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Nome | nº | Turma Ricardo Bruno Alves dos Santos

Identificação do trabalho ADN e a genética

Identificação do documento ADN e a genética


Área de Competência UC7 DR1
STC Unidade de Competência/DR
Formando /Número
Ricardo Bruno Alves dos Santos Turma EFA_S
Data 06/01/2022

Testes genéticos: Quer mesmo saber?

Quem não gostaria de conhecer o seu próprio genoma? Saber quais são as suas
virtudes e fraquezas genéticas; quais as doenças que poderá ou não desenvolver no
futuro? A resposta é mais complicada do que parece. Para os cientistas, não há dúvida
de que os testes genéticos serão uma ferramenta cada vez mais importante no
diagnóstico e na prevenção de doenças graves. À medida que aumenta o número de
mutações conhecidas, entretanto, aumentam também as dúvidas sobre como lidar
com essas informações. Quem deve ser testado? Para que doenças e com que idade?
Em que ponto o conhecimento genético deixa de ser benéfico e passa a ser um risco
psicológico para o paciente? Se não há cura para uma doença, vale a pena saber que
se tem predisposição para ela?

1. Faça uma pesquisa sobre a molécula de ADN fazendo referência à sua constituição,
localização e função.
ADN

Em 1869, o Médico Suíço Friedrich Miescher retirou de uma ligadura alguns


glóbulos brancos e fez uma grande descoberta. Descobriu que o núcleo da célula
continha uma substância desconhecida. Mais tarde, substâncias semelhantes
foram encontradas em várias células diferentes, desde a célula de um animal à de um
fungo.
A este composto químico deu-se o nome de ácido nucleico. Em 1929 descobriu-
se que na constituição dos ácidos nucleicos intervêm dois açúcares: a ribose e
a desoxirribose. Designou-se por ARN ou ácido ribonucleico aquele que é constituído
por ribose. Algumas moléculas do ARN eram muito pequenas e encontravam-se
inúmeras vezes fora do núcleo. O outro tipo de ácido nucleico contendo desoxirribose
como açúcar é conhecido como ácido desoxirribonucleico ou ADN.
Este último foi encontrado nos cromossomas. As suas moléculas são geralmente
muito longas e pareciam transportar características hereditárias de uma
célula para outra. Aos poucos, descobriu-se que o ADN continha a informação
genética dos seres vivos através de uma escrita em forma indecifrável, para aquela
altura. Além de conter a informação, o ADN pode também a copia-la, o que permite
passar a informação de uma célula para a outra.
O ADN é constituído por unidades de nucleótidos. Cada núcleo tido contém uma
das quatro bases: adenina (A), timina (T), citosina (C) e a guanina (G). É possível ler
a cadeia de ADN, obtendo-se uma sequência de letras. A adenina forma sempre par
com a timina e a citosina sempre com a guanina. Estes quatro pares formam as letras
do código de ADN. À sequência completa do ADN de cada célula chama-se o

genoma.
Figura 1
Cada conjunto de três nucleótidos (bases) codifica um aminoácido, a unidade
constituinte das proteínas. Quando existem erros na cadeia do ADN (mutações),
poderão são incorporados aminoácidos errados na proteína, e esta deixará de
funcionar corretamente. É daqui que resultam doenças como o cancro. Muitas vezes,
os erros no ADN são transmitidos de pais para filhos resultando em doenças
hereditárias. O ADN tem a forma de uma hélice dupla em que os degraus são
formados por pares de bases ligadas entre si. A sua estrutura foi proposta em 1953
por James Watson e Francis Crick em Cambridge, Inglaterra.
Eles conseguiram descrever corretamente a estrutura da dupla hélice da
molécula de ADN. Compreenderam que devido aos pares das bases as duas cadeias
são complementares.
Quando uma célula se divide, as cadeias separam-se e cada uma constrói uma
nova cade ia.
A descoberta da estrutura do ADN abriu o caminho para se compreender como a
informação genética é transmitida de pais para filhos ou de uma célula para outra.
Hoje em dia, esta descoberta tem um impacto em muitas áreas da vida moderna,
tais como a saúde e a medicina, a reprodução, a alimentação, a longevidade, o
ambiente e a indústria.
O ADN dirige a célula dando-lhe instruções para produzir proteínas e trabalhar.
Uma molécula de ADN pode ter um plano em código para milhares de proteínas
diferentes. À extensão da cadeia de ADN que codifica uma proteína chamamos gene.
As proteínas são sintetizadas pela ligação de unidades químicas livres numa ordem
exata. A estas unidades químicas livres dá-se o nome de aminoácidos. Existem 20
aminoácidos diferentes que o ADN tem de especificar com apenas quatro “letras”
químicas ou bases.
Figura 2
O astrónomo George Gamow, em 1954
propôs que o ADN deveria usar “palavras”
constituídas por 3 letras e a sugestão foi
confirmada.
O ADN da célula trabalha como um conjunto
de ações planeadas.
Algumas destas ações servem para o bem-
estar da célula, enquanto outras são utilizados
apenas uma única vez durante a existência da
célula. Os planos ou estratégias do ADN foram
construídos ao longo de milhões de anos desde
que existe vida na Terra, através da
evolução.
A dupla hélice do ADN existe no núcleo de todas as células, à exceção das
bactérias, em associação com as proteínas denominadas histonas.
Os cromossomas só podem ser vistos com um microscópio eletrónico, porque são
pouco espessos e estão muito espalhados. No entanto, antes da célula se dividir, o
ADN compacta-se porque se enrola em si próprio. Nesta fase os cromossomas são
bem visíveis, apresentando uma forma de X com o ADN muitíssimo enrolado.
Segundo percebi o ADN é o responsável das características comuns de cada
indivíduo, as quais são transmitidas de pais para filhos, dentro do mesmo grupo e que
permitem a sua identificação. Por exemplo os meus filhos têm características
genéticas que herdaram de mim nomeadamente a cor dos olhos.
Numa cena de crime por exemplo o ADN encontra-se presente no sangue, na
pele, em pelos, na saliva ou no sémen, esta e a impressão genética que
permite identificar.
O ADN tem duas funções básicas: a replicação, que é responsável pela
hereditariedade e a transcrição de genes, que produz mensagens para outros locais
da célula e que dão origem à síntese de proteínas.
Replicação genética: O ADN contém todas as instruções que controlam o
trabalho da célula. Antes da célula se dividir, a informação é duplicada, permitindo
que essas instruções passem para a outra célula. Este processo envolve a
separação, afastamento e desenrolamento das cadeias. Os nucleótidos livres
juntam-se às cadeias separadas e formam-se duas novas moléculas. Assim, cada
uma destas é constituída por uma cadeia velha e uma nova.
Transcrição genética: A síntese de proteínas é feita em duas etapas: a
transcrição genética propriamente dita e a tradução de mensagens.
1º - Durante o processo de transcrição, um pedaço de cadeia dupla de
ADN separa-se, atuando uma das partes como molde. A cadeia do ARN mensageiro
ou ARNm, construída por emparelhamento de bases, é simples, não é dupla, e
transporta a mesma informação que a cadeia do ADN, utilizando a base uracilo em
vez da base timina. Quando este processo termina, ou seja, o gene está
completamente transcrito, a molécula de ADN volta a “fechar” e a molécula de ARNm
sai do núcleo da célula.
2º - Esta segunda etapa, da síntese proteica, ocorre fora do núcleo da
célula. O ribossoma trabalha ao longo da cadeia de ARNm, lendo os codões ou
pequenas unidades de informação constituídas por sequências significativas de bases.
Por meio de uma molécula de ARN de transferência, ARNt, o aminoácido é
transportado para junto do ribossoma, ligando-se à cadeia de ARNm. Assim que se
dá esta união, o ARNt liberta-se do ARNm e o ribossoma avança para o codão
seguinte, e assim sucessivamente. Quando encontra algum que o manda “parar” é
porque a proteína já se encontra totalmente sintetizada. Esquema feito por Crick, em
1956, representando o Dogma Central da Biologia. Todas as células do nosso corpo
contêm o mesmo ADN. O diâmetro médio do núcleo de uma célula é de 0.005 mm
(5000 vezes mais pequeno que a cabeça de um alfinete) e cada célula tem cerca de 2
metros de ADN. Este ADN todo só cabe no núcleo porque está muito enrolado e
compactado, nos cromossomas. O ADN de cada um de nós chegaria ao Sol e
regressaria à Terra 500 vezes!
Figura 3

Exemplos:
Numa cena de crime o ADN encontra-se no sangue, na pele, em pelos, na
saliva ou no sémen, é essa impressão genética que permite identificar o responsável
pelo crime se não for contaminado por terceiros, também já foram ilibados indivíduos
anteriormente acusados de crimes não cometidos.
Como também é usada para identificar vítimas de acidentes em massa ou que
se encontrei queimados e irreconhecíveis.
Para além da descoberta de criminosos o ADN tem também forte implantação
na medicina, agricultura (criação de gado) e para saber a paternidade de uma criança,
este teste e muito útil para confirmação da paternidade, porque muitas vezes recusam-
se aceitar a criança. Este exame pode ser feito em laboratório de genética humana e
pode ser feito em qualquer idade seja em bebé ou em adulto.

Figura 4
Cada ser vivo resulta da expressão de um programa biológico que corresponde à sua
informação genética. Esta informação, que se encontra integralmente inscrita no ADN,
é transmitida ao longo das gerações através do processo de reprodução, quer a nível
do indivíduo, quer a nível das suas células. Sendo assim, os descendentes recebem dos
progenitores a sua informação biológica como se tratasse de uma herança: os
progenitores transmitem e os descendentes herdam.

2. Comente a seguinte afirmação: “O código genético fica connosco para toda a


vida. Não há nada tão pessoal “.
R: Um individuo recebe um conjunto de cromossomas (23) do pai que fará par com o
conjunto de cromossomas da mãe (23), formando pares de cromossomas –
cromossomas homólogos, ou seja, cada cromossoma do par tem informação para o
mesmo grupo de características.
Os genes existentes, em cada cromossoma, que informam para a mesma característica
são designados por genes alelos. Estes estão situados no mesmo local relativo dos
cromossomas homólogos.

Figura 5
Hereditariedade – a herança possível

Embora nenhuma notação universal esteja até hoje estabelecida, em


todos os sistemas de notação genética os genes são representados por letras.
Num dos sistemas de notação, a escolha da letra para simbolizar o alelo
dominante / alelo recessivo está relacionada com a inicial da palavra que
designa a característica dominante, utilizando-se, neste caso, uma mesma
letra: letra maiúscula para o alelo dominante e minúscula para o alelo
recessivo.
Esta representação dos genes para um determinado caracter, indicada
por um par de símbolos (os alelos), constituem um genótipo de um individuo
para esta característica; o modo como estes se expressam na aparência do
mesmo individuo corresponde ao fenótipo.
Quando ao genótipo um individuo pode ser, em relação a uma
determinada característica:
- Homozigótico – quando os
dois alelos contêm a mesma
informação para essa mesma
característica.
- Heterozigótico – quando
os dois alelos contêm informação
diferente para essa mesma
característica.
Sendo um individuo
homozigótico, este pode ser
dominante, quando os dois alelos
informam para uma característica
que domina; ou recessivo, quando
os dois alelos informam para a
característica que não domina. Figura 6

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