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Br az. J. r et. Res. anini. Sei.

São Paulo . i >.32, n.3, p. 177-1 HO, 1995.

TÉCNICAS ANESTÉSICAS DESTINADAS À CIRURGIA OCULAR NO CÃO

A N E ST H F SIC TEC H N IQ U E S IN O C U LA R SU R G E R Y IN D O G S

Newton NUNES*: José I.uis I M S2

RESUMO

•Os autores apresentam, de forma cotejativa, procedimentos anestésicos destinados a manobras cirúrgicas intra e extra-oculares
no cão. Para tanto, discutem alternativas práticas e exeqüíveis, destinadas a atualizar aqueles que militant nas especialidades
de anestesiologia e/ou oftalmologia. Amontam técnicas em anestesia geral, dissociativa e procedimentos outros. Tecem con­
siderações acerca de características relativas à posição do bulbo ocular, diâmetro pupilar, pressão intra-ocular e reflexos
óculo-palpebrais. Apontam para técnicas de indução, bem como para vantagens do monitoramento do paciente.

UNITERMOS: Anestesia; Cirurgia ocular; Cães

INTRODUÇÃO

C om o d e s e n v o lv im e n to da o fta lm o lo g ia no â m b ito da sociativos cuja principal característica é a m anutenção dos


M edicina V eterinária, deu-se início a diversas práticas clíni- reflex o s p ro teto re s do anim al (M A S S O N E 2, 1988). entre
co-cirúrgicas, obrigando ao desenvolvim ento ou aprim ora­ eles o p alp eb ral. D e p ree n d e-se d aí a im p o ssib ilid ad e de
mento de técnicas anestésicas específicas, com vistas não só incidir em cam po cirúrgico “reativo” , apesar da im obilidade
a aum entar a m argem de segurança para o paciente, com o do paciente e do elevado grau de analgesia obtido. E m bora a
tam bém a auxiliar o cirurgião, produzindo cam pos cirú rg i­ m aio ria d estas ciru rg ias co n sistam de co rreçõ es de oftal-
cos favorecedores à condução de procedim entos operatórios. m opatias associadas aos anexos do aparelho da visão, deve-
Com a finalidade de atualizar o profissional que se dedica à se atentar para a incidência elevada de enucleações do globo
oftalm ologia veterinária ou àquele especializado na adm inis­ ocular. N estes casos causa apreensão a bradicardia provoca­
traç ão de té c n ic a s a n e sté sic a s d iv e rsa s, n o ta d a m e n te 11a da pelo reflexo óculo-cardíaco, advindo da tração da m uscu­
espécie canina, são tecidas, ao longo deste texto, co n sid e­ la tu ra e x tra -o c u la r, n o ta d a m e n te o m ú scu lo reto m ed iai
rações relativas aos procedim entos anestésicos próprios às (M ILLER-1, 1981). O efe ito p o d e ser co m p en sad o com a
cirurgias intra e ex tra-o cu lares no cão. M otivaram , igual­ adm inistração prévia de sulfato de atropina (0.044 m g/kg),
mente, a realização desta apresentação, a escassez de dados po r via in tra m u sc u la r o u, ig u a lm e n te, pela m a n ip u lação
cuidadosa no cam po cirúrgico.
e m onografias atualizadas pautando o tem a.

As an estesias d estin ad as aos procedim entos intra-oculares


CONSIDERAÇÕES GERAIS dev em ser e stu d a d a s m ais am iú d e, pelo fato de a m o n i­
toração do plano anestésico, neste caso, estar prejudicada. A
Independentem ente da natureza da cirurgia oftálm ica, parece m a n ip u la ç ã o c irú rg ic a ca u sa a lte ra ç õ e s sis tê m ic a s e há.
fu ndam ental a im o b ilid a d e c o m p leta d o p acien te, ex ceto ain d a, o risc o de p erd a to tal d a v isã o so b d e te rm in a d a s
n a q u e le s c a so s em q u e o tra u m a c irú r g ic o é d e m e n o r condições, por exem plo o aum ento brusco da pressão intra-
monta, com o por exem plo a rem oção de corpos estranhos à ocular (PIO).
córnea, quando a instilação de anestésico local é suficiente.
N este particular, pode-se afirm ar que a m aioria dos agentes
Na maioria absoluta das cirurgias extra-oftálm icas, as técni­ em p reg ad o s em an estesia d im in u i a PIO , e x c eç ão feita à
cas destinadas à produção de anestesia geral podem ser co n ­ q u etam in a e tiletam in a, cu jo uso, por via in trav en o sa, na
sideradas adequadas, exceção feita à m anutenção anestésica indução anestésica, pode ser adequado, porém jam ais devem
com a quetam ina ou tiletam ina, pois trata-se de agentes dis- ser usados na m anutenção da anestesia.

1 - Professor Assistente - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal - SP.
2 - Professor Assistente Doutor Faculdade de Ciências Agrárias c Veterinárias da UNESP. Campus de Jaboticabal - SP.

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M N I-.S . N . 1 \ l S. I I T iY n ii\iN ;i:K'sii:s ic u s d c siin ;u l;iv ;i u r iii^ K i o c u k ii n o c í m . B ra z . J . v e l . R i*s. a n im . Sei.. S ã o P a u lo . \ 3 2 . n ..v p . l ” 7- ISO. I W 5

E m bora alguns p rofissionais acreditem ser fundam ental a O diâm etro pupilar deve ser o m aior possível. A cicloplegia
d im in u iç ã o da l’l(). c iru rg iõ e s m ais e x p e rie n te s ju lg am p o d e s e r o b tid a p ejo tra ta m e n to prév io d o an im al com
necessária a m anutenção tia m esm a dentro de valores nor­ c o lírio s à b ase de atro p in a. O m esm o fárm aco pode ser
m ais (G E E A T T 1. 1991). pois o globo ocu lar não fica por adm inistrado m om entos antes da cirurgia por via intramus-
dem ais profundo na ca\ idade orbitária e. no caso específico cular na dose de 0.044 mg/kg.
ilas íaeectom ias. a extração do cristalino c facilitada com a
l’l ( ) em níveis normais. O utra variante para se produzir dilalação pupilar implica a
a d m in istra ç ã o d e ag e n te s tra n q ü iliz a n te s, an sio lítico s ou
a n e s té s ic o s , p ro d u to re s tio e f e ito , d e v e n d o -s e e v ita r o
CAKAC'TURÍSTICAS DESEJÁ V EIS em prego de fárm acos com ação m iólica. M aiores detalhes
são discutidos ao longo do texto.
As co n d içõ e s cm que se ap re sen ta m o g lo b o o cu lar e a
pupila são fundam entais ao bom andam ento das ciru rg ias
in tra -o ftálm ic as. A u m en ta-se a m argem de se g u ra n ça da MONITORAMENTO 1)0 PACIENTE
anestesia á m edida que dim inui-se o tem po total do ato ope-
A ab so lu ta m a io ria das an e ste sia s são m o n ito rad as, com
ra tó rio . A p o siç ã o do g lo b o o c u la r foi c la s s ific a d a p o r
re la ç ã o à p ro fu n d id a d e d o p la n o a n e s té s ic o , a tra v é s da
Y O IJNG et al> (1991) com o segue:
observação do esquem a clássico de GL EDEL. que se baseia
p rin cip alm en te na p osição do g lo b o o cu lar e no diâm etro
E x c e le n te - T o d a a có rn e a visível. N enhum a co rreç ão é
pupilar, to rnando im possível o controle da anestesia pelos
necessária.
reflexos óculo-palpebrais em cirurgias oftálm icas.

Boa - Ao m enos m etade da córnea está visível. Em alguns


A nestesistas m enos experientes podem pretender o controle
casos pontos de "reparo" na esclera podem ser necessários.
da profundidade anestésica através tias freqüências cardíaca
e respiratória, esquecendo-se que o ritm o cardíaco é depen­
A ceitável - A penas pouca porção da córn ea está visível.
dente de outros fatores que não só a concentração plasm ática
Pontos na esclera são indispensáveis à m anutenção do globo
de anestésico, m orm ente em cirurgias intra-oculares. e que
na posição adequada.
no cão. a am pla faixa de norm alidade da freqüência da respi­
ração dificulta a identificação tle anestesias m ais ou menos
I n a c e i t á v e l - N e n h u m a p o rç ã o da c ó rn e a e s tá v is ív e l.
profundas pela sim ples observação do parâm etro.
M em brana niclitantc proem inente.
O m étodo adequado ao controle da profundidade anestésica
E m bora tal c la s s ific a ç ã o p o ssa ser c o n s id e ra d a c o rre ta ,
é. sem dúvida, a m ensuração tia pressão arterial, pois o seu
cham a-se a atenção para a relação có rn ea/esclera no cão.
valor é increm entado sem pre que o plano anestésico se torna
A ssim , a sem i-rolação do bulbo facilitaria as intervenções m ais superficial e dim inuído à m edida que se aprofunda a
intra-oculares. anestesia. A dem ais, as eventuais variações podem ser obser­
vadas antes que outros indicadores tio plano anestésico, tais
Dentre a diversidade de problem as com os quais se depara o
com o a rotação do globo ocular, possam ser ev idenciados.
c iru rg iã o , e q u e sã o de d ifíc il so lu ç ã o p e lo a n e ste sista ,
am o n ta -se a re d u ç ã o d o d iâ m e tro p u p ila r, assim qu e se A freqüência cardíaca deve ser vista com o dado adjutório ao
m anipulam câm ara anterior e íris. A tualm ente, sabe-se que o controle da profundidade anestésica. Sua m ensuração deve
fenôm eno não decorre apenas do estím ulo nervoso sobre as ser sem pre acom panhada da observação do form ato tle onda
estruturas envolvidas, mas, igualm ente pela rápida liberação na derivação D ll. quando potlc ser possível identificar bratli-
de prostaglandinas que não só induzem m iosc não responsi- card ia ad v in d a do reflex o ó cu lo -card íaco . ou de arritm ias
va à atropina, com o tam bém produzem elevação transitória v en tricu lares asso ciad as ao em p reg o de fárm acos com o a
da PIO. ruptura da barreira aquoso-sangue e aum ento da per­ adrenalina, principalm ente quando a m anutenção da anestesia
m e a b ilid a d e v a s c u la r da c o n ju n tiv a e íris (R E G N IE R : é leita com agente anestésico volátil halogenado (W Y I.IE:
T O I TA IN 4. 1991). Parece, portanto, indicado o em prego de C H U R C H IEL-D A V ID SO N *. 1974; M IL L E R '. 1981).
inibidores tias prostaglandinas nos períodos que antecedem a
c iru rg ia . R E G N IE R : T O l ’T A IN J (1 9 9 1 ) rec o m en d a m 5 MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
doses orais de 30 m g/kg de ácido acetil-salicílico a cada 8
horas ou m esm o 1 , 1 a 2.2 m g/kg cie flunixinm eglum ine, por A m e d icação p ré -a n e sté s ic a d ev e ser in d icad a de acordo
via intravenosa. im ediatam ente antes de se iniciarem os pro­ com o estado clínico tio paciente e das características ine­
tocolos anestésicos. rentes ao reflexo pupilar desejado.

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NU NES, N.: I.A l.S . J.L . T écnicas anestésicas d estin ad as ã cirurgia o c u la r n o cão. B ra z . J . vcl. R es. a n in i. Sei.. S ào Paulo. v.32. n .3. p. 177-180. 1995.

Em pacientes hígidos perm ite-se o em prego da levom epro- O esquem a abaixo ilustra a técnica adequada à indução com
m azina ou clorprom azina na dose de 1 m g/kg ou aceprom azi- em prego de N 2O , O 2 e anestésico volátil.
na ( 0,1 m g/kg), por via in travenosa, asso ciad a ou não ao
midazolan. na dose de 0,3 m g/kg, pela m esm a via. Em an i­ O xigênio O xigênio
mais cujas condições clínicas não favoreçam , aconselha-se +
e v ita r f e n o tia z ín ic o s . N e ste c a s o , p o d e -s e e m p re g a r o .5 min. A nestésico volátil
diazepam na dose de I m g/kg, por via intravenosa, atentan­ ▼ 15 min.
do para a produção de m idríase subseqüente.
O xigênio (30% ) O xigênio (30% )
Em c|uaisquer condições evita-se a xilazina, pois a droga é ► +
produtora de bradicardia, que se adicionada às con seq ü ên ­ + 10 m in Ó xido N itroso (70% )
cias do re fle x o ó c u lo -c a rd ía c o po d e d e te rm in a r c o m p li­ +
cações im portantes ao paciente. Por outro lado. o fárm aco é Ó xido N itroso (70% ) A nestésico volátil
potente produtor de m iose (M A SS O N E 2, 1988) tornando-se,
portanto, inadequado em procedim entos intra-oculares. C om a adm inistração inicial de O 2 puro, durante 5 m inutos,
é possível elim inar o nitrogênio do circuito anestésico e do
INDUÇÃO “e s p a ç o m o rto ” f is io ló g ic o , além dc p o s s ib ilita r q u e o
paciente se acostum e à presença da m áscara pouco im preg­
A p esa r de e le v a re m a P IO , a q u e ta m in a e a tile ta m in a nada de odores estranhos ou irritantes.
podem ser em pregadas na indução da anestesia geral, desde
que sejam observadas a via intravenosa e as doses m ínim as O fornecim ento, em seguida, do N^O perm ite obter narcose
rec o m en d a d as. C om a té c n ic a o b se rv a -se a u m e n to tra n ­ o suficiente para que o anim al adm ita o agente volátil. N esta
sitório da PIO, que tende à norm alidade, decorridos aproxi­ etapa, já se observa m idríase. D evido ao fornecim ento dc 0>
m a d a m e n te 10 a 15 m in u to s ( W Y L IE ; C H U R C H I L - em co n cen tração su p erio r à d o ar atm osférico, a m idríase
D A V ID SO N 5, 1974). tem po este suficiente para a entubação não pode ser im putada à hipóxia cerebral relacionada ao uso
endotraqueal e o estabelecim ento do plano anestésico ad e­ isolado do protóxido de nitrogênio (W Y L IE ; CH U R C H ILL-
quado. P rocedendo-se desta form a, ao iniciar o ato opera- DAVIDSONS, 1974).
tório o cirurgião deparar-se-á com um a PIO próxim a à nor­
m a l. A o a c r e s c e r - s e a e s te s e f e ito s g ra u r a z o á v e l d e C om rela çã o ao ag en te v o látil a ser em p reg ad o , p o d e-se
midríase. obtido com o uso de agentes dissociativos. deduz- o p ta r p o r q u a is q u e r d a s d ro g a s d is p o n ív e is n o a rse n a l
se que a indução com tais fárm acos favorece o ato cirúrgico, anestésico, exceção feita ao éter dietílico. por seu poder irri­
sendo, portanto, aconselhada. tante para m ucoses. dificultando a aceitação pelo paciente.
Por outro lado. o fárm aco apresenta elevado coeficiente de
A indução com o em prego de barbitúricos produz queda da s o lu b ilid a d e 110 s a n g u e , o q u e d e te r m in a p e r ío d o s de
PIO (M IL L E R \ 1981). além de m iose puntiform e, em bora indução e recuperação prolongados (M A SSO N E 2, 1988).
pouco persisten te (W Y L IE ; C H U R C H IL L -D A V ID S O N \
1974). C om o estas drogas produzem tardiam ente queda da P arece ev idente o fato de que, ao optar pela indução com
pressão arterial (M A SS O N E 2. 1988), pode-se inferir dificul­ a g e n te v o lá til, a d ro g a e s c o lh id a p ara a m a n u te n ç ã o d a
dade na recuperação do valor basal da PIO. Por estas consi­ anestesia deverá ser a mesm a.
derações. recom enda-se e v ita r b arb itú rico s na indução da
anestesia destinada a m anobras intra-oculares, em b o ra nas MANUTENÇÃO
extra-oculares seu uso seja indicado.
P o r m o tiv o s j á e x p l ic i ta d o s , to r n a - s e im p r a tic á v e l a
P e rm ite -se re c o rre r ao e m p re g o de a g e n te s a n e s té s ic o s m a n u te n ç ã o d a a n e s te s ia c o m a g e n te s d is s o c ia tiv o s .
v oláteis, asso cia d o s ou não ao ó x id o n itro so na in d u ção O u tro ssim , d e s a c o n s e lh a -s e o e m p re g o de b a rb itú ric o s.
anestésica. D eve-se, entretanto, observar que tais técnicas só Resta, portanto, a opção do em prego de agentes voláteis.
são passíveis de realização em pacientes m enos refratários à
c o n ten ção , ou n aq u e le s m ais se n sív e is à m e d ica çã o pré- A ação destes fárm acos, notadam ente os halogenados, sobre
anestésica. A v antagem do m é to d o é que além de m aio r a PIO , im p lica na d im in u içã o d o s seu s valores basais. O
m argem de segurança para o paciente, pode-se atrib u ir ao is o f lu r a n o , e n tr e ta n to , p o r p r o d u z ir g ra u s m e n o re s dc
óxido nitroso m idríase em grau dependente da quantidade de hipotensão, altera a PIO de form a pouco significativa q uan­
gás adm inistrado na mistura. do com parada a seus congêneres (M IL L E R '. 1981 ).

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\1 M S \ I \ l S . .1.1 !Vcmk‘u> .uii'stCNicaMk-Min.id.is à c im rçia iK’tilar rtma«>. Itr :» /. .1. \ e t . Rt*s. a i i i m . S c i . . Sf«» Paulo. v . .\ 2 . n p . I ? ? • ISO . l'W * .

() baixo coeficiente tic solubilidade sangüínea tlt) isofluruno não é adequada, visto que seu período tlc ação é curto e em
também perm ite o estabelecim ento rápido do plano anestési­ caso em erg en cial não é possível a reversão tio seu efeito
co adequado, além île perm itir correrão quase imediata q uan­ m iorrelaxante.
do sc observa recuperarão ou aprofundam ento da anestesia,
cm mom entos m enos convenientes, listas considerações são
igualm ente válidas para o enflurano e as reações são mais CONCLUSÕKS
lentas quando o halotano está sendo utili/ado.
Parece evidente coexistirem nuanccs tlc grande interesse em
C o m o já in tro ilu /iilo . o é te r d ie tílic o n ão é ad e q u a tlo à condutas anestésicas destinadas a intervenções no. ou próxi­
m anutenção tia anestesia para procetlim cntos intra-oculares. mas. ao globo ocular. A literatura m ostra-se escassa, dificul­
em bora perm ita-se seu em prego na real i/ação tle m anobras tando a adoção tlc procedim entos e seus cotejam entos.
cxtra-oculares.
As técnicas descritas podem , além tlc reduzir o fator tle risco
Finalizando, cabe ressaltar a im portância tio uso tlc agentes tia anestesia, auxiliar o cirurgião, à m edida que se facilita o
m iorrelaxantes tle ação periférica, já que perm item m elhor acesso às estruturas a serem exploradas.
controle tia posição tio bulbo à m edida que relaxam a m us­
culatura circunvizinha à estrutura (Y O U N G et a lA 1991). Finalm ente, obriga-se esclarecer ao profissional, o respeito
Neste particular pode-sc optar pelo atracúrio ou pancurônio. ao p a c ie n te , às su a s c o n d iç õ e s c lín ic a s e a n e c e s sá ria
A opção pela galam iua deve ser encarada com reservas d ev i­ observância da farm acocinélica e larm acoilinâm ica tias dro­
do à sua capacidade tlc induzir alterações cardiocirculalórias gas. Tais prerrogativas protegem m ais que reputações, pro­
em m aior grau que outros agentes do grupo. A suecinilcolina tegem vidas.

SUMMARY

I lie aim of this work was 10 show several anesthesic managements to surgical procedures in the eye of the dogs. l or this pur­
pose. there are tliseassetl techniques that cun he used in the clinical practice by the anesthesiologist or ophthalmologist. The
paper discusses general anesthesia, dissociative anesthesia anti other techniques. The eye position, pupilar si/c. intraocular
pressure ami other reflexes are also discussed. The authors showed the advantages of the patient monitoring and induction
techniques.

UNITKRMS: Anesthesia: Kve surgery: Dogs

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