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GABINETE DO MINISTRO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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sendo responsável, nos termos da Lei nº 9.717, de 1998, pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de
benefícios previdenciários.
CAPÍTULO II
DOS REPRESENTANTES DO RPPS E DO ENTE FEDERATIVO
CAPÍTULO III
DAS AVALIAÇÕES ATUARIAIS ANUAIS
Art. 3º Deverão ser realizadas avaliações atuariais anuais com data focal em 31
de dezembro de cada exercício, coincidente com o ano civil, que se refiram ao cálculo
dos custos e compromissos com o plano de benefícios do RPPS, cujas obrigações
iniciar-se-ão no primeiro dia do exercício seguinte.
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III - ser realizada em consonância com a Nota Técnica Atuarial (NTA) do
plano de benefícios do RPPS;
II - recálculo.
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Art. 4º O ente federativo deverá comprovar à Secretaria de Previdência a
realização das avaliações atuariais anuais por meio do encaminhamento do
Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA), no prazo previsto na
norma que disciplina a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária - CRP.
CAPÍTULO IV
DA AVALIAÇÃO ATUARIAL INICIAL
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III - a estrutura de gestão previdenciária proposta atende aos princípios da
legalidade, transparência, segurança, participação, assegurando controle eficiente dos
ativos e passivos previdenciários e transparência no relacionamento com os
beneficiários e a sociedade;
§ 2º Deverá ser comprovado que o estudo técnico a que se refere o caput foi
disponibilizado aos beneficiários do RPPS, por meio de canal de comunicação de fácil
acesso, preferencialmente em seu sítio eletrônico, e encaminhado aos órgãos de controle
interno e externo.
CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO ATUARIAL DE RPPS EM EXTINÇÃO E BENEFICIÁRIOS
MANTIDOS PELO TESOURO
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avaliações atuariais com data focal em 31 de dezembro de cada exercício com o
objetivo de apurar os valores dos compromissos.
CAPÍTULO VI
DA NOTA TÉCNICA ATUARIAL
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III - beneficiários sob responsabilidade financeira direta do Tesouro.
CAPÍTULO VII
DOS FLUXOS ATUARIAIS
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III - Fundo em Repartição, em caso de segregação da massa e para eventual
massa de beneficiários sob responsabilidade financeira direta do Tesouro.
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§ 3º Independentemente do envio do documento a que se refere o caput,
deverão constar do Relatório da Avaliação Atuarial as informações da duração do
passivo do RPPS e o histórico de sua evolução.
CAPÍTULO VIII
DOS REGIMES FINANCEIROS E MÉTODOS DE FINANCIAMENTO
Art. 13. Para apuração do custo normal dos benefícios avaliados em regime
financeiro de capitalização, o financiamento gradual do custo dos benefícios futuros
deverá ser estruturado durante toda a vida laboral do servidor, por meio de um dos
seguintes métodos atuariais de financiamento:
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§ 2º Poderão ser utilizados outros métodos, além daqueles previstos neste
artigo, desde que:
CAPÍTULO IX
DAS HIPÓTESES ATUARIAIS
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avaliação atuarial, cientificando os conselhos deliberativo e fiscal da manutenção ou
alteração das hipóteses utilizadas.
Art. 16. A unidade gestora do RPPS deverá solicitar dos representantes do ente
federativo informações e manifestação fundamentada das hipóteses econômicas e
financeiras relacionadas ao estabelecimento de políticas ou à execução de programas e
atividades sob responsabilidade do ente, especialmente daquelas relacionadas à gestão
de pessoal, para subsidiar a escolha e a análise da aderência.
Seção I
Do Relatório de Análise das Hipóteses
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§ 2º Constatada a impossibilidade de demonstração da aderência e adequação
de hipóteses quando da aplicação de metodologias para esse fim, deverão constar do
Relatório de Análise das Hipóteses as justificativas e resultados que tenham levado a
essa conclusão.
§ 5º O disposto nesse artigo não se aplica aos entes federativos de que trata o
art. 7º e àqueles que possuem RPPS, mas mantêm massa de beneficiários sob
responsabilidade financeira do Tesouro, relativamente a essa massa.
Art. 19. A unidade gestora do RPPS deverá manter banco de dados com as
informações das avaliações atuariais já realizadas e com aquelas obtidas junto ao ente
federativo que guardem pertinência com as hipóteses e premissas adotadas para
possibilitar o seu acompanhamento e a elaboração do Relatório de Análise das
Hipóteses.
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Parágrafo único. As informações de que trata o caput deverão ser incorporadas
pela unidade gestora do RPPS no leiaute da base de dados da avaliação atuarial previsto
no art. 41.
Seção II
Das tábuas biométricas referenciais
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Seção III
Das alterações futuras no perfil e composição das massas
Art. 23. A alteração do perfil da massa por rotatividade poderá ser considerada
desde que observados os seguintes parâmetros:
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Seção IV
Das estimativas de remunerações e proventos
I - será de, no mínimo, 1% (um por cento) a cada ano da projeção atuarial;
IV - poderá ser diferenciada por poder, órgão ou entidade, bem como por
categoria ou carreira;
Seção V
Da taxa atuarial de juros
Art. 26. A taxa de juros real anual a ser utilizada como taxa de desconto para
apuração do valor presente dos fluxos de benefícios e contribuições do RPPS deverá ter,
como limite máximo, o menor percentual dentre os seguintes:
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II - da taxa de juros parâmetro cujo ponto da Estrutura a Termo de Taxa de
Juros Média seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS.
Art. 27. Deverá ser utilizada, na avaliação atuarial, a taxa de juros parâmetro,
considerando a duração do passivo do respectivo plano de benefícios, como hipótese de
taxa real de juros, nas seguintes situações:
Parágrafo único. Nas hipóteses de que trata este artigo, deverá ser apresentada,
no Relatório da Avaliação Atuarial, a análise de sensibilidade do resultado atuarial à
variação das taxas de juros, incluindo a sua demonstração à taxa de juros de 0% (zero
por cento).
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Seção VI
Da entrada no mercado de trabalho e em aposentadoria programada
Art. 28. O tempo de contribuição do segurado ativo ao RPPS deverá ser obtido
por meio dos dados cadastrais disponibilizados, pela unidade gestora, ao atuário
responsável pela avaliação atuarial, inclusive no que se refere ao tempo de contribuição
anterior à sua vinculação ao RPPS.
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§ 2º A descrição prevista no inciso V deverá registrar, em montante e em
percentual, as variações anuais projetadas para o referido período relativo aos anos
iniciais da projeção, em quadro destacado no Relatório de Avaliação Atuarial.
Seção VII
Da composição do grupo familiar
Seção VIII
Das demais premissas e hipóteses
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Art. 32. Com relação às hipóteses de cálculo do valor dos benefícios a
conceder, com base na média das remunerações ou na última remuneração do servidor
no cargo efetivo, a NTA deverá explicitar a forma de cálculo utilizada em cada caso,
devendo constar, no Relatório da Avaliação Atuarial, as estatísticas relacionadas ao
cálculo dos benefícios, mesmo que não tenham sido objeto de ajuste cadastral para fins
da avaliação.
Art. 33. Caso seja aplicada premissa de entrada em doença para fins de
projeção dos compromissos pertinentes, deverá constar do Relatório da Avaliação
Atuarial a tábua de morbidez utilizada.
Art. 34. Caso adotada projeção do valor do limite máximo dos benefícios do
RGPS, deverá ser observada a projeção divulgada pela Secretaria de Previdência e
explicitado, no Relatório de Avaliação Atuarial, se foi utilizada essa premissa e seus
impactos nas projeções apresentadas.
CAPÍTULO X
DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ENTRE REGIMES
Art. 36. Com relação aos benefícios concedidos, deverá ser utilizada a relação
percentual verificada entre o valor compensado pró-rata apurado no Sistema de
Compensação Previdenciária - COMPREV e o valor de pagamento dos benefícios do
RPPS, de forma individual ou agregada, evidenciando-se os valores a receber e a pagar
de compensação.
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II - o valor médio per capita do fluxo mensal de compensação dos
requerimentos já deferidos na data focal da avaliação atuarial.
CAPÍTULO XI
DA BASE CADASTRAL
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Art. 39. Os poderes, órgãos e entidades do ente federativo deverão encaminhar
à unidade gestora do RPPS as informações dos beneficiários do regime para elaboração
da avaliação atuarial, ou permitir o seu acesso por meio de sistemas informatizados, em
tempo hábil para sua análise, correção, processamento e apresentação dos resultados.
III - as premissas adotadas para o ajuste técnico dos dados que não atendem aos
atributos previstos no inciso II, sempre numa perspectiva conservadora quanto aos
impactos na diminuição das obrigações do RPPS; e
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CAPÍTULO XII
DA APURAÇÃO DOS CUSTOS E COMPROMISSOS
Seção I
Dos benefícios avaliados em regime de repartição simples
§ 1º Esses benefícios deverão ter os seus custos apurados a partir dos valores
efetivamente despendidos pelo RPPS, não podendo ser inferiores à média dos
dispêndios dos 3 (três) últimos exercícios, exceto quando houver fundamentada
expectativa de redução desse custo, demonstrada no Relatório da Avaliação Atuarial.
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§ 3º Os saldos de recursos arrecadados para o financiamento dos benefícios
avaliados em regime de repartição simples deverão compor o Fundo Garantidor de
Benefícios Estruturados em Regime de Repartição Simples.
Seção II
Dos benefícios avaliados em regime de repartição de capitais de cobertura
Seção III
Dos benefícios avaliados em regime de capitalização
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§ 4º As provisões e os fundos garantidores relativos aos benefícios estruturados
em repartição simples e de capitais de cobertura e os fundos para oscilação de riscos não
compõem o passivo atuarial e nem os ativos garantidores considerados na apuração do
resultado atuarial dos compromissos dos benefícios avaliados em regime de
capitalização.
Art. 46. Poderão ser considerados como ativos garantidores dos compromissos
do plano de benefícios do RPPS:
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incisos I e II, deverá ser líquido das obrigações constantes dos saldos das contas do
passivo circulante na data focal da avaliação.
CAPÍTULO XIII
DO PLANO DE CUSTEIO PROPOSTO NA AVALIAÇÃO ATUARIAL
V - que o plano de custeio de equilíbrio deve ser modelado de forma que não
promova o descumprimento dos parâmetros estabelecidos nesta Portaria, em especial
dos regimes financeiros de que trata o art. 12.
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IV - quando instituído na forma de alíquotas, ter a remuneração de contribuição
dos segurados ativos como base de cálculo das contribuições do ente federativo, normal
e suplementar;
Seção I
Dos prazos para implementação do plano de custeio
Art. 49. O plano de custeio proposto na avaliação atuarial com data focal em 31
de dezembro de cada exercício que indicar a necessidade de majoração das
contribuições, implementado por meio de lei do ente federativo editada, publicada e
encaminhada à Secretaria de Previdência e ser exigível até 31 de dezembro do exercício
subsequente, observará o seguinte:
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III - será considerado, pela Secretaria de Previdência, que o ente federativo não
demonstrou o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS enquanto referido plano de
custeio não for implementado.
Seção II
Do acompanhamento do plano de custeio
Art. 50. Para fins de cumprimento do equilíbrio financeiro e atuarial, deverá ser
previsto na legislação do RPPS:
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§ 3º Deverão ser encaminhados à Secretaria de Previdência, na forma definida
na norma que disciplina a emissão do CRP, os documentos para comprovação do
repasse das contribuições devidas ao RPPS.
CAPÍTULO XIV
DO CUSTEIO ADMINISTRATIVO
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II - da unidade gestora do RPPS, que deverá estabelecer processo contínuo de
verificação dos repasses e da alocação dos recursos; e
III - dos conselhos deliberativo e fiscal do RPPS, que deverão zelar pela
utilização dos recursos segundo os parâmetros gerais e observados os princípios que
regem a Administração Pública.
CAPÍTULO XV
DO EQUACIONAMENTO DO DEFICIT ATUARIAL
II - em segregação da massa; e
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§ 6º O plano de equacionamento do deficit somente será considerado
implementado a partir do seu estabelecimento em lei do ente federativo, observados o
prazo e condições previstos no art. 49.
Seção I
Do equacionamento por plano de amortização
III - que seja adotado plano que proporcione menor custo total, compatível com
a capacidade orçamentária, financeira e fiscal do ente federativo;
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b) calculado com base na sobrevida média dos aposentados e pensionistas, no
caso de amortização do deficit relativo à não cobertura integral das provisões
matemáticas dos benefícios concedidos, e no tempo médio remanescente para
aposentadoria, no caso de amortização do deficit relativo às provisões matemáticas de
benefícios a conceder; ou
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Seção II
Do equacionamento pela segregação da massa
Subseção I
Do estudo para instituição da segregação da massa
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V - que os valores dos compromissos do plano de benefícios foram
devidamente aferidos e que o plano de custeio a ser estabelecido assegura o equilíbrio
financeiro e atuarial do RPPS;
Subseção II
Da implementação da segregação da massa
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imediatamente vinculados e somente poderão ser utilizados para pagamento dos
beneficiários desse fundo;
Subseção III
Do acompanhamento da segregação da massa
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I - deverá ser controlado pela unidade gestora do RPPS por poder, órgão e
entidade, considerando os valores das contribuições e das folhas de pagamento dos
respectivos beneficiários; e
Subseção IV
Da revisão da segregação da massa
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V - o valor da provisão matemática relativa aos beneficiários a serem
transferidos do Fundo em Repartição, apurado antes de realizada a revisão, seja igual ou
inferior à Margem para Revisão de Segregação, calculada pelo maior valor entre:
Seção III
Outras formas de modelagem atuarial
CAPÍTULO XVI
DO APORTE DE BENS, DIREITOS E DEMAIS ATIVOS AO RPPS
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III - ser aprovado pelo conselho deliberativo do RPPS;
V - ter sido sua vinculação realizada por meio de lei do ente federativo.
CAPÍTULO XVII
DA DEMONSTRAÇÃO DE VIABILIDADE DO PLANO DE CUSTEIO
Art. 64. Deverão ser garantidos os recursos econômicos suficientes para honrar
os compromissos estabelecidos no plano de custeio e na segregação da massa, cabendo
ao ente federativo demonstrar a adequação do plano de custeio do RPPS à sua
capacidade orçamentária e financeira e aos limites de gastos com pessoal impostos pela
Lei Complementar nº 101, de 2000.
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§ 3º Poderão ser solicitadas informações complementares àquelas previstas no
modelo do demonstrativo a que se refere o § 2º, caso identificadas situações de riscos à
liquidez e solvência do plano de benefícios.
CAPÍTULO XVIII
DA REDUÇÃO DO PLANO DE CUSTEIO
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Parágrafo único. A unidade gestora do RPPS, tendo como base os Relatórios
das Avaliações Atuariais e de Análise das Hipóteses, deverá identificar, mensurar e
avaliar a perenidade das causas que deram origem ao resultado atuarial apontado,
atentando para a necessidade de liquidez para fazer frente aos compromissos do plano
de benefícios
CAPÍTULO XIX
DAS INFORMAÇÕES ATUARIAIS DOS RPPS
§ 4º Deverão ser divulgadas, pelo ente federativo e pela unidade gestora, aos
beneficiários do RPPS e à sociedade, por meio de canal de comunicação de fácil acesso,
preferencialmente, em seus sítios eletrônicos, informações sobre a situação financeira e
atuarial do RPPS, utilizando linguagem clara e acessível.
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§ 6º A Secretaria de Previdência realizará estudos, a partir das informações
atuariais de que trata este artigo, para fins de consolidação dos resultados globais
apurados pelo conjunto dos RPPS e divulgação dos dados relativos à previdência do
servidor público, podendo utilizar métodos, hipóteses e premissas uniformes para
possibilitar a comparabilidade entre os regimes.
§ 7º A exigência das informações de que trata este artigo poderá ser adequada
ao porte e perfil de risco atuarial do RPPS, na forma do art. 77.
Seção I
Do Demonstrativo do Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA)
Art. 69. As informações relativas às avaliações atuariais dos RPPS deverão ser
encaminhadas à Secretaria de Previdência por meio do Demonstrativo do Resultado da
Avaliação Atuarial (DRAA).
Seção II
Do Relatório da Avaliação Atuarial
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§ 1º Além de outras informações previstas nesta Portaria, o Relatório da
Avaliação Atuarial deverá conter:
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Seção III
Da análise das informações atuariais
CAPÍTULO XX
DA GESTÃO ATUARIAL
Art. 73. Para garantir a solvência e liquidez do plano de benefícios deverão ser
adotadas medidas de aperfeiçoamento da gestão dos ativos e passivos do RPPS e
assegurada a participação dos conselhos deliberativo e fiscal em seu acompanhamento.
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a deterioração da situação financeira e atuarial do RPPS ou em decorrência de alteração
de disposições do seu plano de benefícios.
CAPÍTULO XXI
DO PERFIL ATUARIAL DOS RPPS
§ 1º Além dos elementos referidos no caput, a matriz de risco de que trata este
artigo poderá embasar-se, dentre outros:
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§ 3º A Secretaria de Previdência publicará relação dos RPPS por grupo de risco
atuarial, a qual terá validade pelos 3 (três) exercícios subsequentes à sua publicação.
§ 5º Na situação de que trata o inciso II do § 4º, o RPPS poderá ter seu grupo
de risco atuarial alterado, excepcionalmente, em prazo inferior àquele previsto no 3º,
sendo comunicado, pela Secretaria de Previdência, dos efeitos dessa reclassificação e
dos prazos para adequação aos parâmetros do grupo para o qual foi realocado.
CAPÍTULO XXII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 79. A aplicação dos parâmetros previstos nesta Portaria é facultativa para a
avaliação atuarial relativa ao exercício de 2019, posicionada em 31 de dezembro de
2018, e obrigatória para as avaliações atuariais seguintes.
Art. 82. Os entes federativos que efetuaram, até 31 de maio de 2018, a revisão
da segregação da massa sem aprovação da Secretaria de Previdência poderão apresentar,
para sua análise e parecer, plano de adequação com a constituição de submassas,
constituição de fundos ou outros arranjos atuariais, na forma do art. 61.
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Art. 84. Para os fins desta Portaria e das instruções normativas dela
decorrentes, consideram-se os conceitos definidos no Anexo.
5. Aposentadoria por invalidez: benefício concedido aos segurados do RPPS que, por
doença ou acidente, forem considerados, por perícia médica do ente federativo ou da
unidade gestora do RPPS, incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de
serviço que lhes garanta o sustento, nas condições previstas na Constituição Federal, nas
normas gerais de organização e funcionamento desses regimes e na legislação do ente
federativo.
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7. Atuário: profissional técnico especializado, bacharel em Ciências Atuariais e
legalmente habilitado para o exercício da profissão nos termos do Decreto-lei nº 806, de
04 de setembro de 1969.
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16. Custo normal: o valor correspondente às necessidades de custeio do plano de
benefícios do RPPS, atuarialmente calculadas, conforme os regimes financeiros
adotados, referentes a períodos compreendidos entre a data da avaliação e a data de
início dos benefícios.
18. Data focal da avaliação atuarial: data na qual foram posicionados, a valor presente,
os encargos, as contribuições e aportes relativos ao plano de benefícios, bem como o
ativo real líquido e na qual foi apurado o resultado e a situação atuarial do plano. Nas
avaliações atuariais anuais, a data focal é a data do último dia do ano civil, 31 de
dezembro.
19. Deficit atuarial: resultado negativo apurado por meio do confronto entre o somatório
dos ativos garantidores dos compromissos do plano de benefícios e os valores atuais do
fluxo de contribuições futuras, do fluxo dos valores líquidos da compensação financeira
a receber e do fluxo dos parcelamentos vigentes a receber, menos o somatório dos
valores atuais dos fluxos futuros de pagamento dos benefícios do plano de benefícios.
20. Deficit financeiro: valor da insuficiência financeira, período a período, apurada por
meio do confronto entre o fluxo das receitas e o fluxo das despesas do RPPS em cada
exercício financeiro.
24. Duração do passivo: a média ponderada dos prazos dos fluxos de pagamentos de
benefícios de cada plano, líquidos de contribuições incidentes sobre esses benefícios,
conforme instrução normativa da Secretaria de Previdência.
27. Equilíbrio atuarial: garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das
receitas estimadas e das obrigações projetadas, ambas estimadas e projetadas
atuarialmente, até a extinção da massa de segurados a que se refere; expressão utilizada
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para denotar a igualdade entre o total dos recursos garantidores do plano de benefícios
do RPPS, acrescido das contribuições futuras e direitos, e o total de compromissos
atuais e futuros do regime.
29. Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média: a média das Estruturas a Termo de Taxa
de Juros diárias embasadas nos títulos públicos federais indexados ao Índice de Preço ao
Consumidor Amplo - IPCA, conforme instrução normativa da Secretaria de
Previdência.
30. Evento gerador do benefício: evento que gera o direito e torna o segurado do RPPS
ou o seu dependente elegível ao benefício.
31. Fluxo atuarial: discriminação dos fluxos de recursos, direitos, receitas e encargos do
plano de benefícios do RPPS, benefício a benefício, período a período, que se trazidos a
valor presente pela taxa atuarial de juros adotada no plano, convergem para os
resultados do Valor Atual dos Benefícios Futuros e do Valor Atual das Contribuições
Futuras que deram origem aos montantes dos fundos de natureza atuarial, às provisões
matemáticas (reservas) a contabilizar e ao eventual deficit ou superavit apurados da
avaliação atuarial.
32. Fundo em capitalização: fundo especial, instituído nos termos da Lei nº 4.320, de 17
de março de 1964, com a finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos
compromissos definidos no Plano de Benefícios do RPPS, no qual o benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição e idade foi estruturado sob o regime financeiro
de capitalização e os demais benefícios em conformidade com as regras dispostas nesta
Portaria.
33. Fundo em repartição: fundo especial, instituído nos termos da Lei nº 4.320, de 17 de
março de 1964, em caso de segregação da massa, em que as contribuições a serem
pagas pelo ente federativo, pelos segurados ativos, aposentados e pensionistas
vinculados ao RPPS são fixadas sem objetivo de acumulação de recursos, sendo as
insuficiências aportadas pelo ente federativo, admitida a constituição de fundo para
oscilação de riscos.
34. Fundo para oscilação de riscos: valor destinado à cobertura de riscos decorrentes de
desvios das hipóteses adotadas na avaliação atuarial ou com o objetivo de antisseleção
de riscos, cuja finalidade é manter nível de estabilidade do plano de custeio do RPPS e
garantir sua solvência.
36. Meta de rentabilidade: é a taxa real anual de retorno esperada dos ativos
garantidores dos compromissos do plano de benefícios, definida pela política de
investimentos do RPPS.
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biométricas, demográficas, econômicas e financeiras dos segurados e beneficiários do
RPPS.
38. Nota técnica atuarial (NTA): documento técnico elaborado por atuário e exclusivo
de cada RPPS, em conformidade com a instrução normativa emanada da Secretaria de
Previdência do Ministério da Fazenda, que contém todas as formulações e expressões de
cálculo das alíquotas de contribuição e dos encargos do plano de benefícios, das
provisões (reservas) matemáticas previdenciárias e fundos de natureza atuarial, em
conformidade com as bases técnicas aderentes à população do RPPS, bem como
descreve, de forma clara e precisa, as características gerais dos benefícios, as bases
técnicas adotadas e metodologias utilizadas nas formulações.
40. Parecer atuarial: documento emitido por atuário que apresenta de forma conclusiva a
situação financeira e atuarial do plano de benefícios, no que se refere à sua liquidez de
curto prazo e solvência, que certifica a adequação da base cadastral e das bases técnicas
utilizadas na avaliação atuarial, a regularidade ou não do repasse de contribuições ao
RPPS e a observância do plano de custeio vigente, a discrepância ou não entre o plano
de custeio vigente e o plano de custeio de equilíbrio estabelecido na última avaliação
atuarial e aponta medidas para a busca e manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial.
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47. Projeções atuariais com as alíquotas de equilíbrio: compreendem as projeções de
todas as receitas e despesas do RPPS, considerando o fluxo atuarial dos benefícios
calculados pelo regime financeiro de capitalização, os benefícios calculados por capitais
de cobertura e os benefícios calculados por repartição simples e taxa de administração,
calculados com base nas novas alíquotas de equilíbrio, para atender as exigências da Lei
de Responsabilidade Fiscal.
53. Regime financeiro de repartição simples: regime em que o valor atual do fluxo de
contribuições normais futuras de um único exercício é igual ao valor atual de todo o
fluxo de benefícios futuros cujo pagamento venha a ocorrer nesse mesmo exercício.
54. Regime Geral de Previdência Social - RGPS: regime de filiação obrigatória para os
trabalhadores não vinculados a regime próprio de previdência social.
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a adequação e aderência das bases técnicas adotadas na avaliação atuarial do regime
próprio às características da massa de beneficiários do regime, às normas gerais de
organização e funcionamento dos RPPS e às normas editadas pelo ente federativo.
60. Resultado atuarial: resultado apurado por meio do confronto entre o somatório dos
ativos garantidores dos compromissos do plano de benefícios com os valores atuais do
fluxo de contribuições futuras, do fluxo dos valores líquidos da compensação financeira
a receber, menos o somatório dos valores atuais dos fluxos futuros de pagamento dos
benefícios do plano de benefícios, sendo superavitário caso as receitas superem as
despesas, e, deficitário, em caso contrário.
62. Segurado: o servidor público civil titular de cargo efetivo, o magistrado e o membro
do Ministério Público e de tribunal de contas, ativo e aposentado; o militar estadual
ativo, da reserva remunerada ou reformado, com vinculação previdenciária ao RPPS,
abrangendo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, instituições, órgãos e
entidades autônomas.
67. Superavit atuarial: resultado positivo apurado por meio do confronto entre o
somatório dos ativos garantidores dos compromissos do plano de benefícios com os
valores atuais do fluxo de contribuições futuras e do fluxo dos valores líquidos da
compensação financeira a receber, menos o somatório dos valores atuais dos fluxos
futuros de pagamento dos benefícios do plano de benefícios.
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68. Tábuas biométricas: instrumentos demográficos estatísticos utilizados nas bases
técnicas da avaliação atuarial que estimam as probabilidades de ocorrência de eventos
relacionados de determinado grupo de pessoas, tais como: sobrevivência, mortalidade,
invalidez, morbidade, etc.
69. Taxa atuarial de juros: é a taxa anual de retorno esperada dos ativos garantidores dos
compromissos do plano de benefícios do RPPS, no horizonte de longo prazo, utilizada
no cálculo dos direitos e compromissos do plano de benefícios a valor presente, sem
utilização do índice oficial de inflação de referência do plano de benefícios.
71. Taxa de juros parâmetro: aquela cujo ponto da Estrutura a Termo de Taxa de Juros
Média, divulgada anualmente pela Secretaria de Previdência, seja o mais próximo à
duração do passivo do respectivo plano de benefícios.
72. Valor atual das contribuições futuras: valor presente atuarial do fluxo das futuras
contribuições de um plano de benefícios, considerando as bases técnicas indicadas na
Nota Técnica Atuarial e os preceitos da Ciência Atuarial.
73. Valor atual dos benefícios futuros: valor presente atuarial do fluxo de futuros
pagamentos de benefícios de um plano de benefícios, considerados as bases técnicas
indicadas na Nota Técnica Atuarial e os preceitos da Ciência Atuarial.
75. Viabilidade fiscal: capacidade de cumprimento dos limites fiscais previstos na Lei
de Responsabilidade Fiscal.
78. Valor Justo: valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado
entre as partes interessadas em condições ideais e com a ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação de
comercialização.
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MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a estrutura e os elementos mínimos das
bases de dados cadastrais, funcionais e remuneratórios dos beneficiários dos regimes próprios de
previdência social (RPPS) utilizadas nas avaliações atuariais desses regimes, a serem encaminhadas
à Secretaria de Previdência para acompanhamento da observância do equilíbrio financeiro e atuarial.
CAPÍTULO II
DA BASE CADASTRAL
Art. 2º A base cadastral utilizada na avaliação atuarial deverá:
I - contemplar todos os beneficiários do RPPS, de quaisquer dos poderes, órgãos e
entidades do ente federativo;
II - observar os parâmetros previstos nos arts. 38 e 39 da Portaria MF nº 464, de 2018;
III - conter, dentre outras, as seguintes informações previstas no leiaute disponibilizado
no endereço eletrônico da Secretaria de Previdência na internet:
a) o tipo de agente público, civil ou militar;
b) se o beneficiário compõe a massa do Fundo em Repartição, do Fundo em
Capitalização ou sob responsabilidade financeira direta do ente federativo (“Mantidos pelo
Tesouro”);
c) o Poder, órgão ou entidade ao qual o beneficiário está vinculado;
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d) se o segurado ativo pertence a alguma categoria que possui regra de elegibilidade
específica para aposentadoria;
e) os dados para identificação do beneficiário, como sexo, data de nascimento,
matrícula, CPF, estado civil, condição, se válido ou inválido;
f) os dados relativos à situação funcional do segurado ativo ou aposentado, tais como,
tipo de vínculo, identificação do cargo e da carreira, data de ingresso no ente, no cargo e na carreira,
se está sujeito ou vinculado ao regime de previdência complementar, se percebe abono de
permanência;
g) os valores da remuneração bruta e da remuneração de contribuição dos segurados
ativos e dos proventos dos aposentados e pensionistas, da contribuição previdenciária e do teto
remuneratório;
h) o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e a outros
RPPS, com identificação do respectivo regime de origem;
i) as informações relativas aos dependentes dos segurados ativos e aposentados, tais
como número de dependentes, data de nascimento, condição do cônjuge, se válido ou inválido;
j) quanto aos aposentados, o tipo de aposentadoria, a data de início do benefício, se
possui paridade ou não, o valor da compensação previdenciária recebida por meio do Sistema de
Compensação Previdenciária (COMPREV), com identificação dos respectivos regimes de origem;
l) quanto aos pensionistas, a identificação do instituidor da pensão, a data do seu
falecimento, o valor percentual da quota, tipo de relação do pensionista com o instituidor, duração do
benefício, se vitalício ou temporário.
Parágrafo único. Adicionalmente, a base cadastral deverá contemplar informações:
I - relativas aos beneficiários que se desvincularam do RPPS em decorrência de
desligamento ou falecimento, permitindo-se o acompanhamento das hipóteses relativas às projeções
de rotatividade e longevidade;
II - que guardem pertinência com o processo de escolha e acompanhamento das demais
hipóteses e premissas utilizadas na avaliação atuarial, possibilitando a elaboração do Relatório de
Análise das Hipóteses de que trata o art. 17 da Portaria MF nº 464, de 2018.
CAPÍTULO III
DO ENCAMINHAMENTO DA BASE CADASTRAL
Art. 3º O ente federativo deverá encaminhar os arquivos da base cadastral utilizada na
avaliação atuarial do RPPS à Secretaria de Previdência, na forma de planilha eletrônica:
I - no prazo para o envio do Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial
(DRAA), por meio do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social
(CADPREV-Web);
II - no prazo previsto em notificação eletrônica emitida pela Secretaria de Previdência,
conforme art. 71 da Portaria MF nº 464, de 2018;
III - como anexos de estudos técnicos submetidos à análise da Secretaria de Previdência.
§ 1º Em caso de instituição de RPPS, o arquivo da base cadastral deverá ser
encaminhado como anexo ao estudo técnico de que trata o art. 5º da Portaria MF nº 464, de 2018.
§ 2º Enquanto não encaminhado o arquivo da base cadastral nos prazos previstos neste
artigo ou enquanto o arquivo apresentado não estiver adequado ao leiaute aprovado por esta Instrução
Normativa, será considerado que o ente federativo não demonstrou a adoção de medidas objetivando
o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
56
§ 3º A base cadastral de que trata este artigo se refere àquela que contempla os dados
encaminhados pelo ente federativo ou unidade gestora do RPPS ao atuário habilitado, sem os ajustes
e imputações eventualmente realizados para o seu processamento na avaliação atuarial, refletindo o
banco de dados cadastrais, funcionais e remuneratórios dos beneficiários do RPPS.
§ 4º Os arquivos da base cadastral efetivamente utilizados nas avaliações atuariais do
RPPS, com os eventuais ajustes promovidos pelo atuário, e aqueles a que se refere o § 3° deverão ser
mantidos, em arquivo, pelo ente federativo ou pela unidade gestora do regime, pelo prazo previsto no
art. 72 da Portaria MF nº 464, de 2018.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 4º Fica aprovado o leiaute da base cadastral disponibilizado no endereço eletrônico
da Secretaria de Previdência na Internet identificado com a data de publicação desta Instrução
Normativa.
1º O leiaute de que trata o caput será exigível a partir da avaliação atuarial do exercício
de 2021, com data focal em 31 de dezembro de 2020, até sua ulterior alteração por meio de instrução
normativa.
§ 2º O encaminhamento da base cadastral utilizada nas avaliações atuariais anuais com
datas focais anteriores àquela prevista no caput, quando requerido pela Secretaria de Previdência,
deverá observar o leiaute disponibilizado em 3 de maio de 2017, sendo facultada a utilização do novo
modelo aprovado por esta Instrução Normativa.
Art. 5º Enquanto não adequadas as funcionalidades do CADPREV-Web, a base
cadastral deverá ser encaminhada à Secretaria de Previdência quando solicitada na forma prevista no
inciso II do art. 3°.
Art. 6° Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
57
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece os critérios e metodologias para o cálculo da
duração do passivo e definição da taxa de juros parâmetro a serem utilizados nas avaliações atuariais
dos regimes próprios de previdência social (RPPS).
CAPÍTULO II
DO CÁLCULO DA DURAÇÃO DO PASSIVO
Art. 2º A duração do passivo corresponde à média dos prazos dos fluxos de pagamentos de
benefícios do RPPS, líquidos das contribuições dos aposentados e pensionistas, ponderada pelos
valores presentes desses fluxos.
§ 1º Os fluxos de pagamentos de benefícios devem considerar os benefícios concedidos e a
conceder que tenham seu valor ou nível previamente estabelecido e cujo custeio seja determinado
atuarialmente.
§ 2º Para cálculo da duração do passivo serão utilizados os valores informados nos fluxos
atuariais de que trata o art. 10 da Portaria MF nº 464, de 2018, conforme a fórmula abaixo:
Onde:
Fi = somatório dos pagamentos de benefícios de cada plano, líquidos das contribuições dos
aposentados e pensionistas, relativos ao i-ésimo prazo;
i = prazo, em anos, resultante da diferença entre o ano de ocorrência dos fluxos (Fi) e o ano
de cálculo; e
58
TA = a taxa de juros real anual que foi utilizada como taxa de desconto para apuração do valor
presente dos fluxos de benefícios e contribuições do RPPS na avaliação atuarial relativa ao exercício
anterior.
§ 3º O cálculo da duração do passivo da avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro
de um exercício utilizará a taxa de juros da avaliação com data focal em 31 de dezembro do exercício
anterior para trazer, a valor presente, o fluxo líquido de pagamentos com benefícios a ser ponderado.
§ 4º A duração do passivo, a ser expressa em ano, será utilizada para:
I - a definição da taxa de juros parâmetro a ser considerada como limite para a hipótese de
taxa de juros da avaliação atuarial, nos termos do art. 26 da Portaria MF n° 464, de 2018
II - o cálculo do prazo máximo do plano de amortização e do valor do deficit atuarial a ser
equacionado, conforme instrução normativa específica da Secretaria de Previdência.
§ 5º O cálculo da duração do passivo deverá ser efetuado quando da elaboração dos fluxos
atuariais a que se refere o art. 10 da Portaria MF nº 464, de 2018, que incorporarão o Demonstrativo
de Duração do Passivo de que trata o art. 11 e o inciso VI do art. 68 dessa portaria.
§ 6º Contarão, do Relatório da Avaliação Atuarial, as informações sobre a duração do passivo,
devendo ser apresentada a análise de sua evolução no capítulo “Parecer Atuarial”.
CAPÍTULO III
DO CÁLCULO DA TAXA DE JUROS PARÂMETRO
Art. 3º A taxa de juros parâmetro corresponde àquela cujo ponto da Estrutura a Termo de
Taxa de Juros Média seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS.
§ 1º A Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média corresponde à média de 5 (cinco) anos das
Estruturas a Termo de Taxa de Juros diárias baseadas nos títulos públicos federais indexados ao Índice
de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA.
§ 2º Os pontos das Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média serão apurados pela Secretaria
de Previdência com data-base de primeiro de abril de cada exercício.
§ 3º Ato normativo da Secretaria de Previdência divulgará, anualmente, até 31 de maio de
cada exercício, tabela com a apuração da Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média, para fins de
definição da taxa de juros parâmetro, que conterá:
I - os pontos da Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média em anos;
II - a taxa de juros parâmetro em percentual anual correspondente a cada ponto.
§ 4º Para definição da taxa de juros parâmetro a ser utilizada como limite da taxa de juros na
avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro do exercício, utiliza-se o valor da duração do
passivo calculado na avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro do exercício anterior.
§ 5º Na hipótese de a tabela a que se refere o § 3º não apresentar o ponto de duração do
passivo calculado, expresso em ano com uma casa decimal, será utilizado o ponto da tabela
imediatamente anterior ao dessa duração para identificação da taxa de juros parâmetro.
§ 6º Com relação às massas de que tratam os incisos II e III do art. 27 da Portaria MF nº 464,
de 2018, poderá ser considerada a taxa de juros parâmetro apurada para o Fundo em Capitalização.
Art. 4º Caso a meta de rentabilidade definida pela política anual de investimentos do RPPS
seja superior à taxa de juros parâmetro, para sua utilização como hipótese de taxa de juros na avaliação
atuarial, deverá ser apresentado previamente à Secretaria de Previdência estudo técnico que
demonstre:
I - sua aprovação pelo conselho deliberativo do RPPS;
II - que as aplicações de recursos do RPPS de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º-A da Resolução
CMN nº 3.992, de 25 de novembro de 2010:
59
a) são superiores às provisões matemática dos benefícios concedidos;
b) tenham atingido a meta de rentabilidade proposta na política anual de investimentos dos
últimos 3 (três) exercícios consecutivos; e
c) tenham sido realizadas de acordo com os limites, requisitos e vedações ali estabelecidos.
III - que a gestão dos recursos do RPPS atende aos parâmetros previstos na Portaria MPS nº
519, de 24 de agosto de 2011.
IV - a adequação e a aderência da meta de rentabilidade ao perfil da carteira de investimentos
do RPPS;
V - a convergência entre a meta de rentabilidade definida na política anual de investimentos,
os fluxos atuariais e a taxa de retorno real projetada para as aplicações dos recursos financeiros do
RPPS, ponderada em função dos seguintes fatores:
a) montante de ativos de investimento por segmento de aplicação, fluxo projetado de
investimentos e desinvestimentos, fluxo de receitas com rentabilidade das aplicações dos recursos;
b) fluxo projetado das contribuições previstas no plano de custeio ou outras receitas de
qualquer natureza;
c) fluxo projetado de pagamento de benefícios ou outras despesas de qualquer natureza; e
d) avaliação dos riscos associados a possível descasamento entre ativos e passivos,
considerando diferentes hipóteses e oscilação das diversas classes de ativos.
§ 1º O estudo técnico de que trata este artigo deverá ser encaminhado à Secretaria de
Previdência até 31 de agosto para que, em caso de sua aprovação, possa fundamentar a utilização da
hipótese de taxa de juros na avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro desse mesmo
exercício e do exercício subsequente.
§ 2º A aprovação do estudo técnico pela Secretaria de Previdência aplica-se exclusivamente
à adoção da taxa atuarial de juros do plano de benefícios, não eximindo a responsabilidade dos
gestores do RPPS e de outros profissionais que tenham contribuído para a realização do estudo, bem
como, da obrigatoriedade de observância, na aplicação dos recursos do RPPS, dos princípios de
segurança, rentabilidade, solvência, liquidez, motivação, adequação à natureza das obrigações do
regime e transparência previstos na Resolução CMN nº 3.922, de 2010.
§ 3º No caso de não aprovação pela Secretaria de Previdência do estudo técnico de que trata
este artigo deverá ser utilizada, na avaliação atuarial, a taxa equivalente ou inferior à taxa de juros
parâmetro.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 5º Enquanto não adequadas as funcionalidades do Sistema de Informações dos Regimes
Públicos de Previdência Social (CADPREV-Web) contemplando um novo modelo de fluxo atuarial
que possa ser importado pelo sistema, será disponibilizada, no endereço eletrônico da Secretaria de
Previdência na Internet, uma versão do modelo atual de fluxo para cálculo da duração do passivo.
§ 1º A versão do fluxo atuarial a ser disponibilizada poderá ser utilizada para:
I - com base nos valores dos fluxos gerados para a avaliação atuarial com data focal em 31 de
dezembro de 2017, possibilitar o cálculo da duração do passivo para, se for o caso, ser utilizado na
determinação da taxa de juros parâmetro para avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro
de 2018;
II - com base nos valores dos fluxos a serem gerados para a avaliação atuarial com data focal
em 31 de dezembro de 2018, ser efetuado o cálculo da duração do passivo para determinação da taxa
de juros parâmetro a ser utilizada na avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2019
60
ou, se for o caso, para utilização nessa avaliação atuarial da modelagem de plano de amortização que
se baseie na duração do passivo para cálculo do prazo do plano de amortização e do valor do deficit
a ser equacionado.
§ 2º A versão do fluxo atuarial a ser disponibilizada, temporariamente, para cálculo da
duração do passivo não deverá ser encaminhada por meio do CADPREV-Web por ser incompatível
com o atual leiaute desse sistema.
Art. 6° Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no Anexo
da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 7º A Secretaria de Previdência divulgará a Estrutura a Termo de Taxa de Juros Média
apurada com data-base em 30 de setembro de 2018 para sua utilização, de forma facultativa, na
definição da taxa de juros parâmetro da avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2018.
Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
61
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a estrutura e os elementos mínimos dos
fluxos atuariais dos regimes próprios de previdência social (RPPS) a serem encaminhados à Secretaria
da Previdência do Ministério da Fazenda como fundamento para verificação do equilíbrio financeiro
e atuarial do regime.
CAPÍTULO II
DOS FLUXOS ATUARIAIS
Art. 2º Os fluxos atuariais deverão ser elaborados conforme parâmetros previstos no
art. 10 da Portaria MF nº 464, de 2018, contemplando as projeções de todas as receitas e despesas do
RPPS apresentadas conforme duas modelagens distintas:
I - com base no plano de custeio normal previsto na lei do ente federativo vigente na
data focal da avaliação atuarial; e
II - com base no custeio normal de equilíbrio, apurado na data focal da avaliação
atuarial.
§ 1º Os fluxos atuariais formulados com base no plano de custeio normal vigente, de
que trata o inciso I do caput, relativos às avaliações com data focal em 31 de dezembro, deverão:
I - servir de base para apuração dos valores das provisões matemáticas previdenciárias
a serem registradas nas demonstrações contábeis levantadas nessa data, observadas as normas de
contabilidade aplicáveis ao Setor Público;
62
II - fundamentar a avaliação da situação financeira e atuarial do RPPS que constituirá
anexo do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, de que trata a Lei Complementar nº 101, de 2000,
a ser encaminhado no exercício seguinte;
II - embasar as projeções atuariais do RPPS a serem apresentadas no Relatório
Resumido de Execução Orçamentária de que trata a Lei Complementar nº 101, de 2000, referente ao
último bimestre do exercício seguinte.
§ 2º Os fluxos atuariais formulados com base no plano de custeio de equilíbrio, de que
trata o inciso II do caput, deverão ser base matemática para o cálculo do valor presente atuarial das
obrigações e direitos do plano de benefícios, devendo os respectivos montantes, trazidos a valor
presente, convergir com os valores dos compromissos apurados na avaliação atuarial.
CAPÍTULO III
DO ENCAMINHAMENTO DOS FLUXOS ATUARIAIS
Art. 3º Os fluxos atuariais deverão ser encaminhados à Secretaria de Previdência,
conforme modelo de planilha eletrônica disponibilizado em seu endereço eletrônico na internet:
I - no prazo de envio do Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA),
por meio do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV-Web);
II - no prazo previsto em notificação eletrônica emitida pela Secretaria de Previdência,
conforme art. 71 da Portaria MF nº 464, de 2018;
III - como anexo a estudos técnicos submetidos à análise da Secretaria de Previdência
pelo ente federativo e unidade gestora do RPPS.
§ 1º O modelo da planilha eletrônica possui como opções a serem assinaladas:
I - para identificação da massa a que se refere:
a) agente público (civil ou militar);
b) Fundo em Capitalização ou RPPS sem segregação da massa, Fundo em Repartição,
benefícios sob responsabilidade financeira direta do ente federativo.
II - para identificação da modalidade de avaliação de que tratam os incisos I e II do art.
2º.
§ 2º Em caso de retificação do DRAA, devido à alteração das bases técnica e cadastral
utilizadas na avaliação atuarial, deverão ser reencaminhados os fluxos atuariais.
CAPÍTULO IV
DA FORMA DE PREENCHIMENTO DOS FLUXOS ATUARIAIS
Art. 4º As formulações relativas a cada grupo de informações da planilha dos fluxos
atuariais compõem a Nota Técnica Atuarial (NTA), devendo ser atualizadas sempre que houver
alterações na base técnica veiculada nesse último documento.
§ 1º Os conceitos relativos às variáveis utilizadas na planilha dos fluxos atuariais e os
procedimentos adotados para apuração dos correspondentes valores serão divulgados, pela Secretaria
de Previdência, nas instruções de preenchimento daquele documento.
§ 2º A planilha eletrônica dos fluxos atuariais integra conjunto de informações dispostas
em colunas numeradas, sendo os seguintes os conteúdos e valores a serem preenchidos:
I - nas colunas 1 a 4, deverão ser prestadas as informações preliminares relativas,
respectivamente, a:
a) instante: que se iniciará em 1, uma vez que os fluxos de pagamentos de benefícios e
de recebimentos de contribuições deverão ser postecipados;
63
b) ano: informar o exercício subsequente ao da data focal da avaliação atuarial anual,
sendo que, em caso de avaliação atuarial com data focal diferente de 31 de dezembro, deverá ser
indicado o exercício em curso;
c) taxa de juros: corresponde à hipótese de taxa atuarial de juros utilizada na avaliação
atuarial em conformidade com o art. 26 da Portaria MF nº 464, de 2018; e
d) fator de desconto: calculado pela planilha mediante uso das informações das colunas
1 e 3 e é expresso sob a forma de fator de desconto composto para cada ano.
II - nas colunas 5 a 53, deverão ser informados os valores das receitas de contribuições
normais futuras a cargo dos beneficiários e do ente federativo, das receitas de contribuições
suplementares incluídas em planos de amortização do deficit, das receitas de parcelamentos de
débitos previdenciários, das receitas de compensação previdenciária, das receitas de aportes para
cobertura de insuficiências financeiras dos Fundos em Repartição, dentre outras, sendo que os valores
anuais são totalizados e apresentados na coluna 54;
III - nas colunas 55 a 78, deverão ser informados os valores das despesas futuras com
benefícios e os da compensação previdenciária a pagar, que representam os encargos do RPPS, sendo
que os valores anuais são totalizados e apresentados na coluna 79;
IV - na coluna 80, são apuradas as insuficiências ou excedentes financeiros anuais e, na
coluna 81, é demonstrada a evolução dos recursos garantidores vinculados ao RRPS;
V - nas colunas 82 e 83, deverão ser informados os valores das receitas de contribuições
futuras esperadas no ano e, nas colunas 84 e 85, os valores anuais das despesas, em relação às
coberturas dos benefícios de invalidez e pensão na fase laborativa, não estruturados em regime de
capitalização;
VI - nas colunas 86 e 87, deverão ser informados, respectivamente, os valores das
receitas de contribuições esperadas e das despesas futuras projetadas no ano, em relação aos demais
benefícios e auxílios estruturados em regime de repartição simples e de repartição de capitais de
cobertura;
VII - nas colunas 88 e 89, deverão ser informados, respectivamente, os valores das
receitas de contribuições esperadas e das despesas administrativas futuras projetadas no ano;
VIII - nas colunas 90 a 92, será demonstrado o resumo geral das receitas, despesas e
resultados anuais, que engloba todas as despesas e receitas previdenciárias e administrativas;
IX - na coluna 93, deverá ser informada a remuneração de contribuição (base de cálculo
das contribuições);
X - nas colunas seguintes, deverão ser informadas, respectivamente, as projeções anuais
de novos entrantes, as de aposentadorias e as de pensões por morte.
§ 3º Todos os valores anuais constantes das colunas 5 a 94 deverão ser informados pelos
seus valores nominais originários, sem quaisquer efeitos da taxa de juros.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 5º Enquanto não encaminhados os fluxos atuariais à Secretaria de Previdência nos
prazos previstos no art. 3º ou enquanto os que tenham sido apresentados não estiverem adequados
aos parâmetros previstos nesta Instrução, será considerado que o ente federativo não demonstrou a
adoção de medidas objetivando o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
Art. 6º Os novos modelos dos fluxos atuariais serão disponibilizados no endereço
eletrônico da Secretaria de Previdência na Internet e serão exigíveis a partir da avaliação atuarial do
exercício de 2021, com data focal em 31 de dezembro de 2020, até sua ulterior alteração pela
Secretaria de Previdência.
64
Art. 7º O encaminhamento, à Secretaria de Previdência, dos fluxos atuariais das
avaliações atuariais anuais com datas focais anteriores àquela prevista no art. 6º deverá observar os
modelos vigentes até a data anterior à publicação desta Instrução Normativa, disponibilizados no
endereço eletrônico da Secretaria de Previdência.
Art. 8º A estruturação dos fundos garantidores mencionados nos arts. 43 e 44 da Portaria
MF nº 464, de 2018, passará a ser obrigatória a partir da avaliação atuarial do exercício de 2022.
Art. 9° Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
65
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece os parâmetros relativos aos métodos
atuariais de financiamento a serem utilizados nas avaliações atuariais dos regimes próprios de
previdência social (RPPS) para apuração dos compromissos e determinação dos custos do seu plano
de benefícios, como fundamento da observância do equilíbrio financeiro e atuarial, na forma do § 1º
do art. 13 da Portaria MF nº 464, de 2018.
§ 1º Para os efeitos desta Instrução Normativa, consideram-se:
I - regime financeiro de capitalização: regime no qual o valor atual de todo o fluxo de
contribuições normais e suplementares futuras acrescido ao patrimônio do plano é igual ao valor atual
de todo o fluxo de pagamento de benefícios futuros, fluxo este considerado até sua extinção e para
todos os benefícios cujo evento gerador venha a ocorrer no período futuro dos fluxos, requerendo o
regime, pelo menos, a constituição:
a) de provisão matemática de benefícios a conceder até a data prevista para início do
benefício, apurada de acordo com o método de financiamento estabelecido; e
b) de provisão matemática de benefícios concedidos para cada benefício do plano a
partir da data de sua concessão.
II - regime financeiro de repartição de capitais de cobertura: regime no qual o valor atual
de todo o fluxo de contribuições normais futuras de um único período é igual ao valor atual de todo
o fluxo de pagamento de benefícios futuros, considerado até sua extinção, para os benefícios cujo
evento gerador venha a ocorrer naquele único período, requerendo o regime, no mínimo, a
constituição de provisão matemática de benefícios concedidos para cada benefício a partir da data de
concessão do mesmo;
66
III - regime financeiro de repartição simples: regime no qual o valor atual de todo o
fluxo de contribuições normais futuras de um único período é igual ao valor atual de todo o fluxo de
pagamento de benefícios futuros deste único período; e
IV - método de financiamento atuarial: metodologia adotada pelo atuário para
estabelecer o nível de constituição das provisões necessárias à cobertura dos benefícios estruturados
no regime financeiro de capitalização, em face das características biométricas, demográficas,
econômicas e financeiras dos segurados e beneficiários do RPPS.
§ 2º Na utilização do regime financeiro de capitalização, o fluxo de contribuições
normais futuras deve ter como limite temporal máximo a data estimada de elegibilidade ao respectivo
benefício.
§ 3º Os fluxos de pagamentos de benefícios e de recebimentos das contribuições dos
RPPS deverão ser postecipados.
§ 4º Os benefícios estruturados sob o regime de capitalização decorrentes dos eventos
de morte e invalidez devem ter todo o fluxo de eventos geradores e de contribuição estimados apenas
a partir da data focal da avaliação atuarial.
CAPÍTULO II
DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO
Art. 2º Para apuração do custo normal dos benefícios avaliados em regime financeiro
de capitalização, o financiamento gradual do custo dos benefícios futuros deverá ser estruturado
durante toda a vida laboral do segurado ativo, por meio de um dos seguintes métodos atuariais de
financiamento:
I - Crédito Unitário Projetado (CUP):
a) pela data de ingresso no ente federativo (CUP-e); ou
b) pela data de ingresso no plano de benefícios (CUP-p).
II - Idade Normal de Entrada (INE);
III - Prêmio Nivelado Individual (PNI):
a) pela data de ingresso no ente federativo (PNI-e); ou
b) pela data de ingresso no plano de benefícios (PNI-p).
IV - Agregado por Idade Atingida (AGR-a).
§ 1º Poderão ser utilizados outros métodos além daqueles previstos neste artigo, desde
que, em conformidade com o § 2º do art. 13 da Portaria MF nº 464, de 2018:
I - apresentem nível de formação de reservas superior ao crédito unitário projetado;
II - possam ser inteiramente caracterizados conforme critérios estabelecidos nesta
Instrução Normativa; e
III - sejam submetidos à aprovação prévia da Secretaria de Previdência, com a
apresentação de justificativa técnica acompanhada da substituição da Nota Técnica Atuarial (NTA),
cuja formulação observará as disposições de instrução normativa específica.
§ 2º Poderão ser solicitados, pela Secretaria de Previdência, outros elementos para
análise do novo método de financiamento proposto e, em caso de sua aprovação, suas características
constarão de anexos a serem incorporados a esta Instrução Normativa.
§ 3º A alteração do método de financiamento utilizado na avaliação atuarial do RPPS
deverá observar o previsto no art. 14 da Portaria MF nº 464, de 2018.
67
CAPÍTULO III
DAS CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO SOB O REGIME
FINANCEIRO DE CAPITALIZAÇÃO
Art. 3º Para categorização e identificação de métodos de financiamento sob o regime
de capitalização, elencam-se as seguintes características e atributos de enquadramento do método
utilizado, nas avaliações atuariais dos RPPS, naqueles previstos no art. 2º:
I - em relação ao valor do benefício, em determinado momento antes da data de
elegibilidade, um método pode ser categorizado como:
a) de benefício projetado, quando o encargo referente ao benefício, em qualquer
momento do período de contribuição, é representado pela totalidade do encargo a valor atual, relativo
ao benefício ao qual o segurado terá direito na data de elegibilidade, calculado segundo as bases
técnicas do plano; ou
b) de benefício acumulado (accrued benefit), quando o encargo referente ao benefício,
em qualquer momento do período de contribuição, é representado por uma parcela equivalente a “n”
avos do encargo total, a valor atual, relativo ao benefício ao qual o segurado terá direito na data de
elegibilidade, calculado segundo as bases técnicas do plano.
II - em relação à forma de cálculo do custo normal, um método pode ser categorizado
como:
a) individual, quando o custo normal e a alíquota referente à contribuição normal são
calculados por meio da situação e das caraterísticas de cada segurado, possibilitando-se identificar o
custo e a alíquota individual de cada um, sendo que o estabelecimento e a consequente utilização de
um custo normal médio ou de uma alíquota normal média para o grupo de segurados decorrentes do
cálculo individual mantém o método na categoria de método individual, para fins de categorização
sob o aspecto do cálculo do custo normal; ou
b) agregado, quando não é possível identificar o custo e a alíquota individual de cada
segurado, segundo a situação e características de cada um, sendo que o custo normal e a alíquota
normal decorrem de um fator médio, tais como anuidade ou período, ponderado pela remuneração de
contribuição, idade, tempo de contribuição a decorrer ou outra característica objetiva relativa a cada
segurado que fará jus ao para o benefício.
III - em relação ao momento de reconhecimento de perdas e ganhos atuariais, um
método pode ser categorizado como:
a) de reconhecimento imediato ou explícito, quando, a partir da avaliação atuarial, é
possível identificar, reconhecer e registrar explicitamente um superavit ou deficit, cuja amortização
deve ser realizada por meio de aportes ou alíquotas suplementares ao ingresso normal de recursos,
em razão do custo normal e da alíquota normal contemplarem apenas os fluxos de contribuições
normais futuras, não incluindo insuficiências de fluxos normais passados; ou
b) de reconhecimento diferido ou implícito, quando a partir da avaliação atuarial não é
possível identificar, reconhecer e registrar explicitamente um superavit ou deficit, em razão de tais
situações serem implícita e automaticamente incorporadas à alíquota normal e ao custo normal futuro,
não existindo assim aporte ou alíquota suplementar ao ingresso normal de recursos em caso de déficit.
IV - em relação à existência de serviço passado, um método pode ser categorizado como:
a) com serviço passado, quando o método reconhece obrigações do plano para com o
segurado, relativas a uma data anterior à sua entrada no RPPS; ou
b) sem serviço passado, quando o método não reconhece obrigações do plano para com
o segurado, relativas a uma data anterior à sua entrada no RPPS.
Parágrafo único. A Secretaria de Previdência poderá solicitar esclarecimentos adicionais
e a discriminação de outras características do método de financiamento e da formulação utilizada na
68
NTA, de forma a possibilitar maior transparência e evidenciação do método utilizado na avaliação
atuarial e a verificação do atendimento ao equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
CAPÍTULO IV
DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO SOB REGIME FINANCEIRO DE CAPITALIZAÇÃO
Seção I
Dos Métodos de Crédito Unitário Projetado
Art. 4º O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método do Crédito
Unitário Projetado pela data de ingresso do segurado no ente federativo, método CUP-e, deverá, para
fins do disposto nesta Instrução Normativa e utilização nas avaliações atuariais dos RPPS, possuir as
seguintes características:
I - o número de períodos anuais de contribuição deverá corresponder à diferença, em
anos, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data de ingresso do segurado no ente federativo
como servidor titular de cargo efetivo;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade do
segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - o custo normal anual deverá corresponder ao quociente entre o valor atual de todo
o fluxo de benefícios futuros, posicionado na data focal da avaliação atuarial, e o número de períodos
anuais de contribuição, calculado na forma do inciso I;
IV - a parcela anual relativa à compensação financeira entre os regimes previdenciários,
caso estimada, deverá corresponder ao valor do quociente entre o valor atual de todo fluxo de
compensação estimada, posicionada na data focal da avaliação atuarial, e o número de períodos anuais
de contribuição, calculado na forma do inciso I;
V - a alíquota normal, relativa ao benefício, deverá corresponder ao quociente entre o
custo normal anual, calculado na forma do inciso III e líquido da parcela anual de compensação
previdenciária, e:
a) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado por meio
de anuidade aleatória temporária de um período, posicionado na data focal da avaliação e relativo ao
período anual imediatamente posterior à data focal da avaliação atuarial; ou
b) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado por meio
de anuidade certa temporária de um período, posicionado na data focal da avaliação e relativo ao
período anual imediatamente posterior à data focal da avaliação atuarial; ou
c) o produto entre o fator 13 (treze) e a remuneração mensal de contribuição,
posicionada na data focal da avaliação.
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder de um segurado deverá
corresponder ao produto:
a) do valor atual de todo o fluxo de benefícios futuros, posicionado na data focal da
avaliação atuarial, pela razão do número de períodos anuais correspondentes à diferença, em anos,
entre a data focal da avaliação atuarial e a data de ingresso do segurado no ente federativo como
servidor titular de cargo efetivo, pelo número de períodos anuais de contribuição calculado na forma
do inciso I; ou
69
b) do custo normal anual, estabelecido no inciso III, pelo número de períodos anuais
correspondentes à diferença, em anos, entre a data focal da avaliação atuarial e a data de ingresso do
segurado no ente federativo como servidor titular de cargo efetivo.
Parágrafo único. Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação
financeira, esse valor deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao
produto entre a parcela anual de compensação, estabelecida conforme inciso IV, e o número de
períodos anuais correspondentes à diferença, em anos, entre a data focal da avaliação atuarial e a data
de ingresso do segurado no ente como servidor titular de cargo efetivo.
Art. 5º O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método do Crédito
Unitário Projetado pela data de ingresso do segurado no plano de benefícios, método CUP-p, deverá,
para fins do disposto nesta Instrução Normativa e utilização nas avaliações atuariais dos RPPS,
possuir as seguintes características:
I - o número de períodos anuais de contribuição deverá corresponder à diferença, em
anos, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data de ingresso do segurado no plano de
benefícios;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade de
o segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - o custo normal anual do plano de custeio deverá corresponder ao quociente entre o
valor atual de todo o fluxo de benefícios futuros, posicionado na data focal da avaliação atuarial, e o
número de períodos anuais de contribuição, calculado na forma do inciso I;
IV - a parcela anual relativa à compensação financeira entre os regimes previdenciários,
caso estimada, deverá corresponder ao valor do quociente entre o valor atual de todo fluxo de
compensação estimada, posicionada na data focal da avaliação atuarial, e o número de períodos anuais
de contribuição, calculado na forma do inciso I;
V - a alíquota normal, relativa ao benefício, deverá corresponder ao quociente entre o
custo normal anual, calculado na forma do inciso III e líquido da parcela anual de compensação
previdenciária, e:
a) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado por meio
de anuidade aleatória temporária de um período, posicionado na data focal da avaliação e relativo ao
período anual imediatamente posterior à data focal da avaliação atuarial; ou
b) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado por meio
de anuidade certa temporária de um período, posicionado na data focal da avaliação e relativo ao
período anual imediatamente posterior à data focal da avaliação atuarial; ou
c) o produto entre o fator 13 (treze) e a remuneração mensal de contribuição,
posicionada na data focal da avaliação.
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder de um segurado deverá
corresponder ao produto:
a) do valor atual de todo o fluxo de benefícios futuros, posicionado na data focal da
avaliação atuarial, pela razão do número de períodos anuais correspondentes à diferença, em anos,
entre a data focal da avaliação atuarial e a data de ingresso do segurado no plano de benefícios do
RPPS, pelo número de períodos anuais de contribuição calculado na forma do inciso I; ou
b) do custo normal anual, estabelecido no inciso III, pelo número de períodos anuais
correspondentes à diferença, em anos, entre a data focal da avaliação atuarial e data de ingresso do
segurado no plano de benefícios do RPPS.
Parágrafo único. Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação
financeira, esse valor deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao
70
produto entre a parcela anual de compensação, estabelecida conforme inciso IV, e o número de
períodos anuais correspondentes à diferença, em anos, entre a data focal da avaliação atuarial e a data
de ingresso do segurado no plano de benefícios do RPPS.
Art. 6º Os métodos CUP-e e CUP-p, para fins da categorização prevista no art. 3º, são
considerados como métodos de benefício projetado, com custo normal individual, reconhecimento
imediato e explícito de perdas e ganhos atuariais e sem serviço passado, em que as alíquotas normais
individuais não contemplam a existência de obrigação anterior à data de referência do cálculo, apesar
de poder ser considerada a eventual existência de compensação financeira decorrente de tempo
anterior de contribuição do segurado a algum regime previdenciário.
Seção II
Do método da Idade Normal de Entrada
Art. 7º O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método da Idade Normal
de Entrada, método INE, deverá, para fins do disposto nesta Instrução Normativa e utilização nas
avaliações atuariais dos RPPS, possuir as seguintes características:
I - a data de referência de cálculo da alíquota normal individual deverá corresponder à
de ingresso do segurado em algum regime de previdência social, podendo ser o próprio RPPS, em
caso de não possuir tempo anterior de contribuição a outro regime previdenciário, ou ao primeiro
regime de previdência social ao qual tenha sido vinculado e cujo tempo de contribuição deverá ser
computado para fins de elegibilidade ao benefício;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade de
o segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - a alíquota normal individual a ser calculada por segurado deverá corresponder à
razão entre:
a) o valor atual do fluxo de benefícios futuros do segurado, posicionado na data de
referência de cálculo estabelecida no inciso I, líquido do valor atual do fluxo de compensação
financeira do segurado, caso exista compensação financeira a ser estimada para o segurado; e
b) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras do segurado, calculado
por meio de anuidade aleatória e temporária entre a data de elegibilidade ao benefício e data de
referência de cálculo estabelecida no inciso I e utilizando-se a remuneração de contribuição na data
focal da avaliação, projetada de forma retrospectiva para a data de referência de cálculo estabelecida
no inciso I;
IV - a alíquota normal média do grupo de segurados, relativa ao benefício, deverá
corresponder à média ponderada das alíquotas normais individuais estabelecidas no inciso III, tendo
como peso de ponderação:
a) a remuneração de contribuição do segurado, na data focal da avaliação atuarial; ou
b) a anuidade aleatória temporária do segurado, calculada entre a data focal da avaliação
e a data de elegibilidade ao benefício; ou
c) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras do segurado,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária do
segurado, relativa a um período anual; ou
d) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras do segurado
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária do
segurado, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data focal da avaliação.
V - o custo normal anual do grupo de segurados, relativo ao período imediatamente
posterior à data focal da avaliação atuarial, deverá corresponder ao produto da alíquota normal média
71
calculada na forma do inciso IV pelo valor atual dos fluxos de remunerações de contribuição futuras
dos segurados, posicionados na data focal da avaliação atuarial e calculados por anuidades aleatórias
temporárias de um período anual; e
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder de um segurado, calculada pelo
método prospectivo, deverá corresponder à diferença entre o valor atual do fluxo de benefícios futuros
e o valor atual do fluxo de contribuições futuras estimado com a alíquota normal média estabelecida
no inciso IV, ambos os fluxos posicionados na data focal da avaliação.
§ 1º Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação financeira, esse
deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao valor atual dos fluxos
futuros de compensação a receber, posicionados na data focal da avaliação e calculados por meio de
anuidades aleatórias, segurado a segurado.
§ 2º O método INE, para fins da categorização prevista no art. 3º, é considerado como
método de benefício projetado, com custo normal individual, reconhecimento imediato e explícito de
perdas e ganhos atuariais e com serviço passado.
Seção III
Dos métodos do Prêmio Nivelado Individual
Art. 8º O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método do Prêmio
Nivelado Individual na data de ingresso do segurado no ente federativo, método PNI-e, também
denominado de “capitalização ortodoxa na data de ingresso no ente”, deverá, para fins do disposto
nesta Instrução Normativa e utilização nas avaliações atuariais dos RPPS, possuir as seguintes
características:
I - a data de referência de cálculo da alíquota normal individual deverá corresponder à
de ingresso do segurado no ente federativo como servidor titular de cargo efetivo;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade de
o segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - a alíquota normal individual a ser calculada por segurado deverá corresponder à
razão entre:
a) o valor atual do fluxo de benefícios futuros do segurado, posicionado na data de
referência de cálculo estabelecida no inciso I, líquido do valor atual de todo o fluxo de compensação
financeira caso exista compensação financeira a ser estimada para o segurado; e
b) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado por meio
de anuidade aleatória e temporária entre a data de elegibilidade ao benefício e a data de referência de
cálculo estabelecida no inciso I e utilizando-se a remuneração de contribuição da data focal da
avaliação, projetada de forma retrospectiva para a data de referência de cálculo estabelecida no inciso
I;
IV - a alíquota normal média do grupo de segurados, relativa ao benefício, deverá
corresponder à média ponderada das alíquotas normais individuais estabelecidas no inciso III, tendo
como peso de ponderação:
a) a remuneração de contribuição do segurado, na data focal da avaliação atuarial; ou
b) a anuidade aleatória temporária do segurado, calculada entre a data focal da avaliação
e a data de elegibilidade ao benefício; ou
c) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras do segurado,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária do
segurado, relativa a um período anual; ou
72
d) o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras do segurado,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária do
segurado, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data focal da avaliação.
V - o custo normal anual do grupo de segurados, relativo ao período imediatamente
posterior à data focal da avaliação atuarial, deverá corresponder ao produto da alíquota normal média
calculada na forma do inciso IV pelo valor atual dos fluxos de remunerações de contribuição futuras
dos segurados, posicionados na data focal da avaliação atuarial e calculados por anuidades aleatórias
temporárias de um período anual;
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder de um segurado, calculada pelo
método prospectivo, deverá corresponder à diferença entre o valor atual do fluxo de benefícios futuros
e o valor atual do fluxo de contribuições futuras estimado com a alíquota normal média estabelecida
no inciso IV, ambos os fluxos posicionados na data focal da avaliação.
Parágrafo único. Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação
financeira, esse valor deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao valor
atual dos fluxos futuros de compensação a receber, calculados por meio de anuidades aleatórias,
segurado a segurado.
Art. 9º O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método do Prêmio
Nivelado Individual na data de ingresso do segurado no plano de benefícios, método PNI-p, também
denominado de “capitalização ortodoxa na data de ingresso no plano”, deverá, para fins do disposto
nesta Instrução Normativa e utilização nas avaliações atuariais dos RPPS, possuir as seguintes
características:
I - a data de referência de cálculo da alíquota normal individual deverá corresponder à
de ingresso do segurado no plano de benefícios dos RPPS;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade de
o segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - a alíquota normal individual a ser calculada por segurado deverá corresponder à
razão entre:
a) o valor atual do fluxo de benefícios futuros do segurado, posicionado na data de
referência de cálculo estabelecida no inciso I, líquido do valor atual de todo o fluxo de compensação
financeira, caso exista compensação financeira a ser estimada para o segurado; e
b) o valor atual do fluxo relativo às remunerações de contribuição futuras, calculado por
meio de anuidade aleatória e temporária entre a data de elegibilidade ao benefício e a data de
referência de cálculo estabelecida no inciso I e utilizando-se a remuneração de contribuição na data
focal da avaliação, projetada de forma retrospectiva para a data de referência de cálculo estabelecida
no inciso I;
IV - a alíquota normal, relativa ao benefício, deverá corresponder à média ponderada
das alíquotas normais individuais estabelecidas no inciso III, tendo como peso de ponderação:
a) a remuneração de contribuição do segurado, na data focal da avaliação atuarial; ou
b) a anuidade aleatória temporária do segurado, calculada entre a data focal da avaliação
e a data de elegibilidade ao benefício; ou
c) o valor atual do fluxo relativo às remunerações de contribuição futuras do segurado,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária do
segurado, relativa, apenas, ao período anual imediatamente posterior à data focal da avaliação; ou
d) o valor atual do fluxo relativo às remunerações de contribuição futuras do segurado,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado pela anuidade aleatória temporária
respectiva, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data focal da avaliação.
73
V - o custo normal anual, relativo ao período imediatamente posterior à data focal da
avaliação atuarial, deverá corresponder ao produto da alíquota normal média calculada na forma do
inciso IV pelo valor atual do fluxo relativo às remunerações de contribuição futuras dos segurados,
posicionado na data focal da avaliação atuarial e calculado por anuidade aleatória temporária relativa
a apenas um período anual;
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder de um segurado, calculada pelo
método prospectivo, deverá corresponder à diferença entre o valor atual do fluxo de benefícios futuros
e o valor atual do fluxo de contribuições futuras estimado com a alíquota normal média estabelecida
no inciso IV e anuidade aleatória, ambos os fluxos posicionados na data focal da avaliação.
Parágrafo único. Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação
financeira, esse valor deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao valor
atual de todos os fluxos futuros de compensação a receber, calculados por meio de anuidades
aleatórias, segurado a segurado.
Art. 10. Os métodos PNI-e e PNI-p, para fins da categorização prevista no art. 3º, são
considerados como métodos de benefício projetado, com custo normal individual, reconhecimento
imediato e explícito de perdas e ganhos atuariais e sem serviço passado, em que as alíquotas normais
individuais não contemplam a existência de obrigação anterior à data de referência de cálculo, apesar
de poder ser considerada a eventual existência de compensação financeira decorrente de tempo
anterior de contribuição do segurado a algum regime previdenciário.
Seção IV
Do método Agregado
Art. 11. O regime financeiro de capitalização estruturado pelo método Agregado na
Idade Atingida, método AGR-a, deverá, para fins do disposto nesta Instrução Normativa e utilização
nas avaliações atuariais dos RPPS, possuir as seguintes características:
I - a data de referência de cálculo da alíquota normal e do custo normal deverá
corresponder a data focal da avaliação atuarial;
II - o valor inicial do benefício futuro, na data estimada para sua elegibilidade, deverá
ser projetado considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade de
o segurado ser elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador;
III - o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras será o somatório dos
valores atuais dos fluxos de remuneração de contribuição futura de cada segurado, relativo a cada
benefício em regime de capitalização sob esse método, posicionados na data focal da avaliação
atuarial e calculados por anuidade aleatória temporária, entre a data da elegibilidade ao benefício e a
data focal da avaliação;
IV - a alíquota total anual, posicionada na data de referência de cálculo estabelecida no
inciso I deverá corresponder à razão entre:
a) o somatório dos valores atuais dos fluxos de benefícios futuros de cada segurado,
posicionados na data focal da avaliação atuarial, relativos a cada benefício em regime de capitalização
sob esse método, líquido do valor atual do fluxo de compensação financeira e do saldo de ativos
garantidores dos compromissos do plano de benefícios do RPPS, a que se refere o art. 46 da Portaria
MF nº 464, de 2018, após a cobertura das provisões matemáticas de benefícios concedidos; e
b) e o valor atual do fluxo de remunerações de contribuição futuras, calculado na forma
do inciso III.
V - o custo total anual, relativo ao período imediatamente posterior à data focal da
avaliação atuarial, deverá corresponder ao produto da alíquota total anual estabelecida na forma do
inciso IV pelo o somatório dos valores atuais dos fluxos de remuneração de contribuição futura de
74
cada segurado, relativo a cada benefício em regime de capitalização, posicionados na data focal da
avaliação atuarial e relativos, apenas, a um período anual;
VI - a provisão matemática de benefícios a conceder deverá corresponder à diferença
entre:
a) o somatório dos valores atuais dos fluxos de benefícios futuros de cada segurado,
posicionados na data focal da avaliação atuarial, relativos a cada benefício em regime de capitalização
sob esse método; e
b) o produto da alíquota normal, estabelecida na forma do§ 2°, pelo valor atual do fluxo
de remunerações de contribuição futuras, calculado na forma do inciso III.
VII - a anuidade aleatória média do grupo segurado é a razão entre o valor atual do fluxo
de remunerações de contribuição futuras, estabelecido no inciso III, e o montante mensal de
remunerações de contribuição na data focal da avaliação.
§ 1º Em caso de estimativa de valor a receber relativo à compensação financeira, esse
valor deverá ser considerado como redutor do passivo atuarial e corresponder ao valor atual dos fluxos
futuros de compensação a receber, calculados por meio de anuidades aleatórias, segurado a segurado.
§ 2º A alíquota anual a ser considerada como alíquota normal, para fins do plano de
custeio, será o menor valor entre a alíquota vigente, na data focal da avaliação atuarial, e a alíquota
total anual estabelecida no inciso IV.
§ 3º Caso a alíquota total anual, estabelecida no inciso IV, seja superior à alíquota
vigente na data focal da avaliação atuarial, a diferença será considerada como alíquota suplementar
mínima, com a finalidade de amortização de déficit decorrente de insuficiência de alíquota normal,
situação na qual deverá ser reconhecido um déficit atuarial cujo montante corresponderá, no mínimo,
ao produto da alíquota suplementar pelo valor atual do fluxo relativo às remunerações de contribuição
futuras calculado por meio da anuidade aleatória média do grupo segurado estabelecida no inciso VII.
§ 4º Caso a alíquota total anual, estabelecida no inciso IV, seja inferior à alíquota
vigente na data focal da avaliação atuarial, a diferença será considerada como alíquota adicional
máxima, situação na qual deverá ser reconhecido um superávit atuarial cujo montante corresponderá,
no máximo, ao produto da alíquota adicional pelo valor atual do fluxo relativo às remunerações de
contribuição futuras calculado por meio da anuidade aleatória média do grupo segurado estabelecida
no inciso VII.
§ 5º O método AGR-a, para fins da categorização prevista no art. 3º, é considerado
como método de benefício projetado, com custo normal agregado, reconhecimento diferido e
implícito de perdas e ganhos atuariais e sem serviço passado, em que as alíquotas normais individuais
não contemplam a existência de obrigação anterior à data de referência de cálculo, apesar de poder
ser considerada a eventual existência de compensação financeira decorrente de tempo anterior de
contribuição do segurado a algum regime previdenciário e de eventual descompasso entre a alíquota
vigente na data focal da avaliação e a alíquota total.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 12. As avaliações atuariais dos RPPS deverão ser adequadas ao previsto nesta
Instrução Normativa até a avaliação atuarial do exercício de 2020, com data focal em 31 de dezembro
de 2019.
Parágrafo único. Para atendimento ao previsto no caput, a NTA deverá ser substituída
na forma do art. 9º da Portaria MF nº 464, de 2018.
75
Art. 13. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 14. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
76
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a estrutura e os elementos mínimos da
Nota Técnica Atuarial (NTA) dos regimes próprios de previdência social (RPPS) a ser encaminhada
à Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda como fundamento para verificação do equilíbrio
financeiro e atuarial do regime.
CAPÍTULO II
DO CONTEÚDO DA NTA
Art. 2º A NTA deverá conter todas as formulações e expressões de cálculo utilizadas
nas avaliações atuariais do RPPS para determinação das alíquotas de contribuição, dos encargos do
plano de benefícios, das provisões matemáticas previdenciárias e fundos de natureza atuarial,
descrevendo, de forma clara e precisa, as características gerais dos benefícios, as bases técnicas
adotadas e as metodologias utilizadas nessas formulações.
§ 1º O Anexo desta Instrução Normativa especifica o conteúdo mínimo da NTA, que
deverá contemplar, especialmente:
I - a descrição da metodologia utilizada, das características do plano de benefícios, dos
critérios utilizados para o cálculo das premissas atuariais, financeiras e demográficas, e dos regimes
financeiros e métodos de financiamento utilizados na elaboração das avaliações atuariais;
77
II - a demonstração das expressões matemáticas e suas respectivas simbologias
utilizadas para determinar o cálculo do custeio e obrigações do custo normal, das provisões
matemáticas, do custo suplementar e dos fluxos atuariais;
III - a descrição das condições de elegibilidade para a concessão dos benefícios
previdenciários, justificando os critérios e apresentando as formulações utilizadas para a
determinação das regras permanentes, das regras de transição e do comportamento de entrada em
aposentadoria programada;
IV - a demonstração da formulação do cálculo da dinâmica populacional de reposição,
das provisões matemáticas e dos custos correspondentes relativos à hipótese de alteração do perfil da
massa de segurados por reposição de segurados ativos em decorrência de falecimento, rotatividade,
invalidez e entrada em aposentadoria; e
V - a explicitação da forma de cálculo relativa à metodologia para determinação do valor
dos benefícios, com base na média das remunerações ou na última remuneração do servidor no cargo
efetivo.
§ 2º As informações da NTA deverão ser apresentadas atendendo-se à segregação
prevista no § 4º do art. 8º da Portaria MF nº 464, de 2018.
§ 3º A NTA deverá estar atualizada e ser elaborada em estrita observância à modelagem
do plano de benefícios, considerando suas características gerais.
CAPÍTULO III
DO ENCAMINHAMENTO DA NTA
Art. 3º A NTA deverá ser encaminhada à Secretaria de Previdência na forma prevista
no art. 8º da Portaria MF nº 464, de 2018, até o prazo de envio do Demonstrativo de Resultado da
Avaliação Atuarial (DRAA) relativo à avaliação atuarial nela fundamentada.
Parágrafo único. A NTA será obrigatoriamente substituída nas hipóteses a que se refere o § 1º do art.
9º da Portaria MF nº 464, de 2018, exigindo-se, no caso de utilização de método de financiamento
diverso daqueles previstos no art. 13 dessa Portaria, que, além de apresentar as demais informações
previstas nesta Instrução Normativa, a nova nota técnica:
a) contenha todas as formulações necessárias e pertinentes para identificação do novo
modelo;
b) discrimine a data de referência de cálculo do custo normal, compreendida como
sendo a data de posicionamento dos encargos e receitas para fins de cálculo da alíquota normal ou do
custo normal, conforme o caso;
c) apresente projeção do valor do benefício inicial futuro, na data de sua elegibilidade,
considerando, no mínimo, a taxa de crescimento da remuneração e a probabilidade do segurado ser
elegível ao benefício na data do respectivo evento gerador; e
d) permita a identificação de alíquotas normais e custos normais por evento gerador de
benefício.
CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA DO DOCUMENTO
Art. 4º A NTA deverá conter a seguinte estrutura mínima:
I - folha de rosto do documento:
a) título “Nota Técnica Atuaria (NTA)”;
b) identificação do ente federativo;
78
c) identificação da unidade gestora do RPPS;
d) tipo de agente público a que se refere (civil ou militar);
e) tipo de submassa de segurados a que se refere (Fundo em Capitalização ou RPPS sem
segregação da massa, Fundo em Repartição, benefícios sob responsabilidade financeira direta do
Tesouro);
f) número da NTA registrada no Sistema de Informações dos Regimes Públicos de
Previdência Social (CADPREV);
g) nome do atuário responsável;
h) número de registro do atuário; e
i) data da elaboração do documento.
II - composição do documento:
a) folha de rosto;
b) sumário;
c) objetivo;
d) condições de elegibilidade;
e) hipóteses atuariais e premissas;
f) custeio administrativo;
g) formulações matemáticas e metodologias de cálculo;
h) expressões de cálculo e metodologia para o equacionamento do deficit atuarial;
i) expressões de cálculo e metodologia para ganhos e perdas atuariais;
j) parâmetros de segregação de massas;
k) expressões de cálculo da construção da tábua de serviços; e
l) glossário e simbologias.
CAPÍTULO V
DAS HIPÓTESES ATUARIAIS E PREMISSAS
Art. 5º As formulações e metodologias relativas às hipóteses biométricas,
demográficas, econômicas e financeiras e premissas adotadas nas avaliações atuariais deverão ser
descritas na NTA, com a seguinte estrutura mínima:
I - tábua de mortalidade geral (válidos e inválidos);
II - tábua de entrada em invalidez;
III - tábua de morbidez;
IV - alterações futuras no perfil e composição das massas;
V - rotatividade;
VI - expectativa de reposição de segurados ativos;
VII - estimativas de remunerações e proventos;
VIII - taxa real de crescimento da remuneração;
IX - taxa real do crescimento dos proventos;
X - taxa de juros atuarial;
XI - entrada no mercado de trabalho e em aposentadoria programada;
XII - idade estimada de ingresso no mercado de trabalho;
XIII - idade estimada de entrada em aposentadoria programada;
79
XIV - composição do grupo familiar;
XV - fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e
proventos;
XVI - premissa de cálculo do valor dos benefícios;
XVII - estimativa do crescimento real do teto de contribuição do RGPS; e
XVIII - demais premissas e hipóteses.
CAPÍTULO VI
DO CUSTEIO ADMINISTRATIVO
Art. 6º A base técnica relativa ao custeio administrativo do RPPS deverá ser descrita na
NTA, destacando-se:
I - critérios considerados para o custeio administrativo;
II - formulações de cálculo do custeio administrativo; e
III - metodologia para a constituição de fundo administrativo.
CAPÍTULO VII
DAS FORMULAÇÕES MATEMÁTICAS E METODOLOGIAS DE CÁLCULO
Art. 7º As formulações matemáticas e as metodologias de cálculo serão apresentadas
na NTA para cada espécie de benefício, a conceder ou concedido, de responsabilidade do RPPS:
I - aposentadoria de válidos, por idade, tempo de contribuição e compulsória;
II - reversão em pensão devida a dependente de servidor válido;
III - aposentadoria por invalidez;
IV - reversão em pensão devida a dependente de aposentado por invalidez;
V - pensão por morte de segurado ativo;
VI - auxílio-doença;
VII - salário-maternidade;
VIII - salário-família; e
IX - auxílio-reclusão.
Art. 8º Serão informadas, na NTA, as seguintes bases técnicas para cada tipo de
benefício a conceder pelo RPPS:
I - regime financeiro;
II - método de financiamento;
III - formulações para o cálculo do benefício inicial;
IV - formulações para o cálculo do custo normal em valores monetários e em percentual
sobre a remuneração de contribuição;
V - formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder, abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica,
para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados;
VI - formulações para o valor atual das contribuições futuras, relativas às provisões dos
benefícios a conceder, abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável
ao benefício e à sua estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de
segurados; e
80
VII - formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
Art. 9º Serão informadas, na NTA, as seguintes bases técnicas para cada tipo de
benefício concedido pelo RPPS:
I - regime financeiro;
II - formulações para o valor atual dos benefícios futuros concedidos, abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica,
para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados;
III - formulações para o valor atual das contribuições futuras, relativas às provisões dos
benefícios concedidos, abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores
financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica, para os segurados atuais
e para a expectativa de reposição de segurados; e
IV - formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
Art. 10. Serão apresentadas, na NTA, as expressões de cálculo para:
I - contribuição normal do ente;
II - contribuição normal do servidor;
III - contribuição normal do aposentado; e
IV - contribuição normal do pensionista.
Art. 11. Serão apresentadas, na NTA, as expressões de cálculo para o Valor Atual das
Remunerações Futuras (VARF).
Art. 12. Serão apresentadas, na NTA, a metodologia e as expressões de cálculo para a
compensação financeira segredadas por:
I - compensação financeira dos benefícios concedidos a receber;
II - compensação financeira dos benefícios concedidos a pagar;
III - compensação financeira dos benefícios a conceder a receber; e
IV - compensação financeira dos benefícios a conceder a pagar.
Art. 13. Serão apresentadas, na NTA, as expressões de cálculo para a projeção do
quantitativo de segurados atuais e para a expectativa de reposição.
Art. 14. Serão apresentadas, na NTA, as expressões de cálculo e metodologia para a
constituição do:
I - fundo garantidor de benefícios estruturados em regime de repartição simples;
II - fundo garantidor de benefícios estruturados em regime de repartição de capitais de
cobertura;
III - fundo para oscilação de riscos dos benefícios estruturados em regime financeiro de
repartição simples;
IV - fundo para oscilação de riscos dos benefícios estruturados em repartição de capitais
de cobertura; e
V - fundo para oscilação de riscos dos benefícios estruturados em regime de
capitalização.
CAPÍTULO VIII
DAS DEMAIS EXPRESSÕES DE CÁLCULO
Art. 15. Serão apresentados na NTA:
81
I - as expressões de cálculo da construção da tábua de serviços;
II - o glossário das nomenclaturas utilizadas e as simbologias;
III - as expressões de cálculo e a metodologia para demonstração dos ganhos e perdas
atuariais, no mínimo para:
a) valor das remunerações;
b) expectativa de mortalidade;
c) taxa de juros; e
d) quantidade e valores de aposentadorias.
IV - as expressões de cálculo e a metodologia para o equacionamento do deficit atuarial;
e
V - os parâmetros considerados para a segregação de massas.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 16. Até o prazo de envio do DRAA relativo à avaliação atuarial do exercício de
2020, com data focal em 31 de dezembro de 2019, as notas técnicas atuariais encaminhadas à
Secretaria de Previdência anteriormente à publicação desta Instrução Normativa deverão ser ajustadas
às disposições da Portaria MF nº 464, de 2018, na forma do art. 9º desse ato ministerial, para
adequação, dentre outros, de sua estrutura e conteúdo ao previsto nesta Instrução Normativa e ao
método de financiamento utilizado pelo RPPS aos parâmetros fixados em instrução normativa
específica.
Parágrafo único. A NTA deverá considerar também as informações necessárias para
posterior atendimento ao novo modelo de fluxo atuarial estabelecido em instrução normativa
específica e ao tratamento dos benefícios avaliados em regime de repartição simples e de capitais de
cobertura, conforme os arts. 43 e 44 da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 17. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 18. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
82
ANEXO
SUMÁRIO
1. OBJETIVO
2. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
3. HIPÓTESES ATUARIAIS E PREMISSAS
3.1. TÁBUAS BIOMÉTRICAS
3.2. ALTERAÇÕES FUTURAS NO PERFIL E COMPOSIÇÃO DAS MASSAS
3.3. ESTIMATIVA DE REMUNERAÇÃO E PROVENTOS
3.4. TAXA DE JUROS ATUARIAL
3.5. ENTRADA NO MERCADO DE TRABALHO E EM APOSENTADORIA
3.6. COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR
3.7. DEMAIS PREMISSAS E HIPÓTESES
4. CUSTEIO ADMINISTRATIVO
4.1. CRITÉRIOS DO CUSTEIO ADMINISTRATIVO
4.2. FORMULAÇÕES DE CÁLCULO DO CUSTEIO ADMINISTRATIVO
83
4.3. EXPRESSÃO DE CÁLCULO E METODOLOGIA PARA A CONSTITUIÇÃO DE
FUNDO ADMINISTRATIVO
5. FORMULAÇÕES MATEMÁTICAS E METODOLOGIAS DE CÁLCULO
5.1. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS A
CONCEDER
5.2. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
CONCEDIDOS
5.3. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DAS ALÍQUOTAS DE CONTRIBUIÇÃO
5.4. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DO VALOR ATUAL DAS REMUNERAÇÕES
FUTURAS
5.5. EXPRESSÃO DE CÁLCULO E METODOLOGIA DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA
5.6. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DA EVOLUÇÃO DAS PROVISÕES MATEMÁTICAS
PARA OS PRÓXIMOS DOZES MESES
5.7. EXPRESSÕES DE CÁLCULO PARA AS PROJEÇÕES DO QUANTITATIVO DE
SEGURADOS ATUAIS E FUTUROS
5.8. EXPRESSÕES DE CÁLCULO E METODOLOGIA PARA FUNDOS
6. EXPRESSÕES DE CÁLCULO E METODOLOGIA PARA O EQUACIONAMENTO DO
DEFICIT ATUARIAL
7. EXPRESSÕES DE CÁLCULO E METODOLOGIA DOS GANHOS E PERDAS
ATUARIAIS
7.1. VALOR DAS REMUNERAÇÕES
7.2. EXPECTATIVA DE MORTALIDADE
7.3. RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS
7.4. QUANTIDADE E VALORES DE APOSENTADORIAS
8. PARÂMETROS DE SEGREGAÇÃO DE MASSAS
9. EXPRESSÕES DE CÁLCULO DA CONSTRUÇÃO DA TÁBUA DE SERVIÇOS
10. GLOSSÁRIO E SIMBOLOGIAS
1. OBJETIVO
A Nota Técnica Atuarial (NTA) tem por objetivo descrever a metodologia atuarial utilizada, as
características do plano de benefícios, as premissas atuariais, financeiras e demográficas, os regimes
financeiros utilizadas na execução das avaliações e reavaliações atuariais, bem como demonstrar as
expressões matemáticas e suas respectivas simbologias utilizadas para determinar o cálculo do custeio
e obrigações do custo normal, das provisões matemáticas, do custo suplementar, dos fluxos atuariais,
observando o equilíbrio financeiro e atuarial como disposto na Constituição Federal.
2. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Deverão ser demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para a determinação
das regras permanentes e de transição na elegibilidade dos benefícios previdenciários de
responsabilidade do RPPS.
84
3. HIPÓTESES ATUARIAIS E PREMISSAS
3.1.Tábuas biométricas:
I. Rotatividade.
Serão demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para o cálculo
da rotatividade dos segurados ativos.
II. Expectativa de reposição de segurados.
Serão demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para o cálculo
da reposição de segurados ativos.
85
Serão demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para o cálculo
da taxa real do crescimento da remuneração dos segurados ativos por mérito e
produtividade.
II. Benefícios a conceder com base na média das remunerações ou com base na última remuneração.
4. CUSTEIO ADMINISTRATIVO
86
4.2 Formulações de cálculo do custeio administrativo.
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN$ e CN%.;
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
II. Benefício a conceder de pensão por morte devida a dependente de servidor válido (reversão):
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros;
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
87
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
IV. Benefício a conceder de pensão devida a dependente de servidor aposentado por invalidez
(reversão):
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais e para a expectativa de reposição de segurados ativos; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
88
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais; e
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais.
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
89
a) regime financeiro;
b) método de financiamento;
c) formulações para o cálculo do benefício inicial;
d) formulações para o cálculo do custo normal: CN (R$) e CN (%);
e) formulações para o valor atual dos benefícios futuros a conceder (VABFaC) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica, para os segurados atuais;
f) formulações para o valor atual das contribuições futuras a conceder (VACFaC)
abertas ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua
estrutura técnica, para os segurados atuais; e
g) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertos no nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
90
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
IV. Benefícios concedidos de Pensão devida a dependente de servidor aposentado por invalidez:
a) regime financeiro.
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro.
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) Formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro.
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c)formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d)formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
91
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e
à sua estrutura técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
a) regime financeiro;
b) formulações para o valor atual dos benefícios concedidos (VABFc) abertas ao nível
de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura técnica;
c) formulações para o valor atual das contribuições futuras concedidos (VACFc) abertas
ao nível de anuidades, probabilidades e fatores financeiros, se aplicável ao benefício e à sua estrutura
técnica; e
d) formulações para a elaboração dos fluxos atuariais abertas ao nível de anuidades,
probabilidades e fatores financeiros.
Os valores atuais das remunerações futuras serão determinados por processo atuarial,
correspondendo ao somatório dos valores projetados das remunerações dos segurados
ativos durante o período laborativo.
92
5.5 Expressão de cálculo e metodologia da compensação financeira:
Serão demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para o cálculo
da compensação financeira entre o regime instituidor e o de origem, a receber e a pagar,
considerando os benefícios a conceder e benefícios concedidos.
5.6 Expressões de cálculo da evolução das provisões matemáticas para os próximos doze meses:
Descrever a formulação utilizada para a evolução das provisões matemáticas por
benefícios apurados na data focal da avaliação obtidos por recorrência ou recálculo
III. Fundo para oscilação de riscos dos benefícios estruturados em regime financeiro de repartição
simples.
IV. Fundo para oscilação de riscos dos benefícios estruturados em repartição de capitais de cobertura.
93
Deverão ser demonstrados e justificados os critérios e formulações utilizados para a
determinação dos ganhos e perdas atuariais.
SIMBOLOGIA DESCRIÇÃO
a Idade de entrada do segurado no sistema previdenciário.
e Idade de entrada do segurado no ente federativo.
x Idade do segurado na data da avaliação atuarial.
Idade provável de aposentadoria do segurado projetada segundo as
r
normas aplicáveis.
SIMBOLOGIA DESCRIÇÃO
...
94
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre os critérios e metodologias a serem
utilizados pela Secretaria de Previdência para definição do porte e risco atuarial dos regimes próprios
de previdência social (RPPS), com a finalidade de estabelecer regime de aplicação modulada dos
parâmetros técnicos-atuariais previstos na Portaria MF nº 464, de 2018, conforme previsto no § 2º do
art. 2º e no art. 77 daquela Portaria.
CAPÍTULO II
DA MATRIZ DE RISCO
Art. 2º O perfil de risco atuarial será estabelecido por meio de matriz de risco elaborada
pela Secretaria de Previdência, que considerará o porte do RPPS e indicadores de risco atuarial
calculados com base nas informações do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de
Previdência Social (CADPREV) e do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público
Brasileiro (SICONFI).
§ 1º A matriz de risco será baseada em subíndices do Indicador de Situação
Previdenciária dos RPPS (ISP-RPPS) de que trata o inciso V do art. 30 da Portaria MPS nº 402, de
10 de dezembro de 2008, e utilizará os grupos relacionados ao porte dos entes federativos definidos
para esse indicador.
§ 2º A matriz de risco de que trata o caput será apurada com as informações
encaminhadas por meio do CADPREV e SICONFI até 31 de dezembro do exercício anterior ao de
sua apuração, utilizadas no ISP divulgado no primeiro semestre do exercício seguinte.
95
Art. 3º A relação dos RPPS por grupo de risco atuarial será divulgada por meio de
portaria da Secretaria de Previdência e terá validade pelos 3 (três) exercícios subsequentes ao da sua
publicação.
§ 1º Sem prejuízo do prazo disposto no caput, os indicadores utilizados para definição
do risco atuarial dos RPPS serão atualizados com base no ISP do primeiro semestre de cada exercício,
com as seguintes finalidades:
I - acompanhamento das informações e verificação da necessidade de alterações e
aperfeiçoamentos da metodologia utilizada, a serem promovidos na próxima revisão da relação dos
RPPS por grupo de risco de que trata o caput;
II - identificação de fato relevante para a situação financeira e atuarial do RPPS, que
venha a colocar em risco de solvência e liquidez o plano de benefícios;
III - captar as informações relativas aos RPPS que não haviam encaminhado
informações por meio do CADPREV e SICONFI na data de apuração da última relação divulgada, e
que impossibilitaram o cálculo dos indicadores da matriz de risco naquela apuração; e
IV - definição do perfil atuarial dos RPPS que forem instituídos após a última relação
divulgada.
§ 2º Somente integrarão a relação dos RPPS por grupo de risco atuarial os entes
federativos que constavam no CADPREV como instituidores de regimes próprios na data a que se
refere o § 2º do art. 2º.
§ 3º O RPPS de que trata o inciso II do § 1º:
I - terá seu grupo de risco atuarial alterado em prazo inferior àquele previsto no caput;
II - será notificado pela Secretaria de Previdência, juntamente com o respectivo ente
federativo, da alteração do seu perfil de risco, ocasião em que também será comunicado dos efeitos
dessa reclassificação e dos prazos para adequação aos parâmetros do grupo para o qual foi
reposicionado; e
III - poderá interpor recurso da reclassificação no prazo de até 30 (trinta) dias contados
do recebimento da notificação.
§ 4º Caso o recurso de que trata o inciso III do § 3º não seja considerada satisfatório, a
alteração do perfil de risco do RPPS dar-se-á com a republicação da relação dos RPPS por grupo de
risco atuarial.
§ 5º Os regimes próprios de que trata o inciso III do § 1º:
I - constarão do grupo intitulado “RPPS inadimplentes com envio de informações”;
II - somente passarão a compor os grupos de perfil atuarial quando forem encaminhadas
as informações por meio do CADPREV e SICONFI e atualizada a matriz de risco na data a que se
refere o § 2º do art. 2º;
III - serão identificados quando um dos indicadores utilizados na matriz de risco
retornarem valor igual a “0” (zero) ou nulo; e
IV - terão o regime de aplicação dos parâmetros técnicos-atuariais equivalente ao dos
RPPS de Perfil Atuarial I.
CAPÍTULO III
DO PORTE
Art. 4º Para fins de definição do porte dos RPPS, deverão ser utilizadas as seguintes
diretrizes, baseadas na metodologia aplicada no ISP para segmentação dos RPPS em grupos:
I - os RPPS dos Estados e Distrito Federal comporão os de Porte 1;
96
II - as capitais das unidades federativas comporão os de Porte 2; e
III - os demais RPPS serão distribuídos entre os de Porte 3 a 7, cuja composição dar-se-
á a partir das informações da população de cada município e da quantidade de segurados ativos,
inativos e pensionistas vinculados ao regime.
Parágrafo único. As informações necessárias à definição dos portes de que trata o inciso
III deste artigo, serão obtidas da seguinte forma:
I - população dos municípios, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE); e
II - quantidade de segurados ativos, aposentados e pensionistas, conforme metodologia
aplicada ao ISP, com base nos dados do Demonstrativo de Informações Previdenciárias e Repasses
(DIPR) e do Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) encaminhados à Secretaria
Previdência ou em dados imputados, no caso de não encaminhamento desses demonstrativos.
CAPÍTULO IV
DOS INDICADORES D E RISCO ATUARIAL DOS RPPS
Art. 5º Serão considerados, na apuração do risco atuarial dos RPPS para a divulgação
dos correspondentes perfis de risco, os seguintes indicadores, que compõem o grupo de informações
da dimensão central do ISP intitulada “Equilíbrio”:
I - Indicador de Solvência dos Benefícios Concedidos (ISBC), que mede a relação entre
o ativo líquido e a Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos, dada pela seguinte fórmula:
Onde:
Ativo Líquido = Somatório das aplicações de recursos do RPPS classificadas nos
segmentos de alocação previstos nos art. 7º, 8º e 9º-A da Resolução CMN nº 3.922, de 25 de
novembro de 2010, mais as disponibilidades financeiras, conforme Demonstrativo das Aplicações e
Investimentos dos Recursos (DAIR).
PMBC = somatório do valor informado para todos os planos/fundos no respectivo
campo “Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos” - “Geração Atual” da Aba
“Compromissos” do DRAA.
II - Indicador de Solvência Geral (ISG) do RPPS, que mede a relação entre o valor dos
Ativos Garantidores dos Compromissos do Plano de Benefícios e a Provisão Matemática Total, dada
pela seguinte fórmula:
Onde:
Ativos Garantidores dos Compromissos do Plano de Benefícios = somatório do valor
informado para todos os planos/fundos no campo “Ativos Garantidores dos Compromissos do Plano
de Benefícios - Geração Atual” mais o “Valor Atual dos Parcelamentos de Débitos Previdenciários”,
ambos da Aba “Compromissos” do DRAA.
PMT = somatório do valor informado para todos os planos/fundos nos campos
“Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos - Geração Atual” mais a “Provisão Matemática
dos Benefícios a Conceder - Geração Atual”, ambos da Aba “Compromissos” do DRAA.
97
III - Indicador de Solvência Financeira (ISF), que mede a relação entre o valor total
anual das contribuições repassadas ao RPPS, referentes ao custo normal e suplementar, inclusive
aportes para amortização de deficit atuarial, e o valor total anual relativo ao pagamento dos benefícios
previdenciários, dada pela seguinte fórmula:
Onde:
Contribuições repassadas = corresponde ao somatório dos valores informados nos
campos 10.1 (contribuições - civis), 10.5 (contribuições - servidores cedidos ou licenciados - civis),
4.1 (aporte para amortização do déficit atuarial – Plano Previdenciário – Civis) do DIPR.
Benefícios pagos = corresponde ao somatório dos valores informados nos campos 11.1
(aposentadoria - civis); 11.2 (pensão por morte - civis), 11.3 (auxílio-doença - civis); 11.4 (salário-
maternidade - civis), 11.5 (salário-família - civis), 11.6 (auxílio-reclusão - civis) do DIPR.
IV - Indicador de Resultado Atuarial sobre o Resultado Financeiro (IRARF), que mede
a relação entre o resultado atuarial e resultado financeiro anual, dado pela seguinte fórmula:
Onde:
Resultado Atuarial = Ativos Garantidores dos Compromissos do Plano de Benefícios
menos a PMT. Em caso de segregação da massa serão considerados os ativos garantidores somente
do Fundo em Capitalização/Plano Previdenciário.
Resultado Financeiro = diferença entre todas as receitas anuais do RPPS, excetuando-
se os valores relativos a transferências para insuficiências financeiras, e todas as despesas anuais.
Será considerado o menor valor entre o apurado com base nas informações das receitas e despesas
informadas no DIPR e aquele apurado com base nas receitas e despesas previdenciárias informadas
nos Demonstrativos de Receitas e Despesas Previdenciárias, Anexo IV do Relatório Resumido de
Execução Orçamentária (RREO). Em caso de segregação da massa, serão considerados somente os
valores das receitas e despesas referentes ao Fundo em Capitalização/Plano Previdenciário.
V - Indicador de Duração do Saldo Acumulado do RPPS (IDSA), que mede a relação
entre as projeções dos recursos garantidores do RPPS e as relativas ao pagamento de benefícios, dado
pela seguinte fórmula:
Onde:
RGn = Valor do campo “Evolução dos Recursos Garantidores” referente ao instante n
do fluxo atuarial do RPPS, relativo à geração atual, previsto no art. 10 da Portaria MF nº 464, de
2018. Em caso de segregação da massa, serão consideradas as informações somente do Fundo em
Capitalização/Plano Previdenciário.
Bn = Benefícios pagos no instante n, conforme fluxo atuarial do RPPS, relativo à
geração atual. Em caso de segregação da massa, serão consideradas as informações somente do
Fundo em Capitalização/Plano Previdenciário.
n = prazo, em anos, resultante da diferença entre o ano de ocorrência e o ano de cálculo.
i = taxa de juros utilizada na avaliação atuarial e informada no DRAA.
98
VI - Indicador de Comprometimento Atuarial da RCL (COMP), que mede a relação
entre a Receita Corrente Líquida e a Provisão Matemática dos Benefícios (Concedidos e a Conceder),
dado pela seguinte fórmula:
COMP = RCL/PMT
Onde:
RCL = Receita Corrente Líquida, divulgada no RREO.
PMT = Provisão Matemática Total, que é o somatório do valor da Provisão Matemática
de Benefícios Concedidos e da Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder, apresentado na aba
"Valores dos Compromissos" do DRAA (somando, em caso de segregação da massa, o Fundo em
Repartição/Plano Financeiro e o Fundo em Capitalização/Plano Previdenciário, além de eventual
fluxo relativo à massa de beneficiários sob responsabilidade direta do Tesouro).
VII - Indicador de Endividamento Previdenciário (ENDIV), que mede a relação entre
os débitos do ente federativo com o RPPS (conforme relatório do DIPR e Termos de Acordo de
Parcelamento) e a Receita Corrente Líquida (RCL), dado pela seguinte fórmula:
ENDIV = DEB/RCL[A1]
Onde:
DEB = Somatório dos saldos devedores atualizados dos termos de parcelamento
(excluídos os quitados, cancelados e repactuados) mais os valores de contribuições declarados no
DIPR como devidos e não repassados ou parcelados. Os débitos, declarados no DIPR, constam do
“Relatório de Acompanhamento de Repasses” do CADPREV, no qual estão relacionadas as bases de
cálculo (declaradas no DIPR), que, multiplicadas pelas alíquotas vigentes (conforme legislação
encaminhada à Secretaria de Previdência e cadastrada no sistema), resultam nos valores devidos em
cada competência. Os valores devidos são confrontados com os repasses declarados no DIPR e, da
diferença, verifica-se o débito correspondente (relacionados no campo “Diferença de Contribuições”
do relatório citado). O somatório da diferença de contribuições de todos os DIPR que estejam
irregulares e não parcelados representam o montante do débito. Em caso de segregação da massa,
refere-se ao Fundo em Repartição/Plano Financeiro e ao Fundo em Capitalização/Plano
Previdenciário e à eventual massa de beneficiários sob responsabilidade direta do Tesouro.
RCL = Receita Corrente Líquida, divulgada no RREO.
§ 1º O intervalo relativo à nota a ser atribuída a cada indicador variará de 1 (um) a 20
(vinte) e corresponderá à faixa de distribuição correspondente a 5% (cinco por cento) dos resultados
individuais, de modo que o valor 1 (um) será atribuído aos 5% (cinco por cento) em pior situação e,
o valor 20 (vinte), atribuído aos 5% (cinco por cento) em melhor situação.
§ 2º Os indicadores de que trata este artigo serão calculados conforme nota
metodológica do ISP disponibilizada no endereço eletrônico da Secretaria de Previdência na Internet.
§ 3º A atualização do cálculo dos indicadores de que trata este artigo deverá ser efetuada
anualmente, sendo que a metodologia de apuração dos indicadores não será alterada em prazo inferior
a 3 (três) anos, contados de sua última revisão ou remodelagem.
CAPÍTULO V
DO PERFIL DE RISCO ATUARIAL DOS RPPS
99
Art. 6º O perfil de risco atuarial dos RPPS será determinado pela pontuação resultante
da média simples dos 7 (sete) indicadores de que trata o art. 5º, dividida por 2 (dois), o que resultará
na seguinte classificação:
Art. 7º Com a aplicação da matriz de risco, considerando a classificação de risco atuarial obtida na
forma do art. 6º e a distribuição dos RPPS pelos portes de que trata o art. 4º, a divisão desses regimes
em grupos de perfil atuarial apresentará a seguinte configuração:
Risco Atuarial
Porte (pelos indicadores do art. 5º e classificação do art. 6º)
(art.4º) 5. Muito
4. Alto 3. Médio 2. Baixo 1.Muito Baixo
Alto
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
1 "RPPS inadimplentes com envio
Atuarial I Atuarial I Atuarial I Atuarial II II
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial das Informações" e "RPPS
2 instituídos no exercício"
Atuarial I Atuarial I Atuarial II Atuarial II III
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
3
Atuarial I Atuarial II Atuarial II Atuarial III III
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
4
Atuarial II Atuarial II Atuarial III Atuarial III IV
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
5
Atuarial II Atuarial III Atuarial III Atuarial IV IV
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
6
Atuarial III Atuarial III Atuarial III Atuarial IV IV
Perfil Perfil Perfil Perfil Perfil Atuarial
7
Atuarial III Atuarial III Atuarial IV Atuarial IV IV
100
§ 1º Os RPPS terão os seus grupos de perfil de risco atuarial assim
configurados:
I - Perfil Atuarial I: RPPS de Porte 1 e risco atuarial “muito alto”, “alto” e “médio”; de
Porte 2 e risco atuarial “muito alto” e “alto”; de Porte 3 e risco atuarial “muito alto”;
II - Perfil Atuarial II: RPPS de Porte 1 e risco atuarial “baixo” e “muito baixo”; de Porte
2 e de risco “médio” e “baixo”; de Porte 3 e risco atuarial “alto” e “médio”; de Porte 4 e risco “muito
alto” e “alto” e de Porte 5 e risco atuarial “muito alto”;
III - Perfil Atuarial III: RPPS de Porte 2 e risco atuarial “muito baixo”; de Porte 3 e de
risco “baixo” e “muito baixo”; de Porte 4 e risco atuarial “médio” e “baixo”; de Porte 5 e risco “alto”
e “médio”; de Porte 6 e risco atuarial “muito alto”, “alto” e “médio” e de Porte 7 e risco atuarial
“muito alto” e “alto”;
IV - Perfil Atuarial IV: RPPS de Porte 4 e risco atuarial “muito baixo”; de Porte 5 e de
risco “baixo” e “muito baixo”; de Porte 6 e risco atuarial “baixo” e “muito baixo”; de Porte 7 e risco
§ 2º A distribuição dos RPPS por grupos de perfil de risco atuarial será efetuada da
seguinte forma:
Art. 8º A aplicação das regras atuariais modulada de acordo com os enquadramentos
previsto neste ato, observará o disposto nas instruções normativas que tratam dos respectivos
parâmetros técnico-atuariais.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 9º A primeira relação dos RPPS por perfil de risco atuarial será divulgada junto
com o ISP do 1º semestre de 2019, contemplando as informações encaminhadas por meio do
CADPREV e SICONFI até 31 de dezembro de 2018, que terá validade pelos 3 (três) exercícios
subsequentes aos da sua publicação.
§ 1º O perfil e risco atuarial divulgado por esta Instrução será aplicado para as
avaliações atuariais dos exercícios de 2020 a 2022, posicionadas, respectivamente em 31 de dezembro
de 2019, 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2021.
§ 2º A metodologia de cálculo dos indicadores e demais informações relativas à
segmentação por perfil de risco atuarial serão disponibilizadas na nota técnica do ISP no endereço
eletrônico da Secretaria de Previdência na Internet.
Art. 10. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
101
Art. 11. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.
[A1] Tem como traduzir em fórmula (para seguir modelo até aqui adotado).
102
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre as formas de operacionalização dos
parâmetros previstos na Portaria MF nº 464, de 2018 referentes aos planos de amortização do deficit
atuarial dos regimes próprios de previdência Social (RPPS), especialmente aqueles relativos ao
cálculo das seguintes variáveis:
I - percentuais mínimos do deficit atuarial a ser equacionado;
II - prazos máximos do plano de amortização;
III - percentuais mínimos do deficit atuarial que, em caso de aumento, torna obrigatória
a revisão do plano de amortização.
§ 1º A aplicação dos parâmetros de que trata esta Instrução:
I - será diferenciada por porte e risco atuarial do RPPS conforme previsto no § 2º do art.
2º e art. 77 da Portaria MF nº 464, de 2018;
II - deverá garantir a solvência e liquidez do plano de benefícios, mantendo-se o nível
de arrecadação de contribuições e acumulação de provisões compatível com as obrigações futuras do
RPPS em regime de capitalização, conforme demonstrado por meio dos fluxos atuariais de que trata
o art. 10 da Portaria MF nº 464, de 2018.
§ 2º O Relatório da Avaliação Atuarial deverá descrever os cenários com as
possibilidades para equacionamento do deficit atuarial apurado, devendo constar do Demonstrativo
de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA) o plano de amortização indicado na avaliação atuarial a
ser implementado em lei pelo ente federativo.
103
CAPÍTULO II
DO CÁLCULO DO VALOR DO DEFICIT ATUARIAL A SER EQUACIONADO
Art. 2º Poderá ser deduzido, do valor do deficit atuarial apurado na avaliação atuarial,
o Limite de Deficit Atuarial (LDA) calculado em função de um dos seguintes fatores:
I - duração do passivo do fluxo de pagamento dos benefícios do RPPS; ou
II - sobrevida média dos aposentados e pensionistas.
§ 1º O plano de amortização deve equacionar, no mínimo, o resultado atuarial
deficitário apontado na avaliação atuarial menos o valor relativo ao LDA.
§ 2º O LDA não se aplica nas seguintes situações, devendo o deficit atuarial ser
integralmente equacionado por meio de plano de amortização:
I - na avaliação atuarial inicial do RPPS;
II - em caso de alteração de legislação do ente federativo que resulte em transferência
de beneficiários para a responsabilidade do RPPS;
III - caso o ente federativo não tenha encaminhado à Secretaria de Previdência os
documentos e as informações atuariais de que trata o art. 68 da Portaria MF nº 464, de 2018;
IV - caso tenham sido identificadas pela Secretaria de Previdência, na forma do art. 71
da Portaria MF nº 464, de 2018, inconsistências nos documentos e informações atuariais
encaminhados pelo ente federativo que impactem no cálculo da duração do passivo ou da sobrevida
média dos aposentados e pensionistas, enquanto não for procedida a sua adequação.
§ 3º Deverá ser registrada, no Relatório da Avaliação Atuarial, a análise dos efeitos da
aplicação do LDA, considerando o previsto no inciso II do § 1º do art. 1º.
§ 4º Na hipótese prevista no inciso II do § 2º, o ente federativo deverá efetuar o aporte
integral da provisão matemática referente aos beneficiários transferidos ao RPPS.
Art. 3º Para aplicação do LDA, deverão ser apurados separadamente, na forma prevista
no § 2º deste artigo, o valor do deficit atuarial relativo à insuficiência de cobertura patrimonial da
Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder (PMBaC) e aquele relativo à insuficiência de
cobertura patrimonial da Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos (PMBC).
§ 1º Os ativos garantidores dos compromissos do plano de benefícios deverão ser
apropriados, prioritariamente, ao resultado atuarial relativo à PMBC e os valores dos ativos que
excederem a essa provisão, ao resultado atuarial da PMBaC.
§ 2º Será apurado deficit atuarial caso os valores dos ativos garantidores não sejam
suficientes para cobertura das provisões matemáticas, conforme especificado a seguir:
I - deverá ser apurada a diferença entre o valor dos ativos garantidores e da PMBC;
II - caso o valor apurado na forma do inciso I seja negativo:
a) o deficit atuarial relativo à PMBC será igual ao resultado do inciso I, ou seja,
corresponderá ao valor dos ativos garantidores menos o valor da PMBC;
b) o deficit atuarial relativo à PMBaC será igual ao valor da PMBaC;
III - caso o valor apurado na forma do inciso I seja igual a zero ou positivo:
a) o deficit atuarial relativo à PMBC será igual a zero;
b) o deficit atuarial relativo à PMBaC será igual ao valor da PMBaC subtraído do
resultado obtido no inciso I, ou seja, corresponderá à seguinte fórmula:
§ 3º O deficit atuarial relativo à PMBC deverá ser integralmente equacionado por meio
de plano de amortização.
104
Art. 4º O deficit atuarial relativo à PMBaC poderá ser deduzido do LDA calculado de
acordo com uma das seguintes opções:
I - caso seja utilizada a duração do passivo deverá ser aplicada a seguinte fórmula do
LDA:
onde:
LDA = Limite do Deficit Atuarial de que trata o art. 2º, representando a parcela relativa
ao deficit atuarial que poderá não compor o plano de amortização.
DP = duração do passivo da projeção de pagamento dos benefícios líquidos do RPPS,
expressa em anos, sem utilização da hipótese de reposição dos segurados ativos, calculada de acordo
com o fluxo atuarial da respectiva avaliação atuarial, conforme metodologia e modelo aprovados por
instrução normativa específica da Secretaria de Previdência.
a = constante definida no art. 8º em função do porte e risco atuarial do RPPS.
II - caso seja utilizada a sobrevida média dos aposentados e pensionistas deverá ser
aplicada a seguinte fórmula do LDA:
onde:
SVM = sobrevida média dos aposentados e pensionistas, expressa em anos, relativa a
todos os aposentados e pensionistas constantes da base cadastral utilizada na avaliação atuarial e
calculada pela seguinte fórmula: SVM = (∑ Ex + 0,5) / (número de aposentados e pensionistas).
b = constante definida no art. 8º em função do porte e risco atuarial do RPPS.
Ex = expectativa de vida individual à idade X para todos os aposentados e pensionistas,
expressa em anos, calculada a partir da base cadastral e tábuas de mortalidade utilizadas na respectiva
avaliação atuarial, considerando, com base na idade do aposentado e pensionista na data focal da
avaliação atuarial, a idade exata mais próxima na respectiva tábua de mortalidade.
Número de aposentados e pensionistas = somatório de aposentados e pensionistas do
RPPS apurado conforme base cadastral utilizada na avaliação atuarial.
Art. 5º O valor do deficit atuarial a ser equacionado pelo plano de amortização, em caso
de aplicação do LDA, deverá corresponder ao somatório do deficit atuarial relativo à PMBC e do
deficit atuarial relativo à PMBaC, sendo que, para esse último, é subtraído o valor do LDA.
§ 1º O deficit atuarial relativo à PMBC e à PMBaC corresponderão aos valores apurados
na forma dos art. 3º e 4º.
§ 2º A composição do plano de amortização, na forma de alíquotas ou aportes, será
determinada pelo prazo calculado conforme esta Instrução e pelo sistema de amortização escolhidos
conjuntamente pelo atuário, pelo dirigente da unidade gestora do RPPS e pelos gestores e
representantes do ente federativo, desde que observado o previsto no inciso II do § 1º do art. 1º e os
parâmetros previstos na Portaria MF nº 464, de 2018.
§ 3º Em caso de RPPS com segregação da massa, o cálculo do LDA refere-se ao do
Plano Previdenciário/Fundo em Capitalização.
§ 4º Em caso de não aplicação do LDA, o deficit atuarial a ser equacionado
corresponderá ao valor integral apurado na avaliação atuarial.
105
CAPÍTULO III
DO CÁLCULO DOS PRAZOS MÁXIMOS DO PLANO DE AMORTIZAÇÃO
Art. 6º O plano de amortização deverá obedecer a um dos seguintes prazos máximos:
I - 35 (trinta e cinco) anos, contados a partir do primeiro plano de amortização
implementado pelo ente federativo após a publicação desta Instrução Normativa;
II - caso seja utilizada a duração do passivo como parâmetro para o cálculo do LDA:
a) o prazo do plano de amortização deverá ser calculado pela seguinte fórmula:
Prazo= DP x c
onde:
DP = duração do passivo, conforme definido no inciso I do art. 4º.
c = constante definida no art. 8º em função do porte e risco atuarial do RPPS.
III - caso seja utilizada a sobrevida média dos aposentados e pensionistas como
parâmetro para o cálculo do LDA, deverão ser observados os seguintes parâmetros:
a) o prazo do plano de amortização do deficit atuarial relativo à PMBC deverá
corresponder à sobrevida média dos aposentados e pensionistas, calculada conforme o inciso II do
art. 4º.
b) o prazo do plano de amortização do deficit atuarial relativo à PMBaC deverá ser
calculado pela seguinte fórmula:
Prazo = RAP x d
onde:
RAP = prazo médio remanescente para aposentadoria de cada segurado ativo, calculado
a partir da base cadastral, premissas e hipóteses utilizadas na respectiva avaliação atuarial,
considerando no mínimo a idade, sexo e tempo de contribuição;
d = constante definida no art. 8º em função do porte e risco atuarial do RPPS.
CAPÍTULO IV
DA OBRIGATORIEDADE DE REVISÃO DO PLANO DE AMORTIZAÇÃO
Art. 7º O plano de amortização implementado em lei deverá ser obrigatoriamente
revisto, elevando-se as contribuições, na forma de alíquotas ou aportes, quando, nas avaliações
atuariais dos exercícios subsequentes:
I - for apurado deficit atuarial superior àquele anteriormente equacionado, excluído
dessa apuração o valor atual do plano de equacionamento do deficit implementado em lei; e
II - o valor do novo deficit atuarial apurado, excluído dessa apuração o valor atual do
plano de equacionamento do deficit implementado em lei, for superior a determinado percentual das
provisões matemáticas previdenciárias definido conforme artigo 8º em função do porte e risco atuarial
do RPPS.
§ 1º A revisão do plano de amortização implica a implementação, em lei, de novo plano
em substituição ao anterior, contemplando a alteração das contribuições, na forma de alíquotas ou
aportes, do prazo e do valor do deficit atuarial a ser equacionado pelo novo plano.
§ 2º O prazo relativo ao novo plano de amortização do deficit atuarial deverá observar
os seguintes critérios:
106
I - em caso de plano de amortização cujo prazo foi calculado de acordo com a duração
do passivo, sobrevida média dos aposentados e pensionistas ou tempo médio remanescente para
aposentadoria, deverá ser utilizado o novo prazo calculado com base nesses parâmetros;
II - em caso de plano de amortização com prazo fixo de 35 anos, deverá ser observado
o prazo remanescente, contado a partir do ano de publicação da legislação do ente federativo que
implementou o primeiro plano de equacionamento do deficit atuarial após a publicação da Portaria
MF n° 464, de 2018.
§ 1º Para apuração do valor do deficit atuarial a ser equacionado pelo novo plano de
amortização, poderá ser utilizado o LDA calculado conforme arts. 2º a 5º.
§ 2º Eventual modificação da modelagem adotada no plano de amortização anterior
resultante da utilização de parâmetro diverso para cálculo do prazo e do LDA, a deverá ser objeto de
justificativa técnica no Relatório da Avaliação Atuarial, onde se demonstrarão, ainda, os impactos da
medida para o nível de solvência do RPPS.
§ 3º Caso o ente federativo tenha optado, inicialmente, pelo prazo de 35 (trinta e cinco)
anos de que trata o inciso I do art. 6º, poderá, na revisão do plano de custeio, modificar a forma de
cálculo do prazo do novo plano de amortização, aplicando a modelagem prevista nos incisos II e III
do art. 6º, observado o disposto no § 2º deste artigo.
§ 4º A alteração do plano de amortização não poderá retroagir para reduzir os valores
das obrigações vencidas.
§ 5º Os planos de equacionamento de deficit atuarial em execução com base nas regras
dispostas na Portaria MPS nº 403, de 10 de dezembro de 2008, poderão ser mantidos, devendo ser
adequados aos novos parâmetros em caso de obrigatoriedade de sua revisão.
§ 6º O prazo para implementação da revisão do plano de amortização deverá observar
o disposto no art. 49 da Portaria MF nº 464, de 2018.
CAPÍTULO V
DA APLICAÇÃO DOS PARÂMETROS POR PORTE E RISCO ATUARIAL
Art. 8º Considerando o porte e o risco atuarial do RPPS definidos conforme instrução
normativa da Secretaria de Previdência, as constantes utilizadas nos cálculos do LDA, dos prazos
máximos do plano de amortização e dos percentuais mínimos para revisão do plano de
equacionamento do deficit atuarial poderão obedecer ao seguinte regime diferenciado:
I - RPPS identificados como Perfil Atuarial I ou em caso de não aplicação de perfil de
risco:
a) constante “a” de que trata o inciso I do art. 4º será igual a 1,50;
b) constante “b” de que trata o inciso II do art. 4º será igual a 2,00;
c) constante “c” de que trata o inciso II do art. 6º será igual a 2,00;
d) constante “d” de que trata o inciso III do art. 6º será igual a 1,50;
e) o percentual de que trata o inciso II do art. 7º será de 1,00%;
II - RPPS identificados como Perfil Atuarial II:
a) constante “a” de que trata o inciso I do art. 4º será igual a 1,75;
b) constante “b” de que trata o inciso II do art. 4º será igual a 2,00;
c) constante “c” de que trata o inciso II do art. 6º será igual a 2,00;
d) constante “d” de que trata o inciso III do art. 6º será igual a 1,50;
e) o percentual de que trata o inciso II do art. 7º será de 1,00%;
III - RPPS identificados como Perfil Atuarial III:
107
a) constante “a” de que trata o inciso I do art. 4º será igual a 1,75;
b) constante “b” de que trata o inciso II do art. 4º será igual a 2,00;
c) constante “c” de que trata o inciso II do art. 6º será igual a 2,00;
d) constante “d” de que trata o inciso III do art. 6º será igual a 1,50;
e) o percentual de que trata o inciso II do art. 7º será de 2,00%;
IV - RPPS identificados como Perfil Atuarial IV:
a) constante “a” de que trata o inciso I do art. 4º será igual a 2,00;
b) constante “b” de que trata o inciso II do art. 4º será igual a 2,00;
c) constante “c” de que trata o inciso II do art. 6º será igual a 2,00;
d) constante “d” de que trata o inciso III do art. 6º será igual a 1,50;
e) o percentual de que trata o inciso II do art. 7º será de 5,00%;
§ 1º Caso o RPPS tenha sido classificado como Perfil Atuarial I, poderá aplicar o
previsto no art. 61 da Portaria MF nº 464, de 2018, conforme instrução normativa específica da
Secretaria de Previdência.
§ 2º Nos termos do § 5º do art. 77 da Portaria MF nº 464, de 2018, o RPPS poderá ter
seu grupo de risco atuarial alterado em caso de identificação de fato relevante para a situação
financeira e atuarial do regime que venha a colocar em risco de solvência e liquidez seu plano de
benefícios.
§ 3º Aos entes federativos que não encaminharam as informações necessárias para a
definição do porte e risco atuarial do RPPS e que forem, na forma da instrução normativa específica
da Secretaria de Previdência, identificados como “RPPS inadimplentes com envio de informações”
aplica-se o disposto no inciso I do caput.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso I do caput a todos os RPPS enquanto não divulgada
pela Secretaria de Previdência, juntamente com o Indicador de Situação Previdenciária (ISP), a
relação de porte e perfil de risco atuarial por RPPS.
CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DOS DEMAIS PARÂMETROS DO PLANO DE AMORTIZAÇÃO
Art. 9º A aplicação do critério previsto no inciso II do art. 54 da Portaria MF nº 464, de
2018, deverá ser demonstrada no DRAA, por meio das informações da composição do pagamento
relativas ao plano de amortização.
Parágrafo único. A adequação do plano de amortização ao disposto no inciso II do art.
54 da Portaria MF nº 464, de 2018, poderá ser promovida gradualmente, com a elevação das
contribuições suplementares, a partir do exercício de 2021, na forma de alíquotas ou aportes, à razão
de um terço do necessário a cada ano, até atingir o valor que atenda a esse critério em 2023.
Art. 10. O critério previsto no inciso IV do art. 48 da Portaria MF nº 464, de 2018,
deverá ser adotado a partir da implementação do plano de custeio proposto na avaliação atuarial
relativa ao exercício de 2020, com data focal em 31 de dezembro de 2019, observado o disposto no
art. 49 daquele ato ministerial.
Art. 11. Em caso de diferenciação das contribuições suplementares por massa de
segurados sujeita a critérios legais de elegibilidade específicos, ou para fins de apuração de custos
para subsidiar a gestão atuarial do regime, deverá ser aplicado, como critério de rateio dos ativos
garantidores dos compromissos, o tempo de vinculação ao RPPS pela massa considerada, ponderado
pela remuneração mensal vigente na data focal da avaliação.
108
Parágrafo único. A diferenciação de que trata o caput deverá atender às normas e
políticas aplicáveis à matéria e garantir a observância do equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
Art. 12. A compatibilidade do plano de amortização com a capacidade orçamentária,
financeira e fiscal do ente federativo deverá ser objeto de comprovação por meio do Demonstrativo
de Viabilidade do Plano de Custeio, de que trata o § 2° do art. 64 da Portaria MF nº 464, de 2018, na
forma da instrução normativa específica da Secretaria de Previdência.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13. Enquanto não adequadas as funcionalidades do Sistema de Informações dos
Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV-Web), a demonstração da aplicação do previsto
nesta Instrução Normativa será efetuada da seguinte forma:
I - o valor do LDA deverá ser informado no campo “Valor Atual dos Bens, Direitos e
Demais Ativos a serem incorporados no Exercício Atual” da aba “Custo Suplementar” do DRAA;
II - a forma de cálculo do LDA deverá ser demonstrada no campo “Observações” da aba
“Custo Suplementar” do DRAA;
III - a análise dos efeitos da aplicação do LDA deverá ser informada no item “Plano de
Custeio a ser implementado e medidas para manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial” da aba
“Parecer Atuarial” do DRAA;
IV - o Relatório da Avaliação Atuarial deverá apresentar, no capítulo “Equacionamento
do Deficit Atuarial”, os cenários com os planos de amortização, detalhando o cálculo do LDA, dos
prazos e do percentual obrigatório para revisão do plano vigente, sendo que, no capítulo “Parecer
Atuarial”, deve ser apresentada a conclusão sobre o deficit atuarial a ser equacionado;
V - em caso de aplicação do LDA em função da duração do passivo, será
disponibilizado, no endereço eletrônico da Secretaria de Previdência na Internet, modelo auxiliar de
fluxo atuarial para permitir o seu cálculo com base no fluxo da avaliação atuarial do exercício anterior,
até que o cálculo da duração do passivo seja incorporado, para envio pelo CADPREV-Web, aos novos
modelos dos fluxos atuariais a serem aprovados por instrução normativa específica da SPREV;
VI - em caso de aplicação do LDA em função da sobrevida média dos aposentados e
pensionistas, se o deficit atuarial a ser equacionado for relativo à PMBC e à PMBaC, deverá ser
informado na aba “Custo Suplementar” do DRAA, no campo “Plano de Amortização”, o plano
resultante com a soma das alíquotas ou aportes, devendo constar do capítulo “Equacionamento do
Deficit Atuarial” do Relatório da Avaliação Atuarial a discriminação dos dois planos de amortização,
com os respectivos prazos e as alíquotas ou aportes de cada plano.
Art. 14. Os planos de amortização em execução poderão ser revistos para a aplicação
das modelagens previstas nesta Instrução Normativa e recontagem do prazo previsto no inciso I do
art. 6º, observando-se, se for o caso, o disposto no parágrafo único do art. 9º.
Art. 15. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 16. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
109
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre a estrutura e os elementos mínimos do
Relatório da Avaliação Atuarial dos regimes próprios de previdência social (RPPS) a ser
encaminhado à Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda como fundamento para
verificação do equilíbrio financeiro e atuarial do regime.
CAPÍTULO II
DO CONTEÚDO E ENCAMINHAMENTO DO DOCUMENTO
Art. 2º O Relatório da Avaliação Atuarial será integrado por todas as informações
necessárias à identificação e compreensão da situação financeira e atuarial do RPPS, na forma
disposta no Anexo desta Instrução Normativa, contemplando, dentre outros, os seguintes aspectos:
I - os impactos, para o RPPS e para os resultados apontados na avaliação atuarial,
decorrentes dos efeitos esperados de legislação publicada até a data de sua realização e ainda não
vigente;
II - a duração do passivo do RPPS e o histórico de sua evolução;
III - a motivação e os impactos da alteração do método de financiamento utilizado;
IV - as hipóteses atuariais adotadas e os fundamentos da sua utilização, e, se for o caso,
com a análise de sensibilidade do resultado à alteração das principais hipóteses utilizadas na avaliação
atuarial;
110
V - as premissas e hipóteses que foram alteradas ou mantidas em decorrência do estudo
de aderência, constante do Relatório de Análise das Hipóteses, ou como resultado de modificação das
situações fáticas que fundamentaram esse documento;
VI - os critérios adotados relativos às perspectivas de alteração no perfil e na composição
da massa de segurados ativos;
VII - a separação entre os compromissos, custos e demais informações relativas aos
integrantes da massa estudada, sem reposição e com reposição de segurados ativos;
VIII - os critérios adotados para a hipótese de taxa real de crescimento da remuneração
ao longo da carreira;
IX - a premissa adotada para o tempo de contribuição anterior ao ingresso no ente
federativo e os seus impactos nos resultados para efeito de estimativa de compensação previdenciária;
X - a estimativa da data provável de entrada em aposentadoria;
XI - os critérios adotados de estimativa de composição do grupo familiar;
XII - a tábua de morbidez utilizada em caso de adoção de premissa de entrada em
doença;
XIII - os critérios adotados para estimativa dos efeitos da compensação financeira entre
os regimes previdenciários;
XIV - a base de dados utilizada, com a certificação do nível de sua adequação, inclusive
as providências adotadas, pelo ente federativo e pela unidade gestora do RPPS, para a adequação da
base de dados da avaliação atuarial do exercício anterior;
XV - o histórico dos valores dispendidos pelo RPPS com os benefícios de auxílio-
doença, auxílio-reclusão, salário-família e salário-maternidade e sua aderência aos custos estimados
na avaliação atuarial;
XVI - os critérios de constituição e reversão dos fundos para oscilação de riscos;
XVII - a forma de financiamento das despesas administrativas do RPPS e os custos
estimados na avaliação atuarial;
XVIII - as projeções atuariais e a avaliação da situação financeira e atuarial do RPPS de
que trata a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;
XIX - os valores das provisões matemáticas previdenciárias a serem registradas nas
demonstrações contábeis, observadas as normas de contabilidade aplicáveis ao Setor Público;
XX - a situação atuarial do plano de benefícios dos RPPS, dispondo, quando for o caso,
sobre as principais causas do superavit ou do deficit apontado;
XXI - o plano de custeio de equilíbrio do RPPS e, em decorrência, os valores dos custos
normal e suplementar e dos compromissos do plano de benefícios, indicando, se for o caso, a
necessidade de revisão do plano vigente;
XXII - a redução, se for o caso, do plano de custeio do RPPS e a comprovação do
cumprimento dos parâmetros que a fundamentam;
XXIII - as medidas, dentre aquelas previstas na legislação aplicável, indicadas para o
equacionamento de deficit e para a promoção e manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial,
demonstrando os cenários e os seus impactos;
XXIV - as demais ações que poderão ser implementadas pelo ente federativo
objetivando a busca da sustentabilidade de longo prazo do RPPS;
XXV - a necessidade de alteração do plano de amortização do deficit atuarial, com a
demonstração dos seus impactos para o nível de solvência do RPPS;
111
XXVI - em caso de segregação da massa, a evolução dos custos e compromissos de cada
fundo, das receitas e despesas e dos ativos garantidores, indicando se há necessidade de revisão do
modelo implementado;
XXVII - os custos e compromissos do plano de benefícios do RPPS por massa de
segurados sujeita a critérios legais de elegibilidade específicos, caso a legislação do ente preveja
contribuições a seu cargo diferenciadas para essa massa;
XXVIII - a comparação entre os resultados das três últimas avaliações atuariais,
indicando as alterações relevantes, no que se refere ao equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, e
os prováveis motivos que as determinaram;
XXIX - informações repassadas pela unidade gestora do RPPS relativas a:
a) execução do plano de custeio vigente, no decorrer do exercício da data focal da
avaliação, no que se refere à regularidade do repasse das contribuições normais e suplementares; e
b) implementação, por lei, dos planos de custeio e de amortização do deficit
estabelecidos na avaliação atuarial do exercício anterior e as razões alegadas para a não efetivação da
medida, quando for o caso.
§ 1º O Relatório da Avaliação Atuarial deverá ser encaminhado à Secretaria de
Previdência de forma digitalizada, por meio do Sistema de Informações dos Regimes Públicos de
Previdência Social (CADPREV-Web), no prazo previsto para o envio do respectivo Demonstrativo
de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA).
§ 2º O Relatório de Avaliação Atuarial deverá estar fundamentado na base técnica
constante da Nota Técnica Atuarial (NTA) encaminhada à Secretaria de Previdência.
CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA DO DOCUMENTO
Art. 3º O Relatório da Avaliação Atuarial deverá conter a seguinte estrutura mínima:
I - folha de rosto do documento:
a) título “Relatório da Avaliação Atuarial”;
b) identificação do ente federativo;
c) identificação da unidade gestora do RPPS;
d) identificação do perfil atuarial do RPPS;
e) data focal da avaliação atuarial;
f) número da Nota Técnica Atuarial – NTA, registrada no CADPREV, utilizada para a
realização da avaliação atuarial;
g) nome do atuário responsável;
h) número de registro do atuário;
i) número da versão do documento, a partir da “Versão 01”, gerando-se nova versão
sempre que o documento for retificado.
II - capítulos do documento:
a) sumário executivo;
b) sumário;
c) introdução;
d) base normativa;
e) plano de benefícios e condições de elegibilidade;
f) regimes financeiros e métodos de financiamento;
112
g) hipóteses atuariais e premissas;
h) análise da base de dados cadastrais;
i) resultado atuarial;
j) custos e plano de custeio;
k) equacionamento do deficit atuarial;
l) custeio administrativo;
m) comparativo das últimas avaliações atuariais;
n) avaliação e impactos do perfil atuarial do RPPS;
o) parecer atuarial;
p) Anexo 1 - Conceitos e definições;
q) Anexo 2 - Estatísticas;
r) Anexo 3 - Provisões Matemáticas a Contabilizar;
s) Anexo 4 - Projeção da Evolução das Provisões Matemáticas para os Próximos Doze
Meses;
t) Anexo 5 - Resumo dos Fluxos Atuariais e da População Coberta;
u) Anexo 6 - Projeções Atuariais para o Relatório Resumido da Execução Orçamentária
(RREO);
v) Anexo 7 - Resultado da Duração do Passivo e Análise Evolutiva;
w) Anexo 8 - Ganhos e Perdas Atuariais;
x) Anexo 9 - Resultado da Demonstração de Viabilidade do Plano de Custeio; e
y) Anexo 10 - Tábuas em Geral.
§ 1º O sumário executivo é um resumo inicial das principais informações e resultados
que serão apresentados ao longo do Relatório da Avaliação Atuarial, com no máximo duas páginas,
no qual deverá ser explicitada a situação financeira e atuarial do RPPS, inclusive em valores
monetários, e os dados das receitas e despesas projetadas para o exercício a que se refere a avaliação
e para os dois exercícios seguintes.
§ 2º O sumário descreverá todos os capítulos e anexos do Relatório da Avaliação
Atuarial e as suas respectivas páginas.
§ 3º A introdução disporá sobre apresentação do relatório, seus objetivos e informações
gerais úteis ao seu entendimento.
§ 4º A legislação utilizada na elaboração da avaliação atuarial deverá ser descrita na
base normativa do Relatório da Avaliação Atuarial, contemplando as normas gerais
aplicáveis aos RPPS e a legislação editada pelo ente federativo.
CAPÍTULO IV
DO PLANO DE BENEFÍCIOS E CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Art. 4º Deverão ser descritas, no Relatório da Avaliação Atuarial, as características de
todos os benefícios previdenciários, de responsabilidade do RPPS, considerados na elaboração da
avaliação atuarial.
§ 1º Caso algum dos benefícios previdenciários não esteja previsto na legislação do
ente federativo como de responsabilidade do RPPS, essa informação deverá ser registrada no
Relatório da Avaliação Atuarial.
113
§ 2º Deverão ser descritas as condições de elegibilidade aos benefícios, considerando,
no que se refere às aposentadorias, as regras permanentes, regras de transição, recebimento do abono
de permanência e utilização de lapso temporal para esperar por uma regra mais vantajosa.
CAPÍTULO V
DOS REGIMES FINANCEIROS E MÉTODOS DE FINANCIAMENTO
Art. 5º Os regimes financeiros e métodos de financiamento utilizados na avaliação
atuarial deverão ser descritos por tipo de benefício previdenciário, contendo no mínimo:
I - descrição dos regimes financeiros utilizados:
a) regime financeiro de capitalização;
b) regime financeiro de repartição de capitais de cobertura; e
c) regime financeiro de repartição simples.
II - descrição dos métodos de financiamento utilizados;
III - apresentação das informações resumidas por regimes financeiros e métodos de
financiamento, em formato de tabela, com a relação aos benefícios relacionados a seguir:
a) aposentadorias por tempo de contribuição, idade e compulsória;
b) aposentadoria por invalidez;
c) pensão por morte de servidor ativo;
d) pensão por morte de aposentado válido;
e) pensão por morte de aposentado inválido;
f) auxílio-doença;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-reclusão; e
i) salário-família.
§ 1º Em caso de modificação do método de financiamento, o fundamento da alteração
e os seus impactos deverão ser demonstrados no Relatório da Avaliação Atuarial.
§ 2º Caso algum dos benefícios de que tratam as alíneas “f” a “i” do inciso III não
estejam previstos na legislação como de responsabilidade do RPPS, não deverão constar da tabela ali
mencionada.
CAPÍTULO VI
DAS HIPÓTESES ATUARIAIS E PREMISSAS
Art. 6º O Relatório da Avaliação Atuarial deverá descrever e atestar quais foram as
hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizadas no cálculo, indicando
aquelas de maior impacto para o resultado atuarial do RPPS.
§ 1º Para cada uma das hipóteses atuariais e premissas, deverá ser apresentado o
fundamento de sua escolha e o critério utilizado na avaliação atuarial, além das informações
disponíveis relativas à análise do seu comportamento e aderência, contemplando-se:
I - tábuas biométricas, que serão identificadas por sua respectiva denominação e
anexadas ao final do relatório:
a) tábua de mortalidade de válidos - fase laborativa;
b) tábua de mortalidade de válidos - fase pós-laborativa;
c) tábua de mortalidade de inválidos;
d) tábua de entrada em invalidez; e
114
e) tábua de morbidez, se aplicável.
II - alterações futuras no perfil e composição das massas, abrangendo:
a) rotatividade; e
b) expectativa de reposição de segurados ativos.
III - estimativas de remunerações e proventos, englobando:
a) taxa real de crescimento da remuneração por mérito e produtividade; e
b) taxa real do crescimento dos proventos.
IV - taxa de juros atuarial;
V - entrada em algum regime previdenciário e em aposentadoria, incluindo:
a) idade estimada de ingresso em algum regime previdenciário;
b) idade estimada de entrada em aposentadoria programada;
VI - composição do grupo familiar;
VII - compensação financeira entre os regimes; e
VIII - demais premissas e hipóteses, compreendendo:
a) fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e proventos;
b) benefícios a conceder com base na média das remunerações ou com base na última
remuneração; e
c) estimativa do crescimento real do teto de contribuição do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS).
§ 2º Deverão ser registradas, no Relatório da Avaliação Atuarial, as premissas e
hipóteses que foram alteradas ou mantidas em relação à avaliação atuarial do exercício anterior e o
respectivo embasamento.
§ 3º Deverão ser demonstradas as estimativas da compensação financeira entre os
regimes previdenciários, os critérios e a metodologia utilizados, adotando-se perspectiva
conservadora para referida estimativa de receitas ou despesas futuras do RPPS.
§ 4º Com relação às premissas relativas às alterações futuras no perfil e composição das
massas, deverão constar, do Relatório da Avaliação Atuarial, a explicitação dos critérios definidos
pela NTA e a separação entre os compromissos, custos e demais informações relativas aos integrantes
da população estudada, sem reposição e com reposição de segurados ativos.
§ 5º Com relação à estimativa da data provável de entrada em aposentadoria, deverão
constar, do Relatório da Avaliação Atuarial, as informações de que trata o art. 29 da Portaria MF nº
464, de 2018.
§ 6º No caso de não serem apresentadas, pelo ente federativo, as informações acerca
das hipóteses relacionadas à gestão de pessoal, caberá à unidade gestora do RPPS encaminhar ao
atuário aquelas de que dispõe, devendo constar, do Relatório da Avaliação Atuarial, as informações
obtidas para a definição dessas hipóteses.
CAPÍTULO VII
DA ANÁLISE DA BASE CADASTRAL
Art. 7º A análise da base cadastral dos beneficiários do RPPS deverá ser descrita no
Relatório da Avaliação Atuarial, contendo, no mínimo:
I - informações gerais sobre os dados cadastrais fornecidos, descrevendo a forma de sua
obtenção para a realização da avaliação atuarial, as estatísticas relativas aos beneficiários e demais
dados necessários;
115
II - informações se a base cadastral contempla os servidores afastados ou cedidos a
outros entes federativos;
III - análise da qualidade da base cadastral, destacando sua atualização, amplitude e
consistência da seguinte forma:
a) atualização: descrever a data da última atualização da base cadastral e os atos
normativos que tratam da matéria, com base em informações encaminhadas pelo ente federativo, ou,
se o procedimento de atualização não for realizado, registrar tal informação;
b) amplitude: informar as tabelas de amplitude da base cadastral com a quantidade de
informações existentes para cada campo descrito no DRAA, o percentual de consistência e o
percentual de completude; e
c) consistência: descrever a consistência das informações com base em testes realizados
na base de dados cadastral utilizada para a realização da avaliação atuarial.
IV - descrição das premissas adotadas para ajuste técnico da base cadastral;
V - recomendações para a melhoria da base cadastral: descrever as recomendações e
providências necessárias, a serem adotadas até a próxima avaliação atuarial, com base nas
inconsistências identificadas.
§ 1º Poderão ser utilizados critérios de ajuste da base de dados cadastrais para o seu
posicionamento na data focal da avaliação, com a devida adequação do passivo atuarial, desde que o
critério adotado seja demonstrado no Relatório da Avaliação Atuarial.
§ 2º Na falta ou inconsistência de dados cadastrais dos dependentes, o Relatório da
Avaliação Atuarial deverá descrever os critérios adotados para supri-las, se por meio de percentual
estimado de segurados ativos ou inativos que poderão, em caso de falecimento, deixar pensão
previdenciária, ou por meio de família padrão.
CAPÍTULO VIII
DO RESULTADO ATUARIAL
Art. 8º O resultado da avaliação atuarial do plano de benefícios do RPPS deverá ser
descrito no Relatório da Avaliação Atuarial, contendo no mínimo:
I - balanço atuarial: as informações do resultado da avaliação atuarial devem ser
apresentadas conforme tabelas do modelo do Relatório da Avaliação Atuarial com os valores
calculados com base nas alíquotas vigentes na data focal da avaliação e com as alíquotas de equilíbrio;
II - ativos garantidores e créditos a receber;
III - provisões matemáticas ou passivo atuarial;
IV - provisão matemática de benefícios concedidos;
V - provisão matemática de benefícios a conceder;
VI - compensação financeira, a pagar e a receber, dos benefícios concedidos;
VII - compensação financeira, a pagar e a receber, dos benefícios a conceder;
VIII - resultado atuarial; e
IX - valor atual das remunerações futuras.
Parágrafo único. O Relatório da Avaliação Atuarial, com base no estudo específico da
situação econômico-financeira e atuarial do RPPS, deverá identificar as principais causas do deficit
atuarial, apresentar cenários com as possibilidades para seu equacionamento e os seus impactos e
propor plano de equacionamento a ser implementado em lei pelo ente federativo.
116
CAPÍTULO IX
DOS CUSTOS E PLANO DE CUSTEIO NORMAL POR BENEFÍCIO
Art. 9º Os valores dos custos e o plano de custeio normal do RPPS deverão ser descritos
no Relatório da Avaliação Atuarial, considerando o plano de custeio vigente, aprovado em lei, e o
plano de custeio de equilíbrio, contendo no mínimo:
I - valores das remunerações e proventos atuais: os montantes serão apresentados em
valores mensais, com base nas estatísticas da população coberta, e valores anuais, especificando-se:
a) total das remunerações de contribuição dos segurados ativos;
b) total das parcelas dos proventos de aposentadoria que superem o limite máximo do
RGPS; e
c) total das parcelas das pensões por morte que superem o limite máximo do RGPS.
II - custos e alíquotas de custeio normal vigentes em lei: serão apresentados o valor
anual da base de cálculo, considerando-se a base estatística da população coberta, as alíquotas
vigentes em percentuais e o valor da contribuição esperada com as alíquotas vigentes, conforme tabela
constante do modelo, em relação a:
a) ente federativo;
b) taxa de administração;
c) aporte anual para custeio das despesas administrativas;
d) ente federativo - total;
e) segurados ativos;
f) aposentados; e
g) pensionistas.
III - custos e alíquotas de custeio normal, calculadas por benefício, e custeio
administrativo:
a) aposentadoria por tempo de contribuição, idade e compulsória;
b) aposentadoria por invalidez;
c) pensão por morte de segurado ativo;
d) pensão por morte de aposentado válido;
e) pensão por morte de aposentado inválido;
f) auxílio-doença;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-reclusão;
i) salário-família;
j) custeio administrativo; e
k) alíquota total.
IV - alíquotas de custeio normal, calculadas por regime financeiro, e custeio
administrativo:
a) alíquota do regime financeiro de capitalização;
b) alíquota do regime financeiro de repartição de capitais de cobertura;
c) alíquota do regime financeiro de repartição simples;
d) alíquota do custeio administrativo; e
e) alíquota total.
117
V - valores dos custos e alíquotas de custeio normal a constarem em lei: será apresentado
o valor anual da base de cálculo, considerando a base estatística da população coberta, as alíquotas
definidas na avaliação atuarial a constar em lei e o valor da contribuição esperada, em relação a:
a) ente federativo;
b) taxa de administração;
c) aporte anual para custeio das despesas administrativas;
d) ente federativo - total;
e) segurados ativos;
f) aposentados; e
g) pensionistas.
CAPÍTULO X
DO EQUACIONAMENTO DO DEFICIT ATUARIAL
Art. 10. Em caso de ser apurado deficit atuarial, deverão ser descritos, no Relatório da Avaliação
Atuarial:
I - as principais causas do deficit técnico; e
II - os cenários com as possibilidades de seu equacionamento.
Parágrafo único. Com relação ao plano de amortização de déficit proposto na avaliação atuarial,
deverão ser apresentados, no Relatório da Avaliação Atuarial, os resultados da demonstração da
viabilidade do plano de custeio do RPPS.
CAPÍTULO XI
DO CUSTEIO ADMINISTRATIVO
Art. 11. O custeio administrativo deverá ser descrito no Relatório da Avaliação
Atuarial, contendo no mínimo:
I - o levantamento das despesas administrativas dos últimos três anos;
II - a estimativa de despesas administrativas para o próximo exercício; e
III - recomendações de manutenção ou alteração da fonte de custeio das despesas
administrativas do RPPS.
Parágrafo único. Caso o ente federativo seja diretamente responsável pelas despesas
administrativas do RPPS e quiser incluir fonte de financiamento para essas despesas por meio de taxa
de administração nas alíquotas do plano de custeio normal, deverão ser encaminhadas, ao atuário,
estimativas das despesas para análise do custeio a ser indicado na avaliação atuarial.
CAPÍTULO XII
DO COMPARATIVO DAS ÚLTIMAS AVALIAÇÕES ATUARIAIS
Art. 12. A análise comparativa entre os resultados das três últimas avaliações atuariais
deverá constar do Relatório da Avaliação Atuarial, apresentando, no mínimo, as informações a serem
prestadas no DRAA.
CAPÍTULO XIII
DO PARECER ATUARIAL
Art. 13. O Parecer Atuarial, parte integrante do Relatório da Avaliação Atuarial, deverá:
118
I - apresentar, de forma conclusiva, a situação financeira e atuarial do plano de
benefícios, no que se refere à sua liquidez de curto prazo e solvência;
II - certificar a adequação da base cadastral e das bases técnicas utilizadas na avaliação
atuarial;
III - apontar se for o caso, discrepância entre o plano de custeio vigente e o plano de
custeio de equilíbrio estabelecido na avaliação atuarial; e
IV - apontar medidas para a promoção e manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial,
indicando o plano de custeio normal e suplementar mais adequado ao plano de benefícios.
CAPÍTULO XIV
DOS ANEXOS
Art. 14. Os anexos são partes integrantes do Relatório da Avaliação Atuarial e deverão
apresentar, no mínimo, as seguintes informações:
I - Anexo 1 - Conceitos e Definições: deverão ser apresentados os conceitos e as
definições necessários para a correta compreensão dos termos técnicos utilizados e dos resultados
apresentados na avaliação atuarial;
II - Anexo 2 - Estatísticas: as informações e dados estatísticos resultantes da avaliação
atuarial do RPPS;
III - Anexo 3 - Provisões Matemáticas a Contabilizar: deverão ser apuradas na avaliação
atuarial posicionada em 31 de dezembro do exercício e apresentadas pelo atuário, com base no Plano
de Contas Aplicável ao Setor Público (PCASP), para posterior registro pelo contador responsável;
IV - Anexo 4 - Projeções da Evolução das Provisões Matemáticas para os próximos
doze meses;
V - Anexo 5 - Resumo dos fluxos atuariais e Projeção da População Coberta: deverão
ser apresentadas as colunas de resumo dos fluxos atuariais de receitas e despesas do RPPS e dos
quantitativos esperados de concessão de benefícios de aposentadoria e pensão por morte;
VI - Anexo 6 - Projeções Atuariais para o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária (RREO): deverá ser elaborada tabela com as informações dos fluxos atuariais de
receitas e despesas do RPPS, a ser apresentada como anexo no RREO do 6º bimestre do exercício
seguinte ao da posição da avaliação atuarial em 31 de dezembro, para atendimento do inciso II do §
1º do art. 53 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
VII - Anexo 7 - Resultado da Duração do Passivo e Análise Evolutiva: deverá ser
apresentado o resultado da duração do passivo e a sua análise evolutiva;
VIII - Anexo 8 - Ganhos e Perdas Atuariais: deverá ser apresentado o resultado do
estudo de ganhos e perdas atuariais;
IX - Anexo 9 - Resultado da Demonstração de Viabilidade do Plano de Custeio: deverá
ser apresentado o resultado da demonstração da sustentabilidade do plano de custeio do RPPS; e
X - Anexo 10 - Tábuas em Geral: deverão ser apresentadas as tábuas biométricas
utilizadas na avaliação atuarial.
§ 1º Considerando o porte e risco atuarial do RPPS definido conforme instrução
específica da Secretaria de Previdência, o Relatório da Avaliação Atuarial dos RPPS identificados
como Perfil Atuarial III e IV poderão não contemplar o Anexo 8 previsto no inciso VIII e a
apresentação do Anexo 9 a que se refere o inciso IX deverá observar a periodicidade e os prazos
previstos na instrução normativa do Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio.
§ 2º O Anexo 3, mencionado no inciso III, deverá observar Instrução de Procedimento
Contábil (IPC) específica para contabilização dos RPPS.
119
CAPÍTULO XV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 15. Enquanto não encaminhado o Relatório da Avaliação Atuarial à Secretaria de
Previdência no prazo previsto nesta Instrução ou enquanto aquele apresentado não for adequado à
estrutura e conteúdo estabelecidos, será considerado que o ente federativo não demonstrou a adoção
de medidas objetivando o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
Art. 16. Os Relatórios das Avaliações Atuariais deverão permanecer arquivados pelo
ente federativo e unidade gestora do RPPS pelo prazo previsto no art. 72 da Portaria MF nº 464, de
2018.
Art. 17. A estrutura e os elementos mínimos previstos nesta Instrução Normativa
deverão ser obrigatoriamente utilizados a partir da avaliação atuarial posicionada em 31 de dezembro
de 2020, relativa ao exercício de 2021.
Art. 18. O anexo relativo ao estudo de ganhos e perdas atuariais somente será
obrigatório após edição de instrução normativa específica da Secretaria da Previdência contendo sua
estrutura e elementos mínimos.
Art. 19. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 20. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
120
ANEXO
(Modelo de Relatório da Avaliação Atuarial)
SUMÁRIO EXECUTIVO
(espaço destinado para o texto do sumário executivo)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. BASE NORMATIVA
2.1. NORMAS GERAIS
2.2. NORMAS DO ENTE FEDERATIVO
3. PLANO DE BENEFÍCIOS E CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
3.1. DESCRIÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS DO RPPS
3.2. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
4. REGIMES FINANCEIROS E MÉTODOS DE FINANCIAMENTO
4.1. DESCRIÇÃO DOS REGIMES FINANCEIROS UTILIZADOS
4.2. DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO UTILIZADOS
4.3. RESUMO DOS REGIMES FINANCEIROS E MÉTODOS POR BENEFÍCIO
5. HIPÓTESES ATUARIAIS E PREMISSAS
121
5.1. TÁBUAS BIOMÉTRICAS
5.2. ALTERAÇÕES FUTURAS NO PERFIL E COMPOSIÇÃO DAS MASSAS
5.3. ESTIMATIVAS DE REMUNERAÇÕES E PROVENTOS
5.4. TAXA DE JUROS ATUARIAL
5.5. ENTRADA EM ALGUM REGIME PREVIDENCIÁRIO E EM APOSENTADORIA
5.6. COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR
5.7. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA
5.8. DEMAIS PREMISSAS E HIPÓTESES
6. ANÁLISE DA BASE CADASTRAL
6.1. DADOS FORNECIDOS E SUA DESCRIÇÃO
6.2. SERVIDORES AFASTADOS OU CEDIDOS
6.3. ANÁLISE DA QUALIDADE DA BASE CADASTRAL
6.4. PREMISSAS ADOTADAS PARA AJUSTE TÉCNICO DA BASE CADASTRAL
6.5. RECOMENDAÇÕES PARA A BASE CADASTRAL
7. RESULTADO ATUARIAL
7.1. BALANÇO ATUARIAL
7.2. ATIVOS GARANTIDORES E CRÉDITOS A RECEBER
7.3. PROVISÕES MATEMÁTICAS OU PASSIVO ATUARIAL
7.4. PROVISÃO DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS
7.5. PROVISÃO DE BENEFÍCIOS A CONCEDER
7.6. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (A RECEBER E A
PAGAR)
7.7. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DOS BENEFÍCIOS A CONCEDER (A RECEBER E A
PAGAR)
7.8. RESULTADO ATUARIAL DA AVALIAÇÃO DE ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
7.9. VALOR ATUAL DAS REMUNERAÇÕES FUTURAS
8. CUSTOS E PLANO DE CUSTEIO
8.1. VALORES DAS REMUNERAÇÕES E PROVENTOS ATUAIS
8.2. CUSTOS E ALÍQUOTAS DE CUSTEIO NORMAL VIGENTES EM LEI
8.3. CUSTOS E ALÍQUOTAS DE CUSTEIO NORMAL CALCULADAS POR BENEFÍCIO
8.4. CUSTOS E ALÍQUOTAS DE CUSTEIO NORMAL CALCULADAS POR REGIME
FINANCEIRO
8.5. CUSTOS E ALÍQUOTAS DE CUSTEIO NORMAL A CONSTAREM EM LEI
9. EQUACIONAMENTO DO DEFICIT ATUARIAL
9.1. PRINCIPAIS CAUSAS DO DEFICIT ATUARIAL
9.2. CENÁRIOS COM AS POSSIBILIDADES DE EQUACIONAMENTO DO DEFICIT
10. CUSTEIO ADMINISTRATIVO
10.1. LEVANTAMENTO DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DOS ÚLTIMOS TRÊS
ANOS
10.2. ESTIMATIVA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS PARA O PRÓXIMO EXERCÍCIO
10.3. RECOMENDAÇÕES DE MANUTENÇÃO OU ALTERAÇÃO
11. ANÁLISE DO COMPARATIVO DAS ÚLTIMAS AVALIAÇÕES ATUARIAIS
122
12. AVALIAÇÃO E IMPACTOS DO PERFIL ATUARIAL DO RPPS
13. PARECER ATUARIAL
14. ANEXOS
ANEXO 1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES
ANEXO 2 - ESTATÍSTICAS
ANEXO 3 - PROVISÕES MATEMÁTICAS A CONTABILIZAR
ANEXO 4 - PROJEÇÃO DA EVOLUÇÃO DAS PROVISÕES MATEMÁTICAS PARA OS
PRÓXIMOS DOZE MESES
ANEXO 5 - RESUMO DOS FLUXOS ATUARIAIS E DA POPULAÇÃO COBERTA
ANEXO 6 - PROJEÇÕES ATUARIAIS PARA O RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA - RREO
ANEXO 7 - RESULTADO DA DURAÇÃO DO PASSIVO E ANÁLISE EVOLUTIVA
ANEXO 8 - GANHOS E PERDAS ATUARIAIS
ANEXO 9 - RESULTADO DA DEMONSTRAÇÃO DE VIABILIDADE DO PLANO DE
CUSTEIO
ANEXO 10 - TÁBUAS EM GERAL
1. INTRODUÇÃO
2. BASE NORMATIVA
2.2. NORMAS GERAIS
3.2.CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
123
a) Regime Financeiro de Capitalização.
b) Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura.
c) Regime Financeiro de Repartição Simples.
5.1.TÁBUAS BIOMÉTRICAS:
a)Tábua de Mortalidade de Válidos - Fase Laborativa.
b)Tábua de Mortalidade de Válido - Fase pós Laborativa.
c)Tábua de Mortalidade de Inválido.
d)Tábua de Entrada em Invalidez.
e)Tábua de Morbidez.
124
5.6.COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR
5.7.COMPENSAÇÃO FINANCEIRA
5.8.DEMAIS PREMISSAS E HIPÓTESES:
a)Fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e proventos.
b)Benefícios a conceder com base na média das remunerações ou com base na última
remuneração.
c)Estimativa do crescimento real do teto de contribuição do RGPS.
7. RESULTADO ATUARIAL
7.1.BALANÇO ATUARIAL
Alíquota normal Alíquota normal de
DESCRIÇÃO
vigente em lei equilíbrio
Alíquota Normal (patronal + servidor) (A)
Desconto das alíquotas dos benefícios calculados por
RS, RCC e taxa de adm. (B)
Alíquota Normal por regime de capitalização para
apuração dos resultados atuariais
(C = A - B)
125
Demais Bens, direitos e ativos
(Ente)
( - ) Valor Atual das Contribuições Futuras – Concedidos
(Servidores)
RESULTADO ATUARIAL
Superavit
Reserva de Contingência
Reserva para Ajuste do Plano
Deficit
Deficit Equacionado:
Valor Atual do Plano de Amortização do Deficit Atuarial
estabelecido em lei
Valor Atual da Cobertura da Insuficiência Financeira
126
7.2. ATIVOS GARANTIDORES E CRÉDITOS A RECEBER
7.3. PROVISÕES MATEMÁTICAS OU PASSIVO ATUARIAL
7.4. PROVISÃO DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS
7.5. PROVISÃO DE BENEFÍCIOS A CONCEDER
7.6. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (A
RECEBER E A PAGAR)
7.7. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DOS BENEFÍCIOS A CONCEDER (A
RECEBER E A PAGAR)
7.8. RESULTADO ATUARIAL DA AVALIAÇÃO DE ENCERRAMENTO DO
EXERCÍCIO
7.9. VALOR ATUAL DAS REMUNERAÇÕES FUTURAS
Valor da contribuição
Valor Anual da Base de Alíquota Vigente
Categorias esperada com alíquotas
Cálculo (R$) (%)
vigentes
Ente Federativo
Taxa de Administração
Aporte Anual para Custeio
das Despesas
Administrativas
Ente Federativo - Total
Segurados Ativos
Aposentados
Pensionistas
127
Valor da contribuição
Valor Anual da Base de Alíquota Vigente
Categorias esperada com alíquotas
Cálculo (R$) (%)
vigentes
TOTAL
Custo Anual
Previsto (R$)
Alíquota Normal
Benefícios Regime Financeiro
Calculada
(Alíquota x Base
de Contribuição)
Aposentadoria por Tempo de
Contribuição, Idade e Compulsória
Aposentadoria por Invalidez
Pensão por Morte de Segurado Ativo
Pensão por Morte de Aposentado
Válido
Pensão por Morte de Aposentado
Inválido
Auxílio-Doença
Salário-Maternidade
Auxílio-Reclusão
Salário-Família
Custeio-Administrativo
Alíquota Total
128
8.5. CUSTOS E ALÍQUOTAS DE CUSTEIO NORMAL A CONSTAREM EM LEI
Valor da
Valor Anual da Base de Alíquota Definida na
Regime Financeiro contribuição
Cálculo (R$) Avaliação Atuarial (%)
Esperada
Ente Federativo
Taxa de Administração
Aporte Anual para Custeio
das Despesas
Administrativas
Ente Federativo - Total
Segurados Ativos
Aposentados
Pensionistas
Alíquota Total
14. ANEXOS
129
ANEXO 4 - PROJEÇÃO DA EVOLUÇÃO DAS PROVISÕES MATEMÁTICAS
PARA OS PRÓXIMOS DOZE MESES
ANEXO 5 - RESUMO DOS FLUXOS ATUARIAIS E DA POPULAÇÃO COBERTA
ANEXO 6 - PROJEÇÕES ATUARIAIS PARA O RELATÓRIO RESUMIDO DA
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - RREO
ANEXO 7 - RESULTADO DA DURAÇÃO DO PASSIVO E ANÁLISE EVOLUTIVA
ANEXO 8 - GANHOS E PERDAS ATUARIAIS
ANEXO 9 - RESULTADO DA DEMONSTRAÇÃO DE VIABILIDADE DO PLANO
DE CUSTEIO
ANEXO 10 - TÁBUAS EM GERAL
130
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre parâmetros relativos a hipóteses a serem
utilizadas nas avaliações atuariais dos regimes próprios de previdência social (RPPS) e a elaboração
do Relatório de Análise das Hipóteses para comprovação da adequação das hipóteses à situação do
plano de benefícios e da sua aderência às características da massa de beneficiários do regime,
conforme previsto nos arts. 15 a 19 da Portaria MF nº 464, de 2018.
Parágrafo único. A periodicidade e os prazos de envio do Relatório de Análise das
Hipóteses à Secretaria de Previdência e o conteúdo desse documento serão diferenciados por porte e
risco atuarial do RPPS, em conformidade com as disposições do § 2º do art. 2º e do art. 77 da Portaria
MF nº 464, de 2018.
CAPÍTULO II
DO RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS HIPÓTESES
Art. 2º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá ser elaborado por profissional
habilitado, conter a descrição da metodologia utilizada, por meio de testes estatísticos e/ou atuariais,
e ser conclusivo quanto à manutenção ou necessidade de alteração, no mínimo, das seguintes
hipóteses utilizadas nas avaliações atuariais, observado o previsto no art. 8º:
I - taxa de sobrevivência de válidos e inválidos e de entrada em invalidez;
II - taxa real de crescimento das remunerações; e
III - taxa atuarial de juros.
131
§ 1º Constatada a impossibilidade de demonstração da aderência e adequação de
hipóteses quando da aplicação de metodologias para esse fim, deverão constar do Relatório de Análise
das Hipóteses as justificativas e resultados que tenham levado a essa conclusão, bem como os critérios
a serem adotados para escolha das referidas hipóteses.
§ 2º A responsabilidade do profissional pela elaboração dos cálculos e estudos técnicos
apresentados no Relatório de Análise das Hipóteses não exime a dos dirigentes e gestores do RPPS e
do ente federativo pela fidedignidade dos dados e das informações que lhe foram repassados para sua
elaboração.
§ 3º A unidade gestora do RPPS deverá elaborar sumário executivo com os resultados
e recomendações do Relatório de Análise das Hipóteses para cientificação dos conselhos deliberativo
e fiscal e disponibilização do referido relatório aos beneficiários do regime e aos órgãos de controle
interno e externo.
§ 4º Deverá ser implementada, pela unidade gestora do RPPS, sistemática de
acompanhamento da aderência das premissas, hipóteses e metodologias utilizadas nas avaliações
atuariais do regime.
§ 5º Não se aplica o previsto neste artigo aos RPPS em extinção ou para a avaliação dos
benefícios sob responsabilidade financeira direta do ente federativo.
Seção I
Das probabilidades de ocorrência de morte e invalidez
Art. 3º Deverão ser observados os parâmetros de que trata o art. 21 da Portaria MF nº
464, de 2018, aplicáveis às projeções da longevidade e da entrada em invalidez da massa de
beneficiários do RPPS para utilização de tábuas biométricas nas avaliações atuariais.
§ 1º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá contemplar o estudo técnico de
aderência, decorrente da confrontação entre as probabilidades de ocorrência de morte ou invalidez
constantes das tábuas utilizadas e aquelas constatadas para a massa analisada, contendo, no mínimo:
I - a análise da convergência entre o número de eventos indicados a partir da aplicação
das probabilidades de ocorrência de morte ou invalidez das tábuas biométricas utilizadas na avaliação
atuarial do RPPS e os decréscimos constatados na massa de beneficiários do regime, pelo menos, nos
5 (cinco) exercícios anteriores ao da realização do estudo;
II - a comparação dos eventos constatados com as tábuas biométricas disponíveis; e
III - a indicação das tábuas biométricas mais aderentes às características da massa dos
beneficiários do RPPS.
§ 2º Para demonstração do previsto no § 1º do art. 2º, deverá ser atestado no Relatório
de Análise das Hipóteses que as informações históricas relativas às ocorrências de morte ou invalidez
dos beneficiários do RPPS não são suficientes para a realização do estudo ou que a massa não é
estatisticamente suficiente para aferição de aderência das tábuas biométricas.
Seção II
Da taxa real de crescimento da remuneração
Art. 4º Deverão ser observados os parâmetros de que trata o art. 25 da Portaria MF nº
464, de 2018, aplicáveis à hipótese de taxa real de crescimento da remuneração, que terá por
fundamento a análise da estrutura funcional e remuneratória dos segurados ativos do RPPS prevista
na legislação do ente federativo, bem como de sua evolução, considerando as informações relativas
às medidas e políticas de gestão de pessoal por ele implementadas.
132
§ 1º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá contemplar o estudo técnico de
aderência da hipótese de crescimento da remuneração, contendo, no mínimo:
I - a legislação do ente federativo que trata dos cargos, carreiras e estrutura
remuneratória dos segurados ativos do RPPS ou a relação dessa legislação acompanhada da indicação
do endereço eletrônico na rede mundial de computadores - Internet em que pode ser obtida de forma
estruturada;
II - a descrição da estrutura geral remuneratória prevista na legislação do ente federativo
e a aplicabilidade do método utilizado a essa estrutura;
III - as estatísticas de distribuição dos segurados ativos do RPPS nos cargos, carreiras e
respectivas remunerações;
IV - a descrição e análise do histórico do crescimento salarial, por estrutura funcional e
remuneratória dos segurados ativos do RPPS, ao menos dos 5 (cinco) exercícios anteriores ao da
realização do estudo;
V - cópia das manifestações fundamentadas encaminhadas pelo ente federativo, na
forma do art. 16 da Portaria MF nº 464, de 2018, relacionadas ao estabelecimento de políticas ou à
execução de programas de gestão de pessoal; e
VI - a indicação da taxa real de crescimento futuro da remuneração mais aderente à
massa dos segurados ativos do RPPS.
§ 2º A análise deverá contemplar, também, os segurados cuja remuneração é abrangida
por legislações de âmbito nacional.
Seção III
Da taxa atuarial de juros
Art. 5º A definição da taxa de juros real anual a ser utilizada nas avaliações atuariais
como taxa de desconto para apuração do valor presente dos fluxos de benefícios e contribuições do
RPPS deverá observar os critérios estabelecidos no art. 26 da Portaria MF nº 468, de 2018, e em
instrução normativa específica da Secretaria de Previdência.
§ 1º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá contemplar o estudo técnico da
convergência entre a hipótese de taxa de juros e as rentabilidades obtidas pelos recursos garantidores
do plano de benefícios do RPPS, bem como em relação à taxa de rentabilidade projetada, no longo
prazo, para a aplicação desses recursos, contendo, no mínimo:
I - a descrição da metodologia utilizada para aferição do histórico de rentabilidade da
carteira de investimentos do RPPS, indicando as fontes de dados;
II - o histórico da rentabilidade da carteira de investimentos do RPPS dos 3 (três)
exercícios anteriores ao da realização do estudo;
III - as informações relativas às metas e estratégias de investimento estabelecidas na
política anual de aplicação dos recursos do RPPS dos 3 (três) exercícios anteriores ao da realização
do estudo;
IV - a análise do comportamento das rentabilidades obtidas em relação às metas
estabelecidas;
V - as rentabilidades projetadas a partir da carteira de investimentos que compõe os
recursos garantidores do plano de benefícios do RPPS, conforme a sua atual política anual de
investimentos, considerando cada segmento de aplicação; e
VI - indicação da aderência ou não da hipótese da taxa real de juros utilizada nas últimas
3 (três) avaliações atuariais e de eventual necessidade de alteração da que está sendo atualmente
utilizada.
133
§ 2º As rentabilidades projetadas de que trata o inciso V do § 1º deverão considerar
eventuais descasamentos de fluxos de ativos e passivos que acarretem risco de reinvestimento dos
recursos a taxas de retorno inferiores às da carteira corrente.
§ 3º Para fins do previsto no § 2º, deverão ser utilizados os fluxos atuariais de que trata
o art. 10 da Portaria MF nº 464, de 2018, relativos às avaliações atuariais de cada exercício e serem
projetados até a data estimada de pagamento do último benefício do regime.
§ 4º É vedada a utilização de modelos probabilísticos para verificação da aderência da
hipótese de que trata este artigo, à exceção do cálculo da projeção de retorno de longo prazo,
decorrente de reinvestimentos.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica às situações previstas no art. 27 da Portaria
MF nº 464, de 2018.
Seção IV
Das demais hipóteses
Art. 6º Caso o estudo técnico contenha a análise do comportamento e aderência de
outras hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizadas na avaliação atuarial,
deverão ser considerados, no mínimo, os dados relativos aos 3 (três) exercícios anteriores ao da
realização do estudo.
Parágrafo único. O período de abrangência dos dados de que trata o caput é aplicável
àquelas hipóteses cuja análise necessite de levantamento de dados históricos do ente federativo ou do
RPPS e da sua massa de beneficiários.
Seção V
Do encaminhamento do Relatório de Análise das Hipóteses
Art. 7º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá ser elaborado, no mínimo, a cada
4 (quatro) anos e ser encaminhado à Secretaria de Previdência por meio do Sistema de Informações
dos Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV-Web) na forma de documento digitalizado,
até 31 de julho do exercício posterior ao da data focal da avaliação atuarial cujas hipóteses sejam o
seu objeto de verificação de aderência, observado o previsto no art. 8º.
§ 1º O Relatório de Análise das Hipóteses deverá conter as assinaturas do profissional
responsável pelo estudo e do dirigente da unidade gestora do RPPS.
§ 2º A necessidade de elaboração do Relatório de Análise das Hipóteses em prazo
inferior ao previsto no caput deste artigo deverá ser avaliada pelos dirigentes e membros dos
conselhos deliberativo e fiscal do RPPS, bem como pelo atuário habilitado responsável pelas
avaliações atuariais do regime.
§ 3º A Secretaria de Previdência poderá solicitar a elaboração do Relatório de Análise
das Hipóteses em prazo inferior ao previsto no caput para fundamentar processos de análise de
pedidos de alteração de estruturas atuariais do RPPS ou para a readequação do relatório apresentado,
caso tenha sido considerado inconsistente ou insuficiente.
Art. 8º Considerando o porte e risco atuarial do RPPS definido conforme instrução
específica da Secretaria de Previdência, o conteúdo do Relatório de Análise das Hipóteses e a
periodicidade do seu envio à Secretaria de Previdência poderá obedecer ao seguinte regime
diferenciado:
I - RPPS identificados como Perfil Atuarial I: a cada 4 (quatro) anos, iniciando-se o
envio até 31 de julho de 2020, relativo à avaliação atuarial posicionada em 31 de dezembro de 2019,
devendo o Relatório de Análise das Hipóteses contemplar as hipóteses de que tratam os incisos I a III
do art. 2º;
134
II - RPPS identificados como Perfil Atuarial II: a cada 4 (quatro) anos, iniciando-se o
envio até 31 de julho de 2021, relativo à avaliação atuarial posicionada em 31 de dezembro de 2020,
devendo o Relatório de Análise das Hipóteses contemplar as hipóteses de que tratam os incisos I a III
do art. 2º;
III - RPPS identificados como Perfil Atuarial III: a cada 4 (quatro) anos, iniciando-se o
envio até 31 de julho de 2022, relativo à avaliação atuarial posicionada em 31 de dezembro de 2021,
devendo o Relatório de Análise das Hipóteses contemplar as hipóteses de que tratam os incisos I a II
do art. 2º; e
IV - RPPS identificados como Perfil Atuarial IV: envio do Relatório de Análise das
Hipóteses com validade por 4 (quatro) anos, a ser apresentado quando solicitado pela Secretaria de
Previdência, na forma do art. 71 da Portaria MF nº 464, de 2018, e a partir do prazo mencionado no
inciso III, devendo o documento contemplar as hipóteses de que tratam os incisos I a II do art. 2º.
§ 1º Nos termos do § 5º do art. 77 da Portaria MF nº 464, de 2018, o RPPS poderá ter
seu grupo de risco atuarial alterado em caso de identificação de fato relevante para a situação
financeira e atuarial do regime que venha a colocar o plano de benefícios em risco de solvência e de
iliquidez.
§ 2º Aos entes federativos que não encaminharam as informações necessárias para a
definição do porte e risco atuarial do RPPS e que forem, na forma da instrução normativa específica
da Secretaria de Previdência, identificados como “RPPS inadimplentes com envio de informações”
aplica-se o disposto no inciso I do caput.
§ 3º Em caso de instituição de RPPS, o primeiro Relatório de Análise das Hipóteses
deverá ser encaminhado até o 4º (quarto) ano subsequente ao do envio da avaliação atuarial inicial,
respeitada, a partir de então, a periodicidade segundo o porte e o perfil de risco atuarial do regime.
§ 4º Enquanto não encaminhado o Relatório de Análise das Hipóteses nos prazos
previstos neste artigo ou enquanto o que tenha sido apresentado não for adequado aos parâmetros
previstos nesta Instrução Normativa, será considerado que o ente federativo não demonstrou a adoção
de medidas objetivando o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
CAPÍTULO III
DOS PARÂMETROS RELATIVOS ÀS HIPÓTESES
Art. 9º A estimativa dos efeitos da compensação financeira entre os regimes
previdenciários relativos aos benefícios concedidos deverá observar o previsto no art. 36 da Portaria
MF nº 464, de 2018, atendendo-se, ainda, aos seguintes parâmetros:
I - em caso de benefícios que já estejam sendo objeto de compensação, será utilizado o
valor pró-rata individual do respectivo benefício constante do Sistema de Compensação
Previdenciária - COMPREV;
II - em caso de benefícios elegíveis à compensação financeira, mas que ainda não
tenham seus requerimentos deferidos no COMPREV, deverá ser aplicada a relação percentual
agregada obtida a partir dos valores de que trata o inciso I deste artigo; e
III - em caso de não se dispor de informações de compensação financeira dos benefícios
concedidos pelo RPPS no COMPREV, deverá ser utilizado, para o cálculo do valor individual, o
resultante da aplicação de percentual de proporção de tempos de contribuição, para efeito de
compensação estimado na avaliação atuarial, sobre o valor médio per capita dos benefícios pagos
pelo RGPS.
Parágrafo único. A estimativa dos efeitos da compensação financeira compreende os
valores a receber ou a pagar pelo RPPS e também é aplicável àquela a ser estabelecida entre os RPPS.
135
Art. 10. A estimativa dos efeitos da compensação financeira entre os regimes
previdenciários relativos aos benefícios a conceder deverá observar o previsto no art. 37 da Portaria
MF nº 464, de 2018, atendendo-se, ainda, aos seguintes parâmetros:
I - deverá ter por base os dados cadastrais relativos ao tempo de contribuição anterior a
outros regimes previdenciários, inclusive as comprovações de vínculo apresentadas quando da
concessão dos benefícios de aposentadoria, ou os valores de compensação efetivamente verificados
para o RPPS; e
II - caso a base cadastral não contenha todas as informações suficientes para aplicação
do inciso I, poderá ser utilizado o valor percentual de 10% (dez por cento) aplicado sobre o Valor
Atual dos Benefícios Futuros (VABF) relativo aos benefícios passiveis de compensação.
§ 1º O percentual de que trata o inciso II do caput se aplica para a avaliação atuarial
com data focal em 31 de dezembro de 2019, sendo que nas avaliações seguintes, esse será reduzido
à razão de 1% ao ano até o limite de 5%.
§ 2º A estimativa dos efeitos da compensação financeira compreende os valores a
receber ou a pagar pelo RPPS e também será aplicável àquela a ser estabelecida entre os RPPS.
Art. 11. A utilização da hipótese de reposição de segurados ativos deverá observar o
previsto no art. 24 da Portaria MF nº 464, de 2018, e não impactará os valores dos compromissos e o
resultado atuarial para fins de definição do plano de custeio de equilíbrio do RPPS enquanto não
definidos critérios em instrução normativa da Secretaria de Previdência.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 12. Deverão permanecer arquivados, pelo ente federativo e unidade gestora do
RPPS, pelo prazo previsto no art. 72 da Portaria MF nº 464, de 2018, os relatórios, planilhas,
declarações e documentos que embasaram a elaboração dos estudos técnicos de aderência das
hipóteses.
Art. 13. Enquanto não adequadas as funcionalidades do Sistema de Informações dos
Regimes Públicos de Previdência Social (CADPREV), o Relatório de Análise das Hipóteses, quando
exigível, deverá ser encaminhado à Secretaria de Previdência como anexo ao respectivo Relatório da
Avaliação Atuarial, devendo compor o mesmo arquivo digitalizado.
Art. 14. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
136
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Secretaria de Previdência
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe, conforme art. 64 da Portaria MF nº 464, de
2018, sobre a comprovação da adequação do plano de custeio proposto na avaliação atuarial do
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) à capacidade orçamentária e financeira do ente
federativo e aos limites de despesas com pessoal previstos na Lei Complementar nº 101, de 04 de
maio de 2000.
Parágrafo único. A comprovação de que trata o caput aplica-se na instituição e revisão
de planos de custeio e de equacionamento de deficit atuarial, inclusive alteração da estrutura atuarial
dos RPPS que implique modificação do plano de custeio.
CAPÍTULO II
DA METODOLOGIA DA ANÁLISE DA VIABILIDADE
Art. 2º A avaliação da capacidade de execução, pelos entes federativos, do plano de
custeio proposto na avaliação atuarial do RPPS será efetuada com base no Demonstrativo de
Viabilidade do Plano de Custeio, que contemplará:
I - informações estruturadas relativas ao histórico de receitas e despesas do ente
federativo, às projeções de receitas e despesas do RPPS e ao plano de equacionamento do deficit
atuarial do regime; e
II - o cálculo de indicadores que visem avaliar o impacto do plano de custeio para a
situação financeira e fiscal do ente federativo, considerando-se o equilíbrio financeiro e atuarial do
RPPS.
§ 1º O modelo do Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio será
disponibilizado no endereço eletrônico da Secretaria de Previdência na Rede Mundial de
137
Computadores - Internet, incorporado aos fluxos atuariais a que se refere o art. 10 da Portaria MF nº
464, de 2018.
§ 2º A periodicidade e os prazos de envio do Demonstrativo de Viabilidade do Plano
de Custeio à Secretaria de Previdência serão diferenciados por porte e risco atuarial do RPPS de que
tratam o § 2º do art. 2º e o art. 77 da Portaria MF nº 464, de 2018.
Seção I
Das informações do Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio
Art. 3º O Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio apresentará as seguintes
informações:
I - informações a serem preenchidas diretamente no Demonstrativo:
a) Receita Corrente Líquida (RCL): conforme dados do Demonstrativo da Receita
Corrente Líquida, anexo ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do último
bimestre de cada exercício, considerando o período de, no mínimo, 5 (cinco) exercícios anteriores
àquele a que se refere a avaliação atuarial;
b) Despesa Líquida com Pessoal (DLP): conforme dados do Demonstrativo da Despesa
com Pessoal (DPP), anexo ao Relatório de Gestão Fiscal (RGF) de que trata o Manual de
Demonstrativos Fiscais (MDF) disponibilizado no endereço eletrônico da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) na Internet, considerando o mesmo período informado para a RCL;
c) Contribuição Total do Ente (CTE): total das contribuições a cargo do ente federativo
relativas ao exercício anterior àquele a que se refere a avaliação atuarial, contemplando as
contribuições normal e suplementar, na forma de alíquotas ou aportes, devidas pelo ente federativo
nas competências de janeiro a dezembro daquele exercício e os montantes das parcelas, devidas nesse
período, relativas a termos de parcelamento firmados entre a unidade gestora do RPPS e o ente
federativo, excluindo os valores dos aportes para cobertura de insuficiência financeira do RPPS;
d) Despesas do RPPS (DESP): total das despesas do RPPS com o pagamento de
benefícios e despesas administrativas, relativas ao exercício anterior àquele a que se refere a avaliação
atuarial;
e) Dívida Consolidada Líquida (DCL): conforme dados do Demonstrativo da Dívida
Consolidada Líquida, anexo ao RGF;
f) Resultado Atuarial (RES): resultado apurado na avaliação atuarial conforme § 1º do
art. 45 da Portaria MF nº 464, de 2018, sem considerar o valor atual do plano de equacionamento do
deficit atuarial estabelecido em lei, devendo ser informado com sinal positivo no caso de superavit
atuarial ou, negativo, em caso de deficit atuarial.
II - dados extraídos dos fluxos atuariais de que trata o art. 10 da Portaria MPS nº 464,
de 2018, elaborados conforme modelo disponibilizado pela Secretaria de Previdência e aprovado por
instrução normativa específica:
a) Pessoal Ativo Efetivo: a partir da coluna “Salário de Contribuição – Pessoal Ativo –
código 109001”, considerando as gerações atual e futura;
b) Aposentadorias e Pensões: a partir das colunas “Aposentadorias e Pensões” – códigos
210000 e 220000, considerando a geração atual;
c) Contribuição Patronal: a partir da coluna “Benefícios a Conceder – Contribuições do
Ente - código 121000”, considerando a geração atual;
d) Contribuição Suplementar: a partir da coluna “Plano de Amortização do Deficit
Atuarial Estabelecido em Lei - código 130101”, considerando a geração atual, não devendo
contemplar, em caso de segregação da massa, o valor da insuficiência financeira;
138
e) Parcelamentos: a partir da coluna “Parcelamento de Débitos Previdenciários - código
130201”, considerando a geração atual;
f) Insuficiência ou Excedente Financeiro: a partir da coluna “Insuficiência ou Excedente
Financeiro” - código 250001” da planilha de modelo dos fluxos atuariais, considerando a geração
atual;
g) Valor Atual da Cobertura da Insuficiência Financeira: a partir da coluna “Saldo
Acumulado do Exercício a Valor Atual - código 139901”, considerando a geração atual;
h) Evolução dos Recursos Garantidores: a partir da coluna “Evolução dos Recursos
Garantidores - código 290001”, considerando a geração atual.
III - informações calculadas pelo Demonstrativo:
a) Variação Real da RCL: o valor da RCL informado em cada exercício é atualizado
pela inflação acumulada conforme Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e dividido pelo
valor obtido do exercício anterior para identificar a variação (crescimento ou diminuição) real da
RCL, obtendo-se, em seguida, a média para o período informado;
b) Variação Real da Despesa com Pessoal: o valor da DLP informado em cada exercício
é atualizado pela inflação acumulada conforme Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e
dividido pelo valor obtido do exercício anterior para identificar a variação (crescimento ou
diminuição) real da DLP, obtendo-se, em seguida, a média para o período informado;
c) Despesa com Pessoal (exceto com servidores vinculados ao RPPS): o valor da DLP
do último exercício informado conforme alínea “b” do inciso I é subtraído daquele referente à CTE
de que trata a alínea “c“ do inciso I, e, se positiva a diferença entre o valor da DESP de que trata a
alínea “d” do inciso I e a CTE, é subtraído dessa diferença.
IV - valores projetados pelo Demonstrativo:
a) Receita Corrente Líquida (RCL): correspondente ao valor da RCL relativo ao último
exercício informado conforme alínea “a” do inciso I projetado para os exercícios posteriores a partir
do percentual obtido na forma da alínea “a” do inciso III;
b) Despesa com Pessoal (exceto com servidores vinculados ao RPPS): correspondente
ao valor da DLP calculado conforme alínea “c” do inciso III projetado para os exercícios futuros a
partir do percentual obtido na forma da alínea “b” do inciso III;
c) Contribuição Total do Ente Projetada para o Exercício: corresponde ao somatório dos
valores extraídos dos fluxos atuariais de que tratam as alíneas “c”, “d”, “e” e “f” do inciso II, acrescido
do valor de que trata a alínea “g” daquele inciso, multiplicado por valor unitário negativo caso o valor
da alínea “h” do inciso II seja negativo;
d) Despesa Total com Pessoal: somatório dos valores obtidos conforme alíneas “b” e
“c” deste inciso;
e) Quociente do Limite de Endividamento após a inclusão do deficit atuarial: valor da
DCL de que trata a alínea “d” do inciso I acrescido do valor do resultado atuarial deficitário de que
trata a alínea “f” do inciso I e dividido pela RCL;
f) Resultado Financeiro: crescimento percentual do saldo financeiro acumulado de um
exercício para o seguinte, com base nas informações da alínea “h” do inciso II deste artigo.
§ 1º As projeções para análise da viabilidade do plano de custeio do RPPS deverão ser
realizadas para todos os anos do período do plano de amortização e, em caso de segregação da massa,
pelo período de duas vezes a duração do passivo do Fundo em Capitalização, para ambos os fundos.
§ 2º Para a variação real da RCL, deverá ser utilizado percentual de crescimento inferior
àquele calculado conforme alínea “a” do inciso III caso o valor projetado a partir do histórico dos
dados informados não se demonstre sustentável a longo prazo.
139
§ 3º A responsabilidade pelas informações a serem prestadas no Demonstrativo de
Viabilidade do Plano de Custeio relativas às projeções atuariais do RPPS é do atuário e, pelos dados
contábeis, financeiros, orçamentários e fiscais, do representante legal do ente federativo e do dirigente
da unidade gestora do RPPS.
Seção II
Dos indicadores de viabilidade do plano de custeio
Art. 4º A análise do impacto do plano de custeio do RPPS para a situação financeira e
fiscal do ente federativo, observando-se o equilíbrio financeiro e atuarial do regime, deverá basear-
se, no mínimo, nos seguintes indicadores:
I - Impacto da Despesa Total de Pessoal na RCL: resultado da divisão do valor da
despesa com pessoal projetado para o exercício na forma da alínea “d” pelo valor da RCL projetado
na forma da alínea “a”, ambas do inciso IV do art. 3º;
II - Percentual Acima do Limite Prudencial: resultado da divisão do valor apurado no
inciso I deste artigo pelos percentuais de despesas com pessoal estabelecidos na Lei Complementar
nº 101, de 2000;
III - Impacto do Deficit Atuarial após a Inclusão no Quociente do Limite de
Endividamento: quociente do limite de endividamento após inclusão do deficit atuarial de que trata a
alínea “f” do inciso I do art. 3º.
IV - Resultado Financeiro do Fluxo Atuarial, conforme alínea “f” do inciso IV do art.
3º.
§ 1º Os indicadores de que tratam os incisos I, II e IV serão calculados para o período
definido no § 1º do art. 3º.
§ 2º Os conceitos e os limites relativos a gastos com despesas de pessoal referem-se
àqueles previstos na Lei Complementar nº 101, de 2000.
§ 3º A análise do limite de endividamento de que trata o inciso III do caput deverá
considerar, conforme inciso III do art. 32 da Lei Complementar nº 101, de 2000, o previsto nas
resoluções do Senado Federal que dispõe sobre os limites globais para o montante da dívida pública
consolidada dos estados, Distrito Federal e municípios.
Seção III
Da avaliação da viabilidade
Art. 5º A unidade gestora do RPPS e o ente federativo deverão apresentar justificativa
técnica para a manutenção dos planos de custeio do RPPS quando, isoladamente ou de forma
cumulativa, forem constatadas, na forma estabelecida no § 2º deste artigo, as seguintes situações:
I - o percentual de despesas com pessoal apurado conforme inciso II do art. 4º for
superior aos limites estabelecidos na Lei Complementar nº 101, de 2000, em qualquer exercício das
projeções atuariais efetuadas;
II - o limite de endividamento, após a inclusão do deficit atuarial, na forma do inciso III
do art. 4º, for superior ao previsto no art. 3º da Resolução do Senado Federal nº 40, de 2001;
III - for identificada, na forma do inciso IV do art. 4º, insuficiência financeira em, pelo
menos, um dos 10 (dez) exercícios subsequentes ao exercício da data focal da avaliação atuarial.
§ 1º Adotada a providência a que se refere o caput, caso não seja demonstrada a
viabilidade orçamentária, financeira e fiscal para o ente federativo do plano de custeio do RPPS,
deverá ser proposta sua revisão, a ser implementada até o término do exercício subsequente a partir
140
de estudos técnicos que observem os parâmetros previstos na Portaria MF nº 464, de 2018, e garantam
o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS.
§ 2º Os conselhos deliberativo e fiscal do RPPS deverão acompanhar as informações
do Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio, que serão encaminhadas aos órgãos de controle
interno e externo para subsidiar a análise da capacidade orçamentária, financeira e fiscal do ente
federativo para cumprimento do plano de custeio do RPPS.
§ 3º Poderão ser solicitadas informações complementares àquelas previstas no
Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio caso identificadas situações de riscos à liquidez e
solvência do plano de benefícios.
CAPÍTULO III
DO ENVIO DO DEMONSTRATIVO DE VIABILIDADE DO PLANO DE CUSTEIO
Art. 6º O Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio deverá ser encaminhado à
Secretaria de Previdência na forma de planilha eletrônica:
I - no prazo de envio do Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA),
incorporado aos fluxos atuariais recepcionados pelo Sistema de Informações dos Regimes Públicos
de Previdência Social (CADPREV-Web);
II - no prazo previsto em notificação eletrônica emitida pela Secretaria de Previdência,
conforme art. 71 da Portaria MF nº 464, de 2018;
III - como anexo a estudos técnicos submetidos à análise da Secretaria de Previdência
pelo ente federativo e unidade gestora do RPPS.
§ 1º Considerando o porte e risco atuarial do RPPS definido conforme instrução
específica da Secretaria de Previdência, o encaminhamento do Demonstrativo de Viabilidade do
Plano de Custeio na forma prevista no inciso I do caput obedecerá ao seguinte regime diferenciado:
I - RPPS identificados como Perfil Atuarial I ou em caso de não aplicação de perfil de
risco: periodicidade anual, iniciando-se o envio junto com o DRAA de 2020, relativo à avaliação
atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2019;
II - RPPS identificados como Perfil Atuarial II: a cada 2 (dois) anos, ou em caso de
alteração do plano de custeio, iniciando-se o envio junto com o DRAA de 2021, relativo à avaliação
atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2020;
III - RPPS identificados como Perfil Atuarial III: a cada 3 (três anos), ou em caso de
alteração do plano de custeio, iniciando-se o envio junto com o DRAA de 2021, relativo à avaliação
atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2020;
IV - RPPS identificados como Perfil Atuarial IV: a cada 4 (quatro) anos, ou em caso de
alteração do plano de custeio, iniciando-se o envio junto com o DRAA de 2022, relativo à avaliação
atuarial com data focal em 31 de dezembro de 2021.
§ 2º O RPPS poderá ter seu grupo de risco atuarial alterado em caso de identificação de
fato relevante para a situação financeira e atuarial do regime que venha a colocar o plano de benefícios
em risco de solvência e de iliquidez, conforme previsto no § 5º do art. 77 da Portaria MF nº 464, de
2018.
§ 3º Aos entes federativos que não encaminharam as informações necessárias para a
definição do porte e risco atuarial do RPPS e que forem, na forma da instrução normativa específica
da Secretaria de Previdência, identificados como “RPPS inadimplentes com envio de informações”
aplica-se o disposto no inciso I do § 1º.
§ 4º Em caso de instituição de RPPS, o Demonstrativo de Viabilidade do Plano de
Custeio deverá ser encaminhado como anexo ao estudo técnico de que trata o art. 5º da Portaria MF
nº 464, de 2018.
141
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 7º Enquanto não encaminhado o Demonstrativo de Viabilidade do Plano de Custeio
de à Secretaria de Previdência nos prazos previstos no art. 6º ou enquanto o que tenha sido
apresentado não estiver adequado aos parâmetros previstos nesta Instrução, será considerado que o
ente federativo não demonstrou a adoção de medidas objetivando o equilíbrio financeiro e atuarial do
RPPS.
Art. 8º Deverão permanecer arquivados pelo ente federativo e unidade gestora do RPPS
os relatórios, planilhas, declarações e documentos que embasaram a elaboração do Demonstrativo de
Viabilidade do Plano de Custeio pelo prazo previsto no art. 72 da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 9º Enquanto não adequadas as funcionalidades do CADPREV, o Demonstrativo
de Viabilidade do Plano de Custeio deverá ser encaminhado à Secretaria de Previdência nas formas
previstas nos incisos II e III do caput do art. 6º.
Art. 10. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se os conceitos definidos no
Anexo da Portaria MF nº 464, de 2018.
Art. 11. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
142
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MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
Secretaria de Previdência
Subsecretaria dos Regimes Próprios de Previdência Social
Coordenação-Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos
Coordenação de Acompanhamento Atuarial
I - INTRODUÇÃO.
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SEI/ME - 2079275 - Nota https://sei.fazenda.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimi...
7. A Lei nº 9.717, de novembro de 1998, fixou as regras gerais a que se deve submeter o sistema
previdenciário dos servidores públicos de todas as unidades federativas, estabelecendo seu art. 1º que os regimes
próprios serão organizados a partir de normas gerais de contabilidade e atuária, de forma a assegurar-lhes o
equilíbrio financeiro e atuarial. No art. 9º desse diploma, foi expressamente atribuída competência à União, por
intermédio do Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS (depois Ministério da Previdência Social -
MPS e, atualmente, Secretaria de Previdência), para orientar, supervisionar e acompanhar os RPPS e estabelecer
parâmetros e diretrizes gerais.
8. No exercício da competência normativa que foi atribuída a este órgão, foi publicada a Portaria MF nº
464, de 2018, que trata das avaliações atuarias dos RPPS e estabelece parâmetros para a definição do plano de
custeio e o equacionamento do deficit atuarial.
9. Dentre outros aspectos, em seu art. 79, essa norma prevê que a aplicação dos parâmetros previstos
naquela Portaria é facultativa para a avaliação atuarial relativa ao exercício de 2019, posicionada em 31 de
dezembro de 2018, e obrigatória para as avaliações atuariais seguintes.
10. Ocorre que, em seu art. 86, a Portaria MF nº 464, de 2018, expressamente revogou a Portaria MPS nº
403, de 10 de dezembro de 2008, norma que regulava anteriormente a matéria relativa à gestão atuarial dos RPPS,
situação que, veiculando aparente conflito entre essas disposições, poderia sugerir a inexistência de norma a ser
aplicada, no que se refere à avaliação atuarial de 2019, caso exercida a faculdade prevista no art. 79.
11. Tal situação trouxe dúvida quanto à efetiva aplicabilidade da Portaria MPS nº 403, de 2008, vez que,
tendo sido expressamente revogada pelo art. 86 da Portaria MF nº 464, de 2018, aquela norma não mais integraria o
arcabouço jurídico, sendo, assim, insuscetível de produzir quaisquer efeitos no plano das relações concretas,
conclusão que, consequentemente, tornaria, por sua vez, inócua a regra prevista no art. 79.
12. Tendo em vista a natureza da controvérsia, de caráter eminentemente jurídico, a matéria foi levada
à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para conhecimento e manifestação com vistas à sua elucidação,
que foi procedida no Parecer nº 24//2019/CAP/PGACTP/PGFN-ME, de 27 de fevereiro de 2019, aprovado por
Despacho de 11 de março de 2019, do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.
13. Nesse documento, disponível no sítio da Previdência Social - http://www.previdencia.gov.br/,
a PGFN, reformando posição inicialmente assumida, manifestou-se no sentido de que inexiste qualquer
incompatibilidade entre o art. 79 e o art. 86 da Portaria MF nº 464, de 2018, vez que a utilização dos parâmetros
da Portaria MPS nº 403, de 2008, é consequência lógica da opção prevista no corpo do novo diploma normativo
ministerial.
14. A reafirmação da compatibilidade normativa entre esses dispositivos afastou, assim, qualquer
interpretação que venha a possibilitar o entendimento de que, facultada, pelo art. 79, a aplicação da Portaria MPS nº
403, de 2008, mas tendo sido este ato revogado pelo art. 86 da Portaria MF nº 464, de 2018, poderia restar sem
regramento a avaliação atuarial de 2019, com data focal em 31 de dezembro de 2018. Nesse sentido, veja-se o
seguinte trecho extraído do Parecer nº 24/2019/CAP/PGACTP/PGFN-ME:
13. Convém aclarar que a facultatividade prevista no art. 79 da novel Portaria, somente pode ser
compreendida na oportunidade de opção entre os parâmetros da Portaria nº 403, de 2008, e das
novas regras, não havendo espaço para interpretação no sentido de que, revogada a Portaria de
2008, não restaria a obrigação de realizar as avaliações atuariais e apresentar os respectivos
documentos, pois ela decorre da Lei nº 9.717, de 1998.
14. De outra sorte, as avaliações atuariais seguintes, inexoravelmente, devem seguir os parâmetros
instituídos pela nova norma, posto que a hipótese opcional da primeira parte do seu art. 79 perde
vigência e não mais tem aplicabilidade e vinculação (vigor) por não se referir à avaliação atuarial
relativa ao exercício de 2019, posicionada em 31 de dezembro de 2018.
15. Sendo assim, conclui-se, quanto ao dever de atendimento a essas normas, que a não aplicação
da Portaria nº 464, de 2018, escudada na faculdade prevista no art. 79, implicará a necessária observância dos
preceitos da Portaria nº 403, de 2008, em sua integralidade, de forma a atenderem-se, em cada caso, a completude
dos correspondentes parâmetros estabelecidos em cada uma dessas normas, tendo-se, como exceções a essa diretriz,
somente as situações elencadas nesta Nota, cujas especificidades requerem tratamento diverso.
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SEI/ME - 2079275 - Nota https://sei.fazenda.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimi...
16. Ainda sobre este tópico, oportuno lembrar-se que a regra prevista no art. 79 da Portaria MF nº 464, de
2018, aplica-se, tão somente, à avaliação atuarial de 2019, com data base em 31 de dezembro de 2018, sendo a
observância da Portaria MF nº 464, de 2018, não valendo para as avaliações atuariais posteriores a 2019, nem para
aquelas relativas a exercícios anteriores a esse ano, que, embora possam ser elaboradas e entregues após a vigência
da Portaria MF nº 464, de 2018, deverão atender às disposições previstas na norma vigente na data de sua
exigibilidade, ou seja, na Portaria MPS nº 403, de 2008.
17. Em resumo, no que refere à norma que deve ser aplicada nas avaliações atuariais dos regimes
próprios, a observância da Portaria MF nº 464, de 2018, será:
a) não permitida para avaliações atuariais de exercícios anteriores a 2019;
b) facultativa para avaliação atuarial do exercício de 2019, posicionada em 31 de dezembro de
2018; e
c) obrigatória para as avaliações atuariais de exercícios posteriores a 2019.
18. A Portaria nº 464, de 2018, trouxe, em seus arts. 49, 53, 54 e 55, novas regras quanto à formulação do
plano de custeio suplementar, matéria detalhada na Instrução Normativa SPREV (IN) nº 7, de 21 de dezembro de
2018, inclusive no que tange à flexibilidade do prazo de equacionamento, adotada em função de condições
específicas.
19. Diferentemente da Portaria MPS nº 403, de 2008, que permitia, nos arts. 20 a 22, o equacionamento
do deficit atuarial por meio de plano de amortização com prazo fixo (art. 18) ou através do instituto da segregação
de massas, a nova portaria, apresenta, além destas hipóteses, uma nova modalidade de plano de amortização do
deficit atuarial com prazo de equacionamento flutuante, baseado na duração do passivo ou na sobrevida média dos
aposentados (art. 55 da Portaria MF nº 464, de 2018).
20. No que se refere à adoção de prazo fixo para amortização (mantido, no novo texto, o prazo máximo
de 35 anos definido na norma anterior), a novidade trazida pela Portaria MF nº 464, de 2018, diz respeito à
possibilidade de reinício de contagem deste prazo a partir “do primeiro plano de amortização implementado pelo
ente federativo após a publicação desta Instrução Normativa”, conforme previsto no inciso I do art. 6º da IN
SPREV nº 7, de 2018.
21. Quanto a esse aspecto, entretanto, cabe lembrar que, caso o RPPS opte pela faculdade prevista no
art. 79 da Portaria MF nº 464, de 2018, ou seja, caso opte pela aplicação dos parâmetros previstos na Portaria MPS
nº 403, de 2008, relativamente à avaliação atuarial de 2019 e quanto à forma de amortização do deficit, sendo
mantida a opção pelo equacionamento por prazo fixo, deverá observar o prazo limite e remanescente definido no art.
18 dessa última norma, não lhe sendo possível reiniciar a recontagem do prazo na avaliação atuarial
daquele exercício.
22. Caso contrário, optando o RPPS pela aplicabilidade da Portaria MF nº 464/2018, já para avaliação
atuarial de 2019 (não obrigatório), poderá implementar plano de amortização com o prazo fixo inicial de 35 anos ou
optar pelas formas de equacionamento do deficit com prazo flutuante.
23. É importante lembrar que, na hipótese de opção pelo plano de amortização com prazo fixo de 35
anos, deverá ser, doravante, observado o prazo remanescente, que será contado a partir do ano de publicação da
legislação do ente federativo que implementou o primeiro plano de equacionamento do deficit atuarial após a
publicação da Portaria MF n° 464, de 2018.
24. Outra questão importante diz respeito a aplicabilidade ou não do Limite de Deficit Atuarial (LDA)
em relação ao plano de amortização por prazo fixo (35 anos), previso no inciso I do art. 6º da IN SPREV nº 07, de
2018.
25. Sobre o tema, esclareça-se, de logo, que, em quaisquer dispositivos da Portaria MF n° 464, de
2018, ou da IN SPREV nº 07, de 2018, é mencionada a aplicabilidade do LDA no caso da opção pela amortização
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SEI/ME - 2079275 - Nota https://sei.fazenda.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimi...
por prazo fixo, regra que, contrariamente, se observa no que se refere às demais modalidade de
equacionamento onde aquele prazo é flutuante.
26. É que, embora não conste expressamente no rol dos casos de não aplicabilidade do LDA, previstos no
§ 2º do art. 2º da Instrução Normativa, a impossibilidade de utilização desse mecanismo, no caso de amortização por
prazo fixo decorre do fato de esta modalidade não integrar o rol das formas de equacionamento em que a utilização
daquele limite é possível.
27. Com efeito, conforme disposto nos incisos I e II do art. 2º da IN SPREV nº 07, de 2018, poderá ser
deduzido do deficit o LDA calculado em função da duração do passivo ou da sobrevida média dos aposentados e
pensionistas, ambos os casos, destaque-se, integrantes da forma de equacionamento por prazo flutuante.
28. Também no Capítulo da Instrução Normativa que trata do cálculo dos prazos máximos do plano de
amortização, encontram-se importantes sinalizadores de que o LDA não se aplica no caso de amortização por prazo
fixo. É o que se depreende das disposições do art. 6º da norma, que, ao tratar do prazo máximo em cada modalidade
de amortização ali prevista, menciona, como parâmetro para cálculo do LDA, apenas apenas a duração do passivo
(inciso II) e a sobrevida média dos aposentados e pensionistas (inciso III) , em nenhum momento relacionando
aquele limite ao prazo de 35 anos previsto no inciso I.
29. Esse sentido interpretativo fica ainda mais claro e evidente na leitura do art. 7º, que trata da revisão
do plano de amortização, dispositivo em que as modalidades relativas à duração do passivo e à sobrevida média dos
aposentados e pensionista são aglutinadas no inciso I do § 2º, enquanto que o prazo fixo de amortização é tratado,
separadamente, no inciso II desse dispositivo, estrutura que ressalta os contornos de seu tratamento normativo,
diverso, saliente-se, do que é conferido às demais modalidades de equacionamento, em que se relacionam a duração
do passivo e a sobrevida média dos aposentados e pensionistas à utilização do LDA.
30. Diante do exposto, a análise aqui procedida permite concluir que, no caso de opção do RPPS por
plano de amortização com prazo fixo de 35 anos, não é aplicada a redução prevista na norma relativa ao LDA,
devendo, neste caso, o plano de amortização contemplar o valor integral do déficit apurado na avaliação atuarial.
31. Outra questão importante diz respeito à regra prevista no inciso II do art. 54 da Portaria MF n° 464,
de 2018, a seguir transcrito:
Art. 54. Para assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS, o plano de amortização
estabelecido em lei do ente federativo deverá observar os seguintes critérios, além daqueles previstos
no art. 48:
....................................................................................................................................................................
II – que o montante de contribuição no exercício, na forma de alíquota ou aportes, seja superior
ao montante anual de juros do saldo do deficit atuarial do exercício. (Grifa-se)
....................................................................................................................................................................
32. De acordo com esse dispositivo, na definição das alíquotas ou aportes do plano de amortização, deve
ser observado o pagamento, a cada exercício, de valor superior ao montante anual dos juros equivalente ao
respectivo período. Desta forma, se, por exemplo, o deficit atuarial apurado no exercício foi de R$ 10 milhões e a
taxa de juros utilizada na avaliação atuarial seja de 6% a.a., o valor resultante da aplicação da alíquota ou do aporte
no primeiro exercício deverá ser superior a R$ 600 mil (6% do saldo apurado no exercício). No exercício seguinte,
deverá ser superior ao valor obtido pela aplicação da taxa atuarial sobre o saldo apurado no final do exercício
anterior, e assim sucessivamente.
33. O parágrafo único do art. 9º da Instrução Normativa SPREV nº 07, de 2018, porém, estabelece que o
comando do inciso II, art. 54 poderá ser promovido gradualmente com elevação das contribuições suplementares, a
partir do exercício de 2021.
34. Desta forma, no caso de opção pela aplicação imediata da Portaria MF n° 464, de 2018, para os
exercícios de 2019 a 2022, não será exigido que os montantes das contribuições sejam superiores ao valor resultante
da aplicação da taxa de juros atuarial sobre os valores dos saldos finais dos exercícios anteriores. No entanto, na
definição do plano de amortização, deverá ser observado o escalonamento do valor de contribuição previsto no art.
9º da IN SPREV nº 07, de 2018, ou seja, superior a 1/3 do valor da contribuição calculada na forma do inciso II, art.
54 da Portaria MF nº 464, de 2018, em 2021, superior a 2/3 deste valor em 2022, até que em 2023 seja superior ao
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37. Observe-se que o LDA não poderá ser utilizado quando houver enquadramento nos seguintes
critérios:
a) se referir à avaliação atuarial inicial do RPPS;
b) quando houver transferência de segurados para a responsabilidade do RPPS (nesse caso, deverá
haver o aporte integral da provisão matemática da massa transferida); e
c) quando restar pendência de envio de demonstrativos e de notificações.
38. Veja-se, também que o ativo deverá ser aplicado à redução preeminente do déficit relativo à provisão
matemática dos benefícios concedidos e seu excedente à redução do déficit relativo à provisão dos benefícios a
conceder (caso haja).
39. Atente-se, por fim, que não há aplicação do LDA do déficit apurado relativo às provisões
matemáticas dos benefícios concedidos (caso haja).
1 - cumpre-se o que determina o § 2º do art. 18: respeitando o prazo remanescente, contado a partir
do primeiro plano de amortização estabelecido em Lei pós vigência desta Portaria; e
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2 - os planos de amortização que adotam as regras da Portaria MPS nº403, de 2008, caso necessitem
de revisão na vigência da Portaria MF nº 464, de 2018, deverão adotar os critérios dessa última
norma.
1 - Cumpre-se o art. 7º desta Portaria: o plano de amortização deverá ser revisto quando:
a - o déficit atuarial, descontado o valor atual do plano de amortização vigente em Lei, for superior
ao percentual definido no art. 8º das provisões matemáticas previdenciárias; ou
b - o deficit atuarial apurado for superior ao equacionado na avaliação atuarial anterior.
a - Poderá ser estabelecido novo prazo fazendo uso da duração do passivo ou da sobrevidas média
dos aposentados e pensionistas (caso os planos vigentes tenham utilizados esses critérios para
definição do prazo) ou, ainda, utilizar o tempo médio remanescente para aposentadoria.
b - Os planos que adotaram o critério por prazo fixo de 35 anos deverão observar o prazo
remanescente, a contar da data de publicação do plano de amortização em lei que tenha sido
implementado após a publicação da portaria MF nº 464, de 2018 e IN nº 07, de 2018.
c - O critério de prazo fixo de 35 anos poderá ser alterado para os critérios de duração do passivo ou
a sobrevidas média dos aposentados e pensionistas, desde que seja apresentada justificativa técnica
no Relatório da Avaliação Atuarial, onde se demonstre os impactos dessa alteração para o nível de
solvência do RPPS.
VI - DAS CONCLUSÕES
À consideração superior.
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De acordo,
De acordo,
Documento assinado eletronicamente por José Wilson Silva Neto, Coordenador(a) de Acompanhamento
Atuarial, em 08/04/2019, às 16:26, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Allex Albert Rodrigues, Subsecretário(a) dos Regimes Próprios de
Previdência Social, em 08/04/2019, às 16:46, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art.
6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
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