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AULA TRÊS
Incidência tributária
Muito embora possa parecer um pequeno tópico, posso adiantar a vocês que
se trata de um assunto fundamental no âmbito do estudo das Finanças Públicas.
Assim sendo, peço que vocês tenham muita atenção na aula, até mesmo porque
deste ponto do conteúdo programático que foi fundamentada uma das questões da
prova discursiva do concurso de AFRFB de 2009.
Mariotti
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1. Incidência Tributária
1
Não se trata de uma lei em sentido explícito, mas sim se uma máxima da economia.
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20 40 Q
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uma satisfação adicional, mas com uma utilidade marginal inferior ao primeiro copo e
assim sucessivamente. Pense se isso não é verdadeiro?!
P1
P0 D
Q0 Q1 Q
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P1
D1
P0
D0
Q1 Q0 Q
P O0
10
Q
20 40
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P O0
O1
10
5
20 40 Q
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Elucidaremos de forma mais precisa o mercado de concorrência perfeita dentro da aula que abordará as
estruturas dos mercados de bens. Outra consideração é a de que o mercado de concorrência perfeita é uma
abstração teórica, ou seja, este é pouco factível, existindo na economia apenas aproximações deste tipo de
mercado, como por exemplo o mercado de produtos hortifrutigranjeiros.
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Excesso de oferta
P
O
PEQUIL. Q
Excesso de demanda
Sendo:
Qo = quantidade ofertada e P X o preço do bem X.
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P
O0
P0
D0
Q0 Q
P1 = P2 + T; ou
P2 = P1 - T
P1
P0
P2
D0
Q1 Q0
Q
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Assim temos:
Imposto arcado pelos consumidores = P 1 – P0
Imposto arcado pela empresa= P 0 – P2
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O (COM IMPOSTO)
(inelástica) P1
O (SEM IMPOSTO)
(elástica) P1
(equilíbrio) P0
(inelástica) P2
(elástica) P2
D (ELÁSTICA)
D (INELÁSTICA)
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b) O imposto sobre a quantidade é uma taxa cobrada por cada unidade vendida
ou comprada do bem.
c) O imposto sobre o valor é uma taxa expressa em unidades percentuais.
d) A parte de um imposto que é repassada aos consumidores independe das
inclinações relativas das curvas de oferta e demanda.
e) A produção perdida é o custo social do imposto.
Resposta:
b) Para cada unidade comprada ou vendida (quantidade) é cobrada uma taxa (valor
unitário – ex: R$ 1,00) na forma de tributação.
Assertiva Correta
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Apenas para fins de esclarecimento, a tributação cobrada pelo governo pode ser
imposta diretamente aos consumidores, o que no entanto levará a um deslocamento
da curva de demanda para baixo.
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RMg = p = Rme
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P P
O
P = Rme = RMg
Demanda pelo bem X
Q(mercado)
Q q
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Tabela 1
Lucro Receita Custo
Custo
Preço Quant. Receita Total Custo Total (RT- Marginal Marginal
Médio
(P) (Q) (RT=PxQ) (CT) CT) RMg CMg
0 $0,00 $3,00 ($3,00)
$6,00 1 $6,00 $5,00 $5,00 $1,00 $6,00 $2,00
$6,00 2 $12,00 $8,00 $4,00 $4,00 $6,00 $3,00
$6,00 3 $18,00 $12,00 $4,30 $6,00 $6,00 $4,00
$6,00 4 $24,00 $17,00 $4,50 $7,00 $6,00 $5,00
$6,00 5 $30,00 $23,00 $4,60 $7,00 $6,00 $6,00
$6,00 6 $36,00 $30,00 $5,00 $6,00 $6,00 $7,00
$6,00 7 $42,00 $38,00 $5,40 $4,00 $6,00 $8,00
$6,00 8 $48,00 $47,00 $5,90 $1,00 $6,00 $9,00
CMg
CMe
P, Cmg, Cme
CMg
CMe
p* = 6 p = RMg = RMe = CMg
Cme = 4,6
q* = 5 q
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De acordo com o que vimos acima, no mercado concorrencial, para que uma
empresa maximize seus lucros, no curto prazo, a última unidade fabricada gerará um
custo marginal (adicional) que é exatamente igual à receita marginal com a venda do
produto. Outro ponto é que no curto prazo o custo médio de produção é menor do
que a receita média, o que garante o lucro da empresa.
Não obstante, o que importa verificar, para fins de análise, é como se dará a
imposição do ônus da tributação (imposto específico) sobre consumidores e
produtores no mercado concorrencial. Para isso teremos que voltar a considerar a
elasticidade da demanda pelo bem ora taxado. Sabendo que a imposição do ônus
da tributação recai sobre a curva de oferta, e que a própria incidência tributária leva
ao aumento do preço do bem, derivado do aumento do custo (custo marginal),
podemos verificar qual será o novo equilíbrio em termos de quantidade e preço.
Vejamos a interpretação pelo gráfico abaixo:
A curva de oferta desloca-se para cima (O2), visto que o produtor deve
adicionar ao preço do bem o custo do ônus da tributação. Este deslocamento leva
ao aumento do preço e a conseqüente redução da quantidade demandada. A
imposição do ônus da tributação gerará novamente o peso morto dos impostos,
conforme demonstrado pela parte hachurada do gráfico.
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O2
P
O1
P1 = Rme1 = RMg1
P0 = Rme0 = RMg0
Q1 Q0 Q
3
Ressaltamos que é sempre válida a relação da demanda, ou seja, mesmo que o monopolista sendo
o único vendedor, ele não poderá estabelecer qualquer preço, sob pena de não conseguir vender
nenhuma unidade do bem ou serviço produzido.
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Existem exceções, mas que não merecem maiores comentários para fins deste material.
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A demanda de mercado é a
própria curva de demanda do
monopolista.
D
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A receita total auferida pelo monopolista é dada pelo preço que este
vende cada produto no mercado, multiplicado pela quantidade de cada produto.
Assim temos que:
único oferecedor.
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(adicional) foi apenas de R$ 8,00 (R$ 18,00 (da venda de duas unidades) – R$
10,00 (da venda de uma unidade)), enquanto a receita média com a venda de
dois produtos é igual a R$ 9,00 (18/2).
P, RMg,
RMe
Rme = Demanda
RMg
Mas qual será a relação existente entre a Receita Média (RMe) e a Receita
Marginal (RMg). E como se comporta a relação entre receita marginal e custo
marginal?
Para que esta pergunta possa ser respondida, precisamos novamente nos
valer dos gráficos que demonstram a estrutura de custos de uma empresa,
independentemente do fato de ela estar trabalhando no mercado concorrencial ou
no mercado monopolista. Adicionalmente, iremos plotar a estrutura de custos da
empresa monopolística junto a sua estrutura de receitas, interpretando assim o
resultado da interação existente da igualdade entre a receita marginal e o custo
marginal.
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Q* Q
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Q1 Q0 Q
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Conforme deve ter ficado claro por meio das abordagens desenvolvidas,
não é fácil a estruturação de um sistema tributário ideal. Afora as questões já
narradas, algumas outras tendem a obstruir a geração de uma efetiva reforma no
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sistema. Segundo Biderman e Arvate, apud Bordin5, está obstrução é gerada por
três conflitos de interesses:
5
Biderman, C.;Arvate, P. Economia do Setor Público no Brasil. 2004, Ed. Campus. Rio de Janeiro, pág. 171.
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6
Considerando que as alíquotas dos produtos destinados ao exterior são fixadas pelo Senado Federal e que as
exportações estão desoneradas da incidência do referido imposto.
7
Giambiagi. F; Além. Ana Cláudia. Finanças Públicas. Teoria e Prática no Brasil. Página 329.
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Pelo todo exposto, verifica-se que uma reforma tributária ampla e efetiva é
naturalmente complexa, exigindo um intenso trabalho dos governos e da
sociedade. Não se trata de uma missão impossível, devendo gerar resultados em
termos de ganhos econômicos e sociais que suplantem o somatório dos custos
individuais impostos a cada agente da sociedade. Na próxima aula teceremos
maiores considerações a respeito deste ponto.
Mariotti
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Questões Propostas:
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c) Afirma-se que ocorre transferência “para trás”, no caso em que o ônus do imposto
é transferido para os fornecedores dos principais insumos utilizados pela empresa
via redução na remuneração de mão-de-obra e/ou no preço pago pelas matérias-
primas utilizadas no processo de produção.
d) A transferência do imposto depende da forma pela qual o poder de influenciar os
preços se distribui entre produtores, fornecedores e consumidores.
e) Em um mercado de concorrência perfeita, a possibilidade de transferência do
imposto sobre vendas é total para o consumidor, quando a demanda for
perfeitamente elástica.
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b) 180
c) 220
d) 250
e) 300
a) se a demanda for menos elástica que a oferta, quem deve arcar com a menor
parcela do imposto é o consumidor.
b) a parcela do imposto paga pelo produtor é a diferença entre o que receberia sem
o imposto menos o que recebe após o imposto, multiplicada pela quantidade
vendida.
c) a parcela do imposto paga pelo consumidor é a diferença entre o que paga com o
imposto menos o que pagaria sem o imposto, multiplicada pela quantidade
comprada.
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d) se a demanda for mais elástica que a oferta, a maior parte do imposto incidirá
sobre os produtores.
e) a arrecadação total do governo é a soma da parcela do imposto paga pelo
consumidor mais a parcela do imposto paga pelo produtor.
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Gabarito Comentado:
Resolução:
Essa questão é relativamente fácil de ser respondida. Com base na análise feita dos
impactos decorrentes da incidência tributária sobre consumidores e produtores, a
partir da relação entre oferta e demanda, verificou-se que a imposição de um
imposto sobre vendas de determinada mercadoria desloca a curva de oferta para
cima e para a esquerda, conforme disposto no item 2.2.
Em relação às demais alternativas, todas encontram amparo na abordagem teórica
feita na aula.
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b) R$ 175,00
c) R$ 150,00
d) R$ 155,00
e) R$ 200,00
Resolução:
O imposto ad-valorem
Em decorrência desta informação, fica fácil ser calculado o valor do bem com
imposto.
= 200
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Resolução:
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Resolução:
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D0 O1 (COM IMPOSTO)
P
O0 (SEM IMPOSTO)
P1
P0
Q0
Q
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Resolução:
Agrega-se 100% ao valor do bem, ou seja, mais 100. De todo modo, como o imposto
incide apenas sobre o valor agregado, temos:
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Agrega-se 100% ao valor do bem (que já é de 200), ou seja, mais 200. De todo
modo, como o imposto incide apenas sobre o valor agregado (que é de 200), temos:
Agrega-se 100% ao valor do bem (que já é de 400), ou seja, mais 400. De todo
modo, como o imposto incide apenas sobre o valor agregado (que é de 400), temos:
400 * 0,2 = 80
Considerando que o imposto é por fora, uma maneira melhor de resolver este
problema seria simplesmente aplicar a alíquota de 20% sobre o valor final do bem
no último estágio de produção, que é de 800. Sendo assim, teríamos:
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Resolução:
P1
P0
P2
D0
Q1 Q0
Q
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a) se a demanda for menos elástica que a oferta, quem deve arcar com a menor
parcela do imposto é o consumidor.
b) a parcela do imposto paga pelo produtor é a diferença entre o que receberia sem
o imposto menos o que recebe após o imposto, multiplicada pela quantidade
vendida.
c) a parcela do imposto paga pelo consumidor é a diferença entre o que paga com o
imposto menos o que pagaria sem o imposto, multiplicada pela quantidade
comprada.
d) se a demanda for mais elástica que a oferta, a maior parte do imposto incidirá
sobre os produtores.
e) a arrecadação total do governo é a soma da parcela do imposto paga pelo
consumidor mais a parcela do imposto paga pelo produtor.
Resolução:
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Resolução:
Demanda = Oferta
1.600 – 2P = –200 + 3P
P = 360
Q = 880
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Muito bem, mas será que R$ 352 é o preço pago pelo consumidor ou recebido pelo
produtor? Bem, se o preço antes da incidência tributária era R$ 360,00 não tem
como o preço de R$ 352,00 ser relativo ao novo preço pago pelo consumidor.
Adicionalmente, foi encontrado o preço “P” e não preço com a incidência tributária “P
+ 20”. Assim sendo, temos que P igual a R$ 352,00 refere-se ao preço recebido pelo
produtor e R$ 372,00 (P + 352,00) refere-se ao preço pago pelo consumidor.
QD = 1.600 – 2P
QD = 1.600 – 2(372)
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QD = 856
e – Logicamente que a eficiência deste mercado é afetado, uma vez que passa a
existir um peso morto que equivale ao que os produtores deixaram de ganhar com a
venda do bem e o quanto os consumidores estão pagando a mais para poderem
comprar o mesmo bem.
O1 (COM IMPOSTO)
P
O0 (SEM IMPOSTO)
372
360
352
D0
856 880
Q
A área do triângulo em vermelho apontado acima refere-se ao peso morto dos
impostos. Para se calcular a área de um triângulo, basta apenas utilizarmos a
fórmula (base X altura)/2. A base é representada pela diferença entre o preço pago
pelo consumidor e o preço recebido pelo produtor. A altura é representada pela
quantidade de equilíbrio inicial e quantidade final transacionada. Sendo assim,
temos:
Peso Morto = (20 X 24)/2 = 240
Gabarito: letra “e”.
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