideassem.com/blog/anuncios-publicitarios/>

Prof.ª Bete Ana

(D) as funções denotativa e conativa.

WATERSON, Bill. O Melhor de Calvin. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos>

Disponível em<https://i.pinimg.com/736x/7b/9c/3a/7b9c3aa8d87f991aa717a913b9025b4e--design-layout-creative-industries.jpg> Acesso em 11/08/2021

WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos> Acesso em 11/08/2021.

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/>

Em que ilha do pacífico

Em que chão contaminado

Em que mar de água doce

Em que meio, em que cidade

Em que mão de namorada

Em que curva da montanha

Em que estrela, em que astro

Em que sede, em que fome

Em que nódoa da distância

Em que tempo, em qual muro

Em que fruta sem semente

Disponível em <http://mundodasletrascavg.blogspot.com/2010/12/preconceito-linguistico.html> Acesso em 11/08/2021

(D) variação em função da idade do falante.

pressuposto, não havendo ocorrência no excerto.

desacordo com a norma culta.

(B) hipérbole em duas ocasiões.

WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em <https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos> Acesso em 11/08/2021.

(E) no uso de paronomásia, facilitando a zombaria.

interlocutor, que caracteriza uma das finalidades do fazer poético.

Prof.ª Marina Ferreira

(Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/cinco-poemas-concretismo.html Acesso em 10 de agosto de 2021)

(Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2016/01/20-tirinhas-sobre-paixao-por-livros.html Acesso em 10 de agosto de 2021)

Não posso adiar este abraço

que é uma arma de dois gumes

Não posso adiar

Não posso adiar o coração

Mulher fazendo as pazes com o próprio cérebro

Gosto de ver as minhas mãos

Gosto de ver as minhas mãos

Para as Estrelas de cristais gelados

Num cortejo de cânticos alados

Os arcanjos, as cítaras ferindo,

Dos etéreos turíbulos de neve

E as ânsias e os desejos infinitos

Disponível em <https://mymodernmet.com/bruges-triennial-whale-studiokca/> Acesso em 11 de ago. 2021)

(Anita Malfatti, A estudante, 1915-16. Óleo sobre tela. Acervo do Masp)

(B) Descartes valoriza a materialidade da consciência, Locke não.

(A) a razão é incapaz de conhecer os objetos.

Prof.ª Alê Lopes

Olá, aluno/aluna, do Estratégia Vestibulares!

(A) é um sistema dependente de procedimentos políticos e valores sociais.

Prof. Marco Túlio

Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.

mudança ocorreu após a Revolução Gloriosa e a proclamação do Bill of Rights.

Disponível em: <https://www.theeagleview.com.br/2016/04/por-uma-nova-inconfidencia-mineira.html>. Acesso em 30 de junho de 2021.

FLÁVIA MARREIRO. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/29/economia/1446146892_377075.html>. Acesso em 30/07/21.

aplicação desta lei.

Prof. Saulo Teruo Takami