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RESUMO
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Avanços em Ciência e Tecnologia de Alimentos - Volume 4
INTRODUÇÃO
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Avanços em Ciência e Tecnologia de Alimentos - Volume 4
MATERIAL E MÉTODOS
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UTFPR,
e aprovado sob o parecer de número 490.841 de 12/12/2013, e o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido foi apresentado a cada um dos participantes, contendo as informações
sobre a natureza e objeto de pesquisa, bem como a sua condução e procedimentos, de
maneira clara e simples. No presente projeto, a população envolvida correspondeu a 100
idosos, com idade entre 60 e 92 anos, sendo integrantes da comunidade de Medianeira-Pr,
e se investigou a sua sensibilidade quanto à percepção dos gostos básicos (amargo, doce,
ácido e salgado), e a aceitabilidade de um produto como o iogurte natural desenvolvido com
teores de sacarose diferentes ( 4% e 8%). Para a realização do teste dos gostos básicos,
foram preparadas quatro soluções, de acordo com a metodologia específica (JELLINEK,
1985), contendo as seguintes concentrações para o volume a ser preparado: Ácida –( Ácido
Cítrico -0,07%); Amargo – (Cafeína -0,07%); Doce – (Sacarose -2%); Salgado –( Cloreto de
Sódio -0,2%). As amostras de gostos básicos foram submetidas à análise microbiológica
segundo a Portaria 518 de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde (Brasil, 2005), para
Coliformes totais, de forma a garantir a sua inocuidade para o seu consumo. As formulações
de iogurte natural (4% e 8% de sacarose) foram submetidas às análises microbiológicas
de qualidade, conforme especificado na Resolução nº 5 de 13 de novembro de 2000 , para
Coliformes 35°, Coliformes 45°, bolores e leveduras (BRASIL, 2000), para garantir a sua
inocuidade aos consumidores. O desenvolvimento do iogurte natural foi no Laboratório de
Laticínios e os testes sensoriais foram realizados no Laboratório de Análise Sensorial da
UTFPR câmpus Medianeira. As amostras foram codificadas com três dígitos aleatórios, e
servidas juntamente com água destilada, em copos descartáveis à temperatura ambiente,
para a higienização do palato e da boca, e apresentados de forma não sequencial, para
não induzir o avaliador, em cabines individuais com iluminação fluorescente branca. Para a
análise sensorial do iogurte, os participantes utilizaram o Teste Afetivo de Escala Hedônica,
desenvolvida por Peryan e Pilgrim (1957), e avaliaram o quanto gostaram ou desgostaram
dos seguintes atributos: aroma, doçura, consistência, impressão global. A forma geral da
escala hedônica segue a seguinte classificação: 1- Desgostei extremamente; 2- Desgostei
muito; 3- Desgostei moderadamente; 4- Desgostei ligeiramente; 5-Indiferente; 6- Gostei li-
geiramente; 7- Gostei moderadamente; 8- Gostei muito; 9- Gostei extremamente. A escala
hedônica é flexível, e apresenta uma faixa de aplicação bastante ampla, desde que se avalie
a situação com algum critério de preferência humana ( DUTCOSKY, 2007; DUTCOSKY,
2013; MININ, 2006).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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vem de encontro com a colocação do decréscimo do limiar de percepção e identificação
do “flavor” em consequência do envelhecimento. Isso quer dizer que o idoso necessita de
maior concentração do sabor atribuído ao alimento, em comparação com adultos jovens
(KRAUSE et al., 2010). A Figura 2 apresenta dados sobre a percepção da doçura gostos
de formulações de iogurte pelos consumidores idosos.
Conforme ilustrado na Figura 2, foi grande a aceitação por parte dos participantes ido-
sos para as duas amostras de iogurte natural com diferença na concentração de sacarose
(4% e 8%). A amostra com 8% de sacarose teve uma aceitação levemente maior do que a
amostra com 4% de sacarose, porém sem diferença significativa (p>0,05). Para o atributo
Aroma e Impressão Global foram alcançadas médias de 8,2 e 8,5 para as amostras de 4% e
8% de sacarose, respectivamente. Considerando-se os atributos “Doçura” e “Consistência”,
as médias obtidas foram exatamente as mesmas, sendo 8,1 e 8,4 para as amostras com
concentração de sacarose de 4% e 8%.
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 518, de 25 de março de 2004. Secretaria de Vigi-
lância em Saúde, Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental – Brasília: Editora
do Ministério da Saúde, 2005.
10. MININ, V.P.R. Análise sensorial: estudos com consumidores. Viçosa: UFV, 2006.
11. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic.
In: Report of a WHO consultation on obesity. Geneva: WHO, 1998.
12. PERYAM, D. R., PILGRIM, F. J. Hedonic scale method of measuring food preferences. Food
Technology, v.11, n.9, p.9-14, 1957.
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