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3) (Mack-2005) Assinale a afirmativa correta sobre o texto 5) (FMTM-2002) Endechas à escrava Bárbara
I.
Aquela cativa,
Texto I que me tem cativo
Ondas do mar de Vigo, porque nela vivo,
se vistes meu amigo! já não quer que viva.
E ai Deus, se verrá cedo! Eu nunca vi rosa
Ondas do mar levado, em suaves molhos,
se vistes meu amado! que para meus olhos
E ai Deus, se verrá cedo! fosse mais formosa.
Martim Codax
Uma graça viva,
Obs.: verrá = virá que neles lhe mora,
levado = agitado para ser senhora
de quem é cativa.
a) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta Pretos os cabelos,
a Deus seu sofrimento amoroso. onde o povo vão
b) Nessa cantiga de amor, o eu lírico feminino dirige-se a perde opinião
Deus para lamentar a morte do ser amado. que os louros são belos.
c) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico masculino manifesta
às ondas do mar sua angústia pela perda do amigo em Pretidão de Amor,
trágico naufrágio. tão doce a figura,
d) Nessa cantiga de amor, o eu lírico masculino dirige-se às que a neve lhe jura
ondas do mar para expressar sua solidão. que trocara a cor.
e) Nessa cantiga de amigo, o eu lírico feminino dirige-se às Leda mansidão
ondas do mar para expressar sua ansiedade com relação à que o siso acompanha;
volta do amado. bem parece estranha,
mas bárbara não.
O título do poema de Oswald remete o leitor à Idade À tarde, quando chegas à janela,
Média. Nele, assim como nas cantigas de amor, a idéia de A trança solta, onde suspira o vento,
poder retoma o conceito de Minha alma te contempla de joelhos...
a) fé religiosa. A teus pés vai gemer meu pensamento.
b) relação de vassalagem. ..................................................................
c) idealização do amor.
d) saudade de um ente distante. Oh! diz' me, diz' me, que ainda posso um dia
e) igualdade entre as pessoas. De teus lábios beber o mel dos céus;
Que eu te direi, mulher dos meus amores:
- Amar-te ainda é melhor do que ser Deus!
O que mora atrás do seu rosto, Rosa, (Luís de Camões, Ao longo do sereno.)
O pensamento a alma o desgosto
De você. Texto II:
Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas,
(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. São Paulo / Belo so aqueste ramo destas auelanas
Horizonte: Martins / Itatiaia, 1980. V. 1. p. 121 ) e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
Texto IV so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
O AMOR E O TEMPO (Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, Texto III:
tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de Tão cedo passa tudo quanto passa!
mármore, quanto mais a corações de cera ! São as afeições morre tão jovem ante os deuses quanto
como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de Morre! Tudo é tão pouco!
durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, Nada se sabe, tudo se imagina.
que partem do centro para a circunferência, que quanto Circunda-te de rosas, ama, bebe
mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos E cala. O mais é nada.
sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor (Fernando Pessoa, Obra poética.)
tão robusto que chegue a ser velho. De todos os
instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o Texto IV:
tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota- Os privilégios que os Reis
lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com Não podem dar, pode Amor,
que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que Que faz qualquer amador
voa e foge. A razão natural de toda esta diferença é Livre das humanas leis.
porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os mortes e guerras cruéis,
defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas Ferro, frio, fogo e neve,
para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, Tudo sofre quem o serve.
quanto mais o (Luís de Camões, Obra completa.)
amor ?! O mesmo amar é causa de não amar e o ter
amado muito, de amar menos. Texto V:
As minhas grandes saudades
(VIEIRA, Antônio. Apud: PROENÇA FILHO, Domício. São do que nunca enlacei.
Português. Rio de Janeiro: Liceu, 1972. V5. p.43) Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
Assinale a opção em que o eu lírico, ao se dirigir à amada, (Mário de Sá Carneiro, Poesias.)
emprega linguagem semelhante à do texto III.
A alternativa que indica texto que faz parte da poesia
a) "Goza, goza da flor da mocidade / que o tempo trata a medieval da fase trovadoresca é
toda ligeireza" (Gregório de Matos). a) I.
b) "A gente sempre se amando / nem vê o tempo passar" b) II.
(Carlos Drummond de Andrade). c) III.
c) "Eu sou escritor difícil / Que a muita gente enquizila" d) IV.
(Mário de Andrade). e) V.
d) "Vem, ó Marília, vem lograr comigo / Destes alegres
campos a beleza" (Tomás A. Gonzaga). 9) (PUC-SP-2006) A farsa revela surpreendente domínio da
e) "O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado arte teatral. Segundo seus estudiosos, Gil Vicente utiliza-se
muito, de amar menos." (Antônio Vieira). de processos dramáticos que se tornarão típicos em suas
criações cômicas. com as características de seu teatro,
8) (Unifesp-2002) Texto I: a) o rigoroso respeito à categoria tempo, delineado na
Ao longo do sereno justa sucessão do transcorrer cronológico das ações.
Tejo, suave e brando, b) a não preparação de cenas e entrada de personagens, o
Num vale de altas árvores sombrio, que provoca a precipitação de certos
Estava o triste Almeno quadros e situações.
Suspiros espalhando c) o realismo na caracterização social, psicológica e
Ao vento, e doces lágrimas ao rio. lingüística de seus personagens.
16) (UNICAMP-2007) Leia o diálogo abaixo, de Auto da 18) (PUC-SP-2001) O argumento da peça A Farsa de Inês
Barca do Inferno: Pereira, de Gil Vicente, consiste na demonstração do
refrão popular “Mais quero asno que me carregue que
DIABO cavalo que me derrube”. Identifique a alternativa que não
Cavaleiros, vós passais corresponde ao provérbio, na construção da farsa.
e não perguntais onde is? a) A segunda parte do provérbio ilustra a experiência
CAVALEIRO desastrosa do primeiro casamento.
Vós, Satanás, presumis? b) O escudeiro Brás da Mata corresponde ao cavalo,
Atentai com quem falais! animal nobre, que a derruba.
OUTRO CAVALEIRO c) O segundo casamento exemplifica o primeiro termo,
Vós que nos demandais? asno que a carrega.
19) (UNIFESP-2004) Leia a cantiga seguinte, de Joan Garcia - Por Deus de Cruz, dona, sey que avedes
de Guilhade. Amor my coytado que tan ben dizedes
Cantingas d'amigo.
Un cavalo non comeu
á seis meses nen s’ergueu Por Deus de Cruz, dona, sey que avedes
mais prougu’a Deus que choveu, D'amor my coytada que tan ben cantastes
creceu a erva, Cantingas d'amigo.
e per cabo si paceu,
e já se leva! - Avuytor comestes, que adevinhades,
Seu dono non lhi buscou (Cantiga n°321 - CANC. DA VATICANA)
cevada neno ferrou:
mai-lo bon tempo tornou, ESTAVA A FORMOSA SEU FIO TORCENDO
creceu a erva, (paráfrase de Cleonice Berardinelli)
e paceu, e arriçou,
e já se leva! Estava a formosa seu fio torcendo,
Seu dono non lhi quis dar Sua voz harmoniosa, suave dizendo
cevada, neno ferrar; Cantigas de amigo.
mais, cabo dum lamaçal
creceu a erva, Estava a formosa sentada, bordando,
e paceu, e arriç’ar, Sua voz harmoniosa, suave cantando
e já se leva! Cantigas de amigo.
(CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi
usa, 1995.) - Por Jesus, senhora, vejo que sofreis
De amor infeliz, pois tão bem dizeis
A leitura permite afirmar que se trata de uma cantiga de Cantigas de amigo.
a) escárnio, em que se critica a atitude do dono do cavalo,
que dele não cuidara, mas graças ao bom tempo e à chuva, Por Jesus, senhora, eu vejo que andais
o mato cresceu e o animal pôde recuperar-se sozinho. Com penas de amor, pois tão bem cantais
b) amor, em que se mostra o amor de Deus com o cavalo Cantigas de amigo.
que, abandonado pelo dono, comeu a erva que cresceu
graças à chuva e ao bom tempo. - Abutre comeste, pois que adivinhais.
c) escárnio, na qual se conta a divertida história do cavalo
que, graças ao bom tempo e à chuva, alimentou-se, (in BERARDINELLI, Cleonice. CANTIGAS DE TROVADORES
recuperou-se e pôde, então, fugir do dono que o MEDIEVAIS EM POTUGUÊS MODERNO. Rio de Janeiro:
maltratava. Organ, Simões, 1953, pp. 58-59.)
d) amigo, em que se mostra que o dono do cavalo não lhe
buscou cevada nem o ferrou por causa do mau tempo e da
chuva que Deus mandou, mas mesmo assim o cavalo pôde Considerando-se que o último verso da cantiga caracteriza
recuperar-se. um diálogo entre personagens; conside a palavra abutre
e) mal-dizer, satirizando a atitude do dono que ferrou o grava-se avuytor, em português arcaico; e considerando-se
cavalo, mas esqueceu-se de alimentá-lo, deixando-o que, de acordo com a tradição popular da época, era
entregue à própria sorte para obter alimento. possível fazer previsões e descobrir o que está oculto,
comendo carne de abutre, mediante estas três
20) (Vunesp-1995) SEDIA LA FREMOSA SEU SIRGO considerações: (ver texto)
TORCENDO a) Identifique o personagem que se expressa em discurso
Estêvão direto, no último verso do poema;
Coelho b) Interprete o significado do último verso, no contexto do
poema.
Sedia la fremosa seu sirgo torcendo,
Sa voz manselinha fremoso dizendo
Cantigas d'amigo. 21) (FMTM-2003) Senhora, partem tão tristes
18) Alternativa: A
19) Alternativa: A
21) Alternativa: B