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Pré-Vestibular Mauá

- Língua Portuguesa -
UERJ
Simulado
1º Exame de qualificação 2019
Gabarito do 1º exame
Simulado
Questões do simulado
e em amor; nascer
O VERBO NO INFINITO QUESTÃO O título e o último verso do poema se referem ao verbo no infinito, enquanto todos os verbos
mecer
Ser criado, gerar-se, transformar
rar O amor em carne e a carne em amor; nascer
18 do poema se mostram na forma infinitiva.
Este jogo de palavras com a gramática da língua portuguesa é possível porque a forma verbal
infinitiva expressa uma ação que aponta para a seguinte ideia:
Respirar, e chorar, e adormecer (A) abstração do tempo
spertar
E se nutrir para poder chorar (B) modificação do sujeito
ndo e ouvir (C) reiteração do argumento
5 Para poder nutrir-se; e despertar (D) transformação do contexto
sorrir Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir LINGUAGENS
SIMULADO 9
chorar. E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar. QUESTÃO No verso 1, a combinação das vozes passiva e reflexiva produz um efeito poético.
haver E crescer, e saber, e ser, e haver 19 Esse efeito confere ao sujeito pressuposto do poema, em relação a si mesmo, a possibilidade de:
(A) alienação
orror
10 E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito (B) invenção
maldito (C) resignação
E esquecer tudo ao vir um novo amor
novo amorE viver esse amor até morrer (D) cooperação
rer E ir conjugar o verbo no infinito... VINICIUS DE MORAES
nfinito... SONETO DE FIDELIDADE
VINICIUS DE MORAES
QUESTÃO O título e o último verso do poema se referem ao verboDeno
tudoinfinito,
ao meu amorenquanto
serei atentotodos os verbos
do poema se mostram na forma infinitiva. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
SONETO DE FIDELIDADE
LINGUAGENS
QUESTÃO A palavra fidelidade não aparece nos versos do poema. Entretanto, o poeta defende
ão das vozes passiva e reflexiva produz um efeito poético.
De tudo ao meu amor serei atento
ujeito pressuposto do poema, em relação a si mesmo, a possibilidade de:
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
20 determinada fidelidade, que está associada ao seguinte sentimento referido no texto:
(A) amor
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. (B) solidão
(C) encanto
DEQuero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto (D) angústia
ento
re, eE rir
tanto meu riso e derramar meu pranto
r encanto QUESTÃO No último verso do poema, a proposição mas que seja infinito enquanto dure constitui um

21
Ao seu pesar ou seu contentamento
nsamento.

omento
paradoxo que enfatiza o seguinte aspecto:
E assim, quando mais tarde me procure
ar meu canto
Quem
pranto sabe a morte, angústia de quem vive (A) enaltecimento da vida
mento
Quem sabe a solidão, fim de quem ama (B) reconhecimento da ilusão
e procure
de quem vive
Eu possa me dizer do amor (que tive): (C) aceitação do desencontro
quem ama
Que não seja imortal, posto que é chama
ue tive):
(D) intensificação do sentimento
ue éMas
chama que seja infinito enquanto dure.
o dure. VINICIUS DE MORAES
VINICIUS DE MORAES 10 SIMULADO

não aparece nos versos do poema. Entretanto, o poeta defende


SONETO DE LUZ E TREVA
QUESTÃO Nas descrições que faz, o poeta conjuga diferentes referências, como a astrologia e as religiões
Ela tem uma graça de pantera
No andar bem-comportado de menina.
No molejo em que vem sempre se espera
22 afro-brasileiras. Além dessas, para caracterizar a figura feminina, alude-se também ao seguinte
tipo de texto:

Que de repente ela lhe salte em cima.


(A) novelas eróticas
(B) contos de fadas
5 Mas súbito renega a bela e a fera
(C) receitas culinárias
Prende o cabelo, vai para a cozinha
E de um ovo estrelado na panela (D) narrativas de folclore
Ela com clara e gema faz o dia.
QUESTÃO Todo o soneto se estrutura a partir de uma antítese que indica a seguinte temática central:

10
Ela é de capricórnio, eu sou de libra
Eu sou o Oxalá velho, ela é Inhansã
23 (A) assunção do desejo
(B) aceitação da dúvida
A mim me enerva o ardor com que ela vibra
(C) necessidade de convivência
E que a motiva desde de manhã.
(D) mudança de comportamento
- Como é que pode, digo-me com espanto
A luz e a treva se quererem tanto...
VINICIUS DE MORAES
VINICIUS DE MORAES
5 D 28 A 33 D
6 A INGLÊS 34
II 7SIMULADO
D 24 B

Gabarito do simulado 8 B
GABARITO
9 C
25
26
D
A
CIÊNCIAS
NATUREZ
10 A 27 C 35 D
28 A 36
TEXTO BASE ESPANHOL
LÍNGUA MATEMÁTICA CIÊNCIAS
37
1 B C
24PORTUGUESA 29 D HUMANAS
38
2 D 25 11D C 30 D 47 39 A
3 C 26 12B B 31 C 48 40 B
4 B 27 13D A 32 B 49 41D
5 D 28 14A C 33 D 50 42 B
6 A INGLÊS15 D 34 C 51 43 A
7 D 24 16B C 52 44 C
8 B 25 17D D CIÊNCIAS DA 53 45 B D
9 C 26 18A A NATUREZA 54 46 C
10 A 27 19C B 35 D 55 D
28 20A A 36 C 56 A
21 D 37 B 57 C
LÍNGUA
22 B
PORTUGUESA 38 B 58 B
23 C
11 C 39 A 59 A
pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes

1º EXAME DE QUALIFICAÇÃO TEXTO BASE


15 Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria
se espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região
na década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por

Três teses sobre o avanço da febre amarela


seres humanos que temem contrair a doença. O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no
pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das
20 árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos
os grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o número de casos da doença alcançou transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e
níveis sem precedentes nos últimos cinquenta anos. Desde o início de 2017, foram confirmados corredores de mata. Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3 km por dia. Tanto o homem
779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela por cerca de três dias.
5 já registrado no país. Outros 435 registros ainda estão sob investigação. 25 Depois disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca de dez dias, primatas e humanos ou
morrem ou se curam, tornando-se imunes à doença.
Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não
trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. Dois inimigos silenciosos vieram junto: o Para o infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo, o rompimento
da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, teve papel relevante na disseminação
vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de
acelerada da doença no Sudeste. A destruição do habitat natural de diferentes espécies teria
febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana
30 reduzido significativamente os predadores naturais dos mosquitos. A tragédia ambiental ainda
10 foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de floresta na teria afetado o sistema imunológico dos macacos, tornando-os mais suscetíveis ao vírus.
região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica.
Por que é importante determinar a “viagem” do vírus? Basicamente, para orientar as campanhas
Três teses tentam explicar o fenômeno. de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou um plano de imunização depois que 11
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa pessoas morreram vítimas de febre amarela em Botucatu (SP): “Eu fiz cálculos matemáticos
pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes 35 para determinar qual seria a proporção da população nas áreas não vacinadas que deveria ser
15 Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria imunizada, considerando os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente, a Secretaria de
se espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região Saúde não adotou essa estratégia. Os casos acontecem exatamente nas áreas onde eu havia
recomendado a vacinação. A Secretaria está correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017,
na década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por
mais de 100 pessoas foram contaminadas em São Paulo e mais de 40 morreram.
seres humanos que temem contrair a doença. O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no
pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das 40 O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e municípios vêm sendo
orientados para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção. A orientação é que
20 árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
pessoas em áreas de risco se vacinem.
De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos NATHALIA PASSARINHO
transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e Adaptado de bbc.com, 06/02/2018.
(C) O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no pé”, o que faz crescer a chance de

QUESTÕES
contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das árvores, os mosquitos
procuram sangue humano. (l. 18-20)
TEXTO BASE

(D) Tanto o homem quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela
Questão Parapor
apresentação
cerca de trêsdasdias.
tesesDepois
que explicam o avanço daproduz
disso, o organismo febre anticorpos.
amarela, a autora do texto recorre,
(l. 23-25)

01
principalmente, à seguinte estratégia:
Questão (A)Noreferências
quinto parágrafo,
a dilemassão apresentadas duas hipóteses acerca da disseminação da febre amarela.

08 (B)A marca
alusãoverbal
(C)(A)construção
que evidencia a formulação dessas hipóteses é o uso de:
a subentendidos
voz ativa de silogismo

(D)(B)argumentos
modo subjuntivo
de autoridade
(C) futuro do pretérito
Questão No
(D)quinto
forma parágrafo, são apresentadas duas hipóteses acerca da disseminação da febre amarela.
no gerúndio

08 A marca verbal que evidencia a formulação dessas hipóteses é o uso de:


(A) voz ativa
(B) modo subjuntivo
UTILIZE AS INFORMAÇÕES A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 02 E 03.
(C) futuro do pretérito
(D) forma no gerúndio
Casos de febre amarela desde o início de 2017:
Questão No sexto parágrafo, a• confirmados
interlocução→com
779;o leitor é explicitamente marcada pelo emprego de:

09 (A) pergunta
(B) estatística
• suspeitos → 435.

Mortes entre os casos confirmados: 262.


(C) depoimento
(D) coloquialismo
Questão No sexto parágrafo, a interlocução com o leitor é explicitamente marcada pelo emprego de:
Questão Suponha que todos os casos suspeitos tenham sido comprovados, e que a razão entre o número
(A) pergunta
Questão
Um poema de Vinicius de Moraes
A flutuação do gosto em relação aos poetas é normal, como é normal a sucessão dos

12
modos de fazer poesia. (l. 1-2)
A relação que se estabelece entre essa declaração inicial do crítico Antonio Candido e o restante
A flutuação do gosto em relação aos poetas é normal, como é normal a sucessão dos modos de seu texto pode ser definida pela seguinte sequência:
de fazer poesia. Pelo visto, Vinicius de Moraes anda em baixa acentuada. Talvez o seu prestígio (A) problema – solução
tenha diminuído porque se tornou cantor e compositor, levando a opinião a considerá-lo mais (B) abstração – realidade
letrista do que poeta. Mas deve ter sido também porque encarnou um tipo de poesia oposto a (C) pressuposição – asserção
5 certas modalidades para as quais cada palavra tende a ser objeto autônomo, portador de maneira (D) generalização – particularização LINGUAGENS
isolada (ou quase) do significado poético.
Na história da literatura brasileira ele é um poeta de continuidades, não de rupturas; e o nosso Questão A articulação do primeiro com o segundo parágrafo revela o seguinte eixo principal da

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é um tempo que tende à ruptura, ao triunfo do ritmo e mesmo do ruído sobre a melodia, assim argumentação do crítico:
como tende a suprimir as manifestações da afetividade. Ora, Vinicius é melodioso e não tem medo
10 de manifestar sentimentos, com uma naturalidade que deve desgostar as poéticas de choque. (A) valorização de versos coloquiais
Por vezes, ele chega mesmo a cometer o pecado maior para o nosso tempo: o sentimentalismo. (B) descrição de uma poética singular
8 VESTIBULAR ESTADUAL 2019 1ª FASE EXAME DE QUALIFICAÇÃO
Isso lhe permitiu dar estatuto de poesia a coisas, sentimentos e palavras extraídos do mais singelo (C) contestação de artistas modernos
cotidiano, do coloquial mais familiar e até piegas, de maneira a parecer muitas vezes um seresteiro (D) exaltação de uma obra convencional
milagrosamente transformado em poeta maior. João Cabral disse mais de uma vez que sua própria
15 poesia remava contra a maré da tradição lírica de língua portuguesa. Vinicius seria, ao contrário,
alguém integrado no fluxo da sua corrente, porque se dispôs a atualizar a tradição. Isso foi possível
devido à maestria com que dominou o verso, jogando com todas as suas possibilidades.
Questão Com base nas ideias apresentadas no texto, a metáfora um raro malabarista (l. 22) sugere que

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Ele consegue ser moderno usando metrificação e cultivando a melodia, com uma imaginação o poeta articula os seguintes aspectos em sua poesia:
renovadora e uma liberdade que quebram as convenções e conseguem preservar os valores
(A) humor e seriedade
20 coloquiais. Rigoroso como Olavo Bilac, fluido como o Manuel Bandeira dos versos regulares, terra
a terra como os poemas conversados de Mário de Andrade, esse mestre do soneto e da crônica (B) tradição e inovação
é um raro malabarista. (C) erudição e formalismo
ANTONIO CANDIDO (D) musicalidade e silêncio
Adaptado de Teoria e debate, nº 49. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, out-dez, 2001.
Questão De repente da calma fez-se o vento

Soneto de separação 15 Que dos olhos desfez a última chama (v. 5-6)
Em relação à expressão o vento, o verso sublinhado assume a função de indicar uma:
(A) gradação
(B) nomeação
De repente do riso fez-se o pranto (C) comparação
(D) caracterização
Silencioso e branco como a bruma
3 E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. Questão Uma série de transformações é apresentada pelo verbo fazer acompanhado da palavra se.

16 Na cena construída no poema, essa estrutura linguística produz o seguinte efeito:


(A) apagamento dos parceiros da relação
De repente da calma fez-se o vento (B) esquecimento da sensação de perda
(C) neutralização dos espaços de conflito
6 Que dos olhos desfez a última chama (D) indefinição do momento da despedida
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
Questão Na terceira estrofe (v. 9-11), a seleção vocabular evidencia a passagem de um estado emocional a

17
outro por parte do poeta.
9 De repente, não mais que de repente A partir dessa seleção, os estados emocionais por que passa o poeta podem ser definidos como:
(A) cíclicos
Fez-se de triste o que se fez amante (B) hesitantes

E de sozinho o que se fez contente. (C) antagônicos


(D) independentes

12 Fez-se do amigo próximo o distante


Fez-se da vida uma aventura errante Questão No último verso, não mais que enfatiza a expressão de repente, revelando certa reação do

18
poeta em relação à separação.
De repente, não mais que de repente. Essa reação é marcada pelo sentimento de:
(A) indecisão
(B) libertação
(C) resignação
(D) preocupação
Soneto do Corifeu * Questão Os dois primeiros versos do soneto sugerem uma advertência dirigida aos apaixonados.

19 Com base na leitura do poema, essa advertência se baseia no pressuposto de que a paixão é
capaz de provocar estado de:
São demais os perigos desta vida (A) apatia
Para quem tem paixão, principalmente (B) carência
(C) contrariedade
3 Quando uma lua surge de repente
(D) vulnerabilidade
E se deixa no céu, como esquecida.

E se ao luar que atua desvairado


6 Vem se unir uma música qualquer Questão No soneto, é possível reconhecer a configuração de um espaço caracterizado pelo seguinte aspecto:

Aí então é preciso ter cuidado


Porque deve andar perto uma mulher.
20 (A) composição teatral
(B) inspiração bucólica
(C) atmosfera fúnebre LINGUAGENS
(D) tradição religiosa
9 Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Questão Na última estrofe, a figura feminina é descrita porESTADUAL
VESTIBULAR meio de2019 elementos queDE estabelecem
1ª FASE EXAME QUALIFICAÇÃO entre 11si

21
uma relação do seguinte tipo:
12 Uma mulher que é como a própria Lua:
(A) ambígua
Tão linda que só espalha sofrimento
(B) antitética
Tão cheia de pudor que vive nua. (C) denotativa
(D) metalinguística
* Corifeu: personagem sempre presente no antigo teatro grego.
(C) hipérbole
Soneto da hora final Questão No título Soneto da hora final, para revelar o tema do poema, recorre-se à figura de linguagem

22
(D) ironia
denominada:
Será assim, amiga: um certo dia
(A) eufemismo
Estando nós a contemplar o poente
(B) metonímia
3 Sentiremos no rosto, de repente
(C) hipérbole
O beijo leve de uma aragem fria.
(D) ironia
Tu me olharás silenciosamente
6 E eu te olharei também, com nostalgia
E partiremos, tontos de poesia Questão No poema, há diversas referências metafóricas à morte, como exemplifica o seguinte verso:

23
Para a porta de treva aberta em frente.
(A) Estando nós a contemplar o poente (v. 2)
9 Ao transpor as fronteiras do Segredo (B) E eu te olharei também, com nostalgia (v. 6)
Eu, calmo, te direi: – Não tenhas medo (C) Ao transpor as fronteiras do Segredo (v. 9)
E tu, tranquila, me dirás: – Sê forte. (D) E como dois antigos namorados (v. 12)
Questão No poema, há diversas referências metafóricas à morte, como exemplifica o seguinte verso:

12 E como dois antigos namorados


Noturnamente tristes e enlaçados
23 (A) Estando nós a contemplar o poente (v. 2)
(B) E eu te olharei também, com nostalgia (v. 6)
Nós entraremos nos jardins da morte. (C) Ao transpor as fronteiras do Segredo (v. 9)
(D) E como dois antigos namorados (v. 12)
Implícitos: pressupostos e subentendidos
• Pressupostos
• Apresentam marcas linguísticas para identificação.
• Verbos
• O aluno deixou de sair aos sábados para estudar mais.
• (pressuposto: o aluno saía todos os sábados.)
• O aluno continua estudando para concursos.
• (pressuposto: o aluno estudava antes de passar.)
• A espera dos alunos pelo gabarito oficial acabou.
• (pressuposto: os alunos estavam esperando o resultado.)
• Advérbios
• Felizmente, não preciso mais estudar.
• (pressuposto: o emissor considera a informação boa)
• Após uma hora de prova, metade das pessoas já havia saído.
• (pressuposto: algo aconteceu antes do tempo.)
• “que” em orações subordinadas adjetivas
• Pessoas que fazem cursinhos passam mais rápido. (adjetiva restritiva)
• (pressuposto: há pessoas que não fazem cursinho)
• Etc.
Implícitos: pressupostos e subentendidos
• Subentendidos
• Não apresentam marcas linguísticas para identificação.
• Contextos conversacionais
• - Nossa! Está muito calor lá fora!
• (possível subentendido: a pessoa está com sede)
• A bolsa da senhora está pesada? (pergunta um jovem rapaz)
• (possível subentendido: o rapaz está se oferecendo para carregar a bolsa)
• Etc.
Atividades
Em seu artigo O FMI e o governo Lula, o Sr. Jarbas Passarinho (O Liberal, Belém-PA, p.1-2, 31
agosto 2003), após iniciar afirmando que “O presidente Lula já pagou alto preço, dentro de seu
próprio partido, por haver mantido compromissos assumidos com o FMI pelo seu antecessor,
...” , tece considerações sobre as relações do Brasil com o Fundo, como também sobre o que é
o Fundo.
O desconhecimento do que é, em verdade, o FMI facilita a campanha que o acompanha faz
décadas sucessivas de anos, naturalmente sempre nutrida pela esquerda mundial, mesmo a
não comunista. Raríssimas pessoas que o criticam sabem que somos sócios do Fundo, temos
direito de saque, e quando obtemos seus empréstimos são eles os de juros mais baixos do
mundo. O que prevalece, porém, são os slogans da esquerda, sempre atribuindo ao Fundo o
papel de nos manter explorados economicamente pelos Estados Unidos, seu maior
quotista. [...]
1. O adjetivo raríssimas instaura no texto um pressuposto.
a) Assinale a frase que expressa o pressuposto instaurado pelo adjetivo raríssimas.
( ) Os críticos do FMI têm conhecimento de causa.
( ) As críticas ao FMI são totalmente infundadas.
( ) A maioria dos críticos do Fundo não sabe o que realmente ele é.
b) A instauração de tal pressuposto concorre para:
( ) prestigiar as esquerdas brasileiras.
( ) desmoralizar as esquerdas brasileiras.
( ) fortalecer a ideia que já fazem a respeito do FMI.
Continuação da atividade

2. Ao dizer que “O que prevalece, porém, são os slogans da esquerda...”,


a escolha do verbo (prevalece) cria mais um pressuposto:
( ) o de que os slogans da esquerda são sempre vistos com
antipatia.
( ) o de que as esquerdas estão sendo cada vez mais levadas a
sério.
( ) o de que os slogans da esquerda são sempre vistos com
simpatia.

3. A leitura desse fragmento deixa no ar o seguinte subentendido:


( ) a crítica que a maioria das pessoas faz ao FMI é leviana.
( ) as pessoas que criticam o FMI sabem o que ele é, de fato.
( ) a crítica que a maioria das pessoas faz ao FMI é bem
fundamentada.
Diferenças entre o texto literário e o não-literário.
n Texto não-literário: • Texto literário:
¨linguagem denotativa; • linguagem conotativa;
¨relação com a realidade histórico- • relação com a realidade histórico-
cultural mais imediato (fato); cultural mais amplo (ideologia);
¨ênfase na informação. • ênfase na expressão.
Denotação X Conotação
• Palavra com significação • Palavra com significação
restrita. Geralmente, o ampla, criada pelo
sentido primeiro contexto. Com sentido
encontrado no dicionário. carregado de ideologia, ou
Objetivo. seja, o modo de perceber
• Exemplo: intelectivamente a
Um trem de ferro atravessa realidade. Subjetivo.
a cidade. • Exemplo:
Um trem de ferro atravessa a
vida.
Atividades sobre denotação e conotação
1. Relacione os ditos populares às imagens
a) Pendurar as chuteiras;
b) Engolir sapos;
c) Pisando em ovos.
2. Podemos perceber que as imagens não veiculam o sentido que esses ditos
têm na nossa fala cotidiana. Qual seria o significado que,
geralmente, atribuímos a cada uma dessas expressões?
Figuras de Linguagem
1. Figuras de prosódiao
• Aliteração – uso repetido de sons consonantais parecidos, como no
exemplo:
A chegada ofuscante de tantas meninas nada tinha que dever à festa
luzida de velas e valsas e vozes levadas de vento. (Diogo Avelino. O Baile
das Debutantes)
• Assonância – uso repetido dos mesmos sons vocálicos, como no caso de:
E na rala vala deitara e enterrara a bela clara.
• Paranomásia – ocorre quando o autor faz uso de palavras com sons
parecidos (parônimas), mas geralmente com sentidos diferentes. Veja o
exemplo:
Não queria ir embora, embora não pudesse mais ficar.
• Onomatopéia – a onomatopéia é uma palavra criada para imitar o som de
alguma ação ou mesmo de alguma ocorrência.
era um tal de potoc, potoc, potoc, potoc infernal enquanto passavam
apressados os valentes soldados da cavalaria.
Estabeleça a correlação: 3. ( ) “Diamante. Vidraça
a) assonância arisca, áspera asa risca
b) paronomásia o ar. E brilha. E passa.” (Guilherme de
c) onomatopéia Almeida)
d) aliteração
4. ( )
1. ( ) “É pleno dia. O ar cheira a passarinho,
“Se você gritasse O lábio se dissolve em açúcares breves.
Se você gemesse, O zumbido da mosca embalança de sede.
se você tocasse .... Assurbanipa!....”(Mário de Andrade)
a valsa vienense,
se você dormisse 5. ( )
se você cansasse “Do amor morto motor da saudade
se você morresse (...)
Mas você não morre, Divindade do duro totem futuro total”
você é duro, José!” (Drummond) (Caetano Veloso)

2. ( ) 6. ( )
Rua “Adeus: vamos para a frente,
torta, recuando de olhos acesos.” (Drummond)
Lua
morta.
Tua
porta.” (Cassiano Ricardo)
FIGURAS DE LINGUAGEM
2.FIGURAS DE SINTAXE
üHipérbato: troca na ordem mais corrente dos termos de uma oração ou mesmo das orações
de um período composto.
ü"Passeiam, à tarde, as belas na Avenida." (Drummond)

üPleonasmo: uma das figuras de linguagem mais conhecidas, trata-se da repetição enfática de
um termo ou uma ideia, reforçando-o no enunciado.

üPolissíndeto: quando o autor de um texto opta por repetir sistematicamente um mesmo


conectivo entre orações ou outros elementos seguidos de um mesmo período.

üAnacoluto: quando há, dentro de uma oração ou frase, um termo qualquer que parece
deslocado ou que compromete, de certa maneira, a compreensão do sentido geral.

üAnáfora: repetição de uma mesma palavra ou estrutura no início de frases ou versos


consecutivos em um texto, fazendo o papel de elemento coesivo.

üSilepse: concordância com a ideia que uma palavra expressa e não com sua categoria
número/gênero/pessoa.
üa dupla era invencível por que eram muito fortes.
üSua Majestade parece cansado hoje.
üOs cariocas gostamos muito de samba.
Figuras de linguagem
2. Figuras de sintaxe
• Sínquise: consiste numa inversão de tal ordem tão violenta, que
a frase se torna obscura ou ininteligível.
• Um cãozinho tinha o Paulo fofinho e peludinho.
• Anástrofe: aplica-se somente à inversão da ordem normal dos
termos numa frase (palavras vizinhas).
• "Tão leve estou (= Estou tão leve), que nem sombra tenho.“
• Elipse: é a omissão de um termo ou de uma oração inteira,
sendo que essa omissão geralmente fica subentendida pelo
contexto.
• Como estávamos com pressa, preferi não entrar.
• Zeugma: trata-se de um caso especial de elipse, quando o termo
omitido já tiver sido expresso anteriormente.
• Os rapazes entraram com tamanha algazarra que quebraram o vidro da
porta.
a) elipse g) anacoluto
b) zeugma h) silepse de gênero
c) pleonasmo i) silepse de número
d) polissíndeto j) silepse de pessoa
e) assíndeto l) anáfora
f) hipérbato m) anástrofe
Nos exercícios de número 1 a 22, faça a associação de acordo com o código acima:
1. ( ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”(Machado de
Assis)
2. ( ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.”
(José Lins do Rego)
3) ( ) “Este prefácio, apesar de interessante, inútil.” (Mário Andrade)
4. ( ) “Era véspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de lá-
Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.” (Guimarães Rosa)
5. ( ) “Em volta: leões deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laços de fitas, o
Zé-Povinho de chapéu erguido.”
(Aníbal Machado)
6. ( ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou
tinham mais invioláveis esconderijos, os sertanejos emboscados. “ (Euclides da Cunha)
7. ( ) V. Exa. está cansado?
8. ( ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de Andrade)
9. ( ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(Guimarães Rosa)
10. ( ) “Grande parte, porém, dos membros daquela assembleia estavam longe destas
ideias.”(Alexandre Herculano)
11. ( ) “E brinquei, e dancei e fui
Vestido de rei....”(Chico Buarque)
12. ( ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e
resvala, E levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac)
13. ( ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo,
pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graciliano Ramos)
14. ( ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”
(Antônio Olavo Pereira)
15. ( ) “Coisa curiosa é gente velha. Como comem!” (Aníbal Machado)
16. ( ) “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.”(Martinho da Vila)
17. ( ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas quão diferentes.”( Machado de Assis)
18. ( ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém saberia do meu crime.” (Aurélio
Buarque de Holanda)
19. ( ) “Fulgem as velhas almas namoradas....
- Almas tristes, severas, resignadas,
De guerreiros, de santos, de poetas. “
(Camilo Pessanha)
20. ( ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra quê: vivem porque veem os outros
viverem.”
(J. Simões Lopes Neto)
21. ( ) “Um mundo de vapores no ar flutua.”
(Raimundo Correa)
22. ( ) “Tende piedade de mulher no instante do parto.
Onde ela é como a água explodindo em convulsão
Onde ela é como a terra vomitando cólera
Onde ela é como a lua parindo desilusão.”
(Vinícius de Morais)
Figuras de linguagem
3. Figuras de palavras
• Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da
subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o
conectivo não está expresso, mas subentendido.
• "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a
razão." (M. de Assis).
• Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de
semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua:
• o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.
• a causa pelo efeito e vice-versa: "E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) /" (Vinicius de
Moraes).
• o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da cidade do
Porto).
• o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
• o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibilidade).
• o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.
• a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
• o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
• a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
• o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).
• Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do
sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
• o todo pela parte e vice-versa: "A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de
ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo." (J. Cândido de Carvalho)
• o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cariocas), atrevido.
• o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas (protetor).
Figuras de linguagem
Figuras de palavras
• Catacrese: é um tipo de especial de metáfora, já tornada comum pelo uso dos falantes.
• folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça de prego
/ mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco.
• Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão.
• "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias
feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida,
macia [sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
• Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade,
característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que
apelido, alcunha ou cognome
• "E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo
Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos
escravos (= Castro Alves)
• Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma
figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a
evoque e intensifique o seu significado.
• "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do
baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em
presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a
orquestra é excelente..." (Machado de Assis).
Figuras de linguagem
4. Figuras de pensamento
• Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos
opostos.
• "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos
bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa).
• Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou
imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise
sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
• "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves).
• Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto,
mas também na de ideias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma
verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra
designação para paradoxo.
• "Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento
descontente; / É dor que desatina sem doer;" (Camões)
• Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para
atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
• "E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague". (Chico Buarque).
• Gradação: Ocorre gradação quando há uma sequência de palavras que intensificam uma
mesma ideia.
• "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves).
Figuras de linguagem
4. Figuras de pensamento

Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma ideia, a fim de proporcionar uma imagem
emocionante e de impacto.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac).
Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o
contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
"Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor." (Mário de
Andrade).
Prosopopeia: Ocorre prosopopeia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento,
ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou
imaginários.
"... os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto,
acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
"Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil." (André Filho)
• Nas frases abaixo, coloque entre parênteses: (M) Metáfora; (S) Sinestesia;
(P)Personificação; (H) Hipérbole, (C) Catacrese.
• 01 - ( ) Redondos tomates de pele quase estalando. (Clarice Lispector)
• 02 - ( ) A noite é como um olhar longo e claro de mulher." (Vinícius de Morais)
• 03 - ( ) O Forte ergue seus braços para o céu de estrelas e de paz. ( Adonias Filho)
• 04 - ( ) Lá fora a noite é um pulmão ofegante. (Fernando Namora)
• 05 - ( ) "Os montes de mais perto respondiam, / quase movidos de alta piedade." (Camões)
• 06 - ( ) Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a [vida é um sol estático]."
• 07 - ( ) Quando embarquei no avião, fui dominado pelo medo.
• 08 ( ) Avista-se o grito das araras. (Guimarães Rosa)
• 09 - ( ) Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais
que todas as vertidas desde Adão e Eva. (Machado de Assis)
• 10 - ( ) Todo sorriso é feito de mil prantos, toda vida se tece de mil mortes. ( Carlos de Laet)
• 11 - ( ) A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
• 12 - ( ) Guardei na memória pedaços de conversas. (Graciliano Ramos)
• 13 - ( ) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
• 14 - ( ) Acenando para a fonte o riacho despediu-se triste e partiu para a longa viagem de
volta.
• 15 - ( ) Voando e não remando, lhe fugiram. (Camões)
• 16 - ( ) Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.
• 17 - ( ) Aquela mulher é uma víbora.
• 18 – ( ) Um áspero sabor de indiferença a atormentava.
• 19 - ( ) Estou morto de cansaço: vou dormir.
• 20 – ( ) Preparei uma sabatina para os meus alunos nesta quarta-feira.
1 - "...O vice-presidente da Câmara, José Augusto, foge à barafunda parlamentar e
mergulha nos clássicos...“ Há:
a) metonímia
b) metáfora
c) sinédoque
d)catacrese
e)perífrase

2 - "Não há coisa mais bela que um seresteiro ao som de um pinho." Há:


a) metáfora
b) metonímia
c) perífrase
d)hipérbato
e)sinédoque

3 - "A Terra inteira chorou a morte do Papa." Há:


a) metonímia
b) metáfora
c) antítese
d) sinédoque
e) eufemismo
4 - “Última flor do Lácio inculta e bela. És a um tempo esplendor e sepultura." Há:
a) anacoluto
b) metonímia
c) prosopopeia
d) eufemismo
e) antítese.

5 - "Leio diariamente José Mauro de Vasconcelos." Há:


a)antítese
b)eufemismo
c)prosopopeia
d)metonímia
e)pleonasmo

6 - “Não segue ele do Arábio a lei maldita...” Há:


a) metáfora
b) sinédoque
c) perífrase
d) metonímia
e) hipérbato
Elementos da comunicação
&
Funções da linguagem
Elemento da Definição Função da linguagem
comunicação correspondente
Mensagem Aquilo que se fala ou escreve. Poética
Emissor ou Aquele que fala ou escreve. Emotiva ou expressiva
remetente
Receptor ou Aquele para quem se fala ou se escreve. Apelativa ou conativa
destinatário
Canal Meio pelo qual a mensagem é transmitida. Fática
Código Conjunto de signos utilizados, no caso, a língua. Metalinguística
Referente ou Assunto sobre o que se fala ou se escreve. Referencial ou denotativa
contexto
Funções da linguagem
Elemento da comunicação Função da linguagem Exemplo
Emissor ou remetente Emotiva ou expressiva Diários, cartas pessoais,
blogs etc
Receptor ou destinatário Apelativa ou conativa Propaganda, manual de
instruções etc
Mensagem Poética Textos literários
Código Metalinguística Gramática, dicionários,
manuais de redação

Canal Fática Testes do canal de


comunicação
Referente ou contexto Referencial ou denotativa Linguagem jornalística e a
científica
Exercícios sobre funções da linguagem
Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:
a)
"O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de c)
se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de
desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos
hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz,
diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no
fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é
credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca."
atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o (Matoso Câmara Jr.)
Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado,
doa a quem doer."
(O Estado de São Paulo)
b)
O verbo infinitivo d)
Ser criado, gerar-se, transformar "- Que coisa, né?
O amor em carne e a carne em amor; nascer - É. Puxa vida!
Respirar, e chorar, e adormecer - Ora, droga!
E se nutrir para poder chorar - Bolas!
- Que troço!
Para poder nutrir-se; e despertar - Coisa de louco!
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir - É!"
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
(Vinícius de Morais)
e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."

f) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um


grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário.
Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria
tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui
espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?...
Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o
pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma
sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei
pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes."
(Graciliano Ramos)

g) " - Que quer dizer pitosga?


- Pitosga significa míope.
- E o que é míope?
- Míope é o que vê pouco."
A intertextualidade
• Definição: Relação que se estabelece entre dois ou mais textos
verbais ou não verbais.
• Tipos de intertextualidade:
• Quanto à forma:
• Explícita
• Quando a referência ao autor e/ou à obra são mostradas.
• Acho que a melhor história que eu conheço chama-se A vida íntima de
Laura. Laura era uma galinha, claro. Lendo esse livro você vai descobrir
que as galinhas também têm uma vida íntima. Quem contou a
história de Laura foi uma grande escritora, a Clarice Lispector. Ela
entendia muito de galinhas. De gente também. Bem no finalzinho lá
do livro dela, a Clarice diz assim: “Se você conhece alguma história de
galinha, quero saber. Ou invente uma bem boazinha e me conte”.
Foi por isso que resolvi escrever esta história. (Caio Fernando Abreu. As
frangas, p. 9-10)
• Implícita
• Quando a referência ao autor e/ou à obra não são mostradas, mas o leitor
consegue identificá-las.
• Na escola, todos nós aprendemos o significado da bandeira
brasileira: o retângulo verde simboliza nossas matas e riquezas
florestais, o losango amarelo simboliza nosso ouro e nossas riquezas
minerais, o círculo azul estrelado simboliza nosso seu, onde brilha o
Cruzeiro do Sul, indicando que nascemos abençoados por Deus, e a
faixa branca simboliza o que somos: um povo ordeiro em progresso.
Sabemos por isso que o Brasil é um “gigante pela própria natureza”, que
nosso céu tem mais estrelas, nossos bosques têm mais flores e nossos
mares são mais verdes.” (Marilena Chauí. Brasil: mito fundador e
sociedade autoritária, p. 5)
A intertextualidade
-Tipos de intertextualidade
• Quanto ao conteúdo:

Paráfrase Paródia

• Reprodução das ideias de um texto • Reprodução das ideias de um texto


original ora usando as mesmas original por outras palavras, com o
palavras ora valendo-se de outras, no intuito de lhe modificar ou o tema ou a
entanto, sem lhe modificar o tema ou opinião sobre esse tema. Geralmente
a opinião sobre esse tema. usa a sátira para essa finalidade.
• Traduções, citações, epígrafes etc. • Pastiches, estilizações, sátiras
filmográficas etc.
Atividades sobre intertextualidade
Kennst du das Land, wo die Citronen blühen, Em cismar, sozinho, à noite,
Im dunkeln die Gold-Orangen glühen, Mais prazer eu encontro lá;
Kennst du es wohl? — Dahin, dahin! Minha terra tem palmeiras,
Möcht ich... ziehn. Onde canta o Sabiá.
Goethe Minha terra tem primores,
(Conheces o país onde florescem as laranjeiras?/Ardem na escura fronde os Que tais não encontro eu cá;
frutos de ouro.../Conhecê-lo? Para lá, para lá quisera eu ir!
Em cismar – sozinho, à noite–
Goethe)
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Canção do exílio
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Não permita Deus que eu morra,
Onde canta o Sabiá;
Sem que eu volte para lá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Sem que desfrute os primores
Não gorjeiam como lá.
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Nosso céu tem mais estrelas,
Onde canta o Sabiá.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Nova Canção do Exílio
Carlos Drummond de Andrade Canção do exílio
Murilo Mendes

Um sabiá Minha terra tem macieiras da Califórnia


na palmeira, longe. onde cantam gaturamos de Veneza.
Estas aves cantam Os poetas da minha terra
um outro canto. são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
O céu cintila os filósofos são polacos vendendo a prestações.
sobre flores úmidas. A gente não pode dormir
Vozes na mata, com os oradores e os pernilongos.
e o maior amor. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
Só, na noite, em terra estrangeira.
seria feliz: Nossas flores são mais bonitas
um sabiá, nossas frutas mais gostosas
na palmeira, longe. mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
Onde é tudo belo e ouvir um sabiá com certidão de idade
e fantástico, Hino Nacional Brasileiro
só, na noite, Joaquim Osório Duque Estrada
seria feliz. II
(Um sabiá, Deitado eternamente em berço esplêndido,
na palmeira, longe.) ao som do mar e à luz do céu profundo,
fulguras, ó Brasil, florão da América,
Ainda um grito de vida e
iluminado ao sol do novo mundo!
voltar
para onde é tudo belo
Do que a terra mais garrida,
e fantástico: "nossos bosques tem mais vida,"
a palmeira, o sabiá, "nossa vida" no teu seio "mais amores".
o longe. teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Coerência textual
Coerência é o nexo entre ideias, acontecimentos e circunstâncias; é a não contradição entre diversos segmentos textuais que
devem estar encadeados logicamente. Ela se apoia em mecanismos formais (gramática, vocabulário e conhecimento
compartilhado entre usuários da língua).
•1) Incoerência semântica: ocorre quando o significado das palavras não “batem”, não se completam, dentro de um
texto. “A televisão transmite lazer.” O verbo transmitir significa “fazer passar de um lugar a outro, comunicar”. Nesse
sentido, o lazer não é algo que venha de um ponto para outro, mas algo que é “proporcionado”.
•Pessoalmente, acho que esse tipo de incoerência é o mais difícil de identificarmos, pois depende profundamente de
nosso conhecimento do significado das palavras.
•2) Incoerência sintática: ocorre quando não utilizamos corretamente os meios sintáticos para expressar a coerência
semântica. Ou seja, quando empregamos conectivos, pronomes… inadequadamente. Exemplo: “Pessoas ricas procuram o
ensino particular. Onde os métodos, equipamentos e professores são melhores.”
•O conectivo “onde” refere-se a “lugar, local”. Para evitarmos a incoerência sintática, a frase poderia ser escrita dessa
forma: “Pessoas ricas procuram o ensino particular, no qual os métodos, equipamentos e professores são melhores.”
•3) Incoerência estilística: não chega a perturbar a interpretabilidade do texto. Ocorre quando misturamos registros
linguísticos. Observe a mudança “de tom” no discurso que se segue:
•“Venho diante de vossa Magnificência manifestar meu repúdio ao fato de uma instituição pública querer subtrair da
população um espaço de lazer. Francamente, achei a maior sujeira, sacanagem, nada a ver.”
•4) Incoerência pragmática: ocorre quando o sentido de uma sequência de atos de fala é quebrado. Por exemplo:
•A:“Você estudou para a prova de hoje?”
•B: “Lógico!”
•A: “Achei difícil compreender o tópico dois do capítulo três.”
•B: “O céu está maravilhoso com as nuvens escuras de chuva.”
Coesão textual
• Coesão referencial
• A) Dona Maria é uma ótima cozinheira. Ontem, ela preparou uma
deliciosa moqueca de camarão.
• O pronome pessoal “ela” age como elemento coesivo.
• B) A professora Mônica explica muito bem. Suas aulas são sempre
um sucesso.
• O pronome possessivo “suas” age como elemento coesivo.
• C) Este é o pai de cujo filho te falei.
• O pronome relativo “cujo” age como elemento coesivo.
• D) Fala-se muito na possibilidade de demissão de todos os
funcionários, mas essa ideia seria péssima.
• Por vezes, um grupo nominal, como “essa ideia”, atua como elemento
coesivo.
• E) As baleias podem assustar pelo seu tamanho, mas, na
verdade, os cetáceos costumam ser muito dóceis.
• “Cetáceo”, sinônimo de baleia, foi o elemento coesivo nesta frase.
• F) “Dizer para eu sair da sua vida? Você não precisa falar assim
comigo.”
• O advérbio “assim” é o elemento coesivo neste caso.
Coesão textual
• COESÃO SEQUENCIAL
• A) Passeamos pelo calçadão e tomamos banho de mar.
• E, bem como, também etc expressam acréscimo de informações novas.
• B) Eles se gostavam muito. No entanto, o casamento se tornou
inviável.
• Mas, porém, no entanto etc expressam oposição, contraste.
• C) Acompanhou a menina durante todo o processo porque tinha
interesses escusos.
• Pois, porque etc. Explicação, apresentação de justificativa.
• D) Eles ficaram conversando por horas naquela sala, ou seja,
devem ter se entendido.
• Isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras etc. Correção, esclarecimento.
• E) É importante que ele tente outras vezes. Assim, vai perder o
medo de cair.
• Assim, desse modo etc. Apresentação de exemplos e complementações.
Atividades sobre coesão textual
Delícias e agruras do primeiro apê
Ter o primeiro canto para chamar de seu costuma ser um momento de realização, mas, junto
com o primeiro apê, vêm as dificuldades com o orçamento. Além disso, tem a adaptação com a rotina
de cuidar sozinho da casa, das compras, das roupas, da limpeza e os novos vizinhos, nem sempre bons
companheiros. São tantas novidades ao mesmo tempo, que o morador de primeira locação, não raro,
recorre a única pessoa capaz de salvar essas situações: a mãe!
E foi por querer ajudar as filhas, de 23 e 19 anos, que a jornalista Daniela Pereira criou o projeto
do “Apezinho”, um site com dicas para quem está prestes a sair de casa, acabou de sair ou, como ela, já tem
seu canto próprio há um tempão, mas não domina todas as artes de uma dona de casa. No caso de
Daniela, a deficiência, ela confessa, está na cozinha. O fogão está longe de ser seu melhor companheiro e,
vendo se aproximar a hora das filhas partirem em voo solo, ela quis pensar numa maneira de ajudá-las a
aprender o que ela não conseguiu ensinar.
— A gente sai de casa muito ingênuo, sem saber conduzir as coisas. O projeto nasceu muito desse
desejo de ensinar para elas e outras pessoas que estivessem nessa fase, a se virar — conta Daniela. (...)
Em dois meses e meio no ar, o site já teve mais de 33 mil visitantes únicos, número
considerável para um blog que vem ganhando adeptos só no boca a boca. As dicas dadas pelo site e por
colaboradores que eventualmente contam as histórias de seus apês, vão de decoração a como manter a casa
em pé, e arrumada, sem quebrar completamente o orçamento doméstico. Em matéria um tanto polêmica,
por exemplo, Daniela ensina a economizar cortando alguns chopes por mês. E, com isso, a comprar, em
suaves prestações, itens como geladeira, fogão, cama.
(...)
— Não consigo ver as meninas saindo de casa. Mas se elas saírem com mais habilidades do que
eu (quando saí), já vou achar ótimo — diz a mãezona.
1. Leia a frase a seguir: sozinho da casa, das compras, das roupas, da limpeza e
Daniela já tem seu canto próprio há um tempão, os novos vizinhos.
mas não domina todas as artes de uma dona de casa.
Que termo poderia substituir a palavra destacada 4) Relacione as frases abaixo. Para isso,
sem prejuízo de sentido? empregue os conectivos adequadamente, como no
a) Assim b) então c) porém d) pois modelo:
Todos procuram a mãe quando vão montar seu
2. Observe as seguintes frases retiradas do segundo primeiro apê.
parágrafo do texto: Ela tem mais experiência e pode ajudar.
A) “No caso de Daniela, a deficiência, ela confessa, Unindo as duas frases com coesão, temos:
está na cozinha”. Todos procuram a mãe quando vão montar seu
B) “(...) ela quis pensar numa maneira de ajudá-las primeiro apê, porque ela tem mais experiência e pode
(...)” ajudar.
Agora responda: Agora, é sua vez!
a) Que termos os elementos destacados retomam? a) Morar sozinho é muito bom. Há várias dificuldades a
b) Que tipo de coesão ocorre nos dois casos? enfrentar.
b) b) Daniela Pereira criou o site “Apezinho”. Ela queria
3) Leia as seguintes frases retiradas do texto e ajudar as filhas.
diga que relação cada conectivo destacado ajuda a c) Daniela sempre morou sozinha. Ela ainda tem
estabelecer. dificuldades de cozinhar.
a) Ter o primeiro canto para chamar de seu costuma ser d) As dicas do “Apezinho” ajudam na decoração e na
um momento de realização, mas, junto com o primeiro manutenção da casa.
apê, vêm as dificuldades com o orçamento. O blog é útil para ensinar o equilíbrio do orçamento
b) Além disso, tem a adaptação com a rotina de cuidar doméstico.

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