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Evolução Humana na Linha do Tempo: Revelações em Versículos da

Bíblia
Ruy Miranda
Textos da Bíblia e a Ciência

A evolução humana na linha do tempo se encontra registrada em versículos da Bíblia. A costela de


Adão simboliza cromossomo, e é a chave da evolução homem macaco. Na discussão evolução vs.
criacionismo, encontramos muitas convergências como esta.
Um adepto da teoria da evolução, e que nega o criacionismo, poderia indagar porque um assunto tão
importante como a criação do ser humano estaria em uma mensagem simbólica ao invés de linguagem
explícita. Por que, afinal, as Escrituras Sagradas não falam de cromossomos? Esta pergunta é procedente, e
vamos examiná-la mais à frente. Para começar, o meu interesse é ver os pontos de confluência entre
evolução e criacionismo, relativos ao aparecimento do ser humano. Vamos direto ao ponto e deixemos as
discussões para depois.
Paralelismo entre costela de Adão e a ciência – Existe uma espantosa coincidência entre números na
Bíblia, envolvendo o criacionismo e números na ciência, relativos à evolução do homem a partir do macaco.
Vejamos a citação bíblica, segundo a qual Deus tirou uma costela de Adão e com ela fez Eva, a mulher:
“Então, o senhor Deus adormeceu profundamente o homem; e enquanto ele dormia, tirou-lhe uma de
suas costelas, cujo lugar preencheu de carne. Da costela que retirara do homem, o senhor Deus fez a mulher
e conduziu-a até o homem.”
Comecemos a análise pelo número de costelas. O homem tem 24 costelas – 12 de cada lado do tórax.
O mesmo número ocorre na mulher. O texto diz que Deus tirou uma costela e não um par de costelas. Se
tivesse retirado uma única costela, o homem teria números diferentes desse osso de cada lado do tórax. E
ainda ficaria a dúvida sobre o número de costelas na mulher.
Essas contradições desaparecem se o texto for examinado à luz de uma informação que Jesus Cristo
deu aos seus discípulos: “Para Deus nada é impossível”. Deus pode ter retirado uma costela de Adão, mas
fez com que a sua mulher e todos e seus descendentes tivessem o mesmo número de costelas. Mas vamos
considerar que a retirada da costela seja uma linguagem simbólica e depois direi porque ela não poderia ser
direta.
Vejamos agora o lado da ciência. O chimpanzé, do qual a ciência admite ter evoluído o homem, tem 24
cromossomos nas suas células sexuais, isto é, 24 cromossomos em cada espermatozóide e 24 cromossomos
em cada óvulo. Estou falando em gametas, células sexuais, aquelas que são capazes de reproduzir a espécie.
Portanto, são idênticos, os números de costelas no homem e de cromossomos no chimpanzé. As outras
células do chimpanzé são diplóides, isto é, têm um par de cromossomos – têm, portanto, 48 cromossomos.
Confluência de versículos da Bíblia e a Evolução Humana na Linha do Tempo – Se admitirmos
que costela simboliza cromossomo, os números na Bíblia, implícitos e explícitos, dizem que Deus retirou um
cromossomo do chimpanzé e com ele fez a mulher. Em outras palavras, o “homem”, um chimpanzé, perdeu
um cromossomo das células sexuais e assim se formou uma mulher.
E, de fato, a mulher, assim como o homem, tem um cromossomo a menos do que o chimpanzé nas
células sexuais. O espermatozóide humano tem 23 cromossomos e o óvulo humano tem também 23
cromossomos. Faz sentido, não? As outras células do ser humano são diplóides, isto é, têm 46 cromossomos.
Mas, já que estamos falando de criacionismo vs. evolução de uma forma amistosa, cumpre ver o que a
ciência diz com respeito à evolução homem macaco, isto é, à evolução do homem a partir do chimpanzé.
A evolução do homem a partir do macaco – Admite-se que na evolução das espécies, por algum
fenômeno desconhecido, houve a fusão de dois cromossomos do chimpanzé e daí teria surgido o homem
primitivo, o hominídeo. Existem teorias que sustentam ter surgido primeiro uma fêmea, o que, se for
verdade, dá mais consistência à visão simbólica da história de Adão e Eva.
Em síntese, temos o seguinte quadro:
*Número de costelas no ser humano: 24
*Número de cromossomos nos gametas do chimpanzé : 24
*Criação : retirada de uma costela.
*Evolução: fusão de dois cromossomos.
*Costela simboliza cromossomo.
*Retirada de uma costela = fusão de dois cromossomos.
*Número de cromossomos resultantes nos gametas: 23 – Nova espécie: homem, hominídeo, possivelmente
representado por uma fêmea.
Ainda sem nos afastarmos muito destas questões primárias, caberia perguntar as razões de tantas
diferenças entre o ser humano e o chimpanzé, pela “simples” fusão de dois cromossomos. Ademais,
continuaria argumentando um adepto do criacionismo, sabe-se que a semelhança entre o DNA do chimpanzé
e do ser humano é superior a 98%, ou seja, ser humano e chimpanzé deveriam ser mais parecidos. Estas
são perguntas pertinentes e que devem ser examinadas com cuidado.
Vamos começar por números: a diferença inferior a 2% entre os DNAs do ser humano e do chimpanzé.
Essa porcentagem pode significar muito, por quatro motivos:
*Estamos começando a conhecer o genoma humano e do chimpanzé, isto é, os mapas do DNA, os
mapas dos genes, e que função cada gen desempenha. Por outro lado, nada sabemos sobre o genoma do
chimpanzé. Assim, é perfeitamente aceitável que essa porcentagem, embora pequena, signifique muito em
termos de diferenças anatômicas e fisiológicas entre as espécies.

*As diferenças podem situar-se em partes fundamentais dos DNAs, suficientes para causar as diferenças
entre as espécies.

*A quantidade de DNA nas células nem sempre é proporcional à sua complexidade. Portanto, os arranjos dos
componentes do DNA nos seres humanos pode ser mais importante que a quantidade.
Assim, a porcentagem um pouco abaixo de 2% de diferença entre o chimpanzé e o ser humano passa a
ter mais significado. A “simples” fusão de dois cromossomos de uma espécie pode causar muitas diferenças
na espécie resultante.

Por que a Bíblia não é explícita? – Em outras palavras, por que, como foi levantado no começo
deste artigo, a mensagem bíblica não fala diretamente em cromossomos? Há pelo menos duas respostas
possíveis.
A primeira é relativa a um dogma do cristianismo e do judaísmo: trata-se de texto sagrado, isto é,
ditado ou inspirado por Deus, e não cabe questionamento sobre como Deus fala.
A segunda é relativa aos escritores da Bíblia: eles seriam seres humanos dotados do conhecimento da
evolução e profundos conhecedores da índole humana. Eles sabiam não ser possível escrever o que os
homens não poderiam entender naquela época (existência de cromossomas, genes, DNA). Sabiam ainda
que, vivendo em uma sociedade patriarcal, a mulher deveria ficar em um plano secundário, na versão
escrita, para facilitar a aceitação da palavra de Deus.
Os fiéis ficam com a primeira resposta, o dogma.
Mas os que não são fiéis podem indagar, com propriedade, como aqueles escritores, recém-saídos de
uma vida seminômade, poderiam deter tais conhecimentos sobre a evolução das espécies.
A Bíblia, como livro, examinada sem qualquer posição preconcebida, é um livro singular, e as pessoas
que escreveram suas diversas partes diferiam do comum dos mortais. Contudo, por mais inteligentes que
tenham sido, elas não poderiam deter alguns desses conhecimentos. Assim, a resposta é: trata-se de um
mistério.
No prazeroso estudo dos números na Bíblia envolvendo criacionismo vs. evolucionismo existem outros
pontos de convergência. Exemplo: parte do texto sagrado reproduzido no início deste artigo e a versão da
ciência relativo a diferenças entre homem macaco. A expressão bíblica “cujo lugar preencheu com carne”
transmite um significado especial e dá margem a mais paralelismos entre religião e ciência. Nós poderiamos
ler essa expressão assim: cujo lugar preencheu com o lobo frontal.
Procriação subseqüente – O aparecimento do ser humano levanta o problema da procriação. Na
história da criação o problema não existe: uma vez criados, Adão e Eva começaram a se reproduzir. Mas, na
evolução, UM indivíduo, surgido da fusão de dois cromossomos não daria origem à espécie humana.
Para ilustrar, digamos que a fusão de dois cromossomos se deu em uma fêmea, resultando 23
cromossomos nos gametas, a qual convivia com machos que tinham 24 cromossomos nos gametas. A
procriação seria impossível. Ainda que copulassem, não haveria formação do ovo devido à falta de simetria
nos DNAs. Como, então, teria procriado o ser humano na evolução?
O mais provável é que o fenômeno – físico, químico, ou físico-químico – tenha atingido vários
indivíduos entre os chimpanzés, causando a fusão de cromossomos em muitos deles, tanto machos como
fêmeas. Na história da evolução existe ainda outra particularidade: os bonobos têm mais elementos do que
os chimpanzés para serem os antecessores do homem.
Preferência pelos chimpanzés aos bonobos – A ciência mostra preferência pelos chimpanzés aos
bonobos na escala evolutiva, embora estes tenham mais semelhanças com os seres humanos. Vejamos:
*O percentual de semelhança entre o DNA dos bonobos e os humanos é maior do que o dos
chimpanzés.
*Têm os genitais mais salientes e voltados para frente, como os humanos.
*São os únicos primatas, exceto os humanos, que copulam pela frente. *Mantêm relações homo e
heterossexuais, assim como de indivíduo jovem com adulto.
*As fêmeas, quando chegam à adolescência, abandonam o seu grupo e se juntam a outro. No novo grupo se
submetem às fêmeas, inclusive sexualmente – depois passam a ter relações com os machos.
*As fêmeas andam em grupos e o macho as respeita porque elas se juntam contra ele na luta pela posse do
alimento.
*Ficam em posição bípede com mais freqüência do que os chimpanzés, e têm o riso mais expressivo. São
também mais cordiais no grupo.
Apesar de tudo isso acredita-se que o homem tenha evoluído dos chimpanzés. A razão reside no fato
de que eles são encontrados em muitas regiões da África e em áreas mais abertas, o que teria favorecido
sua dispersão territorial. Por sua vez, os bonobos vivem em matas fechadas, de algumas regiões da África.
Contudo, do ponto de vista genético, anatômico, emocional e de comportamento, é mais provável que a
espécie humana tenha derivado dos bonobos. Talvez, depois de sua comunidade ser atingida por um
cataclismo, eles tenham se refugiado em matas fechadas.
Ancestral do homem: nem chimpanzé nem bonobos – Uma outra teoria admite que chimpanzés,
bonobos, gorilas, orangotangos, gibão, pertencentes à família de primatas conhecida como Pongídeos, assim
como a família dos Hominídeos, cujo único representante é o homem, todos pertencentes à superfamília dos
Hominóideos, teriam derivado de indivíduos conhecidos como Macacos do Velho Mundo.
A minha concepção é de que alguma violenta mudança ambiental, atingindo África e Ásia, alterou a
estrutura genética de muitos Macacos do Velho Mundo (Cercopitecóideos) no período compreendido entre 6
milhões e vinte e cinco milhões de anos atrás. Surgiram Pongídeos diferentes.
Por que não teriam surgido hominídeos diferentes? O homem atual deve ter apresentado diferenças
entre os indivíduos desde o começo. Por exemplo, deve ter aparecido, ao mesmo tempo, indivíduos com pele
branca e pele negra na África e na Ásia. Condições climáticas e a luta pela sobrevivência teriam facilitado o
desaparecimento de indivíduos de pele branca na África e de pele negra em regiões geladas.
A teoria de um tronco comum para todos os Hominóideos não muda o paralelo com a costela de Adão.
Toda a superfamília dos Hominóideos teria surgido de indivíduos com 24 cromossomas nos gametas. Uma
família (Pongídeos) continuou com 24 cromossomas nos gametas e outra (Hominídeos) apareceu com 23
cromossomos.

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