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POESIA TROVADORESCA

1. Contextualização histórico-literária

Poesia trovadoresca é a designação dada ao conjunto de composições poéticas medievais que


eram destinadas a serem cantadas e que foram produzidas por poetas que, para alem de
comporem poemas (cantigas), tocavam e cantavam sendo por isso trovadores. Esses
trovadores eram normalmente nobres e dedicavam-se a compor e cantar poemas apenas por
prazer.

A poesia trovadoresca apareceu durante a Idade média (de meados do século XII a meados do
seculo XIV).

Clero → cultura monástica; Nobreza e povo → cultura profana.

2. Representação de afetos e emoções

A poesia trovadoresca reflete, de forma de trabalhada e representa vivências do seu tempo de


forma subjetiva, pois tem por base os sentimentos e as emoções. Um dos temas
predominantes é o amor.

3. Espaços, protagonistas e circunstância

▪ Cantiga de amigo – Ambiente doméstico e familiar, marcadamente feminino (donzela ou


meninas e as amigas, ou a mãe e a filha); ambiente coletivo (romaria, santuário) ou rural
(campo, rio, mar); origem autóctone, resultando da tradição lírica já existente na região.

→Cantiga de amigo – apresenta uma voz feminina (donzela), os sentimentos por ela vividos
relativamente a um amigo que pode estar longe, ausente (por sua vontade ou guerra/viagem),
levando-a a manifestar saudade, tristeza, mágoa, angústia etc. O sentimento que tem pelo
amigo também pode expressar nela alegria, sensualidade, confiança. A donzela
normalmente revela o que sente à sua mãe, às amigas ou mesmo à Natureza, tornando-
se assim, todas confidentes desse amor, ou silenciosas ou respondendo aos seus anseios e
duvidas da donzela. A ligação à Natureza e sendo ela uma personagem de confiança, dão a
este tipo de cantiga uma espontaneidade e naturalidade próprias.

Cantigas de amigo

 variedade do sentimento amoroso

 confidência amorosa

 relação com a Natureza


– RECURSOS EXPRESSIVOS: COMPARAÇÃO, IRONIA E PERSONIFICAÇÃO, APÓSTROFE

Personificação – atribuição de características humanas a seres inanimados ou não humanos.

Ex.: “O sapo e a raposa resolveram e acordaram fazer uma sementeira a meias.”

Comparação – estabelecimento de uma relação de semelhança por meio da conjunção como


ou de outras palavras e expressões equivalentes (à semelhança de, tal, parecer, assemelhar-se,
lembrar…).

Ex.: “O pai, danado, só argumentava às bicadas, a picá-lo como se pica um boi.”

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