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Unidade Curricular: Fisiologia e Biomecânica Ocupacional

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES

Neste modelo de avaliação, você não terá uma avaliação por nota, mas sim por competências, que
são classificadas como:

Insatisfatório (0-3): aluno(a) não entregou a atividade ou não demonstrou qualquer nível de
desempenho no objetivo de aprendizagem.
Em desenvolvimento (4-6): aluno (a) compreendeu a proposta da atividade, mas sua tarefa possui
algumas incorreções conceituais. O/a aluno(a) não possui o domínio mínimo esperado dos
conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Neste nível o/a aluno(a) ainda não pode
ser considerado apto para aprovação em relação a este objetivo de aprendizagem.

Essencial (7-8): aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi satisfatório,
pois sua tarefa possui poucas incorreções conceituais. No entanto, ele ainda não demonstra ter
pleno domínio dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Este é o nível de
desempenho suficiente para que o aluno(a) seja considerado apto para aprovação na disciplina em
relação a este objetivo de aprendizagem.

Proficiente (9-10): aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi


satisfatório, pois sua tarefa não possui incorreções conceituais e ele demonstra ter pleno domínio
dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Este deve ser o nível de aprendizado
almejado para a grande maioria dos(as) alunos(as) que se mostrem engajados e comprometidos
com a aprendizagem.

Para ser aprovado, você deverá demonstrar que tem um domínio que consideramos ao menos
“essencial” em todas as competências desenvolvidas pela disciplina.
ESTUDO DE CASO – Estudo Fisiológico e Biomecânico da Atividade de Embalador em uma
Indústria de Parafusos
O Estudo de Caso apresenta o cenário da Fixa Tudo e Não Solta, uma empresa do ramo metalúrgico
que iniciou uma nova linha de produção para atender a uma montadora.
Para aprovação desse novo processo, a Fixa Tudo e Não Solta recebeu uma auditoria da
montadora, que solicitou a análise do novo posto de trabalho de Embalador, com um plano de
ação para possíveis melhorias necessárias no local.
Você é consultor em um escritório que realiza avaliações ergonômicas em postos de trabalho e
recebe uma solicitação da empresa Fixa Tudo e Não Solta para “ontem”. Ela pede que você realize
uma análise do novo posto de trabalho para identificar possíveis falhas, propondo oportunidades
de melhoria, além de avaliar de forma crítica as questões fisiológicas que envolvem a atividade,
apresentando características fisiológicas e biomecânicas que envolvem a tarefa.
Você não tem tempo para atender pessoalmente à demanda da Fixa Tudo e Não Solta e envia seu
melhor profissional para visitar a empresa e fazer toda a coleta de dados necessária para que, em
tempo, possa atender à solicitação de seu cliente. Seu profissional realiza a coleta de dados no
local e te entrega todas as anotações, além de um vídeo que ele mesmo filmou do Embalador no
exercício de sua atividade.
Cabe agora a você elaborar o Relatório de Avaliação do Posto de Trabalho. Para tanto, será
necessário:
 Descrever as tarefas do Embalador no posto de trabalho.
 Descrever os movimentos realizados pelo Embalador na sua atividade.
 Descrever os elementos posturais do Embalador na sua atividade.
 Apontar os movimentos que podem ser considerados prejudiciais ao colaborador.
 Apontar as posturas consideradas inadequadas para o Embalador durante a execução das
tarefas.
 Descrever o comportamento (como funciona) o corpo do Embalador no exercício das suas
atividades.
 Discriminar quais são os sentidos utilizados para realização dessa tarefa.
Mãos à obra!

Resposta:
Análise Global da Empresa

1.1. Caracterização da Empresa

Empresa: Fixa Tudo e Não Solta Ltda

Endereço: Rua das Arroelas, 009, Bairro Broca, São Paulo − SP

Atividade da Empresa: Ramo metalúrgico N° Funcionários: 135


1.2. A Empresa

Fixa Tudo e Não Solta, uma empresa nacional do ramo metalúrgico, de origem familiar, localizada
na região da Grande São Paulo. A empresa produz parafusos para a indústria automotiva e tem,
dentre seus clientes, grandes montadoras.

2. Avaliação do Posto de Trabalho


2.1. Objetivo da Avaliação no Posto de Trabalho

Realizar análise do novo posto de trabalho com um plano de ação para possíveis melhorias
necessárias no local.

2.2. Método de Análise para a Elaboração do Trabalho

A intervenção ergonômica proposta é baseada nos resultados de Análise Ergonômica do Trabalho,


desenvolvida nas seguintes etapas: Análise da Demanda, Análise da Tarefa, Análise da Atividade,
Diagnóstico, Recomendações e Plano de ação.Para tanto são realizadas as seguintes atividades:
a) Caracterização da empresa e respectivos setores;
b) Analise da população de trabalhadores (faixa etária, escolaridade, capacitação, estado de
saúde, rotatividade, características antropométricas...).
c) Identificação das situações de trabalho a serem estudadas.
d) Descrição das tarefas prescritas (aquelas fixadas pela empresa), das tarefas reais (como o
trabalhador realiza suas tarefas com os meios oferecidos pela empresa, podendo, pela
necessidade, alterá-las) e as atividades (tudo aquilo que o trabalhador faz para executar a (s)
tarefa (s): gestos, posturas, palavras ditas, regulações, modo operatório, raciocínio...).
e) Realização de observações abertas das atividades: refere-se em coletar dados no posto de
trabalho com o trabalhador executando a(s) tarefa(s). Para tal, utilizam-se
instrumentos/ferramentas específicas da ergonomia como planilhas, questionários,
entrevistas, câmera fotográfica, filmadora, desenhos, croquis...
f) Parecer técnico a partir dos levantamentos de dados que compõe a análise da (s) situação (ões).
g) Sugestões de melhorias das situações encontradas, que geram risco aos trabalhadores,
podendo ser: Organização do trabalho; Ambiente; Produção, Saúde e Segurança, com
sinalizadores de prioridades e um cronograma de ação, para ser preenchido e implementado
pela empresa.

2.2.1 Ferramentas Ergonômicas Utilizadas


A escolha da ferramenta de análise foi realizada pelo profissional Ergonomista que realizou a Análise
Ergonômica do Trabalho considerando a situação que demandava uma análise e o foco principal de cada
ferramenta.
2.2.1.1 FMEA

O Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) é um método estruturado de prevenção de falhas por meio
da análise dos riscos e de sua criticidade durante o processo de trabalho. A avaliação do risco por meio
do FMEA parte da relação entre três variáveis apresentadas na situação de trabalho, probabilidade x
gravidade x controle.
A probabilidade é deve ser avaliada considerando-se a exposição do trabalhador ao risco (porcentagem
de tempo no qual o trabalhador passa exposto ao risco) e o histórico de queixas ou verbalizações
relacionadas ao fator analisado.
A gravidade é avaliada considerando-se a sobrecarga humana e os fatoresorganizacionais, que causam
desconfortos e adoecimentos aos trabalhadores, impactando negativamente na produtividade e
desempenho do trabalhador;
Os controles são relativos a existência de regras, normas e outros processoscapazes de minimizar os efeitos
negativos da presença do fator de risco analisado.
Após a avaliação das características da exposição ao risco o Nível de Riscoé calculado como o produto da
multiplicação dos itens ‘probabilidade’, ‘gravidade’ e ‘controle’, o qual é usado para classificar a situação
de risco como ‘Trivial’, ‘Tolerável’, ‘Moderado’, ‘Substancial e ‘Intolerável’.

Tabela 1: Classificação de Probabilidade e Gravidade


PROBABILIDADE GRAVIDADE
Histórico Pontos Exposição Pontos Humanas Pontos Organização Pontos
Pouco tempo,
Não geram
Nenhuma menos de Pouca ou
sobrecargas
ocorrência 10% do 1 1 nenhuma 1
humanas
relacionada ao tempo interferência no
1 significativas.
agente. amostral processo
(jornada ou
ciclo).
Existem O agente isolado
Tempo
reclamações e Geram pode interferir em
razoável, de11
ocorrência s em 2 situações de 2 paradas 2
a 30% do
termos de 2 desconforto e momentâneas e
tempo
verbalizações. fadiga. pequenas perdas
amostral
na
(jornada ou
produtividade.
ciclo).
As queixassão
Implicando em
frequentes e Riscos que atrasos
específicasao podem
Acima de 30% significativosde
agente, com prejudicar a 3
do tempo produção e
indicadores e 3 3 saúde, levando 3
amostral redução do
registros a lesões e
(jornada ou trabalho
demonstrativos. afastamen tos.
ciclo). planejado.
Itens que não
atendem a
legislação
vigente.
Tabela 2: Determinação dos Níveis de Risco Ergonômico

DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE RISCO ERGONÔMICO


NÍVEL DE RISCO CARACTERÍSTICA CONDIÇÃO CONDUTA ADMINISTRATIVA
Ação Técnica Normal É uma condição Nenhuma ação é requerida e
1 Trivial ou sem risco natural, sem risco nenhum registro documental
Ergonômico. significativo. precisa ser mantido.
É considerada uma
ação técnica dentro da
Improvável risco a normalidade, porém, Pode- se estudar a implantação
saúde do trabalhador, devido a variabilidade de ações preventivas e a
2a6 Tolerável mas existem pequenas de indivíduos e monitorização do risco para
possibilidades de processos, há uma assegurar que os controles são
ocorrer. baixa probabilidade de mantidos.
ocorrer uma ação de
risco.

Podem ser feitos estudos para


Situações reduzir o risco e as ações
consideradas devem ser implantadas em um
Geram desconforto, causadores de período definido (médio prazo)
08 a 12 Moderado
dificuldade ou fadiga desconforto, estabelecido pela empresa.
dificuldade ou fadiga Caso apareçam reclamações ou
de risco moderado. ocorrências deste risco o prazo
deve ser reduzido.

Situações
consideradas como
Devem ser realizados estudos
potencialmente
sistemáticos da atividade, onde
causadora de lesões e
Risco Ergonômico projeta-se um plano de melhoria
18 Substancial acidentes que geram
Significativo. de curto prazo aprovado pela
afastamentos
alta direção para eliminar ou
temporários e percas
minimizar o risco.
de processo
significativas.

Situações
Além do estudo sistemático da
consideradas como
atividade, deve haver um plano
causadora de lesões e
de melhoria de prazo imediato
acidentes graves que
aprovado pela alta direção para
27 Intolerável Alto Risco Ergonômico. podem gerar
eliminar o risco. A execução do
afastamentos de
plano deve ser monitorada e
longos períodos ou
avaliada até a eliminação ou
incapacidades
minimização do risco.
funcionais.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Para a quantificação da carga mental foi utilizado o método ERGOS, que foidesenvolvido na Espanha,
em 1989 pelo serviço de Prevenção da antiga empresa Nacional de Siderurgia (ENSIDESA). A forma de
avaliação é através de um questionárioem que cada resposta gera uma pontuação. Então a soma de
todos os pontos é multiplicada por 0,83 para se obter a pontuação do método ERGOS- CARGA
MENTAL.A pontuação bem como classificação e ação podem ser visualizadas na tabela abaixo.

2.2.1.1 Diagrama de áreas dolorosas

O diagrama de áreas dolorosas é um método proposto por Corlett e Manênica em 1980, conforme
citado por Falcão (2007). Essa ferramenta permite o colaborador avaliado apontar as áreas dolorosas
do próprio corpo, inclusive indicando a intensidade dessa dor, obviamente que objetivamente. O
diagrama é um mapa corporal dividido por regiões, facilitando a identificação de cada área do corpo,
conforme exemplo da figura 3. A intensidade dolorosa é classificada pelo método e apontada pelo
colaborador avaliado da seguinte forma: Nenhuma dor (1); Pouca dor (2); Moderada (3); Muita dor
(4); Dor intensa (5).
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Setor Avaliado: Embalagem

Cargo: Embalador

Descrição do Cargo: Realizar a embalagem dos parafusos, conforme programação da fábrica.

Itens Iniciais Levantados


Posto de Trabalho
a) Recebe da produção os parafusos que serão embalados: o operador de produção alimenta
com os parafusos um dispositivo em formato de funil com sistema de “abre e fecha” no
seu bocal.
b) O Embalador posiciona a embalagem (o saco) no bocal do funil e abre o sistema. Por
gravidade, os parafusos se movimentam para dentro da embalagem.
c) Com base na ordem de trabalho, o profissional alimenta a embalagem com o volume
solicitado.
d) O ajuste fino para a quantidade adequada de parafusos na embalagem é feito com o uso
de balança posicionada ao lado do bocal do funil. O Embalador deve deslocar lateralmente
a embalagem até a balança e retirar, ou colocar, os parafusos necessários para atingir a
quantidade necessária apontada em ordem de trabalho.
e) Então, o Embalador pega uma máquina de costura posicionada ao lado da mesa de
pesagem, dobra as pontas da embalagem, posiciona a ficha de controle e costura a
embalagem lacrando conforme procedimento interno.
f) Após fechamento, o Embalador deve posicionar a embalagem cheia de parafusos em
pallet localizado logo atrás da balança.
g) A atividade descrita ocorre durante toda a jornada de trabalho do profissional.

Dados Antropométricos
Alguns profissionais se queixaram de dor lombar e também no punho. Disseram que é mais
intensa ao final do expediente.
Apesar de ventilado, o local de trabalho é bastante quente, haja vista a proximidade do forno de
tratamento térmico.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Memória Fotográfica

Figura 1 Embalador realizando transferência Figura 2 Embalador realizando ajuste fino do


manual dos sacos da bancada para a balança, peso das embalagens, que consistem em pegar
com braços em angulação inadequada. com as mãos pequenas quantidades de
parafusos para tal ajuste, podendo também ser
retirado parafusos da embalagem quando seu
peso é excedido, com boa postura de membros
superiores.

Figura 3 Embalador dobrando a embalagem


para receber a costura, com movimentos de Figura 4 Embalador realizando a etiquetagem
coluna inadequados, devido a altura da de identificação da embalagem, que consiste
bancada . em pegar a etiqueta em uma caixa
organizadora, logo a frente de seu posto de
trabalho.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Figura 5 Embalador costurando a embalagem, Figura 6 Embalador pegando a embalagem já


que consistem em pegar, costurar e soltar a costurada para realizar a transferência para o
máquina de costura, onde a mesma possui palete, localizado atrás dele abaixo da linha da
sistema de balancins para alivio do seu peso, cintura, embalagem com pega boa, porém
melhorando a ergonomia e agilidade do postura de coluna inadequada.
processo.

Figura 7 Embalador realizando movimentos Figura 8 Emabaldor posicionando e soltando a


giratório do corpo para movimentar a embalagem no palete, com movimentos de
embalagem, com movimentos de coluna coluna inadequados.
inadequados.

3. Definição da Situação de Trabalho Estudada Análise de Riscos

Os riscos foram levantados por meio da análise da atividade com auxílio dochecklist. A avaliação dos
riscos foi realizada com base no conhecimento do ergonomista e com o uso das ferramentas
ergonômicas citadas.
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Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Fator de Risco
Postura de pé por longos períodos.
Tipo do Risco
Biomecânicos.
Possível parte do corpo acometida
Quadris/ Coxa – bilateral Joelhos –bilateral
Tornozelo/ Pés – bilateral Retorno Venoso
e Linfático

Classificação do Risco

Probabilidade
Gravidade
Controle
Meios

Nível de
Aspecto de Perigo na Possível

Risco
Administrativos e de
Atividade Consequência
Controle Existentes

As atividades de trabalho Desconforto,


são realizadas na postura Fadiga, dor em Liberdade no ritmo de
3 2 2 Moderado
de pé em frente as membros trabalho.
bancadas/paletes. inferiores.

Fator de Risco
Exigência de uso frequente de força,
pressão, preensão, flexão, extensão ou
torção dos segmentos corporais.
Tipo do Risco
Biomecânicos.
Possível parte do corpo acometida
Tronco/ Membros Superiores.
Classificação do Risco
Probabilidade
Gravidade
Controle

Meios
Nível de

Aspecto de Perigo na Possível


Administrativos e de
Risco

Atividade Consequência
Controle Existentes

Ao pegar as embalagens, Desconforto,


Liberdade no ritmo de
ao colocar em locais baixo, Fadiga, dor em
trabalho, variabilidade
ao torcer o tronco para tronco/coluna 2 2 2 Moderado
das tarefas.
transferir as embalagens. vertebral,
MMSS.
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Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Fator de Risco
Frequente execução de movimentos
repetitivos.
Tipo do Risco
Biomecânicos.
Possível parte do corpoacometida

Membros Superiores.
Classificação do Risco

Probabilidade
Gravidade
Controle

Nível de
Aspecto de

Risco
Possível Meios Administrativos e de
Perigo na
Consequência Controle Existentes
Atividade

Fadiga, dores Realizam revezamento porém


Transferir as
articulares, musculares não existe um padrão a ser
embalagens da
especialmente de seguido e ainda assim alterna 3 2 2 Moderad
bacada para a
coluna e membros para atividade com padrões de o
balança aplicar
superiores. movimentos similares.
a etiqueta e
costurar o saco

Fator de Risco
Levantamento e transporte manual de
cargas e volumes.
Tipo do Risco
Biomecânicos.
Possível parte do corpo acometida
Tronco/ Coluna Vertebral/ Membros
Superiores.
Classificação do Risco
Probabilidade
Gravidade
Controle

Meios
Nível de

Aspecto de Perigo na Possível


Administrativos e de
Risco

Atividade Consequência
Controle Existentes

Ao realizar a pega das Desconforto,


embalagens para colocar Fadiga, dor em Liberdade no ritmo de 3 2 2 Moderado
nos paletes. tronco/ MMSS. trabalho.
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Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Fator de Risco
Exigência de flexões de coluna vertebral
frequentes.
Tipo do Risco
Biomecânicos.
Possível parte do corpo acometida
Tronco/ Coluna Vertebral.
Classificação do Risco

Nível de Risco
Probabilidade
Gravidade
Controle
Meios
Aspecto de Perigo na Possível
Administrativos e de
Atividade Consequência
Controle Existentes

Ao armazenar as Desconforto,
embalagens nos paletes. Fadiga, dor em Liberdade noritmo de
3 2 2 Moderado
tronco/coluna trabalho.
vertebral.

Fator de Risco
Mobiliários sem meio de regulagem de
ajustes.
Tipo do Risco
Mobiliário e Equipamentos.
Possível parte do corpo acometida
Pescoço, Tronco/Coluna Vertebral,
Ombros.
Classificação do Risco
Nível de Risco
Probabilidade
Gravidade
Controle

Meios
Aspecto de Perigo na Possível
Administrativos e de
Atividade Consequência
Controle Existentes

Desconforto,
Bancada e paletes não Dor, Fadiga, Variabilidade das
possuem ajustes de em Pescoço, tarefas, frequência de 2 1 2 Tolerável.
regulagem de altura. Tronco e uso não é constante.
Ombros.
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Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Fator de Risco
Equipamentos ou mobiliários não
adaptados a antropometria do trabalhador.
Tipo do Risco
Mobiliário e Equipamentos.
Possível parte do corpo acometida
Pescoço, Tronco/Coluna Vertebral,
Ombros.
Classificação do Risco

Probabilidade
Gravidade
Controle

Nível de
Risco
Meios
Aspecto de Perigo na Possível
Administrativos e de
Atividade Consequência
Controle Existentes

Paletes estão abaixo de75 Desconforto,


Embalagens
cm de altura. Dor, Fadiga, 2 1 2 Tolerável
armazenadas uma
em tronco.
sobre as outras.

Fator de Risco
Trabalho realizado sem pausas pré-
definidas para descanso.
Tipo do Risco
Organizacional.
Possível parte do corpo acometida
Tronco, Membros Superiores e Inferiores.
Classificação do Risco
Nível de Risco
Probabilidade
Gravidade
Controle

Meios
Aspecto de Perigo na Possível
Administrativos e de
Atividade Consequência
Controle Existentes

Mesmo que as
Dor/desconforto/
pausas, não existam
Não há formalizadas fadiga muscular
pré-definidas, o
pausas pré-definidas nos diversos
trabalhador pode 2 1 2 Tolerável
para descanso. segmentos
realizar pausas
corporais.
conforme sua
necessidade.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Fator de Risco
Condições de trabalho com
Iluminação diurna inadequada.
Tipo do Risco
Ambientais.
Parte do corpo acometida

Olhos/Visão/ Emocional.

Avaliação do Risco
Luxímetro Utilizado Análise do Resultado
Instrutherm LDR 225
180804570
Nível de Risco Encontrado Valor Recomendado segundo NHO11: 300 lux (Fábrica)

Segundo NHO11 encontra-


se dentro recomendado pela Valores obtidos: 839 lux (próximo a porta).
legislação vigente.

Fonte: IIDA, 2005.

Desta forma, utilizando as ferramentas como complementares a AET, pode-se verificar que as
atividades mais críticas, que merecem correções, se referem as que exigem inclinação do dorso,
conforme evidenciado nas localizações numeradas como 33, 34, 43 e 44, avaliadas com nota 5,
proximamente ao indicador “extremamente desconfortável”, especificamente quando da
necessidade de pegar as peças que se encontram de forma geral localizadas na altura do chão e
demais necessidades que o funcionário se abaixe para a execução de uma tarefa.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

3.1 Dignóstico

Os possíveis desconfortos corporais e constrangimentos posturais podem estar relacionados com as


seguintes características da tarefa/atividade e/ou posto de trabalho:
- Coluna Vertebral: Possível desconforto, fadiga devido a postura de pé por longos períodos e devido
a não possuir bancos para alternância postural, devido aos mobiliários e equipamentos sem
regulagens de ajustes bem como não adaptados a antropometria dos trabalhadores, tendo que por
vezes manter flexão de cervical ao realizar atividades no palete e flexões de coluna lombar para
depositar telhas nos paletes, devido a torção de tronco ao realizar a transferência da telha do
carrinho parao palete.
- Membros superiores (ombros, braços/antebraços, punhos, mãos e dedos): Possível desconforto,
fadiga em região de membros superiores devido aos mobiliários, equipamentos sem regulagem de
ajustes e não adaptados a antropometria dostrabalhadores, devido a colocação de telhas de 4 em
4 sobre os paletes com pega inadequada, devido ao uso de força e movimentos repetitivos.
- Membros inferiores (Quadris/coxas, joelhos, tornozelos, pés): Possível desconforto, fadiga em
região de membros inferiores devido postura de pé por longos períodos podendo repercutir em
distúrbios de retorno venoso e linfático.
Os demais desconfortos podem estar relacionados ao não cumprimento das orientações posturais,
ou seja, devido aos hábitos posturais incorretos do trabalhador.
A classificação dos riscos, identificou nível de risco moderado para Posturade pé por longos períodos,
Exigência de uso frequente de força, pressão,preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos
corporais, execução de movimentos repetitivos, levantamento e transporte de cargas ou volumes,
exigência de flexões de coluna vertebral, com característica de geração de desconforto dificuldade e
fadiga.
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Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Os riscos de, Mobiliário sem meios de regulagem de ajustes, Equipamentos e Mobiliários não
adaptados a antropometria do trabalhador e trabalho realizado sem pausas pré definidas para
descanso, obtiveram nível de risco tolerável com característica de improvável risco a saúde do
trabalhador, mas existem pequenas possibilidades de ocorrer, é considerada uma ação técnica
dentro da normalidade, porém, devido a variabilidade de indivíduos e processos, há uma baixa
probabilidade de ocorrer uma ação de risco.
A iluminação apresentou-se dentro dos níveis mínimos de iluminamento conforme NHO11. Com
relação a carga mental conforme ferramenta ERGOS a classificação ficou como aceitável estando as
condições dentro dos padrões de qualidade, sendo improvável afetar a saúde a integridade física ou
causem desconforto significativo, noentanto é recomendado manter um controle sistemático dessas
condições.
Os colaboradores têm liberdade na realização das atividades demonstrando provável possibilidade
dessa circunstancia ser capaz de proporcionar alivio de algumas condições citadas acima, porém não
é possível mensurar ou confirmar eficiência.

3.1.1 Recomendações de Melhorias

A atividade de trabalho analisada acima possui situações consideradas causadoras de desconforto,


dificuldade ou fadiga de risco ergonômico significativo, devendo ser realizadas/implantadas algumas
melhorias, para tanto seguem algumas recomendações de possíveis melhorias. Algumas dessas
sugestões não fazem relação com riscos significativos encontrados na atividade, porém vão de
encontro amelhorar o conforto e a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
- Sugere-se estudo/projeto de estrado pantográfico/elevador de paletes para
deposição/armazenamento de produtos em altura entre 75 cm a 90 cm do solo, evitando dessa
forma flexões constantes de tronco com uso de força durante oarmazenamento em locais muito
baixos.
- Sugere-se estudo/projeto que reduza ou elimine movimentos de torções de tronco constantes ao
transferir as embalagens para os patetes.
- Verificar possibilidade de colocar tapete anti- fadiga em locais onde os trabalhadores ficam parados
na postura em pé, ou aquisição de palmilhas anti-fadiga para operadores que trabalham na postura
de pé com deslocamentos.
- Sugere-se manter manutenção periódica do balancim da máquina de costura, evitandoesforços
físicos desnecessários.
- Sugere-se melhorar a limpeza do ambiente de trabalho e ventiladores, removendo o excesso de
poeiras e sujidades contidos no ventilador que ao ser ligado dispersa partículas de poeira pelo
ambiente de trabalho.
- Sugere-se melhorar a limpeza de banheiros e bebedouros, disponibilizando copos descartáveis e
sabonete líquido em quantidade suficiente para uso.
- Verificar possibilidade de disponibilizar bancos/cadeiras próximos ao posto de trabalho para que o
operador tenha condições de realizar alternâncias posturaisdurante o dia de trabalho.
- Verificar possibilidade de realizar treinamentos sobre orientações ergonômicas e posturais,
incluindo utilização das regulagens dos mobiliários, posturas corretas para levantamento
/transporte e descarga de cargas e volumes. (NR17.2.3).
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

- Manter manutenção preventiva e corretiva do sistema de iluminação observando aspectos como


limpeza, substituição de lâmpadas e de outros componentes (NHO11).
- Incentivar a prática de exercício físico regular entre os trabalhadores;
- Verificar possibilidade de manter temperatura efetiva entre 20- 23 oC (NR17.5.2).

4. Recomendações Gerais Referentes a Biomecânica Corporal

Biomecânica, a aplicação das leis da física ao estudo do movimento, é uma disciplina essencial para
o estudo do movimento humano. O movimento humano pode ser avaliado, sob o ponto de vista
biomecânico, tanto qualitativamente como quantitativamente. Uma análise qualitativa é uma
avaliação não numérica do movimento. Uma análise quantitativa utiliza aplicações cinemáticas ou
cinéticas que analisam uma habilidade ou movimento pela identificação de seus componentes ou
pela avaliação das forças criadoras do movimento, respectivamente.
Para fornecer uma descrição específica de um movimento, é útil definir movimentos com relação a
um ponto de partida ou a um dos três planos de movimento: sagital, frontal ou transverso. Devemos
usar descritores dos movimentos anatômicos para descrever os movimentos dos segmentos. Isso
depende da identificação da posição inicial (fundamental ou anatômica), do uso padronizado de
nomes dos segmentos (braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé) e do uso correto de descritores dos
movimentos (flexão, extensão, abdução, adução e rotação).
Deve-se procurar eliminar movimentos assimétricos do tronco, principalmente a flexão e rotação
simultânea. Para isso, é preciso orientar o manuseio da carga sempre na frente do trabalhador,
eliminar obstáculos entre o trabalhador e a carga a serem manuseadas, reposicionar locais de
armazenamento, entre outras medidas. Segundo Couto, as cargas devem ser sempre manuseadas
dentro do princípioPEPLOSP:
P – Perto do corpo; E – elevada na altura de 75 cm do piso; P – Pequena distância vertical entre a
origem (local onde está a carga) até o destino (aonde a carga será colocada pelo trabalhador); L –
Leves; O – Ocasionalmente; S – Simetricamente, sem ângulo de rotação do tronco; P – Pega adequada
para as mãos.
Toda a carga sobre a coluna deve ser colocada na direção do seu eixo (vertical) para se evitar
componentes de força perpendiculares.
É fundamental observar as áreas de alcance. Se os objetos manuseados estiverem distantes no
trabalho em pé, conforme figura abaixo, os músculos extensores lombares são acionados para
estabilizar o dorso quando este é inclinado para frente, podendo levar à fadiga muscular devido à
permanência da contração estática prolongada. Além disso, o trabalhador comprime a região
anterior da barriga na quina da bancada, podendo levar a redução da circulação e compressão de
estruturas importantes.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Chaffin, Anderson e Martin (2001) explicam que uma inclinação do tronco de aproximadamente 30°,
o momento de carga sobre os discos lombares é cerca de 50%.
Segundo eles, quando a bancada é muito baixa, além de inclinar o tronco para frente, o trabalhador
abaixa e roda os ombros para frente, causando fadiga, dor einflamação nos músculos elevadores da
escápula. Este trabalho é ainda mais penoso, no caso das mulheres grávidas, onde o diâmetro do
abdômen pode aumentar cerca de 8,3 cm. Quando a bancada é alta, os ombros precisam ser
abduzidos e elevados, levando rapidamente a fadiga muscular, existindo maior dispêndio de energia
e menor performance.
Outro fator importante a ser observado é a localização dos objetos. Quandoo trabalhador é obrigado
a realizar rotações de tronco para pegar um objeto na bancada,conforme figura abaixo, há o aumento
da pressão nos discos intervertebrais, alteração na nutrição dos mesmos e maior risco de lesões na
coluna, principalmente com o objetomanuseado é pesado. Assim, a disposição do posto de trabalho
deve evitar qualquer tipo de rotação.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Lida (2005, P.147) explica que a altura ideal da bancada de trabalho em pédepende da altura do
cotovelo e do tipo de trabalho (Figura abaixo). A superfície da bancada deve ficar:
 Trabalho leve – a bancada deve ficar a 5 a 10 cm abaixo da altura doscotovelos;
 Trabalho de precisão – trabalhos mais leves a superfície ligeiramente mais alta,
cerca de 5 cm acima do cotovelo;
 Trabalho pesado – trabalho mais grosseiros a superfície deve ser mais baixa,até
30cm abaixo do cotovelo.

O importante quando se carrega um peso é saber como carregá-lo. Nuncacarregue um peso sobre a
cabeça ou sobre o ombro, carregue-o em sua frente com oscotovelos levemente dobrados (o peso
próximo ao corpo) e na altura da cintura.

Se o peso estiver excessivo, divida o peso com outra pessoa ou carregue-o por partes.
Quando o objeto tiver um peso alto e você precisa pega-lo do chão, abra um pouco aspernas, dobre
um pouco os joelhos e se abaixe; assim você não dobrará a coluna e evitará dores nesta região.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Quando necessário utilize recursos auxiliares, como os carrinhos de transporte.

Ao se abaixar para pegar algo, abrir gavetas, guardar materiais, ligar ou desligar equipamentos,
sempre dobre os joelhos e se abaixe, não se abaixe com joelhos esticados e coluna curvada, este
pequeno gesto pode fazer diferença ao final do dia.

Em seu ambiente de trabalho coloque documentos e gavetas que utiliza com frequência em locais
mais altos, de fácil alcance.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

Proposta Avaliativa – Folha de Respostas

Quando utilizar algum carrinho para transportar materiais coloque o carrinho defrente para você,
empurre e não puxe; fique com os braços posicionados para frente e não para trás.

5. Considerações Finais

O conteúdo deste documento não esgota o assunto, principalmente porquedentro da estrutura de


toda organização, os fatos são dinâmicos e mutáveis, o que explica que o trabalho de Ergonomia,
deve ser entendido como um “processo dentro da empresa”, com início e continuidade de ações
permanentes, acompanhando todas as transformações, inserções de novas tecnologias e mudanças
gerais que ocorram. Portanto, este trabalho é um ponto de partida deste processo, que deve ter
início com as diretrizes propostas diante das situações encontradas.
Este documento permanecerá válido enquanto forem mantidas as condiçõesexistentes na empresa
por ocasião da vistoria. Quaisquer alterações que venham a ocorrer nas atividades, planta física e/
ou equipamentos, exigirão novas análises
O ergonomista tem como responsabilidade o levantamento e avaliações dos riscos ergonômicos
determinados pela NR-17 da Portaria 3214 do MTE.
A minimização e/ ou eliminação dos riscos, bem como demais recomendações registradas neste
documento são de responsabilidade, única e tão somente da empresa contratante, cabendo a esta
prover os recursos, tanto humano como materiais, para regularização da situação. Não
necessariamente as fotos e as verbalizações são dos mesmos trabalhadores.

São Paulo, 27 de junho de 2021.

Nome: José Daniel Rabello


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