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Este teste é constituído por um texto que apresenta uma situação problemática. A partir daí
surgem dois tipos de questões: (1) de escolha múltipla, onde terá de mostrar o domínio dos
conceitos; (2) de desenvolvimento, onde terá de aplicar esses conceitos em função da
situação apresentada no texto.
Mais tarde, os dois suspeitos foram capturados. O assassino confessou o crime e revelou a intenção de ambos. O
outro afirmou que, apesar da intenção, nada provava que o faria se eventualmente o tal sujeito tivesse passado no
«seu» local, logo, considerou que não poderia ser acusado de um crime que não tinha cometido.
1.
1.1 Das alternativas apresentadas, selecione a única opção correta.
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1.2 Indique em que medida a situação descrita no texto apresenta um problema:
a. Ético/moral
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b. Legal
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2.
2.2 Esclareça por que razão a situação descrita no texto diz respeito também à filosofia. De que forma
ela intervém?
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3.
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3.1.2 Define-se ação livre como
(A) a capacidade de o sujeito fazer tudo aquilo que deseja.
(B) o poder que o indivíduo tem sobre si e os outros.
(C) a possibilidade de o sujeito se autodeterminar segundo a sua vontade.
(D) a capacidade de agir em função do contexto onde está inserido.
3.2 Considera que o facto de o suspeito que se julga inocente se ter deslocado para um dos locais onde
a vítima poderia passar o torna também autor do crime? Justifique.
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3.3 Tendo em conta que o homicídio foi motivado por um ajuste de contas, esclareça se os suspeitos
foram livres na decisão tomada.
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4.
4.1.1 Um argumento é
(A) uma ideia que se tem sobre algo.
(B) o resultado da inferência realizada entre duas ou mais proposições.
(C) a relação estabelecida entre dois ou mais conceitos.
(D) a posição defendida por alguém sobre um determinado assunto.
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4.1.2 Qualquer tese é suportada em argumentos. Esta afirmação é
(A) falsa, as teses não são todas elas argumentativas.
(B) verdadeira, a tese constitui a conclusão de um argumento sendo por isso essencial para
a realização de um raciocínio.
(C) verdadeira, pois a tese é a tomada de posição sobre um determinado assunto com base
em argumentos.
(D) falsa, é a tese que suporta os argumentos; sem tese não existiam argumentos.
4.2 Indique a tese principal que o arguido, que se julga inocente, apresenta.
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4.3 Considera que o argumento apresentado é consistente para suportar a sua tese? Justifique.
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4.4 Considera que ele deverá ser também condenado pelo homicídio? Utilize argumentos que suportem
a sua posição.
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Soluções:
1.1.1 (A)
1.1.2 (D)
1.2 Problema ético/moral: O desrespeito pelo outro e pela vida humana, o recurso à violência (neste caso homicídio) para
resolver conflitos/problemas, a vingança enquanto forma de aplicação de justiça, o valor do ser humano e a sua dignidade,
são alguns problemas que poderão ser abordados/debatidos na situação descrita.
Problema legal: O crime de homicídio, a prática de crime e a cumplicidade nestes atos, a ordem social.
2.1.1 (D)
2.1.2 (A)
2.2 A filosofia intervém através de um conjunto de reflexões ao nível da ética, do direito e da sociologia, nomeadamente o
valor da vida e dignidade humana, o sentido da existência e os princípios que estão na base da ação, os conceitos de justiça
e de ordem social, bem como as próprias relações sociais.
3.1.1 (B)
3.1.2 (C)
3.2 Tendo em conta o conceito de ação, o sujeito que se diz inocente é também autor do crime dado que participou no
planeamento e deslocou-se para um determinado local com uma finalidade específica, ou seja, agiu consciente e
intencionalmente. O facto de não ter sido o autor dos disparos não o iliba da premeditação, isto é, da autoria do crime.
3.3 Aqui pretende-se que seja abordado o problema do determinismo e do livre arbítrio. Segundo a tese determinista a
decisão tomada não foi livre pois foi uma resposta «natural» a uma causa anterior. Apesar de partir deles a decisão final, ela
não dependeu da sua vontade, mas sim de um conjunto de causas anteriores que determinaram esta decisão inevitável.
Segundo as teses libertarista e compatibilista, a decisão tomada foi livre pois, apesar das condicionantes e constrangimentos,
eles poderiam sempre optar por uma outra alternativa de acordo com a sua vontade.
4.1.1 (B)
4.1.2 (C)
4.2 A tese defendida é a de que uma pessoa só pode ser acusada de um crime se o tiver cometido.
4.3 O argumento poderá aparentar consistência, no entanto do ponto de vista lógico é inválido. A sua formulação seria desta
forma:
Se a vítima passar no local onde (A) o espera, ele será autor do crime.
A vítima não passou no local onde (A) o esperava,
logo (A) não foi autor do crime.
Neste caso encontramo-nos perante uma falácia, dado que não é pelo facto de a vítima não ter passado no local onde (A) o
esperava que fica ilibada da autoria do crime.
4.4 Aqui poderão ser apresentados argumentos em defesa do sujeito ou contra ele, logo trata-se de uma resposta mais
aberta. Em termos de acusação parece óbvio que o suspeito não foi o autor dos disparos, no entanto, o facto de planear o
crime e de se ter deslocado para um dos locais com o objetivo de assassinar a vítima torna-o inevitavelmente cúmplice. Em
defesa poderá utilizar-se o argumento de que o outro suspeito o forçou a participar no crime ou então, por exemplo, evidenciar
a dúvida a partir da relação intenção-ação, ou seja, se a vítima tivesse passado pelo local onde estava e este não tivesse
disparado, nada aconteceria, logo nunca saberíamos da sua intenção inicial.
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