Você está na página 1de 14

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL À VIBRAÇÃO DE MÃOS E

BRAÇOS PROVOCADA POR MÁQUINA DE COSTURA


RETA DE UMA COOPERATIVA DE ARTESÃS DE BELO
HORIZONTE

Natália Ribeiro Duarte


nath.duarte@gmail.com

Maria Beatriz de Freitas Lanza


beatriz_lanza@yahoo.com.br

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 1


OBJETIVO

 exposição ocupacional à vibração de


mãos e braços de artesãs;
 cooperativa de Belo Horizonte;
 máquina de costura reta.

Fonte: http://www.amilonga.com.br

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 2


COONARTE

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 3


ESTUDO DA VIBRAÇÃO
 instrumentos musicais (RAO, 2008);
 estudo cientifico dos sons musicais
por Pitágoras (RAO, 2008);
 predominante no sistema biológico de
comunicação (INMAN, 2008).

Fonte: www.fascinioegito.sh06.com

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 4


DEFINIÇÃO
“ Vibração como um movimento oscilatório
de um corpo devido a forças
desequilibradas de componentes rotativos e
movimentos alternados de uma máquina ou
equipamento” (SALIBA,2014)
a) Vibração de Mãos e Braços – VMB;
b) Vibração de Corpo Inteiro – VCI.

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 5


DEFINIÇÃO

“sempre que a frequência


natural de vibração de uma
estrutura coincidir com a
frequência de excitação
externa, ocorrerá um
fenômeno chamado
ressonância”. (RAO, 2008);
Fonte: Bruel & Kjaer citado por
Saliba (2014, p. 15)

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 6


METODOLOGIA

 avaliação preliminar do ambiente de trabalho


das artesãs;

 escolha das máquinas a serem estudadas;

 colhem-se as características das máquinas,


ferramentas e equipamentos de trabalho;

 colhem-se as informações do fabricante sobre o


nível de vibração emitido por cada máquina;

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 7


AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

 medidor de vibração VIB foi configurado para


avaliar vibração de mãos e braços;

 acelerômetro triaxial miniatura para mão-braço,


modelo AP2042 acoplado a uma base montado
no ponto onde a energia é transmitida;

 analisar o ciclo de trabalho e determinar o


tempo de exposição em cada tarefa/operação.

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 8


AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

 realizaram-se então as medições da aceleração


em m/s².

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 9


RESULTADOS
Máquina de Costura Are Aren Frequência da vibração
(m/s²) (m/s²)
Jack Industrial 2,04 1,75 0 a 3,5Hz
Luki 2,85 2,44 2,5 e 3,2Hz
Yamata 3,04 2,60 0 a 3,5Hz

• não pode-se evidenciar a utilização simultânea dos


outros tipos de máquina de costura na cooperativa
(galoneira, máquina zigue-zague e overloque).

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 10


CONSIDERAÇÕES FINAIS
 a atividade não é insalubre;

 nível de ação acima de 2,5m/s² na máquina de


costura do modelo Yamata;

 vibração nas mãos e braços abaixo das altas


frequências de oscilação (8 a 1000 Hz).

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 11


CONSIDERAÇÕES FINAIS
 marca e o modelo das máquinas de costura X
vibrações de mãos e braços dos trabalhadores;

 falta de exigência legal de profissional de


segurança e saúde dedicado à cooperativas e
empresa do ramo abaixo de 500 empregados.

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 12


REFERÊNCIAS
 BRASIL, Ministério da Saúde. Brasil. Secretaria de Políticas de Saúde. Caderno de Atenção
Básica - Programa Saúde da Família: 5. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2001. 63p.

 BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora Nº 09: Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais (NR 09). 75ª Edição. São Paulo. Manuais de Legislação
Atlas. Editora Atlas, 2015a.

 ____________.______________________________. Norma Regulamentadora Nº 12:


Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (NR 12). 75ª Edição. São Paulo.
Manuais de Legislação Atlas. Editora Atlas, 2015b.

 ____________._______________________________. Norma Regulamentadora Nº 15:


Atividades e Operações Insalubres: Anexo 8: Vibrações (NR 15). 75ª Edição. São Paulo.
Manuais de Legislação Atlas. Editora Atlas, 2015c.

 COHEN, William A. Uma aula com Drucker: As lições do maior mestre de Administração.
Rio de Janeiro. Elsevier, 2008.

 CONFEA, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Resolução nº 325, de 27 nov 1987.


Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=373 &id
TipoEmenta=5&Numero=>. Acesso em: 10 mai. 2015.

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 13


REFERÊNCIAS
 COONARTE, Cooperativa de Confecções e Arte. Quem somos. Disponível em: < http://
cirandas.net/coonarte-cooperativa-de-confeccoes-e-artes /quem-somos>. Acesso em: 10 mai.
2015.

 FUNDACENTRO, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.


Norma de Higiene Ocupacional: NHO 10 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição
Ocupacional a Vibração em Mãos e Braços. São Paulo. Fundacentro, 2012. 53p.

 GIANNOTTI, Vito. Historia das lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro. Editora
Mauad, 2007.

 INMAN, Daniel J. Engineering Vibration. 3rd edition. New Jersey. Pearson Education, Inc.
2008. 669 p.

 MANSFIELD, Neil J. Human Response to Vibration. Florida. CRC Press LLC. 2005. 227p.

 RAO, Singiresu. Vibrações Mecânicas. 4.ª ed. São Paulo. Pearson Education, Inc. 2008. 1030
p.

 SALIBA, Tuffi Messias. Manual Prático de Avaliação e Controle de Vibração - PPRA. 3.ª ed.
São Paulo. LTR, 2014. 112 p.

Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 14

Você também pode gostar