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Forma o de Professores de Ci Ncias
Forma o de Professores de Ci Ncias
Resumo
Neste trabalho propomos uma inversão na maneira de olhar a formação de professores,
focalizando a formação continuada como a fonte primária do quadro de problemas e dificuldades
efetivas enfrentadas pelos professores em exercício e evidenciando os recursos originais e
criativos que os atuais professores utilizam para resolver os problemas encontrados. Utilizamos,
também, os resultados que emergiram durante um curso de Prática de Ensino de Ciências e
Biologia, de forma a esboçar algumas diretrizes e, consequentemente, fornecer novos impulsos
para a formação inicial de professores de Ciências.
Abstract
We propose in this work, an inversion in the manner of how we regard the formation of teachers,
with the aim to focus the continuant formation as primary source of the scene of the effective
problems and difficulties faced by teachers in service and making evident the original and
creative resources that the present teachers use to solve the problems they encounter. We have
also utilized the results that emerged during a course of Practice of the teaching of Science and
Biology in the form of sketching some guidance e consequently provide new impulses for the
initial formation of Science teachers.
Introdução
A formação dos professores de ciências, geralmente, tem sido pensada como uma tentativa de
produzir um profissional que incorpore, o mais possível, traços ideais selecionados a partir de
uma reflexão teórica sobre o tema. Tem-se como perspectiva a construção de novas estratégias
para a formação de recursos humanos para a educação de forma a incorporar as mudanças dos
sistemas produtivos que exigem um novo perfil profissional capaz de localizar os desafios mais
urgentes de uma sociedade "multimídia e globalizada", em que o rápido desenvolvimento,
científico e tecnológico, impõe uma dinâmica de permanente reconstrução de conhecimento,
saberes, valores e atitudes. Se quisermos ser um pouco mais críticos, podemos também nos
perguntar quais são as alienações fundamentais de tal sociedade que seria interessante enfrentar,
a fim de que a formação de professores de ciências contribua para mudanças culturais e sociais
possíveis e desejáveis.
Para começar a enfrentar esse desafio aparentemente sem limites, fomos procurar na literatura
geral sobre formação de professores, e específica sobre professores de ciências, subsídios que
nos permitissem estabelecer uma série de pontos bastante consensuais capazes de balizar
tentativas concretas de formação de professores.
O ponto dominante na literatura atual aponta para uma crescente reflexão sobre qual seria o
papel do professor na sociedade moderna, com uma produção de quadros teóricos que definem
um novo modelo para sua formação, no qual o saber sobre o ensino deixa de ser visto pela lógica
da racionalidade técnica e incorpora a dimensão do conhecimento construído e assumido
responsavelmente a partir de uma prática crítico-reflexiva. Tal prática parece articulada em dois
eixos efetivamente complementares. De um lado, a confiança de que na ação didática do
professor é sempre possível encontrar um conhecimento que vai além da teoria; de outro lado, a
convicção de que essa mesma prática pode ser organizada teoricamente e orientada para produzir
efeitos mais marcantes e mais econômicos.
Parece-nos que essa reflexão modifica substancialmente o enfoque vigente, que reserva um
grande destaque à formação inicial e considera a formação continuada como uma maneira de
remediar falhas do passado. O privilégio para a formação inicial é justificado por sua função de
moldar as gerações futuras de professores e de poder ser realizada sobre um material humano
mais disponível; ao contrário, a formação continuada deveria tentar recuperar, mesmo que
parcialmente, resultados fundamentais não conseguidos com a formação anterior.
A inversão que nos propomos na maneira de olhar a formação de professores focaliza a formação
continuada como a fonte primária do quadro de problemas e dificuldades efetivas enfrentadas
pelos professores em exercício, quadro a ser discutido e analisado durante o período de
formação. Esperamos, também, que os recursos originais e criativos que os atuais professores
utilizam para resolver os problemas encontrados complementem e estimulem a reflexão teórica
dos especialistas e, conseqüentemente, forneçam novos impulsos para a formação inicial.
Neste trabalho, pretendemos partir de considerações sobre a formação continuada encontradas na
literatura para esboçar algumas diretrizes da formação inicial de professores de ciências. Para
tanto, utilizaremos, também, as evidências que emergiram durante um curso de Prática de Ensino
de Ciências e Biologia, conduzido por um de nós (D.F.) e que serão consideradas a título de
exemplo. Concluiremos com algumas considerações mais gerais sobre a formação inicial de
professores de Ciências.
A pesquisa
O segundo elemento, que nos servirá de ponto de partida para desenvolver considerações mais
sistematizadas sobre a formação inicial do professor de ciências, são os resultados de uma
pesquisa referente a um curso de Prática de Ensino de Ciências e Biologia (Freitas, 1998) que
nos pareceram estar em grande ressonância com os aspectos selecionados acima, referentes à
formação continuada. Encontramos entre as características do curso uma atenção precisa às
resistências, intelectuais e emocionais dos alunos, uma nova relação entre professora e alunos,
uma inserção sistemática da reflexão na ação, a focalização da reflexão metacognitiva e uma
presença marcante da subjetividade dos alunos e da professora rumo à autonomia dos primeiros.
Uma descrição detalhada das atividades desenvolvidas e dos resultados conseguidos pode ser
encontrada na tese citada acima. Aqui utilizaremos os que nos interessam de duas maneiras.
Fornecendo uma rápida visão sobre o desenvolvimento do curso e citando exemplos específicos
que sustentem nossas afirmações teóricas.
Caracterização Geral das Disciplinas.
As disciplinas Prática de Ensino de Ciências e Biologia foram ministradas em dois semestres
consecutivos e constaram de aulas semanais com duração de quatro horas cada, da realização dos
estágios supervisionados realizados em grupos de 4 ou 5 alunos, dos encontros extras com os
grupos e/ou classe toda para a preparação e análises das aulas dos estágios e de eventuais
atendimentos individuais. Participaram das atividades do primeiro semestre 17 alunos, e do
segundo semestre 21 alunos, dos quais 10 eram novos.
As atividades desenvolvidas durante o curso foram: sessões de dinâmica de grupos ao redor de
problemas didáticos, discussões, em pequenos grupos ou em plenária, de temas ou problemas
referentes ao conteúdo científico ou à competência educacional, participação em seminários,
dramatizações de textos, análise dos planejamentos e das fitas referentes às aulas dos estágios e
participação em eventos educacionais.
Os dados das disciplinas consistem nas anotações da professora/pesquisadora referentes às
atividades desenvolvidas em sala de aula, do registro em vídeo tanto das aulas ministradas pelos
alunos durantes os estágios, quanto das discussões de cada grupo sobre as aulas ministradas, dos
questionários para a caracterização inicial das idéias dos alunos, dos planejamentos de aulas, dos
diários e de entrevistas individuais realizadas no final do primeiro e do segundo semestre com
eles, gravadas em áudio ou em vídeo.
A evolução dos cursos, que tiveram uma programação em série constituindo de fato um único
projeto de pesquisa envolvendo os 11 alunos que participaram de ambos os semestres, pode ser
sintetizada da seguinte maneira .
Atividades de sensibilização para entrada no processo. No início do curso, os alunos
mostraram um comportamento de desinteresse pela disciplina, expresso mediante
manifestações verbais e não verbais, tais como: maneira indolente de sentar-se na
carteira, presença de um olhar distante, atrasos iniciais na entrada e nos retornos às aulas,
não-participação e permanência em vários momentos das aulas. Já na primeira aula, os
alunos foram solicitados a "desarrumar" a estrutura cotidiana de sala de aula, efetuando a
leitura de um texto, que tecia críticas à visão tradicional de ensino sobre o corpo humano,
e interpretando, junto com a professora, os significados através do uso de uma linguagem
corporal. Alguns dos depoimentos dos alunos, coletados durante a primeira entrevista,
revelaram que as atividades iniciais, de fato, foram determinantes para o envolvimento
deles com a proposta da disciplina e possibilitando uma aproximação com a professora.
Atividades de estimulação para a elaboração das tarefas de ensino. No primeiro
semestre, os alunos, organizados em pequenos grupos, tiveram de elaborar um plano de
ensino que seria executado na forma de minicurso em uma escola da rede pública de
ensino. Esse planejamento, a priori, não contava com a intervenção da professora, a não
ser na determinação da temática, qual seja: Nutrição e Respiração Animal e Vegetal,
cujas concepções alternativas apresentavam um alto grau de resistência à mudança.
Embora nesta fase algumas das atividades não apresentassem um sentido local para os alunos,
uma vez que nem sempre eles conseguiam, por meio delas, construírem relações imediatas com
seus interesses, pode-se dizer que, na medida em que elas apresentavam correspondência com o
planejamento deles, e com as correspondentes aulas, percebia-se que a fluidez e oscilação inicial
exibiam, retroativamente, o sentido esperado. Um aspecto que surgiu, espontaneamente, durante
essa etapa, foi o atendimento que a professora fornecia informalmente para os alunos que a
procuravam, individualmente ou em grupo, para discutirem sobre o planejamento do minicurso,
ou sobre assuntos como projetos de monografia do bacharelado, aula do exame de qualificação
do mestrado e outros.
Antes de entrarem efetivamente no estágio, os grupos relataram para a classe toda os seus planos
de ensino para serem debatidos. Foi um momento de troca, que revelou muita satisfação e
interesse pelo trabalho do colega, criando-se assim um clima de parceria.
O estágio no 1º semestre - identificando problemas. Nessa proposta de trabalho, a
vivência das atividades de estágio tinha um status muito alto, apresentando como eixo
central o exame das aulas dos alunos que foram gravadas em vídeo durante o estágio e
analisadas na seqüência. Para conduzir o exame das fitas, a princípio, a professora dava o
enfoque da análise através de suas observações e questionamentos, e os alunos
colocavam suas reflexões. O papel da professora, e a atitude de envolvimento e de apoio
do grupo constituíram-se fortes aliados no sentido de impedir que as resistências iniciais
coibissem o processo. Assim, pode-se dizer que, ao final do estágio, para uma grande
parte dos alunos, os desacertos já não afetavam tanto a sua imagem pessoal, ou seja, eles
conseguiam, de certa forma, entender essas dificuldades como naturais ao momento de
uma mudança de paradigma.
Atividades de manutenção do processo. No tempo que restou no primeiro semestre, só foi
possível abordar uma discussão sobre o tema: formulação de perguntas. A impressão é
que os alunos, neste momento, dispersaram, e houve novamente um deslizamento da
atividade. Eles manifestaram cansaço e solicitaram uma pausa, pois tinham de se dedicar
aos trabalhos das outras disciplinas, que por conta da demanda do estágio, tinham ficado
para depois.
Atividades de retomada. As primeiras aulas do segundo semestre foram marcadas por um
clima de mal estar, tanto dos alunos antigos, quanto dos novos, que tinham demandas
completamente diferentes. Neste período, a professora privilegiou a exposição oral,
leitura de textos e apresentação de seminários sobre epistemologia, mudança conceitual e
as concepções alternativas dos alunos (fotossíntese, digestão e respiração).
Simultaneamente, forneceu a orientação para cada aluno antigo trabalhar com a mesma
temática do primeiro semestre, reconstruindo o planejamento a partir dos problemas
identificados no plano anterior, respeitando as necessidades, as buscas, e os desafios
internos instalados durante a experiência do 1º estágio. Após algumas aulas, a professora
começou a focalizar mais detalhadamente a elaboração do planejamento, fixando um
horário disponível para a discussão e se prontificando a fornecer sugestões e dar
indicações bibliográficas. Nesse momento, ficou evidente um grande envolvimento dos
alunos antigos com o curso (os novos alunos realizaram essa tarefa com outra
professora).
O estágio no 2º semestre - o envolvimento na solução de problemas. Da mesma forma
que no estágio anterior, os alunos elaboraram o minicurso em grupos e ministraram as
aulas tendo na sala um colega e a professora. Porém, dessa vez, os colegas saíram da
posição de observadores e auxiliares, assumindo a coordenação do trabalho em conjunto,
na tentativa de fazer os alunos compreenderem o conceito científico correto, o que
significava superar suas concepções alternativas. A professora também participou nas
situações em que os futuros professores não encontravam saída, por exemplo, quando
tinham dificuldades para encontrar perguntas instigantes e inteligíveis para conduzir um
raciocínio ou quando, diante da pergunta de um aluno, havia a necessidade de elaborar
questões de desdobramentos que dessem caminhos para investigar as próprias perguntas.
Nessa etapa, as sessões de análise das aulas foram desenvolvidas com a classe toda, e as
resistências afetivas de enxergar os desacertos foram substituídas por um forte desejo de
encontrar soluções para um problema compartilhado por todos, qual seja: mudar as concepções
alternativas dos seus alunos. O clima dessas reuniões caracterizava-se pela colaboração e troca
de idéias, muito mais do que pelas tentativas de defender suas atitudes. Neste momento, não só
eles assumiram o seu trabalho como uma atividade de investigação, como contribuíram na coleta
de dados para a pesquisa da professora. Isso pode ser evidenciado em algumas atitudes, tais
como: marcar encontros fora dos horários de aula, pois o tempo não era suficiente para um
aprofundamento e construção de novas estratégias; efetuar entrevistas com seus alunos para
diagnosticarem melhor as idéias deles sobre os conceitos trabalhados e identificarem elementos
de resistências; registrar os encontros isolados do grupo para apresentarem à professora, uma vez
que, segundo eles, essas discussões eram bastante ricas para caracterizar possíveis mudanças nas
suas formas de pensar.
O processo estava apenas começando... Tendo os questionamentos em relação aos
conceitos científicos aumentados, em função da mudança na relação com os seus
conhecimentos, provocada por sua "prática reflexiva", foi convidado um professor de
Botânica para um encontro informal no qual seriam discutidas as dúvidas. Os alunos
tiveram, assim, oportunidade de (re)elaborar e aprofundar seus conhecimentos,
despertando muitas questões e abrindo-se para novas dimensões. Em decorrência de um
crescente interesse dos alunos em integrar aspectos afetivos e cognitivos na ação
pedagógica, foram desenvolvidas vivências de grupo com o diretor de teatro da USP/SC,
durante as quais os alunos fizeram ensaios de laboratório de dramatização para colocação
da voz e utilização da linguagem corporal. Também houve a participação de uma boa
parte dos alunos num Encontro de Professores, cuja abordagem central era o
construtivismo. Os efeitos dessa participação foram contagiantes quanto ao envolvimento
de todos nas atividades seguintes.
No final do curso, os alunos sugeriram uma avaliação final para explicitar o que isto significou
para cada um, e saber como estava andando a pesquisa da professora da qual já se consideravam
colaboradores. Como resultado, propuseram uma continuidade do trabalho com a criação de um
grupo de estudo. O grupo se constituiu no semestre seguinte, e teve como proposta de trabalho, a
elaboração de um vídeo que tratasse sobre a problemática da formulação de perguntas em sala de
aula. O vídeo foi elaborado e apresentado em congressos científicos, sendo, em seguida,
solicitado para apresentações em disciplinas da licenciatura.
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