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SANTOS, M.

– Metamorfoses do Espaço Habitado


 Categorias analíticas necessitam de explicitação
 A geografia crítica não pode ser só crítica, a critica tem que ser analítica e não apenas discursiva
 Buscar rediscutir as categorias tradicionais. Distinguir espaço de paisagem e configuração territorial.
CAP.1 - A Redescoberta e a Remodelagem do Planeta no período técnico cientifico e os novos papeis da ciência
1. Da internalização à Globalização
 Geografia assume novo papel. Mundialização já era objetivo desde séc. XVI.
 A natureza é posa à disposição do homem. “Possibilidade de tudo conhecer e tudo utilizar em escala planetária”
 Compreender o sistema global é compreender uma divisão mundial capitalista do trabalho, fundada no
desenvolvimento das forças produtivas em escala mundial e conduzida pelos estados e corporações gigantes.
 Globalização pode ser constatada nas universalizações de fato.
 Não-mundializado: classes sociais e moralidade  estados como barreira p/ influencias exógenas.
2. Um período técnico-científico?
 Novo tipo de capitalismo, resultado do domínio das técnicas e da ciência (ciência posta em favor da produção)
 Ciência procedendo a técnica.
3. Mundialização perversa e perversão das ciências
 Mundialização perversa  concentração  desigualdade entre países e indivíduos
 Ciência cooptada por objetivos econômicos e não sociais  perversão da ciência.
4. As possibilidades entreabertas às ciências do homem
 A ciência utilitarista =/= importância do homem (de seu saber) no processo produtivo
 “só falta colocar esses imensos recursos a serviço da humanidade.”
CAP. 2 – A Renovação de uma disciplina ameaçada
 “Desdobramento da Geografia” – Difusão de conceitos na geografia (concepções de espaço)
1. À procura de um objeto: o espaço
 O espaço não é uma coisa nem um sistema de coisas, senão uma realidade relacional: coisas e relações juntas
 O espaço deve ser considerado como um conjunto indissociável de que participam, de um lado, certo arranjo de
objetos geográficos, naturais e sociais, e, de outro, a vida que os preenche e os anima, seja a sociedade em
movimento. (Espaço= Conjunto de formas contendo frações da sociedade em movimento)
2. Importância atual do espaço
 O espaço é importante atual pq a natureza se transforma, em seu todo, numa forma produtiva. O homem, a partir da
técnica, começa a compreender como utilizar geral e global das coisas que o cercam.
3. A caminho de uma geografia global
 Já se falava de uma geografia global. Para a evolução de uma geografia global, a tradução das escolas nacionais foi o
maior obstáculo. Foi mais fácil nos estudos físicos da Geografia. Agr é o momento!
4. Globalização e empiricização das categorias
 É a universalidade empírica que permite certas categorias filosóficas serem escritas numa linguagem geográfica:
universalidade, particularidade e singularidade, por exemplo.
 Universalização  técnica como verdadeiro universal concreto.
 Conceitos antes “universais” não cabem: o feudalismo foi só na Europa, por exemplo
 “As grandes generalizações são não apenas possíveis mas necessárias, tornando-se a um tempo mais sistemáticas e
afinadas. Sua base, deve-se lembrar, é empírica”.
 Quanto mais os lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos. (especialização dos elementos do
espaço). MAS, ao mesmo tempo, ligados
5. Por uma Geografia Renovada
 Tecnicas usadas sem consideração pelos sistemas locais (naturais e humanas, realidades sociais e economicas)
 Resultado = desigualdade. Se deus quiser a ciência crítica vai ajudar?
CAP. 3 – Metamorfoses Do Espaço Habitado
 Espaço habitado e ecúmeno são sinônimos. 2 abordagens: biológica e social (ser humano=ser social)
1. A expansão da população Mundial
 A população mundial levou milênios p/ nos 2 ultimos séculos encontrar um processo de crescimento sustentado.
 Devido ao avanço da técnica. É acentuado nos países subdesenvolvidos (ou “novos”)
2. Heterogeneidade do espaço habitado
 3 dados: Distribuição de pop. desigual; não leva em conta só nasc. e mort., mas migração; as porções habitadas são
desiguais tbm. Esses fatores tão tanto em um aspecto quali quanto quanti.
3. Em um século, uma humanidade misturada
 “A 2ª metade do séc. XIX marca o começo das migrações maciças dos países “velhos” p/ as nações “novas”
4. A exploração Urbana e metropolitana
 Dentro dos países a repartição geográfica da pop. tbm muda. Certas regiões perdem mais pop. q outras
 O fenômeno da urbanização é, hoje, avassalador nos países de terceiro mundo.
5. A criação de um meio geográfico artificial
 Mudanças quali e quanti. A paisagem cultural substitui a paisagem natural.
 Evolução da cidade = (necessita de) evolução do campo (falando de técnicas)
6. Da natureza Hostil a um espaço do homem?
 Atingimos uma situação limite  processo destrutivo humano pode se tornar irreversível.
 O espaço habitado n pode ser comparado (quali e quanti) ao espaço do homem anterior a rev. Industrial.
CAP. 4 – Categorias tradicionais, categorias atuais.
1. A região
 Num estudo regional se deve tentar detalhar sua composição enquanto organização social, política, econômica e
cultural, abordando-lhe os fatos concretos, para reconhecer como a área se insere na ordem econômica
internacional, levando em conta o preexistente e o novo.
2. Circuitos Espaciais de produção
 O mundo encontra-se organizado em subespaços articulados dentro de uma lógica global
 Uma mesma área, hoje, pode ser ponto de confluência de diversos circuitos produtivos
3. Espacializações produtivas e o aumento da circulação
 Difusão de transportes e comunicações  possibilidade da espacialização produtiva. Regiões n precisam + produzir
tudo p/ subsistência. // Hoje o agricultor pode também ser o homem urbano (bóia fria)
4. A cidade: o lugar revolucionário
 Cidade aparece como semente de liberdade  produções históricas e sociais q contribuem p/ fim do feudalismo
 As cidades puderam formar-se graças a um determina avanço das técnicas de produção agrícola
5. Novas relações cidade-campo
 Quanto + moderna a atividade agrícola, + amplas suas relações, + longe seu alcance (curto-circuito da cidade próx.)
6. Nova hierarquia urbana
 Viagem de consumação pra quem pode, locomoção permanente p/ quem n pode (falando de renda): migração como
consequência da imobilidade.
7. O presente e a totalidade
 Geografo é empirista e ta condenado a errar se considerar o lugar s/ as relações históricas dos obj. c/ ação humana
 Cada pessoa, cada objeto, cada relação é um produto histórico!
CAP. 5 – Paisagem e Espaço
 Todos os espaços são geográficos pq são determinados pelo mov. da sociedade, da produção. Mas tanto a paisagem
quanto o espaço resultam de mov. sup. E de fundo da sociedade.
1. Paisagem, o que é
 Tudo aquilo que nos vemos é paisagem. Pode ser definida como o domínio do visível (+ considera todos os sentidos)
2. Percepção e conhecimento
 Nossa visão depende da localização onde se está. A paisagem toma escalas diferentes
 Depende dos sentidos e do aparelho cognitivo (diferentes conj. de experiências = diferente interp. de paisagem)
3. Paisagem e região
 Paisagem se confundia com região: Europa, bastante tempo p/ evoluir conjunto de técnicas (e interpretações)
 No mundo novo essa confusão não cabe  novas dispersões espaciais
4. Os objetos culturais
 Carls Sauer  2 tipos de paisagem, a natural e a artificial (homem e natureza em relação cultural, política, técnica..)
 Produção Humana = produção do espaço. O homem agindo no espaço através dos objetos, naturais ou artificiais.
 A paisagem é a reprodução de diferentes níveis de focas produtivas, materiais e imateriais
5. Paisagem Natural, Paisagem artificial
 Paisagem é sempre heterogênea. Paisagem artificial é a transformada pelo homem, enquanto a natural é aquela ñ
mudada pelo esforço humano (n existe mais)
 Quanto + complexa a vida social, + nos distanciamos do mundo natural e + prox. do artificial.
6. Paisagem e produção: os instrumentos de trabalho
 A relação entre paisagem e produção --> cada forma produtiva precisa de um tipo de instrumento de trabalho
 Exigências de espaço variam em função dos processos próprios a cada produção e ao nível de capital  paisagem
urbana é mais heterogênea. Cada instrumento de trabalho tem uma localização específica.
 A paisagem n se cria de uma só vez, mas por acréscimos, substituições. A lógica pela qual se fez um obj no passado
era a lógica da produção naquele momento.
 A cidade já nasce numa lógica capitalista (maluquisse). Tem ordens em diferentes escalas, “competindo”.
7. Uma permanente mudança
 Em cada momento histórico os modos de fazer são diferentes. Através de novas técnicas vemos a substituição de
uma forma de trabalho por outra, de uma configuração territorial por outra. A paisagem é objeto de mudança.
8. Datação e movimento da paisagem
 Os objetos são passíveis de uma datação. A paisagem tem um mov. que pode ser mais ou menos rápido. As formas
não nascem apenas das possibilidades técnicas de uma época, mas dependem tbm das condições econômicas.
9. As mutações da paisagem: o estrutural e o funcional
 FUNCIONAL: A sociedade urbana é una, mas se dá segundo formas-lugares diferentes. ESTRUTURAL: tbm se dá pela
mudança das formas (se da pra 1 fazer, da p/ geral fazer)
 É nesse quadro que se analisa o envelhecimento ds formas, tanto físico quanto social/moral
 A paisagem é um palimpsesto, um mosaico, mas que tem um funcionamento utilitário.
10. Espaço, o que é
 Categoria + fundamental do conhecimento geográfico
 Como paisagem a palavra espaço tbm é usada em mts acepções. Mt substituída por lugar, território, etc
11. A paisagem não é o espaço
 Ñ há paisagem inerte, e se usamos este conceito é apenas como recurso analítico. A paisagem é materialidade,
formada por objetos materiais e ñ-materiais.
 Paisagem é a materialização de um instante da sociedade. O espaço resulta do casamento da sociedade com a
paisagem. O espaço contém o movimento. Por isso, paisagem e espaço são um par dialético.
 O trabalho morto seria a paisagem. O espaço seria o conjunto do trabalho morto (formas geográficas) e do trabalho
vivo (contexto social).
12. A espacialização não é o espaço
 A paisagem é coisa, a espacialização é funcional e o espaço é estrutural. A espacialização é sempre o presente,
enquanto a paisagem é sempre o passado. O espaço é igual a paisagem mais a vida nela existente. A espacialidade
seria um momento das relações sociais geografizadas.
CAP. 6 – Configuração Territorial e Espaço (???)
CAP. 7 – Do Físico ao Humano. Do natural ao Artificial. Geografia Física,Geografia Humana.
5. Geografia Física, Geografia Humana
 A geografia física não podia existir antes do homem. Não há geografia física que não seja parte da geografia humana.
O que há, na verdade, é uma geografia do homem, que podemos substituir em geografia física e humana.
 A presença do homem na face da terra muda o sistema do mundo. Torna-se, o homem, centro da Terra. O homem é
capaz e ação.
 Hoje, a sociedade humana tem como seu domínio a terra. Habitat e ecúmeno são, agr, sinônimos, cobrindo
igualmente, toda a superfície da terra, pois o planeta e a comunidade humana se confundem, num todo único.
6. O novo sistema da natureza
 Os grupos humanos têm o poder de modificar a ação das forças naturais, mas a natureza ainda obriga esses grupos a
adaptações.
 O progresso técnico não elimina a ação da natureza. A ação humana se verifica segundo diversos modelos: quando
altera e quando se prepara.
 Controle Ativo e Controle Passivo
 Hoje, o homem não comanda as intempéries, mas tem conhecimento prévio de sua eclosão.

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