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RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.4. PERSPECTIVAS COMUNITÁRIAS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES NA PESCA
I. Comercial:
a) Artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional,
de forma autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção
próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar
embarcações de pequeno porte;
Mesmo com a criação da lei com fins de seguridade para a classe, pode-se perceber
que ainda há uma carência de assistência técnica direta, fiscalização dos que exercem
ilegalmente a atividade e capacitação especifica para os cadastrados ou dificuldades de
acesso a direitos de aposentadoria, benefícios sociais e de saúde e educação local. Para
PEREIRA & BOTELHO (2015, p. 102) essa regulamentação teve como efeito colateral
uma imposição de mudanças nas atividades comunitárias e não proporcionou uma
readequação aos padrões antes executados na atividade artesanal, isso reflete a
desassistência e dificuldades enfrentadas nas comunidades pesqueiras mais isoladas.
Quando abordamos as questões de continuidade das atividades, percebemos o
declino dos que aderem a atividade como profissão ou mesmo como uma tradicionalidade
de família. Essa realidade está além dos que são apresentados dentro da lei ou regimentos
governamentais, se trata diretamente do êxodo dos jovens para os centros urbanos. Isso
reflete a decadência do setor na comunidade e a perda dos costumes tradicionais.
Nessa abordagem Diegues (1995) descreve as questões tradicionais como sendo
parte constituinte da pesca artesanal e que a caracteriza como um fator ancestral ou base
do conhecimento tradicional das práticas de extração de peixes nativos de vários
ecossistemas distintos como os rios, lagos e oceanos. Esse saber tradicional da pesca da
comunidade de Aritapera corrobora com a apresentada no estudo de Valencio et al.,