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10.º ANO
OUT/23
Depois de realizar a ficha, confronte as suas respostas com os tópicos disponibilizados no Moodle da
disciplina.
NOTAS
1. Velida (versos 1 e 11) – bela, formosa; 2. Ca (versos 4, 7, 9 e 14) – pois, porque; 3. Fazer torto (verso 6) –
agir mal, fazer-lhe mal; 4. Lazerar (verso 6) – sofrer, penar; 5. Com gram dereito (verso 7) – muito justamente.
1. Explicite dois traços psicológicos da donzela, comprovando a sua resposta com elementos textuais
pertinentes.
D. Dinis
in http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=590&pv=sim,
consultado em 10 de abril de 2015.
Notas:
1. hoj'est' o prazo saído: hoje chegou o dia do encontro.
2. desmentido: mentiroso.
3. perjurado: mentiroso.
4. per si é falido: mentiu porque quis.
5. a seu grado: por sua vontade.
4. Relacione o estado de espírito do sujeito lírico que se faz sentir com o crescendo de
intensidade dramática da cantiga.
C
1. Atendendo ao que aprendeu sobre a Poesia Trovadoresca, indique se as afirmações que se
seguem são verdadeiras (V) ou falsas (F). Corrija as falsas.
Leia o texto.
1. No contexto em que surge, a alínea que melhor traduz o significado da palavra “eivado” (linha
4) é
(A) repleto.
(B) contaminado.
(C) manchado.
(D) corrompido.
4. Na frase “as cidades da Idade Média […] são exatamente o cenário que as feiras medievais
de hoje pretendem reproduzir.” (linhas 11 e 12), o constituinte frásico “o cenário que as feiras
medievais de hoje pretendem reproduzir” desempenha a função sintática de
(A) sujeito.
(B) complemento direto.
(C) modificador do grupo verbal.
(D) predicativo do sujeito.
7. Tendo em conta o processo de formação que lhe deu origem, a palavra “arbitrariedade”
(linha 19) classifica-se como
(A) composto morfológico.
(B) palavra derivada por prefixação.
(C) palavra derivada por sufixação.
(D) composto morfossintático.
8. Indique a função sintática desempenhada pelo sintagma “de gorros pontiagudos” (linha 5).
GRUPO III
A
Leia o poema.
Glossário:
1 – margem;
2 – onde;
3 – divertir;
4 – atirar;
5 – deixar;
6 – viver.
Nota: Na Poesia Trovadoresca, as aves podem simbolizar o enamoramento, por estarem associadas à beleza do
canto.
1. Indique o género a que pertence esta cantiga, justificando com base em duas
características temáticas devidamente documentadas.
2. Relacione a ação descrita nas últimas estrofes do poema com o estado de espírito do
sujeito poético.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha
de respostas, o grupo, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Mobilize os seus conhecimentos sobre a Lírica Trovadoresca e responda aos itens que
se seguem.
Cantigas de amigo
a) b) c) d) e) f) g) h)
1. 1. 1. 1. 1. 1. 1. 1.
autóctone interioriza e popular desprendimento uma mulher nobre e palaciano raramente
vanguardista materializa
2. 2. 2. 2. 2. 2.
2.
provençal 2. aristocrata saudade rural e doméstico esporadicamente
arcaica uma donzela
exterioriza e
3. espiritualiza 3. 3. 3. 3.
3. 3.
moderno cortês vassalagem religioso e conventual quase sempre
contemporânea um homem
3.
expressa e
materializa
Leia o texto.
https://observador.pt/2021/06/14/codices-inacessiveis-do-rei-afonso-x-de-castela-vao-ser-abertos-ao-
publico/
(texto adaptado e com supressões, consultado em 29/09/2021)
1. Com o recurso à expressão “dormiram um sono de séculos” (linha 9), o autor deste
texto utiliza
(A) uma antítese que contrapõe o valor dos “manuscritos das Cantigas do rei Afonso X
de Castela” e o valor das “Cantigas de Santa Maria”.
(B) uma personificação que reforça a inutilidade destes manuscritos, o que explica o
desinteresse geral por eles.
(C) uma hipérbole para acentuar que o pouco tempo em que estes manuscritos
permaneceram inacessíveis pareceu uma eternidade.
(D) uma metáfora que salienta o facto de alguns manuscritos das Cantigas do rei Afonso X de
Castela terem estado inacessíveis ao público até ao presente.
6. Classifique a oração:
6.1. “que no século XIII era a língua fundamental da lírica culta em Castela” (linhas 25 e 26).
6.2. introduzida pelo vocábulo “Embora”, presente na linha 27.
GRUPO III
A
Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.
Leia o texto.
1. Classifique a composição poética quanto ao género literário, explicitando, para o efeito, duas
características temáticas.
2. Apresente duas características psicológicas do sujeito poético, comprovando cada uma delas
com um elemento textual pertinente.
Leia o texto.
1 O homem que eu amava era um médico iraquiano. Jovem como eu, ele tinha sido
forçado a sair do seu país devido à guerra e tinha vindo para a Síria para trabalhar num
campo de refugiados. Eu estava na Síria para estudar árabe. Conhecemo-nos nesse
campo.
5 Nós não nos preocupávamos se eu o achava eloquente, pois o árabe era a sua
língua materna. Ainda não tínhamos aprendido a lição de que os limites do
vocabulário não estão apenas no bem que se fala, mas também no bem que se escuta.
Aprendemos as palavras de que mais precisamos. Eu tinha crescido numa cidade
pequena e protegida, por isso o meu vocabulário de guerra era limitado. Mas a guerra
10 tinha afetado o trabalho do médico, a sua casa, o seu primeiro amor (que não eu) e o
sentido da sua existência.
"Lembro-me das bombas que caíam quando estava nas urgências...", disse ele, e
eu compreendi que tinha havido uma bomba, mas não como tinha caído perto do
hospital ou como, apesar do terror, ele tinha continuado a trabalhar com as mãos a
15 tremer.
Os nossos problemas pioraram quando o médico ligou e me contou qualquer coisa
enquanto eu estava a trabalhar, mas eu não percebi o que ele disse e, como estava
no meio de uma coisa, respondi-lhe que estava ocupada e perguntei-lhe se ele poderia
voltar a ligar depois. Mais tarde, quando voltámos a falar, ele disse: "Tu não tens
20 coração. Eu disse-te que houve um incêndio no campo. Várias pessoas ficaram feridas.
Duas perderam as suas casas...”. E tu respondeste: "Liga mais tarde, estou ocupada!”.
Depois disso continuámos a ver-nos, mas já não era a mesma coisa. Passado pouco
tempo a minha bolsa terminou e eu regressei a casa.
Achei que não devia ter sido realmente amor. Como é que o médico me poderia
25 amar quando eu não o entendia? E se eu não conseguia entendê-lo ou conhecê-lo
completamente, como o poderia amar?
Ao longo dos anos continuei a estudar árabe e a minha fluência aumentou. Armada
com o meu novo vocabulário, voltei aos poemas do médico. Tirei-os da caixa antiga
onde os guardara, um por um. Voltei à sua história sobre o bombardeamento e
30 compreendi então como no meio da cirurgia as suas mãos tremiam tanto que ele não
sabia se conseguiria terminar. Mas tinha um paciente diante dele, por isso fez das
tripas coração, continuou a cirurgia e o paciente sobreviveu. A coragem de tudo
aquilo.
E, finalmente, depois de tantos anos, fiquei a conhecer o seu sentido da beleza.
35 Ele escreveu um poema sobre uma flor de jasmim que floresceu encravada entre a
poeira e o gelo de um deserto invernoso. Se ele tinha pretendido que essa flor nos
Ficha de treino – Português - outubro Página 16
representasse, já não era importante. O que importava era que as suas palavras
durassem, tão bonitas agora como tinham sido antes. As suas palavras tinham
perdurado até que eu as conseguisse ouvir e entender. Anos depois de o médico e eu
40 termos terminado, eu conhecia-o finalmente.
https://www.dn.pt/sociedade/interior/lutando-com-a-linguagem-do-amor-5507575.html
(20/11/2016; consultado a 02/10/2017. Texto adaptado, com supressões)
7. A expressão “fez das tripas coração” (linhas 31 e 32) remete para a ideia de que o médico
(A) ficou chocado com a situação daquele paciente.
(B) estava cheio de medo daquele bombardeamento.
(C) estava inseguro relativamente àquela cirurgia.
(D) se esforçou muito para superar as dificuldades daquele momento.
8. A narradora sugere que a “flor do jasmim” (linha 35), no poema do médico, poderia ser
uma
(A) personificação do sentimento forte que ele nutria por ela.
(B) metáfora para o relacionamento entre os dois num lugar como aquele.
(C) hipérbole para criticar a dificuldade dela em aprender a língua árabe.
(D) antítese para expressar o sentimento que os unia naquele lugar.
3. Na frase “Achei que não devia ter sido realmente amor." (linha 24), está presente uma
oração
(A) subordinada adjetiva relativa explicativa.
(B) coordenada explicativa.
(C) subordinada adverbial causal.
(D) subordinada substantiva completiva.
5. A oração introduzida pelo advérbio relativo na frase “Tirei-os da caixa antiga onde os
guardara, um por um.” (linhas 28 e 29) desempenha a função sintática de
(A) modificador restritivo do nome.
(B) modificador do grupo verbal.
(C) modificador apositivo do nome.
(D) modificador de frase.
GRUPO III
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta
como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2018/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto
produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.
FIM