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Sugestões de resolução do Teste 1

Grupo I – Parte A
1. A «senhor» é apresentada como uma mulher que nunca retribuiu os sentimentos do sujeito poético.
Segundo o próprio, ela «lhe nunca quis bem fazer» (v. 7) e, portanto, o enunciador «nunca bem / houve»
(vv. 1-2) da parte da amada. Assim, esta mulher indiferente é a causa do sofrimento e do desespero do
«eu» lírico, que se sente morrer de amor por uma «dona que lhe nunca fez bem» (v. 17) e a quem viu,
inclusivamente, «levar» por um concorrente que, na sua perspetiva, não a merecia e «a nom valia, nen’a
val» (v. 19).
2. As comparações desvendam, gradualmente, o estado de espírito do sujeito poético e contribuem para
a sua intensificação. Ao identificar-se, em cada uma das estrofes, com os que morreram de amor (refrão)
e desvendar as razões dessa morte, o «eu», que se assume como alguém nas mesmas circunstâncias,
revela os motivos do seu sofrimento, que vão da ausência de retribuição da mulher amada ao seu amor
até à dor provocada por tê-la visto envolver-se com quem não a merecia.
3. O refrão permite encerrar as comparações iniciadas em cada estrofe, mencionando o segundo termo
da aproximação estabelecida em cada uma delas: o próprio sujeito poético. Contribui, assim, para reiterar
o seu sofrimento, em particular através do recurso à interjeição «ai» e à referência à morte por amor.

Grupo I – Parte B
4. A expressão «nunca jamais» reforça, através do pleonasmo, a decisão do sujeito poético de não voltar
a amar e a confiar (vv. 2, 4, 7, 9 e 14) em virtude da intensa desilusão que sofreu com aquele por quem
se apaixonou e que lhe mentiu.
5. O «amigo» é apresentado pela donzela como sendo o responsável pela sua descrença no amor, pois
quebrou a fidelidade que ela entende que ele lhe devia, mentindo-
-lhe (refrão). Para agravar a deslealdade de que se sente vítima, salienta ainda que aquele que namorou
mentiu «a seu grado» (v. 6).
6. A cantiga apresenta como traços distintivos do género das cantigas de amigo a presença de um sujeito
poético feminino, a donzela («Eu, louçana», v. 1), que toma como objeto do seu discurso o namorado («o
que namorei», refrão), acerca do qual fala com um interlocutor mencionado através do pronome «vos» (v.
11) e que, embora não identificado, parece assumir o papel de confidente das suas mágoas. A donzela
expressa o seu sentimento amoroso, confessando a sua tristeza e desilusão face à infidelidade do amigo,
que lhe mentiu.

Grupo II
1. (C)
2. (B)
3. (C)
4. (D)
5. (B)
6. a) Complemento oblíquo.
b) Complemento direto.
7. Apócope e vocalização

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