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Um Tratado Sobre o Evangelho
SUMÁRIO
1 DEUS EXISTE?........................................................................................3
1.1 A REVELAÇÃO GERAL......................................................................3
1.2 A REVELAÇÃO ESPECIAL...............................................................10
2 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES.........................................................14
3 QUEM É DEUS?.....................................................................................15
4 O EVANGELHO......................................................................................20
5 PARA REFLETIR....................................................................................34
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Um Tratado Sobre o Evangelho
1 DEUS EXISTE?
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Um Tratado Sobre o Evangelho
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qual ele foi criado, e que foi criado perfeito. E quando olhamos para as
primeiras páginas das Sagradas Escrituras, é exatamente esse conhecimento
que recebemos: o Criador o criou perfeito (Gênesis 1 e 2). Portanto, devemos
ficar muito atentos a tudo o que ouvimos de cientistas. Existem muitas coisas
hoje sendo ensinadas nas escolas que não são comprovadamente verdades.
Olha só o que o grande astrônomo americano Robert Jastrow disse em seu
livro “Deus e os Astrônomos”, referindo-se a ineficácia da explicação dada pela
teoria do Big Bang: "O Cientista escala finalmente a montanha da ignorância,
está prestes a chegar ao pico mais alto; e, quando vence o último obstáculo,
ele é recebido por um punhado de teólogos; que já estão sentados, ali no topo,
há séculos.". Certamente a única conclusão possível que se pôde obter de tal
explicação da origem de tudo é que de fato houve um criador.
Apenas para reforçar a existência de muitas falácias científicas, quero
registrar um trecho de uma entrevista realizada com o professor de engenharia
e ciência nuclear Ian Hutchinson, do MIT:
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Um Tratado Sobre o Evangelho
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Um Tratado Sobre o Evangelho
pecado (Gênesis 3.17-19); Paulo diz em Romanos 8.18-25 que a criação ficou
sujeita a futilidade (aquilo que é destituído de verdade e conveniência, que está
sob a ação da vaidade, perversidade e depravação) e que está aguardando o
dia de sua libertação. Com isso, o seu testemunho, a sua capacidade de
mostrar o seu Criador, é deficiente. Apesar de ser criação de Deus e, dessa
forma, continuar testemunhando a seu respeito, ela não é mais o que era
quando surgiu das mãos do Autor. É uma criação estragada. O testemunho
acerca do Autor está “borrado”.
Por outro lado, o efeito mais sério do pecado e da queda recai sobre os
próprios homens, tornando-os indiferentes às revelações naturais do Senhor.
Paulo, em Romanos 1.21-22, afirma: “tendo conhecimento de Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em
seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”. O que ainda se é possível
conhecer de Deus por intermédio da criação é deliberadamente ignorado pelos
homens. Devido a nossa corrupção interna, rejeitamos esse conhecimento, nos
afundando em raciocínios vazios, tendo as nossas mentes obscurecidas e
nossos olhos impedidos de enxergar plenamente o Deus revelado pela
natureza. Isso acontece porque todos estão sob o poder do pecado,
completamente inundados por ele e incapazes de responder à sua revelação.
Porém, a revelação está aí, e todos são indesculpáveis por não
renderem graças a esse Deus. Todos tem a opção de buscar conhecimento a
seu respeito, porém, ao invés de fazê-lo, preferem permanecer se afundando
cada vez mais em seus pecados. Permanecem negando a existência de
Alguém para o qual haverão de prestar contas de seus atos um dia. Aliás,
muitos que se dizem crer em Deus continuam o negando pelas suas formas
fúteis de viver. Negam a Deus por não viverem conforme os Seus preceitos. “A
ira de Deus se manifesta do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens,
que com a injustiça sufocam a verdade” (Romanos 1.18). Em Romanos 3.9-
18 temos uma clara descrição do que se tornaram os seres humanos ao
negarem a Supremacia do Senhor Deus:
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A leitura dos três primeiros capítulos dessa carta fornecerá uma clara
apresentação dessas questões. Ali temos claras descrições de pessoas que
simplesmente escolhem negar o nosso Senhor: “Dizendo-se sábios, tornaram-
se loucos”, “trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a
semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e
repteis”; possuindo “desejos pecaminosos” em seu coração “trocaram a
verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados,
em lugar do Criador”. Simplesmente “desprezaram o conhecimento de Deus” e
“tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e
depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidade, engano e malícia
(...). São caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e
presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal”.
Assim, ninguém conhece plenamente o Senhor do universo
simplesmente olhando para as coisas criadas por Ele, pois o pecado nos
impede. Portanto, o próprio Deus vem de encontro e se revela às suas
criaturas das quais quer se tornar conhecido. Para conhecermos a Deus,
precisamos que Ele se revele a nós de maneira pessoal e especial, doutra
sorte jamais o conheceríamos. De fato, sendo os seres humanos finitos e
Deus, infinito (tudo nEle é imensurável), não podemos conhecer a Deus, a
menos que ele se revele, de forma compreensível, a nós. Precisamos de Sua
revelação especial.
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2 Observações importantes
Uma vez entendido o que foi posto até aqui, a saber, que a Bíblia
Sagrada é a única revelação especial de Deus e o único meio de se obter
conhecimento a respeito de Deus, do homem (sua origem, o seu presente
estado e o seu futuro) e de como Deus se relaciona com o homem, o passo
seguinte natural é estudá-la, é conhecê-la. De fato ela é o que há de mais
importante na vida de um cristão verdadeiro. Como já mencionei, o crente é
convocado pelo Senhor a anunciar a mensagem contida nas Escrituras, ou
seja, o evangelho: a boa notícia de que Deus, o único Deus, o qual é
perfeitamente Santo, está salvando pecadores, e isto por meio de Jesus Cristo.
Um cristão não deve desviar a sua mensagem, ela deve ser unicamente
centrada nas Escrituras; ele deve ser apenas o porta voz da Palavra de Deus
escrita. A grande confusão que vivemos no cristianismo moderno é ocasionada
tão somente pelo distanciamento da Palavra por parte dos pregadores, de
modo que os tais não são proclamadores do evangelho do Senhor Jesus, mas
usam as Escrituras para finalidades pessoais. Com isso, a maioria das pessoas
que atualmente se chamam cristãs, na verdade nunca tiveram uma revelação
especial da parte do Senhor, permanecendo, assim, em seu estado de
corrupção original.
Ninguém se torna cristão simplesmente por ter feito uma “oração”
“aceitando” a Jesus, ou dizendo sim para o apelo de um pastor ou evangelista.
A conversão a Cristo é ocasionada por uma transformação interior da pessoa,
que é realizada pelo próprio Espírito de Deus; um verdadeiro cristão é aquele
que passou por aquilo que Jesus chamou de “novo nascimento” (Evangelho
de João, capítulo 3). A conversão a Cristo é acompanhada de uma completa
mudança de caráter, de estilo de vida, de gostos, de valores e tudo o mais que
seja contrário a Deus, passando-se a moldar aos padrões Bíblicos. Ao se
converter, se ganha uma nova vida. Assim diz a Palavra do Senhor sobre isso:
“porque Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação”
(1Tessalonicenses 4.7). Portanto, devido ao fato de as “igrejas” estarem
repletas de pessoas não transformadas por Deus, a verdadeira igreja do
Senhor tem sido envergonhada, sendo motivo de desprezo por muitos. Vale
dizer aqui que igreja, biblicamente falando, não diz respeito a uma construção,
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pessoa do singular: “Eu Sou”. (Algumas traduções dos escritos originais trazem
“Eu Sou o Que Sou”).
Jamais houve um tempo em que Ele não era, um tempo onde não havia
Deus. Jamais virá tempo em que Ele deixará de ser, em que deixará de haver
Deus. Com isso, outra preciosa informação a respeito de Deus que
encontramos nas Escrituras é: Deus não é somente eterno, mas eternamente o
mesmo. Ele é um ser imutável: o que ele era ontem, ele é hoje, e será amanhã
(Tiago 1.17). E isso, no sentido mais amplo o possível. Deus nunca muda, seja
em se tratando de seu ser, seja em se tratando de seus propósitos e decretos.
Deus não muda sequer de opinião ou vontade. Deus não evoluiu, nem cresceu,
nem melhorou. Tudo o que Ele é hoje, sempre foi e sempre será. Ele mesmo
declarou “(...) eu, o Senhor não mudo (...)” (Malaquias 3.6). Ele não pode
mudar para melhor, pois é perfeito, e sendo perfeito, não pode mudar para pior.
Ele é absolutamente livre do curso do tempo.
Deus sempre esteve revestido de glória e poder, e mesmo durante toda
a eternidade anterior a criação (tanto dos homens quanto dos seres celestiais),
quando esteve só, ainda era completo, suficiente e satisfeito em Si mesmo, de
nada necessitando. O universo, os anjos e os seres humanos nada
acrescentaram a Deus essencialmente. A glória de Deus não pode ser
aumentada, pois ela já é plena por natureza. A criação não foi um ato por
necessidade de glorificação, de prestígio ou adoração, mas para simples
manifestação do seu poder. O Todo Poderoso simplesmente quis criar e
revelar-se. E resolver fazê-lo foi um ato puramente soberano de Sua parte, não
sendo influenciado por nada alheio a Si próprio; não determinado por nada,
senão por sua própria vontade. O Senhor Deus “faz todas as coisas segundo o
concelho de sua vontade” (Efésios 1.11). Somente a sua própria vontade é sua
conselheira, somente ela dita o seu procedimento. Deus é suficiente em Si
mesmo. Veja as palavras que se encontram em Romanos 11.34-36: “Quem,
pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem
primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio
dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente!”.
Deus poderia ter permanecido eternamente só, sem a necessidade de
dar a conhecer a Sua glória a qualquer criatura; porém, sua soberana vontade,
determinou criar. E como criaturas que entenderam o lugar que o Senhor
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erros? Purifica-me tu [Senhor] dos que me são ocultos.” (Salmo 19.12). Não
deixe que o seu preconceito fale mais alto e te afaste ainda mais do Soberano.
Saiba que ainda que você possa evitar pensar nessas questões, ainda que
cresça em ignorância e passe a crer piamente que tudo isso não passa de um
conto, elas ainda assim permanecerão firmes e intactas, pois são de fato a
única Verdade. O Senhor Deus reina, crendo as pessoas ou não. O Senhor
governa a história, e tem todo o poder sobre ela, crendo as pessoas ou não.
Todas as coisas, e pessoas, pertencem ao Senhor “Porque dele, por ele, e
para ele, são todas as coisas” (Romanos 11.36). Ou seja, ele é a Fonte, o
Meio e a Finalidade de todas as coisas. Como diz o teólogo A. W. Pink, “A
nossa vida não é nem o produto do destino cego, nem resultado do acaso
caprichoso, mas todas as suas minudências foram prescritas desde toda a
eternidade e agora são ordenadas por Deus que vive e reina”.
Poderia discorrer muito mais sobre os maravilhosos atributos do Senhor,
porém quero fazer apenas mais duas colocações a Seu respeito. Primeiro, e
rapidamente, as Escrituras afirmam que Ele é onipotente, possuindo todo o
poder, como já colocado, mas que também é onisciente, sabendo e
conhecendo todas as coisas (no sentido máximo da expressão), mesmo antes
de virem a acontecer (isso é um tanto lógico, pois Ele é o autor de toda a
história!). Isso permanece verdade no que diz respeito às pessoas,
pessoalmente: mesmo que ninguém mais saiba a respeito de seus atos, nada
fica encoberto diante dos olhos do Senhor. Neste ponto, quero deixar apenas
alguns textos para reflexão: “Tu [Deus] conheces o meu sentar e o meu
levantar; de longe entendes o meu pensamento. [...]. Sem que haja uma
palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces” (Salmos 139.2-6);
“E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão
nuas e expostas aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.”
(Hebreus 4.13).
Segundo, e por último, quero tratar da santidade de Deus. Somente Ele
é independente, infinita e imutavelmente Santo. Muitas vezes Ele é intitulado
“O Santo” nas Escrituras. Sim, porque nEle se acha a soma total de todas as
excelências morais. A santidade é a excelência propriamente dita da natureza
divina: o grande Deus é “glorificado em santidade” (Êxodo 15.11). Ele não tem
parte alguma com o mal moral do homem (Habacuque 1.13). Assim como o
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lhe dar crédito, o Senhor tem um dia marcado, o dia do “justo juízo”, no qual
todos serão julgados, recebendo a sua devida recompensa: vida eterna ou
sofrimento eterno. Ainda que falem que estão em paz, “a destruição virá sobre
eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum
escaparão” (1Tessalonicenses 5.3). Com isso, tem-se também aqui
apresentado outro majestoso atributo do Senhor: a sua santa Justiça (a justa
punição daquilo que é contrário a Sua santidade).
4 O Evangelho
Para esse texto, muitas pessoas têm definições variadas para o termo
“imagem”. Muitos patriarcas têm opiniões diferentes acerca dele. Porém, eu
sou levado a concordar com algumas afirmações de dois grandes teólogos:
João Calvino e Martinho Lutero. Calvino diz que o termo imagem se refere a
todas as características que diferenciam os homens dos animais. Porém, ele
ainda entra mais fundo, dizendo que o principal significado do termo “imagem”
está ligado ao estado original de pureza e perfeição do homem. E isso é bem
claro quando olhamos passagens como Efésios 4.24 e Colossenses 3.10.
Lutero certa vez falou que, devido ao pecado, os seres humanos se tornaram
quase como animais, faltando pouca coisa que os diferem entre si (basta
assistir um pouco ao jornal para verificar isso!).
A utilização do termo “semelhança” traz o seguinte entendimento: é um
sinônimo de imagem, mas que ressalta o fato de que não somos iguais a Deus
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(ou seja, divinos). Estou falando isso pra ressaltar que quando a Bíblia fala que
fomos criados “à imagem e semelhança” de Deus ela está nos dizendo, em
última análise, que fomos criados Puros e Santos assim como Deus o é.
Fomos criados perfeitamente capazes de ter comunhão com o nosso Criador.
Quando da criação, o primeiro casal foi presenteado pelo Pai com um
grande, lindo e perfeito Jardim. Tinham à sua disposição todos os mais belos,
saborosos e saudáveis frutos para se alimentarem. E, mais
extraordinariamente, possuíam excepcional liberdade para contatar o seu
Criador. Em verdade, o Criador caminhava com eles pelo jardim, e gozavam
plenamente de sua Santa presença. Estavam sob apenas uma proibição
(Gênesis 2.16):
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“Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda; não há quem
busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há
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quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto;
com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo
dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés
são ligeiros para derramar sangue. Nos seus caminhos há destruição e miséria;
e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus
olhos.”
A natureza humana está tão corrompida que não tem nem o querer nem
o poder retornar ao seu Criador. Aqui eu posso trazer uma comparação:
imagine que alguém se aproxime de uma mulher com um bebê em seu colo,
lhe dê uma faca e a ordene que apunhale o seu filho. Certamente ela irá
declarar com muita veemência que não o pode fazer. Veja que apesar de ela
possuir condições físicas para cometer o ato, apesar de passar em sua cabeça
a possibilidade de fazê-lo, mentalizando as implicações que isso teria, ela não
pode cometer tal ação. A sua natureza de mãe não lhe permite fazer algo
contra o qual toda a sua alma se revolta. Simplesmente por ela ser mãe, essa
ação é algo tão odioso para ela que simplesmente não o pode fazer. Da
mesma maneira, a Escritura afirma, ocorre com o pecador: o vir a Deus e a
Jesus Cristo é algo tão odioso para a sua natureza que ele simplesmente não
pode e, na verdade, não o quer fazer. De fato, ninguém pode vir a Cristo e
depositar sua fé nele se Deus não o levar até ele (João 6.44). Isso reafirma o
já mencionado fato de que o homem precisa que Deus transforme o seu ser
para que possa enxergar o seu Soberano Criador.
Vamos observar mais alguns textos. João 5.40: “vocês não querem vir a
mim para terem a vida eterna”. Jesus, nesta ocasião de seu ministério, está
falando para os judeus que apesar de todas as evidências de que Ele é o
Salvador, mesmo assim não querem ir até ele para obterem vida. Veja agora
Romanos 8.7-8: “porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus,
pois não é sujeita à Lei de Deus, nem em verdade o pode ser”. Aqui o apóstolo
Paulo nos fala que o que é natural para o homem, o que é seu desejo
verdadeiro, é inimizade contra Deus e, de fato, nunca poderá agradar a Deus.
Olhe agora 1Coríntios 2.14: “ora, o homem natural não aceita as coisas do
Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente.”. Esse texto mostra que há no homem não
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estarem confiantes com suas vidas, apesar de ignorarem essa verdade Bíblica,
um dia o seus pés resvalarão e eles despencarão no dia da vingança do
Senhor. O dia da calamidade, da aflição está próximo. A morte é apenas a
porta que separa esta vida daquela que está por vir: vida e paz eternas, ou
sofrimento e tormentos eternos. Por favor, você que ainda não encontrou o
Salvador, não veja isso como algo distante, isso pode acontecer antes mesmo
de você terminar a leitura desse texto. Não hesite em clamar a Deus o quanto
antes por misericórdia, pedindo que Ele abra os seus olhos e te dê fé no
Senhor e Salvador Jesus Cristo!
“Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá
repentina destruição, como vem as dores de parto à que está para dar à luz; e
de nenhum modo escaparão.” (1Tessalonicenses 5.3). Quando a Bíblia fala
sobre pecado, ela o coloca como proveniente da falta de conhecimento de
Deus, de modo que o homem passa a viver para si próprio e de acordo com os
seus valores, os quais estão sempre a sofrer modificações no decorrer da
história. Pecado é a perversão ou corrupção do caráter do homem, que antes
era à imagem e semelhança de Deus. A corrupção do coração do homem foi
adquirida na ocasião da primeira rebelião contra Deus (o episódio do Éden), de
modo que desde aquele momento a raça humana adquiriu aversão ao seu
Criador.
Hoje muito se fala sobre justiça, porém não existe um parâmetro
absoluto para se medir o nível de justiça. O parâmetro correto seria o conjunto
de leis de um país? Mas cada país possui as suas próprias leis. Alguns
executam pena de morte, já outros rejeitam ferrenhamente. Qual o padrão
universal? Muitos declaram a uma só voz: não há! Porém as Escrituras dizem
que “há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas”
(1Coríntios 8.6). Jesus Cristo é “o Senhor dos senhores e o Rei dos Reis”
(Apocalipse 17.14). “Reina o Senhor”, foi Ele quem “Firmou o mundo” (Salmo
93.1). Dessa forma, o único parâmetro absoluto possível é a lei do próprio
Criador, Lei esta que surge de seu próprio caráter. Sem que a Lei do Senhor
seja a sua regra de fé e conduta, o homem permanecerá caminhando
provocando a ira de Deus. Permanecerá caminhando em rebeldia contra o Pai.
Sem a intervenção Divina, transformando o coração e a mente do homem, este
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Ele é verdadeiramente Deus (veja João 5.17-18, João 20.28 e Tito 2.13) e
verdadeiramente homem (veja 1João 4.2, Filipenses 2.5-8 e 1Timóteo 2.5-6).
O grande problema se encontra na relação entre Deus e o homem,
sendo Jesus o único mediador desse conflito cósmico, trazendo a reconciliação
entre ambos (2Coríntios 5.18). A morte de Cristo foi providenciada por Deus
para nos livrar da condenação eterna, declarando-nos não culpados. Isto é, o
fato de termos fé em Cristo consiste em Deus atribuir a Ele, Jesus, os nossos
pecados, no qual eles recebem a devida punição. A cruz de Cristo foi a
manifestação tanto da justiça quanto do amor de Deus. A cruz manifestou a
sua justiça, pois ali vemos o pecado de seu povo sendo punido. Manifestou o
seu amor, pois ele mesmo se fez maldito em nosso lugar, recebendo a punição
por nossos pecados, para que nós fôssemos salvos de tal condenação
(Gálatas 3.13). O que recebe a benção divina de ter fé no Senhor Jesus Cristo
tem os seus pecados atribuídos a Jesus, e a Justiça dEle atribuída a si. Isto é,
para aqueles que creem verdadeiramente que Ele é o único mediador entre
Deus e o homem e que tem o poder para salvar pecadores. E esta fé resulta
numa vida moldada por essa convicção.
A cruz de Cristo nos justificou (Gálatas 2.16). O teólogo Emil Brunner
expressou-se muito claramente quanto ao significado da justificação que temos
em Cristo: “A justificação significa este milagre: que Cristo toma o nossa lugar e
nós tomamos o seu”. Justificação é o ato de Deus de nos tornar justos, e isso
numa linguagem judicial. Significa perdoado, aceito, certo com Deus. Ser
tornado justo, pela justificação de Cristo, não significa que adquirimos de
imediato um caráter justo e uma conduta perfeitamente correta diante de Deus,
mas que fomos declarados “não culpados”. Mas essa declaração de Deus a
nosso respeito dá início a um processo de transformação, chamado de
santificação (2Tessalonicenses 2.13 e 1Tessalonicenses 4.3). Uma
verdadeira conversão é sempre acompanhada de uma mudança de
mentalidade (Romanos 12.2). Acompanhada de uma nova vida (João,
capítulo 3). Essa nova vida estará cada vez mais em conformidade com a
vontade de Deus, que se encontra revelada nas Sagradas Escrituras. Creio
que vale citar aqui as mais belas demonstrações de reconhecimento dessa
maravilhosa dádiva de Deus aos homens, a justificação:
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religião. Saulo era o pior inimigo da igreja, pois esta era vista como uma
religião blasfema pelos judeus. Saulo chegou a matar vários cristãos. Porém,
de repente, este homem se converte ao cristianismo e torna-se o seu maior
representante. Cerca de metade dos escritos que compõe o Novo Testamento
é de sua autoria. Os historiadores nunca conseguiram explicar o motivo de uma
mudança de mentalidade tão drástica e repentina. Nós, porém, temos a
resposta no texto Bíblico de Atos 9.1-8. Saulo viu o Jesus ressuscitado,
comprovando, assim, que Jesus de fato era Senhor, conforme a mensagem
dos discípulos. A reposta a esta visão foi imediata: “preciso me submeter ao
Cristo enviado por Deus e proclamá-lo”. Saulo, posteriormente chamado de
Paulo, também pagou com a sua vida o preço por anunciar a ressurreição de
Jesus: foi decapitado em Roma, por volta de 60 d.C., durante o reinado do
imperador Nero.
As Escrituras registram historicamente a vida, ministério, morte e
ressurreição de Jesus. Não é um conjunto de afirmações religiosas infundadas
de modo a promover a religião cristã. Isso é inclusive verificado pela prova de
evidência interna, do método científico aplicado ao estudo de registros
históricos. Por exemplo, se os registros Bíblicos tivessem sido escritos de
modo a promover a religião de Cristo, jamais haveriam colocado uma mulher
como a primeira pessoa a ver e anunciar o Cristo ressurreto. O testemunho de
uma mulher no primeiro século não era válido. Ainda, se o objetivo fosse fazer
um marketing, jamais haveriam registrado os erros e problemas dos autores,
como de fato se encontra na Bíblia (Pedro e Paulo, por exemplo).
Portanto, creiamos no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, que
possui todo o poder de nos libertar do pecado e de sua condenação. Ele é a
nossa única esperança. Ele é o único caminho para nos achegarmos a Deus
(João 14.6). A fé, a convicção verdadeira de que Jesus é o Filho de Deus, no
qual residiu toda a plenitude da Divindade (Colossenses 2.9), convicção esta
que deve moldar o seu modo de pensar e viver; buscando ser um imitador de
Cristo e submisso aos seus mandamentos; essa fé é a forma de nosso Santo
Deus salvar pecadores. Não somos salvos por boas obras (Efésios 2.8-9), mas
pela fé na obra de Jesus Cristo. E não existe fé em Cristo, sem submissão ao
Cristo. Não existe fé, quando não há mudança de mentalidade. A fé, a fé
genuína, produz essas maravilhas em nossa vida.
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da Bíblia que contenha de fato a verdade, uma vez que nos baseamos
simplesmente e totalmente em nossas próprias convicções pessoais? Perceba
que os argumentos que se seguirão, relacionados a Pessoa de Jesus, são
também aplicados para essa questão da utilização das Escrituras.
Com relação a Pessoa de Jesus Cristo, o famoso Homem de Nazaré,
muitos se dão por satisfeitos em afirmar ser ele simplesmente um bom ou
grande Mestre ou um Profeta de Deus, ou um homem de energia superior aos
demais. Com isso, insistem em negar ser o Cristo o próprio Deus, negando
também a sua ressurreição corpórea dos mortos. Bom, avaliemos os fatos.
Segundo as Escrituras e outros documentos antigos (por exemplo, os
escritos de Eusébio de Cesaréia e do governador romano Plínio, o Jovem, que
perseguira os cristãos), Jesus dizia ser Deus e, para ele, era de total
importância que seus seguidores cressem que ele realmente era quem dizia
ser. Ele não deixou espaço para que nos esquivássemos da questão: ou
cremos nele, ou não cremos. Como bem disse C. S. Lewis: Afirmar ser Jesus
apenas um grande Mestre moral “é algo que simplesmente não podemos dizer.
Um homem que fosse apenas homem e dissesse a espécie de coisa que Jesus
disse não seria um grande mestre moral. Ele seria lunático (...) ou então, seria
o próprio diabo do inferno. Você tem de fazer uma escolha. Este homem era, e
é, o Filho de Deus, ou então era louco ou algo ainda pior”. Não há meio termo.
F. J. A. Horte, que passou vinte e oito anos fazendo um estudo crítico do texto
do Novo Testamento, escreve: “As palavras de Cristo foram de tal forma parte
e expressão dele mesmo que não possuem significado se tomadas apenas
como declarações abstratas da verdade, ditas por ele na condição de oráculo
divino ou profeta. Se ele for excluído (sua identidade divina) do assunto
principal de cada uma de suas declarações, todas elas desmoronarão”.
Dessa maneira, levanto os seguintes argumentos: Se, ao afirmar sua
Divindade, Jesus soubesse que de fato não era Deus, ele seria um mentiroso
que enganava propositadamente. E, se era mentiroso, era também hipócrita,
uma vez que ensinava que a sinceridade e a verdade deveriam ser seguidas.
Ele disse que deveríamos confiar a Ele o nosso destino eterno, já pensou na
perversidade dessas palavras se Ele fosse um mentiroso? E digo mais, ainda
por cima seria um tolo, pois foram suas declarações de que era Deus que
justamente o levaram para a cruz (ele poderia as ter desmentido na última hora
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para se salvar!). Pergunto como ele poderia ser um mestre bom e moral se
enganasse propositadamente as pessoas na questão mais importante de seu
ensino – sua própria identidade?
Porém, “como poderia ele [Jesus] ser um entusiasta ou um louco se
jamais perdeu o equilíbrio da mente, que pairou serenamente sobre todos os
problemas e perseguições como o sol acima das nuvens, se sempre dava a
resposta mais sábia às perguntas tentadoras, se calma e deliberadamente
predisse sua morte sobre a cruz, sua ressurreição no terceiro dia, o derramar
do Espírito Santo, a fundação de sua Igreja, a destruição de Jerusalém –
predições que foram cumpridas literalmente? Um caráter, uma personalidade
tão completa, tão uniformemente coerente e perfeita, tão humana, no entanto,
tão acima de toda grandeza humana, não poderia ser fraude nem ficção. Como
disse bem o poeta, neste caso seria maior do que o herói. Seria necessário
mais que um Jesus para inventar um Jesus.” (Philip Schaff). Em outra ocasião
Schaff diz: “Como, em nome da lógica, do bom senso e da experiência, poderia
um impostor – ou seja, um homem enganador, egoísta, depravado – ter
inventado e mantido consistentemente, do começo ao fim, o caráter mais puro
e nobre conhecido na história, com o mais perfeito ar da verdade e realidade?
Como poderia ter ele concebido e desempenhado um plano de beneficência
sem paralelos, magnitude moral e sublimidade, sacrificando a sua própria vida
por isso, em face dos mais fortes preconceitos do seu povo e de sua espécie?”.
Mentiroso? Acredito que não.
Se você considera inconcebível que Jesus fosse um mentiroso,
acreditando que ele apenas estava errado em acreditar ser Deus, posso citar
outra saída para conciliá-lo com suas declarações: ele era um lunático. Josh
McDowel, em seu livro Mais que um Carpinteiro, declara: “devemos lembrar
que, para alguém achar enganosamente que é Deus, especialmente no
contexto de uma cultura fortemente monoteísta, e dizer às pessoas que o
destino eterno dependia de crerem nele (como sendo Deus), isso não se
trataria de um pequeno desvio delas de imaginação, mas das ilusões e dos
desvarios de um completo lunático.”. De fato, como trataríamos alguém nos
dias de hoje que aparecesse afirmando ser o próprio Deus?
Porém, na verdade, sabemos que jamais poderíamos atribuir tal adjetivo
a Cristo. Em Jesus, não se observa qualquer anormalidade ou desequilíbrio.
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Cristo, o Filho de Deus, o próprio Deus encarnado, conforme ele mesmo dizia.
Quando questionado a respeito do Messias, Jesus respondeu: “Eu o sou, eu
que falo contigo.” (João 4.26); afirmou “Eu e o Pai somos um” (João 10.30), o
que levou os judeus a pegarem em pedras para apedrejá-lo, pois, assim, ele
fazia-se igual a Deus; Ele disse “se não crerdes que EU SOU, morrereis nos
vossos pecados” (João 8.24), sendo que EU SOU, como comentei no início
deste tratado, refere-se ao nome do próprio Deus; quando Tomé, um dos
discípulos, encontrou com Jesus após sua ressurreição, declarou “Senhor meu
e Deus meu!” (João 20.28); o apóstolo Paulo nos ensina a permanecer firmes
na fé “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso
grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim
de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo
exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (Tito 2.13-14). Quando atribuía a
si mesmo a designação de Filho de Deus, Jesus estava afirmando
essencialmente isso: assim como o Pai é Deus, eu também sou Deus. Enfim,
são muitas as afirmações Bíblicas a respeito da Divindade do Senhor Jesus
Cristo.
O fato histórico indiscutível é: Jesus de Nazaré, profeta judeu que dizia
ser o Cristo profetizado pelas Escrituras judaicas, foi preso, julgado como
criminoso político e crucificado. Três dias após sua morte e seu sepultamento,
algumas mulheres foram ao túmulo e o encontraram vazio. Os discípulos de
Cristo disseram que Deus o havia ressuscitado da morte e que Jesus lhes
aparecera muitas vezes, durante 40 dias, antes de ascender ao céu, inclusive,
numa ocasião, para mais de 500 pessoas. Quanto a essas afirmações, não há
o que se discutir. O que muitos persistem em colocar em xeque é a veracidade
da ressurreição. Do meu ponto de vista, o argumento máximo para tal fato
consiste no túmulo vazio. Até os dias de hoje é bem sabido em qual túmulo
havia Jesus sido sepultado, mas que desde aquele terceiro dia permanece
vazio. E, como se tornou um ponto turístico, possui uma placa dizendo “Ele não
está aqui, pois ressuscitou”. Com base em inquestionáveis evidências
históricas, os cristãos creem que Jesus ressuscitou fisicamente, em tempo e
espaço real, pelo poder sobrenatural de Deus. Podem ser grandes as
dificuldades em crer, mas os problemas inerentes à descrença são ainda
maiores. Como explicar o túmulo vazio?
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e/ou simpatia, a seguem, crendo ser aquilo a verdade. Seus seguidores dizem
ser aquilo o que melhor explica sua história de vida ou que melhor explica
experiências pessoais já ocorridas. Dizem ser todas as religiões verdadeiras,
bastando cada um descobrir em qual se encaixa melhor. O fundamento de todo
esse raciocínio consiste num horrível antropocentrismo, de modo a pensarem
que o homem é quem deve definir como se aproximar de deus. Coloquei deus
com inicial minúscula propositadamente, pois um trajeto antropocêntrico só
poderá nos levar a um deus fruto da imaginação do homem, e não ao único
Deus verdadeiro, o Todo Poderoso, Criador de todas as coisas, “quem a todos
dá vida, respiração e tudo mais” (Atos 17.25). Não, Ele não é um de nós, não
está a nossa altura, ele está “assentado sobre o globo da terra” (Isaías 40.22),
e quem quiser se aproximar Dele deverá fazer isso prostrado, com intimidação
e temor, em humilhação e seguindo o caminho que Ele mesmo determinou:
Jesus Cristo.
Se com as palavras deste tratado o leitor não foi convencido a se
aproximar de Deus por meio de Jesus Cristo, clamando por misericórdia e
graça, insisto em que apenas reconheça que está deliberadamente rejeitando a
verdade. Reconheça que lhe foi posto argumentos contundentes sobre a
veracidade das Escrituras (a revelação especial de Deus) e a veracidade da
Divindade de Jesus Cristo. Reconheça que está por si mesmo, baseado
unicamente em suas paixões pessoais, negado o caminho que o próprio Deus
nos deu para nos aproximarmos de sua Santa Presença e sermos
reconciliados com Ele.
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