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O paralelismo

O paralelismo

Estrutura rítmica e versificatória específica

Par de estrofes (dísticos) como unidade rítmica

Estrofes seguidas de refrão


O paralelismo
O par de estrofes (dísticos) como unidade rítmica
Como vivo coitada, madre, por meu amigo ,
Ca m’ enviou mandado que se vai no ferido:
▪ Alteração nas palavras da
e por el vivo coitada!
▪ Equivalência
rima: semântica
geralmente de vogal
 
Como vivo coitada, madre, por meu amado, tónica a num dos dísticos de
ca m’ enviou mandado que se vai no fossado: cada par e i ou ê no outro
e por el vivo coitada!
 
Ca m’ enviou mandado que se vai no ferido ,
eu a Santa Cecília de coraçon o digo : ▪ Alteração nas palavras da
e por el vivo coitada! ▪ Equivalência
rima: semântica
geralmente de vogal
tónica a num dos dísticos de
Ca m’ enviou mandado que se vai no fossado,
eu a Santa Cecília de coraçon o falo : cada par e i ou ê no outro
e por el vivo coitada!
 
Martin de Ginzo ou de Grijó (CV 876, CBN 1219), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991.
Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (p. 27)
O paralelismo
        verso A
    Estrofe 1   verso B
        refrão
1.º par         ▪ No par de dísticos, os versos de
        verso A’
    Estrofe 2   verso B’ cada estrofe repetem-se,
        refrão alterando-se apenas as palavras
          finais, em posição de rima
        verso B
    Estrofe 3   verso C
        refrão
2.º par        
        verso B’ ▪ O último verso de cada estrofe
    Estrofe 4   verso C’
        refrão
é o primeiro verso da estrofe
          correspondente no par seguinte
        verso C
    Estrofe 5   verso D
        refrão
3.º par        
        verso C’
    Estrofe 6   verso D’ Adaptado de SARAIVA, António José, e LOPES, Óscar, 2005. História
        refrão da Literatura Portuguesa. 17.ª ed. Porto: Porto Editora (pp. 48-50)
O paralelismo
        verso A Non chegou, madr’, o meu amigo,
    Estrofe 1   verso B e oj’ est’ o prazo saído!
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
1.º par        

        verso A’ Non chegou, madr’, o meu amado,


    Estrofe 2   verso B’ e oj’ est’ o prazo passado!
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
         

        verso B E oj’ est’ o prazo saído!


    Estrofe 3   verso C Por que mentiu o desmentido?
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
2.º par        

        verso B’ E oj’ est’ o prazo passado!


    Estrofe 4   verso C’ Por que mentiu o perjurado?
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
         

        verso C Por que mentiu o desmentido,


    Estrofe 5   verso D pesa-mi, pois per si é falido.
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
3.º par        

        verso C’ Por que mentiu o perjurado,


    Estrofe 6   verso D’ pesa-mi, pois mentiu a seu grado.
        refrão Ai, madre, moiro d’ amor!
D. Dinis (CV 169, CBN 531), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (p. 75)

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