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A N E ST H F SIC TEC H N IQ U E S IN O C U LA R SU R G E R Y IN D O G S
RESUMO
•Os autores apresentam, de forma cotejativa, procedimentos anestésicos destinados a manobras cirúrgicas intra e extra-oculares
no cão. Para tanto, discutem alternativas práticas e exeqüíveis, destinadas a atualizar aqueles que militant nas especialidades
de anestesiologia e/ou oftalmologia. Amontam técnicas em anestesia geral, dissociativa e procedimentos outros. Tecem con
siderações acerca de características relativas à posição do bulbo ocular, diâmetro pupilar, pressão intra-ocular e reflexos
óculo-palpebrais. Apontam para técnicas de indução, bem como para vantagens do monitoramento do paciente.
INTRODUÇÃO
1 - Professor Assistente - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal - SP.
2 - Professor Assistente Doutor Faculdade de Ciências Agrárias c Veterinárias da UNESP. Campus de Jaboticabal - SP.
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M N I-.S . N . 1 \ l S. I I T iY n ii\iN ;i:K'sii:s ic u s d c siin ;u l;iv ;i u r iii^ K i o c u k ii n o c í m . B ra z . J . v e l . R i*s. a n im . Sei.. S ã o P a u lo . \ 3 2 . n ..v p . l ” 7- ISO. I W 5
E m bora alguns p rofissionais acreditem ser fundam ental a O diâm etro pupilar deve ser o m aior possível. A cicloplegia
d im in u iç ã o da l’l(). c iru rg iõ e s m ais e x p e rie n te s ju lg am p o d e s e r o b tid a p ejo tra ta m e n to prév io d o an im al com
necessária a m anutenção tia m esm a dentro de valores nor c o lírio s à b ase de atro p in a. O m esm o fárm aco pode ser
m ais (G E E A T T 1. 1991). pois o globo ocu lar não fica por adm inistrado m om entos antes da cirurgia por via intramus-
dem ais profundo na ca\ idade orbitária e. no caso específico cular na dose de 0.044 mg/kg.
ilas íaeectom ias. a extração do cristalino c facilitada com a
l’l ( ) em níveis normais. O utra variante para se produzir dilalação pupilar implica a
a d m in istra ç ã o d e ag e n te s tra n q ü iliz a n te s, an sio lítico s ou
a n e s té s ic o s , p ro d u to re s tio e f e ito , d e v e n d o -s e e v ita r o
CAKAC'TURÍSTICAS DESEJÁ V EIS em prego de fárm acos com ação m iólica. M aiores detalhes
são discutidos ao longo do texto.
As co n d içõ e s cm que se ap re sen ta m o g lo b o o cu lar e a
pupila são fundam entais ao bom andam ento das ciru rg ias
in tra -o ftálm ic as. A u m en ta-se a m argem de se g u ra n ça da MONITORAMENTO 1)0 PACIENTE
anestesia á m edida que dim inui-se o tem po total do ato ope-
A ab so lu ta m a io ria das an e ste sia s são m o n ito rad as, com
ra tó rio . A p o siç ã o do g lo b o o c u la r foi c la s s ific a d a p o r
re la ç ã o à p ro fu n d id a d e d o p la n o a n e s té s ic o , a tra v é s da
Y O IJNG et al> (1991) com o segue:
observação do esquem a clássico de GL EDEL. que se baseia
p rin cip alm en te na p osição do g lo b o o cu lar e no diâm etro
E x c e le n te - T o d a a có rn e a visível. N enhum a co rreç ão é
pupilar, to rnando im possível o controle da anestesia pelos
necessária.
reflexos óculo-palpebrais em cirurgias oftálm icas.
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NU NES, N.: I.A l.S . J.L . T écnicas anestésicas d estin ad as ã cirurgia o c u la r n o cão. B ra z . J . vcl. R es. a n in i. Sei.. S ào Paulo. v.32. n .3. p. 177-180. 1995.
Em pacientes hígidos perm ite-se o em prego da levom epro- O esquem a abaixo ilustra a técnica adequada à indução com
m azina ou clorprom azina na dose de 1 m g/kg ou aceprom azi- em prego de N 2O , O 2 e anestésico volátil.
na ( 0,1 m g/kg), por via in travenosa, asso ciad a ou não ao
midazolan. na dose de 0,3 m g/kg, pela m esm a via. Em an i O xigênio O xigênio
mais cujas condições clínicas não favoreçam , aconselha-se +
e v ita r f e n o tia z ín ic o s . N e ste c a s o , p o d e -s e e m p re g a r o .5 min. A nestésico volátil
diazepam na dose de I m g/kg, por via intravenosa, atentan ▼ 15 min.
do para a produção de m idríase subseqüente.
O xigênio (30% ) O xigênio (30% )
Em c|uaisquer condições evita-se a xilazina, pois a droga é ► +
produtora de bradicardia, que se adicionada às con seq ü ên + 10 m in Ó xido N itroso (70% )
cias do re fle x o ó c u lo -c a rd ía c o po d e d e te rm in a r c o m p li +
cações im portantes ao paciente. Por outro lado. o fárm aco é Ó xido N itroso (70% ) A nestésico volátil
potente produtor de m iose (M A SS O N E 2, 1988) tornando-se,
portanto, inadequado em procedim entos intra-oculares. C om a adm inistração inicial de O 2 puro, durante 5 m inutos,
é possível elim inar o nitrogênio do circuito anestésico e do
INDUÇÃO “e s p a ç o m o rto ” f is io ló g ic o , além dc p o s s ib ilita r q u e o
paciente se acostum e à presença da m áscara pouco im preg
A p esa r de e le v a re m a P IO , a q u e ta m in a e a tile ta m in a nada de odores estranhos ou irritantes.
podem ser em pregadas na indução da anestesia geral, desde
que sejam observadas a via intravenosa e as doses m ínim as O fornecim ento, em seguida, do N^O perm ite obter narcose
rec o m en d a d as. C om a té c n ic a o b se rv a -se a u m e n to tra n o suficiente para que o anim al adm ita o agente volátil. N esta
sitório da PIO, que tende à norm alidade, decorridos aproxi etapa, já se observa m idríase. D evido ao fornecim ento dc 0>
m a d a m e n te 10 a 15 m in u to s ( W Y L IE ; C H U R C H I L - em co n cen tração su p erio r à d o ar atm osférico, a m idríase
D A V ID SO N 5, 1974). tem po este suficiente para a entubação não pode ser im putada à hipóxia cerebral relacionada ao uso
endotraqueal e o estabelecim ento do plano anestésico ad e isolado do protóxido de nitrogênio (W Y L IE ; CH U R C H ILL-
quado. P rocedendo-se desta form a, ao iniciar o ato opera- DAVIDSONS, 1974).
tório o cirurgião deparar-se-á com um a PIO próxim a à nor
m a l. A o a c r e s c e r - s e a e s te s e f e ito s g ra u r a z o á v e l d e C om rela çã o ao ag en te v o látil a ser em p reg ad o , p o d e-se
midríase. obtido com o uso de agentes dissociativos. deduz- o p ta r p o r q u a is q u e r d a s d ro g a s d is p o n ív e is n o a rse n a l
se que a indução com tais fárm acos favorece o ato cirúrgico, anestésico, exceção feita ao éter dietílico. por seu poder irri
sendo, portanto, aconselhada. tante para m ucoses. dificultando a aceitação pelo paciente.
Por outro lado. o fárm aco apresenta elevado coeficiente de
A indução com o em prego de barbitúricos produz queda da s o lu b ilid a d e 110 s a n g u e , o q u e d e te r m in a p e r ío d o s de
PIO (M IL L E R \ 1981). além de m iose puntiform e, em bora indução e recuperação prolongados (M A SSO N E 2, 1988).
pouco persisten te (W Y L IE ; C H U R C H IL L -D A V ID S O N \
1974). C om o estas drogas produzem tardiam ente queda da P arece ev idente o fato de que, ao optar pela indução com
pressão arterial (M A SS O N E 2. 1988), pode-se inferir dificul a g e n te v o lá til, a d ro g a e s c o lh id a p ara a m a n u te n ç ã o d a
dade na recuperação do valor basal da PIO. Por estas consi anestesia deverá ser a mesm a.
derações. recom enda-se e v ita r b arb itú rico s na indução da
anestesia destinada a m anobras intra-oculares, em b o ra nas MANUTENÇÃO
extra-oculares seu uso seja indicado.
P o r m o tiv o s j á e x p l ic i ta d o s , to r n a - s e im p r a tic á v e l a
P e rm ite -se re c o rre r ao e m p re g o de a g e n te s a n e s té s ic o s m a n u te n ç ã o d a a n e s te s ia c o m a g e n te s d is s o c ia tiv o s .
v oláteis, asso cia d o s ou não ao ó x id o n itro so na in d u ção O u tro ssim , d e s a c o n s e lh a -s e o e m p re g o de b a rb itú ric o s.
anestésica. D eve-se, entretanto, observar que tais técnicas só Resta, portanto, a opção do em prego de agentes voláteis.
são passíveis de realização em pacientes m enos refratários à
c o n ten ção , ou n aq u e le s m ais se n sív e is à m e d ica çã o pré- A ação destes fárm acos, notadam ente os halogenados, sobre
anestésica. A v antagem do m é to d o é que além de m aio r a PIO , im p lica na d im in u içã o d o s seu s valores basais. O
m argem de segurança para o paciente, pode-se atrib u ir ao is o f lu r a n o , e n tr e ta n to , p o r p r o d u z ir g ra u s m e n o re s dc
óxido nitroso m idríase em grau dependente da quantidade de hipotensão, altera a PIO de form a pouco significativa q uan
gás adm inistrado na mistura. do com parada a seus congêneres (M IL L E R '. 1981 ).
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\1 M S \ I \ l S . .1.1 !Vcmk‘u> .uii'stCNicaMk-Min.id.is à c im rçia iK’tilar rtma«>. Itr :» /. .1. \ e t . Rt*s. a i i i m . S c i . . Sf«» Paulo. v . .\ 2 . n p . I ? ? • ISO . l'W * .
() baixo coeficiente tic solubilidade sangüínea tlt) isofluruno não é adequada, visto que seu período tlc ação é curto e em
também perm ite o estabelecim ento rápido do plano anestési caso em erg en cial não é possível a reversão tio seu efeito
co adequado, além île perm itir correrão quase imediata q uan m iorrelaxante.
do sc observa recuperarão ou aprofundam ento da anestesia,
cm mom entos m enos convenientes, listas considerações são
igualm ente válidas para o enflurano e as reações são mais CONCLUSÕKS
lentas quando o halotano está sendo utili/ado.
Parece evidente coexistirem nuanccs tlc grande interesse em
C o m o já in tro ilu /iilo . o é te r d ie tílic o n ão é ad e q u a tlo à condutas anestésicas destinadas a intervenções no. ou próxi
m anutenção tia anestesia para procetlim cntos intra-oculares. mas. ao globo ocular. A literatura m ostra-se escassa, dificul
em bora perm ita-se seu em prego na real i/ação tle m anobras tando a adoção tlc procedim entos e seus cotejam entos.
cxtra-oculares.
As técnicas descritas podem , além tlc reduzir o fator tle risco
Finalizando, cabe ressaltar a im portância tio uso tlc agentes tia anestesia, auxiliar o cirurgião, à m edida que se facilita o
m iorrelaxantes tle ação periférica, já que perm item m elhor acesso às estruturas a serem exploradas.
controle tia posição tio bulbo à m edida que relaxam a m us
culatura circunvizinha à estrutura (Y O U N G et a lA 1991). Finalm ente, obriga-se esclarecer ao profissional, o respeito
Neste particular pode-sc optar pelo atracúrio ou pancurônio. ao p a c ie n te , às su a s c o n d iç õ e s c lín ic a s e a n e c e s sá ria
A opção pela galam iua deve ser encarada com reservas d ev i observância da farm acocinélica e larm acoilinâm ica tias dro
do à sua capacidade tlc induzir alterações cardiocirculalórias gas. Tais prerrogativas protegem m ais que reputações, pro
em m aior grau que outros agentes do grupo. A suecinilcolina tegem vidas.
SUMMARY
I lie aim of this work was 10 show several anesthesic managements to surgical procedures in the eye of the dogs. l or this pur
pose. there are tliseassetl techniques that cun he used in the clinical practice by the anesthesiologist or ophthalmologist. The
paper discusses general anesthesia, dissociative anesthesia anti other techniques. The eye position, pupilar si/c. intraocular
pressure ami other reflexes are also discussed. The authors showed the advantages of the patient monitoring and induction
techniques.
2 - M A S S O N I•, I . A n e s t e s i o l o g i a v e t e r i n á r i a . 5 -W Y L IE . W .D .; C H U R C H IL L D A V ID S O N . U.C.
Anestesiologia. 3.ed. Rio tie Janeiro. G uanabara. 1974.
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6 -Y O U N G . S .S .: B A R N E T T . K .C .: T A Y L O R . PA L
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