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Cuidados com

lançamento de cabos ópticos


FCP | GESTÃO DE INFRAESTRUTURA DE REDES
Cuidados com Cabos Ópticos

Instalação de Cabos Internos

Instalação Subterrânea

Lançamento Subterrâneo por Sopramento


Conteúdo

Lançamento de Microcabos

Lançamento Diretamente Enterrado

Instalação Aérea

Cabos Auto-sustentados

Suspensão

Puxamento com Moitões Cardenais com Cordas

Puxamento com Auxílio de Roldanas


Cuidados com
Cabos Ópticos

Antes de iniciar o lançamento dos cabos ópticos, devemos atentar para os seguintes cuidados:

Antes de desenrolar as bobinas com os cabos ópticos, veri- Depois de instalado, o cabo não deve ser deixado sob
ficar visualmente e com equipamentos tipo OTDR, Power qualquer tração, exceto aquela devida ao próprio peso.
Meter ou mesmo com lanternas, sua continuidade, se estão
em ordem, ou seja, se não foram danificadas durante o em- Não dê solavancos no cabo durante a instalação
barque, transporte e desembarque. Utilizar caixa de puxamento no máximo a cada 30 (trin-
ta) metros ou após duas curvas de 90º.
As bobinas com os cabos ópticos devem ser descarrega-
das e desenroladas, obedecendo-se às recomendações do O lançamento do cabo óptico fora da bobina deverá ser
fabricante disposto em forma de 8, considerando-se o raio de cur-
vatura do cabo, para evitar que este seja danificado pela
Os cabos ópticos deverão ser tracionados em cabos-guia, diminuição do raio quando se dispõe o cabo em círculo
camisas de puxamento e destorcedores com monitoração Evite reutilizar cabos ópticos de outras instalações.
de dinamômetros, evitando-se o tracionamento excessivo.
Cada lance de cabo óptico multimodo não deverá ul-
Prenda a camisa de puxamento diretamente nos elementos trapassar o comprimento máximo de 2000 m permitido
de tração, fibras pultrudadas ou fibras de aramida por norma. Atentar que em algumas aplicações o com-
As extremidades dos cabos ópticos devem ser protegidas, primento pode mudar, como por exemplo, na Gigabit
para não haver penetração de ar e/ou umidade, e no caso Ethernet.
de cabos pressurizados para não ocorrer a perda de pressão.
Todos os cabos ópticos deverão ser identificados com
Em nenhuma hipótese o cabo poderá ser submetido a tor- materiais resistentes ao lançamento, para serem reco-
ções e estrangulamentos, considerando-se sempre que o nhecidos e instalados em seus respectivos pontos.
raio de curvatura mínimo durante a instalação é de 40 vezes
o diâmetro do cabo e 20 vezes, na ocasião da acomodação. Não utilizar produtos químicos, como vaselina, sabão,
detergentes, etc., para facilitar o lançamento dos cabos
Os cabos ópticos não devem ser estrangulados, torcidos, ópticos no interior dos eletrodutos, pois esses produtos
prensados ou pisados, com o risco de provocar alterações podem deteriorar a capa de proteção dos cabos, redu-
em suas características originais. zindo-lhes a vida útil. O ideal é que a infra-estrutura
esteja dimensionada adequadamente para não haver ne-
Na ocasião do puxamento do cabo óptico, tomar o cuidado cessidade de utilizar produtos químicos ou então, pro-
com o excesso de carga de tração. vocar tracionamentos excessivos aos cabos ópticos.
Tabela 1. Ocupação de eletro dutos

Os cabos ópticos não devem ser lançados em infra- Nas caixas de passagem, deixar uma volta de cabo
estruturas que apresentem arestas vivas ou rebarbas, óptico contornando as laterais da caixa de passagem,
de forma que possam provocar danos aos cabos. para ser utilizado como uma folga estratégica para
uma eventual manutenção do cabo óptico.
Evitar que os cabos ópticos sejam lançados perto de
fontes de calor, pois a temperatura máxima de ope- Nos pontos de emendas, deverão ser deixados, no
ração permitida ao cabo é de 60ºC. Para operação mínimo, 3 metros de cabo em cada extremidade,
em temperaturas superiores, existem cabos espe- para haver folga suficiente para as emendas ópticas.
ciais, como por exemplo, os cabos com compostos
fluorados, baseados em teflon. As folgas dos cabos devem ser acomodadas conve-
nientemente e mantidas fixas com abraçadeiras plás-
Evite instalar os cabos ópticos na mesma infraestru- ticas ou com cordões encerados, sem estrangular os
tura com cabos de energia e/ou aterramento. cabos.

Não há risco de interferência eletromagnética, con- Na ocasião do puxamento do cabo óptico, tomar o
tudo, em uma eventual manutenção dos cabos elétri- cuidado com o excesso de carga de tração.
cos, pode trazer danos.

Os cabos ópticos devem ser decapados somente o


necessário, isto é, somente nos pontos de terminação
e de emenda.
Instalação de
Cabos Internos
Alguns cabos ópticos de uso interno podem ser utilizados externamente, de acordo com o fabricante, como por
exemplo o Fiber-Lan Indoor/Outdoor. Entre as características comuns, encontramos a classificação de flamabi-
lidade da capa externa e fabricação tipo tight.

A instalação destes cabos é feita nos caminhos internos constituídos por eletro calhas, eletro dutos, leitos, sle-
eves e slots, devendo ser observadas as taxas de ocupação e recomendações da norma TIA/EIA 569B, vista no


No cabeamento de backbone, devido ao peso do
próprio cabo, devemos observar:

Ao instalar um backbone de fibra óptica na vertical, a carga de tração é reduzida, começando no


topo e passando o cabo para baixo. A carga de tração deve ser considerada ao determinar o raio
de curvatura mínimo no topo da via vertical.

Os cabos do backbone instalado devem ser suportados na parte superior da via em pelo menos a
cada três andares, porém, recomenda-se sustentar o cabo a cada andar. Os mecanismos de supor-
te e sustentação devem segurar o cabo e nunca o esmagar.
Para que o cabo possa atender a todos os requisitos para os quais foi projetado, e garantir o funcionamento correto du-
rante a instalação, não deve ser puxado somente pela capa, devendo ser formado um laçocom as fibras de aramida. Para
construir o laço de puxamento, deveremos seguir os seguintes passos:

1
Medir 30 cm a partir da ponta do cabo e
fazer um corte ao redor da capa do cabo
Fiber-Lan (cortar apenas a capa) para
remove-la. Figura 1. Comprimento de cabo a ser retirado.

2
Cortar mais 20 cm da capa, sem cortar
as aramidas (elemento de tração na cor
amarela), e sem retirar do cabo. Deixe um
pequeno espaço para a retirada da fibra
óptica separando-a da aramida, conforme
Figura 2. Preparação do laco.
figura abaixo, pois a fibra óptica não será
utilizada para compor o laço.

3
As fibras ópticas separadas devem ser
cortadas e a aramida deve ser mantida.
Aproxime até ponta do cabo os 20 cm de
capa que restaram junto com a aramida e
dobre para formar o laço. Fixe a base do
laço com fita isolante e separe a aramida Figura 3. Montagem do laco.

restante em dois feixes iguais para a for-


mação do laço.

4
Faça uma trança ao redor da capa do
cabo, conduzindo um feixe de aramida
sobre o outro, e no final da trança, aplique Figura 4. Trançamento da aramida e colocação da fita isolante.
fita isolante circularmente sobre a mes-
ma. Mantenha espaços não preenchidos,
para que a fita isolante tenha aderência na
capa do cabo
Figura 5. Laco pronto.

É importante observar que em nenhum caso a carga de tração deve ser superior à projetada para o cabo (185
kgf) e o raio de curvatura nunca deverá exceder a 100 mm durante a instalação.
Cuidados com
Cabos Ópticos

As instalações subterrâneas podem ser executadas: manualmente; com auxílio de guinchos de puxamento ou por técnica
de sopro. Nos dois primeiros casos, os cabos ópticos devem ser puxados sempre com o auxílio de camisas de puxamento,
destorcedores e cabos-guia. Antes de iniciar-se o lançamento dos cabos ópticos, convém vistoriar as tubulações e caixas
de passagem que fazem parte da rota de lançamento e, se for o caso, tomar providências para desobstruí-los.

No lançamento com o auxílio de guinchos mecânicos, faz-se necessária a utilização de equipamentos de monitoração de
tensão de tracionamento do cabo, para que este não seja submetido a esforços excessivos que possam prejudicá-lo. Con-
tudo, em vez de utilizar máquinas, o lançamento também pode ser executado manualmente e o uso de equipamentos de
monitoramento pode ser dispensado, desde que se utilize mão-de-obra especializada.

Figura 6. Destorcedor e a utilizacao de guia.


Figura 7. Inicio do lancamento e figura em oito.

Recomendações para Lançamento Subterrâneo


Manual ou com Guincho:
Na bobina, devem permanecer duas pessoas, uma para
controlar o desenrolamento do cabo e a outra guiando a
entrada dele no duto, sem, contudo, empurrar o cabo.
Em cada caixa de passagem, deve permanecer sempre Figura 8. Lançamento em caixa intermediaria e figura em “8”.
uma pessoa para puxar e guiar o cabo para a entrada do
outro duto. Em lances onde serão utilizados subdutos, é necessário
instalá-los antes e, em seguida, lançar os cabos no inte-
Em lances longos, onde o lançamento único pode causar
rior, obedecendo os procedimentos anteriores.
tensões excessivas, é necessário que o lançamento seja
feito em partes, isto é, o cabo deve ser puxado até uma
determinada caixa de passagem (sem trações excessivas)
e, em seguida, puxar uma sobra do cabo, suficiente para
completar o lance. O cabo puxado deverá estar acomo-
dado formando a figura de um “8”, para não danificar a
fibra pelo estreitamento do raio de curvatura. Esse pro-
cedimento deve ser feito em várias caixas de passagem,
dependendo do comprimento do lance. Figura 9. Subduto.
Em lances onde serão utilizados subdutos, é necessário instalá-los antes e, em seguida, lançar os cabos no interior, obe-
decendo os procedimentos anteriores.
Os cabos não devem permanecer tensionados, no interior
dos dutos e nas caixas de passagem. Nos casos onde não
houver emendas, devem ser acomodados nas laterais das
caixas de passagem e fixados com abraçadeiras plásticas.

Figura 9. Subduto.
Figura 11. Tipos de subdutos.

Figura 10. Subduto com camisa de puxamento.

Figura 12. Sobra de fibras em caixa de emenda.

Nas caixas de passagem onde forem executadas emendas, deve-se deixar uma folga de 1 ½ volta de cabo em cada
extremidade, além das sobras necessárias para a execução das emendas. Os cabos e as caixas de emendas devem ser
sempre fixados nos suportes existentes nas caixas de passagens.

Figura 13. Caixa subterrânea.

Figura 14. Utilização de destorcedor para evitar torções no cabo.


Lançamento Subterrâneo
por Sopramento

Este método utiliza um dispositivo de puxamento que se adapta ao cabo e produz um bloqueio à passagem do ar.
Nesta situação, é injetado ar comprimido que empurra o dispositivo de puxamento no interior do duto. O ar circu-
lando a grande velocidade, exerce pressão sobre toda a superfície do cabo facilitando seu movimento.

Ao término do lançamento, o cabo repousa no fundo do duto sem nenhuma tração residual, o que prolonga a sua
vida útil.

Figura 15. Compressor e dispositivo de puxamento.

Este sistema lança cabos ópticos, com diâmetro variando de 12 a 32


mm, entre caixas de passagem a uma velocidade de 40 m/min.

Os cabos para instalação por sopro, como o “Blow Cab-


le” da Furukawa, é um cabo especial para ser instalado
em dutos vazios, por meio de máquinas de sopro. Nor-
malmente, os fabricantes trocam o gel por outro material
(SAP - Super Absorving Powder), a fim de deixar o cabo
mais leve.

Figura 16. Detalhe da instalação por sopro.


Lançamento de Lançamento
Microcabos Diretamente Enterrado

Trata-se de um cabo de fibras, colocado dentro de um O cabo diretamente enterrado é aquele colocado numa
tubo de cobre e instalado num pequeno rasgo de 10 cm vala, que depois será fechada, onde não existe tubula-
de profundidade, feito por um equipamento especial. Ele ção, mas pode haver caixas subterrâneas. Estes cabos
pode ser instalado diretamente no asfalto ou concreto. possuem capas com proteção especial, inclusive contra
roedores. E são bastante utilizados nas instalações que
acompanham rodovias e ferrovias.
Neste tipo de lançamento é muito importante a sinaliza-
ção, para evitar que escavações destruam os cabos aci-
dentalmente. São comumente utilizadas placas de sinali-
zação externamente e na vala podem ser utilizadas placas
de concreto ou fitas (amarelo e preto) de sinalização.

Figura 17. Lançamento de microcabo. Figura 18. Detalhe de vala realizada para instalação em rodovias.
O processo de espinamento com o cabo já preso provisoriamente, consiste em
Instalação utilizar suportes provisórios, que são deslocados simultaneamente com a má-
quina de espinar, que, obviamente, deve estar provida de arames de espinar.
Aérea Antes de iniciar-se o espinamento, é necessário que o cabo óptico já esteja pre-
so ao cabo mensageiro, firmemente e sob certa tensão; em seguida, o arame
As instalações aéreas de cabos ópti- de espinar deve ser preso ao cabo mensageiro por um prensa-fios. Depois, a
cos podem ser executadas de duas máquina de espinar deve ser puxada, com a corda presa em seu corpo, a uma
formas: espinada ou autosustentada. tensão e velocidade constantes, evitando-se partidas e paradas bruscas, que po-
Cada tipo de instalação exige técnica dem causar uma desigualdade nos passos de espinamento. Após o término do
e cuidados especiais para serem con- espinamento entre um poste e outro, o arame de espinar deve ser cortado e,
venientemente instalados. imediatamente, fixado ao cabo mensageiro com o prensa-fios. Terminado esse
trecho, a máquina de espinar deve ser deslocada ao próximo trecho, onde, após
a colocação da máquina e como no processo anterior, o arame de espinar deve
Cabos ser fixado antes de iniciar-se o novo processo de espinamento.

Espinados Entre um espinamento e outro, deve-se atentar para o detalhe da folga do cabo,
chamado pingadeira, que deve ser deixada, para que o cabo não fique tensiona-
O processo de espinamento é condu- do nem se encoste no poste, evitando-se o tracionamento ao cabo pelas contra-
zido por meio de um cabo mensagei- ções e atritos entre ele e o poste, respectivamente. Nos postes onde ocorrerem
ro, constituído de uma cordoalha de mudanças de rotas, os cuidados devem ser maiores, para o cabo ter uma cur-
aço que lhe proporciona sustentação, vatura mínima.
e é utilizado em cabos desprovidos de Nos postes de encabeçamento e terminação, o cabo, em sua subida ou descida,
elementos de sustentação. Para espi- deverá fixar-se ao poste com arames apropriados, sem, contudo, ser apertado
namento, é necessário utilizar os se- em excesso. Esse processo é feito repetidamente, até que todo o cabo óptico
guintes equipamentos básicos: esteja espinado.

Dispositivos de segurança;
Alicate universal;
Escadas;
Guia de cabo aéreo;
Corda de náilon ou sisal; Figura 19. Máquina de espinar. Figura 20. Espinamento simultaneo.
Guincho e carreta para bobina;
Camisa de puxamento com olhal;
No processo de espinamento simultâneo, o cabo é espinado ao mesmo tempo
em que é desbobinado. Esse processo pode ser utilizado somente se as condi-
Máquina de espinar;
ções físicas ao longo do trecho a espinar permitirem a movimentação do supor-
Considerando-se o cabo mensageiro te e da bobina. Portanto, situações em que houver obstáculos, como árvores,
instalado devidamente nos postes, rios, cercas, etc., poderão inviabilizar o trabalho. Nesse processo, a bobina deve
pode-se iniciar o processo de espina- ser colocada sobre um suporte, para o cabo se deslocar e desbobinar ao mesmo
mento. tempo. O cabo desenrolado deverá ser aproximado do cabo mensageiro, por
Basicamente, o espinamento do con- um guia de cabo aéreo, colocado sobre o cabo mensageiro e puxado manual-
junto formado pelo cabo óptico e mente por meio de uma corda.
pelo cabo mensageiro é feito com a A corda de puxamento do guia de cabo deverá ser puxada à medida que a bo-
máquina de espinar, e há duas formas bina for movimentada, e a máquina de espinar deverá ser puxada, simultane-
de espinar os cabos: com o cabo pre- amente, atrás do suporte da bobina. Nesse processo, o cabo deve ser mantido
so provisoriamente ao cabo mensa- tensionado, pois com o peso da máquina de espinar, o cabo mensageiro encon-
geiro e com espinamento simultâneo. tra-se alongado e, após a retirada da máquina de espinar, o mensageiro tende a
se contrair, prejudicando o cabo óptico. Isso pode provocar o envelhecimento precoce do cabo. As amarrações devem
ser feitas como no processo anterior, mantendo-se os mesmos padrões para o início e o término dos trechos entre os
postes e nos encabeçamentos e terminações.
Em ambos os processos, deve-se tomar cuidado para verificar se o cabo óptico não se encontra enrolado em torno
do cabo mensageiro. O normal é ele se encontrar abaixo do cabo mensageiro. Um outro detalhe são os passos do
espinamento, que devem estar espaçados uniformemente, proporcionando uma boa fixação do cabo óptico ao cabo
mensageiro. Além disso, no processo de acabamento, lembramos que o cabo nunca deve encostar-se nos postes e,
finalmente, ele deve receber identificação óptica em todos os postes.

Cabos
Auto-sustentados
Esse processo é utilizado em cabos que possuem elementos de sustentação próprios e podem ser instalados direta-
mente nos postes, sem a necessidade de outros elementos de sustentação, além das ferragens de fixação. Para execu-
tar-se o lançamento desses cabos, são necessárias as seguintes ferragens e equipamentos:

Ferragens Equipamentos
Abraçadeira circular para poste tipo BPC Chave inglesa (20 mm)
Abraçadeira de seção duplo “T” Talha manual
Abraçadeira ajustável BAP Cordas de náilon ou sisal
Olhal reto com rosca Dinamômetro
Arruela quadrada e parafuso longo com olhal Destorcedor e camisa de puxamento
Fio de espinar isolado 22 AWG Escada
Conjunto de ancoragem Dispositivos de segurança
Suporte dielétrico
Conjunto de suspensão armada

Nesse tipo de instalação, é possível fixar o cabo ao poste por meio da alça pré-formada e/ou do grampo de suspensão.
A fixação por suspensão é utilizada nos casos em que o trecho é praticamente reto, com desvios de rota inferiores a
20º, horizontal ou verticalmente. Antes de iniciar-se o lançamento do cabo, é necessário vistoriar a rota e os postes
por onde ele será lançado, verificando-se os seguintes detalhes:

Os postes devem estar em or- As condições do terreno onde Análise dos pontos críticos
dem, isto é, em condições de o cabo será lançado deve ser onde, possivelmente, serão
receber o cabeamento; também verificada, considerando-se os encontradas dificuldades no
deve ser verificado o número, obstáculos que dificultam o momento do lançamento, por
o tipo de postes, e se eles pos- lançamento, tais como: árvores, exemplo, dificuldades para a
suem resistência suficiente para rios, vias públicas, entre outros, instalação das ferragens de fi-
suportar o tracionamento que a e providenciar os recursos ne- xação.
instalação vai exigir. cessários para transpor esses
obstáculos.
Suspensão

Inicialmente, a abraçadeira deve ser fixada ao poste no suporte com o parafuso para prender o grampo de suspensão.
Uma vez que o grampo de suspensão esteja fixado, deve-se retirar a parte superior do grampo, inserir o cabo em seu
interior e fechar o grampo pela parte superior.
Enquanto o cabo não for devidamente lançado, deve-se deixar a parte superior do grampo afrouxada, para permitir
folga ao cabo. Somente na instalação final os cabos serão fixados devidamente nos grampos de suspensão.

Figura 21. Conjunto de suspensão.


Figura 22. Conjunto de suspensão fixado em poste.

Cabos
Auto-sustentados
Fixar um dos ganchos da talha ma- Tensionar o cabo e fixá-lo, com a alça Instalar a alça pré-formada no cabo a
nual com uma corda no poste, em pré-formada, na ferragem da ancoragem. aproximadamente 2 metros do poste.
um ponto acima de onde se encontra Ao atingir a tensão especificada, mar- Soltar o cabo e proceder a montagem
a abraçadeira com o parafuso longo car o cabo com fita adesiva para ins- final da armadura e da alça pré-for-
com olhal. talação final da alça préformada. mada no solo.
Unir o dinamômetro à alça pré-for-
mada e iniciar o tracionamento, acio-
nando a alavanca da talha e moni-
torando a tensão de puxamento no
dinamômetro, que não deve ultrapas-
sar a tensão especificada no projeto.
Fixar o outro gancho da talha no di-
namômetro.

Figura 23. Puxamento com catraca.


Puxamento com Moitões
Cardenais com Cordas

Com uma corda, fixar um dos gan- Soltar o cabo e proceder a mon- Instalar a alça pré-formada no cabo a
chos do moitão cadernal no poste tagem final da armadura e da alça aproximadamente 2 metros do poste.
em um ponto acima da abraçadei- pré-formada no solo.
Tensionar novamente o cabo e fixá-lo
ra com o parafuso longo com olhal.
Fixar uma corda no olhal do moi- com a alça pré-formada na ferragem da
Iniciar o tracionamento, contrain- ancoragem.
tão cadernal e passá-la nos moi-
do-se os moitões, monitorando-se
tões cadernais.
a tensão de puxamento no dina-
mômetro, que não deve ultrapas-
Ao atingir a tensão especificada,
sar a tensão especificada no pro-
marcar o cabo com fita adesiva
Fixar o gancho do outro moitão para a instalação final da alça pré-
no dinamômetro. -formada.
Figura 24. Puxamento com moitões.

Puxamento com
Auxílio de Roldanas
Fixar a base de fixação da roldana Tensionar novamente o cabo e fixá- Colocar a roldana na base de fixação,
no poste, abaixo de onde se encon- -lo com a alça pré-formada na fer- por meio de pinos.
tra instalada a abraçadeira com o ragem da ancoragem. Ao atingir a tensão especificada, mar-
parafuso longo com olhal. Prender um dos ganchos da talha car o cabo com fita adesiva para a ins-
ao dinamômetro. talação final da alça pré-formada.
Instalar uma alça pré-formada para
amarração final no cabo que se en- Fixar o dinamômetro na base do Unir o outro gancho da talha à alça
contra logo abaixo da roldana. poste com uma corda. pré-formada.

Iniciar o tracionamento, acionando


a alavanca da talha e monitorando
a tensão de puxamento no dinamô-
metro, que não deve ultrapassar a
tensão especificada no projeto.

Soltar o cabo e proceder à monta-


gem final da armadura e a alça pré-
-formada no solo.
Figura 25. Puxamento com roldana. Figura 26. Ancoragem do cabo em poste.
FCP | GESTÃO DE INFRAESTRUTURA DE REDES

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