Você está na página 1de 66

Conceitos e Experiências

no Brasil de Carrier Digital

Grupo de trabalho D2.01


Jorge Luiz Fernandes Camara (Coordenador), Flávio de Moura
Coelho, Laureano Jose Piconez Bouzon, Nagib Bechara Pardauil,
Hercules Gomes Tostes, José Vanderlei da Silveira,
Luciano Fonseca, Marcos Guimarães Castello Branco,
Fabrizio Gibin, Claudio Trigo de Loureiro
ÍNDICE

1 – OBJETIVO 1

2 – INTRODUÇÃO 1

3 – DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES 2
3.1 – Definições 2
3.2 – Abreviações 2
4 – INFORMAÇÔES GERAIS SOBRE A TECNOLOGIA CARRIER 3
4.1 - Por que usar o CARRIER Digital? 4
4.2 - Aumento de capacidade 4
4.3 – Aplicações 4

5 – PLANEJAMENTO DE SISTEMAS CARRIER DIGITAL 5


5.1 – Planejamento de Frequências 5
5.2 – Características de um canal DPLC 5
5.3 – Eficiência de um canal DPLC 6
5.4 – A característica “C/SNR” de um canal digital 6
5.5 – Relação Sinal Ruído (SNR) 7
5.6 – Nível de Potência do canal DPLC medido na entrada do receptor 7
5.7 – Nível de Potência do Ruído medido na entrada do receptor 8
5.8 – Relação Sinal Ruído (SNR) na entrada do receptor 9
5.9 – Sensibilidade no canal Receptor (Rx) de um enlace DPLC 9
5.10 – Características de Linhas de Alta Tensão 10
5.11 – Plano de Frequências para um enlace desejado de DPLC 10
5.12 – Nível de Potência do Ruído Corona 10
5.13 – Atenuação (aL) de enlaces PLC 11
5.14 – Comentários gerais sobre o capítulo 11
5.15 – Procedimentos para o planejamento de um enlace DPLC 11
5.16 – Transmissão de Serviços de Teleproteção em equipamentos CARRIER 12
5.17 – Limitações Práticas 12

6 – FLEXIBILIDADE OPERACIONAL E EXEMPLOS DE APLICAÇÃO 14


6.1 – Uso como Back-Up para sistemas de comunicação em banda larga 16

7 – ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS PARA


APLICAÇÕES DO DPLC EM REDES DIGITAIS 17
7.1 – Geral 17
7.2 – Jitter 17
7.3 – Limitações em seções de voz comprimidas 18
7.4 – Adaptabilidade de um canal DPLC 20
8 – QUALIDADE DOS ELEMENTOS DE ACOPLAMENTO 20

9 – MEDIDAS IMPORTANTES 20
9.1 – Nível de Saída / Nível de Entrada 21
9.2 – Nível de Ruído 21
9.3 – Relação Sinal – Ruído (SNR) 21

10 – PARÂMETROS DE PERFORMANCE (QoS) 21


10.1 – Geral 22
10.2 – Performance de um sistema PLC Digital 22

11 – COEXISTÊNCIA ENTRE PLC’S DIGITAL E ANALÓGICOS 23


11.1 – Migração / Implementação de Carrier Digital em uma rede existente de
canais analógicos 23

12 – INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DPLC NAS REDES EXISTENTES 24


12.1 – Como o PLC Digital poderá ser integrado às futuras redes? 24
12.2 – Gerenciamento de Redes com Carriers Digitais 24

13 – PLANEJAMENTO DE FREQUENCIAS NO BRASIL 25


13.1 – O congestionamento de frequências no Brasil e os benefícios com o uso
do DPLC 25
13.2 – O retrofit como melhor solução para os sistemas DPLC no Brasil devido
ao congestionamento de frequências 26

14 – QUADRO RESUMO COM AS EXPERIÊNCIAS EM DPLC NO BRASIL 26

15 – CONCLUSÃO 28

16 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28

ANEXOS

ANEXO A - FORMULÁRIO CARRIER DIGITAL 30

ANEXO B – TABELA GERAL DE DPLC NAS CONCESSIONÁRIAS DE


ENERGIA NO BRASIL 31

ANEXO C – “CASE” ESCELSA 40

ANEXO D – “CASE” CTEEP 43

ANEXO E – “CASE” CHESF 47

ANEXO F – “CASE” ELETRONORTE 51

ANEXO G – “CASE” COBELUX 55


1.0 - OBJETIVO

Este trabalho foi elaborado por uma “Task Force” criada pelo Comitê de Estudos
do CIGRE Brasil CE D2 para estudar a aplicação de Sistemas OPLAT Digital no Brasil.
A “Task Force” nasceu como um grupo espelho da “Task Force” internacional TF
D2.08, existente na época, que publicou a Technical Brochure “Digital Power Line
Carrier Equipment” em agosto de 2006.

Baseado no princípio de que a nova tecnologia DPLC (Digital Power Line


Carrier), tem uma capacidade bem maior de transmissão quando comparada aos
Sistemas PLC analógicos (APLC), ocupando a mesma banda de freqüência, este
trabalho traz um resumo sobre os principais conceitos do sistema, as diversas
possibilidades de aplicações com esta tecnologia, aspectos importantes para o
planejamento e ainda traz a experiência do seu uso em diversas Concessionárias de
Energia Elétrica no Brasil.

2.0 - INTRODUÇÃO

Devido ao baixo custo e simples implementação, os sistemas CARRIER Digital


para transmissão de voz, dados e teleproteção, tiveram um crescimento considerável
nos últimos anos nas Concessionárias de Energia Elétrica no Brasil.
A nova tecnologia DPLC, iniciada aqui no Brasil a partir do final dos anos 90,
combina novos circuitos e firmwares computadorizados com vantagens sobre a série
de circuitos analógicos, a fim de alcançar uma grande performance e uma fácil
adaptabilidade para todos os requisitos no campo da comunicação e compatibilidade
com os sistemas CARRIER analógicos.
O sistema DPLC é usado para comunicação em Linhas de Transmissão entre
Centros de Controle, Subestações e Usinas de Energia e é capaz de transmitir mais
informações do que um PLC (Power Line Carrier) Analógico tradicional, tais como:

 Transmissão de mais canais de voz / telefonia (serviços telefônicos, assinante


remoto, conexões a quatro fios, conexões entre Centrais Telefônicas e também
ligações ponto-a-ponto (Hot-Line);
 Transmissão de FAX com 2400 até 9600 bps (bits por segundo);
 Canais de Teleoperação e aplicações do sistema SCADA;
 Transmissão de mais canais de dados (ou canais de dados com maiores taxas
de transmissão);
 Interligação remota via Internet sobre protocolo TCP/IP;
 Canal com taxa de transmissão de até 256kbit/s podendo ser, por exemplo,
usado como um canal tributário de uma rede de Telecomunicações Digital;
 Teleproteção.

Todas estas informações acrescidas da teleproteção analógica tradicional,


podem ser combinadas ao mesmo tempo em um único canal simples que ocupa uma
largura de banda predefinida no espectro de Rádio Freqüência (RF), típico para
sistemas CARRIER, de 24 a 500kHz. A quantidade de informação que pode ser
transmitida é limitada pela largura de banda (BandWidth) do sinal de RF, cujo valor
1
típico é de 4kHz para um equipamento monocanal. O canal de recepção (Rx) usa
outros 4kHz, sendo esta banda de freqüência usualmente adjacente ao canal de
transmissão (Tx). Em um equipamento de dois canais, mais informações podem ser
transmitidas, neste caso, portanto, ocupando uma largura de banda de 2 x 4kHz.

3.0 - DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES

3.1. – Definições

Tempo de Disponibilidade (Available Começa quando a BER é melhor do que


Time - AT) 10-3 para 10 segundos consecutivos e
termina quando a BER é pior do que 10-3
para 10 segundos consecutivos
C/SNR (Capacidade versus Relação Capacidade do DPLC expressada em bits
Sinal Ruído - SNR) por segundo para uma dada taxa de
Relação Sinal Ruído (SNR)
Segundos Errados Intervalo de um segundo com algum erro
Segundos Livres de Erros Segundos sem nenhum erro de bit.
Largura de Banda Banda de freqüência do Carrier incluindo
sua portadora de sinais (piloto de sinal) e
seus sinais auxiliares. Esta é normalmente
definida para um range de 4kHz.
Taxa de Transmissão A taxa de dados incluindo cabeçalho para
multiplexação, sincronismo etc...
Tempo de Indisponibilidade Começa quando a taxa de erro (BER) é
(Unavailable Time- UAT) pior do que 10-3 para um intervalo de 10
segundos consecutivos e termina quando
a BER é melhor do que 10-3 para 10
segundos consecutivos

3.2. - Abreviações

aL Atenuação de Linha
AMUX Multiplexer de Acesso
OPLAT Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensão
APLC Power Line Carrier Analógico
AF Áudio Freqüência
AT Tempo de Disponibilidade (Available Time)
AWGN Ruído Aditivo Gaussiano Branco
BN Banda de Freqüência Nominal
BER Taxa de Erro de Bit (Bit Error Rate)
BW Largura de Banda
BW a Largura de Banda Bruta com um canal APLC
BW d Largura de Banda Bruta com um canal DPLC
C Capacidade
Cd Capacidade (Líquida) de transmissão de um canal DPLC
C/SNR Capacidade versus SNR
dSNR Diferença em SNR para uma taxa de BER de 10-6 e 10-3
DTMF Tom Dual de Multi-Freqüência
DPLC Power Line Carrier Digital
EC Cancelamento de Eco
Eff Eficiência de canal DPLC
EFS Segundos Livres de Erros
ES Segundos Errados
MFC Codificação Multi-Freqüência

2
Nd Nível de Ruído em um canal de DPLC
PABX Central Comutadora Privada Automática (Central Telefônica)
PAPR Relação entre Pico de Potência e Potência Média
PEP Pico de Potência Envelopada
PEPd Pico de Potência Envelopada para um canal DPLC
PLC Power Line Carrier
QoS Qualidade de Serviço
RF Radio Freqüência
SCADA Sistema Supervisório de Controle e Aquisição de Dados
Sd Nível de Potência de um sinal de DPLC na entrada do receptor
Sdmin Nível mínimo requerido de entrada de potência de um sinal DPLC
SES Severely Errored Seconds
SNR Relação Sinal Ruído (Signal-to-Noise Ratio)
UAT Tempo de Indisponibilidade (Unavailable Time)

4.0 - INFORMAÇÔES GERAIS SOBRE A TECNOLOGIA CARRIER

As Linhas de Transmissão apresentam baixa atenuação no espectro de


freqüências entre 20 kHz e 500kHz e são, portanto, um bom meio de comunicação
sobre médias até longas distâncias (tipicamente de 20 até 500km). O máximo alcance
de um enlace de comunicação com PLC operando aproximadamente em 80kHz ou
menos, pode em algumas aplicações chegar até 800km o que certamente não poderia
ser alcançado por qualquer outro meio de comunicação para atendimento às
Concessionárias de Energia Elétrica (cabos, fio piloto, enlaces de rádio ou enlaces
ópticos) sem repetidoras ou subestações intermediárias.
Com a instalação de um acoplamento apropriado à Linha de Transmissão,
associado as bobinas de bloqueio nas subestações ou usinas de energia, canais de
comunicação podem ser providos com segurança e confiabilidade mesmo sob as
condições severas de uma linha de transmissão de alta tensão.
Os sistemas PLC são projetados para estabelecer enlaces de comunicação
mesmo com os altíssimos níveis de ruído das LT´s e excluir qualquer possibilidade de
espúrios falsos ou falsos sinais de “Trip”.
Mesmo devido ao custo adicional do acoplamento, ou seja, caixas de sintonia e
bobinas de bloqueio, especialmente em tensões extra-altas (500kV, 750kV ou mesmo
1000kV) o custo total dos sistemas PLC são relativamente baixos se comparados a
outras tecnologias e a relação custo x benefício se torna mais favorável devido às
longas distâncias que os sistemas CARRIER podem atingir.
Além disto, a manutenção é feita dentro das subestações, evitando-se custos
adicionais com os deslocamentos das equipes técnicas para uma repetidora distante
de uma subestação.
Estas são as três principais razões do porque muitas Concessionárias de
Energia Elétrica preferem os Sistemas Carrier Digital para seu sistema de comunicação
operacional.
Como os sistemas CARRIER analógicos e digitais são usados em quase todos
os países no mundo, para transmitir informações sobre linhas de alta tensão e se
tornaram um importantíssimo meio de gerenciamento e segurança para as instalações
elétricas nos sistemas de potência, recomendações internacionais foram largamente
estabelecidas. Recomendações Técnicas para os acoplamentos PLC e equipamentos
terminais PLC de banda simples ou de canais múltiplos (Normas IEC 353, 358, 481,
495 e 834) e também para os enlaces de PLC (IEC 663). Todas as recomendações
pertinentes do ITU-R e ITU-T também foram levadas em consideração nas Publicações

3
do IEC 495, de forma a assegurar a confiabilidade necessária para as Concessionárias
de Energia.

4.1. Por quê utilizar o CARRIER Digital (DPLC) ?

Esta nova tecnologia transformou o PLC analógico tradicional e possui uma


capacidade de transferir dados digitais via canais analógicos com taxas de transmissão
de dados de até 256kbps.
Os PLC´s Digitais podem ser conectados a canais RS-232/V.24/V.28, G.703 e
RS422/V.11 para Dados e 2 Fios, 4-Fios com E & M para voz e podem suportar
conexões usando TCP/IP e aplicações com redes LAN também. Além disto,
normalmente os serviços mais tradicionais tais como, telefonia, dados, FAX ou
transmissão de sinais FSK continuam operando em conjunto com tais sinais.

Os DPLC hoje do mercado usam diferentes tecnologias de processamento, tais


como:

 Quadrature Amplitude Modulation (QAM);


 Multicarrier Modulation (MCM);
 Trellis Coding Modulation (TCM);
 Echo Cancellation (Cancelamento de Eco);
 Adaptive Equalization;
 Time-Division Multiplexing (TDM);
 Speech Compression (Compressão de Voz).

Qualquer enlace analógico de PLC pode ser modificado ou “ampliado” (retrofit ou


upgrade) por um Carrier Digital, aumentando sua capacidade de comunicação. A infra-
estrutura existente pode ser reutilizada mais eficientemente, sem a necessidade de
novos investimentos na mesma.

4.2. Aumento de capacidade

Sistemas Carrier Digitais usam o que há de mais novo na tecnologia de


processamento digitalizado, permitindo a implementação de um sistema de
transmissão com o qual é tão robusto quanto econômico com a mesma largura de
banda.
Sob condições favoráveis, taxas de transmissão de até 256kbps podem ser
alcançadas hoje em dia e a tecnologia continua crescendo e sendo desenvolvida para
permitir taxas de transmissão ainda maiores do que esta, com um mínimo de banda
bruta requerida.
Portanto, os sistemas DPLC permitem a transferência de três a quatro vezes
mais o número de canais de voz e dados, se comparados a tradicional tecnologia
analógica, ocupando a mesma largura de banda.

4.3. Aplicações

O DPLC é um sistema desenvolvido e projetado para transmissão de dados e


voz e suporta ainda os comandos de teleproteção.
Os enlaces de DPLC podem ser usados em Linhas de Transmissão de qualquer
nível de tensão ou comprimento. Quando o problema do congestionamento de
freqüências é relevante, o DPLC pode trazer inúmeras vantagens, porque mais

4
informações podem ser “empacotadas” na mesma banda de freqüência, sem a
necessidade de mais canais de Carrier.
Com uma taxa de transmissão de 64kbps, por exemplo, uma eficiente e barata
interconexão entre uma ou duas redes de banda larga podem ser estabelecidas.
Enlaces de DPLC podem ser utilizados como um backup para informações vitais
que trafeguem entre enlaces de fibras ópticas ou enlaces de microondas.

5.0 - PLANEJAMENTO DE SISTEMAS CARRIER DIGITAL

5.1. Planejamento de Freqüências

Somente um planejamento com qualidade poderá assegurar o uso racional do


espectro de freqüências dedicadas para comunicação com PLC, enlaces com
confiabilidade operacional e consequentemente uma alta Qualidade de Serviços (QoS).

O Planejamento de enlaces CARRIER é baseado em quatro pilares:

 Características do equipamento: com o qual o enlace de PLC será


“configurado”;
 Características de telecomunicações da linha de alta tensão: com a
qual o enlace planejado de PLC estará operando, como resposta de
freqüência (atenuação e perdas por reflexão do sinal) e nível de ruído
corona na dada banda de freqüência planejada para o enlace;
 Plano de freqüências dos sistemas CARRIER existentes:
disponibilidade de espaços de freqüências livres dentro do plano de
freqüências de sistemas CARRIER;
 Requisitos de aplicação: tendo em mente a capacidade de transmissão
mínima requerida de um canal DPLC - Cd, a máxima taxa de BER
permitida e o tempo de disponibilidade – AT.

O conhecimento dos dados acima permitirá a realização de um bem sucedido


planejamento de enlace PLC.
O procedimento de planejamento é descrito em sua integridade nas Normas
IEC 60663 [2]., IEC 60495 [3] e também na ANSI / IEEE Std. 643-1980 [4].
Além das características mencionadas acima o planejamento de freqüências
devem se preocupar com possíveis linhas com Tap, linhas com incidências de emissão
de espúrios e a performance quando existe possibilidade de interferências.
A necessidade de espaçamentos de banda entre sistemas CARRIER analógicos
e sistemas CARRIER digitais deve sempre ser estudada com cautela.

5.2. Características de um canal DPLC

A prioridade do planejamento de enlace para um canal DPLC, é assegurar


adequadamente uma alta relação sinal-ruído (SNR) medida no canal de entrada do
receptor em condições adversas de operação. Uma mudança da SNR para abaixo de
seu valor crítico causará perdas do canal digital e, por conseqüência, a perda dos
serviços de telecomunicações configurados no mesmo. Devido a esta razão, a
característica de “C/SNR” (capacidade versus relação sinal-ruído) de um canal de
DPLC é um dado de entrada essencial para um bom planejamento do enlace. Em
adição à SNR, o tipo de ruído e a distorção do canal são importantes e devem também
ser especificados.

5
O procedimento de planejamento para enlaces de DPLC deverá incluir,
necessariamente, passos para verificar ou assegurar (em conexão com uma potência
adequada de sinal de transmissão (Tx) e o modo de conexão ao meio de transmissão)
que a atenuação de um enlace planejado é mais baixa que a máxima atenuação
permitida de acordo com os dados técnicos do equipamento DPLC usado
(sensibilidade do canal receptor do equipamento DPLC).

5.3. Eficiência de um canal DPLC (Eff)

O dado primário de um canal DPLC é a transmissão de um sinal digital, o qual


pode ser um simples canal de dados ou composto por dados + voz digitalizada usando
uma modulação uniforme como, por exemplo, a técnica de multiplexação por divisão de
tempo – TDM.
Existem vários tipos de modulação digital e métodos de codificação dos sinais. A
segurança e confiabilidade do canal DPLC são extremamente dependentes do tipo de
modulação digital implementada.
As características essenciais de um canal DPLC são a taxa de transmissão Cd
dada em bits por segundo (bps) e a banda do canal DPLC dada em Hz. Usualmente
estas duas características são programáveis, e é possível escolher-se também
diferentes combinações de valores de capacidade de transmissão e banda do canal
digital.
A eficiência de um canal digital DPLC é definida, portanto, pela equação:

Eff [b/s/Hz; bps/Hz] = Cd / BWd (Eq. 1)

É muito importante considerar a seguinte propriedade de um canal DPLC no


procedimento de planejamento de enlace:

Quanto maior a eficiência de um canal DPLC, maior é a sensibilidade a


ruídos e interferências.

Quanto mais baixa for a capacidade de transmissão Cd quanto possível e mais


larga for a banda BW quanto possível, maior será a contribuição para uma alta
disponibilidade de um canal DPLC em condições adversas de tempo. Tal
recomendação parece irracional, mas é essencial para uma boa performance.

5.4. A característica (capacidade versus relação sinal-ruído) “C/SNR” de um canal


digital

A relação “C/SNR” de um canal digital é um dado essencial para um


planejamento de um enlace DPLC. Exemplos de um “C/SNR” são mostrados na
Figura 1. Os dados constantes da Figura 1 são fictícios e ilustrativos somente. O ruído
é assumido como AWGN (Ruído Aditivo Gaussiano Branco).

6
Cd BWd
(kbps) BER = 10E-6; dSNR = ____ dB (kHz)
Pl-Risba_1-sl

100
16
90

80
12
70
8
60

50

40
4
30

20

10
SNR
0
(dB)
5 10 15 20 25 30 35 40 45

Figura 1: “C/SNR” de um canal DPLC

A relação “C/SNR” é sempre dada para certa taxa de BER, usualmente para o
valor de 10-6 .
Algumas aplicações são relativamente tolerantes a erros de bits. Um exemplo de
tal aplicação é o algoritmo de compressão de canal de voz, com o qual permite uma
taxa de erro BER ≤ 10-3.

5.5. Relação Sinal Ruído (SNR)

O parâmetro SNR é a relação entre o nível de potência da parte útil do sinal do


canal digital e o nível de potência dos sinais de distúrbios (ruído, interferência,
distúrbios de impulso) na entrada do receptor (Rx) do canal DPLC.

5.6. Nível de Potência do canal DPLC medido na entrada do receptor

Tipicamente os dados técnicos de um equipamento PLC são a Potência de Pico


do terminal PLC (PEP) e a Potência de Pico de um canal digital de um DPLC (PEP d). A
relação entre a média e o pico de potência do sinal de transmissão (Tx) do canal DPLC
(Peak-to-Average-Power-Ratio – PAPR), depende do tipo de modulação digital
implementada.
O Pico de Potência Especificada para um canal DPLC, PEP d pode ser o mesmo
que o especificado para um terminal PLC tradicional (em caso de um simples canal), ou
somente uma parte proporcional desta potência (no caso de um canal de múltiplas
funções em um terminal PLC).
Se um enlace contém somente um canal DPLC, então, a seguinte regra se
aplica: PEPd = PEP

No entanto, se um canal DPLC tem múltiplas funções (dados e voz dentro do


mesmo canal) a regra acima segue a seguinte norma geral : a parte do terminal PLC
PEP, com o qual é dedicada a um canal individual é proporcional ao quadrado da
largura de banda do canal. Portanto a equação se torna :

7
PEPd(W) = PEP (W) x (BWd / Bn)2
PEPd(dBm) = PEP (dBm) + 20log (BWd / Bn)

Bn = na x BWa + BWd,, onde:

Bn  é a banda nominal de RF de um enlace PLC para uma direção de


transmissão
BWd  é a banda bruta de um canal DPLC para uma direção de transmissão
BWa  é a banda bruta de cada canal APLC para uma direção de transmissão
na  é o número de canais APLC

A medida da relação “C/SNR” deverá ser realizada sob as condições


especificadas na Norma IEC 60495 [3], cláusula A.3.1, onde:

aL [dB] = PEPd – 15dB – 20log.nd (Eq.2)

nd = BWd / 4kHz, onde :

aL [dB]  é a atenuação para uma linha artificial


PEPd  é o valor especificado de PEP para um canal digital
BWd  é a largura de banda bruta de um canal DPLC para uma direção
de transmissão

O nível de potência de um canal DPLC, Sd na entrada do receptor é calculado


da equação 3. Valores atuais para várias larguras de banda de canais DPLC são dados
na tabela 1 abaixo :

Sd[dBm] = PEPd[dBm] – aL [dB] (Eq.3)

BWd (kHz) Sd (dBm)

4 15
8 21
12 24
16 27
20 29

Tabela 1: Níveis de Potência para canais DPLC medidos na entrada do receptor

Estes valores devem sempre ser utilizados para cálculo da SNR na entrada do
receptor (Rx) quando fazemos medidas de bancada.
A qualidade de um equipamento PLC com a qualidade de um canal DPLC
depende do uso eficiente da largura de banda do canal digital e da dada potência
PEPd.

5.7. Nível de Potência do Ruído medido na entrada do receptor

Medidas de laboratório da característica de “C/SNR” de um canal DPLC podem


ser realizadas injetando-se um Ruído Branco simulado. Para definir o método de
cálculo e de medição da SNR uniformemente e claramente, o método de medida de

8
nível de potência do ruído no canal receptor (Rx) do DPLC deve obrigatoriamente ser
definido.
Equipamentos modernos de medidas permitem a medição de níveis de qualquer
tipo de sinal dentro da banda de 1 Hz (analisador de espectro). O conhecimento do
nível de potência do Ruído Branco dentro deste 1 Hz de banda, permite um simples
cálculo do Ruído Branco em qualquer largura de banda BW expressada em Hz,
conforme a equação 4 abaixo :

NBW dBm = N1Hz dBm + 10 log BW (Eq. 4)

A largura de banda bruta de um canal DPLC na entrada do receptor é BW d. O


nível de Ruído Branco deve ser conhecido dentro do range da banda do canal DPLC
para o cálculo correto da SNR, conforme a equação 5 abaixo :

Nd dBm = N1Hz dBm + 10 log BWd (Eq. 5)

5.8. Relação Sinal Ruído (SNR) na entrada do receptor

Medidas da característica da “C/SNR” de um canal DPLC é feita para valores


diferentes da SNR. A SNR é calculada baseada na seguinte regra (resultados das
equações 3 e 5), conforme equação 6 abaixo :

SNR dB = Sd dBm – Nd dBm (Eq. 6)

5.9. Sensibilidade no canal Receptor (Rx) de um DPLC ( Sd min (BERmax))

Outra característica extremamente importante em sistemas DPLC quando


planejamos um enlace é a sensibilidade do canal receptor. Quando em operação, o alto
nível de ruído corona e outros distúrbios na linha de alta tensão apresentam limitações
muito maiores para uma operação segura e estável do canal de CARRIER digital.
Os dados técnicos de sensibilidade do receptor mostram o mínimo de potência
na entrada do receptor onde o canal DPLC opera satisfatoriamente. Não é possível, em
níveis baixos de potência, o receptor de canal digital detectar (demodular) o sinal
recebido com uma qualidade correspondente.
“Qualidade correspondente” significa que a operação do receptor do canal
digital é estável (especialmente do ponto de vista de sincronização) e a taxa de BER é
igual a ou mais baixa do que o menor valor especificado.
A sensibilidade do receptor do canal de um DPLC Sd min(BERmax) é expressada
como o mínimo nível de potência na entrada do receptor do canal DPLC com o qual o
canal ainda opera estável e com uma BER menor ou igual ao valor especificado de
BERmax.
A sensibilidade do receptor de canal de um CARRIER Digital é tipicamente um
dado técnico o qual mostra as limitações de operação originadas do projeto do
fabricante do terminal de DPLC. Especialmente, este dado técnico mostra o nível de
potência do ruído, gerado dentro do canal receptor e a interrupção da transmissão de
um canal DPLC em relação à recepção de seu próprio terminal. As medidas de
sensibilidade de recepção de um canal DPLC são realizadas em laboratório (testes de
tipo) sem a presença de uma fonte de ruído externa.
As bandas de frequências de um transmissor (Tx) e um receptor (Rx) podem ser
adjacentes, não-adjacentes ou mesmo superpostas. O mesmo valor de eficiência de
um canal DPLC Eff, pode ser atingido para diferentes combinações de larguras de
banda BW d de canais DPLC’s e sua capacidade de transmissão Cd. Teoricamente, a

9
sensibilidade do receptor depende somente dos valores de Eff, independente dos
valores de BW d e Cd.,mas na prática isto nem sempre ocorre.

Em condições normais de operação dizemos que o Sd e o Nd são quem


determinam o range de operação dos sistemas CARRIER digital.

A sensibilidade do canal receptor combinada com uma PEP d especificada torna


possível o cálculo do valor máximo permitido de atenuação de um enlace PLC (com um
acoplamento na LT tradicional – fase-terra ou fase-fase), de forma que o BER seja tão
baixo ou igual ao valor especificado, conforme a equação 7 abaixo :

aL max dB = PEPd dBm – Sd min(BERmax) dBm (Eq. 7)

Como as diversas aplicações não são igualmente tolerantes a taxas de erros de


bits, a sensibilidade do receptor deve ser dada conforme os 2 (dois) seguintes valores
abaixo:

BERmax = 10-6
BERmax = 10-3

5.10. Características de Linhas de Alta Tensão

Um planejamento de CARRIER com sucesso requer conhecimento de três


características do meio de transmissão (linhas de alta tensão junto com equipamentos
de acoplamento), pelo qual o sistema CARRIER irá operar:

 Planejamento do plano de freqüências do enlace CARRIER;


 Nível de potência do ruído Nd (dBm) medido (ou calculado) na faixa de
freqüência do canal CARRIER Digital
 Atenuação do enlace PLC

5.11. Plano de Frequências de um enlace desejado para DPLC

O Plano de Frequências (a alocação no espectro de RF) é definido pela Norma


IEC 60663 [2].

5.12. Nível de Potência do Ruído Corona

É necessário definir o máximo de potência esperado de nível de Ruído Corona


na largura de banda do canal de CARRIER Digital como descrito na Norma IEC
60663[2]. Os valores de níveis de potência de Corona para condições de tempo
adverso devem ser sempre considerados.
Os dados de nível de Corona mostrados na Norma IEC 60663[2] e na Norma
ANSI/IEEE Std 643-1980[4], são resultados de medidas feitas em linhas de Alta
Tensão reais. Tais medidas foram feitas com instrumentos de alta precisão e com
resultados em RMS real. A envoltória do sinal de ruído em linhas de HV AC é
modulada com um sinal de 150 Hz ou 180 Hz (máxima amplitude do ruído). Isto se
deve a própria natureza do Ruído Corona. Por esta razão, a interferência do valor real
do Ruído Corona no canal de DPLC é muito maior do que a interferência prejudicial do
Ruído Branco com o mesmo valor de nível RMS. Por isto o nível de Corona
apresentado nas Normas acima deve ser corrigido em +7 dB, conforme a equação a
seguir:

10
Nd dBm = NBW dBm + 10 log (BWd / BW) + 7dB (Eq. 8)

5.13. Atenuação (aL) de enlace PLC

De modo geral a atenuação de enlace de um PLC (considerando linha de


transmissão + acoplamento) aL deve ser determinada de acordo com o procedimento
descrito na Norma IEC 60663[2]. As condições adversas de operação no caminho de
transmissão também devem ser sempre consideradas (TAP´s, Linhas com by-pass,
transposições e etc...)

5.14. Comentários gerais sobre o capítulo

O planejamento de enlaces DPLC é muito mais exato do que quando


planejamos um canal ou enlace PLC analógico. Isto é devido a alta sensibilidade ao
ruído e outras perturbações inerentes aos sistemas CARRIER.
Quando determinamos o plano de freqüências de um enlace DPLC um
importante fator deve ser levado em consideração: a atenuação do caminho ou linha a L
cresce quanto mais alto for o valor da freqüência enquanto que o nível de potência é
mais baixo proporcionalmente.
O método de acoplamento (conexão de um terminal PLC em uma linha de Alta
Tensão – HV) também tem influência sobre a atenuação esperada em uma linha de
transmissão. Embora o acoplamento tipo “Fase-Terra” seja muito mais barato, métodos
mais caros de acoplamento (como por exemplo o tipo Fase-Fase) asseguram as mais
baixas atenuações no caminho de transmissão.
De modo geral, consideramos no procedimento de planejamento somente os
valores de Ruído Corona. Outros tipos de perturbação ou distúrbios (distúrbios de
impulsos ou interferências) não são levados em consideração. De qualquer forma, tal
método é suficiente, porque as interrupções causadas por distúrbios de impulso são
temporárias e por um curtíssimo intervalo de tempo. Por outro lado, níveis de Ruído
Corona elevados poderiam desativar a operação do canal de DPLC por um longo
período de tempo (até, por exemplo, melhora nas condições do tempo).
Independentemente do Ruído Corona, um dado que deverá ser levado sempre
em consideração são as “Interferências em Faixas Estreitas” – “NarrowBand”) a qual
são mais brandas quando aumentamos a largura de banda do DPLC. Diferentes
princípios de modulação têm comportamentos distintos quando expostos as
interferências em Faixas Estreitas (“NarrowBand”).

5.15. Procedimentos para o Planejamento de um enlace DPLC

Para realizar um procedimento de planejamento de enlaces PLC, os seguintes


dados são necessários :

 Dados do equipamento PLC : características “C/SNR” e SNR


 Dados da LT: BWd, Nd max e aL
 Dados da Aplicação: Cd min e BERmax

5.15.1. Executando um procedimento de planejamento

Um procedimento de planejamento de um enlace DPLC deve ser executado


seguindo-se os seguintes passos :

11
Passo 1: Baseado nos dados de capacidade de transmissão requerida Cd min e
largura de banda (BandWidth) BWd do canal DPLC, o mínimo SNRmin para uma BER =
10-6 tem que ser lida da tabela de “C/SNR” do equipamento. Se a aplicação que usará
o canal DPLC permitir maiores taxas de erros (BER  10-3), o valor de dSNR de um
canal DPLC deve ser levado em consideração, conforme a equação abaixo :

dSNR dB = SNR(BER = 10-6) dB – SNR(BER = 10-3) dB

BERmax = 10-6: SNRmin = SNR (BER = 10-6, Cd, BW d)


BERmax = 10-3: SNRmin = SNR (BER = 10-6, Cd, BW d) – dSNR

Passo 2: Baseado em valores conhecidos de SNRmin e Nd Max o requisito de cálculo de


nível de potência do sinal de entrada do canal receptor de um DPLC Sd deve ser
calculado como na equação 9:

Sd  Nd max + SNRmin (Eq. 9)

Passo 3: Baseado em valores conhecidos de Sd e calculada (ou medida) o valor da


atenuação aL, o valor requerido do pico de potência de um canal DPLC PEPd é
determinado pela equação 10:

PEPd dBm  Sd + aL (Eq. 10)

O valor de PEP requerido de um terminal transmissor PLC é calculado de


acordo com o número e tipos de canais PLC. Se o enlace PLC planejado é específico
para um canal DPLC o valor de PEP requerido do terminal transmissor é determinado
pela equação 11 abaixo :

PEP  PEPd (Eq. 11)

Se o enlace planejado de PLC, independentemente de canais DPLC, incluir um


ou mais canais APLC, então o valor de PEP requerido para um terminal transmissor é
determinado pela equação 12 abaixo:

PEP (W)  PEPd (W) x (BN / BWd)2 (Eq. 12a)


PEP (dBm)  PEPd (dBm) + 20 log (BN / BWd) (Eq. 12b)

BN = na x BW a + BW d, onde:

PEP é o valor requerido do pico de Potência de um terminal PLC


BN é a largura de banda nominal de um enlace PLC para uma
direção de transmissão.
BWd é a largura de banda bruta (gross bandwidth) de um canal
DPLC para uma direção de transmissão.
BWa é a largura de banda bruta (gross bandwidth) de cada canal
APLC para uma direção de transmissão
na é o número de canais APLC

Passo 4: O valor obtido para PEP (W) deve ser comparado com os dados técnicos
do equipamento PLC com o qual haja valores compatíveis para PEP. O valor de PEP

12
de um equipamento PLC nem sempre pode ser configurável de forma contínua,
podendo ocupar somente valores pré-selecionados pelo fabricante.
Mais comumente, os possíveis valores para PEP (W) são: 10W, 20W, 40W e
80W. Para se concretizar um enlace de PLC, os equipamentos cujo PEP (W) são os
mesmos ou maiores do que um mínimo requerido PEP (W) deverão ser usados e
calculados pela equação 12a. Pode ocorrer que um mínimo valor calculado para PEP
de acordo com a equação 12a, seja maior do que o mais alto valor possível para um
equipamento PLC de um fabricante qualquer. Em tais situações uma das seguintes
soluções podem ser escolhidas:

 Escolher uma banda de freqüência mais baixa e/ou mudar o método de


acoplamento, a fim de reduzir a atenuação do enlace aL;
 Reduzir o número de serviços ou taxas de dados, reduzindo a taxa de
transmissão do equipamento DPLC;
 Concluir que a implantação do enlace DPLC não é possível em geral, ou que
não é possível com o tipo de equipamento PLC do fabricante escolhido.

Se a condição da Equação 12 (a ou b) não for completamente preenchida, e o


valor da atenuação aL não der uma margem segura no cálculo, então só existe uma
possibilidade que é aumentar o valor da potência do equipamento PLC, ou então
reduzir a taxa de transmissão de dados (kbps).

5.16. Transmissão de Serviços de Teleproteção em equipamentos CARRIER

Um dos mais importantes serviços que um enlace de Carrier pode assegurar é a


transmissão de comandos de proteção de forma segura, rápida e seletiva.
Em um planejamento de enlaces DPLC é aconselhável manter a teleproteção no
sistema CARRIER analógico. A razão deve-se ao fato de que se fossemos transmitir
uma teleproteção digital com o uso de Carrier Digital, o sinal de teleproteção somente
ficaria operativo quando o Carrier Digital recuperasse o sinal recebido e entregasse
este ao seu receptor adjacente.
Isto envolve a detecção de sinal recebido, estimativa dos bits transmitidos e
entrega destes em uma determinada interface de dados. Este processo, tem algumas
limitações que podem ser críticas para a operação da teleproteção:

 Existe uma relação mínima de Sinal-Ruído (SNR) para a operação correta


(demodulação e detecção dos dados), abaixo da qual a performance do receptor
do DPLC pode degradar consideravelmente;
 Sob condições de falta na linha, o canal poderá sofrer uma distorção espectral
severa, tanto em amplitude quanto em distorção de grupo, impedindo assim a
recuperação do sinal recebido;
 O processo de codificação e decodificação introduz certo atraso (delay) que
poderá aumentar o tempo nominal de transmissão do comando de teleproteção,
tornando-o inaceitável para os parâmetros exigidos em sistemas de proteção.

5.17. Limitações Práticas

A taxa de transmissão sob um canal usual de 4 kHz é limitada. Esta limitação


vem de dois aspectos. De um lado a largura de banda do canal limita a taxa de
sinalização (número de símbolos ou formas de onda por segundo); de outro lado a
“Relação Sinal/Ruído” (SNR) limita a possibilidade de diferentes formas de ondas a
serem transmitidas. O resultado é que sob condições reais, sempre existirá uma taxa

13
de transmissão crescente, porém com uma taxa de erro de bits provável. Esta limitação
prática se aplica indiferentemente do tipo de modulação em que o sistema opera.

6.0 - FLEXIBILIDADE OPERACIONAL E EXEMPLOS DE APLICAÇÕES

Fatores únicos, tais como conversão digital de freqüência, equalização


automática, opção de configuração de Áudio Freqüência (AF), gravação de eventos,
facilidades na execução dos testes, são alguns poucos exemplos, acrescidos à
flexibilidade operacional dos sistemas Carrier Digital.
Em geral, os vários métodos de processamento do sinal digital com os quais são
usados para gerar os sinais de RF, resultam em uma excelente qualidade e
estabilidade nas conversões entre os sinais de AF para RF e vice-versa.
A performance dos DPLC depende basicamente de dois fatores: uma é a razão
entre Sinal e Ruído, ou seja, o SNR (Signal-to-Noise ratio) e o outro é a Largura de
Banda, ou seja, o fator BW (BandWidth). Com estes dois parâmetros, bem
dimensionados, o DPLC pode trabalhar com uma boa performance com taxas de erro
de BIT menores que 10-6 (BER – Bit Error Rate).
A qualidade da transmissão da voz e dos dados é diretamente dependente
destes fatores, a Relação Sinal Ruído (SNR) e os parâmetros da linha podem variar
durante condições de tempo adversas. Uma importante função requerida para
equipamentos PLC é a confiabilidade na transmissão e na recepção dos sinais de
teleproteção mesmo durante condições de falta em linhas de transmissão quando a
Relação Sinal Ruído é dramaticamente reduzida.
O sistema pode ser usado em vários modos de operação dependentes destes
requerimentos, tipos de serviços, condições das linhas e etc... Os exemplos abaixo
ilustram as várias possibilidades de uso, dada uma certa banda de freqüência e
demonstram a versatilidade dos equipamentos DPLC.
Quando usamos um CARRIER analógico com um simples canal, esta
capacidade pode ser aumentada quando o substituímos por um equipamento DPLC.
Uma possibilidade de configuração é ilustrada na Figura 2 a seguir.
Este arranjo permite um canal de dados com uma taxa de transmissão de
4800bps ou 2400bps superposta acima do canal de voz, com o qual os tons de
teleproteção são alocados.

Voz + Digital
Teleproteção PLC Piloto ou Guarda
do OPLAT

4 kHz

Figura 2 – Equipamento Monocanal com voz + teleproteção e canal de


dados superpostos na mesma banda (BW).

Neste exemplo, teríamos :

14
 1 canal de voz de 2 kHz
 Função Teleproteção integrada no CARRIER analógico
 1 canal de dados síncronos a 2400bps

A Figura 3 abaixo, ilustra um equipamento de duplo canal (bicanal), ocupando 8


kHz de largura de banda. Com esta configuração, um canal com teleproteção e baixa
velocidade para dados pode ser usado para aplicações em sistemas SCADA, enquanto
o outro canal pode trafegar dados com alta taxa de velocidade e vários canais de voz
comprimidos.

Voz +
Teleproteção Dados FSK PLC Digital Piloto

4 kHz 4 kHz
Figura 3 – Equipamento Bicanal com voz + teleproteção e canal de dados

Neste exemplo, teríamos

Canal 1

 1canal de voz dentro da banda de 4 kHz


 3 canais de baixa velocidade com sinais tipo FSK a 200 Baud para aplicações
do sistema SCADA
 Função de Teleproteção com 3 comandos
Canal 2

 Modo de operação de alta velocidade, agregado com taxa de transmissão de até


32kbps, equipado com;
 1 canal de voz;
 1 canal de dados síncrono de 19,2 kbps;
 2 canais de dados assíncronos de 2,4 kbps cada

A Figura 4 abaixo mostra um equipamento monocanal requerendo uma banda


de 8 kHz, mas configurado para trabalhar em um modo de alta taxa usando a largura
de banda inteira. Com esta configuração a taxa de transmissão pode chegar a 64kpbs
podendo ser obtida sob condições favoráveis de linha (boa relação Sinal-Ruído). Uma
possível subdivisão da disponibilidade de capacidade entre diferentes serviços pode
ser realizada como segue:

15
PLC Digital + Teleproteção
Piloto

8 kHz

Figura 4 – Canal de 8 kHz com taxa de transmissão a 64kbps

Neste exemplo, teríamos:

 2 canais de voz
 1 canal de dados síncrono a 19,2kbps
 2 canais de dados assíncronos a 9,6kbps
 1 canal de dados assíncrono a 4,8kbps
 Função de Teleproteção com 3 comandos (com prioridade na teleproteção)

6.1. Uso como Back-Up para sistemas de comunicação em banda larga

Com as interfaces de dados seriais de acordo com o ITU-T, os equipamentos


DPLC estão preparados para serem conectados a um Multiplex PDH ou SHD,
conforme mostrado na Figura 5.
Esta possibilidade abre uma variedade de opções para acesso a uma rede
digital em banda larga e pode ser uma boa solução para as Concessionárias de
Energia Elétrica a um baixo custo.

Link de Fibra Óptica


n * 2 Mbps
Microondas Digital
n * 2 Mbps

Port 1
ou
Port
Port 2
3 Port
Port 1
2
Port 4 Port
Port 3
4

Port
Port 27
2 Port 27
Port
Port 29
30 Backbone Port
Port 28
Port 29
30
2 / 8 / 34 / 155 Mbit/s

PLC
PLC
PL
PLC Como Back-up para importantes PLC
P
PLC
PC serviços operacionais PLC
BW 4 kHz  32 kBit/s L
8 kHz  64 kBit/s

Figura 5

16
7.0 - ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS PARA
APLICAÇÕES DO DPLC EM REDES DIGITAIS

7.1. Geral

Quando operando como um elemento de uma rede complexa de um sistema de


telecomunicações privado, o “enlace” DPLC se torna um “elemento” desta rede.
Certas particularidades (positivas e negativas), podem ser consideradas nestes
casos, e em especial atenção as seguintes:

 Compatibilidade de interfaces;
 Jitter;
 Limitações no uso da transmissão em seções comprimidas da rede (saltos),
podendo ocasionar atrasos ou problemas de compressão de sinais em
múltiplas aplicações e/ou aplicações em cascata;
 Adaptabilidade dos canais de DPLC devido às variações das condições das
linhas de transmissão alta tensão;
 Transmissão de comandos de proteção, sendo estes tratados como prioridade
em detrimento à transmissão de dados digitais.

7.2. Jitter

O Jitter se torna um importante parâmetro quando um canal DPLC é usado


como parte de uma rede digital de transmissão de telecomunicações. O canal DPLC
pode ser usado como um enlace de aproximação ou enlace de acesso, para conexão
entre subestações de energia e um “backbone” principal de uma rede ou como um
canal digital redundante em outras partes da rede de transmissão digital.

O Jitter, como um parâmetro para sistemas DPLC, tem que ser observado de
dois pontos de vista:

 Canal DPLC como um gerador de jitter (quantidade de jitter que o canal DPLC
gera)
 Canal DPLC como um receptor de jitter, corrompendo um sinal digital (o
quanto resistente é um canal DPLC com a presença de jitter)

Os requisitos de Jitter para enlaces digitais estão estabelecidos na


Recomendação ITU-T G.823 [8].

7.3. Limitações em seções com voz comprimida

É fato de que a capacidade de transmissão de um canal DPLC é baixa quando


comparada a outras tecnologias de telecomunicações.
A tecnologia de compressão de voz infelizmente introduz certas limitações para
integração de seções comprimidas (saltos) quando aplicado a sistemas telefônicos
complexos. Um enlace telefônico digital “não é transparente” para todos os tipos de
sinais analógicos. Portanto, estas limitações devem ser levadas em consideração
quando integra-se seções comprimidas em seções complexas em sistemas de
transmissão de telecomunicações.

17
7.3.1. Qualidade de voz e o problema de multi-compressão

A tecnologia de compressão de voz permite transmissões com baixas taxas de


bits, muito mais baixas do que 64kbps, mas ao mesmo tempo produz uma forte
influência na qualidade do sinal transmitido. A qualidade do canal de voz é um dos
mais importantes aspectos globais de Qualidade do Serviço (QoS). Enquanto existem
muitos fatores que tem algum efeito sobre a qualidade de voz, existem alguns
parâmetros “chaves” que podem ser caracterizados como:

 inteligibilidade (clareza do sinal)


 atraso
 eco

A estrutura de um sistema complexo de comunicação de voz inclui um número


de comutações telefônicas e assinantes telefônicos (aparelhos telefônicos, modems
“dial-up” e/ou terminais de fax) interconectados por muitas seções de sistemas de
transmissão de telecomunicações. Em geral, enlaces ponto-a-ponto entre quaisquer
dois assinantes consistem em várias conexões entre seções ou nós. Cada seção
comprimida insere ao sistema um atraso (delay) de 50ms a 250ms. O desconforto da
influência do atraso do canal de voz não afeta a inteligibilidade e o reconhecimento da
voz do usuário.
Um problema bem maior é a influência de seções comprimidas na inteligibilidade
da voz. Se houver uma ou duas compressões e descompressões houver em um enlace
ponto-a-ponto, uma adequada qualidade de transmissão de voz é assegurada. Se
existirem muitas compressões/descompressões sendo executadas em um enlace
ponto-a-ponto a inteligibilidade decresce bastante e há um alto atraso (delay) que
finalmente pode trazer um grande desconforto na comunicação. Para alcançar uma
adequada qualidade é necessário assegurar-se que em um enlace de voz ponto-a-
ponto entre dois assinantes não sejam incluídas muitas seções.

. Isto pode ser alcançado respeitando-se as seguintes regras:

 todos os trânsitos de sinais de voz de uma seção comprimida para outra


deverá ser executado em nível digital;
 todas as seções de interconexão entre centrais telefônicas não devem ser
comprimidas ou, se realmente necessário, comprimidas a uma taxa muito
baixa de compressão (32kbps ADPCM ou em casos extremos 16kbps
ADPCM)

7.3.2. Transmissão de modems analógicos em sinais de AF

Algoritmos para compressão de sinais digitalizados de canais de voz são


baseados nas características da voz humana. Através de uma rede telefônica, outros
tipos de sinais AF (Áudio Frequency) analógicos também são transmitidos, tais como
sinais de modems de dados standard, sinais de modems de dados em banda estreita
(NarrowBand) e sinais de FAX.
Algoritmos de compressão de voz degradam as características dos sinais
analógicos tão severamente que modems analógicos não são capazes de demodular
corretamente os dados de um sinal de AF recebido. Por esta razão, seções
comprimidas não são apropriadas para transmissão de modems de sinais analógicos
de AF.

18
Para transmissão de fax modem analógico a única solução para transmitir
mensagens de fax através de seções comprimidas é usar uma interface de telefonia
que permita a detecção de um sinal de modem.
Quando o sinal de entrada da interface de telefonia é uma voz analógica esta
executa a digitalização e compressão do sinal de voz. A taxa de bit com a qual o sinal
de voz é comprimido é um importante parâmetro.
Se uma interface de telefonia detecta um sinal de fax modem em sua entrada,
esta demodula o sinal analógico de AF em um sinal digital. Este sinal então, é
transmitido através do canal de DPLC. A mesma capacidade do canal de DPLC é
usada para a transmissão do sinal de voz comprimido. Fax-modem somente operam
com alguns valores discretos de taxas de bit. Por esta razão, para transmissão de
sinais de voz comprimidos, uma taxa de transmissão suportada pelo fax deve ser
escolhida previamente.

7.4. Adaptabilidade de um canal DPLC

Uma linha de alta tensão como meio de transmissão de telecomunicações é


relativamente desprotegida de influências do ambiente externo. Esta propriedade é
refletida como sensibilidade a interferências e a outros sinais de distúrbios envolvidos,
mas acima de tudo, as condições de tempo podem ter uma forte influência nas
características das telecomunicações da linha de alta tensão.
A atenuação e o nível de potência do ruído corona tem forte dependência das
condições do tempo. Em condições de tempo adversas (alta umidade relativa do ar,
chuvas, formação de gelo nos cabos condutores, neve, etc...) a atenuação e os níveis
de corona aumentam.
Ambos os fatores tem uma forte influência na redução da SNR na entrada do
receptor. O mínimo valor requerido da SNR, com o qual se assegura uma operação do
canal DPLC estável e com qualidade é chamado de eficiência Eff (veja equação 1).
É desejável que o canal DPLC seja capaz de se adaptar às condições adversas
dos meios de transmissão. A adaptação é possível somente pela redução da eficiência
do canal de DPLC.
Durante a operação, a largura de banda dos canais DPLC BWd certamente não
pode ser mudada. Nesta fase, a eficiência do canal DPLC pode ser reduzida através da
diminuição da capacidade Cd de transmissão do canal DPLC.
A troca da capacidade de transmissão de um canal DPLC durante sua operação
é razoável somente no caso do uso de um canal de múltiplas aplicações (multi-
purpose). Alguns dos serviços associados ao canal são essenciais para a operação do
sistema de potência, enquanto outros são menos importantes ou pelo menos sua
disponibilidade não é crítica.
O canal DPLC pode oferecer uma chamada função ”fall-back“. A função “fall-
back” é a possibilidade de um canal DPLC reduzir automaticamente sua capacidade de
transmissão em condições adversas de tempo de modo que somente os principais
serviços de telecomunicações fiquem assegurados. Quando as condições de tempo
têm uma melhoria, então as condições de transmissão dos sinais voltam a aumentar
podendo retornar automaticamente a seus valores anteriores.
É importante enfatizar que a função “fall-back” não pode ser implementada para
um enlace DPLC entre comutadores em uma rede digital (circuitos comutados), ou
redes de pacotes comutados sem algum sério impacto em sua performance. A função
“fall-back” pode ser implementada em uma aplicação tipo “data-pipe” em redes de
acesso, onde o único efeito será o aumento do atraso na transmissão, devido às taxas
de transmissão normalmente menores que a de uma rede de transporte backbone, por
exemplo.

19
8.0 - QUALIDADE DOS ELEMENTOS DE ACOPLAMENTO

Os elementos que determinam o acoplamento de sistemas CARRIER às Linhas


de Transmissão são:

 Bobinas de Bloqueio
 Capacitor de Acoplamento / Transformador Capacitivo de Tensão (TCP)
 Dispositivo de Acoplamento / Caixa de Sintonia

As bobinas de bloqueio são especificadas pela Norma IEC 60353 [5]. Para
minimizar a influência das ações de chaveamento nas linhas de alta tensão e a
conversação cruzada entre linhas adjacentes, o uso apropriado de bobinas de bloqueio
no espectro de freqüências do DPLC deve ser checado. Isto pode ser feito aterrando-
se a linha nas subestações e medindo-se a atenuação da linha e a perda por retorno
de sinal.
A caixa de Sintonia é especificada pela Norma IEC 60481 [6]. Atenção especial
deve ser dada para enlaces DPLC quanto à perda por retorno e especialmente para
linhas de alta tensão curtas pois pode resultar em uma péssima resposta de freqüência
e consequentemente afetar a qualidade do enlace DPLC. Uma baixa perda por retorno
poderá causar também interferência cruzada do transmissor de um equipamento DPLC
em seu receptor local.

9.0 - MEDIDAS IMPORTANTES

9.1. Nível de Saída / Nível de Entrada

Como é difícil medir os níveis de sinais modulados (especialmente na entrada do


receptor), as medidas de um tom simples gerado por um gerador de sinais podem
ajudar nesta medição. Os manuais dos equipamentos DPLC devem prover uma
fórmula para se calcular o nível do sinal modulado com relação ao nível do tom do
gerador de sinais.

9.2. Nível de Ruído

O nível de ruído deve ser medido na freqüência do CARRIER e na entrada do


equipamento PLC com uma dada largura de banda definida pelo medidor seletivo de
nível, por exemplo 3.1 kHz. Um fator de correção de largura de banda deve ser usado
de modo a se obter o nível de ruído dentro do canal de transmissão.

Kcorrection factor = 10 logTxBW/3.1 kHz

9.3. Relação Sinal-Ruído (SNR)

A SNR é dada pela relação entre o nível do sinal de modulado de recepção em


RMS e o nível de ruído dentro da banda bruta (gross bandwidth) do canal de
transmissão usado. O valor SNR e a largura de banda usada permitem uma taxa
máxima de bit a ser transmitida via o canal. Antes de configurar a taxa de bit do canal
do equipamento DPLC deve ser considerado que a SNR pode mudar significativamente

20
com o tempo. A taxa de bit tem que ser ajustada para assegurar a máxima
disponibilidade possível do enlace.

10.0 - PARÂMETROS DE PERFORMANCE (QoS)

10.1. Geral

A qualidade do canal de transmissão é importante para ambos os sistemas PLC


analógicos ou digitais.

Sistemas PLC Analógicos : é tolerante contra a degradação da qualidade do canal.


Isto significa que a qualidade do canal pode decair dependendo do serviço, mas os
serviços continuam disponíveis. Este comportamento é muitas vezes chamado de
“degradação tolerada”.

Sistemas PLC Digitais : mantém a qualidade dos serviços em toda a faixa de


operação provida, desde que a Relação Sinal Ruído esteja acima de um patamar
mínimo requerido. Se a Relação Sinal-Ruído cai para um limiar abaixo do mínimo
requerido, todos os serviços (exceto a teleproteção analógica) ficarão indisponíveis
simultaneamente.
Um comportamento paralelo ao da “degradação tolerada” para os PLC´s
analógicos é a automática redução na complexidade de modulação (com uma
subseqüente redução da taxa de transmissão) quando a Relação Sinal-Ruído cai para
um limiar abaixo do mínimo. Isto irá assegurar a transmissão dos mais importantes
serviços (previamente programados).
Devido à variação da qualidade de transmissão de energia da linha, por exemplo
devido às mudanças climáticas, o DPLC irá variar sua taxa de transmissão , portanto,
um planejamento conservador e apurado é recomendado para os sistemas CARRIER
Digital.

10.2. Performance de um Sistema PLC Digital

A Recomendação ITU-T G.821 [7] apresenta uma definição de performance de


um enlace de transmissão digital. Os seguintes parâmetros são definidos:

- Segundos Livres de Erros de Bits (EFS – Error Free Seconds)


- Intervalos de um segundo com pelo menos um erro (ES – Errored
Seconds)
- Intervalos de um segundo com taxa de erro > 10-3 (SES – Severely
Errored Seconds)
- Tempo de Disponibilidade (AT – Available Time) – um período de
disponibilidade começa quando o BER em cada segundo é melhor do que
10-3 para um período de 10 segundos consecutivos e termina quando o
BER em cada segundo é pior do que 10-3 para 10 segundos
consecutivos.

Para o planejamento de um enlace digital, o tempo de disponibilidade do sistema


(Available Time – AT) é o mais importante parâmetro a ser considerado para estes
sistemas.
Esta Recomendação especifica a performance de eventos errados, parâmetros
e objetivos de uma conexão de circuito digital chaveado de N x 64 kbit/s usados para

21
tráfego de voz ou dados. É claro que este procedimento de medidas pode não ser
completamente aplicável a outras taxas de transmissão ou redes de pacotes
chaveados.
Outro importante parâmetro para enlaces DPLC é o tempo de recuperação de
sinal (recovery time) ou tempo de ressincronismo. Este tempo é considerado quando o
enlace sob condições normais de operação é perturbado (ruído de impulso, falhas na
linha etc...) e se recupera voltando à sua operação normal. Este tempo de recuperação
influencia na disponibilidade (AT) do enlace.
Para alcançar valores aceitáveis de Tempo de Disponibilidade é essencial
planejar o enlace de PLC com uma margem de relação Sinal-Ruído suficiente para
garantir uma baixa taxa de BER mesmo em condições de tempo desfavoráveis.

Contudo, abaixo mostramos alguns dos fatores que influenciam diretamente o


índice AT :
 Ruído de impulso;
 Operação da teleproteção;
 Mudanças abruptas na linha;
 Tempo de recuperação após perda do sincronismo;
 Interferências.

Vários tipos de fontes de ruídos de impulso são mostrados na tabela 2 a seguir.


O ruído resultante de faltas ou operações na linha tem diferentes durações e
amplitudes. Fora alguns casos de ruídos de arcos-voltáicos, nenhum PLC (analógico
ou digital) é capaz de sustentar uma taxa de erro livre (EFS) na presença de tais ruídos
altamente severos.

Fonte Nível de Ruído Densidade do Pulso Duração (ms)


(dBu) (Pulsos/s)
Descarga +25 1 a 40 Até 1000
Elétrica (média de 2 a 3)

Chave +25 300 a 900 500 a 5000


Seccionadora
Disjuntor de +20 1000 a 2000 5 a 20
Linha
Disjuntor de +4 1000 a 2000 5 a 20
Circuito
Falta Terra (ou c/ +20 1000 a 2000 5 a 20
atuação de pára-
raios)
Arco-Voltáico -20 100 a 300 --

Tabela 2 – Média típica para níveis de ruídos, medidos no lado do cabo


coaxial de RF, num acoplamento de CARRIER com largura de banda de 4 kHz.

O parâmetro crítico ao se planejar um CARRIER seja analógico ou digital é: o


quanto freqüente os ruídos incidentes ocorrem e para o CARRIER Digital em
específico, o tempo de ressincronização, quando estes distúrbios ocorrem de modo a
torná-lo disponível novamente.

22
A resposta está muito vinculada à densidade de modulação, aos requisitos de
largura de banda, possibilidade de adaptabilidade, às condições da linha (fall-back),
como o tempo de ressincronismo é implementado e a flexibilidade do equipamento.

11.0 - COEXISTÊNCIA ENTRE PLC´s DIGITAIS E ANALÓGICOS

Sistemas CARRIER digitais irão coexistir com os sistemas CARRIER analógicos


com o qual estão operando na mesma linha ou numa mesma região geográfica,
podendo estabelecer posteriormente uma rede comum de telecomunicações.

11.1. Migração / Implementação de Carrier digital em uma rede existente de


Carriers analógicos.

O aspecto a ser levado em consideração quando implementado um enlace de


DPLC em uma rede de CARRIER analógicos existentes não será o mesmo para todas
as redes. Isto dependerá de qual solução será implementada na rede existente e os
respectivos serviços planejados para ela.
A principal vantagem do DPLC, quando comparado com o APLC, é a eficiência
no uso do quesito largura de banda. Esta eficiência é alcançada pelas técnicas de
compressão de voz, por exemplo, e também pela alta capacidade de tráfego de
diferentes canais de dados, quando comparada a um enlace analógico limitado por
suas características intrínsecas.
Em outras palavras, isto significa “salvar” banda porque não é necessário manter
grandes quantidades de “espectro” para diferentes enlaces.

A migração de um APLC para um DPLC pode trazer como vantagens :

 Aumentar o número de canais de voz e dados na mesma banda;


 Dar ganho de vida útil a um equipamento que está prestes a sair de serviço
pela pouca utilidade que ele traz em função da implantação de outras
tecnologias;
 Salvar banda, agregando mais serviços dentro de uma mesma largura de
banda;
 Reservar canais para uso futuro sem a necessidade de ocupar novas bandas
de freqüências;
 Integrar os serviços de vários enlaces analógicos, integrados em justamente
um enlace DPLC irá significar menos gastos com manutenção e menos espaço /
infra-estrutura com a alocação de painéis;
 Criar canais com taxas de transmissão mais altas para sistemas SCADA e
outros sistemas de telecontrole;
 Dar um ganho na qualidade do serviço da rede de PLC, pelo melhor
gerenciamento e pela facilidade de manutenção nos equipamentos terminais;
 Facilitar as medidas de performance e de monitoramento dos módulos do
PLC, associados às condições de alarmes e erros;
 Obter fácil monitoramento de interconexões com outros equipamentos PLC;
 Obter melhor sintonia de frequências por software;
 Repetir freqüências em uma rede de sistema CARRIER, que pode ser
aliviada quando comparada com a implantação de enlaces analógicos.

23
12.0 - INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DPLC NAS REDES EXISTENTES

12.1. Como o PLC Digital poderá ser integrado às redes?

Dependendo da taxa de bit, o equipamento DPLC pode necessitar de uma


banda mais larga do que um CARRIER analógico para prover sinais mais rápidos e
taxas de transmissão mais altas. Em alguns casos, devido ao congestionamento de
freqüências em algumas regiões, isto pode ser dificultado. Este fato deve ser levado
em consideração quando se requer uma banda mais larga para um DPLC, pois há
possibilidade de interferência com enlaces adjacentes em operação, devendo ser
considerada durante a fase de planejamento de freqüência da rede.
Para redes com um grande número de nós, pode ser difícil encontrar freqüências
livres para implementar enlaces de DPLC sem que haja troca de bobinas de bloqueio e
caixas de sintonia existentes. Em tais casos é necessário reestudar o espectro de
freqüências para a rede de DPLC levando em consideração as freqüências existentes,
as perdas nos Taps, a sintonia das bobinas de bloqueio, os acoplamentos, as emissões
de espúrios, a existências de Rádio-Farol etc...
Nestas linhas onde múltiplos canais de voz são requeridos, a implementação de
enlaces de DPLC pode reduzir significativamente a quantidade de equipamentos
analógicos necessários e então salvar espectro de freqüências (banda), mesmo se
uma banda de 16 kHz estiver sendo planejada para o PLC Digital.
Poderá ser possível usar o DPLC como um link de acesso a uma rede PDH ou
SDH onde cabos de fibras ópticas ou enlaces de rádio não estão disponíveis. O DPLC
também poderá prover interfaces para fácil integração com redes de outros tipos de
equipamentos.

12.2. Gerenciamento de Redes com Carriers Digitais

É possível uma rede de CARRIER Digitais ser monitorada por completo por um
sistema TNM, um sistema hoje muito utilizado nas redes das Power Utilities.
Todos os módulos funcionais de um equipamento DPLC podem ser facilmente
monitorados, tais como:

 módulos de RF e de saída de potência;


 unidades de fonte
 módulos de processamento de sinais
 módulos de teleproteção
 módulos de dados e voz

Isto quer dizer que todos os dados vitais para verificação do status dos
equipamentos DPLC incluindo ainda, as medições tais como: saída de nível de
potência, Relação Sinal Ruído SNR, nível de sinal recebido, etc..., podem ser
monitorados e periodicamente transmitidos para o gerenciamento de rede TNM ou
outro centro de manutenção remota.

24
13.0 - PLANEJAMENTO DE FREQÜÊNCIAS NO BRASIL

13.1. O congestionamento de freqüências no Brasil e os benefícios com o uso


de DPLC

Devido a limitação do espectro de frequências para sistemas PLC, a expansão


das redes existentes torna-se freqüentemente difícil. No Brasil existem muitos enlaces
PLC analógicos instalados entre as Concessionárias de Energia Elétrica, com muitas
linhas de transmissão tendo até 2 (dois) ou mais enlaces analógicos como redundância
para suas necessidades de Operação.
Como visto neste descritivo técnico, um sistema DPLC desde que bem
planejado, pode substituir 2 ou até 4 enlaces PLC analógicos e contudo pode ser uma
solução para os congestionamentos de redes existentes.
Para um dado número de serviços, o número de canais de sistemas CARRIER
necessário pode ser reduzido significativamente e a alocação de freqüências torna-se
mais fácil. A figura 6 ilustra como a alocação de freqüências pode ser menos densa se
um Carrier analógico for substituído por um DPLC. Isto irá prover um novo
espaçamento de freqüências que poderá até mesmo permitir um novo enlace de PLC.

Figura 6

Devido a sua grande extensão territorial, o Brasil se interconecta muitas vezes


com linhas de transmissão muito longas (algumas até com mais de 350 km !).
Devido a isto, investimentos em sistemas ópticos ou sistemas de transmissão
por microondas tornam-se muito onerosos, ocasionados, muitas vezes pela
necessidade de implantação de estações repetidoras frequentemente em locais sem a
infra-estrutura adequada, ou mesmo com a implantação de amplificadores ópticos de
última geração.
Por estas razões, os sistemas DPLC tornam-se soluções alternativas mais
favoráveis quando existe a necessidade de estabelecimento de rotas principais, para

25
serviços críticos em níveis de transmissão de alta tensão e outras vezes como rotas
alternadas (back-up) em linhas de extra alta tensão.

13.2. O “Retrofit” como a melhor solução para os sistemas DPLC no Brasil


devido ao congestionamento de freqüências.

Qualquer equipamento PLC pode ser modificado ou ampliado para um DPLC


para aumento de sua capacidade, processo este também conhecido por “retrofit”. Isto
permite que a infra-estrutura de comunicação possa ser usada mais eficientemente,
sem a necessidade de altos investimentos. Este conceito mostra que uma transição
gradual de um sistema analógico trabalhando em seu modo standard, para um sistema
digital com alta capacidade de operação, possa ocorrer, utilizando-se inclusive o
mesmo painel ou sub-rack.
Fazer o “Retrofit” ou o “Upgrade” de um sistema PLC analógico é possível a
qualquer momento na própria estação. Uma forte razão para isto é que muitos
equipamentos existentes estão no final da vida útil e o resultado será o incremento de
novos serviços, além de facilitar e reduzir os custos de manutenção.
Outra forte razão é que o espectro de freqüências já está muito congestionado
em certas regiões do Brasil e, portanto, em alguns casos poderíamos com um simples
enlace DPLC de 8 kHz, agregar os mesmos serviços que trafeguem por 4(quatro)
enlaces analógicos, ocupando estes no mínimo 32 kHz de banda.

14.0 - QUADRO RESUMO COM AS EXPERIÊNCIAS EM CARRIER DIGITAL NO


BRASIL

Para coletar as experiências dos usuários, um questionário foi distribuído pelo


GT CE D2, aos membros do Comitê de Estudos do CIGRÉ Brasil e também para as
Concessionárias de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, o que permitiu
montar uma tabela demonstrativa dos enlaces de CARRIER Digital (DPLC) em
operação e as suas respectivas performances.
Pelos dados obtidos, o Brasil possui hoje registrado 255 enlaces de PLC Digital
em sua malha elétrica, operando desde 1997. O primeiro enlace foi um experimento em
FURNAS Centrais Elétricas S.A. em uma Linha de 500kV com 171 km, e não teve boa
performance, tendo apresentado alto índice de indisponibilidade, saída de comando
falso na condição de ruído presente na LT. Entretanto, vários enlaces estão operando
com performance satisfatória em vários níveis de tensão (34,5kV / 69kv / 138kV /
230kV / 345kV / 550kV) e ainda há enlaces que ainda serão instalados. Estes números
ainda são muito tímidos se comparado ao parque de CARRIER analógicos já
instalados e em operação, mas demonstra um grande interesse no uso de DPLC e
suas diversas aplicações.
As respostas coletadas estão resumidas na tabela 3. O modelo de questionário
enviado para as Concessionárias e a tabela com os dados coletados dos sistemas
CARRIER Digitais já instalados ou projetados no Brasil encontram-se respectivamente
nos ANEXOS A e B.

26
Número de enlaces DPLC Total Reportado Total de 255 enlaces
Linhas de Transmissão Voltagem (kV) 34,5 a 525 kV AC
Comprimento das LT’s Diversos comprimentos De 6km a 420km cada
LT’s curtas < 80km LT
LT’s médias 80 a 200km Total aprox. de
LT’s longas > 200km 11.022km
Taxa Máxima de Dados atingida < 19,2 kbps 45,9%
ou usada, com uso de BW=4 kHz (maioria em linhas
longas de tensão extra-
alta 550kV e com
espectro de freqüências
limitado)
Taxa Máxima de Dados atingida 19,2 kbps a 32kbps (devido 38,5%
ou usada, com uso de BW=4 kHz a limitação de BW de (maioria em LT’s
apenas de 4 kHz) médias e longas de
440kV / 345kV / 230kV)
Taxa Máxima de Dados atingida > 32kbps (chegando a 15,6%
ou usada, com uso de BW=8 kHz 81kbps) (maioria em LT’s curtas
e médias de 230kV /
138kV / 69kV)
Serviços em Operação (135 Voz Dig.+ Dados+ Telp. 53,3%
enlaces) Voz Digital.+ Dados 20,7%
Voz Digital + Telp. 14,8%
Só Dados 8,2%
Só Voz Digital 1,5%
Dados + Teleproteção 1,5%

Enlaces com equipamentos Só teleproteção (analógica) 44,3%


preparados p/ upgrade p/ DPLC – Upgrade p/ DPLC
(do total de 255)
Taxas de Performance (nos 135 Regular 11,8%
enlaces em operação) Bom 71,9%
Excelente 15,6%
Ruim 0,7%

Tabela 3 – Resumo das respostas ao Questionário

Da tabela 3 podemos fazer as seguintes observações:

Serviços: Mais do que 90% do enlaces de DPLC foram usados como aplicações de
múltiplos propósitos (voz, dados e teleproteção) em canais compartilhados
(monocanal).
Pode-se usar o OPLAT Digital em vários níveis de tensão, vários comprimentos
de linha e utilizando-se os mesmos sistemas de acoplamento.
No Brasil, devido a sua geografia e grandes distâncias envolvidas, não foi
possível atingir taxas de dados maiores que 19,2kbps em linhas longas de 525kV,
normalmente com mais de 200 km.
Devido a restrições do espectro de freqüências existentes em várias regiões do
Brasil, muitos enlaces tiveram que operar com bandas (monocanal) de apenas 4 kHz e
reservando-se apenas 2kHz de Banda para uso do OPLAT Digital, limitando-se

27
portanto a taxa de transmissão em kbps que, por conseqüência, limita a aplicação de
novos canais digitais aos sistemas projetados.
Alguns clientes investiram em equipamentos que já permitem o upgrade para um
DPLC, com apenas a aquisição de módulos avulsos, e portanto, ainda temos 44,3% do
total de DPLC’s instalados e/ou projetados com possibilidades de agregar mais
serviços a base já instalada, com baixos investimentos.

Performance: A performance dos enlaces CARRIER Digitais foi considerada “Muito


Boa” ou “Excelente” em 87,5% dos casos no Brasil.

Co-existência entre o DPLC e o APLC: Alguns usuários possuem aplicações de


CARRIER Digital (DPLC) e CARRIER Analógico (APLC) em paralelo nas mesmas
linhas de transmissão, onde em muitos casos mantém-se a teleproteção em enlaces
CARRIER analógicos dedicados. Esta co-existência entre os dois sistemas não
causaram problemas ao sistema elétrico.

Planos Futuros: Muitas Concessionárias que responderam os questionários e também


participaram dos seminários coordenados pelo Grupo CE-D2, demonstraram que irão
continuar investindo em planejamento de sistemas CARRIER Digital.

15.0 - CONCLUSÕES

Todas as Concessionárias de Energia Elétrica no Brasil sabem da dificuldade


encontrada hoje para a alocação de um novo enlace de CARRIER, sendo importante
começar a pensar num planejamento voltado para um novo arranjo no espectro de
freqüências, associado a melhor otimização dos serviços que os DPLC´s possam
agregar.
Sabemos que é difícil a aprovação de 100% do orçamento dos Sistemas de
Telecomunicações projetados dentro das Concessionárias de Energia Elétrica, quando o
objetivo fim das mesmas, é a transmissão e comercialização da energia elétrica e devido
a isto, muitas vezes é necessário buscar opções alternativas mais baratas e que
permitam alcançar tantos benefícios quanto forem possíveis.
Com os dados obtidos das Concessionárias pudemos verificar o grande interesse
que há na tecnologia OPLAT Digital que veio como uma nova alternativa técnica e barata
aos já tradicionais e confiáveis sistemas OPLAT analógicos.
Vimos também que é possível aplicar num mesmo canal de 4kHz, vários serviços
agregados que os OPLAT analógicos não permitiam.
Portanto, devido a suas inúmeras vantagens, o retrofit usando equipamentos PLC
Digitais poderá ser uma ótima solução de aplicação nas muitas Concessionárias de
Energia Elétrica no Brasil e talvez a alternativa técnica mais viável, quando não se dispõe
de recursos para investimentos em sistemas digitais usando a tecnologia PDH ou SDH.

16.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) CIGRÉ Technical Brochure 164. Study Committee 35 WG 09, August 2000; Report
on Digital Power Line Carrier.

(2) IEC 60663 (1980-01) – Planning of (single sideband) power line carrier systems.

(3) IEC 60495 (1993-09) – Single sideband power line carrier terminals.

28
(4) ANSI / IEEE Std. 643-1980. IEEE Guide for Power-Line Carrier Applications.

(5) IEC 60353 (1989). Line traps for A.C. power systems.

(6) IEC 60481 (1974). Coupling devices for power line carrier systems.

(7) ITU-T Recommendation G.821. Error performance of an international digital


connection operating at a bit rate below the primary rate and forming part of an
Integrated Services Digital Network.

(8) ITU-T Recommendation G.823. The control of jitter and wander within digital networks
which are based on the 2048kbit/s hierarchy.

(9) CIGRE Technical Brochure 302. Study Committee D2, TF D2.08 August 2006; Digital
Power Line Carrier Equipment, Present Use and Future Applications.

29
ANEXO A

SCTF D2 – Brasil

Questionário :
Sumário
FORMULÁRIO CARRIER DIGITAL

Empresa:

1) Nome da Linha de Transmissão/enlace:

2) Nível de Tensão da Linha (kV):

3) Comprimento da Linha (km):

4) CARRIER: ( ) monocanal ou ( ) bicanal:

5) Faixa de Operação do Equipamento (kHz):

6) Taxa de Velocidade em operação (kbit/s):

7) Quantos canais digitais em operação e quais as funções (Dados, Voz e/ou Teleproteção):

8) O enlace já entrou em operação? ( ) Sim ( ) Não

8.1) Se a resposta acima for Sim, em que ano entrou em operação?

8.2) Se entrou em operação como está a performance do enlace:

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

8.3) Caso a resposta acima seja Não, favor colocar os comentários na tabela abaixo.

9) Modelo do Equipamento:

10) Fabricante:

Espaço para Comentários:

30
ANEXO B

Taxa de
Quantidade Data Entrada Faixa de Frequência
EMPRESA Nome(s) da(s) LT´s Comprimento Tensão (KV) Transm. Serviços Performance
Enlaces em Operação (kHz)
(Kbit/s)
FURNAS / 184-192kHz /196- 1 Teleproteção / 1 Voz /
AMPLA 1 9/10/2006 LT São José-Magé 46km 138 27,2 204kHz 2 Dados Bom
172-180kHz 2 Voz/2 Dados/1
ENERPEIXE 1 6/03/2006 LT Gurupi - Peixe 95km 500 19,2 /180-1882kHz Teleproteção Bom
2 Voz / 1 Teleproteção
ELETROSUL 1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 252-276kHz analógica Regular
1 Voz / 1 Teleproteção
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 280-324kHz analógica Regular
1 Voz / 1 Teleproteção
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 160-176kHz analógica Regular
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 124-140kHz 1 Voz Regular
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 192-200kHz 1 Dados Regular
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 236-240kHz 1 Dados Regular
1 2000 LT Itá-Santo Ângelo 252km 525 9,6 208-216kHz 1 Dados Regular
1 2002 LT Caxias-Campos Novos 203km 525 4,8 48-56kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Bom
1 2002 LT Caxias-Campos Novos 203km 525 4,8 64-72kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Bom
1 2002 LT Caxias-Itá 260km 525 4,8 140-148kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Bom
1 2002 LT Caxias-Itá 260km 525 4,8 148-156kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Bom
1 2002 LT Itajaí-Itajaí 2 10km 138 32 228-236kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Ótimo
1 2002 LT Itajaí-Camboriú 25km 138 32 212-220kHz 1 Voz / 1 Teleproteção Ótimo
360-368kHz/384- 5 Voz / 2 Dados / 1
CHESF 2 2003 LT 04M6 Milagres - UHE Coremas 119,4 Km 230kV 32 Bom
392kHz Teleproteção
304-312kHz/324-
119,4 Km 230kV 32 1 Dados (rede WAN)/ 1 Bom
332kHz
176-184kHz/200- 5 Voz / 2 Dados / 1
2 2003 LT 04S9 Rio Largo-Penedo 122,7 Km 230kV 32 Bom
208kHz Teleproteção
248-256kHz/256-
122,7 Km 230kV 32 1 Dados (rede WAN)/ 1 Bom
264kHz
280-288kHz/312- 5 Voz / 2 Dados/ 1
1 2002 LT 04N2 Juazeiro-Senhor do Bonfim 148,5 Km 230kV 28,8 Bom
320kHz Teleproteção
2002 200-208kHz/184- 1 Dados (rede WAN)/ 1
1 LT 04N1 Juazeiro-Senhor do Bonfim 148,5 Km 230kV 28,8 Bom
192kHz Teleproteção
2002 376-384kHz/344- 1 Dados (rede WAN)/1
1 LT 04L2/N2 Juazeiro-Jaguarari (Deriv 1) 41,7 Km 230kV 32 Ótimo
352kHz Teleproteção
2002 264-272kHz/296- 5 Voz / 3 Dados/ 1
1 LT 04N1/L1 Juazeiro-Jaguarari (Deriv 2) 41,7 Km 230kV 32 Ótimo
304kHz Teleproteção
2002 328-336kHz/360- 4 Voz / 1 Dados/ 1
1 LT 04N1/L1 Jaguarari-Senhor do Bonfim 126,7 Km 230kV 28,8 Bom
368kHz Teleproteção
2002 196-200kHz/216- 2 Voz / 2 Dados / 1
2 LT 04F1 Senhor do Bonfim-Irecê 214 Km 230kV 28,8 Bom
224kHz Teleproteção

31
168-176kHz/144-
214 Km 230kV 28,8 3 Voz / 1 Teleproteção Bom
152kHz
120-128kHz/104- 5 Voz / 2 Dados / 1
2 2002 LT 04F2 Irecê-Bom Jesus da Lapa 285,7 Km 230kV 28,8 Regular
112kHz Teleproteção
OBS. FREQ. RX (KHz) 72- 1 Dados (Rede WAN)/ 1
285,7 Km 230kV 28,8 Regular
Seccionamento 80/ TX (KHz) 88-96 Teleproteção
160-168kHz/136- 4 Voz / 2 Dados / 1
(Cont.CHESF) 2 2002 LT 04L1 Bom Jesus da Lapa-Barreiras 233,5 Km 230kV 28,8 Regular
144kHz Teleproteção
208-216kHz/184- 1 Dados (rede WAN) / 1
233,5 Km 230kV 28,8 Regular
192kHz Teleproteção
136-144kHz/160- 5 Voz / 2 Dados/ 1
1 2005 LT 04M2 Eliseu Martins-S. João do Piauí 172,9 Km 230 kV 32 Bom
168kHz Teleproteção
240-242kHz/242 - 5 Voz / 2 Dados / 1
1 2002 LT 04M1 São João do Piauí-Picos 167,8 Km 230kV 32 Bom
244kHz Teleproteção
CHESF / NTE 2 2004 LT 05V1 Angelim -Xingo 204,7 Km 500 kV 32 92-96kHz/88-92kHz 1 Voz / 1Teleproteção Bom
380-384kHz/376-
204,7 Km 500 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Bom
380kHz
116-120kHz;160-
1 2004 LT 04C5 Angelim -Campina Grande II 185,8 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Bom
164kHz
CHESF / 392-396kHz/396-
1 2005 LT 04C6 Recife II - Schincariol 32,0 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Ótimo
SCHINCARIOL 400kHz
2005 312-316kHz/316-
1 LT 04C6 Mirueira - Schincariol 27,0 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Ótimo
320kHz
2005 344-348kHz/348-
1 LT 04C6 Recife II - Mirueira 31,4 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Ótimo
352kHz
2005 184-188kHz/192-
1 LT 04F1 Teresina - Coelho Neto (ELN) 195 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Bom
196kHz
2005 340-344kHz/336-
1 LT 04F1 Teresina - Schincariol 124 Km 230 kV 32 1 Voz / 1Teleproteção Bom
340kHz
224-232kHz/312- 1 Teleproteção / 2
CEMIG 1 2002 LT Ibiritermo - SE Cinco 9,8km 138 38,4 320kHz Dados / 2 Voz Ótimo
360-396kHz / 296- 4 Voz / 4 Dados / 1
CEEE 2 2000 LT Guarita-Santa Rosa 230kV 95km 230 19,2 e 32 328kHz Teleproteção Bom
192-200kHz / 216- 2 Voz / 2 Dados / 1
2 2000 LT Itaúba-Usina D. Francisca 26,5km 230 32 224kHz Teleproteção Bom
132-140kHz / 108- 2 Voz / 2 Dados / 1
2 2000 LT Santa Maria-UHE D. Francisca 73,6km 230 32 116kHz Teleproteção Bom
312-344kHz / 380- 4 Voz / 4 Dados / 1
1 2000 LT Guarita-UHPF 86,9km 230 32 412kHz Teleproteção Bom
76-84kHz / 92- 1 Voz / 3 Dados / 1
1 2002 LT Pelotas-Quintas 44km 230 32 100kHz Teleproteção Bom
396-428kHz/436-
ESCELSA 1 abr/00 LT Cariacica-Suíça 35,3km 138 27 468kHz 1 Voz / 2 Dados Bom
184-216 kHz/284-
1 abr/00 LT CEASA - Jucú 20,5km 34,5 40,5 316kHz 1 Voz / 3 Dados Bom
160-192 kHz/224-256
1 abr/00 LT Cariacica-Rio Bonito 35,3km / 9,5km 138 / 69 40,5 kHz 1 Voz / 2 Dados Bom
344-376 kHz/380-
1 abr/00 LT Cachoeiro - Fruteiras 18km 138 81 412kHz 1 Voz / 4 Dados Ótimo
232-264 kHz/264-296
1 abr/00 LT Cachoeiro - Castelo 33,5KM 138 40,5 kHz 1 Voz / 1 Dados Bom
Grupo Rede / 388-404kHz / 408- 1 Teleproteção / 2
CEMAT 2 nov/02 LT UHE Jaurú - SE Jaurú 25km 138 64 424kHz Dados / 2 Voz Ótimo
32
CTEEP 1 DEZ / 03 ARARAQUARA/ BAURU 103,72 440 * 384-388 /388-392 TELEPROTEÇÃO ----------

01 TELEPROTEÇÃO,
ARARAQUARA / BAURU 103,72 440 19,2
CTEEP 1 DEZ / 03 336-340 /340-344 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 AGO / 03 ARARAQUARA / ILHA SOLTEIRA 375,94 440 * 112-116/116-120 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 AGO / 03 ARARAQUARA / ILHA SOLTEIRA 375,94 440 19,2 232-236/236-240 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 SET / 03 ÁGUA VERMELHA / ILHA SOLTEIRA 142,18 440 * 316-320/ 320-324 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 SET / 03 ÁGUA VERMELHA / ILHA SOLTEIRA 142,18 440 19,2 296-300/328-332 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 DEZ / 03 ASSIS / BAURU 137,67 440 * 180-184/ 184-188 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 DEZ / 03 ASSIS / BAURU 137,67 440 19,2 284-288/308-312 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 DEZ / 03 BAURU / CABREUVA 235,29 440 19,2 104 –108/252-256 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 DEZ / 03 BAURU / CABREUVA 235,29 440 19,2 220-224/224-228 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 SET / 03 EMBU GUAÇU / OESTE 80,67 440 * 140-144/144-148 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 SET / 03 EMBU GUAÇU / OESTE 80,67 440 19,2 120-124/172-176 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 SET / 03 CBA / OESTE 18,01 440 * 236-240/260-264 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 SET / 03 CBA / OESTE 18,01 440 19,2 288-292/344-348 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 SET / 03 CBA / EMBU GUAÇU 62,35 440 * 152-156/156-160 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CTEEP 1 SET / 03 CBA / EMBU GUAÇU 62,35 440 19,2 376-380/396-400 Bom
01 VOZ, 01 DADOS
CTEEP 1 SET / 03 BAURU / OESTE 227,80 440 * 348-352/352-356 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BAURU / OESTE 227,80 440 19,2
CTEEP 1 SET / 03 360-364/364-368 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 SET / 03 BAURU / OESTE 227,80 440 * 297,5-300/325-327,5 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 SET / 03 BAURU / OESTE 227,80 440 * 332-334/272-274 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 AGO / 03 BAURU / ILHA SOLTEIRA 324,60 440 * 212-216/216-220 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BAURU / ILHA SOLTEIRA 324,60 440 19,2
CTEEP 1 AGO / 03 200-204/204-208 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUL / 03 BAURU / JUPIA 312,06 440 * 40-44/44-48 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BAURU / JUPIA 312,06 440 19,2
CTEEP 1 JUL / 03 52-56 /56-60 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
BOM JARDIM / CABREUVA 23,72 440 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 116-120/148-152 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
BOM JARDIM / CABREUVA 23,72 440 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 228-232/232-236 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 MAI / 05 CABREUVA / GERDAU 18,41 440 * 168-172/172-176 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
CABREUVA / GERDAU 18,41 440 19,2
CTEEP 1 MAI / 05 240-244/244-248 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 MAI / 05 GERDAU / EMBU GUAÇU 55,57 440 * 264-268/292-296 TELEPROTEÇÃO ----------

33
01 TELEPROTEÇÃO,
GERDAU / EMBU GUAÇU 55,57 440 19,2
CTEEP 1 MAI / 05 160-164/312-316 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 AGO / 03 ILHA SOLTEIRA / TRÊS IRMÃOS 49,27 440 * 140-144/144-148 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
ILHA SOLTEIRA / TRÊS IRMÃOS 49,27 440 19,2
CTEEP 1 AGO / 03 172-176/176-180 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUL / 03 JUPIÁ / TAQUARUÇU 208,45 440 * 220-224/232-236 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
JUPIÁ / TAQUARUÇU 208,45 440 19,2
CTEEP 1 JUL / 03 244-248/248-252 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUL / 03 JUPIÁ / TRÊS IRMÃOS 43,80 440 * 264-268 / 268-272 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
JUPIÁ / TRÊS IRMÃOS 43,80 440 19,2
CTEEP 1 JUL / 03 276-280 / 376-380 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
BAIXADA SANTISTA / EMBU GUAÇU 45,90 345 19,2
CTEEP 1 AGO / 03 210-214 / 214-218 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
BAIXADA SANTISTA / SUL 21.30 345 19,2
CTEEP 1 SET / 03 332-336 / 336-340 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
BAIXADA SANTISTA / COSIPA 3,90 345 19,2
CTEEP 1 SET / 03 162-166 / 166-170 01 VOZ, 01 DADOS Bom
BAIXADA SANTISTA / TIJUCO PRETO 395-397,5 / 397,5- 01 TELEPROTEÇÃO,
26,20 345 19,2
CTEEP 1 OUT / 03 (FURNAS) 400 01 VOZ, 01 DADOS Bom
BAIXADA SANTISTA / TIJUCO PRETO 377,5-380 / 380- 01 TELEPROTEÇÃO,
26,20 345 19,2
CTEEP 1 OUT / 03 (FURNAS) 382,5 01 VOZ, 01 DADOS Bom
137,5-140 / 140- 01 TELEPROTEÇÃO,
NORDESTE / GUARULHOS (FURNAS) 34,90 345 19,2
CTEEP 1 DEZ / 03 142,5 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
NORDESTE / GUARULHOS (FURNAS) 34,90 345 19,2
CTEEP 1 DEZ / 03 128-132 / 132-136 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV. ANHANGUERA / MILTON 01 TELEPROTEÇÃO,
4,50 345 19,2
CTEEP 1 JUN/07 FORNASARO 142-146 / 146-150 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV. ANHANGUERA / MILTON
4,50 345 * ----------
CTEEP 1 JUN/07 FORNASARO 160-164/156-160 TELEPROTEÇÃO
PREV. ANHANGUERA / MILTON
4,50 345 * ----------
CTEEP 1 JUN/07 FORNASARO 168-172/172-176 TELEPROTEÇÃO
PREV. ANHANGUERA / MILTON
4,50 345 * ----------
CTEEP 1 JUN/07 FORNASARO 188-192/192-196 TELEPROTEÇÃO
CTEEP 1 JUN / 06 MILTON FORNASARO / XAVANTES 15,66 345 * 208-212/212-216 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
MILTON FORNASARO / XAVANTES 15,66 345 19,2
CTEEP 1 JUN / 06 224-228/ 228-232 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUN / 06 MILTON FORNASARO / XAVANTES 15,66 345 * 244-248/252-256 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 MILTON FORNASARO / XAVANTES 15,66 345 * 264-268/272-276 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 INTERLAGOS / XAVANTES 7,43 345 * 96-100/100-104 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 INTERLAGOS / XAVANTES 7,43 345 * 108-112/112-116 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 INTERLAGOS / XAVANTES 7,43 345 * 120-124/124-128 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 INTERLAGOS / XAVANTES 7,43 345 * 132-136/136-140 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 S/ PREVISÃO IBIUNA (FURNAS) / INTERLAGOS 61,32 345 * 312-316/324-328 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 S/ PREVISÃO IBIUNA (FURNAS) / INTERLAGOS 61,32 345 * 348-352/352-356 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 S/ PREVISÃO IBIUNA (FURNAS) / INTERLAGOS 61,32 345 * 364-368/368-372 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 S/ PREVISÃO IBIUNA (FURNAS) / INTERLAGOS 61,32 345 * 404-408/408-412 TELEPROTEÇÃO ----------
PREV.
EMBU GUAÇU / INTERLAGOS 22,45 345 * ----------
CTEEP 1 MAI/07 88-9/172-176 TELEPROTEÇÃO
34
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
EMBU GUAÇU / INTERLAGOS 22,45 345 19,2
CTEEP 1 MAI/07 184-188/316-320 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV.
EMBU GUAÇU / INTERLAGOS 22,45 345 * ----------
CTEEP 1 MAI/07 192-196/196-200 TELEPROTEÇÃO
PREV.
EMBU GUAÇU / INTERLAGOS 22,45 345 * ----------
CTEEP 1 MAI/07 328-332/376-380 TELEPROTEÇÃO
CTEEP 1 SET / 06 ÁGUA VERMELHA / ARARAQUARA 308,58 440 * 80-84/ 84-88 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
ÁGUA VERMELHA / ARARAQUARA 308,58 440 19,2
CTEEP 1 SET / 06 92-96/160-164 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 ABR / 06 ÁGUA VERMELHA / RIBEIRÃO PRETO 322,93 440 * 108-112/152-156 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 ABR / 06 ÁGUA VERMELHA / RIBEIRÃO PRETO 322,93 440 * 180-184/184-188 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 ARARAQUARA / MOGI MIRIM III 166,59 440 * 156-160/192-196 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 JUN / 06 ARARAQUARA / MOGI MIRIM III 166,59 440 * 164-168/168-172 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 ABR / 06 ARARAQUARA / SANTO ÂNGELO 276,69 440 * 96-100/100-104 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 ABR / 06 ARARAQUARA / SANTO ÂNGELO 276,69 440 * 124-128/128-132 TELEPROTEÇÃO ----------
ARARAQUARA / STA. BÁRBARA
140 440 * ----------
CTEEP 1 MAI / 06 D’OESTE 248-252/260-264 TELEPROTEÇÃO
ARARAQUARA / STA. BÁRBARA
140 440 * ----------
CTEEP 1 MAI / 06 D’OESTE 292-296/300-304 TELEPROTEÇÃO
CTEEP 1 DEZ / 07 ASSIS / CAPIVARA 106,91 440 * 160-164/164-168 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 DEZ / 07 ASSIS / CAPIVARA 106,91 440 * 172-176/176-180 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 DEZ / 06 BOM JARDIM / SUMARÉ 46,65 440 * 332-336/336-340 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BOM JARDIM / SUMARÉ 46,65 440 19,2
CTEEP 1 DEZ / 06 344-348/348-352 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 MAR / 07 BOM JARDIM / TAUBATÉ 154,58 440 * 132-136/136-140 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BOM JARDIM / TAUBATÉ 154,58 440 19,2
CTEEP 1 MAR / 07 160-164/164-168 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUN / 06 BOM JARDIM / SANTO ÂNGELO 119,21 440 * 208-212/268-272 TELEPROTEÇÃO ----------
01 TELEPROTEÇÃO,
BOM JARDIM / SANTO ÂNGELO 119,21 440 19,2
CTEEP 1 JUN / 06 280-284/284-288 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 NOV / 06 CAPIVARA / TAQUARUÇU 68,82 440 * 192-196/196-200 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 NOV / 06 CAPIVARA / TAQUARUÇU 68,82 440 * 204-208/208-212 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 ABR / 06 EMBU GUAÇU / SANTO ÂNGELO 74,65 440 * 272-276/276-280 TELEPROTEÇÃO ----------
CTEEP 1 ABR / 06 EMBU GUAÇU / SANTO ÂNGELO 74,65 440 * 316-320/320-324 TELEPROTEÇÃO ----------
PREV.
MOGI MIRIM III / SANTO ÂNGELO 180,72 440 * ----------
CTEEP 1 ABR/07 176-180/180-184 TELEPROTEÇÃO
PREV.
MOGI MIRIM III / SANTO ÂNGELO 180,72 440 * -----------
CTEEP 1 ABR/07 188-192/224-228 TELEPROTEÇÃO
RIBEIRAÕ PRETO / STA. BÁRBARA
173,30 440 * -----------
CTEEP 1 DEZ / 06 D’OESTE 140-144/144-148 TELEPROTEÇÃO
RIBEIRÃO PRETO / STA. BÁRBARA 01 TELEPROTEÇÃO,
173,30 440 19,2
CTEEP 1 DEZ / 06 D’OESTE 224-228/228-232 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 JUL / 06 STA.BÁRBARA D’OESTE / SUMARÉ 21,15 440 * 200-240/204-208 TELEPROTEÇÃO -----------
01 TELEPROTEÇÃO,
STA.BÁRBARA D’OESTE / SUMARÉ 21,15 440 19,2
CTEEP 1 JUL / 06 212-216/216-220 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 PREV. ANHANGUERA / EDGARD DE SOUZA 16,60 230 * 104-108/108-112 TELEPROTEÇÃO ----------

35
JUN/07
PREV.
ANHANGUERA / EDGARD DE SOUZA 16,60 230 * ----------
CTEEP 1 JUN/07 244-248/248-252 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / EDGARD DE SOUZA 16,60 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 224-228/232-236 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / EDGARD DE SOUZA 16,60 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 200-204/204-208 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / CENTRO 7,50 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 116-120/212-216 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / CENTRO 7,50 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 284-288/292-296 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / CENTRO 7,50 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 344-348/348-352 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / CENTRO 7,50 230 * -----------
CTEEP 1 JUN/07 380-384/396-400 TELEPROTEÇÃO
PREV.
APARECIDA / STA. CABEÇA 41,47 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 160-164/164-168 TELEPROTEÇÃO
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
APARECIDA / STA. CABEÇA 41,47 230 19,2
CTEEP 1 DEZ/07 184-188/188-192 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV.
APARECIDA / TAUBATÉ 41,52 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 100-104/104-108 TELEPROTEÇÃO
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
APARECIDA / TAUBATÉ 41,52 230 19,2
CTEEP 1 DEZ/07 116-120/120-124 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV. BAIXADA SANTISTA / HENRY
6,32 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 BORDEN (EMAE) 148-152/152-156 TELEPROTEÇÃO
PREV. BAIXADA SANTISTA / HENRY 01 TELEPROTEÇÃO,
6,32 230 19,2
CTEEP 1 DEZ/07 BORDEN (EMAE) 172-176/176-180 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 MAI / 06 EDGARD DE SOUZA / PIRITUBA 20,56 230 * 140-144/144-148 TELEPROTEÇÃO Regular
01 TELEPROTEÇÃO,
EDGARD DE SOUZA / PIRITUBA 20,56 230 19,2
CTEEP 1 MAI / 06 182-186/160-164 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 MAI / 06 EDGARD DE SOUZA / PIRITUBA 20,56 230 * 130-134/134-138 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 MAI / 06 EDGARD DE SOUZA / PIRITUBA 20,56 230 * 150-154/154-158 TELEPROTEÇÃO -----------
PREV.
HENRY BORDEN (EMAE) / PIRATININGA 33 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 100-104/104-108 TELEPROTEÇÃO
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
HENRY BORDEN (EMAE) / PIRATININGA 33 230 19,2
CTEEP 1 DEZ/07 136-140/140-144 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 S/PREVISÃO MOGI / MOGI (FURNAS) 5,70 230 * 196-200/200-204 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO MOGI / MOGI (FURNAS) 5,70 230 * 220-224/224-228 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO MOGI / MOGI (FURNAS) 5,70 230 * 112-116/116-120 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO MOGI / MOGI (FURNAS) 5,70 230 * 208-212/212-216 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / MOGI (FURNAS) 49,91 230 * 124-128/128-132 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / MOGI (FURNAS) 49,91 230 * 136-140/140-144 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / MOGI (FURNAS) 49,91 230 * 160-164/164-168 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 S/PREVISÃO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / MOGI (FURNAS) 49,91 230 * 184-188/188-192 TELEPROTEÇÃO -----------
PREV.
MOGI / SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 50,70 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 264-268/268-272 TELEPROTEÇÃO
PREV.
MOGI / SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 50,70 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 284-288/288-292 TELEPROTEÇÃO

36
PREV.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ 34,71 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 148-152/152-156 TELEPROTEÇÃO
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / TAUBATÉ 34,71 230 19,2
CTEEP 1 DEZ/07 172-176/176-180 01 VOZ, 01 DADOS Bom
CTEEP 1 NOV / 04 BOTUCATU / CHAVANTES – C4 137,30 230 * 370-374/374-378 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 NOV / 04 BOTUCATU / CHAVANTES – C4 137,30 230 * 270-274/274-278 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 MAI / 05 BAURU / JUPIÁ 312,06 440 * 60-62/ 62-64 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 MAI / 05 BAURU / JUPIÁ 312,06 440 * 87,5-90/90-92,5 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 JUL / 05 BAURU / ILHA SOLTEIRA 324,60 440 * 135-137,5/137,5-140 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 JUL / 05 BAURU / ILHA SOLTEIRA 324,60 440 * 188-190/256-258 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 AGO / 05 BAURU / CABREUVA 235,29 440 * 222,5-225/225-227,5 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 AGO / 05 BAURU / CABREUVA 235,29 440 * 372,5-375/370-372,5 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 JUN / 05 ARARAQUARA – ILHA SOLTEIRA 375,94 440 * 156-158/158-160 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 JUN / 05 ARARAQUARA – ILHA SOLTEIRA 375,94 440 * 127,5-130/197,5-200 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 AGO / 02 CHAVANTES / PIRAJU 38,07 230 * 188-196/232-240 TELEPROTEÇÃO -----------
CTEEP 1 AGO / 02 CHAVANTES / PIRAJU 38,07 230 * 276-284/288-296 TELEPROTEÇÃO -----------
01 TELEPROTEÇÃO,
JURUMIRIM / AVARÉ NOVA 35,90 230 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 138-146/130-138 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
JURUMIRIM / AVARÉ NOVA 35,90 230 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 358-366/350-358 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
AVARÉ NOVA / BOTUCATU 52,34 230 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 330-338/338-346 01 VOZ, 01 DADOS Bom
01 TELEPROTEÇÃO,
AVARÉ NOVA / BOTUCATU 52,34 230 19,2
CTEEP 1 NOV / 03 256-264/312-320 01 VOZ, 01 DADOS Bom
PREV.
APARECIDA / TAUBATÉ C2 41,5 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 244–248/248-252 TELEPROTEÇÃO
PREV.
APARECIDA / TAUBATÉ C2 41,5 230 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 254–258/258–262 TELEPROTEÇÃO
PREV. HENRY BORDEN / BAIXADA
7,0 88 * -----------
CTEEP 1 SET/07 SANTISTA C3, C4 220–224/224–228 TELEPROTEÇÃO
PREV. HENRY BORDEN / BAIXADA
7,0 88 * -----------
CTEEP 1 SET/07 SANTISTA C3, C4 230–234/234-238 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / GUARULHOS (FURNAS) 21,5 345 * -----------
CTEEP 1 JUL/07 176–180/180–184 TELEPROTEÇÃO
PREV. 01 TELEPROTEÇÃO,
ANHANGUERA / GUARULHOS (FURNAS) 21,5 345 19,2 -----------
CTEEP 1 JUL/07 216–220/220–224 01 VOZ, 01 DADOS
PREV.
ANHANGUERA / GUARULHOS (FURNAS) 21,5 345 * -----------
CTEEP 1 JUL/07 120–124/124–128 TELEPROTEÇÃO
PREV.
ANHANGUERA / GUARULHOS (FURNAS) 21,5 345 * -----------
CTEEP 1 JUL/07 152–156/164-168 TELEPROTEÇÃO
PREV. 1Voz, 1 Dados e 1
ILHA SOLTEIRA / TRÊS IRMÃOS 43,2 138 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 ---------- TELEPROTEÇÃO
PREV. 1Voz, 1 Dados e 1
ILHA SOLTEIRA / TRÊS IRMÃOS 43,2 138 * -----------
CTEEP 1 DEZ/07 --------- TELEPROTEÇÃO
IBERDROLA /
COELBA / 104-112kHz / 112- 2 Voz / 2 Dados / 1
CHESF 1 nov/02 LT Funil-Brumado 220km 230 64 120kHz Teleproteção Ótimo
COPEL 1 2000 LT Pitanga-Ivaiporã 67km 138 32 178-196kHz / 192- 1 Teleproteção / 2 Bom
37
200kHz Dados / 2 Voz

EXPANSION 1 dez/02 LT Samambaia - Itumbiarara 300km 550 19,2 156-164kHz 2 Dados / 1 Voz Regular
344-348kHz / 360-
1 dez/02 LT Samambaia -Emborcação 300km 550 19,2 364kHz 2 Dados / 1 Voz Regular
ELETRONORTE
/ SIEMENS 1 2000 LT Santana - ELN 108km 138 48 156-160kHz 2 Dados / 5 Voz Ótimo
CEMIG 1 2001 LT UHE Nanunque - SE Nanunque 25km 138 56 200-204kHz 2 Dados / 2 Voz Ótimo
100-108 / 108- CH1 = 1 Teleproteção e
ENERSUL 1 Dez/2005 LT Porto Murtinho - SE Jardim 195km 138 19,2 116kHz 1 Voz CH2 = 1 Dados Regular
3 Telp.(Alívio de Carga) /
1 Voz / 1 Teleproteção
CBA 1 30/4/2005 LT CBA - Cabreúva (CTEEP) 40km 230 16,4 84-88kHz / 88-92kHz LT Ótimo
288-292 / 344- CH1 = 1 Teleproteção e
1 30/9/2006 LT CBA - Oeste circ. II (CTEEP) 65km 440 32 348kHz 1 Voz CH2 = 1 Dados Ótimo
376-380 / 396- CH1 = 1 Teleproteção e
1 30/9/2006 LT CBA - Embu-Guaçu (CTEEP) 23km 440 32 400kHz 1 Voz CH2 = 1 Dados Ótimo
Ruim (Link
ELETRONORTE 1 2001 LT Rondonópolis-Couto Magalhães 176km 138 32 220-256 kHz 2 Dados / 4Voz Desativado)
1 2001 LT Rondonópolis-B. do Peixe I 217km 230 28,8 128-284kHz 2 Dados / 3 Voz Bom
1 2001 LT Rondonópolis Coxipó 189km 230 28,8 204-244kHz 2 Dados / 3 Voz Bom
1 2001 LT Rondonópolis - Coxipó 189 km 230 28,8 268-236kHz 2 Dados / 3 Voz Bom
1 2001 LT Rondonópolis - Coxipó 189 km 230 32 340-308 kHz 2 Dados / 3 Voz Bom
3 Dados / 4 Voz / 3
1 2001 LT Coxipó - Nobres 100 km 230 32 220-252 kHz teleproteção Bom
4 Dados / 3 Voz / 3
1 2001 LT Coxipó - Nobres 100 km 230 48 324-364kHz teleproteção Bom
1 2001 LT Nobres – Nova Mutum 104 km 230 48 196-128 kHz 2 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Nobres – Nova Mutum 104 km 230 48 348-300 kHz 4 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Nova Mutum - Sorriso 149 km 230 32 144-180 kHz 2 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Nova Mutum - Sorriso 149 km 230 48 212-268 kHz 2 Dados / 5 Voz Bom
1 2001 LT Sorriso – Sinop 86 km 230 32 116-228 kHz 2 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Sorriso - Sinop 86 km 230 48 284-316 kHz 7 Voz Bom
1 2002 LT Santana – Coaracy Nunes 110 km 138 48 152-164 kHz 2 Dados / 2 Voz Bom
1 1998 LT Imperatriz - P. Dutra 388 km 500 40,5 96-144 kHz 2 Dados / 3 Voz Bom
1 2001 LT Imperatriz - Marabá 182 km 500 28,8 160-192 kHz 4 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Marabá – Tucuruí 229 km 500 28,8 100-132 kHz 6 Dados / 4 Voz Bom
1 2001 LT Tucuruí – Vila do Conde 328 km 500 28,8 136-168 kHz 8 Dados / 6 Voz Bom
1 Dados / 2 Voz / 4
1 2003 LT Marabá - Carajás 156 km 230 74,4 140-156 kHz teleproteção Bom
1 Dados / 2 Voz / 4
1 2003 LT Carajás – Vale do Rio Doce 25 km 230 74,4 172-188 kHz teleproteção Bom
1 Teleproteção / 1 Voz /
EATE 1 mai/03 LT Imperatriz - Açailândia 58km 550 32 244-252kHz 1 Dados Ótimo
224-232kHz / 240- CH1 = 1 Teleproteção 1
CELG / Koblitz 1 12/5/2006 PCH Espora - SE Cachoeira Alta 100km 138 32 248kHz Voz CH2 = 1 dados Ótimo

38
Cobelux/ Lote J 1 SET/2006 LT Porto Primavera – Dourados 215km 230 20 120 – 136 kHz 1 Voz / 4 Dados Bom
Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Dourados 215km 230 * 260 – 268 kHz (Analógico) -----------
Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Dourados 215km 230 * 276 – 284 kHz (Analógico) -----------
Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Dourados 215km 230 * 292 – 300 kHz (Analógico) -----------
Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Dourados 215km 230 * 304 – 312 kHz (Analógico) -----------
104 – 112 kHz / 164 –
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Imbirussu 289km 230 20 172 kHz 1 Voz / 4 Dados Bom
* 152 – 156 kHz / 208 - Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Imbirussu 289km 230 212 kHz (Analógico) -----------
* Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Imbirussu 289km 230 180 – 188 kHz (Analógico) -----------
* Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Imbirussu 289km 230 192 – 200 kHz (Analógico) -----------
24 – 228 kHz / 216 - Teleproteção
1 SET/2006 LT Porto Primavera – Imbirussu 289km 230 * 228 kHz (Analógico) -----------
184 – 200 kHz / 248 –
ENGEVIX 1 JUL/2006 PCH São Bernardo – SE Paim Filho 50km 69 64 264 kHz 2 Voz / 3 Dados Ótimo
Previsão Teleproteção
INTESA / Lote B 1 2008 LT Colinas – Miracema 186km 500 * 264 – 280 kHz (Analógico) -----------
Previsão * Teleproteção
1 2008 LT Colinas – Miracema 186km 500 236 – 244 kHz (Analógico) -----------
Previsão * Teleproteção
1 2008 LT Miracema – Gurupi 225km 500 76 - 84 kHz (Analógico) -----------
Previsão * Teleproteção
1 2008 LT Miracema – Gurupi 225km 500 92 - 100 kHz (Analógico) -----------
Previsão * Teleproteção
1 2008 LT Gurupi – Peixe 2 72km 500 324 – 332 kHz (Analógico) -----------
Previsão * Teleproteção
1 2008 LT Peixe 2 – Serra da Mesa 2 195km 500 264 - 272 kHz (Analógico) -----------
Aguardando
BIMETAL 1 convocação PCH José Gelásio - Rondonópolis 30km 69 64 Aprox. 300 kHz 1 Voz / 1 Dados -----------
São 510 equipamentos
Total : 255 DPLC’s no total!!!
(*): DISPONÍVEL PARA TRANSMISSÃO DIGITAL COM MUX INTERNO OU EXTERNO

39
ANEXO C

CARRIER DIGITAL

CASE: Espírito Santo Centrais Elétricas S/A – ESCELSA

Em 1998 a Espírito Santo Centrais Elétricas S/A – ESCELSA sentiu


necessidade de ampliar o número de canais de comunicação e/ou dados, em locais
de difícil acesso, notadamente Usinas. Como função acessória pretendia-se prover a
digitalização desses meios de acesso.
Para atender tal demanda, foi planejada aquisição de 12 equipamentos
Carrier Digitais para o ano de 1999.
Características diferenciadoras que definiram a escolha técnica do
equipamento escolhido:

 Uso de multiplexador interno; Uso de Cancelador de Eco interno – podem-se


superpor as bandas de transmissão e recepção;Modulação QAM, com
codificação Trellis, que proporciona ganhos de codificação (4 dB); Supervisão
local e remota, na mesma estação;
 Elevado número e opções de canais.

O equipamento escolhido no processo de análise técnica foi o Modelo OPD 1


do fabricante espanhol DIMAT. Os equipamentos foram comissionados em
novembro de 1999 e instalados em abril de 2000.
Conforme visto na figura 1, houve um crescendo de falhas entre 2000 e
2002/2003. O fabricante foi acionado, em função da alta incidência de falhas,
inclusive em módulos de processamento, sendo os mesmos enviados para a fábrica.
Foi Identificado o defeito em um circuito integrado microcontrolador de um
determinado lote de fornecimento do fabricante.
Feita a correção, as falhas diminuíram para um padrão aceitável,
normalizando o nível de disponibilidade dos equipamentos/enlaces.

NÚMERO DE CORRETIVAS/ANO

8 7
ANO 2000
6 6
6 ANO 2001
ANO 2002
4 3
2 ANO 2003
2 1 ANO 2004
ANO2005
0
1
VALORES

Fig. 1 – Número de corretivas

40
Na supervisão tem-se um dos maiores benefícios do equipamento digital,
quando comparado ao analógico, que são os múltiplos sinais de indicação da
performance do equipamento e do enlace:

 Falha na alimentação;
 Falha no amplificador de potência;
 Nível de recepção excessivo;
 Nível de recepção insuficiente;
 Falha no sintetizador de freqüência;
 Perda do sincronismo;
 Módulo desconectado;
 BER > 10– 3 (dez a menos três);
 BER > 10– 6 (dez a menos seis);
 Manutenção.

Por ser um equipamento que transmite até 81 kbps, sendo 79 kbps


disponíveis para o usuário, tem-se uma grande gama de possibilidades de
configuração dos canais:

QUANTIDADE INTERFACE VELOCIDADE


1 V35/G703 64 kbps
1 V24/V28 Até 15 Kbps

Fig. 2 – Configuração padrão

CAPACIDADE DO SISTEMA (DADOS)


QUANTIDADE
81 kbps 40,5 kbps 27 kbps
Porta Síncrona Entre 600 bps e Entre 600 bps e Entre 600 bps e
ATÉ 9 CANAIS 38400 bps 38400 bps 19200 bps
(DADOS
Fig. OU
3 – Possibilidades da canalização
Porta Assíncrona Entre 50 bps e Entre 50 bps e Entre 50 bps e
VOZ) 28800 bps 28800 bps 19200 bps

Figura 3 – Capacidade do Sistema

Após a estabilização do funcionamento dos equipamentos, constatou-se a


melhoria no nível de disponibilidade do enlace, quando comparado o equipamento
digital com o analógico, conforme as figuras 4 e 5 . Os valores são para uma mesma
linha de alta tensão.

41
DISPONIBILIDADE - CARRIER ANALÓGICO

98,30%

98,20%

98,10%
ANO 2000
98,00%
ANO 2002
97,90%

97,80%

97,70%

Fig. 4 – Disponibilidade Carrier Analógico

DISPONIBILIDADE - CARRIER DIGITAL

99,98%
99,97%
99,96%
99,95%
99,94% ANO 2004
99,93% ANO 2005
99,92%
99,91%
99,90%
99,89%

Fig. 5 – Disponibilidade Carrier Digital

Com os valores mostrados acima, garante-se uma disponibilidade de no


mínimo 324 horas / ano.

CONCLUSÃO

Os equipamentos adquiridos pela Escelsa – Energias do Brasil atenderam às


necessidades da empresa, específicas para esse tipo de aplicação (notadamente em
usinas). Nesses locais, a operacionalização de meios de comunicação usualmente
demanda um alto valor de investimento na infra-estrutura.

42
ANEXO D

CARRIER DIGITAL

CASE: CTEEP

PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DA TELEPROTEÇÃO

O Projeto de Modernização do Sistema de Teleproteção da Transmissão


Paulista foi concebido de acordo com os critérios de segurança e confiabilidade, à
luz dos Procedimentos de Redes do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Assim,
estabeleceu-se um padrão de teleproteção para a rede básica, considerando-se
sempre a redundância de equipamentos OPLAT e de meios físicos de transmissão,
mediante a utilização de equipamentos de tons de áudio via microondas ou sistemas
ópticos, conforme Figura 1. Ressalta-se que esta é a configuração possível, face a
dificuldade de alocação de freqüências no espectro disponível.

O Projeto de Modernização do Sistema de Teleproteção da Transmissão


Paulista consiste na aquisição de 358 equipamentos de ondas portadoras em linhas
de alta tensão (OPLAT), 178 equipamentos de tons de áudio, 248 bobinas de
bloqueio, 260 grupos de acoplamento e 92 equipamentos multiplexadores, nas
diversas instalações da rede básica da CTEEP.
A implantação do Projeto, prevista em 5 etapas distintas, já tendo sido
implantada a 1.ª etapa em 2003, composta de 86 OPLAT, 46 multiplexadores, 52
bobinas de bloqueio e 36 grupos de acoplamento.
A 2.a etapa, em fase final de implantação, compreende a substituição de 60
OPLAT, 04 multiplexadores, 40 equipamentos de tons de áudio, 20 bobinas de
bloqueio e 40 grupos de acoplamento.
A 3.a etapa, em processo de implantação, é composta de 116 OPLAT, 24
multiplexadores, 108 grupos de acoplamento e 104 bobinas de bloqueio.
A 4.a etapa, prevista para aquisição em 2008, é composta de 96 OPLAT, 18
multiplexadores, 76 grupos de acoplamento, 28 equipamentos de tons de áudio e 72
bobinas de bloqueio.
A 5.a etapa é composta de 110 equipamentos de tons de áudio com previsão
de aquisição em 2009.

43
Foram instalados 214 equipamentos de ondas portadoras e 74
multiplexadores.
Todos os equipamentos estão preparados para interfaces para conexão ao
equipamento multiplexador, quando necessário.
Iniciamos a instalação dos conversores TCP/IP/RS232, para implantação do
sistema de gerenciamento, conforme Figura 2. Tal sistema permitirá o acesso local e
remoto, minimizando os custos de manutenção e o tempo de indisponibilidade dos
equipamentos, além de melhor adequação aos procedimentos operativos.
A experiência CTEEP, demonstrou algumas dificuldades para a utilização
compartilhada de transmissão de dados via equipamentos OPLAT´s, uma vez que a
simples abertura dos gabinetes implica em procedimentos operativos.
Outra situação conflitante refere-se às condições adversas das LT´s, em que
ocorre degradação na taxa de transmissão de dados, ocasionando alarme carrier
para o operador da SE. Esta situação originou novos procedimentos operativos, uma
vez que alarme carrier é considerado urgente. Resolvemos o problema com a
separação dos alarmes para os casos já instalados e para as demais aquisições,
foram especificados equipamentos com a característica de ajuste automático da taxa
de transmissão à relação sinal/ruído da linha, evitando assim problema semelhante
em LT´s de características mais críticas para OPLAT digital.
Desta forma, entendemos que o sistema de transmissão de dados
compartilhado com OPLAT, poderá ser utilizado em locais de difícil acesso, onde
não são atendidos pelo sistema de telecomunicações via rádio ou óptico, ou para
situações emergenciais, uma vez que a finalidade principal dos equipamentos
OPLAT´s é a transmissão de comandos para a proteção da planta do sistema
elétrico.

44
FIGURA 1 – DIAGRAMA PADRÃO DE TELEPROTEÇÃO DA CTEEP

ESTAÇÃO A ESTAÇÃO B
Circuito Único
V V

B BB1 BB3 B

A BB2 BB4 A

TPC2 TPC1 TPC3 TPC4

GA2 GA1 GA3 GA4

INTERFACE
INTERFACE
TELEPROTEÇÃO / PROTEÇÃO
PROTEÇÃO / TELEPROTEÇÃO

Teleproteção
SISTEMA
RÁDIO/MUX OU SISTEMA
RÁDIO/MUX
Teleproteção
Tons Áudio 1 Tons Áudio 2

TX1 / RX13 RX1 / TX13

TX2 / RX14 RX2 / TX14

TX3 / RX15 SISTEMA DE TELEPROTEÇÃO RX3 / TX15

TX4 / RX16 INTERFACE PROTEÇÃO RX4 / TX16

OPLAT 1 OPLAT 3
Permissivo Permissivo Permissivo Permissivo
Primário TX5 / RX17 Primário Primário RX5 / TX17 Primário

Disparo Direto TX6 / RX18 lógica Disparo Direto Disparo Direto lógica RX6 / TX18 Disparo Direto

TX7 / RX19 RX7 / TX19

TX8 / RX20 RX8 / TX20

OPLAT 2 OPLAT 4
Permissivo Permissivo Permissivo Permissivo
Secundário TX9 / RX21 Secundário Secundário RX9 / TX21 Secundário

Direcional Direcional Direcional Direcional


TX10 / RX22 RX10 / TX22
de Neutro de Neutro de Neutro de Neutro

TX11 / RX23 RX11 / TX23

TX12 / RX24 RX12 / TX24

45
Figura 2 – DIAGRAMA DE GERENCIAMENTO

ESTAÇÃO A ESTAÇÃO C
ESTAÇÃO B

OPLAT 1 OPLAT 2 OPLAT 3 OPLAT 4

RS232 RS232
TCP/IP TCP/IP

TELEPROTEÇÃO TELEPROTEÇÃO
EXTERNA EXTERNA

INTRANET (LAN)

CENTRO DE GERENCIAMENTO

46
ANEXO E

CASE: CHESF

Na CHESF, após a introdução dos sistemas de telecomunicações de alta capacidade


(rádios digitais ou sistemas óptico-digitais), o Carrier analógico (APLC) foi praticamente
abandonado para aplicações em transmissão de voz e dados, tendo se mantido,
praticamente, para aplicações de teleproteção. No entanto, para algumas localidades
remotas que ainda não dispunham de terminação de acesso com os sistemas de alta
capacidade, mostrava-se necessário viabilizar uma alternativa de integração, no
sentido de permitir uma elevação na quantidade de circuitos de voz da telefonia, bem
como a transmissão de dados, mesmo que em baixa velocidade, tanto para canais
dedicados como para interligação de roteadores com a Rede de Longa Distância (WAN
– Wide Area Network) corporativa. Para tais demanda, as alternativas analisadas
consistiam em alugar circuitos às Operadoras de Telecomunicações ou utilizar enlaces
suportados em Carrier Digital – DPLC.

A alternativa de contratar circuitos de Operadoras, além do custo elevado, nem sempre


se mostrava disponível ou ainda ofereciam expectativas de desempenho bastante
comprometedoras, quando comparado com as aplicações requeridas. A utilização de
DPLC se mostrava promissora, uma vez que poderia ser possível atingir capacidades
de transmissão até 64 kbits/s, os quais, mediante a utilização de multiplex com sub-
taxas a partir de 1,2 kbits/s poder-se-ia transmitir dados e, com apenas 4,8 kbits/s o
sinal de voz seria disponibilizado. Além do mais, os equipamentos de tecnologia DPLC
admitiriam recursos de telessupervisão e comando.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Facilidades Analógicas e Digitais Capacidade de Transmissão Limitada à
64kbps
Possibilidade de Múltiplos Canais de Voz e Relação Sinal/Ruído Bastante Dependente
Dados das Condições Ambientais
Baixo Custo de Integração e Manutenção Banda de Transmissão com Capacidade
Reduzida para Aplicações em “Cascata"
Possibilidade de Telessupervisão e Teleco-
mando, incluindo Teleproteção.
Elevada Confiabilidade e Disponibilidade
Capacidade de Superar Grandes Distância
sem Necessidade de Repetição

No entanto, a experiência verificada na CHESF mostrou que, face às longas distancias


das linhas de transmissão a serem utilizadas como suporte, a capacidade de
transmissão de dados se mostrava inferior a 48 kbit/s, mesmo diante de SNR
superiores a 38 dB. Além do mais, diante da forte dependência com relação aos
valores de SNR, a CHESF decidiu que a utilização de uma taxa máxima de 32 kbits/s
ofereceria maior segurança e passou a adotar tal limitação, estabelecendo, portanto,
uma “faixa de proteção”.

Apesar dessa limitação de 32kbps, verificou-se que a integração com a Rede WAN era
possível ser viabilizada, utilizando roteadores para conectar as subestações remotas,
que vinham utilizando conexões discadas por telefone, possibilitando aos usuários
acessos para a Intranet, Internet, Correio Eletrônico e outros serviços, sem a pressão
causada pelos custos elevados das Operadoras. Verificou-se, inclusive, que eventuais
47
perdas de pacotes não afetariam significativamente as aplicações administrativas
corporativas, visto que as mesmas admitem latência de até 500ms.

Um exemplo de aplicação no âmbito da CHESF é apresentado na Figura 1 em anexo,


onde podem ser observadas as fronteiras de interface com Sistemas Rádio Digital e
Óptico-Digital, em algumas das subestações (Juazeiro II, Jaguarari, Senhor do Bonfim,
Irecê, Bom Jesus da Lapa e Barreiras) localizadas na região sudoeste da Bahia, todas
em 230 kV, na qual foram atendidas as aplicações discriminadas a seguir:

 SAGE (Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia) - é uma das aplicações


principais voltadas para controle e automatização de subestações, requerendo
elevada disponibilidade, inclusive em situações de contingência. Cada Centro de
Controle Regional tem um Servidor de SAGE que aquisita informações das
remotas instaladas nas subestações e, a partir dessa coleta, envia para o Centro
de Operação do Nordeste de Brasil (COSR-NE), que retransmite as informações
ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. Tal aplicação admite retardo de
alguns milissegundos e demanda uma pequena largura da banda, cujas taxas de
transmissão se situam de 1.2 a 4.8kbps, por cada estação remota.

 OSCILOGRAFIA: é uma aplicação de grande importância para os operadores de


sistemas elétricos, uma vez que permite efetuar a análise de qualquer ocorrência
no setor. Apesar de operar com arquitetura “Cliente-Servidor”, semelhante ao
SAGE, requer uma largura da banda maior no caso de ocorrências no sistema,
considerando que pode exigir envios de arquivos de maiores dimensões (até
10MB), sendo que estas informações devem estar disponíveis ao COSR-NE o
mais rápido quanto possível.

 QUALIMETRIA: É semelhante a sistema de Oscilografia, também com arquitetura


do tipo “Cliente-Servidor” e comprimento de arquivo variável, atuando também em
situações de ocorrências nas subestações do Sistema de Transmissão. Porém, os
arquivos enviados são de comprimentos menores, tornando-se menos crítico para
os casos de contingência.

 MEDIÇÃO DE FATURAMENTO: coleta periodicamente e em intervalos regulares,


a partir dos medidores instalados nas subestações, dados de consumo de
energia. Requer uma disponibilidade elevada, não obstante inferior ao SAGE e os
sistemas de Oscilografia, podendo ser interrompido no caso de contingências.

 TELEFONIA: É essencial à operação de setor, visto ser necessário haver


comunicação de voz entre Subestações, Centros de Controle (Despacho de
Carga) tanto da CHESF quanto do COSR-NE e do próprio ONS, inclusive em
situações de contingência. Devido a características de comunicação de voz,
admite retardos “controlados” (até poucas centenas de milissegundos), podendo
ser alocado, sem qualquer prejuízo quanto à inteligibilidade em taxas de, pelo
menos, 4,8 kbits/s.

 TELEPROTEÇÃO: É outro dos serviços principais para a operação de


subestações; visto que permite, a partir da identificação de falha em uma
localidade comunicar às subestações de fronteira, em um tempo-intervalo curto,
realizando o envio de comandos para ativação ou desativação de linhas de
transmissão de energia elétrica. É uma aplicação que requer prioridade máxima, e
suas atuações são monitoradas e controladas pelo ONS. É muito sensível a

48
retardos, demandando, portanto, uma transmissão para transmissão dos sinais
bastante rápida, razão pela qual exclui, por exemplo, a utilização de sistemas de
telecomunicações via satélite.

49
RADIO OPGW

ADM ADM
DPLC
MUX
DPLC
MUX
TP TP TP TP TP TP

TP TP
SAGE SAGE

S S S

HICOM
PAX
HICOM

TP TP TP TP TP TP

PAX PAX PAX


BJS BRA
S
SAGE TP TP DPLC DPLC
SAGE
TP TP TP TP
TP TP
LEGENDA
SNB IRE
TP - Teleproteção
JZD JGR DPLC
- Terminal Telefônico
- Repetição
S - SICAM – Telessupervisão SOPLAT
DPLC DPLC
SAGE - SAGE – Supervisão Elétrica

Figura 1 – CHESF - Aplicação de Carrier Digital na Região Sudoeste da Bahia


50
ANEXO F

CASE: ELETRONORTE

A EXPERIÊNCIA DA ELETRONORTE NA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE


ONDAS PORTADORAS DIGITAIS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES
PERSPECTIVAS
1.0 INTRODUÇÃO

Apesar de implantar sistemas ópticos ao longo das linhas de transmissão, a Eletronorte


iniciou em 1998, uma série de testes com vistas a subsidiar a utilização de sistemas de
ondas portadoras digitais, em especial para substituição em diversos trechos aos
sistemas de ondas portadoras analógicos em operação, e também como alternativa de
atendimento, com maior capacidade e confiabilidade, a trechos de sua rede ainda não
providos de sistemas ópticos ou que, em alguns casos, a implantação destes sistemas
tornava-se economicamente inviável.

Como resultados dos testes realizados, foram implantados diversos enlaces de ondas
portadoras digitais, encontrando-se hoje em operação dezoito enlaces, implantados em
sistemas de transmissão de energia elétrica de 138 kV, 230 kV e 500 kV.

2.0 SISTEMAS DE ONDAS PORTADORAS DIGITAIS

A seguir são apresentadas as principais características dos equipamentos em


operação na Eletronorte e dos enlaces de ondas portadoras digitais em operação.

2.1 Características básicas dos equipamentos instalados

As principais características dos equipamentos utilizados nos sistemas da Eletronorte


são de fabricação Dimat e Siemens, conforme tabela 1 a seguir.

Tabela 1: Características dos equipamentos Dimat e Siemens

Características Equipamento Dimat Equipamento Siemens


Modelo OPD-1 ESB 2000i
Modulação 4 a 128 QAM Delta
Largura de banda 16 kHz em cada sentido 8 kHz em cada sentido
Separação entre bandas Distanciadas de 16 kHz ou Distanciadas de 8 kHz ou
superpostas superpostas
Máxima potência de transmissão 80 W 80 W
Limiar de recepção - 10 dBm - 32 dBm
Mínima relação Sinal/Ruído para taxa máxima de 25 dB (para TEB de 10-9) 36 dB (para TEB de 10-7)
transmissão
Taxa máxima de transmissão 81 kbps 64 kbps
Taxa de compressão para canais de voz 4,8 a 16 kbps 4,8 a 32 kbps
Permite envio de comandos de teleproteção Módulo opcional Equipamento específico

2.2 Características e performance dos enlaces de ondas portadoras digitais em


operação

51
As principais características dos enlaces de ondas portadoras digitais em operação na
Eletronorte encontram-se nas tabelas abaixo. A performance dos sistemas de ondas
portadoras digitais foi efetuada através dos seguintes parâmetros: taxa máxima de
transmissão no enlace; número de canais de voz e/ou dados; tempo de recomposição
do sistema e fatores de degradação do sistema. As tabelas abaixo apresentam, para
cada um dos sistemas sob estudo, a taxa máxima de transmissão obtida no enlace e o
número de canais de voz, dados ou teleproteção que o sistema suporta, sob as
condições de taxa máxima de transmissão.

TABELA 2: Características dos enlaces OPLAT digital - Sistema Mato Grosso


Características Enlaces
CMG/ROO ROO/BPE ROO/COX COX/NOB NOB/NMT NMT/SOR SOR/SIN
Distância (km) 176 217 189 100 104 149 86
Tensão (kV) 138 230 230 230 230 230 230
Acoplamento Fase/Fase Fase/Terra Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase
(A/B) (V) (A/B) (B/V) (B/V) (B/V) (B/V)

Bobina de bloqueio GE banda GE banda GE banda ER banda ER banda ER banda ER banda


estreita estreita estreita larga larga larga larga
Equipamento OPLAT ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i
digital Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1)
Número de enlaces 01 01 03 02 02 02 02
Freqüência central de 220/256 128/284 204/144 220/252 196/128 144/180 116/228
operação (kHz) 268/236 324/364 348/300 212/268 284/316
340/308
Em operação desde 2001 2001 2001 2001 2001 2001 2001
(1) Com equipamento multiplexador KM-2100 de fabricação RAD.
Performance
Características Enlaces
CMG/ROO ROO/BPE ROO/COX COX/NOB NOB/NMT NMT/SOR SOR/SIN
Taxa máxima de 32 28,8 28,8 32 28,8 32 48 48 48 32 48 32 48
transmissão(kbps)
Canais de voz a 4,8 04 03 03 03 03 04 03 04 04 04 05 04 07
kbps
Canais de dados a 02 02 02 02 02 03 04 02 04 02 02 02 00
4,8 kbps
Comandos de (1) (1) (1) 03 03 (1) (1) (1)
teleproteção
Onde : CMG, subestação Couto Magalhães; ROO, subestação Rondonópolis; BPE, subestação Barra do Peixe; COX,
subestação Coxipó; NMT, subestação Nova Mutum; NOB, subestação Nobres; SOR, subestação Sorriso; SIN, subestação
Sinop.
(1) Neste enlace a teleproteção trafega através de equipamentos de ondas portadoras analógicos, apesar dos equipamentos
digitais possuírem tal facilidade.

TABELA 3: Características dos enlaces OPLAT digital - Sistema Norte/Nordeste


Características Enlaces
PDD/IPZ IPZ/MAR MAR/TUC TUC/VDC MAR/CAR CAR/VRD
Distância (km) 388 182 229 328 156 25
Tensão (kV) 500 500 500 500 230 230
Acoplamento Fase/Terra Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase Fase/Fase
(B) (B/V) (B/V) (B/V) (A/B) (A/B)
Bobina de bloqueio GE banda ABB banda ABB banda ABB banda Haefely banda Haefely banda
estreita larga larga estreita estreita estreita
Equipamento OPLAT OPD-1 ESB 2000i ESB 2000i ESB 2000i OPD-1 OPD-1
digital Dimat Siemens (1) Siemens (1) Siemens (1) Dimat Dimat
Número de enlaces 1 1 1 1 1 1
Freqüência de 136-144/ 184-192/ 124-132/ 136-144/ 140-148/ 172-180/
operação (kHz) 96-112 160-168 100-108 160-168 148-156 180-188
Em operação desde 1998 2001 2001 2001 2003 2003
(1) Com equipamento multiplexador KM-2100 de fabricação RAD.
Performance
Características Enlaces
PDD/IPZ IPZ/MAR MAR/TUC TUC/VDC MAR/CAR CAR/VRD
Taxa máxima de 40,5 28,8 28,8 28,8 74,4 74,4
transmissão (kbps)
Canais de voz a 4,8 03 04 04 04 02 02
kbps
Canais de dados a 02 04 06 08 - -
0,6 kbps
Canais de dados de - - - - 01 01

52
64 kbps
Comandos de (1) (2) (2) (2) 04 (3) 04 (3)
teleproteção
Onde : PDD, subestação Presidente Dutra; IPZ, subestação Imperatriz; MAR, subestação Marabá; TUC, subestação Tucuruí;
VDC, subestação Vila do Conde; VRD, subestação Vale do Rio Doce; CAR, subestação Carajás.
(1) Neste enlace a teleproteção trafega através do sistema óptico.
(2) Neste enlace a teleproteção trafega através do sistema de ondas portadoras analógico.
(3) Previsto para utilização futura.

TABELA 4: Características dos enlaces OPLAT digital - Sistema Amapá


Características Enlace
STN/UCN
Distância (km) 110
Tensão (kV) 138
Acoplamento Fase/fase
Bobina de bloqueio
Equipamento OPLAT digital ESB 2000i Siemens com multiplexador KM-2100 de fabricação RAD
Número de enlaces 2
Faixa de operação (kHz) 152-164 kHz
Em operação desde 2002
Performance
Características Enlace
STN/UCN
Taxa máxima de transmissão (kbps) 48
Canais de voz a 4,8 kbps 02
Canais de dados a 9,6 kbps 02
Comandos de teleproteção (1)
Onde: STN, subestação Santana; UCN, subestação da UHE Coaracy Nunes.
(1) Neste enlace a teleproteção trafega através de sistema óptico.

O fator que mais tem afetado a performance dos equipamentos é a diminuição da


relação sinal/ruído devido, principalmente, às condições atmosféricas adversas (chuvas
intensas) e, ocasionalmente, manobras nas subestações. Quando ocorre a degradação
da relação sinal/ruído, aumenta a taxa de erros e ocorre perda de sincronismo no
enlace. Como conseqüência, tem-se registrado sinalização indevida e interrupção
constante em canais de voz, enquanto que, para canais de dados, ocorre perda total do
serviço.

Observou-se que o tempo para a recomposição automática do enlace, para a condição


mencionada acima, é de 11 milisegundos. Ressalta-se, entretanto que, na maioria das
vezes, a recomposição automática ocorre apenas quando cessada a causa da
degradação da relação sinal/ruído, em geral quando as condições atmosféricas ficam
mais favoráveis.

Problemas nos sistemas de acoplamento, cabos e caixas de sintonia, na interligação


entre equipamentos, como por exemplo, entre OPLAT e equipamentos multiplex,
também concorrem para a degradação do sistema.

Há que se registrar que as condições atmosféricas atuam de maneira diversa para


cada enlace, levando-se a acreditar que as condições de contorno da linha de
transmissão, estado do sistema de acoplamento, paralelismo de linhas de transmissão,
operação do enlace no limiar da relação sinal/ruído aceitável, dentre outros, concorrem
para esta diversidade de resultados.

Outro aspecto que impacta na performance do sistema, é a falta de gerência


centralizada, pois os equipamentos operados pela Eletronorte apresentam gerência
“ponta-a-ponta”, ou seja, intervenções nos equipamentos são realizadas localmente
dificultando sobremaneira a manutenção dos enlaces, em especial àqueles localizados
em subestações desassistidas ou que não possuem equipes de manutenção. No

53
sistema Mato Grosso, foi implantado sistema de supervisão dos equipamentos, através
de roteador, permitindo verificar o estado dos mesmos.

3.0 PERSPECTIVAS DE UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ONDAS PORTADORAS


DIGITAIS

A perspectiva de utilização de sistemas de ondas portadoras digitais, como forma de


aumentar o grau de confiabilidade e de segurança dos sistemas de telecomunicações,
em substituição aos equipamentos analógicos em operação no sistema Norte/Nordeste
da Eletronorte é apresentada a seguir, com as seguintes premissas:

 Aproveitamento do sistema de acoplamento atual;


 Equipamentos específicos para tráfego de teleproteção (dois enlaces por trecho,
com 3 comandos cada);
 Equipamentos específicos para tráfego de canais de voz e/ou dados (dois
enlaces por trecho);
 Retirada dos equipamentos de ondas portadoras analógicos ainda em operação;
 Integração com os equipamentos do sistema óptico (redundância de canais
estratégicos).

Considerando o mencionado nas premissas e no quantitativo de equipamentos em


operação, prevê-se a utilização de 48 equipamentos de ondas portadoras digitais, para
tráfego de voz/dados, e de 48 equipamentos para tráfego de comandos de
teleproteção.

3.1 Perspectivas

Apesar dos problemas verificados, com destaque para a perda de comunicação sob
condições atmosféricas adversas, a experiência adquirida pela Eletronorte, na
operação e manutenção dos sistemas de ondas portadoras digitais, aponta para a
perspectiva de utilização destes sistemas como meio de redundância a serviços
estratégicos que trafegam pelos sistemas ópticos e para prover meios de comunicação
em trechos nos quais a implantação de sistemas digitais de grande porte não são
viáveis economicamente.

A experiência adquirida pela Eletronorte, também aponta para a necessidade da


integração dos sistemas ópticos e de ondas portadoras, de forma que um sistema
opere, sob determinadas condições e restrições de tráfego, como segurança do outro.

54
ANEXO G

CASE: COBELUX (LOTE J – ANEEL 2004)

A EXPERIÊNCIA DA COBELUX NA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ONDAS


PORTADORAS DIGITAIS

1.0. Empreendimento
Em atendimento ao processo licitatório estabelecido pela Agencia Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), relativo ao leilão realizado no ano de 2004, Lote J, anexo 7J,
a elaborou o projeto do Sistema de Telecomunicações para prover atendimento
operacional para as Linhas de Transmissão (LT) Porto Primavera– Dourados, e Porto
Primavera – Imbirussu, ambas na tensão de 230kV.
O sistema compreende a construção da nova Subestação de Porto Primavera
440/230kV, visando à interligação entre os Sistemas de Transmissão das regiões
Sudeste (Porto Primavera, no Estado de São Paulo) e Centro-Oeste (Dourados e
Imbirussu, ambas no Estado do Mato Grosso do Sul).
A nova Subestação de Porto Primavera 440/230kV está localizada a 1 km da Usina
Hidroelétrica Porto Primavera, de propriedade da CESP, interligada à Subestação de
Porto Primavera através de dois trechos de linha de 440 kV, das entradas de linhas 4 e
5.
A partir da nova Subestação de Porto Primavera 440/230kV partem duas novas
linhas de transmissão de 230kV, interligando-a com a nova Subestação de Imbirussu e
com a Subestação de Dourados.
A nova Subestação de Imbirussu, 230/138kV, será interligada com a Subestação de
Imbirussu, existente, através de um trecho de linha (aprox. 500 m) com tensão em
138kV (Enersul).
A Subestação de Dourados (Eletrosul), 138kV, foi ampliada, passando a receber a
linha de transmissão com 230kV. Há uma interligação entre os pátios de 230kV e
138kV.

2.0 Sistema de Telecomunicações

Conforme especificação técnica da ANEEL, o sistema de telecomunicações deveria


atender à comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, canais de
dados para os sistemas de supervisão e controle elétrico, controle de emergência,
medição, faturamento e manutenção da linha de transmissão.
A solução elaborada pela AREVA foi o uso do sistema de Ondas Portadoras por
Linhas de Alta Tensão, OPLAT com tecnologia digital.
Neste sistema foram utilizados os equipamentos PLC5000, configurados para a
transmissão de sinais de voz e dados digitais, e dedicados para a transmissão de
sinais de teleproteção, atendendo às necessidades especificadas.
Para o atendimento aos serviços de teleproteção, foram utilizados os equipamentos
DIP5000 Analógicos, com 4 comandos independentes.

55
O acoplamento do sistema OPLAT foi definido como sendo Fase / Fase, desta
forma garantindo maior confiabilidade ao sistema.
Para permitir o completo atendimento aos serviços de telefonia, fez parte da
solução o fornecimento, instalação e comissionamento, de um PABX, na nova
Subestação de Imbirussu.
As interligações entre as novas Subestações e as existentes foram feitas através de
equipamentos multiplexadores digitais, usando como meio de comunicação cabos de
fibra óptica.

3.0 Desafio

Para o atendimento às necessidades operacionais para a comunicação de voz,


dados e sinais de teleproteção, foi utilizado o sistema OPLAT.
Na elaboração e implantação deste sistema foram encontrados muitos desafios,
dentre eles destacamos:
 Prazo de entrega;
 Comprimento das Linhas de Transmissão, relativamente longos para sistema
OPLAT Digital;
 Espectro de Freqüências congestionado, dificultando a alocação dos canais
necessários;
 Freqüências disponíveis somente em valores altos;
 Relacionamento com diferentes operadoras, ONS, Eletrosul, Enersul e Cesp.
 Interfaceamento técnico com a operadora local, Brasil Telecom, na nova
Subestação de Imbirussu;

 Grande número de enlaces OPLAT em paralelo em cada linha, 05 enlaces por


LT.

4.0 Sistemas

A Linha de transmissão entre Porto Primavera e Dourados possui 215 km de


comprimento, e a linha de transmissão para Imbirussu possui 289 km. Abaixo está
descrito o escopo do fornecimento para o atendimento às necessidades de
comunicação de cada linha.

4.1 Sistema OPLAT


O sistema OPLAT foi implantado em ambas as linhas de transmissão.
Para o atendimento às necessidades de comunicação para cada linha, a solução
contemplou o escopo a seguir:

LT Porto Primavera - Dourados


 PLC5000 : 40 Watt; QAM; 8 kHz + 8 kHz

56
o Quantidade = 02 unidades
o Hardware :
 Amplifier Unit – U01
 Processing Unit – U17
 Service Unit – U08
o Serviços :
 Voz 2 (Hot-line)
 Dados : 1 x 9600, 1 x 2400, 2 x 1200,
o Freqüências utilizadas :
 PLC1 = 128-136/120-128kHz
 PLC5000 : 40 Watt; 4 kHz + 4 kHz
o Quantidade = 08 unidades
o Hardware :
 Amplifier Unit – U01
 Processing Unit – U17
o Serviços :
 Teleproteção Externa
o Freqüências utilizadas :
 PLC2 = 260-264/264-268kHz
 PLC3 = 280-284/276-280kHz
 PLC4 = 296-300/292-296kHz
 PLC5 = 304-308/308-312kHz

 LMU5000-1 : Acoplamento Fase/Terra


o Quantidade = 02 unidades
 LMU5000-2 : Acoplamento Fase/Fase
o Quantidade = 02 unidades

LT Porto Primavera - Imbirussu


 PLC5000 : 40 Watt; QAM; 8 kHz + 8 kHz
o Quantidade = 02 unidades
o Hardware :
 Amplifier Unit – U01
 Processing Unit – U17
 Service Unit – U08
o Serviços :

57
 Voz 2 (Hot-line)
 Dados : 2 x 9600, 1 x 4800 1 x 2400,
o Freqüências utilizadas :
 PLC1 = 104-112/164-172kHz
 PLC5000 : 40 Watt; 4 kHz + 4 kHz
o Quantidade = 08 unidades
o Hardware :
 Amplifier Unit – U01
 Processing Unit – U17
o Serviços :
 Teleproteção Externa
o Freqüências utilizadas :
 PLC2 = 208-212/152-156kHz
 PLC3 = 180-184/184-188kHz
 PLC4 = 196-200/192-196kHz
 PLC5 = 224-228/216-220kHz
 LMU5000-1 : Acoplamento Fase/Terra
o Quantidade = 02 unidades
 LMU5000-2 : Acoplamento Fase/Fase
o Quantidade = 02 unidades

Em ambas as LTs os cinco equipamentos PLC5000 foram interligados em paralelo


ao acoplamento.
Nota: o transformador Híbrido que originalmente é montado na caixa de sintonia,
foi instalado dentro do gabinete dos equipamentos PLC5000, na sala de
Telecomunicações, tendo sido necessário o lançamento de 02 cabos coaxiais.

4.2 Sistema de Teleproteção

Para o atendimento à especificação técnica da ANEEL, o sistema de teleproteção


foi configurado para Primário e Alternado, assim o sistema foi configurado com
redundância de equipamentos.
A redundância descrita acima, permite que tanto a entrada como a saída de
comando (transfer-trip) de um equipamento seja interligada em série com outro
equipamento, de tal forma que ambos devem receber a informação de comando. Foi
elaborada uma lógica para o caso de falha de um dos equipamentos.
Para os comandos permissivos a transmissão é feita por um comando de cada
proteção associada.
Conforme solicitação do edital, à montagem dos equipamentos DIP5000 foi incluída
uma chave de teste, com a função de seccionar os circuitos de transmissão de
58
recepção de comandos, possibilitando ainda o teste de transmissão e recepção de
comandos.
 DIP5000 : Analógica, 4 comandos
o Quantidade = 08 unidades
o Hardware :
 Central Unit – UT148
 I/O Interface – SR114
 Alimentação – AL137

5.0 Conclusão

O empreendimento foi marcado principalmente pelo desafio da engenharia para a


implantação do sistema OPLAT Digital, onde foi possível mostrar que a integração
entre as equipes foi o diferencial para o alcance dos objetivos.

59

Você também pode gostar