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Cantigas de amigo

 Sujeito poético- Voz feminina - Donzela/Dama

 Representação de afetos e emoções:

-Relação com a Natureza:

Representação simbólica dos sentimentos da donzela.


Cenário dos encontros amorosos.
Papel de interlocutora do sujeito poético

-Confidencia amorosa:

As principais figuras são:

A mãe, que protege e aconselha a filha;


As amigas, que são cúmplices da jovem apaixonada;
A Natureza, que é personificada e escuta os lamentos e súplices
do sujeito poético

- Variedade do sentimento amoroso

A donzela pode sentir-se:

Feliz no seu amor;


Preocupada com a ausência do amigo;
Saudosa, ansiosa ou até ciumenta;

O sofrimentos da donzela pode conduzi-la ao desespero

Em certas cantigas assistimos ao reencontro e á reconciliação


feliz dos namorados.
 Espacos e circunstancias:

-O lar é o espaço em que a donzela fala com a mãe ou se


encontra a sós a pensar no seu amor.
-A fontes, os bailes e as romarias são comummente
lugares do encontro entre os namorados.

 Linguagem, estilo e estrutura

- O registo de língua dominante é corrente, visto que a donzela e


as demais personagens (mãe e filha) pertencem ao povo e
mantêm uma relação de familiaridades e de proximidade. O
vocabulário alude aos cenários naturais e aos sentimentos
vividos pelo sujeitos poético (“amor”, “coitada”, “soidade”).
- As cantigas de amigo privilegiam o recurso á apóstrofe, á
personificação, á aliteração e a comparação.
- As cantigas de amigo mais comuns são as paralelísticas.
Apresentam:
Refrão -Repetição de um ou mais versos e, final de estrofe;
Leixa-pren -Encadeamento de estrofes com retoma inicial de
um, verso da estrofe;

Cantigas de Amor

 Sujeito poético: Voz Masculina: O trovador


 Caracterização temática

O Elogio cortes

-Elogio superlativado da “senhor” - retrato idealizado, mas vago


e genérico: bela, formosa, sensata, virtuosa, eloquente, leal…

-Cumprimentos das regras do amor cortes- a mesura (cerimónia,


cortesia), caracterizado pelo sigilo da identidade da “senhor”,
pela discrição e pela contenção.

-Relação de vassalagem - o sujeito serve a senhor com


diligencia e fidelidade.

A coita de amor

- Sofrimento amoroso (coita) do sujeito- a não correspondência


amorosa, a indiferença da dama (amargas lamentações, a súplica
triste).
- O sofrimento insustentável, o desespero.
- A afirmação que o amor conduzirá á ou mesmo á morte do
sujeito poético
Linguagem, estilo e estrutura

-Registo de língua é formal, culto e representa o meio


aristocrático, de acordo com o ambiente palaciano (expressões
cultas e fórmulas codificadas e relacionadas com a expressão do
amor cortes).
- Cantigas bastante elaboradas, com predomínio de orações
subordinadas e com recurso á hipérbole, a comparação e aos
jogos de palavras.
-Utilização de vocábulos de origem Provençal.
-Discurso simbólico associado á “coita do amor”.

Cantigas de Escárnio e Maldizer

 Sujeito poético: Voz masculina- o Trovador


 Caracterização temática

Paródia do amor cortes

-Inversão dos códigos do amor cortes


-Ridicularização das suas convenções e mesuras: coita e da
morte por amor.
-”Deslouvor” da senhor.
-Contra-género das cantigas de amor.

Dimensão satírica e lúdica

-Denúncia dos vícios sociais através do cómico


Crítica dos costumes

-Episódios anedóticos da vida da corte e da vida


jogralesca.
-Querelas entre jograis e trovadores.
-Nobreza empobrecida e a sua miséria envergonhada.
-Acontecimentos históricos-políticos e militares
-Decadência generalizada dos costumes

Linguagem, estilo e estrutura

-Utilização de uma linguagem rica e complexa com recurso á


ironia, á hipérbole, á metáfora …

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