Conselho Editorial
Antonio Gilson Gomes Mesquita(Presidente), Jacó César Picolli,
Milton Chamarelli Filho, Lindinalva Messias Nascimento Chaves,
Alexandre Melo de Sousa, Lucas Araújo Carvalho, Silvane Cruz
Chaves, Manoel Domingos Filho, Eustáquio José Machado, Maria do
Socorro Craveiro de Albuquerque, Thatiana Lameira Maciel, Reginaldo
Assêncio Machado, Kleyton Góes Passos, Wendell Fiori de Faria, Vera
Lúcia de Magalhães Bambirra, Zenóbio Abel Gouveia Perelli Gama e
Silva, Edson Guilherme da Silva.
Edufac 2014
Direito exclusivos para esta edição:
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Distrito Industrial - Rio Branco-AC, CEP 69920-900
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Editora Afiliada
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Doutora em Literatura Latino-Americana e Espanhola, Professora da Escola de
Estudos Literários da Univalle, Santiago de Cali, Colômbia.
2
Según Jorge Orlando Melo entre 1881/82-1882/83, la quina representó un 30.9%
del valor total de las exportaciones de Colombia. Historia económica de Colombia,
p.184.
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Según Pineda, la población de estos grupos ha sido estimada para principios del
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Carlos Uribe Celis señala la fuerza que la tradición tenía en la Colombia de principios
del siglo XX, contra la cual se empezaban a dar procesos de cambio y que define así:
“Nuestra tradición – lo sabemos – era la de presidentes letrados, educación mística,
escolástica y verbalista que sustentaban – en gran parte por herencia española – el
lastre del leguleyismo y que tuvo su primera manifestación en la casuística de las Leyes
de Indias, tal como la desarrollaban los funcionarios de la Real Audiencia y quienes
con ella tenían que ver (76).
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La Casa Arana, que se convirtió luego en la Peruvian Amazon Company, contaba
con capital inglés y fue la responsable del genocidio de los uitoto, andoque, bora
y otros indígenas de la selva del suroccidente colombiano, a quienes enganchó a la
fuerza como trabajadores en la extracción del caucho. Los caucheros torturaron y
masacraron a estos grupos, conduciéndoles casi a su extinción, crímenes que fueron
denunciados por el periodista peruano Benjamín Saldaña Roca en Iquitos en 1907 en
los periódicos La Felpa y La Sanción , por Sir Roger Casement, delegado del Foreign
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Office británico, quien publicó un informe sobre la situación en 1912, conocido como
El libro azul del Putumayo y por el ingeniero norteamericano Walter Hardenburg , quien
escribió en 1909 reportajes en el periódico londinense The Truth y luego, en 1912, un
libro titulado The Putumayo, the Devil’s Paradise.
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En las citas respeto la ortografía empleada por Tobar, quien escribe huitoto con h.
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Tobar menciona indistintamente a Hernández como moreno o negro.
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En la actualidad el número de carijona, según el censo del 2005 de Colombia,
asciende a 425 personas, hablan una lengua que pertenece a la familia lingüística caribe
y unos están ubicados en La Pedrera( Amazonas) sobre el río Caquetá y otros en el
alto río Vaupés cerca de Miraflores ( González de Pérez, 2011, p. 72, 80). Los uitoto
ascienden a 6.444 personas, según este mismo censo, su lengua pertenece a la familia
lingüística uitoto. Su hábitat tradicional ha sido la región de los ríos Caraparaná e
Igaraparaná, pero en la actualidad viven también en las orillas del Caquetá medio,
por la hoya del Putumayo y cerca de Leticia. Hay algunos uitoto que habitan en Perú
debido al desplazamiento ocasionado por la Casa Arana (González de Pérez, 2011,
pp. 72, 117). Roberto Pineda estima para el año de 1900 el número de uitoto en
30.000 (2000, p. 48).
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De manera similar Pineda explica que la vida ritual entre los uitoto constituía
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ABSTRACT: The aim of the article will be analysing the process of modernisation
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Introdução
Neste trabalho temos por objetivo analisar alguns ca-
sos de crimes classificados como atentados à honra, à moral e à honestidade
ocorridos no Território Federal do Acre entre os anos de 1904 e 1920. A
legislação criminal em vigor na época no Brasil, o Código Penal de 1890, em
seu preâmbulo intitulado “Dos crimes contra a segurança da honra e honesti-
dade das famílias e do ultraje público ao pudor”, tipificava sete tipos de crimes
nesta categorização: violência carnal (artigo 266), defloramento (artigo 267),
estupro (artigo 269), lenocínio (artigo 277), adultério (artigo 279), atentado ao
pudor (artigo 282) e rapto (artigo 270).
A violência carnal era algo que poderia ocorrer contra
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Doutor em História, Professor da Universidade Federal do Acre.
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3
Expressão utilizada por Angel Rama (2001) para significar a diversidade do mapa
latino-americano.
4
A noção de literatura-mundo foi verticalmente abordada no XIII Encontro de
Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, de 16 a 18 de abril de
2013, na FFLCH/USP. Ressalte-se a abordagem da Profª Drª Helena Carvalhão
Buescu, da Universidade de Lisboa sobre a perspectiva da abrangência interdisciplinar
das análises em detrimento dos paradigmas local/universal.
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5
Refiro-me, aqui, ao pragmático ABC da literatura. São Paulo: Cultrix, 1990. Augusto
de Campos antecipa no prefácio que é um manual para ser lido com prazer e proveito
por todos os que esmiúçam cuidadosamente os fatos, no caso, os fatos da língua.
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2
“Em 1895 foi nomeada uma comissão demarcatória encarregada de definir os limites
entre o Brasil e a Bolívia de acordo com o estabelecido no Tratado de Ayacucho,
de 1867. O chefe da delegação brasileira, o coronel Thaumaturgo de Azevedo, ao
constatar a latitude da nascente do Javari, ponto inicial da linha divisória entre os dois
países, percebeu que ficaria com a Bolívia uma região rica em látex, quase totalmente
ocupada por brasileiros. Thaumaturgo de Azevedo denunciou ao governo federal
o prejuízo daí decorrente, já que o Brasil perderia o alto Rio Acre, quase todo o
Iaco e o alto Purus. Infelizmente o ministro brasileiro não aceitou os argumentos do
coronel, que contrariado demitiu-se e denunciou o grave erro da diplomacia brasileira
na imprensa, dando origem a uma intensa polêmica que mobilizou a opinião pública
nacional”. In. Revista Galvez, publicada pela Sec. de Cultura do Gov. do Estado do
Acre – modelo on line. Pesquisa realizada em 14/7/2005.
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3
Luiz Rodrigues Galvez de Arias era um jornalista espanhol, com praça em Belém – PA
que não tinha inicialmente nenhuma ligação com a questão do Acre. Sua inserção na
história se dá após publicação de artigos em jornais paraenses denunciando o acordo
que a Bolívia estava fazendo com os EUA onde este se comprometia a defendê-la em
caso de guerra com o Brasil. Mesmo que a diplomacia estadunidense tenha negado o
acordo, Galvez caiu nas graças dos seringalistas. Posteriormente, mostrou-se um hábil
aglutinador de forças e foi ungido a situação de líder dos seringalistas que lutavam
para expulsar as autoridades bolivianas da região. Governou o Estado Independente
do Acre por oito meses de 14 de julho de 1989 a março de 1900.
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Nos “Cadernos do Cárcere” existem três interpretações diferentes sobre a relação
Estado/sociedade civil. A primeira resultaria de diferenciações observadas por
Gramsci entre as formações de sociedade do tipo “ocidental” e “oriental”, que
definiam ou condicionavam o tipo de relação dessa esfera com o Estado. Ou seja, nas
formações de tipo “ocidental”, a sociedade civil era considerada mais “estruturada”,
mais “sólida”, o que tornava o Estado “uma trincheira exterior da fortaleza da
sociedade civil”. Nas formações de tipo “oriental”, a sociedade civil era percebida
como pouco desenvolvida, “gelatinosa”, nesse caso, o Estado é tudo. Desse modo, sua
estratégia revolucionária estaria centrada, no primeiro caso numa “guerra de posição”
e, no segundo, numa guerra de movimento. Segundo Perry Anderson, na primeira
interpretação fica evidenciada, na percepção de Gramsci, a supremacia da sociedade
civil em relação ao Estado nas formações ocidentais. Na segunda interpretação, Perry
Anderson afirma que, ao contrário da primeira, a sociedade civil é apresentada como
contrapeso do Estado ou em equilíbrio com ele, e a hegemonia é distribuída entre o
Estado – ou a sociedade política – e a sociedade civil, sendo ela mesmo redefinida
como combinando coerção e consentimento. Na terceira estaria a noção de Estado
ampliado.
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“Pelo alto”, é uma expressão usada no sentido de que não houve ruptura
entre “atraso” e “moderno”, cabendo ao Estado a direção política do processo
(COUTINHO, 1988, p. 112-114).
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O Hino Acreano tem letra do médico Francisco Mangabeira e música de Mozart
Donizetti, e foi composto em 05/10/1903, ou seja, bem no momento da “Revolução
Acreana”, talvez por isso conserve um caráter belicoso e apresenta orientações para
um tipo de “organização social”.
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Idem.
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Texto originalmente apresentado como parte da Dissertação de Mestrado “Palácio
Rio Branco: linguagens de uma arquitetura de poder no Acre”, defendida no ano de
2011, junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, da
Universidade Federal do Acre.
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Mestre em Letras: Linguagem e Identidade, servidora pública, Secretaria de Saúde
do Estado do Acre.
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Esse Departamento surgiu após a anexação do Território do Acre ao Brasil, quando
o Território foi dividido em Departamentos: Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá.
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Penápolis foi o nome escolhido pelo Prefeito Departamental do Alto Acre, Gabino
Besouro (1908), em homenagem ao Presidente da República Afonso Pena.
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A Diretoria de Higiene foi a responsável pela organização sanitária, assistência
publica, serviço medico-legal, serviço demographo-sanitário, serviço sanitário fluvial,
assistência medico-escolar, assistência dentário-escolar, fiscalização do meretrício e
consumo de medicamentos. Relatório de Hugo Carneiro. p. 58
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ABSTRACT: This article focusses on the analysis of the transformation of the “Rio
Branco” Palace – where the Government of the State of Acre is based – into a history
museum, and, therefore, into a sort of place for the memory of the community of
Acrean Amazon. Planned at the end of the 1920s, the “Rio Branco” Palace also
functioned as the official residence of the Governor until the mid-1970s, when it
began to function only as administrative head office of the Acrean Government. For
the purposes of this paper, what is important is discussing the function change of the
building, after its 2002 “revitalisation”, which turned into a museum, characterised
by selected topics and rigorously coordinated by guides, who, in turn, are previously
instructed to “relate to historical facts” that the “Palace Museum” started to represent,
as a form of diffusion for a crystallised history of this Amazonian state.
KEYWORDS: Memory. History. Museum. Rio Branco Palace. Acrean Amazon.
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O termo “Revolução” é uma força de expressão, que atende mais ao senso comum e
à tradição local que a sua significação conceitual de uma ruptura radical na sociedade.
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Este manifesto foi publicado no livro comemorativo do centenário de “Cruzeiro do
Sul”, por iniciativa do gabinete do senador Geraldo Mesquita Júnior.
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O Manifesto dos Autonomistas foi publicado no livro Cruzeiro do Sul, organizado
pelo senador Geraldo de Mesquita Júnior.
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Data do início da primeira insurreição acreana, quando um grupo de seringalistas
deportou o chefe da aduana de Puerto Alonso.
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Das informações da viagem de Euclides da Cunha ao Rio Purus foram produzidas
as seguintes obras: em 1905 Euclides da Cunha entregou ao Barão do Rio Branco
o Relatório de Reconhecimento; em 1906 as Notas Complementares. Em 1907 publicou
Contrastes e Confrontos, livro com matérias jornalísticas publicadas em 1904 e publicou
também o livro Peru versus Bolívia. Em 1909 foi publicado o livro póstumo À Margem
da História, título escolhido por Euclides da Cunha para o seu segundo livro vingador.
E das informações do Relatório e das Notas Complementares juntamente com as
cartas que escreveu durante a missão, resultou o livro Um Paraíso Perdido, publicado
em 1976.
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E continua:
A terra não tinha amor ao seu dono (no caso o boliviano).
Com as suas florestas desgrenhadas e as suas sombras
lascivas, preferia entregar-se ao estrangeiro que vinha do
Brasil com o cheiro do mar nas carnes rijas. Cada vez
chegava mais gente do Ceará. A terra ali estava inacessível
e áspera. Os rios passavam velozes procurando o seu leito.
Os cearenses também. E a terra parecia mais mansa. Pouco
a pouco o boliviano foi sentindo o desamor das plagas
adúlteras. Cada vez mais a sua taciturna indiferença tornava
o vale alheio aos seus carinhos. Pelas veias impetuosas
duma gigantesca potamografia as águas arremessavam os
índios para o ocidente. O boliviano parecia estrangeiro. O
cearense parecia o dono da casa (BASTOS, 1931, p. 47).
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Referências
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ABSTRACT: This article is about the journey of men and women displaced into
Acrean Amazon after the land expropriation occurred in the municipalities around
Lake Itaipu, at the end of the 1970s. The context is that of the construction of the
Itaipu Hydroelectric Dam, which lead to the inundation and confiscation of rural
properties and the deportation of the residents. This work proposes an approach
centred on the perception of cultural practices and displacements as rooted in time
and space through oral narratives. In addition to direct testimonies, this work used
as evidence newspapers from the time, which often idealised the construction of the
dam and attempted to “record” the conflicts with the people who were expropriated,
alongside with the official propaganda on the “state-directed colonisation” of the
Amazon region.
KEYWORDS: Itaipu. Acrean Amazon. Oral Narratives. Modernisation. Rural
Workers.
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Primeiras Palavras
Este estudo tem como objetivo principal investigar
representações que envolvem noções de patrimônio na Amazônia Marajoara
no período de 1870-1920, o qual cobre o chamado tempo da Belle Époque na
Amazônia. Concomitante a isso, pretende verificar produções e recepções
de sentidos atribuídos ao patrimônio na região marajoara, no que tange às
edificações e mudanças nos espaços urbanos de municípios do Marajó dos
Campos e do Marajó das Florestas.
Dada a importância desse período bellepoqueano
para a Amazônia, as questões que nortearam a investigação foram: a) Quais
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Bacharelado em Museologia, Universidade Federal do Pará.
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Doutor em História Social, Professor da Universidade Federal do Pará.
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Considerações iniciais
Eu sou como Apui, não tem vento que me leve, nem chuva
que me derrube. Minhas raiz vai longe por esse chão afora.
(Miguel Alves Rodrigues)
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Doutora em Educação, Professora da Universidade Federal do Acre.
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Referências
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José de Araújo, 61, Bairro Chico Mendes. Rio Branco Acre 2000.
MACHADO, T. M. R. Migrantes Sulistas: Caminhadas, Aprendizados e a Constitui-
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