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Cidadania

e

POR LUIZ GOMES DE MOURA
SUMÁRIO

03 Capítulo 04 - Fé: Tão pequena e tão grande


06 Capítulo 05 - Uma viagem ao mundo dos símbolos

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Capítulo 04 - FÉ: TÃO PEQUENA E TÃO GRANDE
Fé é uma palavra bem pequena, aliás, pequenina, mas muito carregada de rico significado
e de sentidos variados. Lembro que alguém falou que ia jogar na sena da loteria esportiva e
seu colega logo acrescentou: Você bota fé? Já outra pessoa, com um parente em precário
estado de saúde em UTI de hospital, expressava: Tenho fé e entrego esse caso a Deus.

No dia 8 de dezembro alguém observava um fiel subindo de joelhos, o Morro da Concei-


ção, e arrematou de chofre: Olha o tamanho da fé do camarada!

Numa aula de teologia, o professor dizia que um fenômeno pode ser observado de formas
diferentes. A chuva que cai pode ser vista como um fenômeno meramente natural. Um
olhar sob a ótica da fé pode ser compreendido como sobrenatural; a pessoa que olha
com os olhos da fé enxerga Deus agindo; vê na chuva que cai a ação de Deus. A fé é
vista sob diversos aspectos. Quando se fala de fé, de que forma vamos compreender? O
que é fé? Todos têm fé? E todos têm fé da mesma forma?


Quando se fala em fé, as pessoas muito religiosas de imediato lembram logo da citação
de hebreus 11,1, quando diz: “A fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio
de demonstrar as realidades que não se vêem”.
É uma citação bíblica que antecede as narrativas de fé de figuras do Antigo Testamento
de fé comprovada. A Bíblia apresenta o conceito de fé e exemplifica com a vida dos pa-
triarcas Noé, Enoque, Abraão e outros. É normal que a Bíblia proceda assim, porque ela é
um livro de fé, foi escrito por pessoas de fé e para pessoas de fé.
Para nos ajudar a responder o que seja fé, evoquei um estudioso, alguém que pudesse descom-
plicar o que parece complicado. O teólogo, filósofo, psicólogo, escritor e músico Rubem Alves es-
creveu um pequeno tratado “O que é religião”, e no capítulo final – aposta – nos dá boas intuições
para responder a esta pergunta, sem complicação. Para ele, fé é aquela dimensão humana capaz
de dar sentido à vida. É algo que se experimenta emocionalmente, sem que se saiba explicar ou
justificar; é algo que nos ocorre de forma inesperada e não-preparada, como uma brisa suave que
nos atinge, sem que saibamos donde vem nem para onde vai, e que experimentamos como uma
intensificação da vontade de viver a ponto de nos dar coragem para morrer, se necessário for, por
aquelas coisas que dão à vida o seu sentido. É uma sensação inefável de eternidade e infinitude,
de comunhão com algo que nos transcende, envolve e embala. Entender fé assim é declarar que
vale a pena viver apesar de toda adversidade. Que é possível ser feliz e sorrir.
Fé é crer, acreditar, correr risco, sonhar ou apostar (daí o título do capítulo) que tudo não é
pura ilusão, mas verdade que me faz lutar para ser feliz.
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Fé tem a capacidade de munir a pessoa de esperança; a esperança é aquela virtude cristã
que age como um motorzinho que empurra a gente para frente; sempre para frente. Ai de
quem não tem esperança! Esvazia-se por completo; desaparece a dimensão do humano.

Conheço um caso de alguém que chegou aos 60 anos e sem esperança não quis ser um
peso para ninguém; escreveu um bilhete explicando sua decisão e foi encontrado morto
no dia seguinte, por decisão própria. É o fim de quem não tem esperança. O pensador
Leonardo Boff arremata: “O grande pensador socialista peruano José Carlos Mariátegui
escreveu ainda em 1925: ‘quem faz a história são as pessoas possuídas e iluminadas por
uma crença superior, por uma esperança sobre-humana’. Esta esperança nos falta nos dias
atuais. E contudo, devemos viver e continuar a labuta onerosa da vida” (BOFF, 2008, p 119).
Antes questionava: Podemos ainda esperar? De que fonte beber sentido para a vida?
Fé tem a capacidade de fazer a pessoa sonhar. Ai de quem não sonha! O sonho também
tem essa capacidade de empurrar a gente para frente. Por que você está na faculdade?
Por que apesar de tudo, insiste em concluir o curso? Porque sonha. O sonho tem essa ca-
pacidade de dar força, ânimo para lutar e superar os desafios.
Por falar em sonho quem nos pode ajudar a compreender bem o que seja fé é um artista
da MPB, Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, quando escreveu em “Nunca pare de so-
nhar”, “fé na vida, fé no homem, fé no que virá, nós podemos tudo nós podemos mais”.
Nunca pare de sonhar
Ontem um menino
Que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo
Que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar
Nunca se entregue
Nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será

Música De Gonzaguinha – Nunca Pare De Sonhar

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Todo exemplo é sempre falho, mas não deixa de ser ilustrativo. Vou convidar um de vocês, pôr
uma venda nos olhos de tal forma, com a total impossibilidade de ver qualquer coisa. Agora o
tomo pela mão e o conduzo ao 5º andar do prédio, que é a parte mais alta da faculdade. De
repente o coloco numa parte estratégica desse andar, solto sua mão e digo:
Agora pode saltar que você encontrará chão com toda segurança.
Se você tem fé na minha palavra, saltará e nada lhe vai acontecer. Salta? Isso é fé. Aliás,
“fé de Abraão”, de que fala a Carta de Hebreus 11, já citada acima.
Rubem Alves, ao falar dessa realidade complicada, apela para uma parábola que pode ser
muito ilustrativa: É sobre um punhado de rãs que viviam dentro de um buraco fundo. Haviam
nascido lá, nada conheciam sobre o mundo de fora. Pensavam que seu buraco escuro e
malcheiroso era o universo. E estavam muito felizes. Até que um pintassilgo entrou lá dentro
e começou a trinar canções sobre o maravilhoso mundo de fora. As canções do pintassilgo
provocaram um rebuliço. A paz do mundo das rãs foi perturbada pelas ideias novas. As rãs
românticas acreditaram, começaram a sonhar e a fazer planos para sair do buraco.
A revelação de um “mundo lá fora” tornou aquela vida diferente e carregada de significado
capaz de lutar pela conquista desse novo mundo. Leonardo Boff nos ajuda dizendo e diferen-
ciando a fé e religião. Segundo ele, “a religião é concreta. Possui credo, moral, teologia, santos
e santas, hierarquia, templos, festas, ritos e celebrações (…). A fé é o encontro vivo com Deus;
não valem as normas. Emudecem as palavras. Cessam as imagens e empalidecem as cele-
brações (...) Tudo fica numinoso” (BOFF, 1998, p.88)
Religião não deve se confundir com Igrejas ou instituições religiosas mas essas devem ajudar as
pessoas a discernirem e orientarem melhor sua fé. Pessoas como Martin Luther King, Mahatma
Gandhi e D. Hélder Câmara, apenas para citar algumas, são exemplos grande de fé. Fé que
fez Martin Luther King lutar até a morte contra a segregação racial na comunidade norte-ame-
ricana; fez Mahatma Gandhi morrer para alcançar a independência do povo indiano contra
o domínio inglês. Fez D. Hélder Câmara correr o mundo denunciando os horrores da Ditadura
Militar aqui no Brasil.

Martin Luther King Mahatma Gandhi D. Hélder Câmara

Foto retirada do site: http://mlkcommission.dls.virgin- Foto retirada do site: https://en.wikipedia.org/wiki/ Foto retirada do site: http://www.onordeste.com/
ia.gov/mlk.html Mahatma_Gandhi onordeste/enciclopediaNordeste
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Capítulo 05 - UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SÍMBOLOS
Uma forma de conceituar
Símbolo é algo que você vê, que significa algo que você não vê, mas
sabe. Quando se olha para a mão de um casal pode-se ver ouro que
envolve um dedo; é um material que adquiriu um valor simbólico; é uma
aliança. Vê-se ouro, mas significa que a pessoa que carrega aquele obje-
to de valor simbólico é casada ou noiva. O símbolo se coloca na dimen-
são do significado, e não na dimensão do verdadeiro ou falso. Diante do
símbolo você tem que perguntar o que significa, e não se é falso ou ver-
dadeiro. Dois pedacinhos de pau, um cruzando sobre o outro, adquirem
um valor simbólico; já não são simplesmente paus; são dois pedacinhos
de paus em forma de cruz. É uma cruz. Quem carrega no peito uma cruz
quer manifestar algo: “sou cristão!”, olhe o símbolo! O símbolo é eloquente, fala sem dizer nada.
Quem vê sabe! Basta ver. Quem aparece vestido com a camisa de seu clube não precisa dizer
nada; todos compreendem. Eu vejo pano, mas é um clube: Náutico, Sport ou Santa Cruz. Isso é
o símbolo. Símbolo não deixa de ser um objeto; é objeto sim, mas carregado de valor.
Lembrei-me de um caso que pode ilustrar muito bem o valor que o símbolo possui. Na dé-
cada de 80 ou 90 aconteceu no centro do sul do país um caso singular. No dia de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, um pastor de uma igreja cristã, falando para seus
fiéis, tomou uma imagem da santa, chutou e disse diante dos fiéis e da TV: “Estão vendo? Eu
estou chutando gesso”. Isso causou um reboliço muito grande em todo o Brasil. Os católicos
se revoltaram e exigiram reparação; o pastor foi afastado da igreja e enviado a outro local.
O que aconteceu? O pastor estava correto? Objetivamente o pastor estava correto; o
que ele estava chutando era mesmo gesso. O problema é que ele não se deu conta
que o gesso que chutava era carregado de valor simbólico. Não era simples gesso; era
Maria, a Mãe de Deus; qualquer imagem tem valor simbólico. O gesto do pastor tocou no
âmago de toda a população católica do país, de forma desrespeitosa. Qualquer símbolo
deve merecer respeito. Você não pode tocar fogo na camisa do time adversário ou na
bandeira do país que você não simpatiza.
Um exemplo que vem do sertão
O ‘preto’ foi tradicionalmente compreendido por nossa cultura como símbolo de morte,
mas nas grandes cidade e centros desenvolvidos o ‘preto’ perdeu seu valor simbólico e
adquiriu valor de moda. Mas não é assim no interior; lá o preto continua com seu valor
simbólico tradicional. Veja esse exemplo que vem do sertão:
No sertão quem se veste de preto é sinal que morreu alguém muito próximo da família.
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Vejo a roupa preta, mas significa morte. Certa vez via-
java de Petrolândia para Floresta; no caminho o carro
baixou o pneu e tivemos que consertar em Floresta.
Havia dois rapazes no atendimento, cada um trazen-
do na parte externa do bolso uma tarjeta preta. Não
tive dúvida, dirigi-me aos dois perguntando quem ha-
via morrido. A resposta veio de imediato: - Nosso pai. Foto retirada do site: http://thedailyheckle.net/lifestyle/7-rea-
sons-never-drink-funerals

O símbolo é eloquente; tem a capacidade de falar por si mesmo, sem dizer nada. O
símbolo tem a capacidade de tornar um objeto diferente dos outros. A Bíblia é um livro
como qualquer outro, mas é também diferente. Quem o tornou diferente? Ela carrega
um valor simbólico que os demais livros não têm. Pelo fato de ser Bíblia não vai deixar de
queimar se tocarem fogo.
Veja este exemplo que tenho em minha casa. Certa vez estive na casa de meus pais
em Juazeiro do Norte. No quintal havia um pé de cidreira, teimando em sobreviver, pois
ninguém cuidava dele. Movido de compaixão, arranquei com cuidado uma muda,
molhei e pus estrume e trouxe para minha casa na Cidade Universitária, em Recife. Com
muito carinho cuidei dele, que cresceu e ficou bonito no quintal. Diariamente, quando via,
lembrava de minha família, distante 700 km, em Juazeiro.
O símbolo tem também a capacidade de tornar presente o
ausente (os símbolos da ausência). O que não falta na Cidade
Universitária é cidreira nos terrenos baldios. Para mim só aquele
era carregado de valor especial. Certo dia resolvi aumentar a
casa. O quintal deveria desaparecer. Resolvi levar a plantinha
para um pequeno sítio que possuía em Pombos. Plantei junto
a um pequeno rego por onde passava água. Tornou-se uma
verdadeira floresta de cidreira. Quinzenalmente, quando ia a
Pombos, tornava a ver meus parentes, a casa de meus pais
presentes naquela planta. Em Pombos há cidreira por todo
lado. Para mim, só aquele pé tinha valor especial. Vendi, ou
Foto retirada do site: http://www.fazfacil.com.
melhor, dei a uma parenta a casa de Pombos. Hoje moro em br/jardim/capim-limao-erva-cidreira/
Aldeia, onde não falta cidreira, mas tive que providenciar
uma muda de Pombos para perpetuar a memória onde moro. Até hoje, diariamente
contemplo o pé de cidreira que torna presente minha casa de Juazeiro e os familiares.
Em Juazeiro do Norte, cidade muito religiosa, grande parte da população se veste de preto
no dia 20 de qualquer mês; é que no dia 20 de julho morreu Pe. Cícero, um personagem míti-
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co da cidade. Na época em que morei lá e saia pelas ruas da cidade via as pessoas de preto,
então tomava consciência: Ah! Hoje é dia 20! E acertava de cheio, realmente era dia 20.
No Colégio Salesiano, onde trabalhava, a farda dos alunos
era liberada. Se não fosse assim, muitos não viriam para as
aulas. Um panorama inusitado dentro dos muros escolares:
muitos alunos de farda e muitos alunos vestidos de preto, in-
clusive para fazer educação física. Os alunos em cidades do
interior levam a sério os símbolos. Em Juazeiro, o preto no dia
20 de qualquer mês torna o ausente presente; torna presente Foto retirada do site: http://www.jcnet.
o padrinho (meu padrinho Pe. Cícero). com.br/Nacional/2015/12/igreja-catol-
ica-devolve-direitos-sacerdotais-a-pa-
dre-cicero.html
Relembrando, o símbolo tem essa
capacidade de tornar PRESENTE o ausente. No altar vejo
simplesmente pão, mas é muito mais que pão, é o corpo do
Senhor; vejo vinho, sinto sabor de vinho, mas é muito mais que
vinho, é o sangue do Senhor; é uma comida, é uma bebida,
carregadas plenamente de valor simbólico.
Foto retirada do site: http://paroquiabompastor-
Em O Pequeno Príncipe, livro de Antoine de Saint Exupéry, há
betim.blogspot.com.br/2015_05_09_archive.html

uma passagem fantástica que ilustra a importância do símbolo.


Quando a raposa está conversando com o pequeno príncipe, chega a hora da despedida. É
dramático esse momento, pois os dois são amigos e agora vão se separar. Então a raposa diz:

Foto retirada do site: http://livrocast.com.br/resenha-o-pequeno-principe/

“Seus cabelos se assemelham aos pendões dos trigais; quando eu vir os trigais balançando
sob o vento eu lembrarei de você”.
Ver os trigais no final da tarde é como ver o amado; o trigo torna presente o Pequeno
Príncipe. O trigo não é o Pequeno Príncipe, mas é como se fosse. O símbolo tem essa
capacidade de tornar presente o ausente.
Para o símbolo não vale perguntar se é certo ou errado; para o símbolo é necessário saber
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o que significa. O que significa o pão na Eucaristia? O que significa a cruz de madeira ou
metal que alguém carrega dependurada no pescoço ou a aliança no dedo da mão direi-
ta? E aquela vestimenta usada pelas mulheres religiosas (hábito de freira)? O que significa?
O mundo religioso é, de certo modo, dominado por coisas e objetos materiais envolvidos
de valor simbólico, tornando-se objetos sagrados; por isso, no mundo religioso, o símbolo
só pode ser compreendido na ótica de um olhar especial: o olhar da experiência religiosa;
olhar da experiência de fé.

O que diz Leonardo Boff


O teólogo e escritor Leonardo Boff, em seu tratado sobre o ‘Despertar da águia’, assim se
expressa sobre o símbolo (aqui descrevemos com pequenas adaptações):
“Expliquemos, antes de mais nada, o termo sim-bólico. Sua origem filológica se encontra
no grego clássico. Sim-bolo/ sim-bólico provém de symbállein ou symbállesthai. Literalmen-
te significa: lançar (bállein) junto (syn). O sentido é: lançar as coisas de tal forma que elas
permaneçam juntas. Num processo complexo, significa re-unir as realidades, congregá-las
a partir de diferentes pontos e fazer convergir diversas forças num único feixe.
Originalmente existia por detrás da palavra e do conceito símbolo (symbolos) uma ex-
periência singular e curiosa: dois amigos, por conjunturas aleatórias da vida, têm que se
separar. A separação é sempre dolorosa. Implica sentimento de perda. Deixa muita sau-
dade para trás. Assim, os dois amigos tomavam um pedaço de telha e cuidadosamente
o partiam em dois, de tal modo que, juntados, se encaixavam perfeitamente. Cada um
carregava consigo o seu pedaço. Se um dia voltassem a encontrar-se, mostrariam os pe-
daços que deveriam encaixar-se exatamente. Caso se encaixassem, simbolizava que a
amizade não se desgastou nem se perdeu. Era o símbolo (eis a palavra), vale dizer, o sinal
de que, apesar da distância, cada um sempre conservou a memória bem-aventurada do
outro, presente no caco bem cuidado de telha.
Deste significado originário de sím-bolo derivou-se naturalmente o outro: símbolo, como sinal de
distinção. Cada país, cada cidade, em certa época, cada família de algum renome, e hoje,
cada produto, tem sua marca registrada, seu logotipo e seu símbolo. Até na religião penetrou
essa significação. Para a teologia cristã, por exemplo, cunhou-se a expressão técnica símbolo
da fé para expressar o credo e os dogmas fundamentais. Eles são os sinais de distinção, a
marca registrada da fé cristã, diferente de outras formas de fé.
Como se pode facilmente depreender: a vida pessoal e social é urdida pela dimensão sim-
-bólica. Em nível pessoal, é feita de amizades, de amores, de solidariedades, de uniões e de
convergências. Na vida social há convivência pacífica, pactos de solidariedade e conver-
gências políticas em vista do bem comum das nações e do planeta”. (BOFF, 1998, p. 08)
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