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18P - Português

LPOR1B1 - T rovadorismo

Questão 1

om
l. c
(G1 - ifsp 2016) Assinale a alternativa correta no que se refere às cantigas de amor trovadorescas.

ai
gm
a) Nas cantigas de amor, o eu lírico masculino lamenta a ausência da mulher amada, que lhe é

@
indiferente e que, por mais que seja vista por ele como superior, pertence às classes populares.

s
e
b) Nas cantigas de amor, o eu lírico masculino manifesta insistentemente a coita, isto é, o

poemas uma aura sardônica.


a m
sofrimento de amor, repleto de impulsos eróticos que lhe laceram o corpo e que conferem aos

3g
c) Nas cantigas de amor, o eu lírico feminino manifesta a falta que sente do amigo – isto é, do

e
construções paralelísticas. 1
homem amado – invocando-o por meio de composições de matriz popular que se caracterizam por

li p
fe
d) Nas cantigas de amor, o eu lírico masculino confessa a coita, isto é, o sofrimento amoroso por
uma dama que lhe é inacessível devido à diferença social que existe entre ele e ela.

e) Nas cantigas de amor, a distância social existente entre o eu lírico masculino e a mulher amada a
quem ele se dirige permite entrever que já grassava na sociedade portuguesa a ascensão social pelo
trabalho.

f) Não sei

Questão 2

om
l. c
(G1 - ifsp 2016) A poesia do Trovadorismo português tem íntima relação com a música, pois era

ai
composta para ser entoada ou cantada, sempre acompanhada de instrumental, como o alaúde, a
viola, a flauta, ou mesmo com a presença do coro.

gm
A respeito dessa escola literária, assinale a alternativa correta.

s @
e
m
a) Os principais trovadores utilizavam a guitarra elétrica para acompanhar a exibição.

ga
b) As composições dividem-se em dois grandes grupos: líricas e satíricas.

13
c) Os principais trovadores são: Padre Antônio Viera e Camões.

e
li p
d) O Trovadorismo é uma escola literária contemporânea.

fe
e) São exemplos de Cantigas Satíricas as Cantigas de Amor e de Amigo.

f) Não sei.

om
il. c
fe
Questão 3

om
l. c
(Ueg 2015)

Senhora, que bem pareceis!


ai
gm
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
s @
e
que eu vos visse e agradasse.
Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto

a m
g
para o meu mal e meu quebranto!

3
Senhora, que Deus vos valha!

1
Por quanto tenho penado

e
seja eu recompensado

li p
vendo-vos só um instante.
De vossa grande beleza

fe
da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
só me vem mal e tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia.

Rei D. Dinis CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução,
notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.

Quem te viu, quem te vê

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala


Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
[...]

Chico Buarque

A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda
expressam a seguinte característica trovadoresca:

a) a vassalagem do trovador diante da mulher amada que se encontra distante.

b) a idealização da mulher como símbolo de um amor profundo e universal.

c) a personificação do samba como um ser que busca a plenitude amorosa.

d) a possibilidade de realização afetiva do trovador em razão de estar próximo da pessoa amada.


e) Não sei.

Questão 4

om
l. c
(Espm 2014) O amor cortês foi um gênero praticado desde os trovadores medievais europeus. Nele a
devoção masculina por uma figura feminina inacessível foi uma atitude constante. A opção cujos

ai
versos confirmam o exposto é:

gm
a) Eras na vida a pomba predileta (...) Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, - a inspiração,

@
- a pátria, O porvir de teu pai! (Fagundes Varela)
s
e
b) Carnais, sejam carnais tantos desejos, Carnais sejam carnais tantos anseios, Palpitações e

m
frêmitos e enleios Das harpas da emoção tantos arpejos... (Cruz e Sousa)

a
g
13
c) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por
mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. (Álvares de Azevedo)

pe
d) Em teu louvor, Senhora, estes meus versos E a minha Alma aos teus pés para cantar-te, E os meus

li
olhos mortais, em dor imersos, Para seguir-lhe o vulto em toda a parte. (Alphonsus de Guimaraens)

fe
e) Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer amar e malamar, amar,
desamar, amar? (Manuel Bandeira)

f) Não sei

Questão 5

om
l. c
(Ifsp 2013) Leia atentamente o texto abaixo.

Com’ousará parecer ante mi


ai
gm
o meu amigo, ai amiga, por Deus,
e com’ousará catar estes meus
olhos se o Deus trouxer per aqui,
pois tam muit’há que nom veo veer
s @
e
mi e meus olhos e meu parecer?

a m
(Com’ousará parecer ante mi de Dom Dinis.
Fonte:http://pt.wikisource.org/wiki/Com%27ousar%C3%A1_parecer_ante_mi. Acesso em:05.12.2012.)

per = por
3g
tam = tão
e 1
p
nom = não

li
veer = ver

fe
mi = mim, me
parecer = semblante

Sobre o fragmento anterior, pode-se afirmar que pertence a uma cantiga de

a) amor, pois o eu lírico masculino declara a uma amiga o sentimento de amor que tem por ela.

b) amigo, pois o eu lírico feminino expressa a uma amiga a falta de seu amigo por quem sente amor.
c) amor, pois o eu lírico é feminino e acha que seu amor não deve voltar para os seus braços.

d) amigo, pois o eu lírico masculino entende que só Deus pode trazer de volta sua amiga a quem não
vê há muito tempo.

e) amor, pois o eu lírico feminino não consegue enxergar o amor que sente por seu amigo.

f) Não sei.

Questão 6

om
l. c
(Ifsp 2013) No verso – Ai, madre, moiro d’amor! – a função sintática do termo madre é a seguinte:

Non chegou, madre, o meu amigo,


ai
gm
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d’amor!
Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!
s @
e
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo saido!
Por que mentiu o desmentido?

a m
g
Ai, madre, moiro d’amor!

3
E oje, est o prazo passado!

1
Por que mentiu o perjurado?

e
Ai, madre, moiro d’amor!

li
João Garcia de Guilhadep
fe
a) sujeito.

b) objeto direto.

c) adjunto adnominal.

d) vocativo.

e) aposto.

f) Não sei.

Questão 7

om
l. c
(Ifsp 2013) Considerando a terceira estrofe, assinale a alternativa que apresenta uma palavra

ai
formada por parassíntese.

Non chegou, madre, o meu amigo,


gm
e oje est o prazo saido!

s @
e
Ai, madre, moiro d’amor!
Non chegou, madre, o meu amado,

a m
3g
1
g
s @
e
e oje est o prazo passado!
a m
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo saido!
3g
Por que mentiu o desmentido?

e
Ai, madre, moiro d’amor! 1
li p
E oje, est o prazo passado!

fe
Por que mentiu o perjurado?
Ai, madre, moiro d’amor!

João Garcia de Guilhade

a) desmentido

b) prazo

c) saido

d) d’amor

e) moiro

f) Não sei

Questão 8

om
l. c
(Uepa 2012) “A literatura do amor cortês, pode-se acrescentar, contribuiu para transformar de algum

ai
modo a realidade extraliterária, atua como componente do que Elias (1994)* chamou de processo
civilizador. Ao mesmo tempo, a realidade extraliterária penetra processualmente nessa literatura

gm
que, em parte, nasceu como forma de sonho e de evasão.”

s @
(Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 41, n. 1 e 2, p. 83-110, Abril e Outubro de

e
2007 pp. 91-92)(*) Cf. ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Zahar, 1994, v.1.

a m
Interprete o comentário acima e, com base nele e em seus conhecimentos acerca do lirismo
medieval galego-português, marque a alternativa correta:

3g
e 1
li p
a) as cantigas de amor recriaram o mesmo ambiente palaciano das cortes galegas.

fe
b) “a literatura do amor cortês” refletiu a verdade sobre a vida privada medieval.

c) a servidão amorosa e a idealização da mulher foi o grande tema da poesia produzida por vilões.

d) o amor cortês foi uma prática literária que aos poucos modelou o perfil do homem civilizado.

e) nas cantigas medievais mulheres e homens submetem-se às maneiras refinadas da cortesia.

f) Não sei.

om
i l. c
Questão 9

om
l. c
(G1 - ifsp 2012) Uma característica desse fragmento, também presente em outras cantigas de amor

ai
do Trovadorismo, é

gm
Cantiga de Amor (Afonso Fernandes)

Senhora minha, desde que vos vi,

s @
e
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi

a
que saibam todos o meu grande amor, m
g
a tristeza que tenho, a imensa dor
3
1
que sofro desde o dia em que vos vi.

e
Já que assim é, eu venho-vos rogar

p
que queirais pelo menos consentir

li
que passe a minha vida a vos servir (...)

fe
(www.caestamosnos.org/efemerides/118. Adaptado)

a) a certeza de concretização da relação amorosa.

b) a situação de sofrimento do eu lírico.

c) a coita de amor sentida pela senhora amada.

d) a situação de felicidade expressa pelo eu lírico.

e) o bem-sucedido intercâmbio amoroso entre pessoas de camadas distintas da sociedade.

f) Não sei.

Questão 10

om
l. c
(G1 - ifsp 2012) Observando-se a última estrofe, é possível afirmar que o apaixonado

Cantiga de Amor (Afonso Fernandes)


ai
Senhora minha, desde que vos vi,
gm
lutei para ocultar esta paixão

s @
e
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
a m
g
que sofro desde o dia em que vos vi.
3
1
Já que assim é, eu venho-vos rogar

e
que queirais pelo menos consentir

p
que passe a minha vida a vos servir (...)

i
f el
(www.caestamosnos.org/efemerides/118. Adaptado)
lip
f e
a) se sente inseguro quanto aos próprios sentimentos.

b) se sente confiante em conquistar a mulher amada.

c) se declara surpreso com o amor que lhe dedica a mulher amada.

d) possui o claro objetivo de servir sua amada.

e) conclui que a mulher amada não é tão poderosa quanto parecia a princípio.

f) Não sei.

Questão 11

om
l. c
(Unifesp 2002) A alternativa que indica texto que faz parte da poesia medieval da fase trovadoresca

ai
é

T EXT O I
gm
Ao longo do sereno

s @
e
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
a m
g
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
3
e 1
p
(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)

li
T EXT O II
fe
Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.

(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)

T EXT O III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.

(Fernando Pessoa, Obra poética.)

T EXT O IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.

(Luís de Camões, Obra completa.)

T EXT O V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)

(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)

a) I.

b) II.

c) III.

d) IV.

e) V.

f) Não sei.

Questão 12

om
l. c
(Mackenzie 1998) Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é INCORRETO afirmar que:

ai
gm
a) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente
moralistas.

@
b) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos
s
e
da sociedade.

m
c) pode ser dividida em lírica e satírica.

a
3g
d) em boa parte de sua realização, teve influência provençal.

e 1
e) as cantigas de amigo, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-lírico feminino.

i p
el
f) Não sei.

f
Questão 13

om
l. c
ai
m
om
l. c
ai
(Mackenzie 1997) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito das cantigas de amor.

gm
@
a) O ambiente é rural ou familiar.

e s
b) O trovador assume o eu-lírico masculino: é o homem quem fala.

c) Têm origem provençal.


a m
g
13
d) Expressam a " coita" amorosa do trovador, por amar uma dama inacessível.

e
e) A mulher é um ser superior, normalmente pertencente a uma categoria social mais elevada que a

p
li
do trovador.

f) Não sei.
fe
Questão 14

om
l. c
(Faap 1996) Leia com atenção a última estrofe:

ai
gm
SONET O DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma

s @
e
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento

a
Que dos olhos desfez a última chama m
g
E da paixão fez-se o pressentimento
3
1
E do momento imóvel fez-se o drama.

e
De repente, não mais que de repente

p
Fez-se de triste o que se fez amante

li
E de sozinho o que se fez contente

fe
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Morais)

Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com que esta forma linguística é usualmente
empregada no falar atual. Contudo, na Idade Média, como se observa nas cantigas medievais, a
palavra AMIGO significou:

a) colega

b) companheiro

c) namorado

d) simpático
e) acolhedor

f) Não sei

Questão 15

om
l. c
(Mack-2005) Assinale a afirmativa correta sobre o texto I.

T exto I
ai
gm
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
s @
e
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

a m
Martim Codax
3g
e 1
p
verrá = virá

li
levado = agitado

fe
a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso.

b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado

c) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta às ondas do mar sua angústia pela perda
do amigo em trágico naufrágio.

d) Nessa cantiga de amor, o eu lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua
solidão

e) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua
ansiedade com relação à volta do amado.

f) Não sei.

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