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Oxum Aziri

Essa qualidade de Oxum é guerreira, e a única que se aproxima do fogo. Rege as águas e
minas do fundo da terra (subterrâneos), geralmente vem assentado, dificilmente se raspa.

Dentre as Iyamis Oxorongás (Oxum), é considerada a mais violenta e ativa; assim tem a
fama de terrível e bruxa. Ela rege a energia solar quando se manifesta na água e na terra.
Vive as margens dos rios e cachoeiras.

Tem seu escudo, espelho e espada em pontas, como a receber os raios, solares e ali
energizar sua força e axé para lutar ao lado de Exu, Ogum e Xangô. Tem axé especial com
Becém (que é comum vir no seu adjuntó), auxiliando-o na evaporação das águas.

Não se usa dendê nesta qualidade de Oxum, para que ela não se altere, nem se quizile
demais, pois já é um orixá quente, seu filá é curto e gosta de muito emponsas com
correntinhas, ligando uma ás outras.

Sua flor é açucena, sua Folha o manjerição, seu metal é o ouro, sua pedra é o diamante.
Come peixe assado na folha, bebe vinho tinto suave, suas obrigações são sempre noturnas
e carrega um adjuntó com Ogum, Xangô e Becém.
OXUM

Òsun, Aziri (jejes), Acoçapatá (fanti-ashanti), Kissimbi (bantos)

A Orixá Oxum é a Divindade que está assentada no pólo positivo o Trono Mineral, o Trono
do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor,
fraternidade e união.

Seu elemento é o mineral, junto com Oxumaré, forma uma linha vertical cujas vibrações,
magnetismo e irradiações planetárias atuam sobre os seres, estimulado os sentidos de
amor e acelerando a união e a concepção dos seres.

Bela, vaidosa e sensual, Oxum é a deusa do amor e a mais feminina de todas as divindades
da Umbanda. Rege a fertilidade e o poder de gestação. É a senhora das águas doces, que
irrigam os campos, garantindo fartura, e também do ouro. Por isso, identifica-se com todas
as manifestações de riqueza.

Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxóssi, esfria o aço forjado
por Ogum, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê. Oxum está
em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós. Como o rio, que
sempre caminha pro mar, a Oxum da Umbanda está diretamente ligada à Rainha do Mar,
encabeçando a legião das sereias de águas doces.

Oxum é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo
sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce e Rainha das cachoeiras. Orixá da
prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, puro, real, maduro,
sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento
da criança ainda no ventre da mãe. É Oxum que gera o nascimento de novas vidas que
estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas.

É Oxum que “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entrega à Iemanjá, que será
responsável pelo destino daquela criança. Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e
sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os
seus filhos são a sua maior riqueza.

O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por
conseqüência, a felicidade.

Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor.

Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual.

É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à
concepção de uma nova vida.

Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como
Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.

HISTÓRIA:
O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu.
Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê

É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o
rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As
mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as
mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex. Osun Osogbo, Osun
Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu...

Em seu livro Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que
os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e
contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás:
"Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos,
para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."

Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá adotada e cultuada em todas as religiões


afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da
prosperidade e da beleza, em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de
problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira,
tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro que outrora era do Cobre por ser o
metal mais valioso da época.

Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais
raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas
vezes derramam lágrimas ao incorporar, característica que se transfere a seus filhos
identificados por chorões.

Candomblé Bantu - a NkisiNdandalunda, Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida


com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.

Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da


fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as
durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar,
sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.
ARQUETIPO DOS FILHOS DE OXUM

Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se
exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da
pintura.

As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras,
roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.

Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir a filha de Oxum como o pesquisador da
religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Oxum é das
mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.
Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém
mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita
importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e
um grande desejo de ascensão social".

Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem
os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos,
que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e
uma ambição bastante marcante.

Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos
prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.

O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e
significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que
atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso,
elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas
mulheres e se envolvem em intrigas.

Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que
não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com
que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e
companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm
uma facilidade muito grande para o choro.

O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio,


das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes,
buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos
de forma, cheio de meandros.

Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na
aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior
defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é
compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros,
mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a
única maneira de terem informações em troca.

É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da
astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem
contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento
do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de
chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que
buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente
teimosos e obstinados.

Entretanto, ás vezes, parece esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se
importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando
outras estratégias.

Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da
beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade.

TRONO

Trono Feminino do Amor

Linha
Amor

Fator

Agregador, Conceptivo

Essência

Mineral

Elemento

Água Doce

Polariza com

Oxumarê

Cor

Rosa, Azul ou Dourado

Fio de Contas

Contas e Missangas de suas cores, búzios

Ferramentas

Espelho

Ervas

Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca,
Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim, Erva
Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro,
Manjericona, Erva Sta. Maria.

Simbolos

Coração e Cachoeira

Ponto na Natureza

Rios e Cachoeiras

Flores
Lirios, Rosas Cor de Rosa e Amarela

Essências

Lirio e Rosa

Pedras

Quarzto Rosa, Ametista, Rubi

Metais e Minérios

Cobre, Ouro, Prata

Saúde

Coração e Aparelhos Reprodutivos

Planeta

Venus

Dia da Semana

Sábado

Chacra

Umbilical (Frontal)

Saudação

Ai-ie-iô (ou Ora Ieiêô)

Bebida

Champagne

Animais

Pomba Rola

Comidas

Omolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de peixe e pirão feito
com a cabeça do peixe)

Números
5

Data Comemorativa

8 de Dezembro, 12 de outubro

Sincretismo

Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras, na Bahia ela é
tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil
é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste
e Sudeste é associada ora a esta denominação de Nossa Senhora ora com Nossa Senhora
Aparecida.

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