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Sócio-libertador
Paulo Freire
• Data de nascimento: 19/09/1921;
• Em 1943 ingressou na Faculdade de
Direito do Recife;
• Depois de formado continuou como
professor de português no Colégio
Oswaldo Cruz e de Filosofia da
Educação na Escola de Belas Artes da
Universidade Federal de Pernambuco;
• Em 1947, Paulo Freire foi nomeado diretor do setor
de Educação e Cultura do Serviço Social da
Indústria;
• Em 1955, junto com outros educadores fundou, no
Recife, o Instituto Capibaribe;
• Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi
acusado de agitador e levado para a prisão onde
passou 70 dias, e em seguida se exilou no Chile;
• Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de
Harvard;
• Em 1980, com a anistia, Paulo Freire
retornou ao Brasil, estabelecendo-se em São
Paulo. Foi professor da UNICAMP e da
PUC. Foi Secretário de Educação da
Prefeitura de São Paulo, na gestão de Luísa
Erundina;
• Por seu trabalho na área educacional, Paulo
Freire foi reconhecido mundialmente. É o
brasileiro com mais títulos de Doutor
Honoris Causa de diversas universidades, são
41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e
Oxford;
• Data de falecimento: 02/05/1997 (75 anos).
Contexto Político, Histórico e
Cultural das ideias de Paulo Freire
• Paulo Freire é referência obrigatória para
todo estudioso em educação no Brasil
atualmente.
• Denuncia “invasão cultural” de modelos de
educação copiados dos Estados Unidos
• Fazendo-o, Paulo Freire estava também
anunciando o seu fim e inaugurando entre
nós as possibilidades de um pensamento
pedagógico autônomo.
• Freire compreende que as classes
médias estão constantemente em busca
de ascensão social e para isso apoiam-se
nas elites.
• Entende que a transformação da
sociedade opressora esteja diretamente
nas mãos das massas populares,
conscientes e organizadas.
• “O nordeste brasileiro da década de
50 e início da década de 60 foi o
“ambiente histórico-político”, no qual
as ideias de Paulo Freire se formaram
e desenvolveram: o período da crise
política iniciado com a revolução de
30 e encerrado com o golpe militar de
1964.”
• Paulo Freire recebe convite do
Presidente João Goulart para que
repensasse a Alfabetização de Adultos
nacionalmente.
• O golpe militar de 64 interrompe o
esforço de superação do analfabetismo
no Brasil e Paulo Freire é exilado.
• Seu pensamento humanista teve
influencias no personalismo de
Emannuel Mounier, bem como o
existencialismo, na fenomenologia e no
marxismo.
• O legado de Paulo Freire não pode ser
reduzido apenas à Educação Popular e à
alfabetização de Adultos.
• Moacir Gadotti: “depois de Paulo Freire
ninguém mais pode ignorar que a
educação é sempre um ato político.
Aqueles que tentam argumentar em
contrário, afirmando que o educador não
pode fazer política, estão defendendo uma
certa política, a política da despolitização.
Pelo contrário, se a educação,
notadamente ignorou a política, não
estamos politizando a educação. Ela
sempre foi política. Ela sempre esteve a
serviço da classe dominante”.
Introdução
As mudanças que a sociedade passa constantemente
nos revelam os desafios que a escola e os professores,
como profissionais e cidadãos, enfrentam para responder
pedagogicamente às exigências dos novos tempos.
A escola, como instituição, é sempre uma expressão e
uma resposta aos desafios da estrutura social como um
todo. Ela não existe em si e para si. Existe para cumprir
uma função dentro dessa sociedade. Redescobrir, hoje, a
função da escola, nesse cenário, é o primeiro passo
fundamental para definir seu novo papel bem como a
importância da ação docente.
A escola responsável, na qual os professores, usando
adequadamente a tecnologia, mudam a maneira pela
qual se ensina e se aprende, possibilitando que os
estudantes “aprendam a aprender”. Está, pois, se
instituindo uma nova maneira de encarar o processo
didático-pedagógico, que consiste em unir o
conhecimento científico ao conhecimento vivencial-
experiencial dos educandos, tendo como ponto de
partida e de chegada os próprios educandos em sua
historicidade. A função da escola consistirá em ligar,
dialeticamente, a cultura primeira à cultura de massa e à
cultura elaborada, realizando uma permanente
continuidade e ruptura, em todos os níveis de ensino,
buscando atingir crianças, jovens e adultos.
Nesse processo, torna-se fundamental transformar
os conteúdos escolares em desafios, em questões
problematizadoras, envolvendo sua dimensão
científico-cultural com a finalidade prático-
profissional. Para isso, a ação docente-discente
intra e extraescolar deverá ser desenvolvida em
uma perspectiva socio transformadora. Uma
didática que tem como fundamento a esperança e a
libertação jamais será neutra, porque essas
dimensões implicam posições e ações
sociopolíticas definidas que encaminham uma
prática educativa comprometida com uma
determinada concepção.
Se o ponto de partida dessa didática são a cultura e
a sabedoria populares, que quase sempre foram
desconsideradas, é necessário termos claro que
esses elementos não são toda a verdade, pois a
classe que detém o poder e a cultura elaborada
também possui sua verdade. Trata-se, portanto, de
um processo de libertação do homem como um
todo, de todos os homens. Assim, apresentamos, a
seguir, os elementos que julgamos essenciais para
uma nova concepção de ação docente-discente
centrada na esperança, na autonomia e na
libertação dos oprimidos e dos dominadores.
Fundamentos de uma didática para uma
educação da esperança da libertação
• São muitos os processos de uma educação
libertadora e da esperança. Tendo como
referência o pensamento de Paulo Freire,
apresentaremos sobre alguns princípios que
julgamos fundamentais em uma didática
para uma educação que direcionem
educador e educandos para a libertação e a
esperança.
Conscientização
O processo de conscientizar, sempre inacabado,
não significa transferir para os outros o peso de um
saber descomprometido, o que induziria a novas
formas de alienação, mas consiste em vinculá-lo a
ações concretas e eficazes.
Conhecer a conscientização como método
pedagógico de libertação não é suficiente. Torna-se
necessário transformá-la e vivê-la, na prática escolar,
como uma metodologia da mudança, constituindo-se
um compromisso teórico-prático de todos os
educadores e educandos.
A conscientização torna-se um instrumento
de reflexão e ação para aqueles que,
efetivamente, estão empenhados na
transformação das estruturas e das
mentalidades, assumindo suas existências
como um compromisso na história. Assim,
a educação do oprimido deve reproduzir o
movimento dialético-histórico de produção
do homem, que é a conquista de si mesmo, de
sua consciência, de sua forma humana e para
isso é necessário se distanciar imediatamente
do seu cotidiano.
Processo de Libertação
• “Todo processo de libertação não se faz por
bondade ou concessão dos opressores, pois
estes, presos a sua pedagogia opressora, não
têm em si a força de libertar os oprimidos.”
• A libertação nasce junto dos oprimidos
• Pedagogia do Oprimido
• “A superação da opressão não significa que
os oprimidos se tornem opressores”
• O processo de libertação se dará somente
pela práxis
CONCEPÇÃO LIBERTADORA
DA EDUCAÇÃO
• Superação da contradição educador-
educando.
• Os homens não são seres vazios que devem
ser preenchidos de saberes ou de conteúdos,
mas pessoas que problematizam suas
relações com o mundo.
• Educação Problematizadora-libertadora
• Diálogo!
DIÁLOGO – ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COMO PRÁTICA DA LIBERDADE