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Em Punição generalizada, o autor apresenta como a punição era aplicada ao decorrer dos
séculos. A partir disso é possível notar, que no século XVII os crimes seriam menos calculados e
pensados como no século XVIII, modificando a relação com a delinquência levando a uma nova
forma de punição. Geralmente, a punição era feita para que mostrasse a hierarquia de
aplicação de poder e punição.Com isso, percebe-se o abuso de poder correlacionado a
punição, por partes corruptas e privilegiadas que não eram punidas devidamente, por isso a
criação de leis defendendo a justiça, que deveriam ser neutras e cobrir todo o corpo social
segundo os reformistas. A realidade era que não poderia ser ampla por tornar a justiça
lacunosa através de diferentes costumes, conflitos internos, interesses particulares e
intervenção do poder real. Essa má distribuição de poder de punir pode ser relacionada ao fato
de que, o direito de punir era relacionado com o poder soberano, chamado de superpoder
monárquico, por isso buscavam uma reforma para remanejar o direito de punir. Assim, com as
transformações decorridas ao longo do tempo as ilegalidades passaram de direitos para bens,
ou seja, seria muito mais proveitoso e privilegiado se tivesse bens. Ainda, o poder de punição é
passado da monarquia para a sociedade em que, ao cometer um crime o indivíduo é visto
como traidor da pátria.
Em Copos dóceis, é discorrido como a dominação do corpo ocorre na sociedade e pelos meios
de dominação. A primeira modelação do corpo citada pelo o autor é perante os soldados,
seriam levados a se comportarem iguais, fazerem os mesmos jeitos, andar da mesma forma,
seria facilmente reconhecido por um ser um soldado, todos com o mesmo comportamento. Já
com a industrialização, o homem se torna parte da máquina de trabalho, corpo era
manipulado, moldado e teria que obedecer. O corpo dócil então, consistiria em um corpo que
pode ser utilizado, transformado e aperfeiçoado. Para isso ser feitos, era necessário de
técnicas de controle, poder sob o corpo em que eram relacionadas a partir da economia,
movimentos e organizações, sendo classificado como disciplinas. Cada disciplina estaria
relacionada ao seu ambiente social, nas escolas seriam aplicadas de forma diferente que em
quarteis, por exemplo. Essa distribuição de disciplinas aconteceria para que ela, fosse mais
efetiva, levando a uma criação de espaço útil em que cada individuo deveria se vigiar, para que
ninguém fugisse do comportamento aceito daquele espaço e não fosse indisciplinado. O
controle dos corpos seria feito então, a partir de alguma regulamentação, como por exemplo o
horário que regulamentaria os ciclos. Para a composição das forças seria utilização do corpo
humano como uma espécie de engrenagem na máquina social, dependendo de qual segmento
estaria colocado, necessitando de uma obediência pronta e cega.