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SEÇÃO 11

SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
CONTEÚDO PÁGINA

DESCRIÇÃO ................................................................................................................................ 11-2

INJETORES DE COMBUSTÍVEL
DESCRIÇÃO ............................................................................................................................. 11-3

INSTALAÇÃO ............................................................................................................................ 11-5

REGULAGEM DO INJETOR ..................................................................................................... 11-5

INJETORES PRESOS ............................................................................................................... 11-6

RECONDICIONAMENTO .......................................................................................................... 11-6

BANCADA PARA TESTE DE INJETORES ............................................................................... 11-6

MONTAGEM DA BANCADA DE TESTE ................................................................................... 11-7

VERIFICAÇÃO E OPERAÇÃO DA BANCADA DE TESTE ....................................................... 11-7

PREPARAÇÃO PARA TESTE .................................................................................................. 11-7

TESTE DE RETENÇÃO DE PRESSÃO E VAZAMENTO ......................................................... 11-8

TESTE DE FOLGA DA CREMALHEIRA ................................................................................... 11-8

TESTE DE TRAVAMENTO DO ÊMBOLO ................................................................................ 11-8

SUBSTITUIÇÃO DOS FILTROS DOS INJETORES ................................................................. 11-9

ARMAZENAGEM DOS INJETORES ......................................................................................... 11-9

ARTICULAÇÃO DO INJETOR

DESCRIÇÃO ............................................................................................................................. 11-9

REGULAGEM DAS CREMALHEIRAS DOS INJETORES ........................................... ............ 11-10

FILTRO DE COMBUSTÍVEL
DESCRIÇÃO ............................................................................................................................. 11-11

MANUTENÇÃO ......................................................................................................................... 11-12

DADOS DE SERVIÇO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 11-13

LISTA DE EQUIPAMENTOS ..................................................................................................... 11-13

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 1


SISTEMA DE COMBUSTIVEL
DESCRIÇÃO

O sistema de combustível do motor, Fig. 11-1, consiste do injetor de combustível, filtro de combustível
montado no motor, e linhas de suprimento e retorno do combustível.

Componentes externos ao motor, como bomba de combustível, tanque, filtro de sucção e tubos de
conexão completam o sistema de combustível.

Quando em operação, o combustível é succionado do tanque pela bomba de combustível, através do


filtro de sucção e é levado ao filtro montado no motor. Ele passa através dos elementos filtrantes para a
tubulação de alimentação e daí para cada cilindro através do filtro de entrada do injetor. Uma pequena
quantidade de combustível que chega a cada injetor é bombeada dentro do cilindro com alta pressão,
através da válvula agulha e do bico pulverizador.

A quantidade de combustível injetado depende da posição rotativa do êmbolo, controlada pela


cremalheira do injetor e pelo governador. O excesso de combustível que não for utilizado flui através do
injetor, lubrificando e refrigerando as peças em operação.

O combustível sai do injetor através do filtro de retorno. Esse filtro protege o injetor no caso de um
fluxo inverso de combustível, vindo do tubo de retorno. Do filtro de retorno no injetor, o excesso de
combustível passa através do cano de retorno na tubulação para a válvula de alívio, na entrada do visor de
vidro do retorno de combustível montado no filtro de combustível do motor. Essa válvula limita o retorno do
combustível, mantendo a pressão nos injetores. O combustível continua pelo visor de vidro do retorno de
combustível e desce pelo tubo abaixo deste, através do cano retornando ao tanque.

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INJETORES DE COMBUSTÍVEL

DESCRIÇÃO

Um injetor, Fig. 11-2, está localizado e assentado no furo cônico no centro de cada cabeçote, com o
bico pulverizador ligeiramente projetado abaixo do fundo do cabeçote. É posicionado no cabeçote por um
pino e mantido preso no lugar por um caranguejo e porca.

As peças externas do injetor são lubrificadas pelo óleo vindo da extremidade do parafuso ajustador do
balancim. As peças internas são lubrificadas e refrigeradas pelo fluxo do combustível através do injetor.

Uma unidade injetora em corte transversal e nomes de várias peças são mostrados na Fig. 11-3.

O êmbolo é dotado de movimento alternado constante, pela atuação do excêntrico do injetor, através
do balancim e do seu acionador. A regulagem do tempo de injeção durante o movimento do êmbolo é feita
por um parafuso ajustador colocado na extremidade do balancim. A Fig. 11-4 mostra o fluxo do combustível
através do injetor durante o curso do êmbolo para baixo. A rotação do êmbolo feita por intermédio da
cremalheira e da engrenagem, controla a quantidade do combustível injetado no cilindro a cada curso. A
posição da cremalheira é controlada pelo governador, através da alavanca de controle do injetor e
articulação. A engrenagem é chavetada e o êmbolo tem encaixe corrediço, a fim de permitir seu movimento
vertical.

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As hélices próximas a extremidade do êmbolo controlam a abertura e fechamento das duas "janelas"
para passagem de combustível na bucha do êmbolo. A rotação do êmbolo regula o período em que as duas
aberturas são fechadas na ocasião do movimento para baixo, controlando desta maneira a quantidade do
combustível injetado no cilindro, conforme mostrado na Fig. 11-5. Quando o êmbolo está sendo girado da
posição de marcha lenta para a posição de plena carga, o período de bombeamento é prolongado, a injeção
começa antecipadamente e maior quantidade de combustível é injetado.

A pulverização apropriada do combustível é obtida pela alta pressão criada durante o movimento do
êmbolo no seu curso para baixo, forçando o combustível a passar através da válvula agulha e sair pelos
furos no bico injetor.

Os injetores possuem um calibrador deslizante ajustável, montado ao lado do seu corpo, junto à
cremalheira. Este calibrador serve exclusivamente para a ajustagem da dosagem de saída do injetor em
uma bancada de teste.

Filtros montados nas conexões de entrada e saída do combustível protegem as peças móveis do
injetor.

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MANUTENÇÃO

INSTALAÇÃO

1. Quando da instalação de um injetor, certifique-se que o mesmo seja o apropriado para o motor no qual
será aplicado.

2. Verifique se o corpo do injetor e o furo cônico no cabeçote estão limpos.

3. Instale o injetor e coloque o "caranguejo", arruela esférica e porca. Aperte a porca com o torque
especificado.

4. Conecte a cremalheira do injetor ao conjunto de alavanca.

5. Instale e aperte os tubos de alimentação e retorno de combustível no injetor e na tubulação de


combustível.

6. Instale os balancins e seu eixo. Desaperte a contraporca do balancim do injetor e solte o parafuso de
ajustagem antes de apertar as porcas do eixo do balancim. O injetor está agora pronto para a
regulagem.

REGULAGEM DO INJETOR

Com o injetor instalado, Execute a regulagem da seguinte maneira:

NOTA
Os injetores não pode ser regulados se o dispositivo de sobrevelocidade estiver acionado. É
necessário primeiramente rearmá-lo e girar o virabrequim do motor no mínimo uma volta.

1. Gire o virabrequim na direção de rotação


normal até que o ponteiro do volante indicar a
correta posição do virabrequim em graus
relativo ao ponto morto superior do cilindro a
ser regulado. Veja as instruções de
regulagem na placa do tempo de injeção
(localizada no lado direito traseiro no bloco do
motor) e veja a Tabela 1 na Seção 7 para
ajustagem do ponto morto superior.

2. Introduza o calibrador de regulagem no furo


existente para este fim no corpo do injetor,
Fig. 11-6.

3. Solte a contraporca e gire o parafuso de


ajustagem do balancim até que o ressalto do
medidor passe justo sobre o seguidor do
injetor.

4. Aperte a porca de trava do parafuso de


ajustagem, segurando o parafuso na posição
com uma chave de fenda.

5. Verificar novamente a regulagem.

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INJETORES PRESOS

Pode ocorrer que os injetores fiquem presos, devido ao combustível, óleo lubrificante ou condições de
manutenção do filtro. Desde que estas condições sejam freqüentemente momentânea, a remoção do injetor
pode ser evitada, utilizando-se álcool para soltar os injetores instalados. Isto poderá ser feito aplicando-se
álcool comum nos injetores, através do furo oposto ao furo para a ferramenta de regulagem e movimentar
rapidamente os injetores ou funcionar o motor. Os injetores prendem geralmente quando ficam com os
êmbolos para baixo quando o motor está parado. Caso as cremalheiras apresentem traços de agarramento,
eIas devem ser verificadas quanto a depósitos de cola ou verniz. Se apresentarem depósitos, as
cremalheiras devem ser limpas com álcool e verificadas novamente. Caso o agarramento persista, os
injetores devem ser removidos e substituídos por outros em condições de operação. Em hipótese alguma os
injetores devem ser isolados ou cortados e o motor posto em funcionamento. Se os injetores que estiverem
operando insatisfatoriamente não puderem ser reparados ou substituídos, o motor deve ser desligado até
que as providências corretas sejam tomadas.

RECONDICIONAMENTO DOS INJETORES

Quando estiver sendo realizado o recondicionamento dos injetores, devem ser mantidas condições de
trabalho e de limpeza adequadas. Pó ou sujeira são motivos freqüentes de falha dos injetores. Quando um
injetor está montado no motor, ele é protegido pelos vários filtros utilizados contra sujeira, pó ou outras
matérias estranhas. Quando o injetor está armazenado ele é protegido pelos filtros que bloqueiam as
aberturas do corpo o qual são protegidos pelas embalagens para despacho.

Quando porém, for necessário desmontar o injetor para reparos ou revisão, são encontradas
condições inteiramente diferentes. Essas condições necessitam de lugar especial, ferramentas, e pessoal
treinado. Recomenda-se que os injetores fora de condições de uso sejam enviados à EMD para
recondicionamento ou troca.

BANCADA PARA TESTE DE INJETORES

A fim de assegurar um funcionamento eficiente do motor, os injetores devem ser testados sempre que
forem removidos do motor, independentemente do motivo da remoção. É aconselhável que os injetores
sejam testados quando da inspeção anual do motor. Recomenda-se que os injetores sejam testados com o
mesmo óleo utilizado para proteção contra ferrugem conforme descrição para "Armazenagem dos
Injetores".

É importante que a pessoa que esteja


efetuando o teste tenha boa noção dos princípios Alavanca do injetor
"pipocar"
básicos de operação do injetor e do procedimento
para teste do injetor, a fim de evitar aceitação de Alavanca da
injetores defeituosos e rejeição dos perfeitos. bomba
Chave de
Seguem as instruções para uso da bancada para travamento
testes dos injetores e um resumo de cada
procedimento, bem como uma explicação básica
para cada operação.

Estas instruções envolvem o teste das


válvulas agulhas dos injetores usando a bancada
ilustrada na Fig. 11-7. Os procedimentos não são
aplicáveis a outros tipos de equipamento de teste,
porque a relação de vazão do injetor varia muito
em proporção ao volume do combustível contido
na câmara de alta pressão na bancada para
Válvula de
teste. alívio manual

Fig. 11-7 - Bancada p/ teste dos injetores

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MONTAGEM DA BANCADA PARA TESTE

Basicamente, a bancada consiste de um reservatório de combustível, filtro, bomba de alta pressão,


medidor de pressão, válvula de alívio manual e os tubos e guarnições necessários a fim de alimentar o
injetor em teste com combustível. A bancada deve ser montada de acordo com as instruções do fabricante.
Inspecione cuidadosamente quanto à existência de sujeira ou partículas estranhas no tanque ou nos tubos.
Encha o tanque com combustível limpo e ponha em funcionamento a bomba a fim de eliminar o ar do
sistema.

Pesquisas têm demonstrado que a viscosidade do óleo combustível utilizado na bancada de teste tem
um efeito importante nos resultados obtidos nos testes. Óleo combustível comum pode ser utilizado, desde
que a viscosidade não seja menor do que 32 S.S.U. a 38 C (100 F). Não reutilizar o óleo combustível que
foi bombeado através dos injetores para o vasilhame de plástico.

VERIFICAÇÃO E OPERAÇÃO DA BANCADA DE TESTE

Instale o bloco de teste ou um injetor na bancada de teste e bombeie a uma pressão de 13790 kPa
(2000 psi), como indicado no manômetro. Após 5 minutos, a pressão não deverá cair abaixo de 13618 kPa
(1975 psi). Solte o bloco de teste e verifique novamente a 3448 kPa (500 psi) e a 6895 kPa (1000 psi). Estas
pressões devem se manter por 1 minuto sem indicar queda no manômetro. Faça os testes com a válvula
interruptora de pressão totalmente aberta, Fig. 11-7. Se os testes forem satisfatórios, todos os injetores
podem ser testados sem uso da válvula interruptora. Se os testes anteriores indicarem vazamento na
bancada, repita os testes fechando a válvula interruptora antes de regular o controlador de vazamento. Se
os testes forem satisfatórios com a válvula interruptora fechada, será necessário sua utilização quando for
feito o teste de retenção de pressão no injetor.

Quando da colocação de uma nova bancada em operação ou após remoção e substituição do


manômetro, tanque de combustível, filtro ou bomba por qualquer motivo, o bloco de teste deve ser instalado
e a pressão elevada a 17238 kPa (2500 psi) e aliviado pelo menos seis vezes antes de efetuar um teste
operacional.

O operador deve considerar a bancada de teste como um instrumento e não como uma ferramenta.
Todo o esforço deve ser feito a fim de realizar a operação manual dos testes sempre da mesma forma. A
informação geral seguinte é dada a fim de ajudar a obter-se uma operação uniforme.

INFORMAÇÃO GERAL
1. Quando da operação da bomba, use uma relação de 40 cursos por minuto. Isto proporciona uma média
de combustível suficiente para operar a válvula verificadora suavemente e para circular o combustível
para o interior do injetor.

2. Quando utilizando a alavanca de movimentar rapidamente, não utilizar força que possa danificar o
injetor ou a alavanca. Não permitir que a alavanca se movimente para cima livremente.

3. Ao fazer os testes de retenção não bombear a bancada de teste acima de 17238 kPa (2500 psi).

4. As bancadas de teste utilizadas regularmente devem ser verificadas diariamente quanto a vazamentos,
utilizando-se para isso os blocos de teste.

5. Óleo combustível utilizado para teste não deve ser utilizado novamente.

TESTES DOS INJETORES

PREPARAÇÃO
1. Instale o injetor na bancada de teste.

2. Encha o injetor com óleo combustível mas não conecte por enquanto o tubo de combustível da bomba
ao injetor.

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3. Coloque a cremalheira do injetor na posição máxima de rendimento do combustível (comprimento
mínimo da cremalheira).

4. Movimente rapidamente o injetor com a alavanca, Fig. 11-7, utilizando aproximadamente 40 bombeadas
por minuto. Uma pulverização atomizada deverá aparecer em cada um dos furos do bico do injetor. O
fechamento rápido da válvula agulha deverá produzir um ruído seco.

Se a válvula abrir sem produzir uma pulverização atomizada ou se a válvula fechar sem produzir o ruído
seco, dê várias bombeadas rápidas com a alavanca a fim de deslocar qualquer material estranho do
assento da válvula. Se a válvula agulha continuar funcionando inadequadamente, uma agulha grudada,
sujeira no assento ou assento danificado pode ser a causa.

TESTE DE RETENÇÃO DE PRESSÃO E VAZAMENTO

1. Todos os injetores perdem pressão devido a vazamento em vários pontos, mas isto pode ser controlado
durante a fabricação do injetor a fim de evitar a diluição do óleo lubrificante do motor. O teste de
retenção de pressão qualificará os injetores que tenham graus de vazamento dentro da especificação e
desde que esse vazamento seja controlado satisfatoriamente.

2. Conecte o tubo de combustível da bancada de teste ao injetor. Bombeie até o combustível ser expelido
da capa do filtro no lado oposto, a fim de remover o ar. Aplique no injetor uma pressão de 12411 kPa
(1800 psi) a 13790 kPa (2000 psi). Não é permitido nenhum vazamento no anel de vedação entre a
porca e a carcaça, na junta da capa do filtro, nas cavilhas da carcaça, entre o bico pulverizador e a
porca do injetor.

3. Os injetores devem ser qualificados no teste de retenção de pressão verificando-se o período entre uma
queda de pressão de 13790 kPa (2000 psi) a 10342 kPa (1500 psi). Se este período for menor que 20
segundos (para injetor usado) ou 30 segundos (para injetor novo ou recondicionado), repita o teste
tendo o cuidado de fechar a válvula de pressão na bancada de teste, imediatamente após ter
estabelecido uma pressão de 13790 kPa (2000) psi). Isto é feito para assegurar que o período de
diminuição da pressão não está sendo afetado por um possível vazamento na própria bancada de teste.
Se o período de queda da pressão entre 13790 kPa (2000 psi) e 10342 kPa (1500 psi) for menor que 20
segundos (para injetor usado) ou 30 segundos (para injetor novo ou recondicionado), o injetor deverá
ser rejeitado. Para liberar a pressão antes de remover o injetor da bancada de teste, enrole um pano
nas conexões de combustível com o injetor e desaperte a chave de travamento, Fig. 11-7.

TESTE DE FOLGA DA CREMALHEIRA

1. A cremalheira engata com um pequeno pinhão no êmbolo do injetor e serve para girar o êmbolo com
relação às duas janelas na bucha do injetor, e regula a quantidade de combustível injetada a cada curso
do êmbolo. O travamento da cremalheira é geralmente causado por dentes danificados da engrenagem,
êmbolo e bucha riscados, ou cremalheira com escórias. Uma cremalheira travada pode causar
mudanças de velocidade lenta ou irregular e atuação do dispositivo de sobrevelocidade.

2. Para ser considerada satisfatória, a cremalheira deve movimentar para dentro e para fora por seu
próprio peso num curso completo quando o injetor é seguro horizontalmente e girado sobre seu eixo.

TESTE DE TRAVAMENTO DO ÊMBOLO

1. Se o êmbolo não funciona livremente para cima e para baixo, isso indica escoriações no êmbolo e
bucha ou mola quebrada ou fraca. Um êmbolo travado causará ignição irregular no cilindro e, em caso
extremo, a atuação do dispositivo de sobrevelocidade.

2. Coloque o injetor na bancada de teste mas não ligue o tubo de combustível. Coloque a cremalheira na
posição máxima de combustível e bombeie todo o combustível fora do injetor, Fig. 11-7, com a alavanca
de movimento rápido. Quando todo o combustível for removido, abaixe o êmbolo do injetor até o

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 8


máximo do seu curso. Vagarosamente solte a alavanca bombeadora e simultaneamente mova a
cremalheira do injetor repetidamente para dentro e para fora em seu curso completo.

SUBSTITUIÇÃO DOS FILTROS DOS INJETORES

Os filtros dos injetores não devem ser mexidos ou substituídos, a não ser durante o
recondicionamento do injetor (quando todas as peças são completamente lavadas), ou no caso da
passagem do combustível para o injetor estar obstruída.

ARMAZENAGEM DOS INJETORES

Quando os injetores não forem utilizados por longo período de tempo, eles devem ser protegidos
contra a ferrugem utilizando-se um destilado puro de petróleo, estável e não corrosivo, dentro da gama de
volatilidade do querosene. Recomenda-se também que os injetores sejam testados com esse óleo. Se isto
for feito, o tratamento citado acima será feito juntamente com o teste do injetor.

Após o tratamento, os injetores devem ser


guardados em recipientes protetores, até que seja
necessária sua utilização. Esse recipiente protetor
deverá acomodar a estante para injetores, similar
a mostrada na Fig. 11-8.

ARTICULAÇÃO DO INJETOR

DESCRIÇÃO

A articulação do injetor, Fig. 11-9 consiste


de combinação mecânica entre ele e o
governador, permitindo que todas as posições da
sua cremalheira sejam mudadas
simultaneamente quando o eixo terminal do
governador gira. Duas hastes de controle dos
injetores ligam a alavanca no eixo terminal do
governador aos eixos do seu controle. Os eixos
de controle do injetor, um para cada bancada, se
estendem ao longo dos cilindros, na parte de
baixo das caixas dos cabeçotes. Em cada
cilindro, uma alavanca é presa ao eixo de
controle. Uma barra ajustadora liga a alavanca do
eixo de controle à alavanca de controle do injetor,
montado no cabeçote, com uma extremidade
encaixada na esfera que fica no fim da
cremalheira do injetor.

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MANUTENÇÃO

Antes de tentar proceder à instalação das cremalheiras dos injetores, verificar se elas e todo o
sistema de ligação não apresentam interferências ou desgastes que possam afetar o seu funcionamento.

REGULAGEM DAS CREMALHEIRAS DOS INJETORES

As cremalheiras dos injetores devem ser reguladas com o motor em temperatura de operação. Se as
cremalheiras forem reguladas quando o motor não estiver em temperatura de operação, a regulagem
deverá ser verificada novamente quando a temperatura de operação for alcançada. A medida que a
temperatura do motor vai aumentando, o comprimento da cremalheira da bancada direita encurta e da
bancada esquerda alonga. A variação na bancada esquerda é insignificante, porém a da direita pode
encurtar as cremalheiras além do mínimo de 0,4 mm (1/64") de tolerância.

NOTA
Toda vez que um governador for instalado em um motor, a regulagem das cremalheiras dos
injetores deve ser verificada. Devido à tolerância de fabricação para a furação de fixação do
governador, a sua posição em relação à articulação com os injetores pode alterar a regulagem
das cremalheiras.

Regule a cremalheira do injetor no motor como segue:


1. Instale o macaco de regulagem da articulação dos injetores - Fig.- 11-10.

2. Ajuste o macaco de regulagem até que o ponteiro do governador alinhe com a marca de 1,00" na escala
do seu eixo terminal.

3. Use o calibrador de cremalheira do injetor, Fig. 11-11, para sua regulagem dentro das marcas do campo
de regulagem mostrado no medidor.

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 10


Campo de
regulagem

Os calibradores para regulagem das cremalheiras é um medidor multiplicador de 8 para 1, que indicam
a tolerância de ajustagem de 0,4 mm (1/64") por meio de marcações de 3,18 mm (1/8"), de cada lado da
marca central sobre a escala do medidor.

É importante que seja utilizado o calibrador de cremalheira adequado, pois o modelo mede o
comprimento da cremalheira desde o corpo do injetor, ao invés de medi-lo desde a face da lâmina
calibradora. O medidor correto para regulagem dos injetores com lâminas calibradoras pode ser
facilmente identificado pela localização de um botão na face frontal do medidor. Este calibrador pode
ser utilizado para todos os injetores.
4. Coloque o medidor sobre a cremalheira do
injetor e segure-o firmemente contra a face
da lâmina calibradora do injetor, Fig. 11-12, e
verifique o ponteiro. Se estiver na
extremidade curta ("S") da escala do medidor,
fora do campo de regulagem, a cremalheira
não estará estendida suficientemente para
fora do injetor. Desaperte a contraporca da
barra de ajuste e gire a porca, conforme Fig.
11-9, até que o ponteiro esteja na
extremidade longa ("L") da escala; após ter
feito isso, inverta o trajeto do ponteiro até que
se ajuste no campo de regulagem. Segure a
porca de regulagem e aperte a contraporca. A
razão pela qual é excedida o campo de
regulagem quando se efetua a ajustagem é
para que, após instaladas todas as
cremalheiras a folga” seja sempre na mesma
direção.

5. Quando o ponteiro estiver na extremidade longa ("L") da escala, coloque-o dentro do campo de
regulagem. A exatidão do calibrador da cremalheira do injetor pode ser verificada introduzindo-se o
bloco padrão no corpo do calibrador. O ponteiro deverá alinhar-se com a marca central da escala.

FILTRO DE COMBUSTÍVEL

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 11


DESCRIÇÃO

O filtro de combustível montado no motor, Fig. 11-13, está localizado na sua parte dianteira direita.
Dois visores de vidro são montados sobre o alojamento do filtro, propiciando uma visão da condição do
sistema de combustível. O diagrama do fluxo, Fig. 11-14, indica o fluxo do combustível através do filtro.

O combustível que retorna dos injetores passa através do visor de vidro de "retorno de combustível",
mais próximo do motor e retorna para o tanque de combustível. Sob operação normal, este visor está cheio
de óleo. Uma válvula de alívio de 35 kPa (5 psi), situada na entrada do visor de vidro do "retorno de
combustível", estabelece uma contrapressão nos injetores para melhorar a operação.

Ar ou gás no sistema de combustível aparecerão no visor de vidro de "retorno de combustível" como


bolhas. Ar penetrando em qualquer ponto no tubo de sucção poderá ocasionar falha ou parada do motor.
Bolhas no visor de vidro de "retorno de combustível" com a bomba de combustível em operação e com o
motor parado, indicam entrada de ar pelo lado de sucção da bomba de combustível. Se bolhas aparecerem
só quando o motor estiver em funcionamento, isso é indício de que há válvulas vazando nos injetores,
permitindo que os gases de combustão penetrem no combustível. Pouco ou nenhum combustível no visor
de vidro de "retorno de combustível", com o visor de vidro de desvio vazio, indicam fornecimento insuficiente
de combustível ao motor.

Em operação normal, o visor de vidro de desvio mais afastado do motor deverá estar vazio de
combustível. A medida que os elementos de filtro acumularem sujeira, a pressão do combustível aumentará.
Quando a pressão do combustível no alojamento do elemento filtrante se aproximar de 414 KPa (60 psi), a
válvula de alívio, sob o visor se abrirá, permitindo a entrada de combustível, o qual encherá o visor de vidro
de desvio e retornará ao tanque de combustível, não alimentando o motor.

Os elementos de filtro substituíveis são montados diretamente no corpo do filtro. Esses elementos
consistem de papel pregueado ao redor de um tubo metálico perfurado. Esse tubo metálico esmaltado é a
armação do conjunto, e deve ser capaz de resistir a pressões internas superiores a 1034 KPa (150 psi).
Uma junta de neoprene presa ao topo de cada elemento garante sua vedação.

MANUTENÇÃO

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 12


Os elementos dos filtros devem ser removidos e os novos devem ser instalados a intervalos
especificados no Programa de Manutenção.

Na ocasião da substituição dos elementos, o corpo do filtro e os visores de vidros devem ser limpos.

1. Desligue o motor e o abastecimento de combustível do motor.

2. Desatarraxe os elementos, usando uma ferramenta com cinta se necessário, e descarte-os.

3. Aplique uma camada de óleo na junta do novo elemento de filtro e monte-o no corpo do filtro.

4. Aperte manualmente até que a junta encoste no corpo do filtro. Aperte então mais 1/2 volta.

5. Verifique as condições dos visores de vidro e limpe-os.

6. Verifique se há vazamentos quando o motor for posto em funcionamento.

MANUAL DE MANUTENÇÃO DO MOTOR DIESEL 645E3B SEÇÃO 11 - 13


DADOS DE SERVIÇO

SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

REFERÊNCIAS
Recomendações Sobre Combustível ............................................................................................. I.M. 1750
Bombas de Combustível e de Lubrificação .................................................................................... I.M. 4110

LISTA DE EOUIPAMENTOS
Código
Calibre de regulagem do injetor ....................................................................................................... 8034638
Alavanca para sacar o injetor .......................................................................................................... 8041183
Cuba plástica para pulverização (extra – usado com a bancada de teste do injetor) ..................... 8171780
Óleo, Teste do lnjetor, armazenagem e anti-ferrugem - (208 litros [55 gal.]) .................................. 8203258
19 litros [5gal.]) ....................................... 8219007
Calibre da cremalheira do injetor ..................................................................................................... 8339610
Suporte de transporte de injetores (20) ........................................................................................... 8431626
Macaco de regulagem da articulação do injetor .............................................................................. 8432485
Bancada de teste de injetores (completa) ....................................................................................... 9549055

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