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II Teorico
II Teorico
e Segurança
do Trabalho
Ergonomia e Segurança do Trabalho
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Ergonomia e Segurança do Trabalho
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Proporcionar ao estudante o conhecimento acerca da ergonomia e da segurança do trabalho,
bem como da importância dos equipamentos de proteção individual em um todo, porém com
ênfase no campo da fisioterapia;
• Evidenciar os riscos de trabalho e a atuação fisioterapêutica;
• Identificar fatos importantes que regem a legislação e as principais normas regulamentadoras.
UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho
A Segurança no Trabalho surge, então, como um campo que visa subsidiar cons-
tantes transformações de processos no ambiente de trabalho, no maquinário, nas
ferramentas e nos produtos que são utilizados nas diferentes atividades laborais no
decorrer da história, tendo como característica o aumento da qualidade de vida aos
trabalhadores durante suas jornadas de trabalho.
Essa área atende o trabalhador desde o ingresso na empresa, com os exames ad-
missionais, até o término de seu contrato de trabalho, com os exames demissionais,
além de intervenções que visam empoderar o trabalhador frente aos cuidados com
sua saúde durante sua vida laboral.
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Ao se pensar na saúde do trabalhador, os equipamentos de proteção individual
(EPI) se tornam indispensável na rotina dos trabalhadores durante suas atividades
laborais. Vamos falar sobre essa temática?
Para entrar no mercado, os EPIs devem ser testados e aprovados pela autoridade
competente, a fim de evidenciar sua eficácia. O Ministério do Trabalho atesta a qua-
lidade de um EPI por meio da emissão obrigatória do “Certificado de Aprovação”.
Outro certificado emitido pelo Ministério do Trabalho visando cadastrar os fabrican-
tes de EPIs é o “Certificado de Registro de Fabricante”. O Ministério do Trabalho
admite a compra de EPIs advindos de outros países e que são comercializados no
território nacional, porém estes devem estar credenciados por meio do Certificado
de Registro de Importação (ALVES, 2013).
Para utilizar os EPIs, existe uma obrigatoriedade mútua entre empregador e em-
pregado. A seguir, vamos identificar cada uma dessas obrigações.
• São obrigações da empresa prestadora de serviço:
» Proporcionar ao empregado o EPI adequado conforme a atividade exercida,
em consonância com o setor de segurança do trabalho da organização;
» Realizar a substituição imediata do EPI danificado, inclusive em caráter emer-
gencial, se necessário;
» Determinar a utilização, bem como fiscalizar o EPI de maneira correta, apli-
cando as medidas previstas em leis para os trabalhadores que não cumprirem
com a ordem pré-determinada;
» É responsabilidade do empregador subsidiar ao empregado, de maneira gra-
tuita, o EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho, além de substituir o
mesmo frente às demandas advindas da rotina e do tipo de trabalho;
» Manter a comunicação aberta junto ao Ministério do Trabalho ou órgão
responsável, a fim de esclarecer qualquer tipo de irregularidade observada
no EPI adquirido;
• São obrigações do trabalhador:
» Fazer uso do EPI apenas para a finalidade a que se destina durante sua jornada
de trabalho;
» Receber os EPIs recomendados, bem como responsabilizar-se pela manuten-
ção, conservação e utilização do EPI;
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São variados os tipos de EPIs, cada um terá sua finalidade e modo de utilização,
especificações que vão depender da atividade laboral a ser executada, assim como
do local de trabalho.
Aprofunde seu conhecimento sobre os EPIs assistindo aos vídeos a seguir. Você poderá
perceber a importância da utilização destes equipamentos de proteção na indústria e na
área da saúde:
• Reportagem especial: Saiba sobre a importância do uso de EPIs.
Disponível em: https://youtu.be/gk4-XuG4emU
• Uso correto de EPIs nas urgências e hospitais.
Disponível em: https://youtu.be/Mg3RIWPwvxA
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JALECOS
CAPAS MÁSCARAS
CAPACETES LUVAS
GORROS MANGOTES
PROTETORES ÓCULOS
ABAFADORES
AVENTAIS
CREMES VARIADOS
Figura 1 – Equipamentos de Proteção Individual
Fonte: Adaptado de Getty Images
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que a vestimenta deve ser fornecida pelas instituições de saúde sem gastos para o
profissional e que os mesmos não devem utilizá-la fora das atividades de trabalho
(BRASIL, 2002).
Tavares (2009, p. 16 e 17) destaca que diversos são os fatores que se relacionam
à implantação de programas de segurança e saúde do trabalho nos espaços organi-
zacionais, dentre eles a autora aponta:
• Aspectos sociais: O ônus pelo acidente do trabalho reflete-se em toda a nação;
é ela que paga, através da arrecadação de impostos, ao incapacitado ou à famí-
lia da vítima de um acidente fatal o seguro social a que tem direito. É expressivo
o número de brasileiros aposentados por invalidez, que ficam à espera apenas
do seu irrisório salário, quando poderiam estar produzindo e, consequentemen-
te, contribuindo para o desenvolvimento do país;
• Aspectos humanos: Embora não se possa representar em números, o aspecto
humano é o mais importante, pois não há dinheiro que pague o preço de uma
vida, assim como não há indenização que corresponda ao valor de uma mão,
de um braço ou de qualquer parte do corpo mutilada em um acidente. Não dá
para mensurar o significado, para os familiares, de um indivíduo que saiu para
trabalhar e não voltou, vítima de um acidente do trabalho que poderia ter sido
evitado. Outro fator não quantificável são os traumas que um acidente acarreta
para os companheiros do acidentado;
• Aspectos econômicos: A queda na produção de uma empresa e da nação
como um todo, decorrente de acidentes de trabalho, é um aspecto que deve
ser considerado, pois, além do custo final dos produtos, o acidente acarreta
gastos com atendimento médico, transporte, remédios, indenizações, pen-
sões, etc.
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A Associação Brasileira de Fisioterapia disponibilizou um documento que objetiva informar
sobre os modos de transmissão, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs)
no ambiente hospitalar pelos fisioterapeutas e sobre a prevenção de transmissão cruzada
por estes profissionais durante a pandemia de COVID-19.
Recomendações sobre o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) no am-
biente hospitalar e prevenção de transmissão cruzada na covid-19.
Disponível em: https://bit.ly/3aEngNV
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Cotovelo de
Descanso de braço tenista/golfista
na altura correta
Lombalgia
Altura do assento
abaixo da rótula
CERTO ERRADO
Posto de trabalho
FÍSICA
Ambiente físico
Individual
ERGONOMIA COGNITIVA
Coletiva
Normalidade
ORGANIZACIONAL
Anormalidade
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A ergonomia se destaca por ser a ciência aplicada para facilitar o trabalho execu-
tado pelo homem, sendo que se interpreta aqui a palavra “trabalho” como algo
muito abrangente. Uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras
e normas a fim de organizar o trabalho, tornando este último compatível com as
características físicas e psíquicas do ser humano.
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Diniz et. al. (2008) destacam que a ergonomia irá sintetizar todos os conheci-
mentos adquiridos sobre anatomia, fisiologia, biomecânica, sistema nervoso, cine-
sioterapia, dentre outras disciplinas, a serem aplicados também ao planejamento de
máquinas, ferramentas e estratégias, bem como utilizados à disposição dos postos
laborais no sentido de como agir, para uma melhor eficiência tanto dos homens
como das máquinas.
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objetiva às possíveis alterações ou adaptações necessárias à melhoria do posto de
trabalho, da organização do trabalho ou das condições ambientais a que são subme-
tidos esses trabalhadores, sendo de responsabilidade do Fisioterapeuta do Trabalho,
ou fisioterapeuta ergonômico.
Benefícios da ergonomia:
• Aumento na produtividade das organizações;
• Elevação do bom clima organizacional favorável;
• Trabalhadores com mais satisfação profissional;
• Diminuição de riscos de acidentes e doenças ocupacionais;
• Redução no número de atrasos e faltas;
• Diminuição no número de pedidos de demissão;
• Menos riscos deletérios dos aspectos emocionais (ansiedade, estresse e depressão).
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Desse modo, faz-se necessário difundir aspectos na ergonomia que são a segu-
rança no trabalho e a prevenção de acidentes de trabalho. Ambos, em consonância,
podem estabelecer locais, ferramentas e estratégias adequadas para o colaborador
exercer as suas atividades diárias, além de usar métodos laborais que facilitam sua
rotina nos espaços de trabalho.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Ergonomia: História, Conceitos e Aplicabilidade
https://youtu.be/nDwRnirgxKE
Fisioterapia na Saúde do Trabalhador
https://youtu.be/oD2PLVHAE1g
Leitura
A Evolução Histórica da Ergonomia no Mundo e seus Pioneiros
https://bit.ly/3g27y0c
Fisioterapia Preventiva na Avaliação Ergonômica de um Escritório
https://bit.ly/349RpU1
Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora Nº 17
https://bit.ly/3g9j1LB
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Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de proteção
individual – EPI – Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978. Disponível
em: <http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-11.347-de-6-de-maio-de-2020-255
941711>. Acesso em: 26/05/2020.
DINIZ, E. et. al. Efeitos da ginástica laboral sobre a força de preensão palmar e
queixas de dores musculares em auxiliares de produção de uma indústria alimentícia.
Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 9, n. 5, 2008.
LIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
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PADULA, R. S. et al. Physical therapy in occupational health and ergonomics:
practical applications and innovative research approaches. Brazilian journal of
physical therapy, v. 20, n. 5, p. 490-492, 2016.
Sites Visitados
ABERGO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. O que é ergonomia.
Disponível em: <http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia>.
Acesso em: 25/05/2020.
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