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Caracteri zação dos eg ressos de graduaçã o em Desenho Industrial:

um panorama
Cha racterizatio n of t he graduation egresses i n Indu strial Desig n:
a panoram a

SILVA, José Carlos Plácido da


Professor Adjunto, Departamento de Desenho Industrial, FAAC/UNESP, Campus de Bauru
PASCHOARELLI, Luis Carlos
Doutor, Departamento de Desenho Industrial, FAAC/UNESP, Campus de Bauru

Palavras-chave: egressos, desenho industrial, educação

Trata-se da caracterização dos egressos do curso de graduação em Desenho Industrial da FAAC/ UNESP -
Universidade Estadual Paulista. O método considerou o sistema de abordagem de outras universidades, a geração de
mail-listing dos egressos, e análise estatística dos resultados, visando um painel representativo da formação acadêmica e
realidade profissional.

Key-words: egresses, industrial design, education

São Paulo State University is about the characterization of the egresses of the course of graduation in Industrial
Design. The method considered the system of boarding of other universities, the generation of mail-listing of the
egresses, and analysis statistics of the results, aiming at a representative panel of the academic formation and
professional reality.

Ca r acteri zação dos eg ressos de g r adua çã o em D esenho Indus tria l: um pa no ra ma

1 - Introdução
Este artigo apresenta o mapeamento da visão da formação acadêmica e atividades profissionais dos discentes
egressos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquista Filho” – UNESP, particularmente designers.
A presente pesquisa se fundamenta e se justifica a partir de situações em que egressos formados na UNESP
começam a se destacar profissionalmente na sociedade, sendo que a universidade acaba por desconhecer tais
fatos, o que gera uma lacuna no conhecimento desse gênero, o qual tanto contribuem para a constante revisão
e avaliação interna e externa.

O curso de Desenho Industrial da UNESP foi criado em 1976, na Faculdade de Artes e Comunicação da
Fundação Educacional de Bauru. Em 1983 foi desmembrado em dois bacharelados: Desenho Industrial e
Comunicação Visual.

A partir de agosto de 1988, com a encampação da Fundação, então chamada Universidade de Bauru, pela
UNESP, o Desenho Industrial tornou-se o único curso público e gratuito do gênero no Estado de São Paulo.
Ainda em 1988 um novo currículo foi implantado, vigente até hoje. Nele, oferece-se o curso de Desenho
Industrial em duas habilitações: Projeto do Produto, curso noturno, e Programação Visual, com cursos diurno
e noturno. Já estão em discussão novas mudanças curriculares.

O curso procura formar um profissional com alto domínio metodológico, capaz de abordar e intervir em
qualquer problema de sua competência, enfatizando a capacidade criativa, não somente para a delimitação de
um problema, como sua solução para alcançar a inovação.
Organiza-se em duas habilitações: Programação Visual e Projeto do Produto, sendo que tais habilitações,
apesar de funcionarem separadamente, possuem uma estruturação curricular semelhante, a saber: Disciplinas
de fundamentação teórica: trabalham a formação humanística (História da Arte, Sociologia, Antropologia,
Psicologia, Semiótica, etc...) até a formação lógica (Matemática, Física, Computação, etc...); Sistemas de
representação: visam o desenvolvimento das linguagens de representação das idéias e produtos criados
(Desenho, Plástica, Computação Gráfica, etc...); Disciplinas de formação técnica/tecnológica: visam o
conhecimento dos sistemas de produção dos produtos, sejam estes bi ou tridimensionais; Disciplinas
projetuais: exercitam a criação em si, com o desenvolvimento prático de produtos ou sistemas de
comunicação (seis disciplinas de Projeto e um Projeto de Conclusão de Curso)

A habilitação Programação Visual trabalha com a relação entre usuário e os sistemas de informação, atuando
desde a criação destes sistemas até sua produção final. O designer gráfico cria produtos bidimensionais,
abrangendo desde a diagramação de um folheto até a comunicação visual através de um sistema de
sinalização, passando pela criação de uma identidade visual (logotipo e suas aplicações), planejamento
gráfico de livros, revistas, jornais, cartazes e peças gráficas em geral, soluções visuais para padronagens de
tecidos, programas de TV, cinema, cd-room e internet. O mercado de trabalho para esses profissionais
envolve indústrias de embalagens, departamentos de produtos, departamentos de marketing, indústrias
gráficas, jornais, editoras, agências de publicidade, departamentos de arte em emissoras de televisão,
produtoras de vídeo, entre outros.

A habilitação Projeto do Produto trabalha com a relação entre usuário e o produto tridimensional, atuando
desde a criação destes produtos em seus aspectos funcionais, ergonômicos e estéticos, até sua produção
industrial. O designer de produto cria produtos tridimensionais, projetando novos objetos que pertençam ao
cotidiano do ser humano. Exige, portanto, grande interação com outras áreas da produção do produto. Cria
desde objetos mínimos, como um parafuso, até formas complexas, como equipamentos variados e
automóveis, passando por mobiliário, embalagens, vestuário, brinquedos, eletrodomésticos, etc. O mercado
de trabalho para esses profissionais envolve as indústrias de diversas áreas, onde produtos são, além de
produzidos, criados e desenvolvidos. Existem escritórios de design especializados em desenvolvimento de
produtos.

Os professores da área de Desenho Industrial encontram-se hoje lotados no Departamento de Desenho


Industrial, o qual conta com 1 Livre-docente, 10 doutores e 6 mestres, num total de 17 professores. Destes, 7
tem formação em Desenho Industrial e os outros 10 em áreas afins. Contamos ainda com docentes advindos
dos mais diversos departamentos das unidades do Campus de Bauru da UNESP, dentro da proposta de
formação de um profissional munido de conhecimentos conceituais, técnicos e práticos em diversas áreas do
conhecimento. A grande maioria dos docentes que ministram aulas no curso trabalha em regime de
dedicação exclusiva à docência e à pesquisa, estando estes envolvidos em constantes atividades de ensino,
pesquisa e extensão.

Quanto ao ambiente de trabalho, conta-se com um laboratório de Informática, Ergonomia, Fotografia, o


Inky-Design, todos laboratórios de uso exclusivo dos alunos de Desenho Industrial. Além disso, há uma
oficina-atelier, usada em diversas disciplinas, com equipamentos para trabalho com madeira, plástico e
outros materiais modeláveis. Outros laboratórios e oficinas de responsabilidade de outros departamentos
ainda são usados pelas disciplinas do curso, como o laboratório de física, televisão e a oficina de metais.

O curso de desenho industrial, apresenta ainda o desenvolvimento de várias atividades:


• Interdesigners: evento anual organizado pelos alunos do curso. Profissionais de renome da área de
design são trazidos para ministrar palestras e workshops. Acontece durante 5 dias e está na sua 7a.
edição;
• Empresa Jr - Design Jr: projeto em fase de implantação, onde alunos do curso de design, orientados
por professores do departamento, realizam trabalhos na áreas de programação visual e projeto do
produto para a comunidade. Funciona como um escritório experimental de design;
• Inky Design: laboratório de design gráfico, em fase de implantação, onde alunos, orientados por
professores do departamento, desenvolvem produtos gráficos para a comunidade unespiana. Possui
sala própria, bem como equipamentos que permitem a finalização profissional dos trabalhos
realizados;
• Oferecimento de cursos e palestras por parte dos docentes
• Assessorias em projetos internos da Unesp (campus local, reitoria e outros campi) e externos
(prefeituras, entidades, instituições, empresas, indústrias) nas áreas de Programação Visual e Projeto
do Produto.

Entre a produção dos discentes, destacam-se:

• Concursos e Seleções (sob orientação docente):


-Concurso de Design da Volkswagen 1998 - 2 alunos classificados para a final;
-Concurso de Design da Volkswagen 1999 - 5 alunos classificados, 3 vencedores;
-Concurso de Design da Volkswagen 2000 - 4 alunos classificados, 3 vencedores;
-Concurso de Design da Volkswagen 2001 - 2 alunos classificados para a final;
-Concurso de Design da Volkswagen 2002 – 1 aluno classificado para a final;
-Concurso de Design da Volkswagen 2003 – 5 alunos classificados, 2 vencedores;
• 1 Aluna premiada no concurso de criação de roupas para a Barbie em 1999;
• 1 aluno premiado no Concurso Museu da Casa Brasileira (mobiliário) em 1998;
• 1 aluno premiado no Concurso Abimovel (mobiliário) em 1999;
• 4 alunos premiados no Concurso Movelsul (mobiliário) em 2000;
• 2 aluno selecionados para o Curso Abril de Jornalismo em Revistas em 1999;
• 2 alunos selecionados para o Curso de Jornalismo Gráfico da Folha de São Paulo 2000;
• Home Page feita por aluna premiada em nível nacional pela ADG – 2000
• Home Page feita por aluna premiada na Feira de Imagens - São Paulo – 2000;
• 2 alunos de Programação Visual com produção de vídeo premiadas e exibidos em canais de
televisão;
• vários alunos premiados no Salão de Humor de Piracicaba, em diferentes anos;
• Congressos: participação anual assídua de um grupo de alunos no N-design - o mais importante
evento de estudantes de design do Brasil, além da participação em congressos nacionais e
internacionais, como co-autores em artigos científicos;
• Direção do Cone (Conselho Nacional de Estudantes de Design) no ano de 1999-2000 por um grupo
de alunos do curso;
• Realização por parte dos alunos do Redesign (1998), evento que visou uma discussão sobre
diretrizes para os cursos de design;
• Realização de projetos de Extensão e de Iniciação Cientifica financiados pelo CNPq e FAPESP.

Diante essas informações, observa-se que há uma perspectiva quanto ao desempenho profissional dos
egressos desse curso, as quais necessitam ser esclarecidas, a fim de contribuir na compreensão dos problemas
de formação, bem como de criação de novas diretrizes para desenvolvimento do curso.

Assim, os objetivos dessa pesquisa foi mapear as conquistas e frustrações no desenvolver acadêmico e
profissional dos egressos do curso de graduação em Desenho Industrial da UNESP.

2 - Metodologia

2.1 - Sujeitos
O número de egressos do curso de graduação em Desenho Industrial, entre os anos de 1995 e 2001, totalizam
425 indivíduos (Tabela 1). Já quanto à distribuição do número de alunos das respectivas habilitações e nos
diferentes anos que esta pesquisa aborda, ou seja, de 1995 a 2001 (Figura 1), observa-se uma certa
homogeneidade dos dados entre 1995 e 2000, mas uma significativa elevação no número de egressos no ano
de 2001.
Projeto de Produto Programação Visual Programação Visual TOTAL
Noturno Noturno Diurno GERAL
133 148 144 425
Tabela 1 – Distribuição do número de egressos no curso de graduação em Desenho Industrial, por
habilitações (Projeto de Produto – noturno; e Programação Visual – noturno e diurno).

60

50

51
51
Número de Egressos

48
40

30 PP Noturno
PV Noturno
24

20
22
21

20
PV Diurno
19

18

18
17

16
15

10
12

12

12
11

11
10

10
7
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Ano

Figura 1 – Distribuição do número de egressos no curso de graduação em Desenho Industrial (habilitações


Projeto de Produto – noturno; e Programação Visual – noturno e diurno).

Participaram dessa abordagem 19 egressos formados em Desenho Industrial, sendo 08 formados na


habilitação Projeto do Produto e 11 formados na habilitação Programação Visual, sendo 10 do gênero
feminino e 9 do gênero masculino, com tempo médio de graduação de 5,8 anos.

2.2 - Materiais
Foram utilizados formulários enfocando os tópicos de identificação; informações da graduação; e atividade
profissional. No tópico graduação, o objetivo foi obter resultados da avaliação do curso de graduação, tendo
como índice de comparação as necessidades do mercado de trabalho. Esses formulários apresentavam-se
selados e organizados, para facilitar ao máximo a resposta dos sujeitos.

Assim, o egresso identificou o curso, o ano de ingresso e de conclusão; e as atividades extra-curriculares


(iniciação científica, extensão universitária e estágio). Uma questão abordou a percepção de preparo do
indivíduo ao final do curso de graduação, além disso, foram avaliados sete itens relacionados à formação
acadêmica e desempenho profissional, a partir de três níveis: satisfatório, médio e insatisfatório. Os sujeitos
foram avaliados ainda quanto à percepção de preparo quando do ingresso no mercado de trabalho,
comparando-se a outros profissionais da mesma área de atuação, formados em outras instituições, e se houve
potencial interesse para cursar pós-graduação.

Quanto à atividade profissional, objetivou-se levantar como os egressos estão se integrando no mercado de
trabalho e como se comportam diante sua área de formação. Assim foi questionado qual o tempo entre a
formação e o primeiro emprego; qual a atividade atual e se essa atividade relaciona-se a formação
acadêmica; qual tipo de empresa, a faixa salarial, e o nível de satisfação quanto ao desempenho profissional e
financeiro.
2.3 - Procedimentos
O encaminhamento dos formulários aos egressos do curso de graduação em Desenho Industrial deu-se em
duas fases, caracterizadas por três etapas cada fase, a saber: sorteio dos indivíduos para constituição da
amostra; preparação e organização do material; e remessa.

Na primeira fase, tendo por completo um total de 425 indivíduos que fizeram parte da população dessa
pesquisa, e objetivando desenvolver a abordagem de acordo com a capacidade de respostas obtidas, optou-se
por encaminhar formulários para 40 indivíduos, os quais constituíram uma amostra preliminar. A escolha
desses indivíduos deu-se por sorteio aleatório. Na segunda fase (justificada pelo inexpressivo número de
respostas obtidas na primeira fase), foram encaminhados formulários para outros 43 indivíduos, escolhidos
de forma aleatória.

Ao final do recebimento, foram obtidos 19 formulários respondidos e 19 cartas retornadas. Considerando o


volume de formulários respondidos, optou-se por desenvolver uma análise estatística descritiva, a fim de
ponderar sobre os mesmos.

3 - Resultados

3.1 - Dados da Graduação dos Egressos em Desenho Industrial


O tempo médio de graduação em Desenho Industrial foi de 5,8 anos. Quanto à participação em atividades
consideradas extracurriculares (Figura 2), observa-se uma menor participação em iniciação científica e
extensão universitária, se compara ao estágio profissional.

20
18
18 16
16 15

14
12
10
8
6
4
4 3

2 1

0
Iniciação Científica Extensão Universitária Estágio Profis.

PARTICIPANTES NÃO PARTICIPANTES

Figura 2 – Participação em atividades extracurriculares, por egressos em Engenharia.


Já em se tratando da sensação de sentir-se preparado profissionalmente, 15 egressos manifestaram que sim,
contra 4 que manifestaram não se sentirem preparados. No que trata a avaliação acadêmica em relação do
desempenho profissional dos egressos, observou-se de modo geral uma maior indicação para satisfação, que
insatisfação (Figura 3).

14 13 13 13

12 11

10 9 9 9
8 8
8
6
6 5 5 5
4 4 4
4
2 2
2 1 1 1

0
Conhecimento Conhecimento Conhecimento Habilidade Criatividade Inter-relação Liderança
Teórico Técnico-científico Sócio-político Técnico- Inovação Profissional
profissional

SATISFATÓRIO MÉDIO INSATISFATÓRIO

Figura 3 – Nível de satisfação quanto à formação acadêmica em relação ao desempenho profissional dos egressos em
Desenho Industrial.

No que trata a comparação com outros profissionais, 12 egressos manifestaram estarem mais capacitados que
outros profissionais da área de Desenho Industrial formado em outra instituição, enquanto 5 egressos
declararam apresentar o mesmo nível de capacidade, e 2 egressos, menos capacitados.

Quanto à continuidade de cursos (após a graduação), 15 egressos não responderam, 2 realizaram mestrado e
2 egressos, curso de aperfeiçoamento.

3.2 - Dados da Atividade Profissional dos Egressos em Desenho Industrial


Dos egressos em Desenho Industrial (19), 13 apresentavam-se na época da abordagem empregados, enquanto
que 6 não estavam empregados. 14 indivíduos exerciam atividade diretamente relacionada à formação
acadêmica, enquanto 5, não exerciam atividade diretamente relacionada ao Desenho Industrial.

Quanto ao setor de atuação, 5 no setor produtivo industrial, 6 no setor produtivo comercial, 5 atuavam como
profissional liberal e 3 indicaram outras atuações.

Quanto à faixa salarial, é possível observar na Figura 4 como se comportam os resultados dos egressos em
Desenho Industrial.

10

8
7
6 6
6

4
3
3
2 2
2

1
0 0 0
0
Até 1,9 SM De 2 a 4,9 SM De 5 a 9,9 SM De 10 a 14,9 SM De 15 a 19,9 SM De 20 a 24,9 SM De 25 a 29,9 SM Não Responderam

Figura 4 – Número de egressos em Desenho Industrial, segundo faixas salariais (2003).


Quanto ao nível de satisfação em relação ao desempenho profissional, é possível observar na Figura 5 como
se comportam os resultados dos egressos em Desenho Industrial.

14

12

10 9

6 5

4 3
2
2

0
Realizado profissionalmente e Realizado profissionalmente, Insatisfeito profissionalmente, Insatisfeito com a profissão
financeiramente mas não financeiramente mas satisfeito financeiramente

Figura 5 – Nível de satisfação dos egressos em Desenho Industrial, com relação ao desempenho profissional.

Entre outras opiniões apresentadas pelos egressos em Desenho Industrial, destacam-se: a falta de
reconhecimento e regulamentação profissional; formação técnica e prática sem recursos ou com recursos
pouco satisfatórios; conscientização de imaturidade e não aproveitamento durante a graduação; relevância da
abordagem, pois resgata a opinião dos egressos; necessidade de um canal de comunicação entre o curso e os
egressos; entre outros.

4 – Discussão e Considerações Finais


Tendo em vista os objetivos propostos inicialmente, que foram o mapeamento através de consulta junto aos
egressos do curso de graduação em Desenho Industrial da UNESP, sua relação com o mercado de trabalho,
conquistas e frustrações no desenvolver profissional, verifica-se que a pesquisa atendeu ao estabelecido.

Entretanto, no item da expressividade quanto à perspectiva de retorno dos questionários enviados, considera-
se não atendida de forma satisfatória. Por outro lado, dos questionários recebidos, verificou-se um
compromisso de relatar a realidade vivenciada, e que aponta a necessidade de uma contínua, sistemática e
ampla de avaliação junto a esses egressos.

Da análise e discussão dos resultados obtidos, é possível identificar as seguintes características:

• No curso de Desenho Industrial, há uma nítida participação de alunos em estágios


profissionalizantes;

• Quanto à formação acadêmica, verifica-se uma predominância do nível satisfatório na maioria dos
itens avaliados pelos egressos;

• Observou-se uma predominância da faixa salarial entre 2 e 15 salários mínimos entre os egressos, o
que corresponde a uma grande variabilidade nessa variável, possivelmente decorrente da pouca
estrutura de organização profissional; e

• Quanto ao desempenho profissional, observou-se entre os egressos, uma predominância de


realização profissional, mas não financeira.

Em síntese geral, pode-se afirmar que pesquisas dessa natureza são valiosíssimas ferramentas de aferição do
estado da arte estudado, como também comprova-se a necessidade de avaliação sistemática dos egressos
desse e de qualquer curso de graduação em Desenho Industrial.

5 - Nota
Este trabalho foi desenvolvido com apoio da FUNDUNESP – Fundação para o Desenvolvimento da UNESP.
6 - Referências Bibliográficas
BOGAARD, L. Modelo de avaliação sistemática de cursos universitários. Manual, UFRN, 1984.
BOGAARD, L. A situação dos egressos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, dos anos
1982 a 1986 no mercado de trabalho e sua visão sobre o curso realizado. Natal, UFRN, 1988.
CRESWELL, J. W. Research Design: qualitative and quantitative approaches. London: Sage, 1994.
LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. de A. Fundamentos da Metodologia Científica. São Paulo: Atlas,
1991.
YIN, R. K. Case study research - design and methods. London: Sage, 1989.

José Carlos Plácido da Silva ‘jcplacidosilva@uol.com.br’


Luis Carlos Paschoarelli ‘lcpascho@faac.unesp.br’

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