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Nome: Alberto Jonathas Maia


Resumo: Alberto Jonathas é Doutorando em Direito pela UFPE. Mestre e Graduado em Direito
pela UNICAP. Fundador do Grupo Marco Maciel de Mediação e Arbitragem da UNICAP.
Professor de Graduação e Pós-graduação de Mediação e Arbitragem. Membro da lista de
árbitros da CAMES e CMAA ACIF. Advogado em Recife, Belo Horizonte e Brasília. Autor do
Livro: Fazenda Pública e Arbitragem: do contrato ao processo pela Editora Juspodivm.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/albertojmaia/
Instagram: @albertojmaia

Pasta Onedrive:
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Orientações: Após o preenchimento dos itens abaixo, o presente documento deverá ser salvo
em formato ".docx" e colocado na pasta do Onedrive, cujo link está indicado acima.

 Título

Escreva o título abaixo!

[O modelo multiportas e o aperfeiçoamento do sistema de justiça(Parte 2)]

 Texto (500-750 palavras):

Escreva o texto abaixo!

[Conforme destacamos ao final da coluna anterior, o acesso à justiça não significa apenas a
possibilidade de ingresso em juízo para solução de seus conflitos, na realidade, essa via é apenas
uma entre tantas que podem, cada uma a seu modo, propiciar uma solução definitiva dos
conflitos.
São diversos os mecanismos de solução de disputas. Metologiamente podemos dividi-los em
autocompositivos e heterocompositivos. No primeiro grupo há um vies nitidamente consensual
como a conciliação e mediação. Nesses mecanismos a decisão é construída pelas própria partes a
partir de um auxílio mais ou menos intenso de um profissional. No segundo grupo podemos
encontrar a adjudicação, a arbitragem e também os dispute boards. Ao contrário do primeiro
grupo existe uma decisão imposta por um terceiro.
Além desses, já é possível notar o desenvolvimento de práticas colaborativas em que sequer
existe um terceiro elemento na relação conflitousa. É o caso da negociação direta, conforme a
doutrina explica nesse caso há uma utilização de mediação sem mediador em que "uma ou
ambas as partes modificam suas exigências até alcançarem compromisso aceitável para ambas"
com efeito, "desponta como uma forma comum de solução de disputas, sendo realizada de modo
informal entre os próprios interessados ou envolvidos ou entre seus advogados ou
representantes"1
Como se nota o Poder Judiciário é apenas mais uma alternativa, tornando a expressão "meio
adequados" de solução de conflitos a expressão mais acertada a ser utilizada pelos profissionais
que vêm ou que pretendem a vir a atuar nessa área. É uma mudança de postura e de visão que o
mercado vem exigindo.
Foi, aliás, o que apontaram Arnoldo Wald e Andre Gomma:
"Escritórios de advocacia precisam alterar suas atividades contenciosas substituindo-as pela 
advocacia resolutiva: aquela baseada em análises objetivas de probabilidade de êxito,
identificação apropriada de interesses reais das partes, criação de valor em razão de abordagens
integrativas, auxílio com a escolha procedimental adequada baseada em critérios objetivos
referentes aos diversos processos de resolução de disputas e apoio às partes no desenvolvimento
de competências emocionais que permitam o distanciamento de escolhas baseadas em paixões
ou posições irracionais"2.

Sobre esse ponto, argumenta-se que há uma quantidade de processo e uma litigiosidade
exacerbada que compromete a eficiência da prestação da justiça. Entre as causas destacam-se a
ausência de uma cultura jurídica que promova os meios extrajudiciais de solução de
controvérsias. Mas, como promover as soluções para os litígios por outros meios, que não o
contencioso judicial, se não há uma visão correta sobre tais meios? É que pretendemos abordar
nessa coluna.
Cappelletti e Garth instruem que além de um novo arranjo processual e a simplificação da
prestação de serviços jurídicos é necessário ainda a “utilização de mecanismos privados ou
informais de solução de litígio”3. Os mecanismos não contenciosos que se destacam, tanto no
âmbito prático quanto em estudos doutrinários são a conciliação, mediação, negociação e
arbitragem
Os fundamentos da orientação para a resolução de conflitos de cunho não judicial e litigiosa não
deixa de ser um meio de acesso à justiça. Essa orientação dada por Cappelletti e Garth encontra
reflexos logo no artigo exordial da resolução n.º 125 do CNJ n.º 125, recentemente alterada
Resolução nº 326, de 26.6.2020, o qual institui a “Política Judiciária Nacional de tratamento
dos conflitos de interesses, tendente a assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por
meios adequados à sua natureza e peculiaridade”.
Como se observa, é reconhecida a necessidade de observar o conflito a partir de pelo menos dois
pontos de vista: o das partes e do natureza do conflito. O que se pretende, na realidade, com a
Resolução n.° 125 do CNJ é dar o tratamento adequado4 e definitivo para solução de conflitos,
sem, necessariamente, haver a judicialização.
1
CUNHA, Leonardo Carneiro da.; CABRAL, Antonio do Passo . Negociação direta ou resolução colaborativa de
disputas (collaborative law): 'Mediação sem mediador'. Revista de Processo, v. 259, p. 471-489, 2016.
2
Disponível em < https://www.conjur.com.br/2018-mai-13/opiniao-escritorios-aposentar-grupos-contenciosos>
3
CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryan. Acesso à justiça. Trad. Ellen Graice Northfleet. Porto Alegre: Fabris, 2002. p.
71.
4
A teoria da arbitragem seguindo a linha de Carmona trata de formas adequadas, ou seja, a melhor forma de
solução de conflitos. Hoje se considera inadequado se falar em meios alternativos. É nessa linha de raciocínio que
foi editada a resolução do CNJ. Cf. CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo: um comentário a lei
9.307/96. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
De fato, é importante ainda destacar que numa sociedade heterogênea e globalizada, com uma
infinidade de relacionamentos pessoais, comerciais e sobretudo jurídicos, o conflito sempre
estará presente. Conforme aponta Andrade:
(...) quando a sociedade passa a comunicar-se – política, econômica, social, cultural e
individualmente – em tempo real e em dimensão planetária, através das redes mundiais dos
computadores e outros meios de comunicação disponíveis, por cima inclusive do Estado e de
suas instituições (...) os mecanismos tradicionais de controle, mediação e de resolução de
conflitos tornam-se irremediavelmente superados5.
Pode-se observar com tudo que foi dito que parcela significativa dos litígios poderia ser evitada
ou solucionada por meios adequados e não necessariamente judiciais levando em consideração a
natureza do conflito, as necessidades das partes e peculiaridade do caso concreto.
Enfim, o conflito é o principal instrumento de reflexão sobre justiça e resolvendo-o adequada
podemos aperfeiçoar não apenas como profisisonais mais como pessoas em sociedade..
Cada um dos meios enseja uma análise específica. E, assim sendo, na próxima coluna
abordaremos a conciliação mais conhecida e ainda muito mal utilizada.
]

 Descrição (50 – 80 palavras):

Escreva abaixo a descrição. Apesar de breve, ela servirá para introduzir ao leitor um pouco do
que ele encontrará no texto.

[O modelo multiportas surge a partit da visão de que cada conflito tem um mecanismo
adequado para solucioná-lo. A resolução n. 125 do CNJ reflete bem essa visão. Diante da
constatação que o Poder Judiciário é apenas mais uma alternativa dentre tantas para a solução
dos conflitos pode-se avançar nas reflexões sobre o nosso sitema de justiça. Sendo assim,
mecanismos autocompositivos e heterocompositivos devem ser utilizados de forma racional e
levando em consideração a natureza do conflito, as necessidades das partes e as peculiaridades
do caso concreto.
]

 Hashtags (02 – 05 hashtags):

Assim como na descrição, as hahtags devem guardar relação com o assunto abordado no texto.

[Exemplo: #modelomultiportas #resolução125CNJ #acessoajustica #conflitos]

5
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de. Direito do Trabalho e Pós-Modernidade: fundamentos para uma teoria
geral. São Paulo: Ltr. 2005. p. 168.

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