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O criacionismo consiste na crença que o universo e a vida foram criados, sem recurso a

matéria preexistente por uma entidade superior.

Esta teoria não e aceite no meio cientifico, pois não pode ser confirmada com bases
cientificas. Contudo tem gerado controvérsias, nomeadamente nos EUA, pois os
criacionistas afirmam que esta se trata duma proposta científica plausível e que deveria ser
tida em conta, no seio comunidade científica.

Nós escolhemos este tema, pois pretendíamos explorar esta visão da origem da vida,
contrária ao que nos tínhamos como verdade, pois julgávamos que o evolucionismo era tido
como verdade inquestionável.

Criacionismo
Existem vários tipos de criacionismo, mas em todos está presente a ideia de que Deus criou
o Mundo livremente sem recurso a qualquer matéria preexistente.

Em geral os criacionistas acreditam que a explicação do início do Mundo dada no génesis, o


primeiro volume do Velho Testamento, é a verdadeira explicação das origens de tudo o que
vemos em nosso redor. Apesar disso, o criacionismo não é necessariamente conectado a
nenhuma religião em particular. Ele simplesmente exige a crença numa inteligência criadora
na origem do universo e da vida.

O criacionismo afirma a idéia da mais pura causalidade, pois Deus a partir do nada, por um
ato de sua livre vontade põe o mundo e o homem na existência. Exclui-se, por conseguinte
uma causa material, a esta teoria opõem-se todas as concepções materialistas como a
teoria da biogênese ou a teoria do Big Bang, que dizem que o universo ou a vida foram
criados a partir de matéria preexistente por mero acaso.

O criacionismo gira em torno de uma idéia chamada de "desígnio inteligente" (Intelligent


Design). Esta é a idéia de que os organismos vivos são tão complexos que apenas poderiam
ter aparecido com a intervenção de uma inteligência superior.

O Criacionismo, não é aceite dentro da visão científica, pois não há provas cientificas da
existência desta entidade superior. Contudo os seus seguidores proclamam que se trata de
uma proposta científica legítima e que esta deveria ser aceite como “ciência da criação”.

O criacionismo nos EUA


O debate sobre o criacionismo tem sido especialmente intenso nos EUA, a teoria da
evolução provoca polêmica há anos nos Estados Unidos, que defende que as escolas
deveriam ter a mente aberta e ensinar todos os pontos de vista e promoverem teorias
rivais, como a do "desígnio inteligente", rejeitada por cientistas que a qualificam como
religião disfarçada. Estes alegam que o criacionismo não tem qualquer base científica.

Criacionismo VS Evolucionismo
O modelo evolutivo propõe que a vida se tenha originado por si mesma, por mero acaso de
reações químicas há bilhões de anos, e então evoluído em direção a formas cada vez mais
avançadas, até culminar na formação dos seres humanos. O modelo criacionista propõe que
um ser superior criou propositadamente as formas básicas de vida, incluindo os seres
humanos, há alguns milênios.

Estamos aqui somente como resultado de um processo evolutivo prolongado, mecanicista,


sem desígnio, ou fomos criados, com propósito, responsabilidade?

O criacionismo faz desta questão um argumento, afirmando que segundo o evolucionismo


estamos no mundo por acaso, não temos um propósito, Deus dá um sentido ás nossas
vidas, (saibamos nós, ou não qual é) dá-nos uma identidade, e o ser humano necessita de
uma identidade, de uma orientação que lhe permita definir uma linha de conduta. O Criador
criou o homem com um propósito e mesmo que nós não saibamos qual é, isto afasta-nos
de uma vida errática, sem sentido, dá ao ser humano um estatuto especial.

O evolucionismo sendo uma filosofia materialista, abala os alicerces morais da vida em


sociedade que levam os homens a estabelecerem e aceitarem certos compromissos.

Os criacionistas mais conservadores afirmam até que o questionamento que o


evolucionismo faz à concepção bíblica sobre a origem da vida seria responsável por uma
série de problemas vividos em sociedade, nomeadamente a desagregação da família e dos
costumes, a deterioração dos valores morais, a competitividade que seria gerada pela idéia
da seleção natural, o individualismo exagerado, etc.…

O evolucionismo vem encontrando desde sua formulação, problemas para comprovar as


suas teorias. Apenas encontra evidências, porém não consegue ligá-las. Este é outro
argumento do criacionismo.

O aparecimento de vida a partir de matéria amorfa e a sua evolução gradual de seres


unicelulares para seres mais complexos até chegar ao ser humano não tem base realmente
comprovada, sendo questionada no meio científico. Seres intermediários entre as diversas
espécies nunca foram encontrados, todo o surgimento fóssil das diversas espécies é súbito,
sem vestígios das espécies transitórias.

Isto quer dizer: nunca encontraram os espécimes transitórios entre o peixe e o anfíbio,
entre estes e os répteis, e dos répteis aos mamíferos. Há espécies que se mantiveram
idênticas desde 200 milhões de anos atrás, como a barata, o ornitorrinco, a tartaruga, e de
que muitas outras surgiram repentinamente, sem parentesco anterior.

Os criacionistas afirmam ainda que o desenvolvimento gerou mudanças adaptativas no ser


humano, como: maior estatura, diminuição dos maxilares, mas não mudou essencialmente
o ser, que foi originado por Deus muito próximo do que conhecemos hoje e o mesmo se
passa com os outros animais.

Porém os evolucionistas afirmam que apesar de poderem existir falhas na teoria da


evolução, a ciência não tem uma teoria plausível o suficiente para colocar no seu lugar.
Estes defendem que o criacionismo não chega a ser uma teoria, pois uma teoria científica
deve ter por base um conjunto de observações devidamente controladas que a testem, e
que todos os cientistas a possam julgar e pô-la à prova. Uma teoria raramente se prova
definitivamente, pois novas evidências vão surgindo. Neste aspecto, podemos dizer que a
teoria da evolução é, porventura, a teoria mais bem sucedida e sólida que temos na ciência,
pois tem resistido a todas as provas, desde o registro fóssil que tem sido encontrado até ao
conjunto de informação que a sequenciação do genoma humano trouxe.

No entanto, a evolução não explica tudo, mas é de longe o melhor modelo que temos. Os
evolucionistas dizem que o “desígnio inteligente” è apenas uma crença, e ao usar como
argumentos as falhas da teoria da evolução não está a provar nada, além disso, a
impossibilidade de provar a existência de uma entidade superior criadora faz com que esta
não possa ser tida em conta no meio cientifico.

Outro argumento do criacionismo é o principio da complexidade irredutível que foi


defendido e popularizado pela publicação de um livro (a caixa preta de Darwin) por Michel
behe, argumentando que os organismos vivos que conhecemos são tão complexos que,
apenas com a intervenção de uma inteligência superior poderiam ter aparecido. A vida é
composta por partes interligadas que dependem umas das outras, formando padrões
complexos, a retirada de alguma destas partes porá em causa o funcionamento do sistema.

Assim sendo não é possível que padrões complexos, se tenham desenvolvido através de
processos do acaso.

Por exemplo, uma sala com 100 macacos e 100 máquinas de escrever pode produzir
eventualmente algumas palavras, ou mesmo uma frase, mas nunca produzira uma peça
shakespeariana. E quão mais complexa é a vida do que a obra de Shakespeare?

Posto isto, a existência e desenvolvimento da vida na terra requerem que tantas variáveis
estejam perfeitamente harmonizadas que seria impossível que todas as variáveis
chegassem a ser como são apenas pelo acaso.
Porém a idéia de que uma entidade superior criou o universo a partir do nada, levanta
questões irrespondíveis como: Se Deus criou tudo quem criou deus? Quem é esta
inteligência superior? Como pode deus criar algo a partir de nada?

Tipos de criacionismo:

Terra plana e geocêntrica


Os criacionistas da terra plana e os geocentristas modernos rejeitam praticamente toda a
ciência moderna. Acreditam que a terra é plana imóvel e o centro do universo. Estes
baseiam as suas crenças apenas na leitura dos gêneses.

Criacionismo moderno
O Criacionismo moderno é a forma mais comum de criacionismo nos Estados Unidos
atualmente. Esse tipo de criacionista aceita alguns aspectos da evolução. Por exemplo:
acreditam que a micro evolução (evolução dentro das espécies) pode ocorrer com a
permissão de Deus; entretanto, rejeita a macro evolução (evolução entre as espécies) e a
teoria da seleção natural. Um criacionista moderno acredita que Deus criou cada tipo de
organismo a partir do nada.

Terra Jovem
Primeiros a apoiar o movimento da ciência da criação, que tenta definir o Criacionismo
como uma teoria científica, os criacionistas da Terra jovem acreditam que a Terra é uma
esfera e que ela gira em torno do sol, mas rejeitam a biologia moderna em favor de uma
leitura literal da explicação de Gêneses sobre a criação.

Os criacionistas da Terra jovem acreditam que Deus criou o universo e toda a vida que há
na Terra direta e milagrosamente, durante um período de seis dias de 24 horas. Eles
calculam que a Terra tenha aproximadamente 6 mil a 10 mil anos, contrariando os 4,5
bilhões de anos calculados usando medidores de data radiométricos. Rejeitam também a
teoria da evolução e grande parte da sabedoria científica nas áreas de geologia e
astronomia.

Terra Antiga
Os criacionistas da Terra antiga aceitam a prova científica de que a Terra tem muito mais
do que 6 mil anos, mas acreditam que foi Deus quem a criou assim como a vida.
Criacionismo da lacuna
O Criacionismo da lacuna sustenta que há uma enorme e não mencionada lacuna entre dois
eventos da Bíblia. Entre a primeira e a segunda frase do Gêneses, o que significa que após
Gêneses 1:1, que diz "No princípio, criou Deus os céus e a terra", milhões ou bilhões de
anos passam. Durante esse período, algo catastrófico leva a Terra à decadência, então
acontece Gêneses 1:2: A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face
do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Nesse ponto, os seis dias da
criação (ou, no caso, recriação) começam.

Criacionismo da idade diária


O Criacionismo da idade diária vê o problema do tempo a partir de um ângulo diferente.
Essa explicação afirma que, uma vez que Deus não criou o sol e a lua até o quarto dia da
criação, o conceito de dias de 24 horas não existia quando a criação começou e quando o
"dia" no mundo foi usado pela primeira vez. Os criacionistas da idade diária vêem cada
"dia" da criação como um período de milhões ou bilhões de anos, considerando a idade
cientificamente determinada da Terra dentro da moldura da Bíblia.

Criacionismo evolucionista
Este tipo de criacionismo não envolve uma leitura literal da Bíblia, os evolucionistas. Eles
aceitam a maioria ou toda a teoria da evolução, incluindo a seleção natural, acreditando
que Deus criou as leis naturais que fazem a evolução funcionar.

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