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A Criação: Quando? Como?

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By Site Rei Eterno - ADM 12 de abril de 2017

O texto abaixo é parte de uma série de sermões de John MacArthur sobre o livro
de Gênesis. Clique aqui e veja os links dos sermões já publicados.
A Bíblia tem sido atacada pelos incrédulos. Até aí é compreensível. Mas, no meio
do cristianismo, levantaram-se importantes figuras para negar a exatidão do livro
de Gênesis, resumindo-o a alegorias, simbolismo e até mesmo a uma mera
“estória”.
Segundo John MacArthur, a maioria dos seminários evangélicos nos Estados
Unidos não crê mais nos relatos acerca da criação e do dilúvio contidos no livro de
Gênesis, e tentam conciliar a fé com teorias ateístas da ciência evolucionista.
Ele tem dito que não imaginava que gastaria anos do seu ministério defendendo a
Bíblia dos ataques da própria igreja.
Sabemos que o Espírito Santo de Deus instrui as verdadeiras ovelhas do Senhor a
ouvir a sua voz através de toda a sua Palavra, de Gênesis a Apocalipse.

Vamos abrir nossas Bíblias no capítulo 1 de Gênesis. Finalmente, chegamos à seção


sobre as origens em Gênesis 1, e depois um pouco no capítulo 2, que será a ênfase de
nosso estudo nas próximas semanas .

A Bíblia se introduz com uma declaração monumental: “No princípio, Deus criou os
céus e a terra“. Com essa afirmação, a Palavra de Deus, a Sagrada Escritura, afirma a
existência do universo e tudo nele como produto do ato criador de Deus. É uma
afirmação muito importante. Este versículo, eu vou dizer novamente, afirma a existência
do universo e tudo nele como produto do ato criativo de Deus.

É mostrado neste versículo que a evolução, a teoria dominante da ciência, não é


verdadeira. O que existe, não existe porque evoluiu, mas porque Deus criou. Nas
últimas semanas, tentamos mostrar que a evolução não é científica, a evolução não é
razoável, a evolução é impossível e irracional. Temos dito que nunca houve um
fragmento de evidência de que a matéria, em qualquer nível, quimicamente falando,
pode ou irá organizar-se sozinha.

Mesmo quando energizada, a matéria não tem a capacidade de organizar-se por si


mesma, para ir tornando-se vida viável e, paulatinamente, ir se tornando um um tipo de
vida continuamente superior, até, finalmente, chegar à vida humana. Nunca houve um
pingo de evidência de que a matéria fez isso ou pode fazer isso.

Há mais de 100 anos, Louis Pasteur provou que a biogênese espontânea não pode
ocorrer. Uma célula não pode aumentar sua complexidade. Uma célula não pode
adicionar informações necessárias em seu DNA ou seu código genético para elevar-se a

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um nível superior. Isso é impossível! Nunca foi feito. Nunca foi visto.

É sabido na ciência que nenhuma mutação genética resulta em algo melhor.


Sempre resulta em algo defeituoso. Na verdade, a seleção natural defendida por Darwin,
ou o processo de mudança ou mutação é sempre descendente, nunca ascendente. As
vidas de indivíduos que diferem muito do padrão de sua espécie em função de mutações
genéticas não trazem melhorias nesse indivíduo, mas defeitos, problemas.

Assim, os mutantes não melhoram a espécie. Isso é a lei da entropia. Eles são um
declínio. Em regra, as mutações que ocorrem a nível celular geram a morte da
célula. A seleção natural é, então, somente para pior, não para melhor. Dessa forma, a
seleção natural realmente impediria que a evolução ocorresse.

Nenhuma espécie é capaz de ascender de um nível mais simples de vida para um


mais complexo. A espécie pode até decair em função de uma diminuição em sua
informação [código genético], por algum evento entrópico que gera desorganização.
Mas, nenhuma espécie de vida pode aperfeiçoar o que ela é, porque não pode encontrar
novas informações [códigos genéticos].

É verdade que as espécies podem extinguir. Há, francamente, milhões de espécies


que já foram extintas neste mundo, e há milhares, dizem-nos, ameaçadas de extinção.
Havia mais espécies do que há agora. Havia espécies no passado que não temos hoje,
como os dinossauros. Pode muito bem ter havido outros tipos de macacos e outros tipos
de mamíferos como espécies, bem como insetos e pássaros, cobras e criaturas do mar.
E tudo isso desapareceu.

Essas espécies extintas no passado podem parecer que são elos entre várias espécies
[como sempre alegam os evolucionistas, mas não conseguem provar suas alegações].
Nunca houve um fragmento de prova de que um tipo de espécie pode se tornar
noutro, muito menos que se transforme em um tipo de vida mais elevado. O que
parece ser algum tipo de elo intermediário encontrado em algum tipo de fóssil,
nada é além de apenas uma espécie antiga que saiu da existência, como ocorreu
milhares de vezes em todo o tempo.

A evolução – com sua teoria do caos e sua teoria da matéria ininteligente existente
em características aleatórias, organizando-se por acaso em formas altamente
complexas e, finalmente, ao nível da inteligência e personalidade humanas -, é tão
absurda e tão impossível e tão cientificamente imprecisa que nenhuma pessoa
honesta poderia acreditar nisso.

A evolução é uma violação de tudo o que a ciência moderna sabe ser verdadeiro.
Por outro lado, não precisamos da evolução para explicar nada, porque acabamos de ler
como tudo aconteceu, em Gênesis 1:1. A matéria inorgânica não pode se organizar para
se tornar matéria orgânica. A matéria orgânica não pode se organizar por características
aleatórias para se tornar mais complexa e, finalmente, atingir o nível de inteligência e
personalidade humana. Isso não tem como acontecer e não acontece.

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As pessoas perguntam, e esta é uma visão muito popular hoje, mas não poderia
Deus, que nós reconhecemos como o Criador, ter usado a evolução após a criação
da matéria original? Deus não poderia ter usado a evolução no sentido da evolução
teísta? Não, Deus não poderia ter usado a evolução, porque a evolução é impossível. A
evolução supõe que a matéria pode se organizar por si mesma.

E. Wilder Smith, um cientista brilhante que fez um trabalho literalmente inovador sobre
este assunto, e que é um criacionista firme, escreveu: “A informação necessária para
construir o homem não reside nos poucos elementos necessários para compô-lo“.
Você não pode explicar o homem, mesmo através dos componentes nos quais ele pode
ser reduzido em um laboratório.

A informação genética não pode vir do nada, a informação genética não pode surgir
espontaneamente. Tampouco a própria matéria opera a si mesma e organiza a si
mesma em algum nível mais elevado de complexidade. A informação genética é
recebida, ou adquirida. Essa informação vem do exterior, de uma fonte inteligente,
que dá vida, ou seja, Deus.

Não deveria haver nenhuma pergunta sobre como o universo veio à existência. É
claramente respondido no versículo 1 da Bíblia. Mas, mesmo estando tão claro na Bíblia,
acredito que se houvesse uma teoria diferente da evolução para refutar a Bíblia, os
cientistas se alinhariam para obtê-la.

Os cientistas teriam prazer em obter e defender uma explicação mais racional do


que continuar a defender a evolução. Mas eles não têm outra alternativa à
evolução, senão a criação divina. Só que é intolerável para o homem pecador
admitir Deus como O Criador, porque O Criador também é a autoridade moral do
universo e O juiz de todos os homens.

A evolução não faz nenhum sentido. Por outro lado, a Bíblia faz. Gênesis começa
dizendo que “Deus criou os céus e a terra“. E, ao longo do primeiro capítulo,
descobrimos como Ele os criou.

Agora, este é o relato preciso da Testemunha Ocular da criação do universo. O relato da


criação é apresentado de Gênesis 1: 1 a Gênesis 2:3. O esboço do livro de Gênesis o
divide em duas partes. A primeira parte é a criação, que vai de Gênesis 1: 1 a 2:3. A
segunda parte é chamada de gerações. Começando no Capítulo 2, versículo 4, você
conhece o início da história do homem, até o fim do Gênesis, através do período
patriarcal.

Podemos dizer, então, que Gênesis 1:1 dá um relato geral e inclusivo da criação
através da declaração: “Deus criou os céus e a terra.” Você não pode fazer uma
declaração mais ampla do que essa. Ela engloba tudo. Essa é uma maneira de dizer que
Deus criou tudo no universo.

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Tudo o que existe, sejam galáxias, ou nebulosas, ou sistemas solares, sejam
aquelas coisas que estão nos confins do universo, no espaço, ou seja o menor
grão de areia, ou um micróbio bacteriano no planeta Terra, enfim, absolutamente
tudo foi criado por Deus. Ele é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Todas as coisas significa tudo. Engloba as várias fileiras de anjos, baleias, elefantes,
vírus, tudo. Todas as coisas incluem todas as formas de energia, todas as formas de
matéria, a velocidade da luz, a estrutura nuclear, o eletromagnetismo, a gravidade, todas
as leis pelas quais a natureza opera. Tudo isso foi criado no âmbito dessa criação de
Deus. Todas as coisas.

Por trás da criação de tudo no universo está o Deus vivo que eternamente existiu
como Deus, mas que nem sempre foi ‘O Criador’. Mas, aqui Ele se torna O Criador e
cria tudo, absolutamente tudo. Começando no capítulo 2, versículo 4, como eu disse, o
tema é a criação do homem e a história do homem. Essa história começa em Gênesis e
termina em Apocalipse.

O relato de Gênesis não é uma alegoria. Não há nada no texto hebraico, ou no texto
em inglês que indique que esta é uma história fantasiosa, ou algum tipo de quadro
alegórico. Não há nada também que indique que seja algum tipo de poesia mística,
algum tipo de estilo lírico, literário, diferente da história real.

Esta é puramente a história contada por Deus, escrita por Moisés. O próprio
Criador deu a Moisés este relato preciso da história. Aceitamos a Escritura como
inspirada por Deus e inerrante. Não há nada neste texto que indique que seja outra
coisa, senão a simples história.

Agora, quando o versículo 1 diz: “no princípio Deus criou“, a palavra hebraica usada aí
é barah, que é usada na Escritura apenas com referência à obra de Deus. Significa,
basicamente, que o Deus infinito, eterno, pessoal e Trino do universo trouxe coisas à
existência que não existiam antes deste momento. Ele criou – em latim se diz ‘ex nihilo’,
isto é, a partir do nada. Ou seja, não havia material pré-existente.

Hebreus 11:3 diz: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram
criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” As coisas
que vemos no universo criado não foram feitas a partir de outra coisa. Foram criadas do
nada, ex nihilo, sem material pré-existente. Então, tudo ao nosso redor, seja o que você
pode ver ou o que não pode, foi criado por Deus sem o uso de matéria-prima pré-
existente.

Gênesis é o único registro da criação. É a única fonte de informação sobre a criação.


Agora, enquanto olhamos para este primeiro verso, vamos fazer três perguntas. Eu
acho que essas são perguntas fascinantes, e creio que você vai descobrir isso à medida
que seguirmos o nosso estudo.

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Primeira pergunta: Como Deus criou todas as coisas, por qual método as criou? Já
dissemos que Ele não poderia ter usado a evolução por duas razões. Afirmamos que,
número um, o texto de Gênesis 1 não deixa espaço para a evolução, e dois, a evolução
não existe.

Como Ele fez tudo isso? Como Deus fez tudo isso? De modo muito simples para Ele,
realmente. Verso 3: “E disse Deus: Haja luz e houve luz.” Versículo 6: “ E disse Deus:
Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.” E
foi exatamente isso que aconteceu. Versículo 9: “E disse Deus: Ajuntem-se as águas
debaixo dos céus num lugar.” E assim aconteceu.

Versículo 11: “E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente,
árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a
terra; e assim foi.” Versículo 14: “ E disse Deus: Haja luminares na expansão dos
céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para
tempos determinados e para dias e anos.” E assim aconteceu.

Versículo 20: “E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma


vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.” E aconteceu
exatamente como Ele ordenou. Então, no versículo 24: “E disse Deus: Produza a terra
alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a
sua espécie; e assim foi.” E assim foi. Versículo 26: “Então Deus disse: ‘Façamos o
homem’…“.

Como Deus criou todas as coisas? Qual foi o Seu método? Ele simplesmente
disse. Ele falou e tudo veio à existência a partir do nada. Este é Deus. Salmos 33:6
e 9: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo
espírito da sua boca. Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu.” É a
afirmação do salmista acerca do relato de Gênesis sobre a criação. Deus disse ‘que
haja’ e cada vez que Ele disse isso, ‘houve’. Isso é o que chamamos de ‘criação por
comando’. Ele quis criar, ordenou que fosse feito e, apenas a partir de Seu comando,
tudo veio à existência.

O Salmo 148:5 diz: “Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados.”
Foi assim que tudo veio a existir. Não existia, Deus quis que existisse. Ele falou e tudo
veio à existência. Esse é o relato divino da criação. Marcos 13:19 fala sobre a criação de
Deus: “Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o
princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.”

O Novo Testamento dá ênfase no fato de que Deus criou. Mateus 19:4, Jesus disse:
“Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez…?” A
Bíblia sempre faz referência a Deus como O Criador. Romanos 1 diz que é tão evidente
que Deus seja o Criador, que se você não crer nisso, você não tem desculpas.

Colossenses, no seu grande primeiro capítulo, versículo 16, diz: “Porque nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam
tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado

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por ele e para ele.” Isso resume tudo. Essa é sempre a afirmação bíblica, do Novo
Testamento e do Velho Testamento: Deus é O Criador.

Hebreus 1:10, diz: “E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra
de tuas mãos.” Quero dizer que a Escritura apenas afirma continuamente Deus como O
Criador, e que Ele criou simplesmente por querer e depois falou e tudo veio a existir.
Ouça Romanos 4:17, este é outro testemunho, ele diz: “Como está escrito: Por pai de
muitas nações te constituí, perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual
vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.“

Aqui está a definição de Deus: “Deus, que dá vida aos mortos.” Ouça isto: “e chama
as coisas que não são como se já fossem.” Isso é Romanos 4:17. A criação é Deus
chamando à existência o que não existe.

Não há espaço nisso para a evolução, pois esta depende da mutação. O que Deus fez
foi criar. Em um algum momento da eternidade, o Deus eterno falou e tudo veio à
existência. Deus criou tudo a partir do nada. Portanto, dizemos que o espaço material,
tempo, universo teve um começo absoluto. Não é algum tipo de começo relativo. O
sentido claro de Gênesis 1:1 não é francamente discutível. É inconfundível. No princípio
Deus criou tudo, tudo.

Santo Agostinho escreveu em sua Confissão: “Foram feitas por ti do nada, não de
tua substância, nem de nenhuma substância estranha ou inferior a ti, mas de
matéria concriada, isto é, criada por ti ao mesmo tempo em que lhe deste forma,
sem nenhum intervalo de tempo.” Não havia material pré-existente. Nada veio à
existência sem que Deus houvesse criado. João 1: 3, diz: “Todas as coisas vieram a
existir por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” Não há nada que exista que
Deus não tenha criado. Essa é uma declaração escritura muito, muito clara.

Volte para Gênesis 1 por um momento, e eu quero lembrá-lo de algo que é muito
importante. Toda criação começou e terminou em seis dias, claramente. Não há
nenhum argumento que possa prevalecer sobre isso. Veja o capítulo 2, versículo 2: “E
havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia
de toda a sua obra, que tinha feito.” Ele criou o universo inteiro a partir do nada, de
nenhum material preexistente. E Ele o fez em seis dias.

No primeiro dia, Ele criou a luz e a Bíblia diz que houve uma tarde e uma manhã, ou
seja, um dia. Que tipo de dia é esse? É basicamente o que chamamos de dia solar. É
apenas um simples dia comum, normal. Agora, quero lhe dizer uma coisa. Deus fez tudo
isso em seis dias. O versículo oito diz que houve uma tarde e uma manhã no segundo
dia, o versículo 13 diz que houve uma tarde e uma manhã no terceiro dia, e a narrativa
segue nesse mesmo padrão (versículos 19, 23, 31).

Ele está se referindo a seis dias normais e comuns, como nós compreendemos o que é
um dia. Toda a criação, pessoal, terminou no sexto dia. É muito importante saber que a
Bíblia sempre fala da criação como um evento passado. Marque isso em sua

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mente. A Bíblia sempre fala da criação como um acontecimento passado. A
evolução refere-se a si mesma como algo contínuo, que está sempre acontecendo.
Nunca é como a Bíblia se refere à criação.

Hebreus 4: 3, diz: “… as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do


mundo.” Hebreus 4:10, no mesmo sentido: “Porque aquele que entrou no seu
repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.” A Bíblia
sempre vê a criação como concluída e acabada. É um evento passado. Deus terminou a
criação, nunca adicionando nada a essa criação original. No sétimo dia Ele descansou
da criação e Ele continuou a descansar da criação.

Você diz: ‘O que Ele está fazendo agora?’ Resposta: conservação. A criação está em
Gênesis. Após ela, Deus age conservando essa criação, como diz Hebreus 1:3, última
parte: “Ele sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder.” No Reino milenar,
haverá a restauração, quando Ele irá restaurar a Terra e o universo de volta ao seu
caráter edênico ou quase-edênico. No final, haverá a recriação: o novo céu e a nova
terra.

Mas, a criação é um acontecimento passado. Conservação está no presente.


Restauração e recriação é para o futuro. A evolução exige uma transição contínua. Até
mesmo os evolucionistas teístas, que dizem acreditar na Bíblia, defendem que o
processo evolutivo vai sempre acontecendo, acontecendo e, ostensivamente, trazendo
novas coisas à vida.

Mas, Deus criou tudo em seis dias e não há evolução nesse capítulo de Gênesis, não há
um indício sequer de evolução em qualquer parte deste capítulo. Não há lugar para uma
teoria evolucionária, porque a Palavra fala em dias.

Versículo 31: “Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom.” Agora, Deus
terminou a Sua criação em seis dias e Ele disse: “É muito bom.” Agora, o que isso
significa? Nada era ruim. Nada de ruim significa que nada era inferior, nada não
sobreviveu, nada desapareceu.

Você sabe o porquê: não havia morte. Quando Deus terminou Sua criação, Ele
olhou para tudo, na verdade, a narrativa diz várias vezes que Ele viu que era bom.
Nada era inferior, nada não sobreviveu, nada tinha morrido ou tinha sido morto na
luta pela sobrevivência do mais apto. Se a criação tivesse envolvido algum
processo evolucionário, então Deus teria que ter dito: ‘que vença o melhor!’ Ele
não disse isso.

E, como poderia ter havido bilhões e bilhões de anos em evolução, bilhões de anos
de luta, morte e sobrevivência em um mundo onde não havia a maldição? Em um
mundo onde não havia morte? Não existia a morte até Gênesis, capítulo 3. O
apóstolo Paulo torna absolutamente explícito no livro de Romanos que foi através do
pecado que a morte entrou no mundo. Não havia pecado nessa criação perfeita. Não
poderia haver morte, então não havia como plantas e animais morrerem.

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Nenhum pecado, nenhuma morte. Sem morte, sem evolução. A Queda veio e
introduziu a morte. E a morte introduziu a lei da termodinâmica, ou entropia, que é
a desintegração e desordem. Mas, neste momento, não existia tal coisa. Portanto, não
há como injetar a evolução legitimamente no texto de Gênesis

Outra informação importante: quando Deus fez tudo, Ele fez tudo crescido. A velha
questão: ‘quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?’ Você quer a resposta? O frango
crescido! Deus não atirou sementes em todas as direções, e as espécies de vida foram
nascendo. Ele criou uma criação plena e completa, plena e madura, capaz de se
reproduzir, sustentando sua vida. Por isso Ele disse que tudo era muito bom.

Agora, as pessoas geralmente questionam sobre o significado ou sentido real da


palavra ‘dia’ na narrativa da criação. É uma velha palavra hebraica, muito antiga, yom,
que significa dia. É usada na Bíblia para indicar um dia solar de 24 horas, ou às vezes
para se referir à parte da luz de um dia. Se você diz: ‘eu estarei fora quatro dias’, você
quer dizer quatro dias contendo dia e noite cada. Ou você pode dizer a alguém: ‘este tem
sido um belo dia’, e você está se referindo à parte da luz daquele dia. Ou seja, você usa
a palavra da mesma maneira que os hebreus a usavam.

Quando yom é modificado por um número, universalmente, sem exceção na Escritura,


refere-se a um dia solar normal. Agora, às vezes o dia é usado na Escritura para se
referir a algum período de tempo não definido com precisão. Jó disse: “Meus dias são
vaidade“. O Salmo 90, versículo 9, diz: “Nossos dias se passaram“. É a referência a
um período de tempo indefinido, mas entendemos que significa um período de tempo. E,
mesmo assim, o dia ainda significa alguma sucessão finita de dias normais, não alguma
vasta idade de anos milenares ou milhões de anos.

É provável que você possa estar se perguntando por que Deus Levou seis dias para
concluir a criação. Por que Ele não fez em seis minutos ou seis segundos? A resposta
é: Ele levou seis dias, porque Ele queria estabelecer um padrão.

Em Êxodo, capítulo 20, Ele nos dá o padrão: “Lembra-te do dia de sábado para
santificá-lo. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o
sábado do Senhor teu Deus; nele não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem o teu gado, nem o teu estrangeiro que ficar
contigo. Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles
há, e descansou no sétimo dia; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o
santificou.”

Deus quis estabelecer um padrão para a humanidade, e esse padrão foi você trabalhar
seis dias e ter um dia para descansar, reabastecer seu corpo e focar em adorar a Deus.
Deus escolheu fazê-lo em seis dias para definir um padrão para nós.

Agora, se na verdade Ele levou bilhões de anos [como dizem os que argumentam que os
seis dias não são dias literais], então o padrão é ridículo. A obra de criação de Deus
estabeleceu o padrão para o homem, que leva Sua imagem. Seis dias você trabalha e
um dia você adora.

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Henry Morris em seu livro ‘O Registro de Gênesis’, diz:

Deus chamou de dia o claro e a escuridão chamou noite. Como se, em


antecipação do futuro mal-entendido, Deus cuidadosamente definiu seus termos.
Na primeira vez em que usou a palavra dia, definiu-a como a luz para distingui-la
da escuridão chamada noite. Tendo separado o dia e a noite, Deus havia
completado o seu primeiro dia de trabalho. A noite e a manhã foram o primeiro dia.
Esta mesma fórmula é usada na conclusão de cada um dos seis dias. É óbvio que
a duração de cada um dos dias, incluindo o primeiro, foi a mesma. É claro que, a
partir do primeiro dia e continuando depois disso, houve um período de sucessão
cíclica de dias e noites, períodos de luz e períodos de escuridão.

Não há outra maneira de interpretar isso. Nenhum outro jeito. Então, como surgiram as
teorias que se referem a essas idades de bilhões de anos no registro da Criação?
Não de Gênesis. Esses argumentos vieram de fontes fora das Escrituras: a falsa teoria
científica imposta à Bíblia, uma crítica mais elevada que ataca a historicidade da Bíblia e
distorceu as filosofias humanas e autocentradas.

Mas, você sabe que a falsa teoria científica e as críticas mais elevadas vindas de
escolásticos incrédulos fizeram com que os eruditos cristãos torturassem este texto com
interpretações injustificadas. Não há absolutamente nada nas páginas de Gênesis 1 e 2
que permita qualquer outra conclusão, exceto uma criação de seis dias solares de 24
horas. Sei que essa verdade pode ofender o evolucionista, mas isso não muda a
verdade. E ninguém que se senta para julgar a Bíblia pode estar bem intencionado.

Outra questão: quando aconteceu a Criação? Ocorreu há milhões e bilhões de


anos atrás? A ciência costumava dizer dois bilhões de anos, mas agora eles mudaram
isso. Eles se inclinam para 20 bilhões de anos e, a cada ano que passa, eles aumentam
mais esse número. Você vê, como eles nunca viram nada evoluir, então eles deduzem
que provavelmente o processo de surgimento do universo e da vida levou mais tempo.

Mas, se sabemos que não há evolução, qual a razão de estabelecermos esse imenso
período de tempo? Se as coisas não evoluem, se a matéria não se organiza
aleatoriamente, ou por acaso, evoluindo e evoluindo, se não há nenhuma evidência de
que alguma vez ocorreu isso, o que mais tempo alcançaria? Como não há evolução, não
é necessário se falar em bilhões ou milhões de anos. Seis dias são o tempo necessário.

O homem não evoluiu finalmente de um macaco por mais de cinco bilhões de anos. Ele
foi criado nas mesmas 24 horas que os macacos. Você diz: então, e os fósseis? Eu
lhes digo uma coisa sobre fósseis: eles foram formados após a criação, não antes.
Eles com certeza teriam que ser formados após a criação.

Nota do site: há teorias que divagam sobre uma criação antes da criação e da
existência de uma raça pré-adâmica. Essas teorias sustentam que os fósseis foram
formados nessa era pré-adâmica. O pastor MacArthur está justamente refutando
esses argumentos.

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Deixe-me dar-lhe uma definição científica de fósseis: matéria morta. Isso não é
profundo, mas é isso. Agora, como poderiam os fósseis serem formados antes que
houvesse morte? Romanos 5:12, como mencionei anteriormente, atesta que a morte
veio pelo pecado. Não havia morte antes da queda de Adão. Você não pode ter
bilhões e bilhões de anos de bilhões e bilhões de coisas morrendo e se tornando
fósseis, se você não tiver a morte!

É verdade que existem bilhões de fósseis e há campos fósseis em todo o mundo. A


morte maciça ocorreu. O que causou isso? Houve claramente um tremendo reinado
de morte. Houve claramente uma morte maciça e a Bíblia dá a informação
absolutamente precisa sobre esse acontecimento: o dilúvio universal, mundial.
Está registrado em Gênesis 6 e 7, e você pode olhar para a ciência disso. É
absolutamente fascinante.

Muito provavelmente foi naquela época, os cientistas creem, que o super continente foi
dividido. As fontes do abismo foram rompidas, e a superfície da Terra foi alterada. As
placas tectônicas colidiram, foram empurradas para cima, formando as montanhas, que
costumavam estar no fundo do mar. É por isso que você encontra peixes fósseis no
Himalaia, e no Grand Canyon.

A Terra inteira foi fraturada. Não há água de chuva que caia por 40 dias suficiente para
afogar a terra acima do Himalaia, excedendo 8.000 metros de elevação. A água tinha
de vir de algum outro lugar. E veio. Ela veio do fundo do oceano. A superfície da
terra rachou-se e a lava derramou-se aquecendo a água. À medida que a água
evaporava, subia para o céu, condensava e precipitava de novo, caía sobre a Terra
e a inundou em uma inundação maciça.

Toda essa atividade de placas tectônicas colidindo, empurrando montanhas e tudo isso,
pode ser rastreada até o dilúvio. Mateus, capítulo 24, versos 37 a 39, refere-se ao dilúvio
e usa a palavra grega kataklusmos, que é a palavra cataclismo. Literalmente, o
dilúvio reorganizou totalmente a superfície da Terra e engoliu toda a Terra em
água. Esse cataclismo hidráulico massivo é o que produziu a extinção de muitos
animais instantaneamente durante os períodos dos dias em que choveu e criou
esta morte mundial, que produziu os fósseis.

2 Pedro 3 fala sobre como Deus destruiu toda a Terra, verso 6, inundando-a com água.
Esse grande cataclismo mundial produziu as calotas polares, produziu a idade do gelo e
explica os fósseis. Há muito mais sobre esse assunto e você pode ler por si mesmo. Há
uma imensa quantidade de material científico sobre o dilúvio e seu impacto cataclísmico
sobre a Terra.

Então, voltemos à pergunta: quando isso aconteceu? Não precisamos de bilhões e


bilhões de anos para que os fósseis sejam formados. Se você tomar os ossos de seu
pássaro morto e colocá-los no quintal, quanto tempo vai demorar até que eles se tornem

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um fóssil? Bem, eles nunca se tornarão um fóssil. O solo teria que abrir e esmagar esses
ossos e mantê-los lá para você ter algum tipo de fóssil. Tem que haver cataclismo para
criar esse tipo de resultado nos sedimentos e nos ossos que são encontrados.

Por exemplo, no terreno em torno do Monte Sta. Helena, onde também ocorreu um
cataclismo, houve o mesmo efeito de formação instantânea de fósseis.

Nota do site: John MacArthur está se referindo à grande erupção do vulcão Monte
Sta Helena, em 1980, localizado em Washington, EUA. Foi a erupção vulcânica
mais mortal e catastrófica da história dos EUA. Em três horas de erupção, foram
produzidos mais de sete metros de depósito de sedimentos, contrariando a teoria
de que esses depósitos necessitam de muitos milhares de anos para serem
formados. Também, houve a formação de fósseis, contrariando a doutrina
evolucionista de que estes carecem de milhares ou milhões de anos para serem
formados. Nesse assunto, destacam-se os trabalhos dos geólogos Dr. Harold
Coffin e Dr. Arthur Chadwick, dentre outros. Esse tema será mais minuciosamente
abordado pelo pastor MacArthur nos sermões seguintes, quando tratar
especificamente do Dilúvio.

Assim, o Dilúvio responde ao problema dos fósseis e dos sedimentos e ao


rearranjo da superfície da Terra. Toda a ciência legítima aponta francamente para
esse grande cataclismo.

Mas, agora, vamos ver se podemos obter um cronograma sobre quando tudo isso
aconteceu. Da criação do universo até a criação do homem, quanto tempo se
passou? Seis dias. Começando em Gênesis 5, temos Adão, e então, começamos com
Adão em Gênesis 5 e seguimos até o dilúvio. E nesse relato, aparecem os nomes de
muitas pessoas com suas respectivas idades ou anos de vida.

No capítulo 5, temos a sequência. O padrão de narrativa é: fulano viveu tantos anos e


teve um filho. Calculando a partir dessas informações, temos seis dias desde a criação
do universo até a criação do homem e, desde o primeiro homem, Adão, até o dilúvio,
temos 1.656 anos.

Gênesis 11 dá a cronologia do dilúvio até Abraão. Começa com os filhos de Noé. O


versículo 10 segue para Abraão, o que dá 225 anos. Seis dias, 1.656 anos e 225 anos.
Então, em menos de 2.000 anos chegamos em Abraão. Iniciando Gênesis 12 com
Abraão e passando pelos livros históricos do Antigo Testamento – Êxodo, Números,
Josué, Juízes, 1º e 2º Samuel, 1º e 2º Reis, 1ª e 2ª Crônicas – temos a cronologia de
Abraão até o cativeiro babilônico.

Assim, de Abraão até o cativeiro babilônico, seriam: 430 anos no Egito, 40 anos no
deserto, sete anos conquistando Canaã, 350 anos dos juízes, 110 anos do reino unido
sob a liderança de Saul, Davi e Salomão, sucessivamente, mais 350 anos com o reino
dividido em Judá e Israel, mais 70 anos do cativeiro babilônico. E, então temos o retorno
e a reconstrução de Jerusalém, perfazendo 140 anos.

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Desse modo, de Abraão até o retorno do cativeiro e reconstrução de Jerusalém e a
reconstrução da nação Israel somam-se cerca de 1.500 anos ou mais. Depois da
reconstrução e da restauração, chegamos ao fim do Antigo Testamento. Vêm, então,
400 anos de silêncio. Logo, da Criação até Abraão temos cerca de 2.000 anos. De
Abraão até o Novo Testamento, também cerca de 2.000 anos. Do início do Novo
Testamento até agora somam-se cerca de 2.000 anos.

O bispo James Ussher, um grande erudito, a propósito, viveu de 1581 a 1656,


acrescentou todos os registros cronológicos genealógicos das Escrituras e disse que
achava que a Criação tenha ocorrido em 4004 a.C. Agora, vocês sabem, os
evolucionistas apenas zombam disso. Eles não aceitam que o mundo, o universo, só
exista há 6.000 anos. Mas, o bispo Ussher estava, sem dúvida, muito perto de ser
preciso.

Antes de Charles Darwin, qualquer homem educado que sugerisse que a


humanidade tinha mais de 6.000 anos era visto como um tolo. Todos os registros
históricos se encaixam nesses 6.000 anos. Você pode estudar a história européia,
pode estudar os registros egípcios e todos eles voltam não muito mais que isso no
tempo. Você pode estar pensando: ‘é possível que alguns nomes tenham sido
ignorados nas genealogias?’ Esse é um dos argumentos que você ouve o tempo todo.

Deixe-me te contar algo. É muito difícil provar se algum nome ficou fora das genealogias.
Isso é muito difícil de provar. Como você pode dizer que alguns outros nomes deveriam
estar lá? Não estão lá. Mesmo que tivessem deixado de adicionar alguns nomes na
genealogia do capítulo cinco ou na do capítulo 11, a história de Israel está definida.
Sabemos disso, bem como conhecemos quanto tempo transcorreu de Cristo até agora.

Então, se você está falando sobre esse primeiro período de tempo e quer dar um pouco
de espaço para as genealogias, você pode adicionar algumas centenas de anos aqui e
ali. [E isso não altera em nada o fato de que a Bíblia não concorda com a teoria dos
milhões de anos de existência propugnada pela ciência.]

Os estudiosos de Princeton do século XIX, William Green e B. B. Warfield, ambos


diziam-se ser inerratistas, ou seja, acreditavam na autoridade da Bíblia. Mas, eles
tentaram harmonizar a Bíblia com a evolução. A maneira que eles encontraram para
fazer isto foi esticando as genealogias, já que não há nada a discutir sobre os últimos
2.000, bem como não há nada a discutir sobre os 2.000 que transcorreram de Abraão
até o período do Novo Testamento. Esses períodos de tempo estão muito bem fixados
na história.

Então, eles decidiram que preencheriam alguns anos nos primeiros 2.000. Disseram que
havia várias gerações omitidas e que as palavras ‘pai’ e ‘gerou’ mencionadas várias
vezes nos registros das genealogias poderiam pular gerações e se referir a um
antepassado mais remoto. Não há nenhuma evidência disto. William Kelly escreveu:

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Mesmo se Green e Warfield estivessem corretos ao afirmar lacunas dentro das
genealogias de Gênesis, a atribuição mais generosa de lacunas entre várias
gerações não poderia acrescentar mais de várias centenas ou, no máximo, cerca
de mil anos à cronologia de Ussher. De fato, um olhar mais cuidadoso sobre essas
lacunas indicará que elas realmente não mudam a cronologia bíblica geral pela
seguinte razão: o autor de Gênesis definiu a duração da era patriarcal em termos
do tempo transcorrido entre o nascimento dos patriarcas – e que estão realmente
registrados -, e não em termos de quantos outros descendentes podem ter existido
e que não estão listados.

Você entendeu? Se você estabelecer o tempo dos patriarcas, você não pode acrescentar
mais anos entre eles. James B. Jordan escreveu:

Qualquer pessoa que abrir a Bíblia em Gênesis capítulos 5 e 11, notará que a
idade de cada pai é aquela que ele tinha no tempo do nascimento de seu filho.
Adão tinha 130 anos de idade no nascimento de Sete, que tinha 105 anos de idade
no nascimento de Enos, e assim por diante. Assim, parece que temos uma
cronologia ininterrupta desde a criação até Abraão. Não existem lacunas na
sequência. Cada filho segue seu pai em estrita sucessão. A extensão temporal
entre Gênesis 5 e 11 é estabelecida por Gênesis 6: 7 e Gênesis 11:10. Arfaxade
nasceu no ano 602 de Noé, portanto, à primeira vista, parece haver uma boa razão
para aceitar as cronologias de Gênesis 5 e 11.

Agora, mesmo se houver algumas lacunas, como eu disse, você nunca chegaria aos
milhões de anos. Na melhor das hipóteses, há apenas alguns milhares de anos.

Outra questão levantada pela ciência, a fim de contradizer o tempo de existência


do universo estabelecido pelo registro bíblico: e a velocidade da luz? Se Deus criou
uma estrela, e essa está a um número x de anos luz de distância de nós, levaria um
milhão de anos para a luz dessa estrela chegar aqui. A luz não pode chegar aqui
instantaneamente. Assim, a luz das estrelas que vemos hoje pode ter levado milhões de
anos para chegar aqui.

Como solucionar isso? Deus não só criou a estrela, ele criou a luz entre ela e nós.
Isso soa impossível? Se isso é muito simplista, deixe-me dar-lhe outra solução.
Pesquisas têm sido feitas sobre a velocidade da luz. A velocidade da luz é geralmente
aceita como sendo 299,792.458 quilômetros por segundo ou, arredondando, 300.000
quilômetros por segundo. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano.

Assim, uma estrela pode vir a estar a um milhão de anos-luz de distância da Terra, mas
não poderia ser observada até um milhão de anos mais tarde, porque levaria muito
tempo para a luz dessa estrela chegar à Terra a partir do espaço.

Se este for o caso, então, o sistema solar tem que ser imensamente mais velho que os
poucos milhares de anos indicados pelas cronologias de Gênesis. Este fato removeria da
cronologia bíblica toda consideração séria, se nós vamos ter qualquer avaliação honesta
da ciência. Deixe-me dizer-lhe porque isso não funciona.

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Em primeiro lugar, e isso vem de uma pesquisa interessante e fascinante feita por um
cientista australiano chamado Barry Setterfield. Escute isso: “Argumentos de que a
velocidade da luz tem abrandado e, assim, que ela viajou muito mais rapidamente
no passado, indicaria um universo muito jovem em termos de milhares, em vez de
bilhões de anos.” Barry Setterfield um cientista australiano, propôs que existe uma
decadência na velocidade de luz em seus escritos intitulados ‘A Velocidade da Luz e a
Idade do Universo’.

De acordo com Setterfield, “a primeira medição cuidadosa da velocidade da luz foi


feita por um astrônomo dinamarquês, Rømer, em 1675, e depois por um astrónomo
inglês, Bradley, em 1728. Foi medida muitas vezes desde então, e é dito que
atingiram um equilíbrio no número que eu lhes dei a pouco [300.000km/s]. Os
dados indicam que a velocidade da luz em 1675 foi cerca de 2,6 vezes mais rápida
do que é hoje, e que continuou a diminuir até 1960, quando os relógios atômicos
começaram a ser empregados para medi-la.”

Setterfield registrou uma taxa de queda de 5,7 quilômetros em velocidade por segundo
entre 1675 e 1728, e uma diminuição de 2,5 quilômetros por segundo entre 1880 e 1924,
e ele continuou mapeando a queda. Ele elaborou uma curva que rastreia a decadência
da velocidade da luz. Nesta base, Setterfield concluiu que a Terra foi criada em
4.040, com uma margem de 100 anos para mais ou para menos. No momento da
criação, a velocidade da luz era muito mais rápida do que agora.

Se a velocidade da luz realmente decaiu junto com todo o resto, então a medida
empírica mais básica da era do sistema solar se encaixaria precisamente nas
cronologias genealógicas de Gênesis. Se você apenas tomar os mesmos números,
colocá-los em uma curva, você tem a luz sendo quase instantânea há 6.000 anos
atrás. Isso surpreende você? Não deveria.

Além disso, supondo que isso seja correto, isso explicaria por que as datas derivadas de
vários tipos de medições radioativas em elementos geológicos físicos, como a meia-vida
do urânio 238, seriam todas distorcidas. A velocidade de um elétron em sua órbita é
proporcional à velocidade da luz. Tudo muda e o que parece ser velho não é velho se
você entender esse fato imenso. Assim, as idades radiométricas em rochas, meteoritos e
outros objetos astronômicos, em anos convencionalmente alocados podem ser preditas
pelo alto valor inicial de carbono e acomodadas dentro de um quadro de 6000 anos.

Eu não quero entrar em mais detalhes. Já disse mais do que sei agora. Mas vou dizer-
lhe que podemos começar com um ponto fixo. E o ponto fixo é Gênesis 1. Não
encontramos nada na ciência que, legitimamente, possa lançar dúvidas sobre a
veracidade desta criação em seis dias, há cerca de 6.000 anos .

Nosso tempo se foi, então eu vou guardar o que mais eu ia dizer para a próxima vez, e
esse é o tipo de coisa boa sobre esta série: eu posso cortá-la em qualquer parte. Para
resumir, houve três atos da Criação: o universo, os animais e o homem. Este último
realmente se destaca. Feito à imagem de Deus para que Deus pudesse comunicar-se

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com os homens como seres inteligentes, morais, auto-conscientes, capazes de
compreender o discurso abstrato e simbólico e, assim, conhecer o Criador
pessoalmente, para poder adorá-Lo e servi-Lo para sempre. Ore comigo.

Pai, obrigado novamente por Tua Palavra, que dá luz sobre este assunto incrível da
Criação. Continue a liderar-nos e dirigir-nos, enquanto nos sentamos com confiança aos
pés do Espírito Santo, o autor das Escrituras, que nos dá o testemunho ocular do próprio
momento da Criação. Nós Te bendizemos, porque Tu, o Criador, és também o Redentor
que conhecemos, amamos, com quem nos comunicamos regularmente e teremos
comunhão para sempre. Obrigado por esta grande graça dada a nós, em nome de
Cristo. Amém.

Esta é uma série de diversos sermões sobre Gênesis. Clique aqui e veja os links
dos demais sermões já publicados.

Este texto é uma síntese do sermão “The How, Why, and When of Creation, Part 1″,
de John MacArthur em 18/04/1999.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/90-211/the-how-why-and-when-of-
creation-part-1

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno

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