O documento descreve três tipos de cantigas medievais portuguesas: 1) Cantigas de amigo, que apresentam os sentimentos de uma donzela por um amigo ausente; 2) Cantigas de amor, que apresentam os sentimentos de um homem apaixonado por uma dama inalcançável; 3) Cantigas de escárnio e maldizer, que criticavam figuras e comportamentos sociais de forma satírica ou violenta.
O documento descreve três tipos de cantigas medievais portuguesas: 1) Cantigas de amigo, que apresentam os sentimentos de uma donzela por um amigo ausente; 2) Cantigas de amor, que apresentam os sentimentos de um homem apaixonado por uma dama inalcançável; 3) Cantigas de escárnio e maldizer, que criticavam figuras e comportamentos sociais de forma satírica ou violenta.
O documento descreve três tipos de cantigas medievais portuguesas: 1) Cantigas de amigo, que apresentam os sentimentos de uma donzela por um amigo ausente; 2) Cantigas de amor, que apresentam os sentimentos de um homem apaixonado por uma dama inalcançável; 3) Cantigas de escárnio e maldizer, que criticavam figuras e comportamentos sociais de forma satírica ou violenta.
→Cantiga de amigo – apresenta uma voz feminina (donzela), os
sentimentos por ela vividos relativamente a um amigo que pode estar
longe, ausente (por sua vontade ou guerra/viagem), levando-a a manifestar saudade, tristeza, mágoa, angústia etc. O sentimento que tem pelo amigo também pode expressar nela alegria, sensualidade, confiança. A donzela normalmente revela o que sente à sua mãe, às amigas ou mesmo à Natureza, tornando-se assim, todas confidentes desse amor, ou silenciosas ou respondendo aos seus anseios e duvidas da donzela. A ligação à Natureza e sendo ela uma personagem de confiança, dão a este tipo de cantiga uma espontaneidade e naturalidade próprias.
→Cantigas de amor – apresenta uma voz masculina e o sentimento
vivido por homem que se coloca ao serviço da mulher, normalmente, casada. A dama reflete-se distante fria ou até indiferente que a torna superior ao poeta, o que lhe presta um serviço de vassalagem seguindo o código de amor cortês. O sujeito masculino vive numa paixão infeliz (coita de amor) porque não pode ser concretizada. Nestes poemas encontram- se emoções que refletem o seu sofrimento de amor, como a dor, a angústia, o desespero, a loucura ou a própria morte. O amador pode louvar também a sua amada, a sua senhor, e traça todo um retrato idealizado da mesma, realçando as suas características físicas (cabelo, pele…) ou características morais (bom senso, bem falar…). Para prestar um bom serviço, o poeta nunca menciona a donzela mantendo o respeito por ela.
→Cantigas de escárnio e maldizer – os trovadores e jograis sentiram
também necessidade de apontar o dedo a algumas figuras da sociedade, como situações ou comportamento, e fizeram-no de forma direta usando linguagem satírica, por vezes violenta- cantigas de maldizer. As cantigas de escárnio são mais indiretas, não referindo especificamente quem era o alvo e recorrendo a uma linguagem de trocadilhos e irónica. Este tipo de cantigas tem uma intenção critica, moralizadora e cómica, dando assim um retrato mais completo da sociedade daqueles tempos.