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Nome do(a) aluno(a): Luciene Nogueira de Mendonça

Curso: Psicopedagogia Clínica e Institucional


Polo: Feira de Santana-BA
Trabalho apresentado à Universidade Candido Mendes (UCAM) como requisito parcial obrigatório para a
avaliação na disciplina Estágio Supervisionado.

AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

1. Leia o caso clínico abaixo e dê sua opinião, descrevendo um possível diagnóstico sobre o caso.
2. Elabore uma proposta de intervenção no espaço educativo, procurando justificar cada etapa
escolhida.

 OBS: É importante utilizar os materiais didáticos e pesquisa através de artigos publicados


relacionados ao conteúdo.
 O texto deve ser escrito de acordo com as normas da ABNT, (mínimo: uma – máximo: duas
laudas, fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, entre linha 1,5).
 O texto deverá ser digitado nesta folha padronizada.
 Valor desta atividade: 10,0 pontos.

Caso 01
Solicitação de intervenção psicopedagógica, feita pela coordenadora para o aluno A...
uma criança cursando a 5º ano, sexo masculino. Atualmente, com 10 anos. Chegou esse ano na
escola. A família morava em outro estado e se mudaram por motivos relacionados ao trabalho do
pai. O pedido de intervenção psicopedagógica justifica-se porque o aluno A recusa-se, muitas
vezes, a fazer as atividades gráficas (xerografadas). A professora de Língua Portuguesa diz que ele
não copia a agenda e que, várias vezes, esquece-a na escola. A mãe, frequentemente, liga
procurando saber quais são as atividades de casa. A mesma professora relata que ele tem um
raciocínio rápido, dizendo a resposta oralmente e com segurança e rapidez. Antes mesmo de
conseguir explicar a atividade, “A” já responde. Depois, não se interessa mais e pede para sair,
beber água, ir ao banheiro. Ele fala que as atividades são chatas. Geralmente, prefere conversar
com adulto e ficar na biblioteca no recreio. Talvez já tenha lido a maioria dos livros de lá.
Demonstra ter um vasto conhecimento, inclusive, de conteúdos não abordados em sala. Não gosta
de Educação Física. A professora acrescenta que ele tem acompanhamento terapêutico. Outros
professores também comentam que, às vezes, não sabem como conduzir as atividades com ele.
Em conversa com a psicopedagoga, “A” relata que a professora de matemática não gosta
dele porque ele resolve a atividade rapidamente e não gosta de fazer no caderno as estratégias dos
problemas de matemática: “eu acho chato”, diz o garoto. “Os meus colegas são legais, mas não
gosto de ficar brincando com eles”, acrescenta. “A biblioteca tem muitos livros interessantes,
você quer ir comigo lá? Eu te mostro!”.

Elabore aqui o seu texto.

Diante do estudo de caso avaliado, a hipótese diagnóstica é de altas habilidades. O aluno A


demonstra não se interessar pelo que lhe é apresentado nas aulas, pois não vê novidade alguma nos
conteúdos, achando tudo muito óbvio. Percebo que A tem um raciocínio bem rápido e amplo e que
gosta de estar/brincar com crianças mais velhas.
Crianças como A precisam de atividades bem interessantes, desafiadoras, voltadas para as artes e
para a criatividade de modo geral. Atividades que sugiram disputas, competições, e outras ações
onde possam se superar e mostrar seu conhecimento.
Gostar de se relacionar com crianças mais velhas, apresentar um raciocínio bem rápido e sentir-se
entediado diante de do que lhe é apresentado denotam características marcantes de crianças com
altas habilidades. Estas precisam ser estimuladas de forma diferenciada e mais dinâmica, onde os
assuntos apresentados para a turma devem ter um “algo a mais” quando oferecido a elas.
Atividades individuais ou em dupla onde possa haver investigação, pesquisa, criação, competição
e superação são exemplos de atividades que seriam bem aceitas pelo aluno A.
Como proposta de intervenção para o aluno A no espaço educativo, apresento uma atividade de
Matemática, aproveitando ao máximo seu raciocínio rápido. E como ele não gosta das estratégias
padronizadas de resolução de problemas, levaríamos o aluno a criar, ele mesmo, algumas regras
para a resolução dos mesmos. Inicialmente, após o aluno terminar a atividade proposta para toda a
turma (enquanto a mesma ainda está realizando a atividade), apresentaria a ele alguns encartes de
supermercado para que observasse e analisasse os valores dos itens. Desta forma haveria um
estímulo para um período considerável de concentração e atenção. Em contato com o material de
apoio, o aluno seria convidado a realizar ações com as operações de soma e subtração de forma
diferenciada, compondo uma lista de compras, calculando o que poderia levar desta lista com
determinado valor estipulado previamente. Exemplo: Se ele tem 460 reais e todos os produtos da
lista somaram 570 reais, as indagações seriam: Você tem mais ou menos que o necessário para
pagar as compras? Será necessário abrir mão de algum item? Se sim, quais itens você deixaria de
levar e por quê?
Seguindo esse raciocínio, o aluno não só estaria bem envolvido com a atividade como também
poderia ser convidado a apresentar à turma os resultados da “pesquisa” que recebeu a
responsabilidade de fazer. E com a orientação da professora os demais alunos também estariam
sendo estimulados a um raciocínio mais profundo, o que poderia ser feito após a correção das
atividades propostas para toda a turma.
Na devolutiva, sugeriria avaliação neuropsicológica para que seja avaliado o QI do aluno A.

Fonte de pesquisa auxiliar: https://novaescola.org.br/conteudo/1360/repletas-de-necessidades

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