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CEMAD

Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do Mobiliário


Votuporanga – SP

LIXAS

Votuporanga
Outubro/2002
Lixas

” SENAI - 2002

Material elaborado pelo CFP 8.50 – SENAI / CEMAD – Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do
Mobiliário de Votuporanga

Coordenação Paulo Sérgio Gonçalves


Elaboração César Ferraiolo Batista
Conteúdo técnico César Ferraiolo Batista
Revisão Bráulio A. Despírito
Luciana Flores
Digitação César Ferraiolo Batista
Ilustração César Ferraiolo Batista
Capa SENAI / CEMAD

S474t SENAI-SP. CEMAD.


Lixas / Por César Ferraiolo Batista.
– Votuporanga, 2002.

19 p. : il.

1. Pintura. I. Título.

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


CEMAD Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do Mobiliário
Rua Barão do Rio Branco, 193, Vila Paes
Votuporanga, SP
CEP 15500-055

Fone/Fax: (0XX17) 3422-4551


E-Mail: cemadvotuporanga@sp.senai.br
Sumário
1 Introdução 2
2 Lixas 3
2.1 Informações Básicas 4
2.1.1 Costado 4
2.1.2 Adesivo 5
2.1.3 Grão Mineral 7
2.2 Métodos de Cobrimento 8
2.2.1 Cobrimento por Gravidade 8
2.2.2 Cobrimento Eletrostático 9
2.3 Tipos de Camadas Abrasivas 9
2.3.1 Camada Aberta 9
2.3.2 Camada Fechada 9
2.4 Recomendações para Armazenagem de Lixas 10
2.5 Cuidados Especiais, Principalmente com Correias Largas 11
2.6 Precauções Antes da Utilização de Correias Largas 11
2.7 Emendas 12
2.7.1 Emenda Sobreposta 12
2.7.2 Emenda Skive 12
2.7.3 Emenda de Topo 12
2.8 Granulometria 13
2.9 Escolha Adequada de Seqüência de Grãos Durante o Lixamento 14
2.10 Tipos de lixas 14
2.11 Cuidados especiais com lixas 15
2.11.1 Cuidados com o processo 15
2.11.2 Cuidados com a pressão 15
2.11.3 Cuidados com a Umidade 15
2.11.4 Problemas mais comuns 15
3 Como utilizar as lixas 17
3.1 Em MDF 17
3.2 Em aglomerado e compensado 17
3.3 Em aplicação de lacas 17
3.4 Em madeira maciça 17
3.5 Em lâminas de madeira 18

4 Bibliografia 19
Lixas
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1 Introdução
Madeira – São materiais orgânicos de origem vegetal com larga aplicação na
fabricação de móveis, chapas compensadas, embalagens, esquadrias, vigas, caibros,
etc. Devido a sua natureza, apresentam propriedades particulares que dependendo do
tipo, além dos tratamentos superficiais de caráter estético, requerem ainda aqueles
com finalidade de proteção, para evitar a sua deterioração precoce, causada não
somente por agentes de origem biológica (insetos, fungos, etc.), como também pelo
intemperismo natural, tendo a Umidade como a principal responsável.

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Figura: Lixas

A lixa é a ferramenta mais usada no pré-acabamento, livrando a peça de


farpas, desníveis, desigualdades, dando um aspecto uniforme e agradável ao toque.

O lixamento é um processo de desbaste e acabamento onde o principal


elemento são as lixas.

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2.1 Informações Básicas


Lixa: Abrasivo revestido, fabricado com 3 matérias primas básicas:

x Costado

x Adesivo

x Grão Mineral

Figura: Componentes da lixa

2.1.1 Costado

Trata-se das “costa” da lixa. Local que não fica em contato com o material a
ser lixado. Nele são fixados os grãos abrasivos reponsáveis pelo lixamento:

Pano: o costado de pano é empregado em lixas para


operações manuais e mecânicas, inclusive aquelas
que necessitam de grandes esforços. Os costados de
pano recebem tratamentos de acordo com o tipo de
lixa a que se destinam. Os tecidos comumente usados
são : Lonita, Jeans, Drill, Cetim e Poliester.
São 5 os tipos utilizados:
x Peso L e J - Leve e Flexível
x Peso X - Encorpado e resistente Figura: Costado de pano
x Peso Y - Altamente resistente
x Peso S - Extra-resistente

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Papel: as lixas com costado de papel leve possuem


gramatura variando entre 70 e 150 g/m2 e têm como
principal característica a flexibilidade. São aplicadas
em folhas utilizadas em operações manuais e
lixadeiras portáteis a seco ou refrigeradas de
acabamento e em operações mecânicas em geral. Já
as lixas com costado de papel pesado possuem
Figura: Costado de Papel
gramatura que variam entre 180 e 280 g/m2. Sua
resistência mecânica é muito superior a do papel leve.
São destinados para a fabricação de lixas utilizadas
em operações mecanizadas leves de desbaste, semi-
acabamento e acabamento. São aplicadas em lixas nos formatos de cintas ou fitas.
São 4 os tipos utilizados:
x Peso A e C - Leves e Flexíveis
x Peso E - Resistente e Durável
x Peso F - Extra-resistente

Combinação: Este tipo de costado é obtido a partir de


pano e papel ligados entre si por um adesivo de grande
resistência. Utilizado nas indústrias madeireiras
pesadas, para assoalhos e em lixadeiras de cilindros no
formato de folhas grandes.
x Constituído pela combinação de Papel Peso E e Figura: Combinação de
Costado
tecido fino. Daí o nome de “combinação”.

Fibra: O costado de fibra (fibra de algodão + papel) é o


que apresenta a mais alta resistência mecânica, sendo
sua aplicação mais usual em discos para lixadeiras
portáteis.
x Constituído de Fibra Vulcanizada.
Figura: Costado de Fibra

2.1.2 Adesivo
É o responsável pela fixação do grão mineral no costado. Tipos utilizados:

x Resina: lixas para operações mecânicas, com alto desenvolvimento de


calor.
x Cola: lixas para operações manuais.

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Combinações utilizadas:

a) Lixa Cola sobre Cola: primeira e segunda


camadas de cola. Utilização em lixas para
operações manuais de baixo desenvolvimento de
calor.

Figura: Cola Sobre Cola

b) Lixa Resina sobre Cola: primeira camada


de cola e segunda de resina. Possui boa resistência
ao calor. Utilizada em lixamentos mecânicos,
principalmente na indústria moveleira.

Figura: Resina Sobre Cola

c) Lixa Resina sobre Resina: primeira e


segunda camadas de resina. Oferece excelente
resistência ao calor. Utilizada em lixamentos
mecânicos, principalmente na indústria metalúrgica.

Figura: Resina Sobre Resina

d) Lixa Resina sobre Resina a Prova


d`Água: Oferece excelente resistência ao calor e
além disso permite seu uso refrigerado ou
operações onde a lubrificação é necessária.

Figura: Resina A Prova D’água

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2.1.3 Grão Mineral

Os grãos abrasivos são obtidos através de minerais triturados, formando


partículas que são classificadas com números, também conhecidos como "grana". É a
partir do tamanho dos grãos de um produto abrasivo que se define sua granulometria.
É o responsável pelo trabalho de corte da lixa.

a) Tipos mais comuns utilizados

x Óxido de Alumínio:
Mineral de alta dureza e de alto poder de corte, amplamente
utilizado na indústria. Utilização geral em metais ferrosos e em madeira
dura.
Figura: Óxido de
Alumínio

x Carbureto de Silício:
Mineral de alto poder de corte, por fraturar-se em cunhas
ponteagudas. Utilizado em metais não ferrosos e em madeiras macias.
Figura: Carbureto de
Silício

x Óxido de Alumínio Cerâmico:


Altamente resistente à fratura e ao desgaste, próprio para
trabalhos sobre alta pressão de lixamento.

Figura: Óxido de
Alumínio Cerâmico

b) Características dos Grãos abrasivos:

x Dureza: Pode ser definida como a resistência à ação do risco. Baseada neste
conceito foi criada a conhecida escala Mohs onde o mineral mais mole, o talco,
é riscado por todos os outros e o mais duro é o diamante que não é riscado por
nenhum e risca todos os outros.

x Tenacidade: É a capacidade que os grãos abrasivos têm de absorver energia,


isto é, resistir a impactos sob ação dos esforços de choque sem perder o poder
de corte. Portanto, os grãos que possuem essa característica são indicados
para operações de elevadas pressões.

x Friabilidade: É a capacidade do grão fraturar-se durante a operação quando


este perde o poder de corte, criando assim novas arestas de corte, obtendo
menor geração de calor. Portanto os grãos que apresentam essa característica
são indicados em operações que requerem a integridade física da peça-obra.

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c) Propriedades dos Grãos Abrasivos

A propriedade mais importante é a Granulometria: Mede o tamanho do grão.


Determina inversamente o tamanho do grão. Desta maneira quanto maior a numeração
tanto menor será o tamanho do grão. Desta forma podemos usar a seguinte relação
entre aplicação e granulometrias:

Desbaste Pesado - Grãos: 16, 24, 30, 36, 40 e 50

Desbaste Leve - Grãos: 60, 80 e 100

Semi Acabamento - Grãos: 120, 150 e 180

Acabamento - Grãos: 220, 240, 280 e 320

Polimento - Grãos: 360, 400, 500, 600, 800, 1200, 1500 e 2000

2.2 Métodos de Cobrimento


Após os tratamentos do costado e impressões, a lixa entra para o cobrimento
propriamente dito, através de um dos dois métodos:

2.2.1 Cobrimento por Gravidade


Os grãos minerais são lançados em
queda livre, por gravidade, através de um
alimentador, sobre o costado com a primeira
camada de adesivo.
1- Mineral
2- Reservatório de alimentação
3- Faca de ajuste de alimentação
4- Camada adesiva sobre o costado
5- Costado
Figura: Cobrimento por Gravidade

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2.2.2 Cobrimento Eletrostático


Este método permite um perfeito controle para que as partes pontiagudas do
mineral fiquem expostas, aumentando o poder de corte da lixa.
Na deposição eletrostática, os grãos entram num campo elétrico, sendo
sempre atraídos ao costado da lixa por sua base maior. Portanto, é mais alta a
porcentagem de pontas afiadas, além da maior uniformidade da camada abrasiva.
1- Mineral
2- Reservatório de alimentação
3- Faca de ajuste de alimentação
4- Camada adesiva sobre o costado
5- Costado
6- Placa eletrostática negativa
7- Placa eletrostática positiva
8- Campo eletrostático
9- Correia alimentadora

Figura: Cobrimento Eletrostático

2.3 Tipos de Camadas


Abrasivas
Em certas aplicações de abrasivos revestidos é conveniente um certo
espaçamento entre os grãos, o que evitará a retenção de cavacos provenientes da
peça-obra reduzindo assim a possibilidade de um excessivo empastamento da lixa.
Existem casos onde, em função dos espaçamentos a camada de abrasivo recobre
apenas 50% da área total da lixa.
As camadas abrasivas podem ter dois aspectos distintos, denominados
Camada Aberta e Camada Fechada.

2.3.1 Camada Aberta (Opened Cloth Coat)


Neste tipo de camada, os grãos abrasivos não se
tangenciam, permanecendo entre eles espaços vazios. O
costado é coberto com grãos abrasivos, na média de 70% de
sua área total.
A camada aberta é destinada ao lixamento de
materiais com tendência a empastamento, tais como madeira,
vernizes, etc. Figura: Camada Aberta

2.3.2 Camada Fechada (Closed Cloth Coat)


Na lixa camada fechada, cada grão abrasivo
tangencia o seu vizinho, não havendo espaço vazio entre
eles.
A camada fechada é destinada a lixamento de
materiais com baixo índice de empastamento, tais como
metais e outros.
Figura: Camada Fechada

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2.4 Recomendações para Armazenagem de


lixas
O armazenamento e manuseio adequados das lixas são importantes para a
obtenção de sua máxima produtividade e qualidade de acabamento.

A umidade é o fator mais importante a ser considerado, mas os limites


extremos de temperatura podem também prejudicar a lixa.

Deve-se portanto:
Evitar contatos diretos das caixas de lixa com as paredes externas, tubulações
de vapor, condicionadores de ar e pisos que possam transmitir umidade.

Condições ideais de armazenamento:


x temperatura: 15 a 27 graus centígrados
x umidade relativa do ar de 35 a 50%

Observação importantíssima:
As correias largas são os itens que mais sofrem com estas influências devido a
sua forma de construção e tamanho. Portanto deve-se ter cuidado redobrado com seu
manuseio e armazenagem.

Umidade alta: causa o encanoamento côncavo (enrolamento da lixa com a


grana para dentro), provocando rugas e até o deslocamento dos grãos.

Umidade baixa: provoca o encanoamento convexo (enrolamento com a grana


para fora), deixando o costado duro e quebradiço.

Cintas largas: quanto maior a largura das cintas, maior a necessidade de


acondicionamento adequado.

Cintas estreitas: As cintas estreitas poderão ser estocadas nas próprias caixas,
em prateleiras. É recomendável não empilhar muitas caixas, para que as cintas de
baixo não se quebrem.

Mudanças bruscas de umidade causam tensões internas entre o grão e o


adesivo, enfraquecendo a estrutura da lixa e prejudicando o seu desempenho.

Figura: Folhas Figura: Rolo Figura: Correia

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2.5 Cuidados Especiais, Principalmente com


Correias Largas
Manter as lixas dentro das próprias embalagens,
em sala e local apropriados, que atendam os requisitos de
umidade e temperatura.

As caixas podem ser estocadas em prateleiras,


segundo o esquema ao lado, na posição horizontal.

Figura: Prateleiras para


Armazenamento de Lixas

Figura: Correia larga

2.6 Precauções Antes da Utilização de


Correias Largas
Retire as correias das
embalagens 24 horas antes do uso.
Pendure-as em cabides de
condicionamento, conforme o esquema
ao lado, que deverão ser construídos em
madeira, ao lado das lixadeiras, em local
de livre circulação de ar.

Antes de iniciar o uso da lixa na


lixadeira, deixe-as girar livremente, por
alguns minutos, para sua perfeita
acomodação nos cilindros das lixadeiras.

Obs.: Esta é uma regra geral,


porém, dependendo de condições
especiais, sejam elas influenciadas por
condições extremas de umidade ou Figura: Cabide de Condicionamento das Lixas
temperatura, ou outras influencias, o fabricante poderá indicar a melhor opção de
armazenagem.

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2.7 Emendas
Existem basicamente 3 tipos de emendas:

2.7.1 Emenda sobreposta


Duas pontas de lixa,
desbastadas em forma de cunha,
uma do lado do costado e a outra do
lado do mineral, colocadas uma sobra
a outra e coladas.

Figura: Emenda Sobreposta

2.7.2 Emenda skive


É a emenda sobreposta
lapidada, ou seja, a camada abrasiva
sobre a emenda é lapidada, retirada
por esmerilhamento.

Figura: Emenda Skive

2.7.3 Emenda de topo


Duas pontas são colocadas
justapostas e coladas no lado do
costado por meio de um filme plástico
ou tecido de poliéster.

Figura: Emenda de Topo

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2.8 Granulometria
A granulometria especifica a dimensão do grão abrasivo. Os minerais são
produzidos em blocos, os quais são moídos e classificados através de peneiramento
ou sedimentação.

Os números que indicam a dimensão dos grãos abrasivos vão de 16 até 2000,
sendo que quanto mais grosso o grão, menor é o número.

No Brasil já estamos trabalhando com duas normas que definem a


granulometria do mineral:

x ANSI: norma americana que tem como símbolo o “#”. Ex.: #100 ou
#220, etc.

x FEPA: norma européia, a qual tem substituído gradativamente a norma


ANSI americana, por ter uma classificação de grãos que permite um
melhor acabamento, maior consistência e maior produtividade. Usa
como símbolo o “P” antes do número. Ex.: P100 ou P220, etc.

Abaixo segue tabela comparativa das normas:


Tabela comparativa
ANSI FEPA
16 P16
20 P20
24 P24
30 P30
36 P36
40 P40
50 P50
60 P60
80 P80
100 P100
120 P120
150 P150
180 P180
P220
P240
220
P280
240
P320
P360
280
P400
320
P500
360
P600
400 P800
P1000

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500
P1200
600
P1500
P2000

2.9 Escolha Adequada da Seqüência de


Grãos Durante o Lixamento

Em regra, o grão seguinte, não poderá exceder mais que 50% do grão
utilizado anteriormente, ou seja, se foi utilizado grão P80, o próximo deverá ser até
50% de 80, ou seja, 40 a mais, sendo assim deve-se utilizar no máximo o grão P120.

Obs.: Isto é uma regra geral que, devido a grande variação dos materiais
lixados, poderá ter suas exceções.

2.10 Tipos de Lixas


Existem muitas variedades de material abrasivo na indústria:

Lixa d’água – Lixa madeira – Lixa ferro – Lixa massa

Cada uma tem sua aplicação específica:

z Lixa d’água é usada molhada com água, querosene, gasolina, etc. (à


maneira que vai trabalhando a própria água vai limpando as impurezas
retiradas do objeto lixado. É excelente para lixar resina, gesso,etc.

z Lixa para madeira é usada (seca) somente em madeira.

z Lixa para ferro é usada (seca) somente em superfícies metálicas.

z Lixa para massa é ideal para o lixamento de rebocos, argamassas,


massa corrida e gesso.

Numeração de grãos conforme o tipo de lixa:

z Ferro 36 a 220

z Massa 60 a 220

z Madeira 36 a 320

z Lixa d’água 80 a 2000

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2.11 Cuidados especiais com lixas

2.11.1 Cuidados com o Processo

Faça movimentos sempre no sentido do veio da madeira para não provocar


ranhuras na superfície.

Retire toda a poeira depois do lixamento, para que a superfície possa receber
bem a etapa seguinte.

2.11.2 Cuidados com a Pressão

Trabalhe com lixas em bom estado de abrasividade e com uma pressão


moderada, para permitir que as fibras sejam cortadas uniformes. Lixas grossas e
pressão excessiva no lixamento ocasionam rugosidades e manchas de queimaduras
no tratamento seguinte da superfície.

Em lixadeiras de cinta larga faça a remoção do materrial como indicado abaixo,


com maior remoção nas granas mais grossas e remoções menores nas mais finas que
garantem melhor acabamento e aumentam a vida útil da lixa e da lixadeira.


Figura: Lixadeira Banda Larga

2.11.3 Cuidados com a Umidade

Não deixe passar um dia entre o lixamento e a aplicação de fundos em caso de


peças montadas como cadeiras e mesas. A umidade do ambiente penetra na madeira
fazendo com que sua superfície fique rugosa, prejudicando a qualidade da pintura. Isso
ocorre bastante com madeiras macias como pinus, caixeta, freijó, entre outras.

2.11.4 Problemas mais comuns

Um grande problema no lixamento de madeira é o empastamento pelo pó


gerado durante a operação. Para aumentar o tempo de vida útil da lixa e dos

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equipamentos, melhorar o acabamento, diminuir o pó no ambiente de trabalho e


garantir maior limpeza das peças lixadas, siga as seguintes regras:

x Utilize lixas, com efeito, antiestático que evitam o "efeito tampão" ou


empastamento;

x Observe se as peças com cola ou com massa estão realmente secas, evitando
o empastamento prematuro;

x Use um sistema adequado de exaustão e aterramento para melhor eficiência da


operação;

x Utilize lixas com grão zirconado para operações de calibração e de óxido de


alumínio cerâmico para as operações de acabamento.

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3 Como utilizar as Lixas

3.1 Em MDF
Inicie o lixamento a partir da grana 150 em lixas de papel ou pano. A grana final
depende do acabamento requerido.

3.2 Em Aglomerado e Compensado


Em desbastes pesados e lixadeiras de cinta larga é recomendada a utilização
de costado de pano e abrasivo carbureto de silício ou zirconado nos grãos 40 a 80.
Nas operações de acabamento utilizar lixas de papel e, de preferência, óxido de
alumínio cerâmico. Nos semi-acabamentos, escolha granas de 80 a 180, e no
acabamento de 180 a 320.

Exclusivamente para compensado, os grãos 60 e 120 em combinação são


clássicos.

3.3. Em Aplicação de Lacas


Prepare a superfície antes de aplicar a laca com a seguinte seqüência: 120, 180
e 220. Quanto mais fina a lixa melhor é o acabamento, pois os poros ficam mais
fechados.

Após efetuar a aplicação do fundo ou primer, aguardar a secagem do produto e


efetuar o lixamento das peças. Para a aplicação de lacas, o ideal é que o fundo esteja
bem seco, então, utilize a seqüência: 220, 280, 360; Para um melhor acabamento e
menor retrabalho, utilize em linhas U.V. com lixadeiras de cinta larga com patins
setorizados, cintas com estearato de zinco e costado mais flexível, nas granas 320,
400 ou 600.

3.4 Em Madeira Maciça


A lixa mais indicada é a de óxido de alumínio zirconado. Use os mesmos
costados e granas indicados para aglomerado e compensado.

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3.5 Em Lâminas de Madeira


Calibre os painéis, no máximo, uma hora antes da aplicação da cola e colagem
das lâminas. Evite o "vazamento" de cola na lâmina, pois isso aumenta o
empastamento prejudicando o acabamento da peça, e reduz a vida útil da lixa.

Utilize a seguinte seqüência de lixas: 120, 180, 220 ou 280.

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3 Bibliografia

LIXAS. Fazfacil, Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:


<http://www.fazfacil.com.br/lixas.htm>. Acesso em: 20 jan. 2003.

CORREIAS de lixas para indústria de móveis. Braslixas, Campinas, 2002. Disponível


em: <http://www.braslixas.com.br/lixas.htm>. Acesso em: 20 jan. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Lixas: abrasivos revestidos:


requisitos de segurança para seu uso. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:
<http://www.abnt.org.br/cb04/admin/proj%20de%20norma%20lixas%20abrasivas.pdf>.
Acesso em: 17 jan. 2003.

ABRASIVOS revestidos: lixas. Norton, São Paulo, 2000. Disponível em:


<http://www.norton-abrasivos.com.br/produtos/descricao_produto.asp?id=2>. Acesso
em: 17 jan. 2003.

LIXAMENTO, desbaste e acabamento. 3M, Sumaré, 1999. Disponível em:


<http://products3.3m.com/catalog/br/pt002/woodworking_furniture/-
/node_JZNLFLM6MQge/root_GSHL20G7FLgv/vroot_92QLK58JMBge/theme_br_wood
working_3_0/command_AbcPageHandler/output_html>. Acesso em: 21 jan. 2003.

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