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ANEXO I

Características dos Equipamentos


Multiplexadores PCM30

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INDICE

1 Características dos Equipamentos Multiplexadores PCM30.............................................. 3


1.1 Multiplexador PCM30 ...........................................................................................3
1.2 A Unidade Central ...............................................................................................4
1.2.1 Unidades de Assinantes - Canais de Voz ..........................................................6
1.2.2 Unidades de Assinantes - Canais de Dados ..................................................... 12

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1 Características dos Equipamentos Multiplexadores PCM30


Agora que já sabemos os detalhes da tecnologia PCM, estudaremos sobre as principais
características encontradas nos equipamentos que trabalham com essa tecnologia.

Nessa parte do curso tomaremos conhecimento a respeito dos seguintes pontos:

 Características dos equipamentos multiplexadores


 Tipos de equipamentos
 Interfaces de assinantes de voz e dados mais comuns encontradas no mercado

Existem hoje no mercado diversos tipos de equipamentos multiplexadores PCM, de diversos


fabricantes e com as mais variadas configurações, portanto nos prenderemos as características
básicas existentes em todos os equipamentos.

1.1 Multiplexador PCM30

Podemos dizer que um equipamento multiplexador PCM é composto por:

 Sub-bastidor,
 Interfaces de assinantes (voz e/ou dados)
 Unidade Central ou interface de controle/multiplexadoras (64k/2M)

Figura 1 – Equipamento multiplexador PCM-30

As unidades centrais podem fornecer de um a vários sinais de 2Mbps dependendo de sua


complexidade. O mesmo acontece com as unidades de assinantes que podem fornecer de um
até vários canais em uma mesma unidade.

A seguir iremos conhecer um pouco mais sobre cada uma das unidades.

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1.2 A Unidade Central

A unidade central é a responsável pela multiplexação/demultiplexação e pela formação do


quadro de pulsos de 2048 kbps, bem como controle e supervisão do sistema. Em alguns
equipamentos as unidades de supervisão podem ser interfaces a parte. A unidade central
também é responsável pelo sincronismo do sistema, o qual pode ter várias fontes.

Conforme comentamos existem no mercado vários modelos de equipamentos multiplexadores


PCM com as mais diversas capacidades. As unidades centrais podem fornecer de um a vários
sinais de 2Mbps dependendo de sua complexidade.

No lado da transmissão ela recebe as palavras códigos (8 bits) de cada um dos canais de
assinantes e forma o quadro de pulsos, colocando cada palavra no seu devido lugar (time-slot).
Ela também é a responsável por gerar a palavra de alinhamento de quadro, a palavra de
serviço, o multiquadro CRC-4 e também o multiquadro de sinalização no time-slot 16.

Figura 2 – Lado transmissão no multiplexador PCM

No lado da recepção ela recebe o quadro de 2048 kbps e deve retirar as palavras de 8 bits de
cada um dos time-slots e entrega-las aos respectivos canais. Também deve ser capaz de
reconhecer a palavra de alinhamento de quadro, a palavra de serviço, verificar o CRC-4 e
interpretar o multiquadro de sinalização.

Figura 3 – Lado recepção no multiplexador PCM

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É claro que para que a unidade central saiba a relação existente entre os time-slots e os canais,
ela deve antes ter sido programada ou configurada.

Existem unidades que são capazes de fazer uma alocação dinâmica dos time-slots, ou seja, a
unidade é capaz de perceber qual time-slot está desocupado no momento e autoconfigurar-se
para que um determinado canal utilize esse time-slot durante uma ligação, liberando-o após
sua utilização.

Por exemplo, quando o assinante do canal 01 (um) retira o fone do gancho para fazer uma
ligação, a unidade aloca o time-slot 18 para essa ligação, pois era esse o time-slot livre no
momento. Em outro momento, o mesmo assinante do canal 01 (um) deseja fazer uma nova
ligação, só que nesse momento o time-slot que está livre é o 11 (onze). Nesse momento a
unidade central faz a conexão do assinante 01 (um) com o time-slot (onze).

Figura 4 – Multiplexador com alocação dinâmica de time-slot

Já em outros tipos de equipamentos é necessário que o operador insira essa configuração.


Dessa forma ele atribui uma configuração à unidade central onde, por exemplo, o canal 01
(um) sempre será correspondente ao time-slot 01 (um), o canal 02 (dois) ao time-slot 02
(dois) e assim sucessivamente. Em qualquer momento que esse assinante deseje falar o time-
slot reservado para seu uso estará livre. Esse tipo de comportamento é chamado de alocação
estática ou fixa dos time-slots.

Figura 5 – Multiplexador com alocação estática de time-slot

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Muitas vezes a unidade central também é a responsável pela supervisão do multiplexador,


fornecendo uma interface de comunicação com o software de supervisão do equipamento.
Através do software de supervisão o operador pode realizar todas as configurações para manter
o sistema em operação.

Figura 6 – Conexão do multiplexador com software de supervisão

1.2.1 Unidades de Assinantes - Canais de Voz

Como sabemos os sinais de voz que enviamos para o multiplexador estão na forma analógica.
Também já estudamos que os sinais analógicos devem ser convertidos em palavras digitais
para então serem multiplexados no tempo.

As unidades de assinante para canais de voz são as responsáveis pela transformação do sinal
analógico em palavras digitais. Para isso elas devem ser capazes de realizar todas as etapas
que estudamos no início do capítulo, a saber:

 Amostragem (fa = 8kHz),


 Quantização (curva de 13 segmentos) e
 Codificação.

Uma vez que as amostras do sinal são transformadas em palavras digitais de 8 bits, a unidade
de assinantes entrega esses bits para a unidade central, que então realiza a multiplexação.

As unidades de canais de voz são utilizadas principalmente para a conexão de telefones e


centrais privadas (Pabx). Para cada tipo de interligação existe um tipo de placa de assinante
correspondente. Como exemplo podemos citar:

 Unidade de Canal de Voz a 2 Fios – Lado Assinante e Lado Central


 Unidade de Canal RDSI
 Unidade de Canal de Voz a 8 Fios

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Unidade de Canal de Voz a 2 Fios:

Normalmente os telefones são conectados às centrais telefônicas através de uma interface a 2


fios (fio a e fio b). Para realizar essa conexão dos assinantes com a centrais são utilizadas as
unidade de voz a 2 fios. Para entendermos o funcionamento das unidades de voz a 2 fios
vamos acompanhar os exemplos a seguir.

A maneira mais fácil de conectarmos os telefones dos assinantes com as centrais telefônicas
seria realizando uma conexão direta entre o telefone e a central. Veja a figura abaixo.

Figura 7 – Ligação entre assinante e central

No entanto esse tipo de ligação na maioria das vezes não é viável na prática. Primeiro pela
distância alcançada que é de apenas 5,0 Km (em média), o que limita o acesso aos serviços de
telecomunicações aos assinantes que se encontram dentro dessa região.

Outro ponto negativo é a enorme quantidade de interligações necessárias para o atendimento


de todos os assinantes. Imagine o cenário onde uma empresa tenha comprado o acesso para
30 canais telefônicos. A operadora nesse caso teria que lançar a cabeação para 30 canais
telefônicos (ou seja, 60 pares de fios) conectando essa empresa até a central telefônica. Se
estendermos essa situação para grandes escalas, podemos perceber que o custo envolvido
alcançaria casas astronômicas.

Para solucionar esses problemas as operadoras utilizam os equipamentos PCM30 com as


interfaces de voz a 2 fios. Assim sendo, os assinantes serão interligados com o equipamento
multiplexador e esse fará a conexão do assinante com a central.

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Um exemplo simples e muito comum de ser encontrado no mercado é a interligação do


assinante conforme a figura abaixo. No exemplo o assinante está conectado a uma interface de
voz a 2 fios da central pública ou privada.

Figura 8 – Conexão de assinante com central através do multiplexador PCM30

Com podemos ver o assinante ‘A’ está conectado a central telefônica através de um par de
equipamentos multiplexadores. Nesse tipo de configuração os multiplexadores deverão atuar de
forma transparente tanto para a central quanto para o assinante. Isso significa dizer que do
ponto de vista do assinante os multiplexadores deverão fazer o papel da central e do ponto de
vista da central os multiplexadores deverão atuar como se fossem os assinantes.

Assim sendo o multiplexador PCM ligado diretamente ao assinante ‘A’ deverá estar equipado
com uma unidade de voz a 2 fios lado assinante. Além da conversão analógico-digital do sinal
de voz do assinante essa unidade também deve ser capaz de converter a sinalização do time-
slot 16 para uma forma que o telefone do assinante ‘A’ entenda e vise—versa.

Já no equipamento conectado a central devemos ter uma unidade de voz a 2 fios lado central.
Essa unidade deverá realizar o papel do assinante para a central. Para isso ela deve ser capaz
de converter a sinalização no time-slot 16 para uma forma que a central telefônica
compreenda.

Para entendermos melhor essa situação vamos acompanhar o que acontece quando o assinante
‘B’ (conectado a central) deseja realizar uma ligação para o assinante ‘A’ (conectado ao
multiplexador).

1. A primeira coisa que o assinante ‘B’ faz ao tirar o fone do gancho é discar o número do
telefone do assinante ‘A’.

2. De posse dessa informação, a central telefônica irá procurar pelo assinante ‘A’ e assim
que encontrá-lo vai enviar o sinal de “ring” (tom de toque) para o telefone de ‘A’.

3. Mas acontece que quem está conectado com a central é a unidade de voz lado central.
Logo essa unidade irá receber essa sinalização (tom de toque) e deverá enviá-la para a
unidade de voz lado assinante.

4. Esse comando de toque deverá ser codificado (pela unidade de voz lado assinante) e
inserido no time-slot 16 (pela unidade central do multiplexador).

5. Através do time-slot 16 ele é transmitido para a outra ponta do circuito. A unidade


central do outro multiplexador retira essa informação do time-slot 16 e envia para a
unidade de voz lado assinante.

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6. Nesse momento, a unidade de voz lado assinante interpreta essa informação e a


converte para a sinalização na forma que o telefone compreende, inserindo uma
corrente de toque no par metálico (fio a e fio b).

7. Quando o assinante ‘A’ atende ao telefone todo o processo é recomeçado. A unidade


lado assinante envia a informação de atendimento para a unidade lado central. Essa
unidade comunica essa nova situação para a central telefônica, fechando o circuito de
comunicação entre os dois assinantes.

Conforme comentamos todo esse processo deve ser realizado de forma transparente para os
assinantes envolvidos, pois nesse caso os multiplexadores estão funcionando apenas como um
meio de transmissão conectando o assinante com a central.

Unidade de Canal RDSI:

A tecnologia RDSI possibilita o uso de avançados recursos para transmissão simultânea de


dados, voz, imagem e vídeo. Nesse tipo de serviço o usuário é conectado a central através de
uma linha digital e um modem especial (NT), utilizando a associação de dois canais para
alcançar taxas de transmissão de até 128 Kbps.

Algumas particularidades do serviço RDSI são:

 Acesso simultâneo a duas linhas telefônicas, podendo utilizar o telefone e acessar a


internet ao mesmo tempo.
 Transmissão de dados com velocidade de até 128 Kbps.
 Videoconferência com alta qualidade.
 Estabelecimento de chamadas mais rápido.
 Melhoria no sigilo telefônico, proporcionada pela tecnologia digital.

Uma outra particularidade desse tipo de assinante é que a conversão de analógico para digital
não é mais feita pela unidade de assinante, pois essa conversão já é realizada no próprio
equipamento do assinante.

Dessa forma quando temos assinantes de voz digitais (RDSI – Rede De Serviços Integrados)
devemos utilizar unidades de assinantes especiais. Um exemplo de interligação de um
assinante RDSI é mostrado abaixo.

Figura 9 – Interligação de assinante RDSI

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Como podemos observar na figura acima o acesso ao serviço telefônico no assinante é


fornecido pelo NT (Network Termination). Esse equipamento pode fornecer ao assinante até
dois canais de 64 kbps.

Normalmente os equipamentos RDSI são disponibilizados com uma interface de comunicação


chamada S/T. No entanto a comunicação com as unidades de assinantes RDSI é feita através
de uma interface chamada Uko, que tem como uma de suas principais características fornecer
um alcance bem maior do que a interface S/T. Logo o equipamento NT é o responsável por
realizar a conversão dos sinais entre a interface S/T e a Uko.

Quando o assinante está utilizando os serviços (voz e/ou dados) o N/T converte os sinais
recebidos (voz/dados e sinalização) para o padrão da interface Uko e os envia para a unidade
de assinante RDSI. Essa unidade deve então ser capaz de separar os sinais recebidos e
entregá-los para a unidade central que será a responsável por inserir os sinais nos time-slots
específicos do quadro de pulsos que será transmitido até a central.

Unidade de Canal Voz a 8 Fios:

Um outro tipo de canal de voz muito encontrado no mercado é o canal de voz a 8 fios, divididos
da seguinte maneira:

 2 fios para transmissão de voz


 2 fios para recepção de voz
 2 fios para transmissão de sinalização (fio M)
 2 fios para recepção de sinalização (fio E)

O padrão E&M é um tipo de sinalização muito utilizado para comunicações entre equipamentos
que necessitam de canais de voz comutados que seja compatível com qualquer tipo de
equipamento, isto é, não dependente do fabricante. Eles utilizados principalmente para ligações
entre centrais públicas e PABX, centrais públicas e roteadores e entre PABX e roteadores.

Figura 10 – Unidade de canal de voz a 8 fios

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Para melhor compreendermos o funcionamento desse tipo de unidade, iremos ilustrar com o
exemplo da figura acima onde o PABX ligado no Mux-A esteja tentando se comunicar com o
PABX ligado no Mux-B. Acompanhe na explicação abaixo a explicação passo-a-passo:

1. Quando A quer "falar" com B, o PABX-A coloca "terra" no seu fio M. Esse terra será
recebido pelo fio E da unidade 8 fios.
2. Assim que o Mux-A recebe o "terra" no seu fio E, a unidade central do mesmo converte
essa sinalização para o time-slot 16 e a envia no feixe de 2Mbps para o Mux-B.
3. A unidade central do Mux-B detecta essa sinalização na recepção do time-slot 16, e
envia um comando para que a unidade de 8 fios coloque um “terra” no seu fio M. Esse
“terra” será recebido pelo fio E do PABX do lado B.
4. Se o PABX está em condições de “falar” então ele fará o mesmo processo. Enviará um
“terra” no seu fio M, que será recebido pelo fio E da unidade 8 fios do Mux-B.
5. Logo em seguida, a unidade central do Mux-B envia essa sinalização pelo time-slot 16
em direção ao Mux-A.
6. Assim que a unidade central do Mux-A recebe essa sinalização ela envia o comando para
que a unidade de 8 fios do Mux-A coloque “terra” no seu fio M. Esse sinal de “terra”
será recebido pelo fio E do PABX-A e o circuito de conversação será fechado.

Na figura a seguir mostramos um típico exemplo de aplicação para esse tipo de unidade, a
conexão de dois PABX através de uma linha privada de dados.

Figura 11 – Aplicação da unidade de voz 8 fios

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1.2.2 Unidades de Assinantes - Canais de Dados

Além dos canais de voz que acabamos de ver existem também os canais de dados,
disponibilizados nas mais variadas interfaces e em diversas capacidades.

Basicamente podemos dividir os canais de dados quanto a sua capacidade em quatro categorias
básicas:

 Canais de dados analógicos


 Canais de dados digitais 64 kbps
 Canais de dados digitais n x 64 kbps
 Canais de dados digitais sub-taxas (menores que 64 kbps)

Interface de dados analógicos:

Uma interface de dados analógicos funciona de maneira semelhante a uma interface de


assinante de voz que estudamos anteriormente. A diferença principal é que no caso da unidade
de dados não será necessário o tratamento das informações de sinalização, uma vez que o
canal de dados não gera sinalização no time-slot 16. No entanto a conversão do sinal de
analógico para palavras digitais segue de maneira análoga.

No exemplo abaixo é mostrada uma aplicação típica desse tipo de unidade onde é feita a
interligação de um enlace de dados com modems analógicos. As unidades de dados convertem
os sinais dos modems (sinais analógicos) em sinais digitais. Já na forma digital as palavras de
código (8 bits) são entregues para a unidade central do multiplexador que deve então inseri-las
nos time-slots específicos do quadro de pulsos.

Figura 12 – Conexão de assinante de dados analógicos

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Interface de dados digitais n x 64 kbps:

Agora veremos o funcionamento da interface de dados n x 64 kbps, que disponibiliza canais


com taxas que variam desde 64 kbps até 1984 kbps (n =1 até 31).

Na figura abaixo temos um exemplo típico de aplicação para interface de dados n x 64 kbps.
Podemos ver que no exemplo estamos utilizando um canal de 256 kbps (n = 4), com interface
de comunicação V.35 para a interligação de duas LAN’s. O princípio de funcionamento é
exatamente o mesmo para qualquer taxa e qualquer tipo de interface de comunicação.

Figura 13 – Canal de dados n x 64 kbps

A unidade de dados n x 64 kbps deve ser capaz de receber as informações vindas da interface
do assinante (que no exemplo está na taxa de 256 kbps) e entrega-las em pedaços de 64 kbps
à unidade central, que então os insere nos time-slots específicos (configurados para tal) do
quadro de pulsos.

Figura 14 - Interface de dados n x 64 kbps

No lado da recepção o processo será o inverso. A unidade central receberá o quadro de pulsos e
deverá então retirar os time-slots específicos e entregá-los para a unidade n x 64. Essa terá
que agrupar novamente a informação recuperando o sinal original de 256 kbps.

Note que no caso das unidades de dados digitais não é necessária a conversão analógico-digital
que ocorre nas interfaces de assinante de voz, uma vez que os dados vindos dos assinantes de
dados já se encontram na forma digital. Também nenhuma informação de sinalização de linha
(time-slot 16) é manipulada. Lembre-se que somente canais de voz inserem sinalização no
time-slot 16.

Na prática podemos encontrar muitas outras aplicações, capacidades e interfaces, no entanto, o


princípio de funcionamento e aplicação é o mesmo do mostrado acima.

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No mercado existem diversas interfaces disponíveis, sendo que as mais comuns são a V.35,
V.36, X21 e V24. A escolha de uma das interfaces vai variar de acordo com a capacidade do
link, distância e tipo de conector. Atualmente a mais difundida é a V.35, que é utilizada na
maioria dos roteadores disponíveis no mercado. Abaixo seguem alguns exemplos de conectores
e interfaces.

Tabela 1 – Pinagem do conector V.35

Tabela 2 – Pinagem do conector V.36

Figura 15 – Cabos V.35 3 e V.36 respectivamente

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Interface de dados digitais sub-taxas:

Veremos agora o princípio de funcionamento de uma interface de dados a sub-taxas (menores


que 64 kbps). A filosofia desse tipo de interface é similar a interface de dados digitais já
descritas.

A diferença é que aqui os dados não ocupam um time-slot inteiro, uma vez que estamos
trabalhando com taxas menores que 64 kbps.

Nesse caso podemos ter duas opções. A primeira delas é preencher os bits livres do time-slot
(bits que não serão ocupados pelo canal) com bits de enchimento. Veja a figura abaixo.

Figura 16 – Interface de dados sub-taxa – bits de enchimento

Podemos ver que no exemplo temos um canal de dados com taxa de 32 kpbs. Como sabemos
em um time-slot cabem 8 bits (lembrem-se que 8 bits a 8000 amostras por segundo fornecem
uma taxa de 64 kbps). Dessa forma nosso canal de 32 kbps ocupará apenas metade do time-
slot (ou seja, 4 bits). Os demais bits ficarão livres e deverão ser preenchidos com os bits de
enchimento.

Uma outra alternativa seria aproveitarmos os bits livres para a transmissão de um outro canal
com taxa de 32 kbps. Dessa forma podemos alocar mais de um canal em um único time-slot,
otimizando a ocupação do meio de transmissão.

Figura 17 – Interface de dados sub-taxa – otimização do time-slot

Pág. 15 Características dos Equipamentos Multiplexadores PCM30

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