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O Empoderamento Do Estudante De Medicina Mediante Os Desafios Da Prática E

Encorajamento De Sua Autonomia No Modelo PBL


Dulce¹, Filipe¹, Pedro Henrique Maia Cavalcanti Leão¹, Wenderson¹, Viviane Cristina
Cardoso Francisco²
¹ Discente da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); ² Docente da Universidade Federal
do Amapá

Introdução: Preconizando a autonomia e independência do aluno em sua busca pelo


aprendizado, o método PBL, do inglês Problem Based Learning, parte da premissa de permitir
ao aluno encontrar por si próprio as respostas para os desafios que se impõem a ele. Nesse
sentido, o levantamento de dados de uma Unidade Básica de Saúde apresentou-se como uma
oportunidade única de aprendizado pelo estudante de medicina, permitindo a este engajar-se
cedo nas questões práticas e entender melhor questões até então meramente teóricas sobre o
funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Objetivo: Relatar a respeito do protagonismo precoce do estudante de medicina no serviço de
saúde, como estratégia de ensino e aprendizado no Eixo Prática de Interação Ensino, Serviços
e Comunidade (IESC) do curso de medicina da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
Relato de experiência: O levantamento de dados da UBS, localizada em um bairro periférico
na cidade de Macapá/AP, deu-se em contexto ainda pandêmico sob inúmeros desafios, entre
os dias 29 de Julho e 14 de Setembro de 2021, sendo supervisionado pela professora
orientadora desse relato, e realizado pelos demais indivíduos envolvidos nele. O requerimento
de dados a respeito do universo de situações que ocorrem entre os muros que delimitam a
UBS em questão foi quase que diário, sendo ao fim obtido informações que iam desde o
número de pessoas adscritas nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) até a Renda Nominal
média da Região e índices de violência nas áreas adjacentes.
Reflexão sobre a experiência: O impacto entre teoria e realidade é frequentemente
inevitável, sendo algo para o qual o estudante já se prepara antes de entrar em um ambiente
novo com dinâmicas e hábitos já muito bem estabelecidos, como é o caso da UBS em
questão. Entrar na rotina do serviço ao passo que a altera por sua mera presença é o primeiro
desafio que enfrenta-se ao realizar a coleta, sendo acompanhado pelo espaço mínimo e muito
vezes mal planejado, a rotina ocupada e até mesmo sobrecarregada de muitos profissionais da
UBS e até das ESFs, além de situações como: desaparecimento de registros, retenção de
dados e precariedade do próprio registro (sendo preferencialmente feito em papel por conta da
falta de recursos), fatos que configuram empecilhos na obtenção e apuração do material que
será analisado. Apesar das dificuldades, como já mencionado, essas situações são, na verdade,
oportunidades para o estudante buscar vias de resolução próprias para seus problemas,
tornando-se autônomo e protagonista da sua aprendizagem. Sendo assim, a solução que se
encontrou foi a busca por outras fontes oficiais de informações para completar o Diagnóstico
Situacional (DS), como por exemplo o IBGE e o 6º Batalhão da Polícia Civil. Além disso, a
dificuldade percebida funciona com alerta para identificar a situação problema, relatá-la afim
de propor uma estratégia de saná-la ou minimizá-la, permitindo assim mudanças e melhoras.
Conclusões ou Recomendações: O DS, além de permitir o engajamento e contato com
diretrizes nacionais de trabalho na área da saúde, possibilitou a identificação de pontos
positivos e negativos de uma UBS de Macapá/AP, possibilitando mudanças de erros e
manutenção de acertos, o que traz benefícios para a população, além de contribuir para o
processo de aprendizagem na formação acadêmica, evolução profissional e pessoal dos
estudantes, possibilitando-os reconhecerem-se como seres atuantes e transformadores de
realidades.

Palavras-chaves: Diagnóstico Situacional. IESC. Estratégia Saúde da Família (ESF).

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