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NEUROSE

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O que é Neurose para a Psicanálise?


Posted on 05/07/2017 Psicanálise ClínicaPosted in Psicanálise, Teoria Psicanalítica

Um dos principais assuntos estudados pela psicanálise é a neurose. Entretanto,


até hoje é muito comum a dúvida sobre o que é neurose, principalmente
devido à amplitude do termo. Para uma conceituação geral sobre o que é
neurose, ela pode ser considerada, a priori, como uma doença psíquica.

Neuroses são fenômenos gerados por um conflito psíquico, envolvendo a


frustração de um impulso instintivo. Além disso, podemos entender como
neurose o resultado de nossas experiências. Sejam elas vivências, traumas ou
recalques, conforme pontua a psicanálise. E também é entendida como
problemas relacionados à fixação da libido e à fixação problemática.

Os estudos de Freud sobre a neurose

Freud aprofundou seus estudos sobre o que é neurose, as suas causas e


sintomas. E usou seus estudos para embasar parte de suas teorias
psicanalíticas. Assim como as metodologias terapêuticas por ele criadas. Para
Freud, o inconsciente alimentava os instintos e os impulsos e ele deveria ser
trabalhado para se curar as neuroses.

Freud realizou a sua autoanálise consistia em encarar calmamente os seus


próprios fantasmas mentais. E, assim, ele buscou avaliar como o afetavam. A
sua autoanálise se voltou para as memórias da infância, após perpassar
assuntos da sua vida adulta. Também a morte de seu pai, em 1896, conforme
ele próprio afirmou, foi determinante para o estudo de si mesmo. A partir dessa
análise de si mesmo, ele passou a analisar seus pacientes e a fundamentar as
suas teorias. Inclusive as suas teorias a respeito da neurose.

Índice de Conteúdos
 O que é Neurose na Teoria Freudiana
 As Neuroses contemporâneas para Freud
 As Neuroses e a Sexualidade
 Alguns sintomas para ajudar a entender o que é neurose e o que ela causa
 Alguns tipos de neurose e suas características
 Algumas outras neuroses conhecidas pela psicanálise
 Tratamentos para a neurose

O que é Neurose na Teoria Freudiana

A neurose é um dos principais pontos da teoria de Freud, assim como ele


relaciona à sexualidade e a sua importância para a vida mental. Ao
desenvolver a sua teoria da sexualidade, ele demonstrou diversas origens que
levam o homem ao sofrimento.

Freud pontuou, dentre essas questões, alguns fenômenos relacionados a


estados corporais específicos que seriam de natureza eminentemente somática.
Esses fenômenos ele considerou como característicos do que ficou
denominado como “neurose atual”. Termo esse que inclui a neurastenia, a
neurose de angústia e hipocondria.

Dentre os principais sintomas encontrados na neurastenia, de acordo com a


teoria freudiana, estão a brutalidade do fator sexual. Quando ela aparece com
um problema para a vida humana. Também há as cefaleias e as prisões de
ventre. Além de outros que podem surgir devido a uma atividade sexual não
satisfatória, como o excesso de masturbação, segundo Freud.

Já para a neurose de angústia alguns de seus principais sintomas podem ser


de natureza diversa. Dentre eles, diarreias e congestões, distúrbios
respiratórios ou cardíacos, etc.

A hipocondria não apresenta sintomas somáticos concretos. Porém, ela leva à


nosofobia, que seria o medo de ficar doente. A qual está ligada aos sintomas
da neurose de angustia.

As Neuroses contemporâneas para Freud

De acordo com Freud, esses fenômenos seriam as “neuroses atuais”. Dessa


forma, Freud confere a eles um caráter contemporâneo dos fatores sexuais
envolvidos em sua sintomatologia. Diferente das psiconeuroses, que possuem
um caráter de historicidade da sexualidade.

Dessa forma, o termo neurose atual seria o oposto à psiconeurose, no que


tange à historicidade subjetiva a esse fenômeno. Assim pode-se entender a
amplitude para a psicanálise sobre o que é neurose. E muitos de seus
sintomas estariam ligados à sexualidade, segundo Freud e suas teorias.
As Neuroses e a Sexualidade

Ao se definir o que é neurose ara a psicanálise, vemos que muitos de seus


sintomas ou origens estão ligados à sexualidade. Ao menos, de acordo com as
teorias de Freud. Um ponto decisivo na sua teoria é quando ele revela sobre os
fatores sexuais, quando trabalhados nas neuroses atuais. Ele afirma que esses
fatores influenciaram na interferência do caráter universal do fator sexual nas
psiconeuroses.

Freud afirma que há um “desvio” da libido de sua aplicação satisfatória na


neurose da angústia, por exemplo. Para Freud a excitação teria uma ordem
somática, como se houvesse um acumulo somático da excitação sexual. Além
disso, Freud afirma que essa excitação vem acompanhada de um decréscimo
nos processos sexuais, por parte da psique. Para Freud, a excitação sexual
possui uma grande importância nos processos psíquicos. Os quais, de acordo
com a psicanálise, levariam à neurose.

Freud teorizou que diversos sintomas e manifestações, guardadas as suas


peculiaridades, teriam a sexualidade como centro da questão da neurose.
Dentre essas manifestações estariam as conversões histéricas, as neuroses de
angústia e neurastenias, as ideias obsessivas, etc.

Além disso, pode-se ver que as neuroses atuais e as psiconeuroses,


clinicamente aparecem simultaneamente mescladas. Sendo assim, a ligação
entre essas duas neuroses está configurada a partir do que Freud chamou de
libido. Para Freud, a neurose atual está contida na psiconeurose, como se
fosse o seu núcleo.

Alguns sintomas para ajudar a entender o que é neurose e o que


ela causa

Os sintomas costumam variar de acordo com cada individuo. Mas existem


alguns sintomas que podem indicar um sinal de alerta para a existência do
transtorno. Entre eles estão:

 Medo de situações comuns do cotidiano;


 Alterações de humor sem motivo aparente;
 Grande preocupação que se mantém mesmo sem uma causa
especifica;
 Traços de histeria;
 Fobia
 Minha Observação pessoal – Todas as semanas, duas ou mais vezes,
sinto uma cansaço depressivo, ou seja, é tão forte que o meu semblante
descai e eu tenho que me deitar uma pouco para que eu me recupere.
Esse cansaço vem acompanhado de tristeza. Após um curto período de
descanso, melhoro e volto às atividades normais.

Como dito, os sintomas podem variar de acordo com a pessoa e também o tipo
de neurose que a mesma apresenta. Portanto, é importante manter-se alerta
não apenas a esses, mas a qualquer outro indicio. Pois, o tratamento realizado
mais precocemente será mais efetivo e gerará resultados mais rápidos.

Alguns tipos de neurose e suas características

Ao analisarmos o que é neurose para a psicanálise, vemos que há diversos


tipos de neurose. Como a de angústia, a de abandono e a familiar.

A Neurose de Angústia é um tipo simples de psiconeurose. A qual tem na


angustia o seu principal sintoma. Ela evolui em crises, que podem ser mais ou
menos próximas. A neurose de angústia se manifesta com maior frequência em
portadores de constituição ansiosa.

A Neurose de Abandono caracteriza um quadro no qual predominam a


angústia do abandono, além da necessidade de segurança.

A Neurose Familiar ocorre quando, em determinada família, as neuroses


individuais se completam. Dessa forma, elas acabam se condicionando
reciprocamente. Além disso, ela pode evidenciar a influência exercida sobre as
crianças por sua estrutura familiar. Inclusive, influência do casal parental.

Algumas outras neuroses conhecidas pela


psicanálise
 Neurose de Destino
 Neurose do Fracasso
 Neurose Narcísica
 Neurose Traumática
 Neurose Mista
 Neurose de Caráter
 Neurose de Compensação
 Neurose Depressiva
 Neurose Histérica Dissociativa e a de Conversão
 Neurose Obsessiva Compulsiva (Diagnóstico anterior)
 Neurose Fóbica,
Além dessas, existem outras neuroses identificadas pelas teorias psicanalíticas.
Como visto, existem diversos tipos de neurose, cada uma possuindo seus
sintomas e particularidades.

Tratamentos para a neurose


Como visto, a neurose é mais um dos transtornos psíquicos estudados pela
psicanalise. Assim, como os outros transtornos, seu tratamento é feito a partir
de acompanhamento e terapia. Podendo, também envolver um
acompanhamento psiquiátrico, que irá prescrever o método medicamentoso a
ser realizado.

Diferente de outros transtornos, como a depressão, o tratamento pode


dispensar o uso de medicamentos, caso seja seguro para o paciente. O
objetivo do tratamento é o combate aos sintomas, para proporcionar ao
paciente uma vida tranquila e normal.
https://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-neurose/

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Neurose Obsessiva Compulsiva


Rev. bras. psicoter. 2020; 22(1):71-81
Artigo de Revisao
Freud, a construção da neurose obsessiva nos primeiros escritos e as
diferenças em relação ao TOC
Freud, the construction of obsessional neurosis in the first writings and the
differences in OCD
Freud, la construcción de la neurosis obsesiva en los primeros escritos y las
diferencias con relación al TOC
Ana Luiza Martins Ribeiro Pires; Jacqueline de Oliveira Moreira
Resumo
A neurose obsessiva é uma das estruturas clínicas evidenciadas por Freud em
1894, nas suas primeiras publicações, cujo foco predominante era a histeria.
Com a proposta de rastrear as movimentações da construção do conceito de
neurose obsessiva do período pré-psicanalítico até 1900, buscamos levantar as
características dessa organização psíquica para diferenciá-la do Transtorno
Obsessivo Compulsivo (TOC), que se encontra no Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-V). Dessa maneira, nos
arriscamos a ampliar e a refletir sobre novas possibilidades de intervenção para
além da medicalização.

Descritores: Neurose Obsessiva; Psicanálise; DSM-V; TOC; Obsessão

Abstract
Obsessive neurosis is one of the clinical structures evidenced by Freud in 1894,
in his first publications, whose predominant focus was hysteria. With the
proposal to trace the movements of the construction of the concept of obsessive
neurosis of the pre-psychoanalytic period until 1900, we sought to bring up the
characteristics of this psychic organization in order to differentiate it from the
Obsessive Compulsive Disorder (OCD), which is found in the Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders, 5th edition (DSM-V). In this way, we risk
widening and reflecting on new intervention possibilities beyond medicalization.

Keywords: Obsessive neurosis; Psychoanalysis; DSM-V; TOC; Obsession


Resumen
La neurosis obsesiva es una de las estructuras clínicas evidenciadas por Freud
en 1894, en sus primeras publicaciones, cuyo enfoque predominante era la
histeria. Con la propuesta de rastrear los movimientos de la construcción del
concepto de neurosis obsesiva del período pre-psicoanalítico hasta 1900,
buscamos levantar las características de esa organización psíquica para
diferenciarla del Trastorno Obsesivo Compulsivo (TOC), que se encuentra en el
Manual Diagnóstico y Estadístico de los Trastornos Mentales, 5ª edición (DSM-
V). De esa manera, nos arriesgamos a ampliar y a reflexionar sobre nuevas
posibilidades de intervención más allá de la medicalización.

Descriptores: Neurosis obsesiva; Psicoanálisis; DSM-V; TOC; Obsesión

1. INTRODUÇÃO

A neurose obsessiva é um tema importante e muitas vezes confundido com o


Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) classificado pelo DSM-V. A
psiquiatria caracteriza esse transtorno por ideia repetitiva e intrusiva que
invadem a consciência, comportamento compulsivo com predominância de
rituais comportamentais que prejudicam o funcionamento social, ocupacional e
pessoal, provocando angústia no indivíduo.

Segundo o DSM-V:

Obsessões são pensamentos repetitivos e persistentes (p. ex., de


contaminação), imagens (p. ex., de cenas violentas ou horrorizantes) ou
impulsos (p. ex., apunhalar alguém). É importante observar que as obsessões
não são prazerosas ou experimentadas como voluntárias: são intrusivas e
indesejadas e causam acentuado sofrimento ou ansiedade na maioria das
pessoas1.

Normalmente, a compulsão é uma resposta diante do pensamento obsessivo.


Existe uma crença considerada nesse caso como disfuncional que funciona
como especificador diagnóstico: varia de bom, razoável ou pobre de que seu
pensamento obsessivo é verdadeiro e definitivo, ou seja, o indivíduo acredita
que o pensamento obsessivo que o invade é real, mesmo que lhe pareça
banal1.

Outro critério diagnóstico para o TOC, segundo o DSM1 é não atribuir o efeito
das obsessões e compulsões a nenhuma causa fisiológico que afeta
diretamente o indivíduo através do uso de alguma substância. Além disso, as
obsessões são consideradas indesejáveis para o paciente e ele não apresenta
controle para impedir as ações e pensamentos obsessivos. A nova edição do
DSM-V incluiu um subtipo de TOC relacionado a presença que varia de bom a
ausente para tiques na história pessoal passada ou presente. Além disso, essa
nova edição especifica um insight bom ou razoável para as crenças que o
sujeito apresenta em relação à doença. Embora alguns indivíduos sintam alívio
da ansiedade ou do sofrimento, a compulsão não é vivenciada com prazer.

A frequência e a gravidade das obsessões e compulsões variam entre os


indivíduos com TOC (p. ex., alguns têm sintomas leves a moderados,
passando 1 a 3 horas por dia com obsessões ou executando compulsões,
enquanto outros têm pensamentos intrusivos ou compulsões quase constantes
que podem ser incapacitantes)1.

Nesse raciocínio diagnóstico, as obsessões e compulsões devem durar


aproximadamente mais de uma hora por dia e causar sofrimento e prejuízo
significativo, social e profissional para o paciente. Os dados estatísticos do
DSM-V2 afirmam uma prevalência maior de TOC no sexo feminino, embora
nos indivíduos do sexo masculino há maior prevalência na infância. Nos
Estados Unidos, "a idade média de início do TOC é 19,5 anos, e 25% dos
casos iniciam-se até os 14 anos de idade"1.

Todavia, parece-nos interessante mencionar, conforme ressaltam Dunker e


Kyrillos Neto3, o termo neurose como uma das categorias clínicas foi presente
até a segunda versão do Manual de Diagnóstico DSM II. Nas versões
posteriores o conceito de neurose não englobava o DSM. Entretanto, segundo
Lima e Rudge2, a expressão neurose obsessiva foi extinta do DSM e
substituída por Transtorno Obsessivo Compulsivo(TOC). Esse transtorno
obsessivo compulsivo apresenta alguns sintomas similares já descritos por
Freud como: compulsão de comportamento e obsessão de ideias intrusivas e
persistentes no pensamento. Todavia, no mundo contemporâneo assistimos
um processo de transformação de leitura destes sintomas como um transtorno
neurológico, passível de tratamento medicamentoso e, em alguns casos mais
graves, com proposta de intervenção cirúrgica.

Segundo Lima e Rudge2, "com o ato de se reduzir a complexidade da neurose


obsessiva ao TOC, o sujeito se torna vítima de seu funcionamento cerebral e
desacreditado da própria capacidade de mudança". Isso retira do sujeito a
responsabilidade diante de seu sintoma. Aprendemos com as contribuições
iniciais freudianas que a neurose obsessiva é fruto de ideias conflitivas que
foram reprimidas.

Sem o intuito de demonizar a psiquiatria, fazemos uma breve análise do


excesso que a medicalização poderá ocasionar com o apagamento do sujeito.
Dunker e Kyrillos Neto3, anunciam que o DSM "é o sintoma maior da
supressão individual dos múltiplos discursos sobre o mal-estar, o sofrimento e
o sintoma, ou seja, do choque 'intercivilizações'". Após uma análise sobre o
movimento de construção das diferentes versões do DSM, os autores
ressaltam que a ideia de categorização das doenças se tornou mais evidente
no DSM-III4. Porém, o termo neurose, que antes fazia parte dos quadros
classificatórios, deixou de ser bem aceita pelo Conselho Administrativo da
Associação Psiquiátrica Americana (APA) por se tratar de um termo vago e
sem representatividade científica. A ideia defendida pelos autores não se trata
de oposição à psiquiatria, mas uma crítica relevante sobre o uso exclusivo de
medicamentos como método de tratamento das doenças4. Essa solução apaga
o trabalho subjetivo de cada sujeito e impede novas formas de tratamento.

A ideia diagnóstica e terapêutica em psicanálise é clara para os autores:

O diagnóstico em psicanálise além de ser estrutural é também sob


transferência, o que exige do analista um trabalho de produzir certa fala que
possa indicar algo da posição do sujeito na fantasia. Falamos de um
endereçamento da fala, de uma ultrapassagem dos fenômenos que nos
permite formular um diagnóstico como função terapêutica e concomitantemente
nos afasta das caricaturas engendradas pelos manuais como padrões de
sofrimento psíquico3.

Mas, por que refletir sobre o tema da neurose obsessiva? Segundo Freud:

A neurose obsessiva é, indubitavelmente, o tema mais interessante e


compensador da pesquisa analítica. Deve-se confessar que, se nos
esforçarmos por penetrar mais profundamente em sua natureza, teremos de
confiar em admissões duvidosas e suposições não confirmadas4.

Assim, motivados pela polêmica em torno dos termos TOC e neurose


obsessiva e, ainda, pelo convite freudiano de pensar e repensar a clínica da
neurose obsessiva, decidimos reconstruir a trajetória freudiana na construção
do conceito de neurose obsessiva. Se por um lado encontramos um
diagnóstico objetivo capaz de fundamentar um manual estatístico e
classificatório além de uma base neurocientífica, por outro lado deparamos
com o sofrimento psíquico particular e com o um mal-estar de cada sujeito. Em
ambos os casos há rituais, compulsões e obsessões, entretanto, o diferencial
está na maneira como cada referencial teórico compreende a origem desse
sofrimento e na direção do tratamento. Nosso texto se define como uma
pesquisa teórica que pretende reconstruir as movimentações teóricas
freudianas no que se refere ao conceito de neurose obsessiva até 1900, com
um segundo objetivo de diferenciar TOC da neurose obsessiva.

2. A NEUROSE OBSESSIVA, FOBIAS E HISTERIA: A DEFESA DO SEXUAL

A neurose obsessiva e fobias têm um sintoma principal considerado nuclear, a


saber, a expectativa ansiosa. Mas, no texto "Obsessões e fobias",
Freud5 postula as principais diferenças entre fobias e obsessões ressaltando
que no primeiro caso a emoção sempre é acompanhada de ansiedade e temor.
A ansiedade é um estado emocional que está por detrás de todas as fobias.
Nas palavras dele: "As fobias são, então uma parte da neurose de angústia, e
quase sempre outros sintomas do mesmo grupo as acompanham"5.

A terminologia "neurose obsessiva" foi utilizado por Freud pela primeira vez
nesse texto, embora em uma carta à Fliess de 7 de fevereiro de 1894 ele já
mencionou essa terminologia, assim como: "as neuropsicoses de defesa"6.

Quanto à neurose de angústia, ela apresenta semelhanças e diferenças com


outras neuroses principais, como a histeria e à neurastenia5.

Em 1894, junto da histeria e das psiconeuroses de defesa, Freud instaurou


uma nova definição de neurose obsessiva na qual sentiu a necessidade de
iniciar um trabalho por uma "inovação nosográfica"6.

Apesar de muitos autores classificar a obsessão como uma síndrome que


constitui a degenerescência mental ou confundir com a neurastenia, Freud
situou a neurose das obsessões (Zwangsneurose) como uma afecção
autônoma e independente7. Em "As neuropsicoses de defesa", Freud6 aponta
a disposição de uma neurose quando uma ideia que seria incompatível e que é
separada do afeto que permanece na esfera psíquica. A ideia então se
enfraquece e permanece na consciência separada da associação. "Mas seu
afeto, tornado livre, liga-se a outras ideias que não lhe sejam incompatíveis; e,
graças a essa 'falsa conexão', tais ideias desenvolvem-se como obsessivas"6.

Entretanto, a ideia freudiana a princípio era diferenciar a obsessão da histeria.


O foco de seu trabalho estava voltado para a compreensão dos fenômenos
histéricos e compreender as semelhanças e diferenças das obsessões poderia
contribuir para seu interesse inicial.

Nesse momento, Freud acreditava que o aparecimento das ideias


incompatíveis estava diretamente relacionado à vida sexual do sujeito. Desse
modo, a vida sexual desperta algo de aflitivo para o sujeito. Isso significa que a
experiência sexual primária desperta uma satisfação prazerosa. Entretanto, a
vivência da lembrança dessa experiência sexual na tenra infância produz
desprazer, pois a consciência não aprova esse prazer e gera posteriormente
auto recriminação, motivo pelo qual Freud atribui essa lembrança um valor
traumático, como a origem de uma neurose obsessiva. O afeto ressurge na
consciência e se manifesta como sentimento de autoacusação e vergonha. A
obsessão representa, nesse caso, um substituto da ideia sexual incompatível
que ocupa lugar na consciência6.

Parece-nos importante mencionar que em uma nota de rodapé do texto "As


neuropsicoses de defesa"6 , aparece a primeira vez a ideia de um sistema
inconsciente. A construção desta ideia se articula como a tentativa de
explicação da existência de uma ideia sexual separada do seu afeto, e a
ligação desse afeto a outra ideia ocorre fora da consciência. Ele irá classificar o
afeto que aparece na obsessão como desalojado ou transposto como método
de defesa8. Posteriormente, no fim do texto irá mencionar o termo
deslocamento.

A distinção dos sintomas histéricos e obsessivos e fóbicos acontece pelo fato


de toda alteração permanecer na esfera psíquica, no caso das fobias e
obsessões. Já na histeria, não há nenhum tipo de mudança na relação:
excitação psíquica e inervação somática6.

Em um dos casos mencionado por Freud ao longo do texto, há uma nota sobre
sua comunicação com Fliess por meio de uma carta, em fevereiro de 1894,
após concluir o texto sobre "As neuropsicoses de defesa" e afirma que a
ligação na neurose obsessiva e a sexualidade nem sempre é fácil de se
perceber.

Em 1896, Freud8 introduz: "Novos comentários sobre as neuropsicoses de


defesa" cuja natureza da neurose obsessiva é definida sob a forma de
autoacusações que o sujeito inflige a si mesmo. As ideias obsessivas são
reprimidas e o sujeito as substitui por um sintoma primário de defesa. Neste
ponto podemos localizar as primeiras formulações sobre o inconsciente. "A
conscienciosidade, a vergonha e a autodesconfiança são sintomas dessa
espécie, que dão início ao terceiro período - período de aparente saúde"8.
Essa saúde é mascarada por uma defesa bem-sucedida. Freud ainda classifica
a neurose obsessiva como uma atividade sexual relacionada a essa neurose
mais presente em indivíduos do sexo masculino, ao passo que a histeria
estaria ao lado da passividade sexual mais presente no sexo feminino. Dessa
maneira, a repressão está relacionada à sexualidade obtida com prazer na
tenra infância. O sofrimento aparece na medida em que as lembranças
reprimidas retornam e a defesa fracassa.

As lembranças reativadas e as autoacusações delas decorrentes nunca


reemergem inalteradas na consciência: o que se torna consciente como ideias
e afetos obsessivos, substituindo as lembranças patogênicas, no que concerne
à vida consciente, são estruturas que consistem em uma conciliação entre
ideias reprimidas e repressoras8.

No início de sua obra, Freud8se interessava pela compreensão da etiologia das


neuroses, desses quadros que não têm quadro orgânico. Sendo assim, não
estava preocupado em desvendar os principais fenômenos da neurose
obsessiva, mas ao contrário, os fenômenos histéricos.

Apesar dos "novos comentários sobre as neuropsicoses de defesa", ele ainda


não compreende quais são os principais sintomas da neurose obsessiva. Ele
faz apenas uma menção das observações de alguns pacientes histéricos que
por sua vez tinham fenômenos obsessivos. Seu interesse era comprovar a
etiologia sexual presente na neurose, em uma diferenciação entre atividade
nas obsessões e passividade na histeria8.

Após analisar casos de treze pacientes histéricos, onde as ficções obsessivas


emergem como um traço mnêmico relacionado com um trauma na infância*,
Freud percebeu que não são necessariamente as experiências que são
traumáticas, e sim a lembrança dessas experiências quando o sujeito entra na
maturidade sexual. Essa teoria era chamada de teoria da sedução e foi o
primeiro modelo de explicação sobre a etiologia das neuroses. Os traumas na
tenra infância são vistos como casos de ofensas sexuais graves. É enfático ao
dizer que a culpa estaria ao lado das babás, empregadas domésticas e
governantas as quais as crianças teriam grande convívio. Em 21 de setembro
de 1897, em carta a Fliess, ele relata que por algum tempo lhe acometia a ideia,
por sua vez difícil de acreditar, que o pai tinha responsabilidade nos atos de
perversão contra crianças8. Parecenos fundamental ressaltar o abandono da
teoria da sedução para a construção da ideia de fantasia na cena edípica e no
laço familiar. Os sintomas podem ser produzidos a partir da trama familiar, sem,
necessariamente, acontecer um trauma real.

As principais características da neurose obsessiva em 1896 ainda podem ser


classificadas como uma experiência prazerosa que mais tarde será
"experenciada" como recriminação8. A fórmula postulada como: "Desprazer-
prazer-recalcamento" pode ser decifrada levando em consideração a
experiência de passividade que é agregada posteriormente a uma vivência de
prazer que gera desprazer por causa da recordação da lembrança prazerosa.
Seria, nas palavras de Freud, "uma condição clínica da neurose obsessiva que
a vivência passiva aconteça tão cedo, que não seja capaz de impedir a
ocorrência espontânea da vivência de prazer"8. Importante ressaltar que Freud
menciona a idade de oito anos aproximadamente para a presença inicial do
que estamos classificando como neurose obsessiva.

Pela primeira vez será mencionado a terminologia "retorno do reprimido",


característico do processo de repressão. Ainda nesse texto de 1896, são
postuladas duas formas de neurose obsessiva. E as ideias se reprimidas
derivam de ideia sexuais conflitivas, sobretudo com ideias edípicas8.

A primeira caracterizada pelas ideias obsessivas que comprometem a atenção


do paciente. Nesse caso, o ego é capaz de alterar o passado pelo
contemporâneo e o conteúdo sexual é substituído pelo não sexual. O afeto,
sentido como um desprazer e a obsessão que surge no psiquismo é decorrente
do mecanismo de repressão. As ideias obsessivas apresentam um
componente compulsivo devido à fonte que derivam.

A segunda forma se apresenta quando o afeto da autoacusação se transforma


em qualquer outro tipo de afeto desagradável. O afeto substituto tenta se tornar
consciente e romper com as barreiras da repressão. Isso pode influenciar na
transformação de autoacusação por vergonha, ansiedade hipocondríaca,
ansiedade social, assim como pode se apresentar em ansiedade religiosa,
delírio de ser observado, medo da tentação e outros sintomas comum a essa
neurose8.

Os sintomas apresentados são sintomas de conciliação marcados pelo colapso


da defesa e um retorno do conteúdo reprimido. A neurose obsessiva apresenta
outros sintomas diversos cuja origem é diferente. "O ego procura afastar os
derivados da lembrança inicialmente reprimida e, nessa luta defensiva, cria
sintomas que podiam ser classificados conjuntamente como 'defesa
secundária'"8. Essas medidas protetoras tentam lutar contra as ideias e os
afetos obsessivos. Se ocorrer a repressão dos sintomas do conteúdo reprimido
que tentam invadir o ego, teremos a obsessão transferida às medidas
protetoras e cria-se uma terceira forma dessa neurose classificada pelas ações
obsessivas. Nesse caso é possível destacar os rituais nos quais o sujeito se
impõe para defender-se das ideias que lhe afligem. Ele se esforça para
controlar cada ideia obsessiva que se lhe apresenta unicamente pelo trabalho
lógico e nas palavras de Freud, "pelo recurso às lembranças conscientes. Isso
leva a um pensamento obsessivo, a uma compulsão de testar coisas e à mania
de duvidar"8.

Na tentativa de defesa secundária contra os afetos obsessivos, o sujeito adota


medidas protetoras passíveis de se transformar em atos obsessivos. Segundo
Freud, podem ser agrupados levando em consideração o objetivo:
Medidas penitenciais (cerimoniais opressivos, observação de números);
medidas de precaução (todas as espécies de fobias, superstição,
minuciosidade, incremento do sintoma primário da conscienciosidade);
medidas relacionadas ao medo de delatarse (colecionar aparas de papel,
misantropia), ou para assegurar o entorpecimento [da mente] (dipsomania)8.

Em "Obsessões e fobias" Freud caracteriza dois aspectos presentes em toda


obsessão: 1º "uma ideia que se impõe ao paciente"; 2º "um estado emocional
associado"5. A ideia que se desloca, encontra um substituto associado à ideia
que não era considerada apropriada. Mas é interessante ressaltar a
observação freudiana na qual as ideias substituídas apresentam algo em
comum, elas representam alguma experiência desagradável de natureza
sexual para o sujeito cujo esforço do ego é tentar esquecê-la. É possível
perceber que nesse texto o autor deixa os fenômenos histéricos mais distante
da discussão para tentar enfatizar as principais diferenças entre as fobias e as
obsessões.

Nesse período Freud defende a disposição mental herdada específica para


explicar o mecanismo da substituição dos pacientes com obsessões, cujo
motivo se deve à defesa do ego para reprimir a ideia incompatível à
consciência. A persistência desse estado emocional se justifica pelo próprio
mecanismo da substituição que não permite o desaparecimento desse estado
emocional5.

Até 1897 em sua teoria da sedução, Freud diferenciava a histeria como


referência ao feminino e a neurose obsessiva em relação ao masculino. Na
primeira pode-se dizer que há uma consequência de um pavor pré-sexual, já
na obsessão, há uma consequência de um prazer sexual pré-sexual que
se transformou em recriminação. Desse modo, na sexualidade das meninas
existe um pavor e ao mesmo tempo passividade. Por outro lado, nos
meninos, há um prazer ativo vivido sob a forma de pecado6.

Após rejeitar a posição dual da histeria relacionada ao feminino e neurose


obsessiva ao masculino, Freud iniciou uma nova ideia sobre a teoria da
sexualidade e a neurose obsessiva desde então afeta homens e mulheres e
tem sua origem em um conflito psíquico. No texto da obra "Um caso de histeria:
três ensaios sobre a teoria da sexualidade e outros trabalhos" de 1905
descreveu sexualidade infantil e foi criticado por explicitar a perversão e o
erotismo anal9. Nesse período, Freud9 passou a reformular sua ideia sobre a
teoria da sedução e percebeu que muitos relatos de pacientes histéricas eram
na realidade, fantasias.

Importante deixar claro ao leitor que as discussões que levantamos sobre a


neurose obsessiva se situam no momento anterior a 1900. Após essa data,
essa neurose ganha com Freud, uma definição ampla e mais compreensiva
sobre a estrutura da neurose obsessiva. Todavia, algumas dessas teses
freudianas do período pré-psicanalítico revelam a riqueza na concepção sobre
a neurose obsessiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do que exploramos ao longo desse texto, podemos elucidar alguns


sintomas que consideramos nucleares da neurose obsessiva. Entretanto, esses
sintomas englobam apenas o período pré-psicanalítico, ou seja, antes de 1900,
data marcante para o avanço da compreensão dessa neurose.

Segundo Freud, a cura ou o tratamento da neurose obsessiva pode acontecer


da seguinte forma:

[...] fazendo-se retroceder todas as substituições e transformações de afeto


encontradas, até que a recriminação primária e sua vivência sejam libertadas e
possam ser colocadas diante do Eu para novo julgamento. Para isso, é preciso
elaborar a fundo um número inimaginável de representações intermediárias ou
de compromisso que fugazmente podem se tornar representações obsessivas8.

Diferente do TOC, com uma sintomatologia e uma descrição acompanhada de


obsessões e ou compulsões que causam sofrimento e prejuízo social e
profissional para o indivíduo, a neurose obsessiva tem uma natureza que se
expressa através de ideias obsessivas "invariavelmente autoacusações
transformadas que reemergiram da repressão e que sempre se relacionam a
algum ato sexual executado com prazer na infância"8. Apesar de alguns
sintomas em comum entre neurose obsessiva e TOC, como por exemplo,
obsessão de pensamentos considerados como tabus e compulsão por contar,
elas diferem na compreensão da natureza da doença e no tratamento
endereçado a elas. Enquanto o DSM identifica alguns pensamentos como
crenças disfuncionais, a psicanálise identifica o sintoma peculiar do sujeito
como resposta diante de alguma situação traumática.

A caracterização do TOC, no DSM IV, não incorpora conceitos freudianos


como: recalque, defesa, deslocamento, recriminação, conscienciosidade,
vergonha e outros sintomas nucleares dessa neurose. O conceito de TOC
parece estar restrito a uma descrição de fenômenos, sem discutir as dinâmicas
psíquicas subjacentes.

Dessa maneira, destacamos ao longo dessa pesquisa alguns sintomas


principais da neurose obsessiva. A conscienciosidade, a vergonha, a
autodesconfiança, autoacusações, sintomas de conciliação. Esses sintomas
geram outros sintomas secundários como as medidas protetoras, mania de
duvidar e atos obsessivos. A mania por limpeza, mania por contar, sintomas
comuns nessa neurose, por sua vez também presente na sintomatologia do
TOC assim como os rituais religiosos. Apesar da peculiaridade de cada sujeito
na manifestação dos sintomas, esses que descrevemos se apresentam na
maioria dos casos.

Ao contrário de crenças disfuncionais em relação a si mesmo ou em relação ao


mundo, a psicanálise propõe o tratamento através da associação livre,
permitindo nesse caso tornar a conexão reprimida na infância consciente,
fazendo com que a ideia ou afeto substituto chegue a aquele que ocasionou a
eclosão da neurose. Segundo Dunker e Kyrillos Neto3 é considerar o caso a
caso, o particular de cada sujeito sem desconsiderar seu sofrimento.

REFERÊNCIAS

1. American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais:


DSM-5 5. ed. Porto Alegre: Artmed; 2014.

2. Lima JM, Rudge AM. Neurose obsessiva ou TOC?. Tempo Psicanal [internet]. 2015 [citado 18
mar 2019];47(2):171-87. Disponível
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
48382015000200012&lng=pt&tlng=pt.

3. Dunker CIL,Kyrillos Neto F. A crítica psicanalítica do DSM-IV-breve história do casamento


psicopatológico entre psicanálise e psiquiatria. Rev Latinoam Psicopatol Fundam. 2011;14(4): p.
611-26.

4. Freud S. Inibições, sintomas e ansiedade, 1926 [1925]. In: Um estudo autobiográfico. Edição
Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol XX. Rio de Janeiro: Imago;
1996. p. 79-168.

5. FreudS. Obsessões e Fobias. In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund
Freud, vol III. Rio de Janeiro: Imago; 1895.

6. Freud S. As neuropsicoses de defesa. In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de
Sigmund Freud, Vol III. Rio de Janeiro: Imago; 1894.

7. Roudinesco E, Plon M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; 1998.

8. Freud S. Novos comentários sobre as neuropsicoses de Defesa. In: Edição Standard Brasileira
das Obras Completas de Sigmund Freud, Vol III. Rio de Janeiro: Imago; 1896.

9. Freud S. Um caso de histeria: três ensaios sobre a teoria da sexualidade e outros trabalhos.
In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Vol VII. Rio de Janeiro:
Imago; 1905.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Pós Graduação em psicologia
(mestrado/doutorado) PUC Minas - Belo Horizonte - MG – Brasil.
http://rbp.celg.org.br/detalhe_artigo.asp?id=328

___________________________________
Pensamentos obsessivos de cunho sexual: um tipo
de TOC

Artigo revisado pelo Comitê de MundoPsicologos


Para aqueles que acham que TOC sempre está associado com
manias de limpeza e organização, vale a pena a leitura deste artigo!
Há variações nos tipos de TOC envolvendo até sexualidade.
20 MAI 2020 · Leitura: 2 min.

TOC

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A maioria das pessoas conhece a denominação TOC, abreviação de


transtorno obsessivo compulsivo, mas normalmente o transtorno é
associado a manias por limpeza ou por organização. O que gera bastante
estranhamento e afeta inúmeras pessoas é o tipo de TOC nomeado
como: pensamentos intrusivos e dúvidas patológicas.

Diferente dos comportamentos de rituais que costumam ser mais óbvios


aos olhos do portador e de terceiros, este tipo de TOC se destaca por
possuir como principal sintoma funções cognitivas, fazendo com que o
portador sofra intensamente com pensamentos intrusivos e persistentes
de cunho sexual.

Para aquele que sofre deste transtorno, viver é sentido de maneira


assustadora, sempre temendo o próximo pensamento que poderá surgir e
quais as consequências sentirá diante dele. (Tenho muitos pensamentos
trágicos – surgem do nada.)

O que caracteriza o TOC?


A obsessão é caracterizada por pensamentos, impulsos ou imagens
persistentes e inapropriados que causam intensa ansiedade. A tentativa
de aliviar a tensão e ansiedade costuma dar sequência a
comportamentos compulsivos e repetitivos.

Todo tipo de comportamento pode ser adotado na tentativa de aliviar a


tensão, e comum em quadros de TOC, tais comportamentos costumam
virar verdadeiros rituais no anseio pela anulação de pensamentos e
alívio nos níveis de estresse e ansiedade.

Que tipo de pensamentos são frequentes neste tipo de TOC?


O portador deste tipo de TOC tende a sofrer intensamente com
pensamentos persistentes relacionados a dúvidas sobre sua adequação
em seu relacionamento, questionamentos sobre a fidelidade de seu
parceiro, temores agressivos e sexuais – temendo ser violento, causar
danos a terceiros e até mesmo ser pedófilo ou pensamentos associados a
religião temendo por estar pecando e os possíveis castigos que pecar pode
envolver.
Outro tipo de TOC que vale a pena mencionar, é o TOC HOCD, a sigla é a
abreviação em inglês de Homosexual Obsessive Compulsive Disorder
podendo ser nomeado em português vulgarmente como "TOC Gay". Nele,
o portador sofre intensamente com dúvidas e temores sobre sua
sexualidade, questionando sua orientação sexual, temendo virar gay em
seu futuro, pensamentos repentinos de cenas homossexuais e desconforto
intenso na presença de uma pessoa do mesmo sexo que possa despertar
alguma atração ou alguma admiração, como se por sofrer com tais
pensamentos questionasse suas habilidades de controle e de fraquezas.

Por ser um tipo de TOC, vale ressaltar que sofrer com esses temores não
tem associação com o fato da possibilidade de ser GAY, podendo o
portador estar em um relacionamento sólido e em toda sua história ter
tido convicção de sua heterossexualidade. Mesmo diante de toda
convicção que possa ter sentido ao longo da vida, os temores invadem os
pensamentos de maneira intrusiva causando intensa perturbação e não
requerendo que exista algum gatilho para que aconteçam, o que pode
causar inúmeros prejuízos na funcionalidade de sua rotina, seja profissional,
social ou afetiva.

Algumas compulsões que podem ser associadas a essas obsessões são


verificações de sinais no próprio corpo de possível excitação, gerando
intensa angústia e que pode motivar o isolamento social por todo
desconforto que envolvem os pensamentos intrusivos somados as
compulsões de verificação.

Causas e tratamentos
Ainda se desconhece a causa do TOC mas hoje são considerados fatores
biopsicossociais, envolvendo composições genéticas e fatores
ambientais.

O tratamento para este tipo de TOC é o mesmo que para os demais: é


indicado que o paciente realize acompanhamento psicológico por ser
um processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional,
possibilitando a compreensão da relação de traumas com o
desenvolvimento do transtorno e para maioria dos casos é necessário
acompanhamento psiquiátrico com medicações apropriadas para o
controle de compulsões e impulsos.

https://br.mundopsicologos.com/artigos/pensamentos-obsessivos-de-cunho-sexual-um-tipo-de-toc

O que é o modelo biopsicossocial (Achei isso interessante)

O modelo biopsicossocial é uma abordagem multidisciplinar que compreende


as dimensões biológica, psicológica e social de um indivíduo:

 Biológico: investigação dos sintomas físicas para entender como a causa da


doença pode estar no organismo do paciente. Aborda questões como a saúde
física, propensões genéticas e efeito de drogas e medicamentos.
 Psicológico: investigação das causas psicológicas para um determinado
problema de saúde do paciente. Aborda questões como habilidades sociais,
relacionamentos familiares, autoestima e saúde mental.
 Social: investigação de como fatores sociais (aspectos socioeconômicos,
culturais e inter-relacionais) podem afetar a saúde do paciente.

A proposta do modelo biopsicossocial é oferecer assistência ao paciente de


uma forma holística e não apenas se concentrar no tratamento da doença. Isso
envolve uma troca de palavras no vocabulário médico: em vez de “tratar uma
doença”, deve-se “cuidar de alguém”. O cuidado acontece por meio de ações
integradas de uma equipe de saúde que deve ser composta por especialistas
de cada uma das dimensões listadas acima. Alguns exemplos são psiquiatras,
psicólogos, assistentes sociais e sociólogos.

https://posdigital.pucpr.br/blog/modelo-biopsicossocial

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Vício em pornografia: o que é e formas de


tratamentos
O vício em pornografia refere-se à necessidade que uma pessoa tem de
consumir pornografia a ponto de interferir em sua vida diária, nos seus
relacionamentos e na sua capacidade de ter um bom desempenho nas relações
sexuais.
Esse vício é mais prevalente do que se pode imaginar. E alguns especialistas
consideram o vício em pornografia um transtorno sexual – um termo
genérico que inclui comportamentos como a masturbação excessiva, por
exemplo.
A maioria das pesquisas sobre o vício sugere que ele ativa regiões do
cérebro associadas à motivação e recompensa.
Especificamente, o vício altera o sistema de dopamina no cérebro.

É análogo ao padrão de uma pessoa com dependência de substância


psicoativa que consome a droga, pois ela recebe um fluxo intenso de
dopamina, causando sensações de prazer e recompensa.

Dessa forma, se você deseja entender mais sobre o vício em pornografia, neste
artigo você encontra:
 O que é pornografia? (Há um padrão saudável de consumo?)

 Entenda o que é o vício em Pornografia


 O que o NoFAP tem a ver com isso?

 Quais sãos as consequências do vício em pornografia?

 Como se livrar do vício em pornografia?

 Quanto tempo dura o tratamento do vício em pornografia?

 Dicas que podem ajudar a se livrar vício em pornografia

O Que É Pornografia? (Há Um Padrão Saudável


De Consumo?)
A pornografia consiste em qualquer conteúdo que possui cenas ou imagens de
apelo sexual. É aquilo que alguns consideram obsceno.
Já o consumo exagerado desse tipo de conteúdo é chamado de vício em
pornografia.
O número de homens e mulheres que podem dizer que nunca viram
qualquer tipo de pornografia é mínimo.
Se é que ele existe, conforme o pesquisador Simon Lajeunesse aponta no
vídeo intitulado de “O Grande Experimento Pornô“.
Porque, com a internet, a pornografia, é de fácil acesso: disponível 24 horas
por dia, 7 dias por semana, gratuita e privada. Uma quantidade e variedade
quase infinita de possibilidades de acesso.
E isso acontece principalmente porque o consumo de pornografia tem se
tornado cada vez mais comum e uma ação e esse consumo já não traz mais
vergonha como antes.
Para muitos, ela é vista como um entretenimento comum.
No passado, diante da pornografia apresentada em revistas impressas, o
costume de assistir pornografia não era necessariamente prejudicial à saúde.
Entenda O Que É O Vício Em Porno grafia
O problema maior está no momento em que a pornografia torna-se um vício.
No campo teórico, há discussões sobre o problema se tratar de um vício
ou uma compulsão.
______________________________________________________________

Segundo o psiquiatra Ito


O que é Vício em Pornografia?

Vício em pornografia não é a mesma patologia do vício por sexo, que é chamado de
Ninfomania.

Qual a diferença entre essas doenças? (Uma vez lhe disse que pareço
estar doente, que o que tenho é uma doença.)

Na compulsão por sexo, a pessoa tem muita libido, querendo transar a toda hora,
mesmo se colocando em situação de risco.

No vício por pornografia, a pessoa tem necessidade de se masturbar várias vezes, mas
muitas vezes não tem libido nem mesmo para transar com a sua esposa.

O que as duas patologias têm em comum é que interferem na rotina da pessoa, nas
suas relações pessoais, afetando sua vida sexual.

https://itopsiquiatria.com/tratamento-psiquiátrico/vicio-em-pornografia/
______________________________________________________________________

Para quem procura ajuda, diante das técnicas de intervenção disponíveis, não
há diferença significativa.
A partir do fácil acesso, propiciado pela internet, muitos constroem uma
relação pouco saudável com a pornografia.
Entretanto, o fato de que o vício em pornografia não é aceito como transtorno
com unanimidade por estudiosos, para quem estuda o tema, essa problemática
merece atenção.
Em entrevista para o Correio Braziliense, o psicólogo e terapeuta
comportamental Fábio Caló, nosso especialista em terapia sexual, defendeu
que “A trajetória nesses casos se assemelha à de pessoas que se tornam
dependentes de substâncias químicas.
Uma atividade inicialmente prazerosa passa a ser buscada cada vez mais, até
um ponto em que prejudica as atividades diárias e os relacionamentos
pessoais”.
O vício em pornografia pode vir acompanhado de dependência física e
fortes sintomas de abstinência.
E por isso, as síndromes de abstinência podem ser comparadas àquelas
sentidas por usuários de álcool e drogas.
Alguns dos sintomas relatados por pessoas viciadas em pornografia são:
perda de interesse pelo parceiro (a), compulsão sexual, disfunção erétil,
ansiedade social, ejaculação retardada, ejaculação precoce, e consequências
na vida sexual.
Não só existem prejuízos psicológicos, como também, podem vir a existir
prejuízos físicos, como dor, desconforto ou até infecções e lesões causadas
pelo excesso de masturbação.
O Que O NoFAP Tem A Ver Com Isso?
O NoFAP começou no Reddit em 2011, durante uma conversa online entre
pessoas que desistiram da masturbação.
O termo NoFAP (agora um nome de marca registrada à empresa) veio da
palavra “fap”, que é o jargão da internet para o som da masturbação.
O que começou como uma discussão casual agora é um site e uma
organização que promove o abandono não apenas da masturbação, mas
também da pornografia e outros comportamentos sexuais.
Seu público-alvo parece ser predominantemente homens heterossexuais, com
grupos menores de mulheres e homens homossexuais.
Os defensores argumentam que a adoção do estilo de vida NoFAP oferece
uma gama de benefícios, desde clareza mental até o crescimento muscular.

A Po rnog ra fia E O C éreb ro


Pesquisas apontam que a pornografia atua diretamente no sistema de
recompensas do cérebro.
Dessa forma, o circuito de recompensas cerebral é responsável pela
experimentação do prazer, porém, pode ser o desenvolvedor de vícios.
A dopamina, conhecida como substância do prazer, regula o circuito de
recompensa e nos ordena a fazer tudo que garanta a sobrevivência, por
isso, ela pode ser entendida como o nosso „‟querer‟‟.
Assim, a pornografia inunda o cérebro com dopamina.
A partir disso, graças à disponibilidade ilimitada de pornografia na internet,
assim que o nível de dopamina começa a cair, o indivíduo busca mais,
mantendo os níveis elevados durante horas.
Essa inundação de dopamina acontece em função de um mecanismo
programado biologicamente.
Tal mecanismo envolve a elevação dos níveis de dopamina após a
apresentação de novo(a) parceiro(a) sexual, e isso é evidenciado em pesquisas
científicas que tratam sobre o Efeito Coolidge.
Vários estudos internacionais têm relatado as consequências graves do vício
em pornografia.
Conforme esses estudos, uma das consequências mais comuns é a disfunção
erétil.
Outros problemas têm sido relacionados ao vício em pornografia, são: o
voyerismo, a falta de energia, vontade ou coragem, e ausência de iniciativa
para cortejar um parceiro(a) sexual no mundo real.
Existem alguns diagnósticos que parecem estar relacionados ao vício em
pornografia: problemas de concentração, diminuição da memória, TDAH –
Transtorno do Déficit de Atenção, depressão, ansiedade de desempenho
e TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Há evidências de que os sintomas dos transtornos psicológicos acima
poderiam ser diminuídos ou suprimidos, se o vício em pornografia for
abandonado. (Me ajude)
Q uais São A s Orig ens Do V í cio Em Po rnog rafia?
Devido à polêmica em torno da ideia do vício em pornografia, os
pesquisadores ainda não identificaram um conjunto claro de causas e origens.
Todavia, essa ausência de origens sugere que a própria ideia de que o vício em
pornografia existe, pode ser uma das principais causas da ansiedade que
algumas pessoas experimentam ao ver pornografia.
Especialistas e defensores que endossam a existência do vício em pornografia
argumentam que, como outros vícios, essa é uma questão complexa com uma
série de causas possíveis.
Algumas dessas causas podem incluir:
 condições de saúde mental subjacentes: uma pessoa pode usar pornografia
para escapar de algum sofrimento psicológico;

 problemas de relacionamento: a pornografia pode ser uma válvula de escape


para a insatisfação sexual;

 normas culturais prejudiciais: ideias sobre como as pessoas devem se parecer


e se comportar durante o sexo, os tipos de sexo que uma pessoa deve desfrutar
e normas semelhantes podem atrair algumas pessoas para a pornografia, e
 causas biológicas: certos fatores biológicos, incluindo mudanças na química
do cérebro quando uma pessoa vê pornografia, podem aumentar o risco de
dependência.

Quais Sãos As Consequências Do Vício Em


Pornografia?
Muitas pessoas só se dão conta de que o vício em pornografia está por trás de
muitos problemas, quando as consequências começam afetar
significativamente sua vida.
Aqui, listamos algumas dessas consequências:
 dificuldade ou impossibilidade de criar e manter relações sociais ou
sentimentais;

 sentimentos de depressão, vergonha e isolamento;

 dificuldade de se relacionar (sexualmente) com membros da família ou com


parceiros(as);

 perda de interesse em outras atividades como trabalho, escola, vida social, e


outros;

 perda de desempenho no trabalho e/ou estudos;

 uso associado de drogas;

 disfunções sexuais, como Ejaculação Precoce e Disfunção Erétil;

 desenvolvimento de sintomas agudos de abstinência; (Fico agitado e


irritado – minha fisionomia muda)

 tendência de envolver-se em relacionamentos doentios;

 perda de atratividade sexual;

 perda de interesse por relações sexuais reais.


Como Se Livrar Do Vício Em Pornografia?
E como vencer o vício em pornografia?
Homens e mulheres que tenham desenvolvido vício em pornografia na
Internet ou pais que verifiquem que os filhos estão acessando pornografia com
frequência, podem procurar ajuda profissional por meio da Terapia
Comportamental.

Terapia Co mporta men tal


Nesse contexto, essa modalidade terapêutica constrói, com o paciente, formas
eficientes de abandonar o vício a partir do desenvolvimento/treino de
habilidades sociais, aprendizagem ou reaprendizagem de novas fontes de
prazer na vida, estabelecimento de metas e de técnicas de autocontrole.
A melhor forma de tratar é buscando ajuda.
Por isso, psicólogos, sexólogos, terapeutas e grupos de apoio, podem ajudar
aqueles que são acometidos por essa condição.
Bem como, na própria Internet, existem serviços que podem auxiliar: o
tratamento terapêutico pode ser potencializado com a participação em grupos
de apoio e fóruns na Internet, em que pessoas com o mesmo problema trocam
experiências.
O Reboot Cerebral – Abstinência De Pornografia
O termo Reboot (reiniciar), no contexto de vício em pornografia, refere-se ao
experimento de um período de abstinência de pornografia e toda estimulação
artificial.
Dessa forma, esse tratamento pretende proporcionar ao cérebro, momentos de
descanso.
Portanto, o Reboot visa descondicionar o cérebro da pornografia e da
estimulação virtual, para que, após isso, possa ocorrer associação apenas as
situações reais.
O Inpa, por meio do psicólogo e terapeuta comportamental Fábio Caló,
especialista na área, adota um tratamento de reeducação comportamental. O
início do tratamento é a abstinência.
Em seguida, aplica-se a técnica Reboot cerebral, que ajuda o paciente a
restaurar a sensibilidade natural.
A melhor forma de alcançar esse objetivo é dar ao cérebro um descanso de
estímulo sexual intenso.
O que inclui, além dos vídeos de sexo, a masturbação, os orgasmos e até as
fantasias sexuais.
O Reboot é possível devido à flexibilidade e capacidade adaptativa do cérebro.

Quanto Tempo Dura O Tratamento Do Vício Em


Pornografia?
Isso pode variar de pessoa para pessoa.
Normalmente, quando se trata com terapia, o próprio psicólogo indica o
número de sessões e quantos dias ou semanas serão necessários para tratar o
vício em pornografia.
Dessa forma, não há um tempo exato: isso depende do nível de vício que o
paciente apresenta e o quanto ele se dedica juntamente com o psicólogo, para
conseguir se livrar disso.

Dicas Que Podem Ajudar A Se Li vrar Vício Em


Pornografia
Além do tratamento com terapia, algumas dicas podem ajudar a acelerar o
processo de cura:

– R econh eça Qu e Tem U m Pro bl ema


O primeiro passo para qualquer tipo de cura, é reconhecer o problema.
Quando se nega o vício, não há a possibilidade de uma cura completa, pois a
pessoa não se dedica a atingir a sobriedade e se mostra resistente aos
tratamentos oferecidos.

– Busqu e A juda Profiss ional


Assim que se reconhece o problema, o segundo passo é ir em busca de ajuda
profissional.
Psicólogos, médicos e terapeutas comportamentais, podem ajudar em diversos
casos.
Com o acompanhamento de um ou mais profissionais especializados,
certamente o caminho para conseguir viver de forma saudável se tornará mais
fácil.

– Liv re-S e Da Exposi ção Aos Ma t eriais Po rnog ráfi co s


 Exclua pornografia eletrônica e favoritos em todos os seus dispositivos
eletrônicos;

 Descarte toda a sua pornografia impressa;

 Peça a uma pessoa de sua confiança para instalar um software anti-


pornografia em seus dispositivos eletrônicos sem fornecer a senha;
 Tenha um plano – escolha outra atividade ou duas às quais você possa
recorrer quando o impulso aparecer;

 Quando quiser ver pornografia, lembre-se de como isso afetou negativamente


a sua vida – escreva se isso ajudar;

 Considere se há algum gatilho e tente evitá-lo;

 Faça parceria com outra pessoa que irá perguntar sobre seu hábito de
pornografia e responsabilizá-lo sobre isso, e

 Mantenha um diário para rastrear contratempos, lembretes e atividades


alternativas que funcionam.

– Evit e A So lidão
Procure compartilhar seus sentimentos com uma pessoa de sua confiança.
Conversar sobre suas dificuldades, angústias e tensões sobre o tratamento
pode lhe ajudar a se manter distante da pornografia.
Se você vive sozinho(a) e acha que isso pode atrapalhar o andamento da sua
abstinência, tente estar o máximo possível na companhia de amigos e
familiares, assim, você provavelmente não sentirá interesse em se conectar
com a pornografia.
O Resultado Final
Embora possa ser desconfortável expor verdades sobre seus comportamentos
e pensamentos, é necessário enfrentar essas realidades para garantir que o
paciente receba o tratamento de que precisa.
Com o tratamento certo, você pode obter uma recuperação duradoura do vício
em pornografia.
Ao trazer à tona seu comportamento compulsivo, você pode começar a
responder a algumas perguntas importantes sobre você, individualmente.
Essas respostas o guiarão para resoluções que o tornarão mais feliz e sua vida
mais estável e produtiva.
Um terapeuta treinado pode ajudá-lo a superar comportamentos prejudiciais à
saúde e melhorar sua qualidade de vida.

https://inpaonline.com.br/blog/vicio-em-pornografia-2/

Meu histórico.
-48 anos depois de alguns abusos sexuais na infância (começou aos 5
anos) as lutas se intensificaram;
-35 anos de vício em pornografia (começou com a primeira ida a um cine
pornô);
-30 anos de casado (problemas de relacionamento sexual com a parceira
desde o início, porém ativo, ou seja, ocorriam.);
-15 anos de declínio, desinteresse sexual com a parceira devido aos
traumas passados e presentes devido ao TOC.
-Sempre tenho pensamentos trágicos.
Minha crença.
Cristão – Ativo – Envolvido em ministérios e sem nenhum deslize dentro
da igreja.

Reflexão:

Todo pecado começa com um pensamento na mente (cf. Mc 7.21-22; Tg 1.13-


15). Se você não assumir o controle de sua mente, o diabo assumirá.
https://diantedotrono.com/assuma-o-controle-da-sua-mente/
Se eu somar isso à Neurose Obsessiva e Compulsiva ou TOC, qual será o
resultado? Eu sou o resultado dessa soma.

Está escrito “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é;” Pv 23.7 ARA
Passei anos de minha vida, achando ser uma coisa (inserido em minha
mente pelo diabo) quando não acredito e não admito ser. Esse
documento me trouxe esperança.

Disse alguém: “semeie um pensamento, colha um ato; semeie um ato e colha


um hábito; semeie um hábito e colha um caráter; semeie um caráter e colha um
destino eterno.” (Os pensamentos semeados em minha mente fogem do
padrão de Deus. Muitos deles ditos por meus pais, alguns por colegas da
infância, outros pelo meu próprio eu.).

Disse alguém: Algumas vezes, podemos adotar um discurso politicamente


correto ou mesmo falar o que outros desejam ouvir. No entanto, o poder de
nossas ações; a fé para realizar e cumprir nosso propósito como
representantes do Senhor emana do fundo de nossos corações,(o meu está
ferido há anos) dos recônditos de nossas almas e de pensamentos
(machucados) firmemente centrados em Cristo.

O princípio: “assim como o homem pensa, ele é”, contido em Provérbios 23:7 é
muito sábio e verdadeiro. Quem cultiva pensamentos alicerçados no medo, terá
dificuldades para dele se livrar. Quem cultiva pensamentos alicerçados nas
distrações, nunca vai estabelecer o foco necessário para grandes realizações;
quem cultiva pensamentos impuros, não conseguirá estabelecer obras de
virtude. Quem cultiva pensamentos alicerçados nas frustrações (anos fazendo
isso) não colherá nada.

posso
Apesar de todas as coisas que passei e infelizmente ainda passo,
declarar Fp.1.6 “E estou plenamente convicto de que
aquele que iniciou a boa obra em mim, há de concluí-la
até o Dia de Cristo Jesus”.

Ainda que outros duvidem após lerem a minha “biografia”, sou convicto de
minha salvação, pois sei em quem tenho crido.

PS. Sua graça tem me sustentado até hoje, porém minhas dores
são um acúmulo de anos. Preciso de ajuda.

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