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Sebenta Português 12º ano

Poesia trovadoresca

✓ Contextualização histórico-literária

«Os trovadores trouxeram consigo a afirmação do


sentimento amoroso. Cantaram o chamado amor cortês,
que era um lirismo de devoção a uma dama, quase
sempre mulher casada. Era uma forma de servidão à sua
senhora e, ao mesmo tempo, uma libertação do amor
platónico ou erótico, através do qual o trovador
divinizava o objeto do seu amor».1

1143 - Tratado de Zamora: Afonso VII de Castela reconhece D. Afonso Henriques


como rei de Portugal; independência de Portugal; nota: a poesia
trovadoresca nasce nos finais do século XII;

1249 -1250 – conquista definitiva do Algarve aos Mouros, por D. Afonso III;

1290 – Criação do Estudo Geral (Studium Generale), na Universidade em Lisboa;

1297- Tratado de Alcanizes – estabelece entre Portugal e Castela;

1309- Transferência do Estudo Geral para Coimbra;

1312- Fundação da Marinha Portuguesa por D. Dinis; nota: poesia de D. Dinis


1280-1325;

Idade Média – Alta Idade Média – desde as invasões Bárbaras até ao século XI;

Baixa idade Média – desde o século XII até ao século XV.

Esta foi uma época de Feudalismo, de Cruzadas, de Universidades e de


expansão da Cultura.

1
Manuel Alegre (Texto inédito, 2014), «Trovadores» in Célia Cameira, Fernanda Palma, Rui Palma,
Português 12º ano-Mensagens, Texto Editores, Texto, 2015.

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O galego-português teve um impacto maior após o século XII e ganhou grande


força com os trovadores e com os jograis galego-portugueses, castelhanos
e leoneses.

A lírica galego-portuguesa é composta por um grupo de 1680 textos de assunto


profano, em 3 cancioneiros e 420 textos de tema religioso (Cantigas de Santa
Maria), escritos em galego-português (desde o século XII até ao século XIV).
Os textos foram escritos por reis, filhos de reis, senhores de alta linhagem,
clérigos ou filhos do povo.

Cancioneiro da Ajuda – 310 composições incompletas; Cancioneiro da Biblioteca


Nacional e Cancioneiro da Vaticana.

O verso era uma forma fácil de ritmar a fala, facilitava a memória.

A lírica associava-se à música: a música era cantada ou entoada e


instrumentada.

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✓ Cantigas de amigo
a) Variedade do sentimento amoroso
b) confidência amorosa
c) relação com a natureza
d) linguagem, estilo e estrutura
✓ Características:
o donzela apaixonada, saudosa, inocente, ingénua;
o a donzela dirige-se às amigas ou à natureza como confidentes,
exprimindo os seus sentimentos face à ausência do seu amado;
o denominam-se de cantigas de amigo, pois em quase todas as
composições surge a palavra «amigo», com o sentido de
pretendente, namorado ou amante;
o confidentes: a mãe, a irmã, a vizinha, a amiga e a natureza;
o Linguagem, estilo e estrutura:
▪ O refrão é uma forma de paralelismo: repetição de palavras,
versos inteiros conceitos ou construções. Para evitar a
monotonia, utilizavam 3 processos: sinónimos, transposição
de palavras, repetição do conceito mediante a negação do
conceito oposto: nota: há paralelismo perfeito se o número
de estrofes/coblas for par;
▪ Leixa-prem: é a repetição dos segundos versos de um par de
estrofes com os primeiros versos do par seguinte.
▪ Versos de redondilha menor (5) e de redondilha maior (7);
▪ Tenções: cantigas dialogadas;
▪ Cenário: o campo (a fonte, o rio, a montanha, a ermida, as
árvores floridas), o mar e a casa; (a Natureza confidente e
amiga);
▪ Relação entre o homem e a mulher: sentimento amoroso
espontâneo;
▪ Classificação formal: paralelísticas perfeitas ou imperfeitas;
cantigas de refrão e de tensão;

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▪ Classificação temática:
• Bailias ou baiadas: no poema alude-se à dança;
• Cantigas de romaria: menciona-se romagem a
santuários;
• Marinhas ou barcarolas: predominam os motivos
marítimos;
• Alvas ou alvoradas: há alusão ao amanhecer;
• Pastorelas: a amiga é uma pastora (são cantigas
mistas de amigo e de amor);
• Outras: conjunto de cantigas que não se enquadram
em nenhuma classificação específica, como as que
narram ofertas de noivado, encontros na fonte, etc.

✓ Cantigas de amor
a) Coita de amor e elogio cortês
✓ Características:
o O trovador apaixonado presta vassalagem amorosa à mulher como
ser superior, a quem chama a sua senhor. Produto da inteligência e
da imaginação, o amor é geralmente fingido, o que caracteriza estas
cantigas como aristocráticas, convencionais e cultas, de ambiente
palaciano.
o A coita de amor consiste num amor não correspondido que causa
sofrimento. A dama era servida numa atitude submissa de vassalo.
A identidade da dama não é revelada. O apaixonado devia passar
provações e fases comparáveis aos ritos de iniciação nos graus de
cavalaria.
o A este tipo de amor corresponde um ideal de mulher: cabelos
loiros, de oiro: sereno e luminoso olhar, a mansidão e a dignidade
do gesto, o riso subtil e discreto.
o Cenário: a corte e o ambiente cortesão; as flores de maio, a brisa da
Primavera e o cantar o rouxinol (a Natureza convencionada);

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o Este amor obedecia a um código designado por fin' amors, que


implicava determinadas regras:
▪ este amor era, para o trovador, fonte de felicidade e, mesmo
quando não correspondido, ele devia continuar a servi-
la, pois essa atitude só mostrava como era mesurado e
comedido;
▪ o sofrimento inicial do trovador é necessário para que ele se
mostre digno dela;
▪ para se aproximar e alcançar a mercê da dama, à maneira do
vassalo para com o seu senhor, o trovador seguia um certo
ritual, composto por várias fases: – fenhedor2, precador3,
entendedor4, drudo5. Assim, a relação entre o homem e a
mulher: existem regras de amor cortês, assistindo-se a uma
vassalagem amorosa do sujeito (sofre quando ela quiser;
guarda mesura6; respeita o seu prez7; tem autodomínio;
presta vassalagem);
o Linguagem, estilo e estrutura:
▪ classificação temática: cantigas de amor;
▪ classificação formal: cantigas de mestria8, de dobre9, de
mozdobre10, finda11, leixa-prem;
▪ verso octossilábico e decassilábico.

2
Suspirante, aquele que é tímido, olhando a dama de longe, suspirando e ansiando.
3
Suplicante que já se dirige à donzela, solicitando-lhe atenção para a sua humilde pessoa e para a
correspondência ao seu amor.
4
Namorado, que é ouvido pela amada e a correspondência é quase completa.
5
Amante, que é correspondido espiritual e fisicamente. Nota: na cantiga de amor Lusa, era quase
impossível este nível de amor, pois predominava o amor platónico.
6
Cortesia exagerada para agradar alguém.
7
Respeita o seu valor.
8
Caracteriza-se pela ausência de refrão.
9
Repetição de um vocábulo em dois ou mais lugares da estrofe, incluindo a fiinda. Elucida, ainda, que,
regra geral, o dobre aparecia no primeiro e último verso de cada estrofe, mas podia ocorrer noutros
passos: o importante é que a disposição adotada na primeira cobra/copla se reproduzia, simetricamente,
nas demais.
10
A repetição de uma palavra no interior da mesma estrofe, mas em formas diversas, empregando
«geralmente verbos, em diversos tempos
11
Remate de uma cantiga, constituído por um, dois ou três versos finais (em casos raros, quatro). As
cantigas podem ainda ter duas ou mais findas.

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✓ Cantigas de escárnio e maldizer


a) Dimensão satírica: paródia do amor cortês e crítica de costumes
✓ Características:
a) das cantigas de escárnio: o trovador troça de uma determinada pessoa
indiretamente, recorrendo ao duplo sentido e à ambiguidade das palavras,
à ironia, à ilusão e à sugestão jocosa;
b) das cantigas de maldizer: o trovador ridiculariza uma pessoa de forma
direta, criticando situações de adultério, amores interesseiros e ilícitos,
entre outros;
c) estas cantigas revelam-nos uma sociedade boémia, em que entravam
jograis de corte, cantadeiras, soldadeiras (bailarinas), fidalgos, etc.
d) nestas cantigas critica-se, ainda: a sovinice dos ricos-homens, a miséria
envergonhada dos infanções: à escassez das classes nobres (os jograis, em
paga do seu trabalho pedem roupa ou alimento); há também o velho que
se pinta e veste de uma forma rica, a rapariga que a mãe ensina a
saracotear-se (em vez de coser e de fiar), um cavalo faminto abandonado,
mas que se refaz com erva fresca depois das chuvas.
e) Linguagem, estilo e estrutura:
i) Cantigas de mestria, de dobre, de mozdobre, finda, leixa-prem;
ii) Verso octossilábico e decassilábico.

✓ Espaços medievais, protagonistas e circunstâncias


a) nas cantigas de amor: o espaço é raramente sugerido, mas apercebe-se que
a cantiga de amor é uma poesia da corte ou de inspiração palaciana.
b) nas cantigas de maldizer: existem diversos ambientes;
c) nas cantigas de amigo: vemos a fonte, o rio, o campo, o mar e a praia.

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Exercícios

Martim de Ginzo
A do mui bom parecer
mandou lo adufe tanger:
"Louçana, d'amores moir'eu".

A do mui bom semelhar


5 mandou lo adufe sonar;
"Louçana, d'amores moir'eu".

Mandou lo adufe tanger


e nom lhi davam lezer:
"Louçana, d'amores moir'eu".

10 Mandou lo adufe sonar


[e] nom lhi davam vagar:
"Louçana, d'amores moir'eu".

1. Indique o assunto poema.


2. Classifique a cantiga quanto ao género, justificando a sua resposta.
3. Caracterize o estado de espírito da donzela.

Nota: uma moça formosa mandou tocar o adufe (espécie de pandeiro), e não lhe davam descanso:
os que o tocavam e os seus amores. A cantiga seria certamente uma bailia (embora o termo não
seja usado), e concluiria talvez a série das sete composições de Martim de Ginzo (a Santa Cecília,
e de romaria, quase todas) que os cancioneiros transcrevem antes dela e que, no seu conjunto,
parecem funcionar como um único ciclo (de oito cantigas)

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A dona que eu am’ e tenho por senhor


amostrade-me-a, Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me a morte.

A que tenh’ eu por lume12 d’estes olhos meus


e por que choram sempre, amostrade-me-a, Deus,
se non dade-me a morte.

Essa que Vós fezestes melhor parecer13


de quantas sei, ai Deus, fazede-me-aveer,
se non dade-me a morte.

Ai Deus que me-a fezeste mais ca min amar14,


mostrade-me-a u possa com ela falar,
se non dade-me a morte.

1. Indica o assunto desta composição poética.


2. Caracteriza a «dona», apoiando-te em expressões do texto.
3. Identifica dois recursos expressivos e explica a sua expressividade.
4. Classifica a composição poética e insere-a no contexto literário onde se
insere, justificando com expressões textuais.

A. Lê o seguinte comentário.

«As cantigas de amigo, essas dir-se-iam florescidas ao ar livre,


frequentemente na contemplação de uma natureza amiga – amiga ao
ponto de intervir, como intermediária ou confidente no drama lírico.»
Hernâni Cidade, Poesia Medieval, Lisboa: Seara Nova, 1972, p. 122.

5. Apoiando-te no teu conhecimento da lírica trovadoresca, caracteriza


sumariamente os diferentes géneros de composições estudadas.
6. Explicita os diferentes papéis desempenhados pela natureza na cantiga
de amigo. Seleciona um exemplo ilustrativo.

12
luz.
13
rosto.
14
Ai Deus que fizeste com que eu a amasse mais do que a mim próprio.

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Martim Codax

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Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
e ai Deus, se verrá cedo?

Ondas do mar levado,


5 se vistes meu amado?
e ai Deus, se verrá cedo?

Se vistes meu amigo,


o por que eu sospiro?
e ai Deus, se verrá cedo?

10 Se vistes meu amado,


o por que hei gram coidado?
e ai Deus, se verrá cedo?

1. Identifique o assunto da cantiga e insira-a no seu género, justificando a


sua resposta.
2. Divide a cantiga em duas partes, justificando a tua escolha.
3. Caracterize o estado de espírito do sujeito lírico.
4. Evidencie as causas do estado de espírito da donzela.
5. Revele a relação entre o estado de espírito da donzela e do ambiente.
6. Qual o papel das ondas do mar?
7. Evidencie a simbologia das ondas e do mar.
8. Proceda à análise da rima, da métrica, das estrofes, do refrão e dos sons
dominantes. Não se esqueça de confirmar se há paralelismo perfeito ou
não.
9. Identifique as duas figuras de estilo predominantes na cantiga,
apresentando a sua função expressiva.

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Airas Nunes
Bailemos nós já todas três, ai amigas,
sô aquestas avelaneiras frolidas,
e quem for velida, como nós, velidas,
se amigo amar,
5 sô aquestas avelaneiras frolidas
verrá bailar.

Bailemos nós já todas três, ai irmanas,


sô aqueste ramo destas avelanas,
e quem for louçana, como nós, louçanas,
10 se amigo amar,
sô aqueste ramo destas avelanas
verrá bailar.

Por Deus, ai amigas, mentr'al nom fazemos


sô aqueste ramo frolido bailemos,
15 e quem bem parecer, como nós parecemos,
se amigo amar,
sô aqueste ramo, sol que nós bailemos,
verrá bailar.

NOTAS
aquestas (verso 2) – estas.
avelanas (verso 8) – avelãs. avelaneiras
(verso 2) – árvores cujo fruto é a avelã.
louçana (verso 9) – bonita.
mentr’al nom fazemos (verso 13) –
enquanto não fazemos outra coisa.
so (verso 2) – sob.
so’l que (verso 17) – sob o qual.
velida (verso 3) – formosa.
verrá (verso 6) – virá.

Esta é a "bailia das avelaneiras", uma das mais célebres cantigas de amigo que os Cancioneiros nos
transmitiram. Neste breve comentário chamamos a atenção para o facto de as avelaneiras serem árvores
associadas, em muitas culturas antigas, a ritos nupciais (ou seja, com um valor simbólico semelhante ao das
flores de laranjeira atuais). Chamamos igualmente a atenção do leitor para a (maliciosa) expressão mentr´al
nom fazemos (v. 13).

1. Explicite o sentido do convite que a donzela dirige às amigas.

2. Identifique os traços caracterizadores das donzelas, fundamentando a resposta


com citações do texto.

3. Refira dois dos valores expressivos do paralelismo presente na primeira e na


segunda estrofes (versos de 1 a 3 e de 7 a 9).

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4. Classifique esta cantiga quanto ao género e ao subgénero a que pertence,


justificando a resposta.

5. Indica a simbologia das avelaneiras.

Nuno Rodrigues de
Candarei
Bem devíades, mia senhor,
de mim cousimento prender;
e pois vo-lo Deus faz haver,
e quantas outras cousas som,
5 em que teedes por razom
de me leixar morrer d'amor
e me nom queredes valer?
E d'al estou de vós peior:
que mi nom queredes creer;
10 e veedes meu sem perder
por vós; e há mui gram sazom,
mia senhor fremosa, que nom
houve de mim nem d'al sabor,
quando vos nom pudi veer.
15 E pois me vos Deus quis mostrar
aqui, direi-vos ũa rem:
se mi vós nom fazedes bem,
por quanto mal por vós levei,
já eu viver nom poderei;
20 que me querrá cedo matar
a coita que mi por vós vem.
Mais venho-vos por Deus rogar
que vos prenda doo por en
de mi, que faç'este mal sem,
25 onde me nunca partirei.
Pero d'al vos preguntarei:
como podedes desamar
quem s'assi por voss'home tem?

1. Classifique a cantiga quanto ao género, justificando com dois


argumentos.
2. Caracterize o estado de espírito do sujeito lírico nesta cantiga,
apresentando as razões que estão na base destes sentimentos.
Justifique com excertos do texto.

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Sebenta Português 12º ano

Pero da Ponte
Se eu podesse desamar
a quem me sempre desamou
e podess'algum mal buscar
a quem me sempre mal buscou!
5 Assi me vingaria eu,
se eu pudesse coita dar
a quem me sempre coita deu.
Mais sol nom poss'eu enganar
meu coraçom que m'enganou,
10 per quanto mi fez desejar
a quem me nunca desejou.
E por esto nom dórmio eu,
porque nom poss'eu coita dar
a quem me sempre coita deu.
15 Mais rog'a Deus que desampar
a quem m'assi desamparou,
ou que podess'eu destorvar
a quem me sempre destorvou.
E logo dormiria eu,
20 se eu podesse coita dar
a quem me sempre coita deu.
Vel que ousass'en preguntar
a quem me nunca preguntou,
por que me fez em si cuidar,
25 pois ela nunca em mi cuidou;
e por esto lazeiro eu:
porque nom posso coita dar
a quem me sempre coita deu.

1. Comprove que a cantiga está desenvolvida segundo o artifício do


mozdobre.
2. Explique a intenção do sujeito poético no refrão, como resultado da sua
coita de amor, definindo, ainda, este último conceito.
3. Proceda à análise formal da cantiga.

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Pero Garcia Burgalês


Roi Queimado morreu com amor
em seus cantares, par Santa Maria,
por ũa dona que gram bem queria;
e por se meter por mais trobador,
5 porque lh'ela nom quis[o] bem fazer,
feze-s'el em seus cantares morrer;
mais ressurgiu depois ao tercer dia.
Esto fez el por ũa sa senhor
que quer gram bem; e mais vos en diria:
10 porque cuida que faz i maestria,
enos cantares que fez há sabor
de morrer i e des i d'ar viver.
Esto faz el, que x'o pode fazer,
mais outr'homem per rem non'o faria.
15 E nom há já de sa morte pavor,
senom sa morte mais la temeria,
mais sabe bem, per sa sabedoria,
que viverá, des quando morto for;
e faz-[s'] em seu cantar morte prender,
20 des i ar vive: vedes que poder
que lhi Deus deu - mais quen'o cuidaria!
E se mi Deus a mi desse poder
qual hoj'el há, pois morrer, de viver,
jamais [eu] morte nunca temeria.

1. Divida a cantiga em três partes e apresente, de forma resumida, o assunto


tratado em cada uma delas.
2. A crítica, nesta cantiga, não é apenas dirigida individualmente a «Roi
Queimado».
a. Expressa o teu ponto de vista acerca desta afirmação, tendo por
base os sentimentos exacerbados das cantigas de amor.
3. Classifique esta cantiga quanto ao género e justifique a sua resposta.
4. Destaque o recurso expressivo predominante e exponha o seu valor.

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Bibliografia

AA.VV, Cantigas Medievais Galego-portuguesas in https://cantigas.fcsh.unl.pt,


consultado em 14/10/19.

Carla Esteves, «Sobre dobre, mozdobre e coplas», Ciberdúvidas da língua


portuguesa, in https://ciberduvidas.iscte-iul.pt, consultado em 14/10/2019.

Célia Cameira, Fernanda Palma, Rui Palma, Mensagens, Português 12º ano,
Texto Editores, Texto, 2015.

João Guerra e José Vieira, Aula Viva, Português B- 12º ano, Porto Editora, Porto,
1997.

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